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Prova Intermediária de - Derivada: Bilateral – Com

Direito Civil II transferibilidade. O antigo proprietário


quer transferir (escritura pública de
compra e venda de imóvel transcrita no
cartório do registro imobiliário).
Fatos, Atos e Negócios Jurídicos

- Gratuita: Sem contraprestação. Como


doação, eu recebo a propriedade e não
preciso enviar nada em troca (contrato de
doação pura e simples e sucessão
hereditária).

- Onerosa: Com contraprestação. Um


entrega uma coisa, o outro entrega outra
Fato Jurídico de volta (contratos de compra e venda e de
locação).
É o que o direto atribui os efeitos da
aquisição, modificação, defesa e extinção
das relações jurídicas.
- À título universal: Substituição do
- FATO JURÍDICO NATURAL OU EM antecessor na totalidade. A totalidade do
SENTIDO ESTRITO = Acontecimentos sem patrimônio do antecessor passa para o
interferência da vontade humana que têm sucessor, como herança.
repercussão na ordem jurídica, atribuindo
- À título singular: Substituição em
efeitos:
titularidades determinadas. Um bem
Ordinários: É comum, acontece com todos determinado (como compra e venda, não é
e produz efeitos jurídicos (nascimento, o patrimônio inteiro).
maioridade, morte).

Extraordinários: Pode nunca acontecer ou


- Simples: O fato gerador é único. Compra
pode acontecer na nossa vida sem que
e venda à vista, como supermercado.
queiramos (casos fortuitos – não consegue-
se comprovar a culpa de alguma pessoa e - Complexa: Dois ou mais fatos geradores.
forças maiores – casos em que o devedor Compra e venda financiada (aquisição do
se isenta da responsabilidade pois não teve direito de propriedade pela usucapião =
culpa). posse do bem + passagem do tempo +
inércia do titular + justo título + boa-fé).

CARACTERÍSTICAS DA AQUISIÇÃO DE
Aquisição dos Direitos DIREITOS:
Ocorre com a conjunção entre o direito e a) Ato próprio ou representação, direito
seu titular. adquirido por atos do próprio adquirente
- Originário: Unilateral – Sem ou por intermédio (representação) de
transferibilidade. Pode se ter por não ter outrem. (Aluvião e avulsão). (Alguns
um antigo proprietário ou em situações em direitos são adquiridos independente da
que o proprietário anterior não quis prática de atos).
transferir, mas ocorreu algo como
usucapião.
b) Para si ou para outrem, contrato de conteúdo do direito (qualitativa –
seguro de vida, estipulação em favor de um converte-se o conteúdo do direito
terceiro beneficiário. em outra espécie, dação em
pagamento, credor aceitar receber
c) A aquisição pode se dar:
coisa diversa da dívida),
No presente momento em que se pratica (quantitativa – o objeto de direito
o ato (contrato compra e venda à vista, aumenta ou diminuí o seu volume,
seguido pela tradição do bem pelo diminuição de terrenos ribeirinhos
vendedor ao comprador) ou em momento pela aluvião ou avulsão).
futuro (contrato de compra e venda com
cláusula de reserva de domínio).
b) Subjetiva: A modificação é do
Pode se dar de forma diferida (aquisição
próprio titular, onde se substitui o
do direito depende somente que o
sujeito de direito (inter vivos e
adquirente pratique o ato) (aceitação da
causa mortis – exemplo, cessões
herança), ou não diferida, a aquisição do
de débito e crédito).
direito está subordinada a condições, que
são acontecimentos futuros incertos - Os direitos personalíssimos não sofrem
(doação propter núpcias – será doado modificação, extinguem-se com a morte de
terminado imóvel a alguém caso convole seu titular.
núpcias com outrem).

Defesa de Direitos
Expectativa de direito = Mera
possibilidade ou esperança de vir a adquirir Atos conservatórios para resguardar
o direito (herdeiro testamentário que direitos.
aguarda a abertura do testamento) Defesas preventivas:
Direito eventual = Mesmo que incompleta, a) Judicial – Interdito proibitório.
há o interesse na aquisição completa e este
interesse está protegido pela norma b) Extrajudicial – cláusulas penais, arras,
(promessa de compra e venda). fiança.

