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Teoria Geral do Direito Civil

Resumo – 1ª frequência

8 princípios que fundamentam o direito civil:

1. Reconhecimento da pessoa humana e dos direitos de personalidade;


2. Autonomia privada;
3. Responsabilidade Civil;
4. Boa fé;
5. Concessão da personalidade jurídica às pessoas coletivas;
6. Propriedade Privada;
7. Relevância Jurídica da família;
8. Fenómeno sucessório.

Os princípios do dto civil são consequências de ensinamentos da CRP. Reconhecem


personalidade jurídica a todo o ser humano, são dtos fundamentais – art 66(10).

Direito privado: Ambas as funções dos dois direitos não


são exclusivas.
Satisfaz os interesses individuais
Dto Civil=Dto Privado – dtos que
(dos particulares) – estabelece uma
regulas sujeitos numa relação de
relação entre particulares e o Estado.
paridade. Confere dtos, deveres e regula
Estado e outros entes públicos, sendo o
os mesmos – código civil atual (1966)
estado desprovido de poder.
Contratos – geram dtos e obrigações
Direito Público: cíclicos, por exemplo: ao fazer uma
compra tenho o direito de a receber e a
Satisfaz os interesses dos
obrigação de a pagar.
coletivos. Estado e outras pessoas
coletivas onde o estado tem poder.
Reconhecimento da pessoa e livre e restrita pela lei (livre dentro da
lei). Esta vai modelar a nossa vida
dos dtos de personalidade – art

70(1) e ss
privada (nós é que decidimos).

A aplicação do dto civil a uma Dimensão mais visível – liberdade


convivência de pessoas desencadeia contratual (art 405º) – manifestação
teias de relações jurídicas entre as desta autonomia.
pessoas traduzidas em direitos e Os negócios jurídicos unilaterais
deveres. As pessoas em sentido jurídico são realizados apenas por uma pessoa.
não são apenas humanos, também inclui Neste conceito existe o princípio da
associações, sociedades, fundações. tipicidade em que declara que toda a
Reconhece-se personalidade jurídica a relação jurídica que liga dois ou mais
todo o ser humano a partir do sujeitos não podem ser anulados ou
nascimento completo e com vida – art modificados por atuação unilateral de
66, n. º1 CC – após o nascimento temos um deles. O testamento é unilateral – art
o direito à proteção – art 70 e ss. 2179º - nenhum herdeiro pode ser
deserdado, salvo exceções (ex.: herdeiro
A partir do nascimento completo
foi condenado).
e com vida começamos a exercer
direitos, o primeiro deles é a proteção. Os contratos devem ser
No entanto os direitos incidem em mais cumpridos ponto a ponto e só por mútuo
áreas: na saúde e integridade física e consentimento dos contratantes e que se
psicológica; honra; liberdade; nome; pode extinguir ou modificar as relações
imagem; reservas sobre a intimidade da contratuais. Ninguém pode ser obrigado
sua vida privada. Os direitos da a realizar um contrato contra a sua
personalidade civil são irrenunciáveis, vontade. Celebrar ou recusar e modelar
no entanto podem ser limitados (apenas contratos. Alguns deles somos
alguns aspetos) ou renunciados (total) obrigados a celebrar (ex.: o seguro do
por vontade própria – art 81º - um carro). Impedimento – 953º remissão
exemplo de renúncia voluntária de 2192º… 280, 282, 762.
direitos trata-se da publicação de Domínio específico da liberdade
conteúdos íntimos na internet, a pessoa contratual – contratos de adesão: um
abdicou do seu direito à privacidade. redige e o outro adere ou não, nos
contratos há cláusulas gerais que se
Autonomia Privada_ pessoa age de

acordo com a sua vontade


destinam a um número indeterminado
de pessoas. Se não respeitarem as
Autonomia privada plena – só a
clausulas o contrato é anulado –
partir dos 18 anos (em Ptg). Não existe
proteção do consumidor. Os tipos de
casos de incapacidade. Esta autonomia é
contrato estão previstos no CC.
Boa fé_ ligado à autonomia privada abstrata: quando acontece o tribunal
recorre à ficção jurídica o “bom pai de
Forma de conduta, atuação, família”.
regras ou princípios ético-jurídicos. É a
ideia de agir dentro dos princípios. A Responsabilidade Civil_ art 483º (a

boa fé pode ser tanto objetiva como coercibilidade está dentro deste princípio)

