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Um Estudo Sobre A Psicologia Infantil
Um Estudo Sobre A Psicologia Infantil
SUMÁRIO
4 Posição Esquizoparanoide............................................................... 11
Intimidade x Isolamento............................................................. 36
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Discurso interior e pensamento ................................................. 46
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 53
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1 PSICOLOGIA INFANTIL
Fonte: www.cmsalutaris.com.br
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praticar esportes, tirarem sempre notas altas na escola, serem boazinhas e obe-
dientes, enfim, serem “eficientes” naquilo que fazem. Estando sempre ocupadas
com atividades que precisam cumprir (nem sempre tendo tempo para brincar,
jogar, chorar, brigar...), não conseguem ser o que são, isto é, crianças, e sobre-
carregam-se para serem aceitas pelos outros.
Tantas responsabilidades podem ser colocadas como obstáculos, uma
vez que nem sempre o indivíduo consegue facilmente se adaptar a elas. Isso
pode prejudicar o desenvolvimento sadio da criança. Está se perde dentre tantas
informações e requisições e, na tentativa de sobreviver ao desencontro consigo
mesma, utiliza-se de alguns comportamentos tais como: agressividade, hiperati-
vidade, angústia, medos, enurese noturna, ser bonzinho em demasia, ser ape-
gada a adultos, reter fezes, desenvolver tiques, dificuldades escolares e de rela-
cionamentos com os colegas e pais, falta de limite, síndromes de pânico, depres-
são infantil, dentre tantos outros. Estas cobranças sofridas pela criança, podem
tanto ser de ordem interna como também, de ordem externa.
Fonte: mundobrink.com
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Dessa forma não há porque se estranhar à necessidade de um facilitador
(processo psicoterapêutico) para assegurar o bom andamento do desenvolvi-
mento humano. A importância de uma psicoterapia para as pessoas que estejam
passando por distúrbios e conflitos têm se mostrado de grande importância. O
afeto e o comportamento do indivíduo são determinados pelo modo como ele se
estrutura no mundo. A partir do processo terapêutico, o sujeito tem a possibili-
dade de re-significar pensamentos e vivências, podendo descobrir outras manei-
ras de ver a realidade e formas de viver mais satisfatórias aos objetivos deste.
A psicoterapia infantil visa auxiliar a criança e os pais e/ou cuidadores,
quando algo não está bem no desenvolvimento emocional ou social da criança.
Entende-se assim, a necessidade de um ambiente que proporcione momentos
à criança e os pais e/ou cuidadores para que pensem suas relações, suas esco-
lhas, suas dificuldades, seus sonhos, suas possibilidades; em um espaço prote-
gido, no qual o indivíduo possa se experimentar, se escutar, sentir, fantasiar en-
tre outros. Através da utilização de algumas técnicas que têm embasamento na
psicologia, a criança pode se experimentar sendo ela mesma e, no relaciona-
mento estabelecido em terapia, que é uma analogia à relação com os outros,
pode "organizar" seus conflitos vivenciados internamente, aproveitando sua fase
de desenvolvimento com mais tranquilidade.
O trabalho que tem como foco auxiliar as crianças e seus pais/cuidadores
a trabalharem e refletirem sobre os seus conflitos, dúvidas, angústias, dores,
entre outros conteúdos, pode ser feito de diferentes maneiras, se utilizando téc-
nicas e meios para contribuírem nesse processo. Através das técnicas expressi-
vas e de relaxamento há a facilitação do entrar em contato e, do trabalho com
esses conteúdos, muitas vezes dolorosos e difíceis de se abordar. Estas técni-
cas embasadas pelo conhecimento da psicologia permitem que o indivíduo seja
visto e, portanto, trabalhado de forma mais global e dinâmico.
As técnicas de relaxamento facilitam o entrar em contato do indivíduo com
seu si mesmo, facilitando perceber-se, compreender seus sentimentos, visuali-
zar imagens e outros conteúdos inconscientes, além do próprio relaxamento. Já
o uso terapêutico das técnicas expressivas permite à pessoa dar forma (traduzir)
e vislumbrar imagens que cria, que refletem seu interior, sendo assim símbolos
de seus sentimentos, percepções e imagens internas, muitas vezes indizíveis.
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Por meio do criar em arte e refletir sobre os processos e trabalhos expressivos
resultantes, as pessoas podem ampliar o conhecimento de si e dos outros, au-
mentar sua autoestima, lidar melhor com estresse e experiências traumáticas
desenvolvendo novos recursos emocionais e cognitivos, uma vez que interage e
dialoga no próprio fazer com as novas formas que se configuram e, explora no-
vas alternativas e possibilidades numa realidade alternativa (simbólica).