Direito condicional – Só se aperfeiçoa a Desforço pessoal


aquisição do direito pelo advento de
acontecimento futuro e incerto (o pai
doará um carro ao filho, se este se graduar Extinção de Direitos
em direito).
a) Perecimento – Veículo que deu
perda total, não há mais objeto,
ele pereceu, então não existe mais
Modificação de Direitos
relação jurídica (propriedade do
Os direitos sofrem modificações em seu carro), pois não há mais carro.
conteúdo e objeto (pratico um ato jurídico b) Alienação – Transferência para
e a consequência é modificar). outra pessoa do direito sobre algo.
c) Renúncia – O herdeiro renunciou
TIPOS: seu direito de herança, não
a) Objetiva: Modifica-se a quantidade abandonou. Sempre beneficia
e/ou a qualidade do objeto ou terceira pessoa.
d) Abandono – Abandonei o direito um quadro adquire sua propriedade,
de propriedade do meu carro, na sabendo ou não o que estava realizando.
rua ou no descarte devido.
- Indenizativos: Indenizabilidade sem
e) Falecimento – Extinguiu a
ilicitude, ato humano não contrário ao
personalidade, extinguiu seus
direito decorre prejuízo a terceiro, com o
direitos (salvo alguns que
dever de indenizar (caso de necessidade: a
transcendem).
lei admite a destruição de coisa alheia ou
f) Prescrição – Perda da pretensão
lesão a pessoa a fim de remover o perigo
que tem o titular que teve um
eminente).
direito violado.
g) Decadência – Caduca o direito - Extintivos: Caducidade sem ilicitude.
potestativo da pessoa. Contrato entre advogado e cliente,
h) Abolição – Abolição da lei que advogado tem o direito de receber, se o
revoga o instituto. Como a abolição cliente não pagar no vencimento, o
da escravatura, que extinguiu o advogado tem até os 5 anos para executar
direito sobre outras pessoas. os honorários, passando disso, prescreve a
i) Confusão – Dinheiro emprestado pretensão.
de pai, com prazo de devolução,
não venceu o prazo e o pai faleceu,
o direito de crédito do pai virou b) ATO JURÍDICO NO SENTIDO ESTRITO =
herança e o próprio filho herdou, Vontade simples, média, tenho vontade de
então extinguiu se o direito causa praticar aquele ato mas a lei coloca
mortis. consequências que terei de suportá-las
j) Termo final – Data colocada no (vontade de reconhecer a paternidade, ao
contrato, depois que passa do fazer isso, virão muitas consequências,
prazo, extingue-se os direitos. mesmo que não queira).

Ato não negocial (não são negócios


jurídicos).
- Atos jurídicos
Classificação:
Sentido Amplo
a) Participações: Declarações para a
Acontecimento com repercussão jurídica
ciência dos outros. Decorrem da
que depende da vontade humana.
manifestação de vontade como os
- LÍCITOS = Não proibido pela lei. Pode ser: negócios jurídicos, mas o efeito da
manifestação da vontade está
a) ATO-FATO JURÍDICO = Acontecimentos previsto na lei e não pode ser
com efeitos na ordem jurídica não alterado, não há escolha da
desejado/buscado. A pessoa não queria, categoria jurídica, apenas deflagra
vontade mínima (encontrar um tesouro com a vontade o agente um efeito
sem querer, há uma consequência jurídica. previamente estabelecido na lei
Classificação: (citações, intimações, notificações).
b) Propriamente ditos: Pode exigir
- Reais: Atos materiais, decorrem de certos uma manifestação de vontade
acontecimentos, dando-se ao fato (reconhecimento da paternidade)
resultante, indiferente de ter havido ou ou não (fixação do domicílio). Não
não vontade em obtê-lo (pessoa que pinta há vontade dos resultados – se
houver é negócio jurídico.
c) NEGÓCIO JURÍDICO = Vontade máxima, 2 – Estado de necessidade.
as pessoas sabem o que estão fazendo,
Ocorre quando alguém em situação de
com as consequências desejadas e
perigo atual, pratica o fato para salvar
previstas (contratos).
direito próprio ou alheio deste perigo, que
Todos dependem da vontade humana, a não provocou por sua vontade, nem podia
diferença entre eles está na gradação de outro modo evitar, cujo sacrifício, nas
dessa vontade, que pode ser mínima, circunstâncias, não era razoável de se agir.
média ou máxima.
- Situação de perigo atual, não causada
pelo agente, não causada necessariamente
por conduta humana.
- ATO ILÍCITOS = Ação volitiva que causa
prejuízo, dependeu da vontade daquele 3 – Exercício regular do direito e estrito
que participou, nem que seja só por culpa, cumprimento de dever legal
negligência.
Atua no exercício regular de um direito -
CULPA, no sentido amplo pode ser: aquele que age no estrito cumprimento do
dever legal.
Dolo: ato de violação voluntária do dever
jurídico. - Abuso de direito (policial quando for agir
deve ser em conformidade com a lei, não
Culpa (sentido estrito): ato de violação
pode haver abuso do direito).
involuntária, não intencional. Pode se dar
por:

- Negligência: sem cuidado, desatenção. Prescrição


- Imprudência: Embora esteja capacitado É a extinção, por inércia durante o prazo
para a ação, excede os limites. determinado em lei, de uma pretensão de
que um titular de um direito violado tem
- Imperícia: Prática de um ato sem a devida
de ajuizar ação para reparação dessa
habilitação.
violação.
- DANO:
É uma perda negligente que deixa de
MATERIAL: Atinge o patrimônio da vítima. exercer seu direito de ação.
Podem ser:
Não é perda do direito de ação e nem do
próprio direito, é a perda da pretensão.

