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DA PEDIATRIA À PSICANÁLISE 11'1

'apítulo XVI Antes da integração da personalidade,já lá está a agressividadc.' O bch


dá pontapés dentro do útero: não se pode dizer que ele esteja abrindo o cami-
nho para fora a pontapés. Um bebê de poucas semanas agita os braços: nã se
pode dizer que ele esteja querendo golpear. O bebê mastiga os mamilos c rn
suas gengivas: não se pode dizer que ele esteja pretendendo destruir ou ma-
ssividade em Relação ao chucar. Em suas origens, a agressividade é quase sinônimo de atividade: tra-
Desenvolvimento Emocional ta-se de uma função parcial.
São essa' funções parciais que aos poucos organizam-se na criança à
(1950-55) medida que esta se torna uma pessoa, transformando-se em agressividade.
Na doença o paciente apresenta atividades e agressividade não inteiramente
intencionais. A integração da personalidade não é alcançada num determi-
nado dia ou numa determinada época. Ela vem e vai, e mesmo quando alcan-
çada em alto grau pode ser perdida devido a uma situação ambiental adversa.
Ainda assim, o comportamento intencional surge em algum momento,
I quando há saúde. Na medida em que um comportamento é proposital, a
Contribuição a um simpósio! agressividade é intencional. Surge aqui imediatamente a fonte da agressivi-
dade - a experiência instintiva. A agressividade faz parte da expressão pri-
11 11 I I N IHAI. por trás deste estudo da agressividade
é a de que, se a so- mitiva de amor. Cabe aqui uma descrição do problema em termos de
I \1 \ 11 'unira-se
em perigo, não é por causa da agressividade do ho- oralidade, visto que estou examinando os primeiros impulsos do amor.
111, 1111I '111 .onscqüência da repressão da agressividade pessoal nos in- O erotismo oral atrai para si componentes agressivos, e na saúde é o-
I 1111 , amor oral que leva consigo a base para a parte maior da agressividade real-
lu
\11 da psicologia da agressividade coloca uma forte pressão sobre ou seja, a agressividade deliberada do indivíduo, sentida como tal pelos que
I I 1111 U P Ia seguinte razão: numa psicologia total, ser roubado é o mes- estão à sua volta.
1" 1011111I', • é tão agressivo quanto. Ser fraco é tão agressivo quanto o Todas as experiências são tanto fisicas quanto não- fisicas. As idéias acom-
I1 111 11111' ao fraco. Assassinato e suicídio são fundamentalmente a panham e enriquecem as funções corporais, e estas acompanham e real iZ(/I/I'
01 I, E o mais difícil de tudo isso, possuir é tão agressivo quanto a ideação. É preciso dizer também a respeito do somatório de idéias 111('11111
".'dl,r.r'ollc VII' izmcntc. Na verdade, o possuir e o apossar-se formam uma rias que este gradualmente divide-se numa parte que pennanec Hl'l' 11'1'11

I oló i 'a, cada qual ficando incompleto sem o outro. Isto não im- consciência, uma parte que só está acessível à consciência em c 'Itlll 11111111
I 'I. I lU possuir e adquirir sejam bons ou maus. tâncias, e uma parte que se encontra no inconsciente reprimido, 111\1 ,

1111, iderações dolorosas, pois dirigem a nossa atenção para devido a afetos intoleráveis.
11 ocultas dentro do que é cialmente aceito na atualidad . Estou consciente de que desta forma misturei s 1"111 11111111 1111'&1"' •• "
I Iv l uumt -las fora d um stud da agressividade. Ao mos- vidade manifesta e do impulso agressivo. No entanto, illlt 1'1" 111111
II I li' I () estud da 11'I' li. ividud \ real deve ser o estud das ser estudado sem o outro. Nenhum ato de agres: \I 1'1111 I l'IIII1I'''.lntl'.tt
I 1111 I ., lvu, em sua totalidade como um fenômeno isolado I" I ,liI 1 IU~IIJ~•••••
ato de uma criança implica na considerar ti dll 111

AlulIllIll\llll' 111 VhWIIIII'1 11 Id, 1111\ <111111111 Ild'lIl I


I 11\11I1111.1111I11 pn ",I< vh !tll\. '11111
D.w. WINNICOTT DA PEDIATRIA A PSICANÁLISE , 'li

11I\l1~'1I 111 seu ambiente, com adultos que dela cuidam. excitado in iui um ataque imaginário ao corpo da mãe. Aqui vem aa li' l;.