Psicoterapeuta e criança juntos, descobrem o que está dificultando o de-
senvolvimento desta. A partir dessas descobertas, reconstroem também juntos,
outras maneiras dessa criança se posicionar no mundo. Paralelamente ao traba-
lho com a criança, são realizadas sessões de orientação aos pais, imprescindí-
veis para o sucesso da terapia, pois trazem informações valiosas sobre a criança
além de permitirem apoio e esclarecimentos aos mesmos.
Fonte: www.casulepsicologia.com.br
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carrega, a criança pode se redescobrir, diferenciando-se das críticas e avalia-
ções externas tomadas para si, sendo mais feliz no presente e sofrendo menos
na fase adulta. A seguir alguns teóricos importantes que contribuíram no surgi-
mento da psicologia infantil.
2 MELANIE KLEIN
Fonte: www.valordoconhecimento.com.br
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como inacessíveis à análise, tais como pacientes com transtorno borderline, au-
tistas e psicóticos.
Suas formulações teóricas e orientações clínicas possibilitaram também
o desenvolvimento de um novo estilo de trabalho para o atendimento de pacien-
tes neuróticos adultos.
Os trabalhos de Melanie Klein a partir da análise de crianças permitiram
o acesso ao desenvolvimento da personalidade nos anos iniciais de vida.
Klein observou que crianças aos dois anos e meio já manifestam ansie-
dades e fantasias edípicas, bem como verificou que as tendências pré-genitais
e genitais parecem fazer parte das ansiedades edipianas desde as idades inici-
ais. A análise de crianças permitiu verificar a emergência do superego muito mais
cedo do que proposto pela teoria psicanalítica clássica e demonstrou possuir
características orais, uretrais e anais bastante selvagens.
Klein observou que as crianças tendem a ver o mundo branco e preto- ou
bom, ou mau. Aprofundando sua análise desses pacientes, notou que quanto
maior era essa divisão entre bom e mal na fantasia da criança, mais complexa
era a psicopatologia envolvida.
Para Klein desde o início da vida a criança já dispõe de um ego rudimentar
que, através da rejeição do desprazer (projeção) e assimilação do prazer (intro-
jeção) procura manter o “princípio da constância”.
Segundo Freud, a mente trabalha no sentido de reduzir qualquer tensão
proveniente do acúmulo de “energia” psíquica. Neste sentido, o princípio da
constância se refere a tendência do aparelho psíquico a manter o nível de exci-
tação o mais baixo possível, ou ao menos, constante. Esta constância é conse-
guida através da descarga energética ou da evitação daquilo que pode aumentar
a quantidade de excitação.
Em psicanálise considera-se que para cada fase do desenvolvimento, um
objeto é elegido como alvo da libido. Na fase oral é o seio, na fase anal o ânus,
na fase fálica a uretra, e na fase genital a relação se dá entre pessoas totais.
Considerando que nos primeiros estágios da vida predominam os desejos
e necessidades orais, o seio materno se configura como o primeiro objeto parcial
capaz de satisfazer tais desejos e necessidades.
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Melanie Klein destacou a relevância dos estágios pré-genitais e das rela-
ções de objeto parcial no desenvolvimento tanto do complexo de Édipo quanto
do superego. Conforme o modelo Kleiniano, o superego precede o complexo de
Édipo e promove o seu desenvolvimento.
A pressão das ansiedades produzidas a partir das fantasias de figuras
internalizadas leva a criança a uma relação edipiana com os pais reais (Se-
gal,1975).
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Seio bom e seio mal
Fonte: imagensnodiva.blogspot.com.br
Ela percebe o seio como “bom” porque o amamenta e como “mau” porque
se ausenta. Sendo impossível satisfazer a todos os desejos da criança, ela pos-
sui os dois registros desse seio, um bom e um mau.
Segundo Klein, a defesa básica é a clivagem, o seio é o objeto primordial
e será dividido em seio bom e seio mau, ou num bom objeto que o bebê possui
e num mau objeto que está ausente; como a mãe nunca está sempre presente
na vida do bebê para amamentá-lo, ela se torna ausente e o bebê com isso
inaugura o processo de clivagem em sua subjetividade.
O bebê experimenta gratidão quando é satisfeito física ou emocional-
mente. Esta gratidão é a manifestação mais precoce do instinto de vida e a base
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do amor e da generosidade. A libido é investida em objetos como o seio. O seio
gratificante é então introjetado como a base para um sentimento do Self como
bom.
A projeção do objeto interno bom sobre objetos recém-experimentados é
a base da confiança, o que permite a aprendizagem e o acúmulo de conheci-
mento.