Responsabilidade civil – É a medida de ordem pública para a


EXCLUDENTES: segurança das relações jurídicas, que
estariam comprometidas diante do fato de
Hipóteses: se poder exercitar o direito de ação por
1 – Legítima defesa (própria ou de prazo indeterminado. Pena para o
terceiros). negligente que deixa de exercer seu direito
de ação.
- Agressão ilícita atual ou iminente.
Exemplo: advogado que não é pago e tem
- Contra direito próprio ou alheio. até 5 anos para ir atrás e receber, se o
prazo acaba, prescreve a pretensão.
- Repelir “moderadamente”
Prescrição extintiva/liberatória – atinge G – Se a conduta se originar de fato que
qualquer ação, fundamentando-se na deve ser verificado no juízo criminal, a
inércia do titular e no tempo. prescrição só começa correr da sentença
definitiva (está sendo processado acusado
Prescrição aquisitiva/usucapião – visa à
de roubo, até a definição da condenação,
propriedade, fundamentando-se na posse
não se fala em início de contagem do
e no tempo.
prazo).
Requisitos para a ocorrência
da prescrição
Causas Interruptivas
1 - Existir uma pretensão que possa ser
objeto de uma ação ajuizável. São as que inutilizam a prescrição iniciada,
recomeçando a correr seu prazo da data
2 – Inércia do titular da ação pelo seu não do ato que a interrompeu.
exercício.
A – Despacho do juiz (citação), mesmo que
3 – Continuidade desta inércia durante um incompetente, que determinar a citação do
certo lapso de tempo. réu.
4 – Ausência de fatos ou atos impeditivos, B – Protesto cambial ou judicial, para
suspensivos ou interruptivos. constituição do devedor em mora.

C – Apresentação do título de crédito em


Causas impeditivas juízo de inventários ou em curso de
credores.
(Circunstâncias que impedem que seu
curso se INICIE). D – Atos judiciais que constituam o
devedor em mora, como interpelações,
A – Entre cônjuges na constância da notificações judiciais e atos dentro da
sociedade conjugal. execução.
B – Entre ascendentes e descendentes E – Reconhecimento do direito pelo
durante o poder-familiar. devedor por ato inequívoco, mesmo que
extrajudicial (muitos advogados enrolam
C – Entre tutelado e curatelados e seus
para fazer um acordo para a dívida
tutores e curadores durante a tutela e
prescrever, por isso, é necessário fazê-lo
curatela.
assinar um termo de confissão de dívida,
D – Contra absolutamente incapaz. para depois negociar).

E – Enquanto pendente condição


suspensiva, pois enquanto não nascer o
Quem pode promover a
direito, não há como prescrever o seu
direito de ação (O pai doa um veículo para interrupção
o filho, na condição deste se graduar. O próprio titular de direito, seu
Assim, até que se cumpra o prazo, não há o representante legal, terceiro com legítimo
que se falar em início da contagem do interesse, como o seu credor do credor e o
prazo prescricional para o filho exigir a fiador do credor.
transferência de propriedade do veículo.
- A interrupção somente poderá ocorrer
F – Enquanto não vencer o prazo ou termo. uma vez, evitando protelações abusivas.
Inutiliza o tempo transcorrido e determina Normas Gerais da Prescrição
o reinício do tempo de prescrição.
A – Somente depois de consumada a
Efeitos da prescrição = Aproveita a quem a prescrição, desde que não haja prejuízo de
promove, prejudicando aquele contra terceiro, é que pode haver renúncia
quem se processo. expressa ou tácita por parte do
interessado.
Regra geral na multiplicidade de credores
e/ou devedores = A interrupção promovida B – A prescrição poderá ser alegada em
por um credor não aproveita aos demais qualquer grau de jurisdição, pela parte a
co-credores, bem como a interrupção quem aproveita, dentro da fase de
operada em favor de um co-devedor não cognição e desde que a parte a quem
fornece aos demais co-devedores. aproveita ainda não tenha falado nos
autos.
Interrupção (inteiro) = O prazo volta a
contar por inteiro, ou seja, do zero. C – Tanto as pessoas naturais como as
jurídicas sujeitam-se aos efeitos da
Suspensão (sobrou) = O prazo volta a
prescrição = podem invoca-la em seu
contar de onde parou, o que sobrou.
proveito ou sofrerem-na.