uuuurkludc da criança de acordo com sua idade cronológica e emocional. sividade c m fazendo parte do amor.'
A '1111111,\11 que, apesar de madura de acordo com sua idade, carrega dentro de Podem s encontrar um certo grau desse fenômeno como uma diss cia-
I lodos os graus de imaturidade, indo até o estágio mais primitivo. ção entre aspectos calmos.e excitados da personalidade, levando uma criança
A crlunça enquanto pessoa doente, com fixações em níveis imaturos. geralment H fctuosa a agir como se 'nem parecesse a mesma', agredindo peso
A -riança em seu estado emocional relativamente desorganizado, ainda su- soas qu Ia ama e não se sentindo inteiramente responsável por seus ato .
.I ·iw mais ou menos facilmente à regressão e a recuperar-se espontaneamen- e a agr s ividade é perdida nesse estágio do desenvolvimento emoci •
I . da regressão. nal, ocorre t mbém a perda de uma parte da capacidade de amar, ou seja, d
relacionar-se com objetos,
,I Igl' issividade em seus vários estágios
Seria útil se pudéssemos começar no início da vida individual, mas ali Estágio do concernimento
ou ontraremos muitas coisas ainda não conhecidas inteiramente. Um estudo Chegamos agora à fase descrita por Melanie Klein como 'posição de-
l 01111 I to acompanharia os passos da agressividade nos seus vários modos pressiva' no desenvolvimento emocional. Para os meus propósitos, eu a cha-
ti manifestação em cada estágio do desenvolvimento do ego: marei de 'estágio do concernimento'. A integração do ego já alcançou um
grau em que o indivíduo pode perceber a personalidade da figura materna,
Pré-integração
Inicial· { isto é tremendamente importante, pois tem como conseqüência o sentimento
Propósito sem piedade
de concernimento quanto aos resultados de suas experiências instintiva ,
tanto físicas quanto ideativas.
Integração
O estágio do concernimento traz consigo a capacidade de sentir culp ,
Intermediária • Propósito com piedade
{ Isto leva à transformação de wna parte da agressividade em fenômenos clíni-
Culpa
cos, tais como o sofrimento ou o sentimento de culpa, ou um equivalente fi i 'o
como o vômito, A culpa refere-se ao dano que a criança imagina haver üu I-
Relações interpessoais
JlCI'S nalidade total • Situações triangulares etc. do à pessoa amada nos momentos do relacionamento excitado. No l'ld
{ possível à criança dar conta da culpa, e com a ajuda de uma rnã vlvn I1I 11II1
Conflitos, conscientes e inconscientes
(que incorpora um fator temporal) torna-se capaz de descobrir 1111\lI " 111
() qu \ pretendo neste momento é desenvolver a segunda dessas fases, a soal por dar e construir e reparar. Assim, uma boa parte da a I' 11111 h 111111
1111('1111 diária.' forma-se em funções sociais, e é desta forma que ela se mnn fi I1 11 11111
abandonada (quando não há quem aceite uma oferenda 0111 (1111111 1111111 I
( ) 11/'11 ('()IIC' irnimento tativa de reparação), essa transformação quebra e. (111' dllll I I
1',' 11i\('ll ,(II'io descrever o estágio teórico da ausência de concerniment
atividade social não pode ser satisfatoria anã , 'I' '1111111111 11\ I I
timento de culpa pessoal a respeito da agrcss 1 v (~I
11111111111 (pod dizer que a criança existe como uma pessoa e tem propósitos,
11111 11 11(( 1\1 1111<100 ncerniment quant fi s resultados." Ela ainda não c n·
11\ 11111111"11111111 o Itll de qu li 111 I str iquando excitada é m SI
Raiva
111 I 1\" 111 VlIlllI'izlI n '11'11 1111 I v til ntr as excitaçõe ,. LI (lI )1

