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Prova Presencial Cultura e Sociedade

Pergunta 1
5 / 5 pts
“Acho que há duas dimensões que presidem a emergência dessa nova noção
de cidadania e que devem ser lembradas para marcar o seu terreno próprio.
Em primeiro lugar, o fato de que ela deriva e portanto está intrinsecamente
ligada à experiência concreta dos movimentos sociais, tanto os de tipo urbano -
e aqui é interessante notar como a cidadania se entrelaça com o acesso à
cidade - quanto aos movimentos de mulheres, negros, homossexuais,
ecológicos etc. Na organização desses movimentos sociais, a luta por direitos -
tanto o direito à igualdade como o direito à diferença - constituiu a base
fundamental para a emergência de uma nova noção de cidadania.
Em segundo lugar, o fato de que, a essa experiência concreta, se agregou
cumulativamente uma ênfase mais ampla na construção da democracia,
porém, mais do que isso, na sua extensão e no seu aprofundamento. Nesse
sentido, a nova noção de cidadania expressa o novo estatuto teórico e político
que assumiu a questão da democracia em todo o mundo, especialmente a
partir da crise do socialismo real.”
Acerca dos movimentos sociais, é possível afirmar que:

Surgiram durante o regime absolutista, pautados por questões territoriais.

Surgiram durante o regime absolutista ligados à emergência de dissidências


religiosas.

Surgiram durante a revolução industrial ligados aos movimentos culturais dos


proletários.

Surgiram durante a revolução industrial, ligados às questões econômicas.

Surgiram na pós-modernidade, ligados à emergência das questões religiosas.

IncorretaPergunta 2
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De acordo com Harvey (1992), a modernidade prometia trazer o tipo de clareza
e transparência para o ser humano que só a racionalidade poderia oferecer.
Prometia a libertação da escassez e das calamidades naturais por meio do
domínio científico da natureza. A libertação das irracionalidades da religião e
dos mitos, pelo desenvolvimento de formas racionais de organização social.”
Quando falamos sobre as características da modernidade, estamos falando de:

Um momento histórico pautado no absolutismo, ou seja, a exacerbação da


ideia de um sujeito e seus direitos.

Um momento histórico pautado nas relações hierárquicas ligadas ao


nascimento e sangue, portanto uma sociedade de castas, principalmente no
ocidente.

Um momento histórico pautado no teocentrismo, ou seja, a exacerbação da


ideia de um sujeito e seus direitos.

Um momento histórico pautado nas relações igualitárias, portanto uma


sociedade de castas, principalmente no ocidente.

Um momento histórico pautado no antropocentrismo, ou seja, a exacerbação


da ideia de um sujeito e seus direitos.

Pergunta 3
5 / 5 pts
A discriminação contra homossexuais, negros, indígenas, meninas e meninos
tímidos ou recatados, mulheres lésbicas, transexuais, bissexuais e outras
formas de orientação sexual é latente, manifestada através de piadas,
brincadeiras de mau gosto, olhares, gestos e atitudes preconceituosas que
precisam ser seriamente discutidas na Escola. Diariamente acontecem
situações desagradáveis em sala de aula contra alunos e alunas
homossexuais, com anedotas machistas, palavras de baixo calão, estereótipos
ofensivos, deboches e atitudes aparentemente "inofensivas", mas que servem
como estigma (Elias e Scotson, 2000) ao homossexual e às diversas maneiras
de home erotismo ou homo afetividade.”
Com relação à sexualidade humana, podemos afirmar que:

Há um consenso, na sociedade contemporânea sobre a forma como se deve


abordar os temas acerca da sexualidade humana.
Na contemporaneidade as sociedades já superaram todos os tabus
relacionados à sexualidade humana

Embora tenhamos avançado, os tabus acerca da sexualidade humana


continuam proliferando.

Os temas acerca da sexualidade humana não se apresentam mais como temas


polêmicos na contemporaneidade.

Contemporaneamente as discussões acerca da sexualidade humana estão a


cargo somente das instituições religiosas.

Pergunta 4
5 / 5 pts
“Em primeiro lugar, a passagem da fase "sólida" da modernidade para a
"líquida" - ou seja, para uma condição em que as organizações sociais
(estruturas que limitam as escolhas individuais, instituições que asseguram a
repetição de rotinas, padrões de comportamento aceitável) não podem mais
manter sua forma por muito tempo (nem se espera que o façam), pois se
decompõem e se dissolvem mais rápido que o tempo que leva para moldá-las
e, uma vez reorganizadas, para que se estabeleçam. É pouco provável que
essas formas, quer já presentes ou apenas vislumbradas, tenham tempo
suficiente para se estabelecer, e elas não podem servir como arcabouços de
referência para as ações humanas, assim como para as estratégias
existenciais a longo prazo, em razão de sua expectativa de vida curta: com
efeito, uma expectativa mais curta que o tempo que leva para desenvolver uma
estratégia coesa e consistente, e ainda mais curta que o necessário para a
realização de um "projeto de vida" individual.
Para Bauman a modernidade é líquida, por isso mesmo, as relações sociais:

Encontram-se equilibradas e estáveis, isentas de conflitos são, portanto,cada


vez mais duráveis.