D – Os relativamente incapazes e as
Causas Suspensivas pessoas jurídicas têm ação contra seus
assistentes e representantes legais quando
São as circunstâncias que paralisam estes derem causa à prescrição ou não a
temporariamente o curso da prescrição – alegarem oportunamente = ressarcimento
superado o fato suspensivo, a prescrição de danos.
continua a correr, contando o prazo
decorrido antes. E - A prescrição iniciada contra uma pessoa
continua a correr contra o seu sucessor,
A – Ausentes: contra os ausentes do Brasil salvo se absolutamente incapaz.
em serviço público da União, dos Estados e
dos municípios e os que se acharem F - O juiz pode suprir de ofício a alegação
servindo as forças armadas, em tempo de de prescrição – ex officio – por de tratar de
guerra. questão de ordem pública.

B – Exceção – se pender ação de evicção. G - As partes interessadas também podem


Exemplo, – contrato de compra e venda alegar a prescrição = todavia, se não a
realizado entre João e Maria. João, invocarem pessoalmente, poderá fazê-lo o
vendedor, transmitiu a propriedade de um representante do MP, em nome do incapaz
veículo à Maria, que apesar de ter se ou dos interesses que tutela.
obrigado a pagar determinada quantia em H - Com o principal prescrevem os direitos
dinheiro, deixou de pagar, inadimpliu. O acessórios = prescrita a obrigação,
prazo prescricional para João acionar Maria prescreve também a sua cláusula penal,
é de 5 anos. João deixou passar mais de 4 juros, hipoteca, etc.
anos e não entrou com a ação, neste
momento, José propõe ação reivindicatória I - A prescrição em curso não origina direito
da propriedade do veículo. Até a decisão, o adquirido, podendo ser seu prazo
prazo prescricional para João acionar Maria aumentado por norma posterior. Caso a
está suspenso. norma posterior reduza o prazo, valerá o
prazo maior da norma anterior, desde que
na entrada em vigor da norma posterior, já
tenha transcorrido mais da metade do interrompem a prescrição – prazos
prazo da norma revogada. decadenciais são fatais e peremptórios
(com exceções), não corre decadência
J - As partes não podem restringir o prazo
contra absolutamente incapazes e os
prescricional fixado por lei, mesmo que se
relativamente incapazes podem
trate de direito patrimonial.
responsabilizar seus representantes que
K - Deve-se determinar o momento exato derem causa à decadência não a alegando
em que a prescrição começa a correr para oportunamente em seu favor.
que se calcule corretamente o prazo =
E - É nula a renúncia à decadência fixada
inicia-se, em regra, com a pretensão = data
em lei – o fim dela é o interesse geral –
em que a pretensão pode ser manifestada
questões de ordem pública – os prazos
em juízo.
convencionais são renunciáveis = como o
Obrigação de dar ou fazer = momento em fixado na retrovenda.
que o devedor a descumprir.

Obrigação de não fazer = no momento em


CRITÉRIOS PARA DISTINGUIR
que o devedor fizer.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Procede-se ao cálculo prescricional dia-a-
dia. Prescrição

1 – Início do prazo: Se dá com a violação do


direito – nasce a pretensão pro credor.
Decadência
2 – Origem: Somente da lei, art 205 e 206
É a perda do direito potestativo (direito do CC.
que não pode ser violado) pela inércia do
3 – Alegação: Deve ser declarada de ofício
seu titular no período determinado em
pelo juiz - Ex officio.
lei).
4 – Renúncia: O devedor pode renunciar a
Perda do direito previsto em lei = o
prescrição, mas somente após a
legislador estabelece que certo ato terá
consumação (prescrever).
que ser exercido dentro de um
determinado tempo, sob pena de decair da 5 – Causas impeditivas/interruptivas e
possibilidade de praticá-lo. suspensivas: se aplica.

6 – Extingue a pretensão.
REGRAS DA DECADÊNCIA 7 – Não corre contra determinadas
A - O legislador distinguiu a decadência pessoas.
legar da convencional. Decadência
B - A convencional pode ser alegada em 1 – Início do prazo: Se dá com o
qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não nascimento do direito (quando assina-se
pode suprir a sua alegação. um contrato, casamento p.ex.).
C - A legal deve ser conhecida de ofício 2 – Origem: Da lei, do testamento e de
pelo juiz, ainda que se trate de direitos contratos.
patrimoniais.
3 – Alegação: Depende se a decadência é
D - Não se aplicam aos prazos decadenciais legal (reconhecida de ofício pelo
as normas que impedem, suspendem ou
magistrado - *ex officio”) ou convencional
(só pode ser alegada pelas partes).

4 – Renúncia: Não pode ser renunciada, em


qualquer hipótese. A convencional pode.

5 – Causas impeditivas/interruptivas e
suspensivas: não se aplica, exceto contra
absolutamente incapazes.

6 – Extingue o direito.

7 – Em regra geral não pode ser suspensa


nem interrompida.

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