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Direito Civil

Direito das Coisas


Noções Gerais vontade.
• Direitos reais não podem ser criados
Você já sabe, mas não custa lembrar:
meramente por vontade das partes,
dependem de Lei.
A Dualidade do Direito Privado: 5. Eficácia:
Personae e res • Obrigações: sua eficácia é relativa, ou
seja, o direito obrigacional só produz
O Direito das Obrigações compreende uma efeitos entre as partes que se obrigam,
satisfação originada por uma pessoa, ao daí ser chamado inter partes.
passo que o Direito das Coisas • O direito real, ao contrário, por tratar
não de uma prestação, mas de uma
compreende uma satisfação originada por
coisa, tem eficácia absoluta, ou seja,
uma coisa. EX.: A satisfação que o credor erga omnes, participou da relação
se dá por uma pessoa, o fiador, ao passo jurídica que o criou.
que numa hipoteca a satisfação do credor
se dá por uma coisa: o imóvel hipotecado. 7. Sujeito Passivo:
• Um direito pessoal sempre terá um
sujeito passivo determinado, ou, ao
Diferenças entre o Direito das Obrigações e o menos, determinável.
Direito das Coisas • O sujeito passivo de um Direito Real é
1. Objeto: indeterminado, não se sabendo de
• No Direito das Obrigações o objeto da antemão quem ele é, ex.: a
relação jurídica é uma prestação. propriedade sobre o aparelho
• No Direito das Coisas o objeto é, em eletrônico no qual você está lendo
última análise, uma coisa. essa aula; quem é o sujeito passivo
dessa relação de propriedade? Em
2. Duração:
realidade, esse é um dos grandes
• Um direito obrigacional tende a ser
problemas da categoria do Direitos
temporal, ou seja, é criado já se
das Coisas, surgindo daí o
visando à sua extinção, em regra.
questionamento sobre sua tutela.
• Um direito real tem caráter
duradouro, ou seja, não é pensado
para se esgotar. Obrigações Reais
3. Quantidade:
• Caracterizam-se as obrigações por Figuras Híbridas: As obrigações propter
serem numerus apertus (art. 45 do rem lato sensu
CC/02), liberdade de criar diferentes
obrigações no tempo, tende ao Essas figuras podem ser divididas em 4.
infinito.
• No Direito das Coisas tem
1. Obrigações Propter rem (obrigações em
característica numerus clausus, ou
sentido estrito- stricto sensu)
seja, são direitos reais taxativos (art.
1.225 do CC/ 02). • São obrigações decorrentes da
titularidade ou detenção de uma
4. Formação: determinada coisa, decorrentes de Lei
• Obrigações formam-se a partir da
e vinculadas a um direito real, mas que
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com ele não se confundem. EX.: uma sub-rogação do objeto e não do
obrigações decorrentes do direito de sujeito.
vizinhança, como a obrigação de • EX.: é a sub-rogação determinada pelo
manter o sossego e a segurança do juiz no caso de transferência de
imóvel, prevista no art.1.277 do CC/02. cláusula de inalienabilidade de um bem
sobre outro (art.1.848, §2º do CC/02).
2. Ônus reais: Assim, se o titular da coisa a aliena,
• Limitam o direito de propriedade. sub-roga-se outra em seu lugar, por
• Limitam o pleno gozo da propriedade força de lei. Sub-roga-se não uma
pelo titular, constituindo um gravame, pessoa por outra, mas uma coisa por
que acompanha a coisa. EX.: outra.