Klein distingue dois momentos no primeiro ano de vida do bebê (fase oral
de Freud):
I) Posição esquizoparanóide (até os 6 meses): o bebê relaciona-se de forma
parcial com o objeto. Esta posição caracteriza-se pela cisão ou clivagem
do objeto internalizado pelo bebê.
II) Posição depressiva (de 6 meses até 1 ano de idade): com a superação da
posição anterior, o bebê passa a reconhecer a mãe como um objeto total
(bom e mau).
A terminologia “posição” atende ao pressuposto de que estas fases
não são algo a ser superado e solucionado, mas que podem ser reativadas
e o indivíduo oscila de uma posição para outra durante toda a sua vida.
4 POSIÇÃO ESQUIZOPARANOIDE
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Fonte: pepsic.bvsalud.org
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Quando confrontado com a ansiedade produzida pelo instinto de morte, o
ego se divide e projeta a parte que contém o instinto de morte para o objeto
original – o seio.
Segundo Klein, o processo de clivagem do objeto (splitting) constitui a de-
fesa mais primitiva contra a ansiedade. Essa cisão do objeto resulta também em
uma clivagem do eu do bebê (eu bom e eu mal).
Nesse período, com o objetivo de superar a ansiedade persecutória, o
bebê desenvolve um processo esquizoide (splitting) em que se relaciona com
seu primeiro objeto (seio da mãe) como sendo objetos diferentes – “seio bom” e
“seio mal”.
A criança projeta a libido no “seio bom”, e num objeto ideal, a fim de man-
ter com ele uma relação necessária à preservação da vida e livra-se da angústia
oriunda dos impulsos destruidores através da projeção no “seio mau”. Este me-
canismo permite que o objeto mau seja internalizado como sendo diferente do
objeto bom. Deste modo, o seio, que é sentido como contendo grande parte do
instinto de morte do bebê, é sentido como mau e ameaçador para o ego, dando
origem ao sentimento de perseguição. Assim, o medo inicial do instinto de morte
é transformado em medo de um perseguidor.
A outra parte do instinto de morte permanece no eu e é convertida em
agressividade dirigida contra os perseguidores.
Na posição esquizoparanoide, o desenvolvimento do eu é definido pelos
processos de introjeção e projeção. Neste período os impulsos destrutivos e an-
gústia persecutória encontram- se no seu apogeu, assim como os processos de
divisão, onipotência, idealização, negação e controle dos objetos internos e ex-
ternos. Diante da vivência da angústia persecutória, a meta da criança nessa
fase é de possuir o objeto bom e introjetá-lo, como também de projetar o objeto
bom mau para fora, a fim de evitar os impulsos destrutivos.
A posição depressiva
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ainda que possa ser encontrada durante a infância e reativada no adulto, parti-
cularmente no luto e nos estados depressivos.
Na posição anterior o bebê atribuiu sentido às suas experiências com o
objeto parcial, direcionando seus sentimentos negativos à mãe negativa, a fim
de proteger a mãe positiva.Com o desenvolvimento o bebê percebe que o
mesmo objeto que odeia (seio mau) é o mesmo que ama (seio bom). Ele percebe
que ambos os registros fazem parte de uma mesma pessoa. Caracteriza-se pela
apreensão, da parte da criança, da mãe como objeto total.
Fonte: literalmente-literalmente.blogspot.com.br
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Neste sentido, a posição depressiva é o precursor da consciência em ge-
ral e da preocupação por outras pessoas em particular.
Assim, a clivagem entre o objeto “bom” e “mau” vai abrandar –se, pois, as
pulsões libidinais e hostis tendem a referir-se ao objeto na sua totalidade. A an-
gústia chamada depressiva, recai exatamente no perigo fantasmático de aniqui-
lar e perder a mãe, em consequência do sadismo experimentado pelo bebê nesta
idade.
Agora o bebê teme perder o seio bom, pois teme que seus ataques de
ódio e voracidade o tenham ferido ou morto. Esse medo da perda do objeto bom
é nomeado por Klein de “ansiedade depressiva”.
O conjunto de ansiedade depressiva e suas respectivas defesas é cha-
mado por Klein de posição depressiva. Esta angústia é combatida pela utilização
de mecanismos de reparação contra a angústia depressiva e suplantada,
quando o objeto amado é introjetado de forma estável e tranquilizante.
Na posição depressiva, o bebê adquire a capacidade de amar e respeitar
os “objetos” como distintos e separados dele.
Melanie Klein preceitua que o psiquismo possui um funcionamento dinâ-
mico entre as posições esquizoparanoide e depressiva que tem início ao nasci-
mento e termina com a morte. As neuroses, esquizofrenias e depressão são
analisadas a partir dessas duas posições.
