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EDUCAÇÃO COMO SISTEMA, NOÇÃO DE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL,

EDUCAÇÃO NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

RESUMO

A escola constitui-se como um sistema de ensino, portanto sujeita a um conjunto de leis


que orientam o seu trabalho nas dimensões: administrativas pedagógicas e jurídicas.

O objetvo da escola é proporcionar educação formal, como um processo de caráter


intencional e sistemático em busca do desenvolvimento intelectual, físico, emocional,
social, moral do indivíduo, ou seja, preparar para a vida.

 Mantenedor da educação: art. 205 da constituição (É dever do Estado oferecer a


educação.)
 Classificação administrativa do sistema educacional: Federal; Estadual;
Municipal; Particular; Filantrópico; Comunitário;

ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Cabe a união à coordenação da política nacional de educação.

 Conselho nacional de educação: Orgão colegiado integrante da estrutura


administrativa direta do MEC. Tem como missão a busca democrática de
alternativas para aprimoramento e consolidação da educação nacional. Cabe ao
conselho colaborar para a formulação da Política Nacional de Educação; exercer
atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento ao Ministério da
Educação.
 Conselhos estaduais de educação: Tem como objetivo orientar a política
educacional dos estados. São órgãos deliberativos (toma decisões) em jurisdição
estadual em questões educacionais;
 Conselho municipal de educação: São órgãos de caráter normativo, consultivo,
deliberativo e fiscalizador das políticas municipais para a educação.
 Todos os conselhos exercem as seguintes funções: Função de caráter normativo,
consultivo, deliberativo; fiscalizadora;

LEGISLAÇÃO

Leis são atos oficiais as manifestações emanadas do Poder Público no intuito de


transmitir, interna ou externamente, assuntos relativos às suas competências. Podem
acontecer nas seguintes modalidades: Lei ordinária, lei complementar, medida
provisória, decreto, resoluções, portaria, parecer, edital, regulamento, regimento.
LDB E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL

ASPECTOS HISTÓRICOS E CONSTITUCIONAIS

Manifesto dos Pioneiros (escolanovismo – humanismo moderno – autoeducação –


professor como um orientador da aprendizagem) (1932) propostas inovadoras:

 Centrar o ensino no aluno e não mais nos programas e/ou no professor (método
tradicional);
 Laicidade do ensino;
 coeducação dos leigos;
 escola pública para todos;

LDB – é a lei que determina os fins da educação, os caminhos a serem percorridos e os


meios adequados para atingi-los, regulamenta a educação nacional.

A LDB deve regular a vida das redes escolares no que diz respeito ao ensino formal,
ficando fora do seu alcance todas as iniciativas de ensino livre e outros cursos que não
estejam vinculados à administração superior dos sistemas de ensino.

A LDB é a fundamentação filosófica e pedagógica dos art. 205-214 da Constituição de


1988.

PRINCÍPIOS DA LDB

 Inciso II, art 3 – cabe ao educador a tarefa de, no âmbito da instituição escolar,
ensinar a aprender, mas respeitar, como princípio, a liberdade de aprender;
 Inciso IX, art 4 – cabe ao poder público, por meio dos governos, às famílias,
através dos pais e responsáveis e à sociedade, como um todo, ofertar o ensino de
qualidade.
 Inciso III, art 13 – aos docentes o zelo pela aprendizagem do ensino é, antes de
tudo, uma questão de compromisso profissional, ético, e resulta numa atitude
deontológico e ontológica perante seu papel de educador na sociedade do
conhecimento.
 Art 23 – à escola cabe a tarefa de patrocinar todas as formas eficazes de
aprendizagem. O que interessa aos pais e agentes educacionais é a aprensizagem
dos alunos.
 Inciso V art 24 – quem aprende a aprender, isto é, passou a ser capaz de
aprender com a orientação docente, deve ser incentivado a ir adiante e seu tempo
escolar deve ser, pois, aligeirado ou abreviado. A escola não pode ficar com o
aluno mais de uma década, engessando seu andar. A Escola é um meio e não um
fim.
 Inciso I art 32 – a capacidade de aprender deve ser, pois desenvolvida nos
primeiros anos escolares. Para tanto, devem ser definidas, desde logo, nas
escolas, as estratégias de aprendizagem que priorizem a leitura, a escrita e o
calcúlo.
 Inciso III art 32 – cabe à escola desenvolver estratégias para fortalecer a
memória de longo prazo dos educandos. A aprendizagem é o assegurar de
informações e conhecimento, por parte do educando, no seu estoque de
informação na memória.
 §2º art 32 – cabe à escola criar as condições de aprendizagem, por meio de
ofertas das mais diversas e criativas formas de aprender, e não temer que seja
avaliada por métodos inovadores, antigos, ou tradicionais.
 §3º art 32 – aos índios e a todos os representantes das minorias, incluindo os
pobres e negros, devem ser assegurados critérios justos de avaliação pedagógica.
 Inciso II art 35 – quando concluímos a educação básica, devemos ser
estimulados a seguir a caminhada ruma à Universidade.

