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A frase “Se a Yolanda estuda, então passa de ano” exprime uma proposição
condicional. Esta é uma proposição composta de duas proposições mais simples ligadas
pelo conector “Se… então” (ou outros equivalentes, como por exemplo “Caso”).
Costuma chamar-se a estas “antecedente” e “consequente”. O que é dito na antecedente
constitui uma condição suficiente relativamente àquilo que é dito na consequente. No
caso do exemplo, a expressão “condição suficiente” significa que basta (= é suficiente)
a Yolanda estudar para conseguir passar de ano. Pode-se também dizer que a
antecedente implica a consequente.
A negação de uma condicional não é outra proposição condicional, mas sim uma
conjunção. Em vez de “mas” também se pode usar o conector “e”.
Porque é que uma condicional se nega desse modo? Para responder a esta questão é
preciso perceber em que condições uma proposição condicional é verdadeira ou falsa.
(Nos livros de Lógica estas quatro circunstâncias não costumam ser apresentadas por
esta ordem, mas optei por ela por ser a mais intuitiva.)
Em síntese:
Regressemos então à negação. Ao negar uma certa proposição obtemos uma outra
proposição que tem necessariamente de possuir um valor de verdade diferente da
proposição inicial. Se a proposição inicial é falsa a sua negação tem de ser verdadeira.
Se a proposição inicial é verdadeira a sua negação tem de ser falsa. Não podem ser
ambas verdadeiras nem ambas falsas. Ou seja: a proposição inicial e a sua negação têm
de ser proposições contraditórias. Por exemplo: ao negarmos a proposição verdadeira
“Florença é uma cidade italiana” obtemos a proposição falsa “Florença não é uma
cidade italiana”.