subjetiva. Objetiva porque o sujeito atua


É um dever que resulta do
de uma forma honesta ético-
incumprimento de um dever ou regra q
juridicamente correta perante a
prejudicou outra pessoa. A obrigação de
sociedade. Também é subjetivo pois o
reparar os danos causados é chamada de
sujeito atua de uma forma, conforme o
obrigação de indeminização – art 562º.
dto. É a nossa convicção interior – art
240ºCC. Ambos os princípios são Particulares 562º - obrigação de
relevantes para o dto. reconstruir a situação ao estado em que
se encontrava antes do ocorrido facto –
A B
reconstituição natural.
Declara vender
Bem registado
Vende C
em nome de A Reconstituição em espécie – nos casos
onde não é possível recorre-se
Existe uma simulação, O bem continua a ser subsidiariamente, efetua-se o
do A, pois é uma
então o bem continua a pagamento de uma obrigação peculiar
pertencer a A venda de bem alheio,
não permitido pelo CC.
de valor equivalente ao prejuízo – art
566.
O sujeito C desconhecia, então a culpa não recai sobre ele A indeminização compreende os
A e B podem invocar simulação, danos materiais (suscetíveis a avaliação
porém o C como está de Boa Fé fica monetária) e os danos morais (violação
como proprietário, pois foi o único que de bens e não suscetíveis a avaliação
agiu de acordo com a lei. Para haver monetária).
uma simulação ambas as partes têm de Danos Patrimoniais (art 483º): tanto é
ter conhecimento. A pode pedir uma indemnizado o dono que sofreu como
indeminização a B, pois ele vendeu a C aquilo que ela não ganhou – lucro
cessante, art 564 (1)
a propriedade que era de A. O único
vicio da vontade que tem como Danos morais – não são indemnizados
então são compensados, nunca são
requisitos o conlvio entre o cliente, o
verdadeiramente compensáveis (pág.
declaratório e a simulação. 129 manual)
Em sentido objetivo: é mais importante Responsabilidade civil + criminal +
no dto dos contratos, pois os seus disciplina: coexiste com as demais.
sujeitos têm a obrigação de agir em boa  Contratual: resulta da violação
fé – art 227.º CC. Objetiva de forma das normas de um contrato;
 Extracontratual: não resulta da Pessoas coletivas_ criadores com
violação das normas de um interesses comuns
contrato
Procuram um objetivo comum –
Modalidades:
sociedades comerciais tem como
 Factos ilícitos – art 483º - é fim/objetivo o lucro.
preciso que a pessoa atue com Natureza jurídica – reunião de um
intenção. conjunto de vontades ao qual o dto
Violação de deveres de cuidado é concede na natureza jurídica
negligência, obrigação de
indeminização Propriedade privada_ art 62 Crp –

dto propriedade privada-definição ampla e


 Factos lícitos: não viola extensa
nenhuma norma legal, atua com
cuidado, só existe nos casos Conjunto de normas que mostram os
previstos na lei limites do proprietário – 1305º
Art 334 e ss – exceções no nosso dto. Furto = bem q foi encontrado
Quando um dto é violado como
Dispor = dto de destruir/transmitir o
proceder?
bem
Responsabilidade civil e
Dtos Reais = gozo; garantia; aquisição
Responsabilidade Criminal – coexistem
nos homicídios, em furtos e difamações. Gozo – atribuem ao seu titular o poder
Na criminal = tentativa de crime; no de utilização sobre uma coisa;
civil = não cumprimento de uma dívida.
Art 336.º - ação de tutela Garantia – servem para garantir ao
credor o bom cumprimento de uma
Autotutela do dto – a própria pessoa
defende o seu dto sem recorrer ao obrigação, como numa hipoteca – está
tribunal. subjacente a um empréstimo, não
Art 339.º - exemplo: arrombo a porta existindo o pagamento, o credor pode
para salvar o meu vizinho. A lei vender o bem hipotecado para pagar.
permite, pois, ajudei a salvar a vida de Este é um dto real pois incide sobre um
alguém, no entanto tenho que pagar pela
porta na mesma. bem.

Risco: só existe nos casos previstos na Aquisição – dto de adquirir um bem


lei; o dever de indeminização prioritariamente relativamente a outros
independentemente da culpa – art 503 e
sujeitos – dto de preferência, art 506º
507
Art 499º e ss – atividades mesmo Princípio da Família
quando as pessoas são cuidadosas pode
ocorrer danos a terceiros. Ocorre Modelo ideal pelo legislador,
responsabilidade civil merece tutela e proteção. Este conceito
independentemente de qualquer cuidado
está sempre a variar. O dto da família é
Art 506º - quando não se consegue institucional, caracterizado por um
determinar o culpado do acidente a
predomínio de normas imperativas,
culpa é repartida 50/50.
normas que os particulares não podem Quando alguém falece, as
afastar. relações jurídicas que essa pessoa era
titular sofrem uma alteração, em alguns
A união de facto contempla
casos extinguem-se (ex.: casamento).
proteção no que diz respeito ao dto.
Uma pessoa casada ou a viver em união As relações de parentesco não se
de factos tem e faz diferença na extinguem com a morte. Algumas
responsabilidade que o casamento trás, modificam-se, mudam a titularidade,
ou seja, uma diferença a nível de exemplo: património, os bens de um
consciência. Porém o dto vê essa indivíduo matem-se na esfera privada,
diferença, pois o casamento é muito não passam para o estado como
mais simples de provar. O registo civil é acontece em alguns países.
a prova absoluta, não há outra
O dto das sucessões é
possibilidade para provar o casamento
caracterizado por normas imperativas. É
em Portugal.
possível deserdar alguém em casos
Quando um casal tem uma casa muito raros e com sentença judiciária
em conjunto ou só de apenas um, um (condenado pela prática de um crime
deles não pode vender sem a contra honra).
autorização do outro, pois é chamada a
Legítima ou cota disponível –
morada de família e isto proíbe para que
aquelas que o herdeiro tem de receber
não possa acontecer em situações
obrigatoriamente – herdeiros
menores, como uma discussão – art
legitimários. A cota disponível é de 1/3
1682a)2. Em situações de arrendamento
também compete aos dois. O cabeça de casal é a lei que
estabelece, tal como os herdeiros. O dto
A estrutura social associada a
sucessório vai regular esta transição
família merece a proteção de dto, não
para que o património não dissipe e os
sendo uma pessoa jurídica, exerce-o
herdeiros recebam aquilo que têm
através dos seus membros.
direito.
A composição do agregado familiar
O testamento é um ato unilateral.
não está prevista na lei.
A última vontade de alguém deve ser
A lei não exclui a possibilidade de ter cumprida o máximo possível. Há dois
mais um agregado familiar sentidos em relação ao testamento:

Fenómeno sucessório_ relações  Sentido amplo – toda a relação


jurídicas que acontecem depois da morte de da vida social é disciplinada
alguém. pelo dto
Regra geral: ninguém pode ser deserdado, há  Sentido estrito – a relação
exceções. jurídica disciplina o dto
mediante a atribuição a uma Inelutavelmente tenho dto a ir buscar a
pessoa de um dto subjetivo e a bola a casa do vizinho quer ele queira
imposição a outra de um dever quer não = dto potestativo – art 1349 -
ou sujeição Quero divorciar-me porque o
companheiro ronca, posso pedir o
As leis e normas - relações jurídicas
divórcio mesmo que ele não queira.
abstratas (casamento); relações jurídicas
concretas (entre 2 pessoas especificas) Poderes-deveres (figura particular
sendo estas casos específicos. Cada atenção não é livre)
relação abstrata tem um conjunto de
normas que regulam uma relação As responsabilidades parentais
jurídica – conjunto normativo Os pais têm o dever de educar os
filhos, mas tem a liberdade de escolher
Relação jurídica do dto civil – todo e
como. Os deveres são atribuídos para
qualquer dto previsto na lei existe sob
estado caso não se cumpram os deveres
forma de relação jurídica. Reguladas
podendo retirar aos pais a tutela da
por várias normas. É o dto como figura
criança. É um dever cuja forma de
subjacente
serem cumpridos pode ser escolhido
A vende livro a B pelo sujeito, mas tem de ser socialmente
A – Vendedor – tem dto a receber e o aceitável. O estado é o único que tem o
dever de entregar o objeto dto de educar, para os restantes é um
dever.
B – Comprador – dever de pagar e dto
de receber o objeto Em casos de divórcios normais,
sem crimes envolvidos, não importa
Relação jurídica e elementos
com quem a criança fica, o importante é
constituintes: que conviva com os dois (na psicologia
1. Sujeitos é após a dependência nutritiva da
criança)
2. Objeto
3. Facto jurídico Nas responsabilidades parentais
4. garantia há 2 deveres: convívio e sustentos
(pensão de alimentos). Estes devem ser
Pág. 178 do manual - 1ª parte: termina
cumpridos de forma independente entre
em “omissão” – passivo = dever; ativo=
si.
noção de dto subjetivo
Elementos da relação jurídica
2ª parte: dto potestativo –
como 1 elemento: sujeito dto – arte
passivo corresponde a uma sujeição;
suscetível de ser titular de uma relação
ativo corresponde ao lado potestativo.
jurídica – 2 pessoas: singulares e
coletivas = é-lhes atribuída
personalidade jurídica, ou seja, aptidão Capacidade de exercer dtos –
para ser titular autónomo de relações idoneidade p/ atuar juridicamente
jurídicas (personalidade jurídica). Esta exercendo dtos, cumprindo deveres,
subdivide-se em 2 formas: capacidade adquirindo dtos ou assumindo
para exercícios de dto; capacidade de obrigações por ato próprio e exclusivo
gozo. ou mediante procurador voluntario. É
uma capacidade que não se adquire com
A personalidade jurídica é
o nascimento, implicando consciência
adquirida através do nascimento
de deveres e obrigações.
completo e com vida – art 66,1(é
resolvido na medicina com o depois do Os 18 anos é a idade fixada por
corte do cordão umbilical em que haja se entender que a maturidade intelectual
batimentos cardíacos e capacidade suficiente é atingida. No entanto, há
intelectual). Os bebés concedidos, mas exceções, o amadurecimento atinge se a
não nascidos ou sem capacidades níveis diferentes.
intelectuais não reconhecem
Mesmo sendo menores, por
necessidade de proteção.
vezes fazemos coisas q não deveríamos
Exemplo: Um pai escreve um ainda fazer, mas como temos essa
testamento a deixar os seus bens para o capacidade/maturidade fazemos mesmo
seu filho que ainda está por nascer. assim. Nos últimos 10 anos o CC
Infelizmente, o pai morre. Se o filho mudou a respeito desta matéria – menor
ainda não tiver nascido não recebe nada. de idade, inabilitação – Revelou-se mau
“eu tenho dtos enquanto sou um feto, critério (pode existir meio termo).
mas só se materializam quando eu
Agora para -18 há o regime das
efetivamente nascer”
responsabilidades parentais. (auto
Capacidade de gozo – adquirimos com metição) E para os +18 há o regime de
nascimento vivo maiores acompanhados – é preciso
definir quais coisas se consegue fazer,
Dtos de personalidade: dto à vida, bom
tem de ser tudo definido. O tribunal
nome – art 70 e ss
decide o que o maior de idade pode
Art 79 (dto imagem). fazer sozinho com tutor.

Art 80 (dto a integridade da vida Há dtos que, temporariamente, não têm


privada) – rede social =abdicação da sujeito pré-identificado. São dtos que
vida privada não se encontram imediatamente titular.