Deste modo, em uma análise Kleiniana, não adianta trabalhar o sintoma
(neurose) se não trabalhar os processos que levaram os seus surgimentos (an-
siedade persecutória e depressiva).
Além de analisar os conteúdos reprimidos, é necessário “equacionar” as
ansiedades depressivas e persecutórias, a fim de que o paciente perceba que o
mundo não funciona em preto e branco, e que é possível amar e odiar o mesmo
objeto, sem medo de destruí-lo.
Embora as posições depressivas e esquizoparanoide sejam opostas, tam-
bém existe um grau de movimento oscilatório entre as duas e na vida adulta,
normalmente podem ser encontradas evidências da presença de ambas as po-
sições. Ambas são necessárias para o desenvolvimento da personalidade e as
falhas nesses processos dão origem às psicopatologias.
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5 DONALD WINNICOTT
Fonte: tumanov-1hometask.tk
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Este apoio deve diferenciar-se para cada bebê, pois cada pessoa é única e tem
suas próprias necessidades.
Para Winnicott mente e psique são conceitos diferentes; trata-se de regis-
tros relacionados, mas heterogêneos. A psique é a elaboração imaginativa das
partes, sentimentos e funções somáticas e não se separa, nem se divide da
soma. A mente, no desenvolvimento saudável, não é nada mais do que um caso
particular do funcionamento do psicossoma, surgindo como uma especialidade
a partir da parte psíquica do psicossoma.
Fonte: www.imgrum.net
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A tendência a integração faz parte do potencial herdado do bebê, e será
realizada caso ele vivencie cuidados ambientais suficientemente bons no modo
como é acolhido (holding).
O amadurecimento do bebê, e mais especificamente o seu processo de
integração, é possibilitado pelas repetidas experiências de estar sendo cuidado
por uma mãe dedicada comum, somadas à tendência inata à aglutinação do self.
As experiências iniciais na díade mãe-bebê são estruturantes do psi-
quismo, participando da organização da personalidade e dos sintomas.
O bebê nasce em um estado de não integração, onde os núcleos do ego
estão dispersos e, para o bebê, estes núcleos estão incluídos em uma unidade
que ele forma com o meio ambiente.
A meta desta etapa é a integração dos núcleos do ego e a personalização-
adquirir a sensação de que o corpo aloja o verdadeiro self.
O objeto unificador do ego inicial não integrado da criança é a mãe e sua
atenção (holding).
Fonte: www.psicanalise.institutogamaliel.com
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com seu bebê, enquanto o segura fisicamente, sustentando- o nos braços, pres-
tando cuidados cotidianos, dando-lhe afeto e suporte em seu desenvolvimento.
Ao prestar todos os cuidados físicos e psicológicos necessários ao seu
desenvolvimento, a mãe atua como ego auxiliar do bebê.
Distúrbios psíquicos decorrentes de uma má experiência na fase da De-
pendência Absoluta:
Patologias da Personalidade:
Esquizofrenia infantil ou autismo;
Esquizofrenia latente;
Estado limítrofe;
Construção da personalidade com base num falso self;
Personalidade esquizoide
Possibilidade de cura: redirecionamento dos processos de maturação da
primeira infância.
Este cuidado deve atender às mudanças instantâneas do dia a dia que
fazem parte do desenvolvimento físico e psicológico da criança, permitindo a
emergência do bebê como uma pessoa individual que se relaciona com outras
pessoas separadas dele. O modo como o cuidado é prestado determina a forma
como o indivíduo se relaciona com outras pessoas ao longo da vida, bem como
as psicopatologias que poderá desenvolver.
É através do holding que o bebê tem a experiência de continuidade do
ser. Essa experiência é decorrente da adaptação do meio às necessidades da
criança, que não se sente invadida pela mãe/ambiente, nem mantida num meio
inconstante e sentido como ameaçador.
Winnicott observou que algumas semanas antes do nascimento a mãe
desenvolve um estado de “preocupação materna primária” que implica em uma
regressão parcial e temporária por parte da mãe, a fim de identificar-se com o
bebê, e assim saber do que ele precisa, mantendo, ao mesmo tempo, sua posi-
ção adulta.
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O bebê desconhece seu estado de dependência;
O bebê necessita da mãe suficientemente boa-Estado psicológico asso-
ciado ao exercício da função materna.
Este estado é temporário, pois o bebê passará naturalmente da “depen-
dência absoluta” para a “dependência relativa”, o que é essencial para o seu
desenvolvimento.
