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Direitos absolutos
Incidem sobre:
- a sua vida; São IRRENUNCIAVEIS
- a sua saúde física; Art.81º
- a sua integridade;
- a sua honra;
- a sua liberdade física e psicológica;
- o seu nome;
- a sua imagem;
- a sua reserva sobre a intimidade da sua vida privada;
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2. Liberdade Contratual
Art.405
Compreende-se:
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2) Proibição de celebração de contratos com determinadas pessoas- casos
do Art.877º e art.95º;
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Nos contratos familiares só encontramos manifestação desta liberdade de
modelação (liberdade contratual) a propósito dos regimes de bens e mesmo aí
com inúmeras restrições.
3. Responsabilidade Civil
Consiste em:
1) Existência de dano;
2) Ligação casual entre o facto gerador da responsabilidade civil e do
dano;
3) Ilicitude do facto- o facto jurídico é violador de direitos subjetivos ou
interesses alheios tutelados pelo direito;
4) Culpa- o facto ou ato praticado é passível de uma censura ético
jurídica;
4
Culpa
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5. A propriedade privada
1) O seu titular tem em princípio todos os poderes (não quer mais usar,
fruir e dispor;
2) É elástico- é dotado de uma força expansiva;
3) É de natureza perpetua, o que implica não poder extinguir-se pelo não
uso;
Os direitos reais limitados não conferem ao seu titular a plenitude dos poderes
sobre uma coisa, conferem apenas a possibilidade de exercer certos poderes
sobre uma coisa;
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Dentro dos direitos reais limitados há que distinguir:
6. A Família
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O CC dedica o livro 4º ao direito da família;
Desapareceram 2 características:
a) Perpetuidade do casamento;
b) Diferenciação de género/sexo;
Pode ser:
a) Por mútuo consentimento;
b) Sem consentimento de 1 dos
cônjuges;
Art.1773º
O casa com N
A casa com B
M I H
J P
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Parentesco- Art.1578º
Afinidade- Art.1584º
Vínculo jurídico que liga cada um dos cônjuges aos parentes do outro;
Adoção
7. Fenómeno Sucessório
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A par da sucessão legal, a lei prevê ainda duas espécies de sucessão voluntária,
são elas:
Formas comuns:
-Testamento público- Art.2205º;
- Testamento cerrado- Art.2206º;
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Distinção entre relação jurídica abstrata e relação jurídica concreta:
Direito Subjetivo
Direitos potestativos
Poder jurídico de, por um ato livre de vontade ou integrado por uma decisão
judicial, produzir efeitos jurídicos que inelutavelmente se impõem ao sujeito passivo
dessa relação jurídica.
É por causa deste diferente tratamento que se diz que o sujeito passivo não
tem apenas um dever jurídico, mas, mais do que isso, está num estado de sujeição:
a) Servidão de passagem- Art.1550º;
b) Comunhão forçada a favor do proprietário confinante com muro alheio-
art.370º;
c) Direito de preferência- Art.1409º;
d) Revogação do mandato- Art.1170º;
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Qualquer relação jurídica relativa ao direito civil tem 4 elementos, são eles:
a) Sujeitos;
b) Objetos;
c) Facto jurídico;
d) Garantia;
Facto jurídico
Garantia
Está excluído por exigência de defesa da paz social, o recurso à força própria
para obter a satisfação dos direitos;
Para a efetiva tutela de um direito, o seu titular deve requerer juntos dos
tribunais a providencia adequada intentando o que é comum designar-se por
ação judicial;
A autodefesa dos direitos pode ser ilícita como são os casos da:
a) Ação direta- Art.366º;
b) Legitima defesa- Art.337º;
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Teoria Geral dos Sujeitos da Relação Jurídica
Pessoas singulares
Para além do que decorre no art.66º nº1 (norma que nos indica o modo de
surgimento da personalidade jurídica), a lei permite que se celebrem alguns
negócios jurídicos com nascituros ou até com concepturos;
Nascituros- são aqueles que já foram concebidos, não importa como, mas
ainda não nasceu;
O nº2 do art.66º, estabelece que os direitos reconhecidos por lei aos nascituros e
aos concepturos, dependem do seu nascimento. Até lá falamos de direitos s/sujeitos
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Nasce- Art.66º nº1;
Personalidade Jurídica
Finda- Art.68º
Presunção de Comoriência
Exemplo:
Um casal tem 2 filhos, A e B. Num acidente de viação morre o casal
e o filho A. se considerarmos as mortes simultâneas do casal e do filho A, na totalidade
da herança dos pais sucede o filho B. Se se considerar apenas simultâneas as mortes
dos pais provando-se que o filho A morreu algumas horas depois dos pais, a herança é
dividida pelos filhos A e B, passando, entretanto, a quota de A para o seu avô ainda
vivo.