A capacidade de gozo é diferente da Pessoas coletivas


capacidade de exercer dtos ou
capacidade negocial Conjunto de pessoas ou bens que
a lei atribui personalidade jurídica
independentemente da capacidade Exemplo: Supõe que faz uma
intelectual art 66(2). Quando se cumpre aposta, “Se o Benfica for campeão, vou
requisitos são considerados o contacto rapar cabelo”, a parte com quem fizemos a
mínimo de dtos. aposta não pode exigir que cortemos o
cabelo (a consequência da aposta) – art 402
A personalidade jurídica termina com a
CC – obrigações naturais. O efeito jurídico
morte – art 68, art 68(2). da prescrição deixa de ser uma obrigação
Os dtos de personalidade são gerais, jurídica após um determinado tempo e
extrapatrimoniais, absolutos. São passa a ser uma obrigação natural.
conteúdos mínimos de dtos que Importante por causa de prescrições de
qualquer um goza e a violação dos art dividas.
70(2) faz incorrer ao infrator em
Constitutivo – dto de ir ao terreno
irresponsabilidades.
do vizinho ir buscar uma bola – art 1349º
Art 70 – clausula aberta para incluir
Extintivos – exemplo: reclamar de
pessoas q não estão lá. Os dtos de um contrato de arrendamento;
personalidade – inalienares e
Modificativos – não constituem
irrenunciáveis
coiso jurídica, mas tem modificações, dão
Morte exemplo: aso à sua respetiva modificação.
B - Casados
A  Exemplo de um modificativo:
C – Casamento extraconjugal

A e B tem um acidente e os dois separação judicial de pessoas e


morrem – é importante saber quem bens (no casamento)
morre primeiro. A relação simples (1 dto e 1 obrigação)
é uma raridade no nosso dto. Na maioria
 Se A morrer primeiro, o B é o
dos casos, estamos a abstrair uma parte da
herdeiro e após B morrer o
relação complexa e transformá-la numa
herdeiro são os restantes desse
simples.
casamento.
 Se o B morrer primeiro, o A Contrato trabalho – A obrigação de um
recebe tudo (é o herdeiro), trabalhador é fazer o seu trabalho, mas
quando A morrer, o C é quem dessa vê m outros, pontualidade,
herda tudo. assiduidade. A entidade patronal tem dto de
exigir trabalho e o dever de pagar salários e
Direitos Potestativos_ 3 naturezas: oferecer condições de trabalho favoráveis.
Constitutivos, modificativos e extintivos.
Dentro desta temos os Ónus e expectativas.
Poder de exigir algo, se não for exigido
Ónus = precisar de…; adoção de
num determinado tempo podem extinguir-
um comportamento para a adoção de um
se. Não há poder de exigir e sim de
interesse. Exemplo: para comprar algo
pretender.
temos de o comunicar que o queremos Art 123 – estabelece a incapacidade dos
fazer menores de idade. A incapacidade de gozo

Expectativa – situação é inata a todos.