A dependência absoluta refere-se ao fato de o bebê depender inteira-
mente da mãe para ser e para realizar sua tendência inata à integração em uma
unidade.
Quando não há um ambiente favorável, o indivíduo não tem como se de-
senvolver e atualizar suas tendências, e pode se tornar psicótico.
Nesses casos, os estágios de desenvolvimento emocional normais à pri-
meira infância aparecerão de forma regressiva, instalando –se os distúrbios psí-
quicos. Portanto, a base da estabilidade mental depende, das experiências inici-
ais com a mãe e principalmente de seu estado emocional.
A base da saúde mental é estabelecida no início da vida por meio do pro-
vimento de cuidados dispensados ao bebê por uma mãe suficientemente boa. O
bebê depende da disponibilidade de um adulto que possa contribuir para uma
adaptação ativa e sensível às necessidades da criança.
Quando a integração vai se tornando mais consistente, com o amadure-
cimento de funções cognitivas do bebê, a mãe volta-se novamente para suas
atividades externas, contando com a capacidade emocional adquirida por sua
criança que a permitirá esperar pelo cuidado.
A mãe suficientemente boa também tem a função de gradativamente de-
monstrar ao bebê que a falta faz parte do processo de desenvolvimento, distan-
ciando-se aos poucos de seu filho, permitindo que seja cuidado por outra pessoa,
negando o peito e lhe apresentando outros alimentos, pois esta atitude demarca
o início da quebra da unidade mãe-bebê e permite que a criança seja impulsio-
nada a buscar interações sociais.
À medida que o bebê alcança uma integração num si mesmo unitário, faz-
se necessária uma desadaptação cuidadosamente dosada por parte da mãe.
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Nesse sentido, o ambiente facilitador é aquele que naturalmente falha nos
momentos necessários, ou seja, naqueles nos quais o bebê já pode suportar
frustrações e vivenciá-las de forma a estimular seu amadurecimento.
Na transição da etapa de dependência absoluta para a dependência rela-
tiva temos o terceiro quesito da maternagem suficientemente boa: a apresenta-
ção do objeto.
Este momento tem início com a primeira refeição do bebê, quando a mãe
demonstra ao bebê que ela pode ser substituída. Aos poucos a mãe vai possibi-
litando ao bebê outras maneiras de agir no ambiente, estimulando-o a explorar
novas possibilidades por meio de seu próprio esforço e criatividade.
No período de dependência relativa o bebê vivencia estados de integra-
ção e não integração, forma conceitos de eu e não eu, mundo externo e interno,
podendo então desenvolver-se no que o autor denomina de independência rela-
tiva ou rumo à independência.
No início da passagem da dependência absoluta para a dependência re-
lativa, os objetos transicionais exercem a indispensável função de amparo, por
substituírem a mãe que se distancia a desilude o bebê com sua ausência, mar-
cando o início da quebra da unidade mãe-bebê.
Fonte: slideplayer.com.br
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Fase da Dependência Relativa
O importante não é o objeto que o bebê utiliza, mas o uso que faz dele.
Esta vivencia é importante para o desenvolvimento, pois permite que a criança
passe relacionar-se com objetos externos a si mesma.
Ao explicar a função do objeto transicional, Winnicott remonta ao primeiro
vínculo da criança com o mundo externo, a relação com o seio materno. O bebê
inicialmente acredita que o seio é parte de si mesmo, dando-lhe a ilusão de oni-
potência.
No entanto, quando a mãe começa a desmamar a criança, inicia-se um
processo no qual a ilusão é desfeita aos poucos, fazendo com que o bebê ad-
quira a noção de que o seio materno é algo que ele possui, mas que não faz
parte de seu eu- “pertence-me, mas não sou eu”.
Esses objetos intermediadores servirão de ponte entre o mundo interno e
o externo, ajudando a transição do bebê do estado de dependência absoluta
para a dependência relativa e rumo a futura independência. Ajudam a poder vir
a distinguir aquilo que é “ele” separado do “outro”.
Winnicott utiliza o termo objeto transicional para descrever a jornada do
bebê desde o puramente subjetivo até à objetividade. Este objeto representa a
mãe e ocupa o lugar de ilusão, pois é conservado pela criança, que o mantém
próximo tanto quanto o deseje, ao contrário do seio, que não está disponível
constantemente.
À medida que o desenvolvimento progride, a criança tem um ego relativa-
mente integrado, e com a sensação de que o núcleo do si próprio habita em seu
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corpo. Ela e o mundo são duas coisas separadas. A última etapa do desenvolvi-
mento emocional primitivo é conseguir alcançar uma adaptação à realidade.