Constituição de renda sobre o imóvel,
limitando a fruição do bem pelo Direito das Coisas e Diretos
proprietário, que deve transferir os
frutos ao detentor do ônus. Reais
3. Obrigações com Eficácia Real: A expressão Direitos Reais ou Direito das
• São típicas obrigações, um direito a Coisas consiste no conjunto de normas e
uma prestação que por força de lei, princípios regulamentadores das relações
tornam-se oponíveis em relação a jurídicas sobre as coisas suscetíveis de
terceiros. EX.: a obrigação que o apropriação pelo homem, segundo uma
adquirente tem de respeitar o contrato finalidade social. Na parte geral, o CC/02
de locação vigente antes da aquisição, indica a adoção de uma corrente (coisa como
prevista no art. 576 do CC/2002, o gênero e bem como espécie), mas o Direito
adquirente não precisa respeitar a das Coisas indica a adoção de outra corrente
locação realizada entre o locador e o (bem como gênero e coisa como espécie).
locatário, ou seja, pode resilir o
contrato, por meio da denúncia. dado Segundo Luciano de Camargo Penteado, as
que a averbação transforma a características das coisas são: Corporeidade,
obrigação comum numa obrigação real, possibilidade de apropriação,
que pode ser oposta mesmo contra o função/utilidade pública.
adquirente.
O autor Pontes de Miranda entende que o
4. Sub-rogação Real termo Direito das Coisas é mais adequado a
• A sub-rogação é forma de extinção indicar o gênero, como faz o CC/02.
indireta, de adimplemento alternativo
de uma obrigação. No entanto, peculiar, Direito das Coisas abrange, além dos Direitos
a sub-rogação legal ocorre por força de Reais, figuras outras, como a própria posse.
lei. Conforme a divisão do CC/02, a posse está
• Sub-rogação pessoal se distingue da inserida no Livro do Direito das Coisas, mas
sub-rogação real porque nesta há antecede os Direitos Reais.
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Basta fixar que o Direito das Coisas é C) Publicidade: A constituição, modificação
gênero e os Direitos Reais são espécie. ou extinção dos direitos reais exige
publicidade, seja pelos registros públicos para
Características os bens imóveis, seja pela tradição para os
bens móveis.
D) Especialidade: Porque os direitos reais
Três perspectivas p/ comparação:
têm esse caráter de exclusão dos outros, eles
só podem ser constituídos sobre objetos
Para Maria Helena Diniz:
especificados.
A) Oponibilidade: eficácia erga omnes.
Para Camargo Penteado:
B) Sequela: Direito que persegue a coisa
C) Renunciabilidade: Possibilidade de
A) Tendência a permanência no tempo:
abandono da coisa renúncia ao direito.
enquanto o direito obrigacional tende a se
D) Incorporabilidade: Posse da Coisa e
extinguir, e geralmente o titular quer que a
possibilidade de aquisição por usucapião.
obrigação se extinga (quando eu vou ao
E) Taxatividade: Existência de um rol
dentista, espero que a prestação de serviço
taxativo de Direitos, segundo o consagrado
seja a mais breve possível), o direito real
princípio da tipicidade dos direitos reais.
tende a permanecer, e o titular quer que o
F) Publicidade dos Atos: A tradição para os
direito real permaneça (sou dono de um
bens móveis e o registro para os bens
imóvel e pretendo sê-lo indefinidamente).
imóveis.
B) Taxatividade e Tipicidade estrita:
Penteado vai além de Orlando Gomes.
Para Orlando Gomes:
Segundo ele, além de não se poder criar
direito real novo, o conteúdo do direito real
A)Tipicidade: Só é direito real aquilo que a
não poderia ser modificado pela autonomia
lei determina como direito real. Não é
privada, de maneira alguma.
possível à autonomia privada criar outros
C)Inerência e ambulatoriedade: Justamente
direitos reais que não os tipificados pelo
por ser inerente à coisa, o titular pode
legislador. Nesse sentido, o art. 1.225 do
perseguir a coisa com quem estiver, pois, por
CC/2002 traria um rol exauriente,
mais que ela circule, a coisa mantém sua
complementado pela legislação extravagante.
inerência.