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A propósito das pessoas singulares, é ainda razoável falar-se nos
chamados direitos de personalidade- art.70º e segs
c) Incapacidades conjugais;
d) Incapacidade acidental; Muito circunstanciais
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O art.123º aborda a questão da incapacidade geral do exercício dos
menores
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Estaremos perante alguém que, apesar de maior de idade,
foi qualificado por um tribunal como carecendo de outrem para a gestão da sua pessoa
e dos seus bens
Não se trata de alguém que não possa por si só gerir a sua pessoa
e o seu património, mas sim falamos de restrições à livre atuação jurídica derivadas do
casamento e que têm o objetivo de proteger os interesses do outro cônjuge e da
família;
No Art.1678º
- nº2;
- 1ªparte do nº3;
Dispõe o art.1684
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Esse consentimento deve ser especial para cada ato e está sujeito à
forma exigida para a procuração e pode ser judicialmente suprido quando essa falta de
consentimento for injustamente recusada por parte do outro cônjuge
Pessoas Coletivas
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a) Substrato;
b) Reconhecimento;
a) Substrato
- Elemento de facto;
- Conjunto de dados anteriores à existência da personalidade
jurídica;
- Conhecido como elemento material;
b) Reconhecimento
- Elemento de direito transformador de uma organização ao
ente num ente ou pessoa jurídica;
- Conhecido como elemento formal;
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b) Condicionado- quando a lei formula em geral a exigência de
determinados pressupostos ou requisitos que verificados
sejam.
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perante os credores sociais depois de esgotado o património
social;
Está dividido em frações, a cada uma das partes corresponde uma ação
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2) As pessoas;
5) Direitos subjetivos;
São as coisas as que mais vezes constituem o objeto das relações jurídicas,
importa apurar o sentido da noção de património;
Art.2030º nº1
É a herança que assegura o pagamento aos credores dela com os bens que
compõem o seu acervo
Por exemplo:
- Nenhum dos cônjuges pode exigir do outro, a divisão de bens comuns nem
tão pouco pode alienar a sua quota parte enquanto o casamento não se dissolver ou
for invalidado ou ainda enquanto não se verificar a simples separação judicial de bens
ou a separação judicial ou por mutuo consentimento de pessoas e bens.
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Teoria geral do Facto Jurídico
Atos jurídicos
Factos jurídicos
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Desencadeiam determinados efeitos quais sejam a aquisição, modificação ou
extinção de relações jurídicas.
Quer isto dizer:
Um direito é adquirido por um sujeito quando ele se tornar titular dele, isto é,
quando passar a fazer parte da sua esfera jurídica
Aquisição de direitos
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b) Os negócios simulados são nulos e, como tal, não produzem
quaisquer efeitos. Se alguém simuladamente adquire um
direito sobre uma coisa e a seguir a vender verdadeiramente a
outrem, o terceiro adquire dele o direito em causa apesar de
não estar na titularidade ou na esfera jurídica de quem lho
transmitiu;
Modificação
Subjetiva Objetiva
Extinção de direitos:
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- Tem lugar quando um direito deixa de existir na esfera jurídica de
alguém;
- É subjetiva- se o direito sobreviver apenas mudando a pessoa do seu
titular;
- É objetiva- se o direito desaparecer da esfera jurídica do seu titular
quer para qualquer outra pessoa como acontece com os atos de destruição das coisas
ou do seu consumo;
Formas particulares de extinção de direitos:
- Prescrição;
Se o titular de um direito, o não exercer durante um
- Caducidade; determinado periodo de tempo fixado na lei, extingue-se
Esse direito;
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- Prazos especiais
- art.310º;
Negócios Jurídicos
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- Testamento e doação mortiscausa
4) Negócios reais:
São aqueles em que se exige, além das declarações de vontade das partes, a
prática anterior ou simultânea de certo ato material ou simbólico;
- Exemplos:
- Depósito- art.1185º;
- Comodato- art.1129º;
- Mútuo- art.1142º;
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Reais- a liberdade contratual também sofre de inúmeras restrições por força do
princípio da tipicidade-art.1306º;
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Ato Jurídico Simples
a) Capacidade;
b) Legitimidade;
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Referimo-nos à legitimidade e não à incapacidade
A declaração negocial
Art.217º e segs
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b) Alguém entra num leilão, faz um gesto de saudação a um amigo e
esse gesto é interpretado como licitação;
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Quando o declarante
imite consciente e livremente
uma declaração negocial
distinta da sua vontade
Divergência intencional
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conteúdo diverso. Para além do negócio simulado, existe um
outro propositadamente ocultado e que a lei o qualifica como
dissimulado.