Nesse estágio a mãe tem o papel de prover a criança com os elementos
da realidade com que irá construir a imagem psíquica do mundo externo. A adap-
tação absoluta do meio ao bebê se torna adaptação relativa, através de um de-
licado processo gradual de falhas em pequenas doses.
Fonte: www.maedeguri.com.br
Os fenômenos transicionais
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Após a criança ter alcançado a diferenciação entre ela e o ambiente, tendo
se adaptado em certa medida à realidade- absorvendo pautas objetivas dela,
que modificam suas fantasias- o último passo que deve dar é integrar em um
todo as diferentes imagens que tem de sua mãe e do mundo.
Winnicott observou que a criança pequena tem uma cota inata de agres-
sividade, que se expressa em determinadas condutas autodestrutivas. A ex-
pressão da agressividade infantil faz parte do estágio de adaptação à reali-
dade e é chamada fase de pré-inquietação ou crueldade primitiva, o bebê volta
seu ódio sobre si mesmo para proteger o objeto externo; mas esta manobra
não é suficiente e em sua fantasia a mãe pode ficar intensamente danificada.
Nesta fase, a mãe é o objeto que recebe, em certos momentos a agressão
da criança, mas é também aquela que cuida dela e a protege. Quando a cri-
ança exprime raiva e recebe amor, confirma que a mãe sobreviveu e é um ser
separado dela. O bebê adquire a noção de que suas próprias pulsões não são
tão danosas e pode, pouco a pouco, aceitar a responsabilidade que possui
sobre elas.
Simultaneamente a mãe que é agredida e a mãe que cuida, vão se apro-
ximando na mente do indivíduo, que assim adquire a capacidade de se preo-
cupar com seu bem-estar, como objeto total. Isto constitui o grande sucesso
que Winnicott identifica como a última das etapas do desenvolvimento emoci-
onal primitivo: a adaptação à realidade.
Ao adaptar-se à realidade o bebê pode passar ao período de indepen-
dência relativa em que o bebê desenvolve meios para poder prescindir do cui-
dado materno. Isto é conseguido mediante a acumulação de memórias de ma-
ternagem, da projeção de necessidades especiais e da introjeção dos detalhes
do cuidado maternal, com o desenvolvimento da confiança no ambiente.
É importante ressaltar que segundo Winnicott, a independência nunca é
absoluta. O indivíduo sadio não se torna isolado, mas se relaciona com o am-
biente de tal modo que pode se dizer que ambos se tornam interdependentes.
No decorrer de toda sua obra, Winnicott enfatiza a importância do ambi-
ente externo (familiar) afetivo, acolhedor e continente das necessidades da cri-
ança, em todo o ciclo vital como base para um desenvolvimento saudável.
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Na sua teoria do desenvolvimento emocional, constrói uma linha de
abordagem que vê o indivíduo como estando sujeito, no início da vida, a uma
dependência quase absoluta, que vai aos poucos diminuindo em grau e ten-
dendo ao estabelecimento da autonomia.
Winnicott (2011) afirma que os cuidados maternos, e depois a família,
devem seguir de base segura para o desenvolvimento da autonomia do ado-
lescente, permitindo que transite livremente da dependência para a indepen-
dência.
O afastamento só se dá em relação à figura externa dos pais, pois as
funções materna e paterna são internalizadas e este fato constitui como um
cimento da família, pois as figuras reais do pai e da mãe permanecem vivas na
realidade psíquica e interior de cada um de seus membros (Winnicott,2011).
A adolescência é o período da vida no qual o indivíduo tem a chance de
sedimentar as conquistas já feitas e de integrar à personalidade aquilo que não
foi integrado nos estágios anteriores do amadurecimento.
Assim, a família e a sociedade continuam sendo importantes como am-
biente facilitador. Cabe ao ambiente (famílias ou instituições sociais substituti-
vas) aceitar e acolher a imaturidade do adolescente, a sua oscilação depen-
dência-independência, o seu sentimento de irrealidade, a sua necessidade de
ser alguém em algum lugar, de confrontação, de procurar as próprias soluções
e de não aceitar falsas soluções.
O adolescente precisa de um ambiente que esteja disponível para a co-
municação verdadeira, que facilite a integração de seus instintos e exerça a lei
sem retaliar e sem simplesmente punir.
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Fonte: queconceito.com.br
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Além disso, o adolescente padece do sentimento de irrealidade, e sua luta,
neste momento é para sentir-se real.
A vida adulta impõe três importantes tarefas ou realizações (Win-
nicott,1990):
1) Manter-se criativo e vivo até a morte;
2) Aceitar a imperfeição, a impotência e a finitude, já que adultos ma-
duros e sadios são aqueles que conseguem ver, aceitar e manipular criativa-
mente a precariedade da condição humana;
3) Constitui a tarefa de poder envelhecer e morrer.