Ou seja, apesar de tipificados, eles não
D) Caráter Absoluto/eficácia erga omes: O
precisam estar tipificados no Código Civil,
direito real não tem efeitos apenas entre os
ainda que os principais e mais comuns
contratantes, como ocorre geralmente num
estejam.
contrato. Ao contrário, a eficácia é erga
B) Elasticidade: Por mais que figuras
omnes, contra todos, pelo que seu caráter é
parcelares dos direitos reais possam ser
absoluto.
objetos de disposição, há tendência de
reunificação dessas figuras, um
A divergência sobre as características são
tensionamento ao retorno delas às mãos do
muitas. A taxatividade e/ou tipicidade dos
proprietário.
direitos reais se sobressaem. Assim, taxativo
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seria o rol do art. 1.225 do CC/2002, pelo que • Ou seja, podem as partes criar uma
qualquer outro direito pretensamente real modalidade de direito real não prevista
fora desse rol direito real não seria. de maneira típica, desde que essa
modalidade não signifique a criação de
Porém, essa perspectiva é tecnicamente um novo direito real. A criação dos
inadequada porque apesar de o referido art. direitos reais continua a depender
1.225 constituir o rol principal dos direitos de intervenção legislativa.
reais, certamente não é o único. Raros são os
direitos fora do rol taxativo do CC/02, como Classificação
ocorre com a legitimação de posse.
Quanto ao Domínio da Coisa
Visualizar o direito de propriedade
temporalmente violaria a regra da tipicidade 1. Jus in re propria
estrita. No entanto, o STJ (REsp 1.546.165)
decidiu que é inválida a penhora da Corresponde ao direito de propriedade, o
integralidade de imóvel submetido ao direito real por excelência, por constituir a
regime de multipropriedade (time- síntese de todos os direitos reais (domínio de
sharing). uma coisa à vontade de seu titular), segundo
a literatura jurídica tradicional. Art. 1.225
A Corte reconheceu que o direito de CC/02.
propriedade poderia ser enxergado não
apenas sob a perspectiva tradicional A propriedade possui em si todos os direitos
espacial (a limitação da propriedade no reais, todas as faculdades, os poderes reais: o
espaço), mas também sob a perspectiva poder de usar, o poder de gozar/fruir, o poder
temporal (a limitação da propriedade no dispor e o poder de reaver.
tempo).
É o que dispõe o art. 1.228: O proprietário
• Boa parte a literatura jurídica aponta tem a faculdade de usar, gozar e dispor da
que a decisão do STJ como a prova de coisa, e o direito de reavê-la do poder de
que o princípio da tipicidade dos quem quer que injustamente a possua ou
direitos reais está superado. Seria o detenha.
art. 1.225 do CC/2002 mero rol
exemplificativo (numerus apertus) e 2. Jus in re aliena
não um rol taxativo (numerus clausus). Os jus in re aliena são também chamados de
• Opinião do autor do PDF: “Discordo da direitos reais limitados em contraposição
decisão do STJ como a prova de que o ao direito de propriedade, em tese
princípio da tipicidade dos direitos ilimitado.
reais está superado. Seria o art. 1.225
do CC/2002 mero rol exemplificativo Os direitos reais sobre coisa alheia seriam
(numerus apertus) e não um rol limitados, ou seja, não possuiriam em si todas
taxativo (numerus clausus)”. aquelas características (usar, fruir, dispor e
reaver), mas apenas figuras parcelares.
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EXEMPLO: Retira-se o “direito de usar” do
direito de propriedade e cria-se um Os direitos reais mobiliários recaem sobre
direito real de uso; retiram-se os poderes coisas móveis. A tradição, assim, é suficiente
de usar e de fruir, e cria-se o usufruto. para a transmissão de um direito real
mobiliário, em regra.
