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I - A POLÍTICA DE COMPRAS
1 - CLASSIFICAÇÃO DOS APROVISIONAMENTOS
Num bar, os aprovisionamentos dizem respeito aos diversos produtos e matérias
primas.
Com efeito, para funcionar bem, um bar necessitam dos seguintes produtos:
1. Produtos não deterioráveis, tais como: natas frescas, frutos frescos, ovos e legumes...
2. Produtos não deterioráveis: sobretudo bebidas, mas também acompanhamentos.
3. Os fornecedores da exploração (bar) dos produtos de limpeza, da roupa...
4. E também os bens imóveis (frigorífico, loiças, comércio local...), os bens imobilizados não
serão estudados neste trabalho. A sua compra faz parte das funções normais do barman,
mas sim da direcção.
É de salientar que no sector agro-alimentar, novos produtos fazem a sua aparição,
resultantes de novas técnicas de conservação (conservação, vácuo, liofilização...) Estes
produtos, tanto podem ser classificados nos produtos não deterioráveis como nos não
deterioráveis. A diversidade da lista de bar pode justificar o recurso a este tipo de produtos,
a duração da sua conservação é em principio 9 dias. Para um cocktail à base de legumes,
por exemplo, da quarta gama (prontos a utilizar) vindo a suprimir desta forma os
desperdícios relativos à limpeza e ao arranjo dos legumes.
Esta quarta gama de produtos é, evidentemente, mais cara que o produto em bruto,
mas para além da economia em mão de obra, assegura uma qualidade estável do produto.
Além da sua conservação ser mais longa, permite uma disponibilidade do produto em função
das necessidades máximas. as variações de preço de compra das matérias primas são
igualmente atenuadas, e a relativa estabilidade do preço simplifica o calculo ao nível da
gestão dos stocks (inventários) e da fixação do preço de venda.
2 - ESCOLHA DO FORNECEDOR
Saber escolher o seu fornecedor, passa por algumas regras fundamentais. Trata-se de
colocar a si próprio as seguintes questões:
1. - De que é que nós temos necessidade?
Para o whisky por exemplo: a quantidade, a capacidade em cl, a marca mais apreciada
pelo cliente “ o preço psicológico” que o cliente aceitará pagar, etc.
2. - Quais são os fornecedores possíveis ?
É desejável referir-se em primeiro lugar às compras precedentes. Todos os compradores
tem o direito a ter um ficheiro de fornecedores, manual ou informático, nos quais serão
agrupadas informações relativas a cada fornecedor: nome comercial, telefone, telex, fax,
morada, artigos propostos, condições acordadas (tempo de entrega, descontos, modo de
entrega., forma, meio e prazo de pagamento...), compras anteriores, observações,
nomeadamente respeitantes a prazos de entrega.
Um segundo ficheiro, o “ficheiro de produtos”, também deve ser feito. Uma ficha de
produto reúne informações sobre o produto: a designação exacta do produto, a
quantidade e unidade, fornecedores contactados antes de uma compra, propostas...Este
ficheiro permite fazer uma comparação das ofertas.
Estes dois ficheiros são importantes para um serviço de aprovisionamento, pois expõem as
compras desde a decisão de compra até há entrega / recepção.
De qualquer forma não se deve negligenciar outras procuras possíveis, tais como:
1. Leitura de imprensa especializada, de eventuais ofertas recebidas (que convém arquivar
regularmente).
2. O lançamento de campanhas de promoção. as moradas podem ser obtidas graças a um
anuário, revista ou antigos ficheiros de fornecedores que não estão actualizados. Para
além da telepática (fax, telex), os quiosques propõem inúmeros serviços nos quais é
possível seleccionar um determinado produto, obter informações muito detalhadas e
mesmo fazer directamente um pedido.
Na hotelaria e na restauração, assiste-se ultimamente a uma multiplicação de
serviços. Para obter uma lista de todos estes serviços é aconselhável centra-se nos
terminais telepáticos (telex, minitel) disponíveis para melhorar a sua pesquisa.