juridicamente relevante onde se aplica a Art 124 – responsabilidades parentais.
possibilidade de adquirir (palavras n
decifradas) de um dto. Quando pensamos Quais exceções da incapacidade em
em comprar algo já temos a expectativa relação ao menor – art 127 – 3 categorias:
ver CC. – atos administrativos; negócios
1º elemento – sujeitos (singulares e
jurídicos; outro… o menor pode trabalhar
coletivas) são suscetíveis de serem titulares
com 16 anos então pode gastar os seus
de dtos e obrigações do dto civil – pessoas
rendimentos.
q tem personalidade jurídica. Esta é a
aptidão para ser titular de relações jurídicas. Anulação de atos: Estes são atos
A personalidade jurídica é inerente à q o legislado menor n precisa de ser
capacidade de gozo de dtos. Capacidade de protegido. Se o menor praticar um ato para
exercer dtos por vontade/ato própria. O qual ainda n está capacitado –
regime das pessoas q n tem capacidade de anulabilidade= dentro das invalidades
exercer direitos = regime das tem/goza de um regime particular. O
incapacidades. Vamos adquirindo legislador avalia se o menor estava ou não
capacidade de exercícios e dtos ao longo da capacitado para exercer o ato cometido e
vida a não ser por motivos de saúde. Pode pode anular esse mesmo ato – art 125
ser genérica ou especifica. A incapacidade (anulação). Quem deve anular os atos: o
é suprida pela representação legal. A progenitor, o próprio menor, os herdeiros
personalidade jurídica começa com dele. Este é um regime q tem um conj unto
nascimento vivo – art 66 – e termina com a de regras sobre o prazo, mas n tem regras
morte – art 68. Comoriencia – 68/2; sobre as condições, dto de anular existe
desaparecimento da pessoa – 68 automaticamente exceto no q diz o art 125.
A Confirmação vai sanar o vicio. Art 128 –
Desaparecimento (onde n há dúvidas q
dever de obediência aos pais. Emancipação
pessoa morreu) é diferente de morte
– art 132 – casamento desde q autorizado
presumida (68/3). Na morte presumida a
pelos progenitores.
pessoa desapareceu sem dar notícias (ex:
naufrágio) Os maiores – art 138. No caso de
incapacidades mais graves era retirada a
No âmbito das pessoas singulares é
capacidade do exercício do dto à pessoa,
importante compreender o regime das
sendo considerada interdita. Seria
incapacidades. As incapacidades representada por um tutor ou parente. Em
protegem o menor de praticar atos q n lhe alguns casos a lei estava desatualizada em
trazem benefícios. relação aos acontecimentos atuais. O regime
de acompanhamento permite determinar a
Este regime alterou-se – art 122 e ss do CC
incapacidade q a pessoa tem e o
– “e menor quem n completou 18”.
acompanhamento q ela necessita
Nos atoa patrimoniais n pode O CC oferece outro regime de
vender bens, mas pode comprar desde q incapacidade – art 157 “incapacidade
seja assistido, bens superiores a 2000€ acidental” – embriaguez, intoxicação,
(maiores com incapacidade). Só existe a etc… o sujeito é alguém capaz, mas num
possibilidade de o fazer sem estado transitório temporário em q ue não
acompanhamento se houver legitimidade ou está capacitado. Podem existir contributo
prova. do próprio, pode a contraparte n conhecer
da incapacidade. É anulável desde q o facto
Regime de absoluta plasticidade, o
seja notório ou conhecido do declaratório.
tribunal decide partir de relatório de
O critério é objetivo. O juiz analisa a
incapacidade.
situação através do “bom pai de família”.
Art 142 – o acompanhamento é um É um regime próprio q protegem o
regime com cada vez maior importância
declaratório e não o declarando. (ex: vende
porque o corpo humano n foi previsto a casa por 10 mil euros e a casa vale
durar tanto tempo, antigamente raramente
150mil). Quanto à incapacidade de
se chegava aos 60 anos, o aumento do
exercício de gozo de dtos há casos raros em
numero de anos de vida deveu-se aos
q pode ser considerado incapacidade.
avanços da medicina. Impor a uma das
Quando existe uma declaração de
pessoas a legitimidade para q tal seja
insolvência e lhes é retirada a capacidade
requerida a incapacidade e se o tribunal
de exercer um dto de gozo/exercer e gerir
conseguir determinar a situação antes da
os seus próprios bens – execução universal .
pessoa atingir a maioridade, o tribunal pode
decretar a incapacidade. O insolvente é alguém capaz, mas
Art 143- escolha do acompanhante está restringido de exercer os poderes
patrimoniais.
Art 149 – possibilidade de um
acompanhamento cessar ou de ser substituída
Pessoas Coletivas
Art 147 – liberdade de exercícios de
Pessoas coletivas são compostas pois 2
dtos pessoais e negócios a menos q haja uma
disposição do tribunal q o impeça. Estes dtos elementos principais: abstrato e
podem ser restringidos, principalmente o conhecimento.
património
O dto permite várias espécies diferentes
Art 150 – o acompanhante deve de reconhecimento:
recorrer ao tribunal sempre q precisar de fazer
algo q supostamente n esta capacitado ou n tem Reconhecimento normativo – resulta
autoridade. por força da lei. Dentro deste há o
Art 154 – revisão periódica obrigatória reconhecimento incondicional ou
da decisão de acompanhamento. Atos recondicionado; Reconhecimento
praticados por acompanhante q viole os atos individual ou por concessão
previstos na lei são equiparadas aos atos do
menor sem capacitação. VIR AQUI E COMPLETAR COM
MANUAL
Sociedade comercial: firma (nome da sejam suficientes para a fundação
empresa), depósito capital social, cumprir com o seu fim.
certificado de admissibilidade, sede,
A necessidade de verificar os
contrato de sociedade. Leva-se ao
requisitos para a constituição das
registo Comercial e cria a constituição
fundações e mais complexo do q o das
Sociedade - art 12 CSocCom. Quando
sociedades por força do substrato
se leva o substrato a autoridade pública
patrimonial.
ela não constitui a sociedade apenas
regista a constituição. Todas as Por esta necessidade de avaliação
sociedades têm reconhecimento prevista q no caso das fundações
normativo condicionado e estamos perante um reconhecimento
personalidade jurídica. individual ou por concessão. Pode ser
revogado todo o tempo.
Portugal optou por este reconhecimento
para q se saiba q a empresa foi feita Demonstrou-se que a fundação
licitamente e q segue a estrutura base de fosse criada como forma de escudar a
órgãos deliberativos e executivos. arte de penhoras. Há a necessidade de
Também para os q constituem estas prossecução de um determinado fim.
pessoas coletivas há um interesse
Pessoas Coletivas Privadas ou
(garantia de q a pessoa coletiva e viável)
Públicas
Como reconhecimento é feito através de
Dentro das pessoas coletivas
um registo é dada a publicidade
temos as de dto privado e público. As
Se n houvesse registo comercial do dto privado distinguem-se de acordo
qualquer poderia dizer q X empresa é com a sua finalidade, dos seus estatutos
dele sem ser pois não existiria entre pessoas coletivas de utilidade
documentos q o comprovassem. Logo o publica e de utilidade particular
registo serve para impedir essas (pg288). Dentro da utilidade pública há
situações e outras possíveis mais graves. o fim altruístico e o egoístico.
O registo na constituição de pessoas
Altruístico – promove o interesse de
coletivas tem uma publicidade. Nos
outras pessoas (beneficiários) exemplo:
casos das fundações o reconhecimento é
todas as fundações etc.
individual por concessão.
Egoístico – divide-se entre fim ideal e
Pq a diferença? Nas fundações é
fim económico não lucrativo.
obrigatório tem um fim coletivo onde
tem de haver um órgão q se  Ideal: estas pessoas perseguem o
responsabilize para q esse fim seja interesse dos seus membros, mas
coletivo. É preciso garantir q os bens depois o fim não é suscetível a
avaliação económica.
 O não lucrativo aplica-se às atividade de uma empresa) e os
sociedades de Solicitadores comanditados (não responde pelas
(fins: honorários, não são o seu dívidas da sociedade, são só
lucro) os Sindicatos, responsáveis pelo preenchimento do
cooperativas capital social)

