ATOS FALHOS

CASO SIGNORELLI
Sigmund Freud
Daniela Trevisan Monteiro
Psicóloga
Pós-graduada em Psicologia Clínica
Pós-graduada em Criança e Adolescente em Situação de Risco (Unifra)
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia,
ênfase Psicologia da Saúde (UFSM
Esquecimento de nomes próprios:
Caso Signorelli
 I - Descrição do Caso Signorelli.
 II - Esclarecimento do fenômeno da falha
de memória por Freud.
 III - Mecanismo, processo, vias do
fenômeno da falha de memória.
 IV - Causas do fenômeno da falha de
memória.
I - O esquecimento do nome
Signorelli por Freud

 Herr doctor, se você pudesse o teria

salvo.
 Herr, assim não vale a pena viver.
I - O esquecimento do nome
Signorelli por Freud
 O nome que Freud tentava lembrar:
Signorelli

 Nome falado e imediatamente

reconhecido como errôneo: Botticelli –
Boltraffio.
II - Esclarecimento do fenômeno da falha de
memória por Freud

 Que influências conduziram ao

esquecimento do nome Signorelli que era
tão familiar a Freud?
 Quais as vias associativas que
conduziram à sua substituição pelos
nomes Botticelli e Boltraffio?
II - Esclarecimento do fenômeno da falha de
memória por Freud

 A razão do esquecimento não deve ser

buscada no próprio nome nem no
contexto em que ele se inseriu.

 Revela-se ser um caso de perturbação do

novo tema emergente pelo tema que o
antecedeu.
II - Esclarecimento do fenômeno da
falha de memória por Freud
Bósnia, Herzegovina e Herr

Sequência
Associativa

Signorelli, Botticelli - Boltraffio

II - Esclarecimento do fenômeno da
falha de memória por Freud

 A sequência de pensamentos sobre os

costumes dos turcos na Bósnia adquiriu a
capacidade de perturbar o pensamento
subsequente. Por quê?
II - Esclarecimento do fenômeno da
falha de memória por Freud
 Conversa sobre Turcos

 Notícia de Trafoi

 Boltraffio
II - Esclarecimento do fenômeno da
falha de memória por Freud
 Motivo: recalcado

 Não era o nome do artista que Freud

queria esquecer e sim outra coisa que
situou-se numa conexão associativa com
seu nome.
Recalque ou recalcamento

 Laplanche e Pontalis: Operação pela qual

o sujeito procura repelir ou manter no
inconsciente representações ligadas a
uma pulsão.
Recalque ou recalcamento
 1900: A interpretação dos sonhos –
recalque e defesa são utilizados em
comparação.
 Após 1900: O termo defesa tende a ser
menos utilizado por Freud.
 1915: “A sua essência consiste apenas no
fato de afastar e manter distância do
consciente.
Recalque ou recalcamento
 1926:
 Defesa deve designar de forma geral
todas as técnicas de que o ego se serve
nos seus conflitos.
 Recalque: um desses métodos de defesa
em particular.
Recalque ou recalcamento
 “A teoria do recalque é a pedra angular
em que se assenta todo o edifício da
psicanálise”.
 Foi como fato clínico que o recalque se
impôs desde os primeiros tratamentos dos
histéricos.
Recalque ou recalcamento
 Núcleo de cristalização

Marca do processo
primário

Defesa patológica
Recalque ou recalcamento
 O recalque é inicialmente descrito como
uma operação dinâmica que implica a
manutenção de um contra-investimento e
sempre suscetível de ser posto em causa
pela força do desejo inconsciente que
procura retornar a consciência.
Recalque ou recalcamento
 O recalque (1915):
 Recalque originário: interdita ao representante
psíquico da pulsão a entrada e admissão no
consciente.
 Recalque propriamente dito: processo duplo
(atração e repulsa).
 Retorno do recalcado: sintomas, sonhos, atos
falhos...
Recalque ou recalcamento
 O mecanismo de um recalque só se torna
acessível quando partimos de seus efeitos
e o deduzimos retroativamente.
 Retorno do recalcado

Formação substitutiva.
Recalque ou recalcamento
 Tópico

 Econômico

 Dinâmico
Recalque (ou recalcamento)
Originário ou Primário
 Origem das primeiras formações inconscientes.

 Teoria da cebola: noção de que algumas

camadas concêntricas se agrupariam ao redor
de um núcleo central. Para aproximar-se desse
núcleo seria preciso atravessar as camadas,
sendo a maior resistência, quanto mais próximo
ao centro.
Repressão
 Operação psíquica que tende a fazer
desaparecer da consciência um conteúdo
desagradável ou inoportuno: idéia, afeto...
Neste sentido, o recalque seria uma
modalidade especial da repressão.
 O conteúdo reprimido torna-se pré-
consciente e não inconsciente.
Deslocamento
 Laplache e Pontalis: Fato de a
importância, o interesse, a intensidade de
uma representação ser suscetível de se
destacar dela para passar a outras
representações originalmente pouco
intensas, ligadas à primeira por uma
cadeia associativa.
Deslocamento
 Energia de investimento: aumentada,
diminuída, deslocada, descarregada.
 Livre deslocamento.
 Processo primário: totalidade de energia
 Processo secundário: limitado. Pequenas
quantidades de energia.
Condensação
 Laplanche e Pontalis: Uma representação
única representa por si só várias cadeias
associativas, em cuja interseção ela se
encontra.
 Se realiza por diferentes meios.
 Não é mecanismo específico do sonho.
IV - Causas do fenômeno da falha de
memória.
 Nome esquecido: Signorelli
 Tema anterior: Pacientes (turcos) que
preferem a morte a impotência
 Conteúdo recalcado: a necessidade de
esquecer do suicídio de seu paciente
 Manifestação: Nomes substitutos
Bibliografia
 Dicionário de Psicanálise de Laplanche e
Pontalis: Recalque, Repressão,
Deslocamento e Condensação.
 E o texto do Freud: O esquecimento de
nomes próprios.