Essas limitações variam em extensão e
intensidade, podendo ser constituídos Exceção: Determinados bens móveis também
diversos direitos reais sobre uma mesma sujeitos a registro, como os automóveis.
coisa. Ademais, nem todos os direitos reais são
aplicáveis aos bens móveis, mas apenas
As limitações podem ser temporárias ou propriedade, usufruto e penhor.
perpétuas. Os institutos do aforamento e da
enfiteuse são típicos exemplos de limitações B. Imobiliários
perpétuas. Porém, o CC/1916 já restringiu a
enfiteuse, o art. 2.038 do CC/2002 assim Os direitos reais imobiliários recaem
estabelece: Fica proibida a constituição de sobre coisas imóveis. Os imobiliários estão
enfiteuses e subenfiteuses, subordinando- todo sujeitos a registro público e somente
se as existentes, até sua extinção, às excepcionalmente os móveis precisam. Além
disposições do Código Civil anterior e leis disso, todos os direitos reais recaem sobre
posteriores. os bens imobiliários, sem restrição, como
ocorre nos mobiliários.
****A enfiteuse pode ser extinta conforme
a C.F./88, art.49 do ADCT. Há, no entanto, exceções, situações nas
quais não se exige escritura pública para a
Direitos reais sobre coisa alheia: criação, modificação ou extinção de um
direito real imobiliário:
Quanto à reciprocidade: ISSO DESPENCA
•Acessórios: penhor, anticrese e hipoteca; EM PROVA
•Principais: os demais direitos reais Art. 108 do CC/2002:
limitados. • Imóveis de até 30 vezes o maior salário-
mínimo vigente no país.
Quanto à subjetividade:
•Subjetivamente pessoais: pertencem a Art. 61, §5º, da Lei 4.380/1964:
pessoa determinada e certa (usufruto: o • Hipotecas do SFH/SFI para casa própria
usufrutuário não muda, é insubstituível); Art. 26 da Lei 6.766/1979 e art. 22 do
•Subjetivamente reais: independem do titular, Decreto-Lei 58/1937:
em cada momento (servidão: não importa • Compromissos de compra e venda, cessões
quem é o proprietário, ela subsiste). e promessa de cessão imobiliária, urbana ou
rural.
Quanto ao Objeto CC/2002 e Leis Especiais:
• Cédulas pignoratícias e hipotecárias
A. Mobiliários
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reguladas pelo CC/2002 e cédulas de
crédito reguladas por leis especiais ------ > Além disso, outras normas ainda
(como a habitacional, rural, industrial, regulam as escrituras públicas, como a Lei
comercial e de exportação). 7.433/1985 e a Lei 6.015/1973, a Lei de
Registros Públicos.
Se a escritura for necessária o art. 215 §1º do
CC/02 traz os requisitos a escritura pública
de compra e venda:
Posse
Definição e Conceito
1. Data e local de sua realização;
A posse é um direito autônomo e especial.
2. Reconhecimento da identidade e Possuidor é aquele que em de fato o exercício
capacidade das partes e de quantos hajam de algum dos poderes inerentes à
comparecido ao ato, por si, como propriedade (art.1.196, CC).
representantes, intervenientes ou
testemunhas; Portanto, a posse é um estado de fato e de
3. Nome, nacionalidade, estado civil, poder socioeconômico sobre uma coisa.
profissão, domicílio e residência das partes e
demais comparecentes, com a indicação, Posse é diferente da detenção. A tença é
quando necessário, do regime de bens do ainda menos que a detenção (que é menos
casamento, nome do outro cônjuge e filiação; que a posse). A tença se verificaria nas
situações em que materialmente há
4. Manifestação clara da vontade das partes apreensão física de uma coisa por alguém,
e dos intervenientes; mas sem qualquer consequência jurídica. É o
5. Referência ao cumprimento das exigências caso de um colega que apanha um objeto meu
legais e ficais inerentes à legitimidade do que cai no chão e me entrega incontinenti.
ato;
A detenção é uma situação de aparente posse,
6. Declaração de ter sido lida na presença
mas que não em elementos suficientes para
das partes e demais comparecentes, ou de
configurá-la. Ela ´apenas um fantasma, um
que todos a leram;
arremedo, fâmulo de posse; parece, mas não
7. Assinatura das partes e dos demais é. O CC/02 estabelece as 3 situações em que
comparecentes, bem como a do tabelião ou se verifica a mera detenção:
seu substituto legal, encerrando o ato.
