Este documento descreve o processo de elaboração de geleia, incluindo a seleção e preparação das frutas, adição de açúcar e outros ingredientes, concentração do produto através de cocção, envasamento e armazenamento. A geleia é definida como um produto obtido da cocção de frutas com açúcar e água até consistência gelatinosa. Suas características sensoriais e composição físico-química devem seguir padrões regulamentares para garantir qualidade e conservação.
Este documento descreve o processo de elaboração de geleia, incluindo a seleção e preparação das frutas, adição de açúcar e outros ingredientes, concentração do produto através de cocção, envasamento e armazenamento. A geleia é definida como um produto obtido da cocção de frutas com açúcar e água até consistência gelatinosa. Suas características sensoriais e composição físico-química devem seguir padrões regulamentares para garantir qualidade e conservação.
Este documento descreve o processo de elaboração de geleia, incluindo a seleção e preparação das frutas, adição de açúcar e outros ingredientes, concentração do produto através de cocção, envasamento e armazenamento. A geleia é definida como um produto obtido da cocção de frutas com açúcar e água até consistência gelatinosa. Suas características sensoriais e composição físico-química devem seguir padrões regulamentares para garantir qualidade e conservação.
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS PROCESSAMENTO DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
Prof(a): Larissa Morais Ribeiro da Silva
Aluno: Judá de Andrade Alves - matrícula: 353434
Resumo: Geleia - Características e Elaboração
A geleia é um produto elaborado a partir de frutas e bastante consumido em todo o
mundo, e possui boa aceitação visual e sensorial. Segundo a Resolução CNNPA n° 12, de 1978, a geleia pode ser definida como o produto obtido pela cocção de frutas, inteiras ou em pedaços, polpa ou suco de frutas, com açúcar e água e concentrado até consistência gelatinosa. Diversas frutas são utilizadas para a elaboração de geleias, como morango, laranja, maçã e uva. A utilização dessas frutas em novos produtos possibilita a redução do desperdício de alimentos, pois as frutas tropicais são altamente perecíveis e contribuem para níveis elevados de perdas pós-colheita (CHITARRA & CHITARRA, 2005). Outros benefícios conferidos pela elaboração de geleias são a disponibilidade de produtos de frutas em regiões não-produtoras e a diversificação do mix de produtos. A geleia pode ser classificada de acordo com a proporção de partes de frutas e partes de açúcar utilizadas, e de acordo com os vegetais empregados. A classificação quanto às quantidades de fruta e de açúcar utilizadas estabelece que a geleia comum possui 40 partes de frutas frescas para 60 partes de açúcar, e a geleia extra possui 50 partes de frutas frescas para 50 partes de açúcar. A classificação da geleia de acordo com os vegetais empregados estabelece que a geleia simples é elaborada com a utilização de um tipo de vegetal, enquanto que a geleia mista é composta por mais de um tipo de vegetal. As características sensoriais da geleia devem ser próprias da fruta de origem utilizada. A cor e o aroma devem ser próprios da fruta, e o sabor deve ser doce e semi-ácido. As características físico-químicas também são muito importantes, e devem seguir um padrão estabelecido pela Resolução CNNPA n° 12, de 1978. Esse padrão determina que a geleia comum deve ter umidade máxima de 38% , sólidos solúveis totais em teor mínimo de 62% e pectina adicionada em 2%. A geleia extra deve possuir umidade máxima de 35%, sólidos solúveis totais em teor mínimo de 65% e 2% de pectina total. O processamento de geleia envolve etapas importantes para a sua caracterização final e para que ela seja conservada de maneira correta. A primeira etapa do processamento é a recepção das frutas, que devem ser selecionadas de acordo com o seu estado. Frutas com a presença de danos e injúrias não devem ser selecionadas. Após a seleção, as frutas são submetidas à lavagem para a retirada de impurezas e sujidades. Em seguida, as frutas são descascadas e submetidas ao despolpamento, em que ocorre a extração do suco da fruta. Após o despolpamento, pode ser realizada a adição de água, com o objetivo de auxiliar a dissolução dos demais componentes. A adição de água é mais utilizada quando as frutas necessitam de um cozimento prévio. Em seguida, é realizada a adição de açúcar, que deve ser peneirado antes de ser adicionado. O principal açúcar utilizado na elaboração de geleias é a sacarose, que sofre o processo de hidrólise em meio ácido durante a cocção, e é transformada parcialmente em glicose e frutose. Geralmente, é realizada a adição de ⅓ do açúcar a ser utilizado, para evitar a ocorrência de cristalização. A adição de açúcar é seguida pela etapa de concentração, que pode ser realizada de duas formas: concentração à pressão atmosférica e concentração à vácuo. A concentração à pressão atmosférica é realizada em tachos abertos, através de camisa de vapor e agitador mecânico. Esses tachos devem ter tamanhos pequenos, pois tachos que possuem grandes tamanhos podem prejudicar a transmissão de calor e prolongar o tempo de cocção. Em tachos abertos, o tempo de concentração deve variar de 8 a 12 minutos. A concentração à vácuo pode ser contínua ou descontínua, de acordo com os equipamentos que são utilizados na linha de produção. Nesse tipo de concentração, os ingredientes devem ser misturados em um tacho antes de serem submetidos à concentração. Após a concentração, é realizada a adição de pectina, ácido e de ⅔ do açúcar. A pectina age em um intervalo ótimo de pH, que varia geralmente de 2,8 a 4,2, e possui poder de geleificação. Na produção de geleias, a pectina pode ser classificada de acordo com o seu poder de geleificação e grau de esterificação, que é uma medida da proporção entre o número de grupos ácidos esterificados em relação ao número total de grupos ácidos. A pectina de geleificação lenta possui grau de esterificação de 60 a 65% e inicia a formação do gel em temperaturas de 45 a 60°C; a pectina de geleificação média possui grau de esterificação de 66 a 70% e inicia a formação do gel em temperaturas de 55 a 75°C; e a pectina de geleificação rápida possui grau de esterificação de 70 a 76%, e inicia a formação do gel em um intervalo de temperaturas que varia de 75 a 85°C. A adição dos ingredientes é seguida pela determinação do ponto final, que pode ser realizada de diversos métodos. Um dos métodos mais utilizados é a determinação do índice de refração, que indica a concentração de sólidos solúveis no produto. O índice de refração pode ser determinado por meio de refratômetros manuais ou automáticos, que permitem a leitura da concentração de sólidos solúveis de uma amostra representativa da geleia. Após a determinação do ponto final, são realizados o enchimento e o fechamento das embalagens. Existem muitos tipos de recipientes para geleias, que apresentam diversos tamanhos e formatos. O material mais utilizado é o vidro, que apresenta as vantagens de ser inerte e resistir a mudanças de temperatura. O recipiente que contém a geleia é submetido a uma inversão, com o objetivo de que a geleia ocupe o espaço da cabeça do recipiente, aquecendo-o e tornando o ar estéril. Em seguida, a geleia é resfriada e levada ao armazenamento. REFERÊNCIAS ● CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutas e hortaliças : fisiologia e manuseio. 2. ed. rev. 2005. ● Manual para produção de geleias de frutas em escala industrial, Embrapa, 1998.