ENSINO FUNDAMENTAL PARA NOVE ANOS

 Segundo o MEC, o objetivo é formar o cidadão mediante o desenvolvimento da


capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura,
da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a
sociedade; a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes
e valores; o fortelecimento dos vínculo de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assente a vida social.

EDUCAÇÃO INFANTIL: LDB 9394 – A Educação Infantil, primeira etapa da


educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis
anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade.

GESTÃO DEMOCRÁTICA: Integração entre ESCOLA – FAMÍLIA – SOCIEDADE,


formam um mecanismo de representação e participação política. Descentralização e
autonomia das unidades escolares. Conforme a LDB – cada escola pode propor o
encaminhamento pedagógico que julgar conveniente, de acordo com a realidade
sociocultural em que está inserida, garantindo assim sua função pública de formação e
intrução. (art. 15 da LDB).

CONSELHO ESCOLAR: Orgão deliberativo que decide sobre questões de cunho


político-pedagógico, administrativas e financeiras da escola.

PCN: Parâmetros Curriculares Nacionais. Têm por finalidade auxiliar na reflexão da


prática diária, na elaboração do planejamento das aulas e, sobretudo, ao
desenvolvimento do currículo em cada escola. Essa é uma proposta pedagógica que
estimula a autonomia, o pensamento reflexivo, necessário à formação dos docentes para
auxiliá-los no enfrentamento dos desafios do cotidiano de suas aulas.Segundo o PCN a
educação precisa desenvolver as seguintes capacidades: cognitiva, afetiva, ética,
inserção sócia, estética, física e a relação interpessoal.

Para o professor é designada a tarefa de auxiliar o educando a desenvolver capacidades,


a superar limites, a estabelecer relações de convívio social, a construir e produzir
conhecimentos.

OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:

• compreender a cidadania como participação social e política, assim como


exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro
e exigindo para si o mesmo respeito;

• posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes


situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos
e de tomar decisões coletivas;

• conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,


materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção
de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País;

• conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,


bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações,
posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças
culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características
individuais e sociais;

• perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,


identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo
ativamente para a melhoria do meio ambiente;

• desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de


confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética,
de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança
na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;

• conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos


saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo
com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;

• utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal


— como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e
usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo
a diferentes intenções e situações de comunicação;

• saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para


adquirir e construir conhecimentos;

• questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,


utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade
de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO: órgão com funções deliberativas,


normativas e de assessoramente ao Ministro de Estado da Educação, no desempenho
das funções e atribuições do poder público federal em matéria de educação, cabendo-lhe
formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino, velar
pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no
aprimoramento da educação brasileira.

CONSELHO MUNIPAL DE EDUCAÇÃO: Orgão de função normativa, consultivo,


mobilizadora e fiscalizadora. Tem como objetivos:

 Consolidar uma estrutura educacional que garanta a aprendizagem escolar e a


participação coletiva na avaliação das ações pedagógicas e administrativas do
poder público municipal;
 Incentivar a instituição de ações colegiadas que propiciem a intervenção
organizada, bem como as atitudes preservadoras de autonomia municipal e de
representatividade social;
 Ampliar a capacidade de compreender e interpretar a legislação educacional;
 Ampliar a capacidade de atuação dos conselheiros;
 Estimular a colaboração entre conselhos municipais, estaduais e nacionais de
educação;
 Assegurar a participação da sociedade no alinhamento da gestão educacional;
 Incentivar o fortalecimento dos CME;
 Fomentar a criação de novos conselhos municipais de educação;

NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO

NÍVEIS

 Educação Infantil;
 Ensino Fundamental;
 Ensino superior;

MODALIDADES

 Educação de jovens e adultos;


 Educação profissional;
 Educação especial;
 Educação a distância;
 Educação de povos indígenas;
SISTEMAS DE ENSINO

 UNIÃO;
 ESTADOS E DISTRITO FEDERAL;
 MUNICÍPIOS;

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: define a identidade da instituição, por meio da


prática pedagógica diária, em que se exprime essa identidade. O PPP é um projeto
político porque através dele a instituição estabelece o tipo de sociedade e de ser humano
que deseja ajudar a construir; é um projeto pedagógico que firma o ideal de sua prática,
para dar significado ao esforço que vai desencadear. A dimensão política deve estar
ligada à formação da consciência crítica e à construção da cidadania para a
transformação social – o homem está inserido num contexto de cidadania, podendo esta
ser traduzida por solidariedade e equidade social. A dimensão pedagógica, inseparável
do aspecto político, compõem a práxis educativa, contribuindo para a formação do
homem, partindo do pressuposto de que a educação não é neutra e como e o porquê
ensinar. O PPP deve propor rumos, horizonte para uma educação melhor e os caminhos
que serão necessários trilhar para alcançar o resultado social da escola. Para elaborar
este documento, é preciso definir antes: 1 – o que fazer? 2 – para que fazê-lo? 3 – como
fazer? 4 – com o que fazer?

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