Pessoas coletivas de utilidade SA - são anonimas porque não é


particular tem cm fim uma vantagem possível reconhecimentos, o tempo, a
patrimonial para os seus membros e não entidade dos sócios. E mais uma vez os
o lucro. Nesta fazem parte todas as sócios só são responsáveis pelos
sociedades comerciais e cooperativas de montantes das ações q o subscrevem.
produção. O Mota pinto acha essa integração Mínimo 5 sócios, capital social mínimo:
duvidosa pois elas n visam o lucro, apenas são 50mil.
protegidas então para ele elas estão no fim não
lucrativo. Atividade comercial distingue da
atividade civil pelo risco de sucesso ou
Exemplo prático: somos sócios e
insucesso.
decidimos doar um imóvel da sociedade
ao Melanda. Não é possível praticar Salvaguardar o património
atos contrários ao fim da sociedade. A
Quanto à capacidade das pessoas
sociedade pode fazer doações, mas se
coletivas para o gozo e exercícios de
houve o objetivo de ganhar clientes e
dto, os órgãos da sociedade são
aumentar os lucros.
verdadeiros órgãos, ou sejam, vinculam
A lei distingue entre sociedade, a sociedade. As pessoas que preenchem
fundações e associações art 157 do CC os órgãos n se vinculam a si próprios.
Quando existe incumprimento
A definição legal resulta
contratual. A responsabilidade é da
inequivocamente q as soc. civis se
associação, da sociedade, da fundação
inserem nas pessoas coletivas de
utilidade particular porque o CC A capacidade de exercícios de dtos é
estabelece q qualquer sociedade tem plena assim cm a de gozo.
uma finalidade lucrativa.
A responsabilidade extracontratual e
A distinção destas sociedades tem complicada - acidente com um carro em
fundamentalmente a ver com as nome da empresa de quem é a culpa -
responsabilidades dos sócios com as art 500 do CC
dividas da sociedade
Apesar das pessoas coletivas n terem
Quotas - sócios respondem proteção própria elas têm vontade
reconhecida.
Comandita - dois tipos de sócios.
Comanditário (investimento, financiam
A capacidade de gozo e exercícios de Exemplo: um contrato de mútuo.
dtos é equivalente das pessoas A faz empréstimo com B e pagará ao fim
singulares e a única limitação são as q de 1 ano esse empréstimo. Tem de pagar
resultam de ser uma pessoa coletiva e n juros, mesmo não estando no contrato?
singular. Não, é um contrato gratuito, feito entre 2
particulares, não havendo vencimento de
Os dtos de personalidade só existem na
juros. Se B for banqueiro, então o A terá
medida q são aplicadas as pessoas
de pagar juros, restitui-los, é o mútuo
coletivas mercantil sendo ele oneroso no silencio de
1 caso- n fazer doações mal pode dispor uma das partes.
abertamente o seu património A COISA – objeto da relação
jurídica: objeto do dto subjetivo, um direito
2 caso- aquisição de imóveis. Princípio
q incide sobre o seu mesmo objeto. Art 202
da especialização do fim aquisição - art
e ss CC (noção de coisa) – realidade sobre o
160 CC
qual incide o dto subjetivo.
A distinção entre as sociedades
A grande inovação mais recente e
civis e comercias e feita com o seu objeto e
aquela q qualifica as pessoas objetivo da
forma
relação jurídica. Há situações em q uma
Ato comercio – art2 CCom – atos pessoa são titulares do dto civil e são o
praticantes pelos comerciantes no exercício objeto sobre o qual recais esse m esmo dto.
da sai atividade e o q a lei define Nas responsabilidades parentais o menor é

Sociedades comerciais são titular de direito e também é a realidade


comerciantes – dedicam-se a atividades pelo qual esse dto recai. Art 280 –
comerciais e q assumem uma das formas proibição de negócios contrários a leis. Para
previstas no CSC – atividade mercantil. os dtos subjetivos q classificamos como
Assumem forma de sociedades comerciais responsabilidades parentais e entre outros, a
pessoas é sujeito do dto e objeto de dto,
Sociedades civis em geral tmb
simultaneamente.
visam o lucro. Não tem como atividade a
prática de atos de comercio. Mesmo quando Esta noção e importante porque é
assumem essa forma (atividade comercial) sobre esta realidade q os dtos são exercidos.
elas n praticam uma atividade mercantil O objeto e a realidade sobre qual recaem os
poderes (conteúdo do governo).
Ambas visam o lucro, mas de formas
diferentes, mercantil e não mercantil. A Objeto imediato vs objeto
diferença entre as atividades é o risco –
mediato
atividade mercantil pressupõe o risco e esta
faz com que o legislador tenhas regras Imediato: o titular do dto exerce os seus
especificas para atos de comercio e atos poderes de forma direta sobre a coisa.
mercantis.
Exemplo: o dto de propriedade, como
proprietário tenho dto de usar e usufruir o
bem, isto é o poder direto sobre a coisa.  Propriedade de apropriação
Agora no exemplo anterior: o A (credor) exclusiva – não podemos ser donos
empresta 10 mil euros a B(contraparte), a do ar, mas usamo-lo, é gratuito, é
credora tem o dto de exigir o pagamento, uma coisa
mas na verdade ela quer os 10mil euros, à  Capacidade de satisfazer interesses
devedora. ou necessidades