Possuem padrões de comportamento religiosos dada a relevância que a


religião alcançou na contemporaneidade.
São fluidas, rápidas, inconsistentes, causando, muitas vezes um desconforto
constante os indivíduos.

De caráter formais, são cada vez mais pautadas na tradição e manutenção de


formas históricas.

Solidamente fundamentadas, são mais duráveis e resilientes aos conflitos


sociais.

Pergunta 5
5 / 5 pts
”Essa tensão permanente entre Estado, economia e sociedade aparece na
esfera pública, que interconecta a vida privada, as experiências cotidianas, os
apelos por justiça e distribuição das oportunidades, aos centros do poder do
Estado e do poder econômico, e vice-versa. Dizendo de outra maneira, os
processos comunicativos da esfera pública ligam os problemas do cotidiano
dos homens comuns ao mundo sistêmico e aos centros de decisão política, e
tornam visíveis aos cidadãos comuns as decisões do mundo sistêmico e das
esferas funcionais, que vão alterar sua vida cotidiana.”
Quando falamos em participação democrática:

Estamos falando apenas de votos e eleições.

É garantida a todos os cidadãos por meio de votos, desde que os mesmos


cidadãos estejam inseridos no mercado.

Está restrita apenas a uma classe social, não sendo permitido o acesso de
todos os cidadãos.

Trata-se de uma proposta liberal voltada à manutenção de um Estado mínimo,


ou seja, todos participam para que o trabalho do Estado diminua.

A esfera pública é o espaço criado para manifestação/organização das


demandas sociais.
Pergunta 6
5 / 5 pts
Esses três movimentos e momentos na história do liberalismo e do capitalismo:
o maltusianismo social, o darwinismo social e o neoliberalismo apresentam
características essenciais comuns que precisam ser lembradas. Todos
emergem em momentos de crise do capitalismo. Todos são movimentos
tipicamente reacionários, isto é, de reação contra os reais ou supostos desvios
de rota em relação aos ideais liberais. Todos se insurgem contra a interferência
crescente do Estado, particularmente no campo social. Todos carregam o
ranço ideológico típico de um profundo pessimismo. Todos têm um cunho
fundamentalista, pregando por isso o retorno ao passado, imaginada pureza da
fé liberal original. Todos buscam na naturalização do social a legitimação da
exclusão social.
Sobre o liberalismo econômico é possível afirmar que:

Se pauta na ideia de que o Estado não deve interferir no Mercado.

O Estado é fortemente interventor já que é entendido sob o viés do poder total


na mão do monarca.

Parte do princípio que o Estado deve atuar para diminuir as desigualdades


sociais.

Tem como prioridade a distribuição equânime de rendas.

Tem como ponto principal o fortalecimento do monopólio econômico do Estado


em várias áreas produtivas.

Pergunta 7
5 / 5 pts
“Frequentemente, deparamo-nos com evidências de que o emprego da palavra
não garante por si só o compartilhamento intersubjetivo de significados,
podendo ocorrer a produção de significados não desejada por aqueles que
buscam se comunicar. Por outro lado, buscar um significado unívoco, sem
ambiguidades e sem polissemias, para termos que operam abstrações
significativas nas Ciências Sociais nos parece improvável, senão impossível.
Improvável porque o que confere sentido aos termos abstratos, as
generalizações, é a teoria, e esta, nas Ciências Sociais, é inescapavelmente
plural.”
Acerca da polissemia conceitual nas Ciências humanas e sociais, é possível
afirmar que:

Não há diferenças entre conceitos nas Ciências humanas e sociais, e nas


Ciências naturais e exatas, visto estarem associados ao paradigma científico,
que é universal.

As Ciências humanas e sociais prescindem do uso de conceitos em suas


análises, visto trabalharem com fenômenos de difícil precisão.

Não há como afirmar que se tratam de conceitos científicos, visto poderem ser
apresentados de forma diferente.

Os conceitos nas Ciências humanas e sociais são definidos de forma a terem a


mesma precisão que os conceitos das Ciências naturais ou exatas, por isso
mesmo, várias vezes são apresentados em expressões matemáticas
garantidoras de sua precisão.

Os conceitos nas Ciências humanas e sociais são polissêmicos visto que seus
objetos de análise (fenômenos sociais) não se apresentam da mesma forma
que os fenômenos naturais (objetos das ciências naturais/ exatas).