Outra possibilidade de compra: as adjudicações. No entanto os estabelecimentos
privados têm o habito de recorrer a este tipo de serviços. as chamadas ofertas publicas
fazem-se junto dos estabelecimentos de restauração colectiva.
Ao contrario, em certos estabelecimentos, as compras são efectuadas por intermedio
de uma central de compras (Modis, Grupo Sonae: para a restauração e hotelaria). Outra
possibilidade é alguns estabelecimentos agruparem-se por forma criarem: Grupos de
Interesse Económico - G.I.E.-, que tem como objectivo centralizar as compras e de ter um
certo peso junto dos fornecedores, para obterem um preço mais competitivo
Enfim, existe também o “cash & carry”, comércio do tipo grossista / retalhista que se
dirige exclusivamente a outros comerciantes (revendedores) nos quais se compra pagando
no momento do acto, trazendo de imediato as mercadorias, como indica o nome desta
formula.
Desde que o comprador esteja na posse das ofertas, compete-lhe a ele compara-las.
Deve actualizar a ficha de produto ou um outro documento chamado “estudo de mercado”.
É certo que o preço é um dos elementos principais, mas convém avaliar outras
informações, tais como: prazo de entrega, eventuais descontos, a quantidade mínima de
uma encomenda, as condições de pagamento, os custos suplementares de compra... É em
função de todos estes elementos e de acordo com as necessidades de momento que o
comprador decidirá fazer a encomenda
a este ou àquele fornecedor.
3 - GESTÃO ECONÓMICA DOS STOCKS
Para bem gerir os stocks, o comprador deve colocar a si próprio as seguintes
questões:
1. - Quando é que é preciso encomendar ?
2. - Qual é a quantidade a encomendar ?
Com efeito um stock bem gerido implica, ter um stock suficiente (os clientes não
perdoam sempre uma ruptura de stocks) mas um stock bem gerido não permite um stock
elevado. Um stock elevado implica imobilizações de capital, custos de armazenamento,
problemas de escoamento... Razão pela qual se deve encomendar a quantidade ideal no
momento preciso. Desta forma é necessário controlar diariamente a evolução dos stocks e
determinar com cuidado os seguintes níveis de stocks:
Stock mínimo: em função dos consumos habituais e dos prazos de aprovisionamento
Stock de segurança: também chamado stock de protecção, que constitui uma reserva
suplementar, estimado por medias, para fazer face aos consumos excepcionais e
eventualmente atrasos de entrega.
Stock de alerta ou stock critico: é a soma do stock mínimo e do stock de segurança. O
stock de alerta vai desplotar a encomenda
Stock máximo: é o stock que não se deve ultrapassar, senão há riscos de perdas e
problemas de capacidade.
A rotação de stocks pode ser calculada estabelecendo os seguintes parâmetros:
Stock médio, ou media de stocks, é igual ao stock inicial somado ao stock final a dividir
por dois.
Formula: Stock médio = (stock inicial + stock final) / 2
A rotação de stocks: é o numero de vezes que um stock médio foi renovado durante um
determinado período de tempo.
Formula: Rotação de Stocks = Stock médio / tempo (em dias)
A duração da rotação permite determinar quanto tempo um artigo esteve em armazém
(stock) durante um determinado período.
Duração da rotação é igual ao número de dias do período fixado a dividir pela velocidade de
rotação
Formula: Rotação da duração = numero de dias / pela velocidade de rotação
De seguida é preciso comparar os valores obtidos nos dois níveis:
No tempo: para saber a tendência da situação dos stocks e poder assim remediar uma
eventual deterioração, ou fazer um melhoramento, ou aplicar a outros stocks.
No espaço: quer dizer comparar valores em relação aos de outras empresas idênticas.
estas informações podem ser fornecidas pelos centros de gestão agregados.
4 - COMPRA
1. Numa empresa quem é realmente o comprador ?
2. Aquém está confiada a responsabilidade de fazer as encomendas ?
Com efeito é a dimensão do estabelecimento que o determina. O responsável das
compras pode ser o ecónomo, o director, o gerente, ou mesmo o barman.
