Porém caso tais valores estejam sendo paga, habitualmente, ainda que sob a
denominação de ajuda de custo, independentemente de prazo e valor, terá
natureza salarial, integrando a remuneração do empregado para todos os efeitos
legais, incidindo-se sobre tal valor a contribuição previdenciária e fundiária bem,
como, serão consideradas no cálculo de verbas trabalhistas tais como: férias, 13º
salário, aviso prévio etc.
Tendo por base o citado dispositivo legal, pode-se perceber que a importância paga
ao empregado, comumente denominada de “reembolso de quilometragem ou
gasolina”, cuja finalidade é assegurar-lhe o ressarcimento das despesas efetuadas
com a manutenção do veículo de sua propriedade utilizado a serviço da empresa,
não se inclui no conceito de salário-de-contribuição, estando, portanto, isento da
incidência de encargos sociais, tanto na esfera trabalhista (FGTS) quanto na
previdenciária (INSS).
Uma vez não sendo considerado verba de natureza salarial, nem tampouco salário
variável, o referido valor também não integrará o salário do empregado para
quaisquer efeitos da legislação trabalhista, tais como: férias, 13º salário, horas
extras, aviso prévio etc.
Informamos, por oportuno, que, nos termos do art. 225 da RPS, aprovado pelo
Decreto nº 3.048/99, a folha de pagamento, elaborada mensalmente, deverá
discriminar, dentre outros, inclusive as parcelas não integrantes da remuneração,
razão pela qual deve a empresa lançar o referido valor na folha e no recibo de
pagamento do empregado.
Sempre que uma prestação em utilidade for concedida com o intento de tornar
possível e viável a própria execução do trabalho e não como uma vantagem
destinada a remunerar os serviços do empregado, não há integração desses
valores ao salário do trabalhador, já que nesses casos as utilidades fornecidas são
para o trabalho e não pelo trabalho. São indispensáveis ao trabalho e não ao
trabalhador.