11111111 11111
1111111111 lN I I
D, W. WINNICOTT
DA PEDIATRIA À PSICANÁLISE 'I I

1,\ 111111 111111 di 'ol mia: 1. Impulsos agressivos inocentes


Na saúde, o interesse da criança é dirigido tanto à realidade cxt '111 I
tlll I l!tl 111 1111 11111111'.. ' • Impulsos agressivos provocadores de culpa
quanto ao mundo interno, existindo sempre várias pontes entre um (11110
111111111 111 1IIIIIdll, /\ trustração age como um elemento sedutor que leva
(sonhos, brincadeiras etc.) Na doença a criança reorganiza por vezes s SL'II
" 11 111 ti 11 I IdplI, • prum ve um mecanismo de defesa que consiste em se-
relacionamentos de modo a concentrar o que é bom no mundo interno c I 1'0
I 11 11 11 1111111 I 11( IdlO 'Illi',ê-Ios agirem em direções diferentes, Se a cisão dos
jetar para ~ ra que é ruim. Ela agora vive em seu mundo interno, e é pOH
11111 111 111111111111'11111111 realmente ocorre, o sentimento de culpa é atenuado,
sível dizer IU() 'C tornou introvertida (ou melhor, patologicamente introv 'r·
1111 1111 I 1IIIIIIl'IISII~'jl() o amor perde uma parte de seu valioso componente
tida).
I " \ 11 odio torna-se mais explosivo.
Ao rc: tab lecer-se da introversão patológica, a criança volta areia io·
nar-se com mundo externo, que para ela está cheio de perseguidores, e 17 ss-
"'\"/III"II!O do mundo interno se ponto de seu restab I imento a criança torna-se geralmente agressiv /,
I 1i li' JlIIIIIO '111 diante a psicologia do bebê torna-se mais complicada. Esta é uma importante fonte de comportamento agressivo. Quando acontc '
I 111111' 11 l'III1\L1yU a preocupar-se não apenas com os efeitos de seus impul- de os ataques defensivos da criança serem mal administrados pelos que dela
11 11ti 11I' fll 111 111 " mas passa também a perceber os resultados de suas expe- cuidam durante o período de seu restabelecimento da introversão, a crian ti
facilmente escorrega de volta para a introversão. Fora dos casos de doença,
1\1 111 111 1'111 Nl'lI próprio eu. A satisfação do impulso faz com que ela se sinta
esse fenômeno pode ser constatado em algum grau no dia-a-dia de qualquer'
111 111. I' I, 111 vriu c sustenta a sua confiança em si própria e no que ela poderá
criança pequena, não sendo esta uma descrição apenas teórica, Todo indivl-
I 1" 1111 dli vida. 1\ mesmo tempo ela terá de reconhecer os seus ataques de
duo sente-se vulnerável ao retomar de um período de concentração em ai u-
111" I 1,111\ üm ti quais ela se sente repleta de coisas ruins ou malignas ou
ma atividade pessoal.
1" I 1'1111"11'1 IH. Es as coisas ou forças más, encontrando-se dentro dela, criam
Lembremo-nos de que na infância do ser humano a distinção entr o
11111 I 11111'11\'11 li I artir do interior à sua pessoa e também às coisas boas que for-
subjetivo e o objetivo é algo que ocorre apenas pouco a pouco. Ao pr ~ tu I'
111 1111 1\111, l' I sua confiança na vida.
suas experiências internas, a criança parece estar delirando loucam I t ,
~~I' , '1\\ irncnto ela dá início à tarefa de administrar o seu mundo inter-
Mesmo a criança saudável de dois ou três anos acorda de vez em quando
1111, 11111'111 'I li' lurará a vida inteira. O fato é que esta tarefa não pode ser ini-
noite, sentindo-se dentro de um mundo que (do nosso ponto de vista) () li 1i
1IIIdll 1111l'S que a criança esteja bem alojada no interior de seu corpo, e con- mundo interno, não a realidade externa que compartilhamos con 111, I 1\
I qlli'lIll'llIl'I\I' em condições de perceber a diferença entre o que está dentro rante o dia as crianças pequenas deliram quando brincam, e nã 1'111'(1 11 1111
I 11 '1" 'I'. I: fora de si mesma, e entre o que é real e o que é fruto de sua fanta- trarmos crianças vivendo prioritariamente em seu mundo int I'IHI, 1111 111 .I,
111 /\. 1111 uchninistração do mundo externo dependerá da administração do darem a impressão de viver no mundo que pertence a L I 111'1 I I" 11 \I ,
1111111111111111'11\0. necessariamente patológico, mas ao lidarmos com Lais 'I 111\ I 11111 ti
I li envolvem- c então diversos mecanismos de defesa extremamente mos esperar muito pela presença da lógica, a qual fi !t1'111I1 I 11,,"1111
I 111111'11 111, 111'1 qunis teriam de ser examinados em qualquer tentativa de mundo externo ou compartilhado. Mesmo uma /,1'111"1 1111111 tllI I "til
I 1111" 111 1'11111'1 11 qu Htão da agressividade numa criança que tenha alcançado mais alcança a capacidade de ser confiavel m fi "li I 11 11 I I 111 I 111
I 11111 11 do ti '14 'IW lvimento emocional. Será impossível aqui fazer mostram mais confiáveis em sua objetividmk 11 1111111 1"" 1111 II
1111/ "111\111 1'lIlll1ll'I'III'I\I Lll1sdosmodospelosquaisessapartedapsicologia comparavelmente distantes das riqueza li 11111111111111111 111

111111111111 1I II'v 11111' purn nosso tema. Há mais três exemplos de com 0111111/111"111 I"d I

1111/111111 IIIIIIVI!', li stariadede creveroprocesso de saída ln in- seumundointernoexplicaocom 1111111111" I I 1