A encomenda deve ser feita por carta, por um pedido de compra, telex, fax, telefone,
minitel, ou se as relações comercias pelo telefone. Mas neste caso é indispensável juntar
numa caixa todos os pedidos telefónicos para evitar encomendas duplicadas e para se
verificar as condições de entrega.
Todavia, é prudente ter em posse uma prova escrita e pedir uma confirmação escrita
de todas as encomendas telefónicas feitas a um fornecedor.
O documento de encomenda é, em principio, feito em duplicado - ou duplicado. O original é
destinado aos fornecedores (ver documentos anexos). O duplicado é arquivado em “pedidos
à espera de entrega”.
A encomenda deve ser precisa os produtos e as quantidades devem ser descritas
com exactidão e com lembrança sobre as condições de entrega e pagamento. Também se
deve indicar um intervalo horário para a entrega. Uma entrega ao meio dia menos de 15
minutos, em pleno serviço de aperitivos, não é certamente desejável.
5 - ENTREGA / RECEPÇÃO / CONTROLO
Durante a recepção dos produtos, o barman deve controlar o pedido de compra e a
guia de remessa, conferindo as quantidades, a qualidade, e eventualmente a data limite do
produto e o selo da DGAA das bebida alcoólicas que vem sobre a cápsula.
Se a encomenda estiver de acordo com o pedido deve colocar a data e a assinatura
na guia de remessa ( e ficar com uma copia para si). A guia de remessa volta para, por
intermedio do distribuidor, o fornecedor e constitui a prova de entrega. Se a entrega não
estiver de acordo (falta, avaria, ou estragado...) a constatação anomalia deve ser
expressamente formulada na guia de remessa, e na presença do distribuidor que confirmará
igualmente a ocorrência.
Após a verificação, as mercadorias vão ser armazenadas. Em muitos
estabelecimentos é utilizado um documento interno (mapa de entrada de mercadorias.). A
partir deste documento (ou da guia de remessa) as fichas de stock são actualizadas
quantitativamente (ou ainda valorativamente).
A guia de remessa e o pedido de compra, são de seguida classificados e esperam
pela factura. Desde que a factura chegue, é preciso fazer uma verificação comparativa. Se
os documentos estiverem correctos, a factura deve ser enviada para a contabilidade para
registo de compra e posterior pagamento.
Certos fornecedores enviam um conjunto de facturas ao final de um mês, neste caso
a contabilidade deve verificar se as facturas respectivas ( e só elas) estão bem notificadas e
em relação ao conjunto.
A contabilidade está igualmente encarregada da valorização dos stocks.
6 - VALORIZAÇÃO DOS STOCKS
A valorização dos stocks faz-se em fichas chamadas folhas inventário permanente ou
“fichas de stock”.
O inventário permite calcular o custo das bebidas e conhecer a todo o momento os
stocks existentes.
Este documento apresenta três partes:
1. As entradas: com as quantidades, preço unitário e preço total do custo de mercadorias.
Nota: O custo da compra ou custo das mercadorias é igual ao preço de custo total, mais os
custos externos (despesas de transporte)
Formula: Custo das mercadorias = preço de custo total + despesas externas.
2. As saídas : com quantidades, preço de custo unitário e preço de custo total. Mas a que
preço se devem valorizar as saídas ?
No mesmo documento, vários preços de compra podem ser registados. Podem ser
admitidos vários métodos de valorização pela a administração local. (ver métodos)
3. Os stocks: com quantidade, preço unitário e preço total (em função do método
organizado pelas saídas).
7 - OS MÉTODOS DE VALORIZAÇÃO DE STOCKS
Correntemente dois métodos são utilizados para a valorização de stocks:
1. Seja o custo unitário médio ponderado (após cada entrada, ou ao fim de um período).
2. Seja o método do “primeiro a entrar, primeiro a sair”, chamado FIFO, do inglês “First In
First Out”
O método escolhido tem uma incidência sobre a valorização do “custo das bebidas”,
sobre a valorização do stock final e sobre o resultado do exercício.
1. Método do (FIFO) “primeiro a entrar, primeiro a sair”
Este método é sobretudo utilizado para produtos de baixa rotação. Os stocks tem
tendência a serem sobrevalorizados, mas como o método apenas se aplica a pouc os
artigos, a sua incidência sobre o inventario final é minimizada.