Pergunta 8
5 / 5 pts
“Para mim não se trata de recusar a diferença, mas de entender o que ela
designa. Em vez de mergulhar na cilada, eu gostaria de reafirmar, como tem
sido uma tendência importante também no campo da teoria feminista, a
existência de um vínculo intrínseco entre a igualdade e a diferença. No campo
da direita, a diferença sempre emerge como afirmação do privilégio e portanto
como defesa da desigualdade. No campo da esquerda, no campo da
cidadania, a diferença emerge enquanto reivindicação precisamente na medida
em que ela determina desigualdade. A afirmação da diferença está sempre
ligada à reivindicação de que ela possa simplesmente existir como tal, o direito
de que ela possa ser vivida sem que isso signifique, sem que tenha como
consequência, o tratamento desigual, a discriminação.”
Acerca do surgimento de novos atores sociais, na contemporaneidade é
possível afirmar que:
As sociedades contemporâneas não apresentam espaço para a diversidade e
para novos atores sociais.

Garantidos por meio dos dispositivos jurídicos, todos os novos atores sociais
estão incluídos nas sociedades contemporâneas.

Basicamente homogênea, devido ao uso excessivo da internet, a sociedade


contemporânea não tem espaço para o surgimento de novos atores sociais.

apesar dos dispositivos legais e dos meios democráticos garantidos, os novos


atores sociais ainda têm um longo caminho a percorrer, até estarem totalmente
inseridos na sociedade.

Absolutamente democráticas, as sociedades contemporâneas acolhem bem


todos os novos atores sociais com suas múltiplas identidades, mesmo as
advindas das periferias e contrárias à ordem social vigente.

Pergunta 9
Não avaliado ainda / 10 pts
Na abordagem de Kracauer podemos encontrar alguns dos principais
problemas e inquietações que os intelectuais alemães desenvolviam no início
do século XX . A dura crítica à modernidade, que Georg Simmel e Max Weber
desenvolveram em suas principais obras, aparecia como um decisivo problema
nos ensaios de Georg Lukács, Karl Mannheim e do próprio Siegfried Kracauer.
No centro da resenha de Siegfried Kracauer, sobre a importância das teses que
Georg Lukács desenvolvia para compreender o estado atual do romance num
"mundo abandonado por Deus", está presente a ideia de que a modernidade é
marcada pela perda do sentido. Acompanhando o raciocínio de Lukács,
Kracauer reafirma que a sociedade capitalista estabelece o divórcio entre a
alma e as formas, o homem e o mundo, o interior e o exterior, a subjetividade e
a objetividade das leis. Se a epopeia descreve um mundo que era concebido
como "um Kosmos ordenado, que constitui um homogênese, na qual a
substância divina impõe-se no todo, incorporando-se harmoniosamente nos
homens e nas coisas" (Kracauer, 1992, p. 83), o "mundo do romance", ao
contrário, é definido como sendo o "mal infinito, isto é, um caos, que não pode
ser confinado e compreendido" (Kracauer, 1992, p. 84). Logo, no mundo
moderno, expresso pelas sucessivas crises e rupturas, o homem é obrigado a
encontrar e estabelecer por si mesmo o sentido das coisas, dos objetos e de
suas ações. Orientar-se passa a ser uma necessidade imperativa para
restaurar o sentido do mundo perdido após o declínio da religião como sistema
organizador da vida das pessoas.”
(ZUIN, J. C. S. A crise da modernidade no início do século XX. In: Estudos de
Sociologia v. 6, n. 11 (2001))
Pautando-se no excerto acima citado, nas reflexões feitas em aula e nas
leituras indicadas, elabore um texto argumentativo onde você apresenta os
principais elementos que constituem a crise da modernidade.
Sua Resposta:

Pergunta 10
Não avaliado ainda / 10 pts
“Já no século XVIII tomavam forma várias teorias democráticas em que, na
Europa que passava por transformações em direção ao capitalismo e à
hegemonia burguesa, centravam suas preocupações na constituição de um
tipo de governo não-despótico, debate em meio ao qual ganha relevo a
problemática da relação entre democracia e república.
Essa preocupação com o governo não-despótico pode, entretanto, ser já bem
observada no final do século XVII, na obra de John Locke. Após a ascensão de
Guilherme de Orange ao trono britânico em 1688, com o sucesso da Revolução
Gloriosa, Locke retoma à Inglaterra após um longo período de exílio na
Holanda, e suas principais obras são publicadas, revelando já uma teorização
de base liberal e a preocupação com o governo limitado. “
(MATOS, Sidney Tanaka de Souza. Liberalismo e Democracia. Apontamentos
sobre a evolução histórica dos conceitos liberais de democracia. In: Mediações
– Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 4, n. 2, p. 42-50, jul./dez. 1999.)
A partir do excerto acima, do que foi visto em aula e das leituras indicadas,
desenvolva um texto curto onde apresente as principais ideias do Iluminismo.
Sua Resposta:

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