Mediato: é aquilo q a pessoa quer, mas A lei exige uma aptidão para ser
através do objeto imediato. apropriado de forma exclusiva, mas n
significa q tenha dono. Art 203 e ss define
Continuação do exemplo: C propõe pagar
uma series de categorias diferentes de
em vem de B, se for tratado como objeto
coisas (ver); art 212 da a noção de frutos
imediato A n pode receber o dinheiro de C,
(tudo o q uma coisa produz, como a renda
mas se for mediato pode. Qualquer pessoa
de uma casa).
pode cumprir o objeto imediato, o q
interessa para o credor é o objeto mediato. Movel ou imóvel

O objeto mediato e aquilo q deve ser Diz-se movel tudo o q n é imóvel.


entregue e o imediato é a entrega. Imóveis – caraterizados se ocuparem um
determinado espaço de solo. Arvores
Realidades:
deixam de ser imoveis quando arrancadas.
1- Pessoas Art 204, tmb fala das diferenças entre o
2- Prestações prédio urbano e um prédio rustico, no
3- Coisas materiais ou corpóreas entanto n é usado no comercio jurídico.
(realidade física, onde se
incluem os animais. Os animais Art 216 – noção de benfeitorias –
são objetos porque as pessoas despesas feitas para conservar ou melhorar
podem apropriar se deles, ele a coisa. MUITO IMPORTANTE

esta suscetível a dono, à (especialmente no dto sucessório). As


apropriação). benfeitorias classificadas de 3 formas: uteis,
4- Coisas incorpóreas ou necessárias e volutuarias.
imateriais, as pessoas são donas
 Uteis resultam de uma
da ideia q tem de ter autonomia
administração normal ou natural
às demais.
da coisa e lhe acrescentam valor.
Outros:  A volutuarias não se destinam a
conservar ou aumentar a utilidade
1. Dtos sobre dtos (ações ou partes
da coisa
socais numa empresa). Os objetos,  Necessárias garantem a
como o dinheiro, pode ser o objeto conservação da coisa.
da relação jurídica.
Pode ou não nascer um dto de
A coisa pode ser usada em vários sentidos: indeminização.

 Existência autónoma
Património Eventos naturais – juridicamente relevante
pois viola o dto de propriedade. Exemplo:
O q é o património, no q consiste? tempestade q caiu uma arvore no meu carro
Noção diferente da esfera jurídica (todos e estragou.
os dtos q o sujeito e titular), a noção de
Nos factos voluntários ou nos atos
património tem a ver com a relação
jurídicos há a intervenção de uma vontade
jurídica do objeto de rel. Jurídica, porem só
humana.
entra o conjunto de relações suscetíveis de
avaliação pecuniária. Quando falamos de Factos involuntários não têm essa
característica. Um humano é capaz de
parte ativa falamos de património líquido.
produzir atos sem ter vontade de o fazer.
No líquido temos os dtos e obrigações, nos
Exemplo: o nascimento n é um ato onde
ilíquidos temos todos os dtos sujeitos a
intervenha a vontade humana própria, é um
avaliação peculiaria. É então a soma dos facto jurídico involuntário, é relevante
líquidos e dos ilíquidos.
A produção de dtos jurídicos n é
Critério da responsabilidade por imediatamente percetível. Como suposto da
dividas. do ato voluntario esta a vontade humana ou
involuntário esta ausente, pois n é uma
Património autónomo ou separado
vontade, mas para a parte contraria significa
tem cm critério distintivo a
algo.
responsabilidade por dividas
Voluntários: lícitos ou ilícitos.
Património coletivo – um único
património tem vários sujeitos. Lícito – consentido ou permitido
pela ordem jurídica;
P com propriedade há vários
sujeitos titulares cada um com uma cota Ilícito – reprovado pela ordem
ideal como o objeto comum. Na jurídica porque a violam.
compropriedade cada proprietário e dono de
Por outro lado, tmb os atos
uma parte.
jurídicos, factos voluntários tem outra
No património coletivo todos os caraterização: simples atos jurídicos e
seus sujeitos em bloco são os titulares negócios jurídicos, estes são 100% das
daquele património. obrigações, mais 50% do código qual. São
integrados por 1 ou mais declarações de
O único património coletivo em
vontade ao qual a ordem jurídica atribui
Portugal é aquele contraído e o casamento .
efeitos jurídicos concordantes com essa
Ambos tem o dever de administrar. vontade exteriormente observada.
Facto jurídico – ato humano ou
É necessário exteriorizar o negócio
acontecimento natural juridicamente
jurídico (n basta ter vontade). O nosso
relevante ou alternativamente produtor de
sentido de declaração negocial vai ser
efeitos jurídicos. Há situações ou factos da
interpretado de acordo com a nossa
nossa vida q n tem qualquer relevância
vontade, e com este comportamento externo
jurídica, exemplo: hoje ta sol
percecionado com a pessoa q se destina e exigir cumprimento o devedor nunca está
q vai valer o conteúdo da nossa declaração. em mora – interpelação admonitória ao
A lei confere é declaração da vontade devedor. Ele está em mora a partir do
efeitos jurídicos, q ocorrem por forca da lei momento q o credor pedir o dinheiro, ele n
e da vontade. Há resultados práticos q a lei quer efeitos jurídicas nem é a sua vontade,
determina efeitos mas automaticamente entra em mora devido
ao art 805.
Exemplos práticos: compra de um
livro na livraria, tem uma etiqueta com o Dentro dos simples atos jurídicos –
preço de 30€ exprimimos a nossa proposta duas distinções: quase negócios jurídicos vs
de comprar o livro por 30 euros, sem ter q operações jurídicas. QNJ – exemplo da
falar. Por outro lado, a livraria faz a interpelação, mas falta uma parte. A criação
proposta e nós aceitamos. Não queremos o jurídica é uma OJ – a lei liga determinados