1) Ordem de outrem em manter uma “posse”,
Caso alguma das partes não souber ler ou mas sem animus de mantê-la (art. 1.198);
escrever, a assinatura será feita a rogo (“a
pedido”). Se um dos contratantes não fala 2) Atos de mera tolerância do proprietário
português e o tabelião não fala sua língua, (primeira parte do art. 1.208); e
necessita-se de tradutor, pois a escritura é
redigida obrigatoriamente em língua 3) Situação de posse violenta ou clandestina
nacional. (segunda parte do art. 1.208).
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Savigny no festejado “Tratado da Posse”
O Enunciado 301 da IV Jornada de Direito (1.824), sustentava que a posse traduziria um
Civil deixa claro que é possível a conversão poder material sobre a coisa - domínio físico
da detenção em posse, desde que rompida (corpus) – com a intenção de tê-la para si
a subordinação, na hipótese de exercício em (animus).
nome próprio dos atos possessórios.
Em suma – posse = corpus + animus
Assim, quando o caseiro (detentor), tem o
vínculo de trabalho rompido, mas permanece Savigny entende que a posse precisa ser
no imóvel, sem ser molestado pelo preservada pela necessidade da proteção
proprietário, ele se transforma em possuidor, da paz social. Para tanto, defende que a
pois cessada a subordinação que sustentava a posse seria formada por dois elementos,
detenção. quais sejam o objetivo e o subjetivo.

Esclarece o Enunciado 493 da V Jornada de O elemento objetivo, o corpus, seria


Direito Civil que o detentor pode, no interesse verificado na relação de fato entre o sujeito
do possuidor, exercer a autodefesa do bem e a coisa, pela efetiva apropriação pelo
sob seu poder. Evidente, uma vez que o sujeito da coisa. Já o elemento subjetivo, o
detentor é, ao menos aparentemente, animus domini, seria a intenção de se
possuidor, pelo que pode tutelar a posse vera utilizar da coisa como sua, conforme o
e própria de outrem imediatamente. direito real que o sujeito entendesse estar
ostentando.
A súmula 619 estabelece que a ocupação
indevida de bem público configura mera Teoria Objetiva de Ihering
detenção, de natureza precária, insuscetível
de retenção ou indenização por acessões e Para Ihering o possuidor é a pessoa que se
benfeitorias. comporta como se fosse proprietária da coisa
imprimindo destinação econômica à mesma,
Digno de nota a propósito disto é a disciplina independentemente da demonstração do
do art. 1.208 do CC/02,segundo o qual a animus ( o comportamento objetivo é que
permissão (autorização prévia, induvidosa e importa).
tácita), e a tolerância (autorização posterior e
tácita) não retiram daquele que autoriza, ou Em suma: Posse = corpus
permite, o estado de poder socioeconômico
sobre o bem, razão pela qual não induzem a Jhering lança, então, a segunda grande obra
posse. sobre posse e questiona Savigny, no seguinte
sentido: analisando a experiência romana,
Teorias nunca um pretor teria feito análise da
intenção do sujeito para deferir ou indeferir
um interdito possessório. Não que se negue
Teoria subjetiva – Friedrich Von Savigny
a existência do elemento intencional, mas
ele se encontra contido na própria noção
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de corpus, que é o exercício de fato dos
poderes atinentes à propriedade em
relação à coisa. Para haver posse,
portanto, bastaria o elemento objetivo do
corpus.

A partir dessa distinção mais clara entre


posse e propriedade é possível analisar mais
visivelmente a diferença entre posse direta e
posse indireta. Por um contrato ou por um
direito real sobre coisa alheia, seria possível
bifurcar a posse, entre a posse direta, daquele
que mantém o poder fático sobre a coisa, e a
posse indireta, daquele que detém a
propriedade.

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