Objeto do tratamento
Jurídico que lhe caberia
se tivesse sido realizado
sem dissimulação
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A reserva mental só determina a nulidade do negócio realizado quando a
reserva mental for conhecida do declaratario.
Para que o negocio jurídico assim celebrado seja anulado, é imprescindível que o
declaratario conhecer-se ou não devesse ignorar a essencialidade para o declarante do
elemento sobre o qual incidiu o erro- art.247º
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b) Falta de consciência da declaração- o declarante imite a declaração
negocial sem ter vontade de fazer qualquer declaração negocial;
Uma pessoa entra num leilão e levanta o braço para cumprimentar um amigo seu que
nele participa. O sujeito quer o comportamento (levantar o braço) mas não pretende
que a esse seja atribuído qualquer sentido de declaração negocial- art.246º, o negocio
assim celebrado não produz efeito.
c) Coação física ou violência absoluta- o declarante é “transformado” como
que num autómato sendo forçado a dizer ou a escrever o que não quer,
mas não através de uma qualquer ameaça, mas sim pela utilização de
força física irresistível que instrumentaliza o declarante e que o leva a
adotar um comportamento;
Exemplo:
- Alguém agarrando a mão de outrem faz com que assine um determinado
documento;
Art.246º
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a) Erro vício
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b) Erro sobre o objeto do negócio- está em causa a identidade ou as
qualidades objetivas do objeto do negócio. Aplicam-se também as
regras dos art.251º e 247º;
Exemplo:
- A compra a B uma mobília, supondo que é de cerejeira quando,
afinal, é de pinho;
b) Requisitos especiais:
Neste tipo de erro vicio inserem-se os casos em que o erro não se refere à
pessoa do declaratario nem ao objeto do negócio. É um erro que abrange a
causa do negócio- art.252º;
É constituída pelas
circunstâncias que, conhecidas por ambas as partes, foram tomadas em consideração
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por elas na celebração do negócio jurídico e determinaram os termos concretos do seu
conteúdo. No entanto, são circunstâncias que ambas as partes dão como verificadas,
mas que não existem ou são diferentes da que eles tomaram como certas;
- Exemplo:
- A, dono de uma empresa de espetáculos, e B, agente musica, celebraram um
contrato para que B, numa determinada sala, providencia-se por um espetáculo
mediante um determinado preço calculado com base na receita da bilheteira. Ambos
estavam convencidos que C, celebre cantor, estaria disponível para atuar nesse
espetáculo. No entanto, logo no momento em que o contrato entre A e B é realizado,
C já estaria impedido por ter tido um acidente;
O art.252º nº2, remete-nos para os art.437º a 439
Dolo
Art.253º nº1
Art.254º nº1
Coação Moral
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determinado negócio jurídico. O vicio na formação da vontade aqui, já não é o
erro, mas sim o medo;
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O art.257º prevê a anulabilidade do negócio celebrado desde que se verifique
um requisito para além da própria incapacidade acidental, ou seja, o
conhecimento da perturbação;
Pressupostos da representação:
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Procuração- é invariavelmente um negócio jurídico unilateral mesmo que nos
casos que dela façam parte várias declarações negociais pois todas terão
sentido unívoco;
Exemplo:
- se A e B decidirem no mesmo negócio jurídico constituir procurador C, apesar
do negócio jurídico (procuração) conter 2 declarações negociais, continua a ser um
negócio jurídico unilateral;
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