dto de propriedade, só queremos o livro. A efeitos jurídicos. – Bases da distinção dos


lei e q vai tornar-nos proprietários do livro factos jurídicos.
através dos efeitos jurídicos. Temos uma Aquisição, modificação e extinção
declaração de vontade, um conteúdo a qual de relações jurídicas
a lei confere proteção atribuindo efeitos
jurídicos. Usucapião

O problema dos factos jurídicos Aquisição, modificação e extinção de


gira sempre a volta da vontade. Se existe ou relações jurídicas.
não (nem sempre existe e quando existe Usucapião – aquisição do dto real
pode estar confinada ou implícita) – definitivo correspondente ao uso. Usada
matéria mais extensa. para adquirir quase todos os dtos reais e
Soberania popular – “quem cala todos os bens incluindo bens móveis.
consente”, no dia a dia é uma aceitação, no Aquisição originaria de dtos porque n
dto é uma recusa. depende de dtos anteriores. Na herança não
é possível porque todos os herdeiros têm
A perceção q temos dos negócios
dto a usar o bem.
jurídicos e diferentes dos dtos jurídicos em
sentido estrito. Neste não é necessária Duas formas de aquisição de dtos: é
vontade de produzir efeitos. Nos simples a criação de dto na esfera jurídica de uma
atos jurídicos podem n ser desejados ou pessoa (constituição é o surgimento a forma
previstos, n é necessário ter qualquer cm nasce). Tem a ver com o momento em q
espécie de conduta para a produção dos um determinado sujeito se torna titular do
efeitos. dto. Duas formas de adquirir: transmitido
pelo seu intransitório ou nasce. Originaria
Art 805 CC – interpelação –
vs derivada: O- ocorre quando o dto
momento em q o devedor esta em mora,
adquirido n depende da existência de um
enquanto n estiver em mora n esta a
dto anterior; D- ocorre por transmissão de
descumprir nada. Enquanto o credor n unca um dto de outro sujeito.
Possuo o bem X cujo proprietário é registar, o registo só da publicidade à
o A, o dto de propriedade é aquisição, permite me invoca-lo contra
tendencialmente perpétuo. Suponho q em todos. O q transmite o dto de propriedade é
algum momento o mesmo bem começa a a escritura, o contrato de compra e venda.
ser possuído pelo B e q a posse do B sem Ónus de prova – art 342 CC
oposição do A se prolonga pelo período de
tempo dado pela lei da usucapião, assim o Casos de originária em Portugal- aquisição
dto do A extingue-se. O dto do B criou-se de dtos autor - 1316, usucapião, ocupação –
independentemente de existir o dto do A. A 1318 e ss, acessão (aquisição da
possui bem X (imóvel), A tem dto de propriedade de um bem pela sua
usufruto a favor do B, isto significa q sobre incorporação noutra bem) – 1325.
o bem X existem, ao m esmo tempo, dois Distingue-se devido a esta autonomia
dtos – A= dto propriedade e B=dto de A derivada ocorre por forca de um contrato
usufruto q se constituiu devido ao dto de ou outros fenómenos como o sucessório
propriedade do A – aqui sição derivada de (morte de alguém). O q esta em coisa e o
dtos. critério de causalidade. Esta pode
distinguir-se por: constitutiva, translativa e
Quanto à aquisição originaria – a
restitutiva.
aquisição por usucapião pode ser usada
para a aquisição de dtos reais de bens Continua…
menores. – 1547, 1 CC

1568 CC – mudança de servição

1362 e 1365 CC exemplos sobre certidões


prediais q podem ser adquiridas por
usucapião.

Aquisição originaria de dtos tmb pode


ocorrer para dtos reais menores. É possível
a coexistência de 2 dtos.

Ação de reivindicação – Ação em q uma


determinada pessoa pede ao tribunal q o
reconheça cm proprietário de um
determinado bem – 1311 e ss – e um dos
meios de defesa da propriedade. Pede 2
coisa: reconhecimento de dto de
propriedade, pede a apropriação dos seus
dtos. 1311 – Norma de dto processual.

E importante distinguir a Originaria da


Derivada. (registo predial obrigatório
desde 1-10-1984). Eu n sou dono d epois de

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