6 JACQUES LACAN
Fonte: pesquisacia.blogspot.com.br
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Em “A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose”, Freud afirma que
tanto na neurose quanto na psicose existe uma perturbação da relação do sujeito
com a realidade:
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Existe uma vivência simbiótica, em que a criança tem a experiência de ser cui-
dada por completo e atendida em suas necessidades por aquela que lhe possi-
bilita uma experiência de completude e onipotência. Este significante inicial atri-
buído vai marcar a identidade do sujeito e seu desenvolvimento mental.
Fonte: slideplayer.com.br
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Deste modo, enquanto no primeiro tempo lógico o Outro é a mãe, a ins-
tauração do Nome-do-pai é o que vem barrar o Outro onipotente e absoluto,
inaugurando a entrada da criança na ordem simbólica.
Quando Lacan afirma que a foraclusão é o mecanismo da psicose, o que
devemos compreender é que a rejeição do nome-do-pai implica que o sujeito
não foi submetido à castração simbólica do processo edipiano. Ou seja, o sujeito
psicótico é aquele que durante a vivência do Complexo de Édipo não sofreu a
castração simbólica e, portanto, não desenvolveu a capacidade de simbolizar. A
não inscrição do significante no Outro resulta nos distúrbios da linguagem e nas
alucinações que marcam a psicose.
Fonte: pepsic.bvsalud.org
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simbólica através da castração. A experiência basilar para a criança é justa-
mente, descobrir que a mãe não tem o falo, ou seja, é a experiência do falo
enquanto ausência, falta. A partir da lei da castração introduzida pelo pai, o su-
jeito se constitui enquanto ser faltante.
Lacan distinguiu e grafou diferenciadamente o pequeno e grande Outro.
O pequeno Outro (a) é o igual, o semelhante da espécie humana. O grande Outro
representa o campo simbólico, da linguagem- grafado com letra maiúscula e com
barra (A/). Este grande Outro é inscrito como barrado ou castrado, justamente
por se caracterizar como faltante.
Fonte: slideplayer.com.br
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7 ERICK ERICKSON
Fonte: psiquecienciaevida.uol.com.br
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Erikson apresentou os estágios em termos de qualidade básica do ego
que surge em cada estágio, discutiu as forças do ego que surgem nos estágios
sucessivos e descreveu a ritualização peculiar de cada um. Este era por ele re-
ferido como uma maneira lúdica e culturalmente padronizada de experienciar
uma vivencia na interação quotidiana de uma comunidade. (HALL et al 2000).
Confiança x Desconfiança
Iniciativa x Culpa
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suas tarefas e pode associar a autonomia e à confiança, a iniciativa, pela expan-
são intelectual. A relação entre confiança e autonomia, possibilita à criança um
sentimento de determinação para a iniciativa. Com a alfabetização e a ampliação
de seu círculo de contatos, a criança adquire o crescimento intelectual necessá-
rio para apurar sua capacidade de planejamento e realização (Erikson, 1987,
p.116)
Diligência x Inferioridade
A quinta fase foi reconhecida como a que mais Erikson realizou produções
científicas, tendo dedicado um livro completo a questão da crise de identidade.
Esse estágio é vivido pelo adolescente como uma busca pela sua identidade,
que foi construída pelo seu ego nas fases anteriores.
Esse sentimento de identidade se expressa nas seguintes questões, pre-
sentes para o adolescente: sou diferente dos meus pais? O que sou? O que
quero ser? Respondendo a essas questões, o adolescente pretende se encaixar
em algum papel na sociedade (RABELLO, et al 2006).
A preocupação do adolescente em encontrar o seu papel na sociedade
provoca uma confusão de identidade, afinal, a preocupação com a opinião do
outro faz com que o adolescente modifique a sua forma de ser no mundo, remo-
delando sua personalidade muitas vezes em um período muito curto, seguindo
o mesmo ritmo das transformações físicas que acontecem com ele.
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Intimidade x Isolamento
Generatividade x Estagnação
Integridade x Desespero
Nesse estágio é feita uma reflexão sobre sua vida, sua história, o que fez
e o que deixou de fazer. Entretanto, esse movimento retrospectivo pode ser vi-
venciado de diferentes formas. O indivíduo pode entrar em um período de de-
sespero por acreditar que sua vida chega ao fim e não há mais tempo para rea-
lizações e desejos, ou ainda, pode sentir a sensação de dever cumprido e de
integridade, repassando com sabedoria o conhecimento adquirido ao longo da
vida.