2 - No final de um período
Para determinar este custo, é preciso esperar pelo final de um determinado período.
A formula é a seguinte: A soma do valor inicial com o valor das entradas a dividir pela,
soma das quantidades do stock inicial com as quantidades entradas.
Formula: (Valor do stock inicial + Valor das entradas) / (Quantidades do stock inicial +
Quantidades das entradas)
VALOR DAS STOCK INICIAL + VALOR DAS ENTRADAS
QUANTIDADES DO STOCK INICIAL + QUANTIDADES ENTRADAS
8 - PREÇO DE VENDA E PREÇO DE REVENDA
RACIOS
SAÍDAS DA CAVE
OFERTAS
VENDAS DO BAR
PRODUTOS
OS CHEQUES O
cheque volta e meia, está nas paginas dos jornais: Falsificado, sem cobertura, recusado...
Mas a verdade é que se trata de um meio de pagamento bastante cómodo
Por isso o melhor é ter algum cuidado com o seu uso
Apesar do uso, cada vez mais frequente, dos cartões (multibanco, credito, etc.), o
cheque continua a ser uma forma de pagamento bastante cómoda e vulgar, para pagar, por
exemplo, rendas, salários, uma divida a um amigo, etc. No entanto o uso deste meio de
pagamento tem suscitado algumas duvidas. Para clarificara algumas delas, elaboramos as
questões que se seguem. Além disso, apresentamos alguns concelhos para a sua correcta
utilização. Por fim, faremos também uma breve abordagem do custo do cheque, consoante
o seu tipo e a entidade bancária.
Como preencher correctamente um cheque ?
Como se pode ver pela figura 1, todos os espaços do cheque devem ser preenchidos de
forma bem legível.
- Valor do cheque em algarismos (1, na fig. 1), deve ser “trancado” com um traço. Deste
modo evita que alguém o altere (aumentando-o).
- A quantia descrita por extenso (2, na fig. 1) deve corresponder ao valor expresso em
algarismos. Se houver divergência entre estes dois valores, o banco considera, como
válido, o valor escrito por extenso. Tal como no primeiro caso, deve “trancar” este ultimo
valor com um traço.
- A data de emissão (3, na fig. 1) do cheque é um elemento importante. Se esta não
constar ou se o cheque contiver uma data impossível (por exemplo 30 de Fevereiro), este é
considerado nulo. Segundo a lei se o cheque não tiver data, o portador pode, ele próprio,
escreve-la, de acordo com o que combinou com o emitente (quem passou o cheque). - No
local de emissão (4, na fig, 1) deve escrever, como é obvio, o nome do lugar onde passou o
cheque. Se este for indicado, considera-se o lugar onde se situa a agencia (5, na fig, 1), se
nenhum dos dois estiver presente, o cheque também é considerado nulo.
- O cheque deve ser assinado (6, na fig 1) pelo titular ou co-titular da conta ou ainda por
uma pessoa autorizada para o efeito (detentora de uma procuração arquivada no banco).
Normalmente quando se abre uma conta bancária, as instituições de credito apresentam
uma ficha ao(s) titular(es), onde eles podem, habitualmente, assinar de duas formas. É
através destas que será avaliada a veracidade das assinatura posteriores. Assim quem
passa o cheque deve preocupar-se em assina-lo com uma das duas assinaturas
constantes da ficha. Em caso de divergência, cabe ao banco recusar o pagamento do
cheque.
Um cheque incompleto pode ser levantado ?
Se o cheque se encontrar incompleto, ou seja se lhe faltar a data, o local de emissão,
o montante ou, como é evidente, a assinatura do emitente, não pode ser pago.
No entanto, se cheque estiver assinado, os outros elementos podem ser preenchidos
pelo beneficiário, desde que o faça de acordo com o que combinou com o emitente. Se não
respeitar o acordo, o aumento pode ser responsabilizado, tendo de pagar, por exemplo a
quantia que recebeu indevidamente e os danos eventualmente causados a quem emitiu o
cheque.
Qual o prazo aconselhável para levantar um cheque ?