Erikson (1987) faz uma ressalva acerca das crises e de suas consequên-
cias na construção da personalidade. Em suas palavras,
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“Uma personalidade saudável domina ativamente seu meio, demonstra
possuir uma certa unidade de personalidade (...). De fato, podemos di-
zer que a infância se define pela ausência inicial desses critérios e de
seu desenvolvimento gradual em passos complexos de crescente dife-
renciação. Como é, pois, que uma personalidade vital cresce ou, por
assim dizer, advém das fases sucessivas da crescente capacidade de
adaptação às necessidades da vida – com alguma sobras de entusi-
asmo vital?” (Erikson, 1987, p. 91)
Fonte: slideplayer.com.br
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8 LEV VYGOTSKY
Fonte: www.psicosmica.com
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construtivismo ou sociointeracionismo. Foi o primeiro psicólogo moderno a su-
gerir os mecanismos pelos quais a cultura torna-se parte da natureza de cada
pessoa ao insistir que as funções psicológicas são um produto de atividade ce-
rebral. Conseguiu explicar a transformação dos processos psicológicos elemen-
tares em processos complexos dentro da história. Vygotsky enfatizava o pro-
cesso histórico-social e o papel da linguagem no desenvolvimento do indivíduo.
Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito
com o meio.
Fonte: teoriasdaaprendizagemeisu.blogspot.com.br
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Estados Unidos o livro Pensamento e Linguagem, edição a partir da qual foram
feitas outras – inclusive a brasileira, mas que na verdade é uma compilação que
corresponde a apenas um terço da obra. Vygotsky trouxe uma nova perspectiva
de olhar às crianças.
Fonte: conhecerliterato.blogspot.com.br
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Fonte: slideplayer.com.br
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Fonte: slideplayer.com.br
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mundo. Como foi destacado anteriormente, é no âmago das interações no inte-
rior do coletivo, das relações com o outro, que a criança terá condições de cons-
truir suas próprias estruturas psicológicas.
Fonte: pt.slideshare.net
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Para Vygotsky, o processo de aprendizagem deve ser olhado por uma
ótica prospectiva, ou seja, não se deve focalizar o que a criança apren-
deu, mas sim o que ela está aprendendo. Em nossas práticas pedagó-
gicas, sempre procuramos prever em que tal ou qual aprendizado po-
derá ser útil àquela criança, não somente no momento em que é minis-
trado, mas para além dele. É um processo de transformação constante
na trajetória das crianças. As implicações desta relação entre ensino e
aprendizagem para o ensino escolar estão no fato de que este ensino
deve se concentrar no que a criança está aprendendo, e não no que já
aprendeu. Vygotsky firma está hipótese no seu conceito de zona de
desenvolvimento proximal (ZDP). (Creche Fiocruz, 2004)
As funções da linguagem
A linguagem egocêntrica
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criança precisasse falar para resolver um problema que, nós adultos, resolverí-
amos apenas no plano do pensamento / raciocínio.
Fonte: slideplayer.com.br
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perceber que seu discurso egocêntrico aumentará subitamente. Isso é impor-
tante para o cotidiano dos educadores, em que eles podem detectar possíveis
deficiências no processo de socialização da criança. (Ribeiro, 2005).
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9 SIGMUND FREUD
Fonte: filosofiapop.com.br
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Fonte: maesbrasileiras.com.br
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Fase Anal: período-2 a 4 anos aproximadamente.
Fonte: psicoloo001.blogspot.com.br
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Fonte: psicoaulas.blogspot.com.br
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Fonte: www.folhadecampolargo.com.br
Fonte: www.tipsmujer.com
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Características: Neste período, que tem início com a adolescência, há
uma retomada dos impulsos sexuais, o adolescente passa a buscar, em pessoas
fora do seu grupo familiar, um objeto de amor.
A adolescência é um período de mudanças no qual o jovem tem que ela-
borar a perda da identidade infantil e dos pais, da infância, para que gradativa-
mente possa assumir uma identidade adulta. Ele procura se diferenciar do outro,
ao mesmo tempo em que se procura se inserir num grupo com estilos e gostos
próprios. Ocorre a busca de uma identificação extra parental.
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BIBLIOGRAFIA
EIZIRIK, C,L; BASSOLS, A.M.S; GASTAUD, M.B E GOI, J. (2013) Noções bási-
cas sobre o funcionamento psíquico. Em: Eizirik, C, L: Bassols, A.M.S; (2013) O
Ciclo da Vida Humana: Uma Perspectiva Pscicodinâmica. Porto Alegre: Ar-
tmed.
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