111 I 111 I1 I 111 uma ~ nte C 111 1111 in portante da ares jvi IlIdl, ma criança que tcnl a alcanç HIIIIIIIII 1111 I
(lI alidndo d ,rI' nta-s vv». S ('111111 I' 11 W~ltIillfl"IIl"
"11I""11'.111 1I,IIIhl "I ,til ,"1111 1111111',1'111VII di 111111111111111'(111 /)
I idod di I 111111111' 11111'1 ti 11111 1111/ I
11111'11111111 1111/111111 111111111111111111111 11
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DA PEDIATRIA À PSICANÁLISE 295

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rlu 1\11\01111':1.oisa. Podemos dizer que no interior da criança passa a existir parte uma ligeira agressividade na r0111111 til' desnrrumação, desleixo, irrita-
ção e falta de perseverança constru ti VII,
1'111o um .srad "fixo do casal parental em plena briga, e uma grande quanti-
d 111'ti' mcrgia passa a ser dirigida para o controle do relacionamento ruim Na saúde o indivíduo pode guardm 111111"""1' d -ntr de si, para u á-Ia
contra forças externas que ameaçam u q:u I II 11111'11 VIIIioso. A a re .sividad
1111ruulizado. Clinicamente, a criança mostra-se cansada, deprimida, ou fi-
tem, nesse caso, um valor social. sse vulru dltdll Jll'lltllIlod 'uqui, rn c n-
k 1111mtc doente. Nos momentos em que o relacionamento ruim internali-
trastecomaagressividademanía nOlII" 1111111\1 1\1 "1111' ervudu a objctivi-
"11<10torna o poder, a criança comporta-se como se estivesse 'possuída'
dade, e assim o inimigo pode s r (\1111111111I111 de .sf rços.
11111111111111111111
pios pais que brigam. Ela age de modo compulsivamente agressivo, desa-
Trata-se de um inimigo que, para S(\I 11111 "d" 111\1111111I 11 1'111I111Hlo.
I'l'IIdável, 'irracional', delirante. I
Uma outra possibilidade é a de que a criança que introjetou o casal em
Resumo
bri 'a provoque periodicamente brigas entre os que estão à sua volta, usando
III! O a maldade real que está fora como uma projeção do que era ruim inte- O que acabo de apresentard 1('II\llljlll\'lllI 11111"1\1111111)11 vldn
riormente, Nestes casos não é raro acontecerem momentos de loucura, com de e o que chamei de estágio in/I',I"'I''!I'''I,' tllI ti 11 ul 1111I1\11111111111111111.
V rdadeiras alucinações de vozes ou pessoas brigando. Esseestágioprecedeapessoa/o/III,IIIIII liI 1 11 Itlllllllllllll 11111'1111I111
Na administração de seu mundo interno, a criança tenta preservar ali o suas situações triangulares d 'Ollll'h I1ti, I dll'l I111 .111,11111'/"1/11
qu ' é sentido por ela como benigno, e em certos momentos sente que seria cial da ausência de concernim 1111 I1 I I 11111I 1\\\ I1 .I, 1"111"1
bom liminar alguma coisa ruim. (Isto equivale à idéia do bode expiatório.) tos e à integração da personalld Itll
linicamente surge uma dramatização da expulsão do que é ruim, e a A agressividade pertenc 1\11 111' I I 111111
'I lança então dá pontapés, cospe, emite gases etc. Pode ocorrer também que conhecida da geração atual 011I I .111 1I ti .11\
-ln s ,t me sujeita a acidentes freqüentes, ou que haja uma tentativa de suicí- Outras fontes importa I I ti 1 1/'1 I I \ 1
dio c m o objetivo de destruir o que há de ruim em seu interior. Na fanta- primitivos no desenvolvin '11111 dll I 11\11111
ill total do suicídio, a criança deverá sobreviver depois que os elementos neados na próxima part d li 111111111111
ruin: S destruídos. Mas a sobrevivência pode não acontecer.
A administração dos fenômenos do mundo interno, que para a criança 11
111\ullzn-sc na barriga (ou na cabeça etc.), torna-se por vezes tão difícil que I 11
I 111 P • '111ação um controle total- em que a conseqüência clínica é um hu-
111111 dL'[ll' 'ssiv . Isto leva a um estado intolerável de morte interna. Pode
11111111'1'\'111 o um quadro maníaco complementar. Nesse estado a vivacidade
111111111111111 int rno toma conta e impulsiona a criança, que pode tornar-se vio-
li 1111111111111'11'1''sfliva sem que haja um estímulo externo claramente percep-
11 I I I' 111lil/'! S d mania não representam o mesmo que a assim chamada
di I 1111\111 1111('1\,
lln qual se dá a negação da morte interna por uma atividade
\1111\1"ti (1111 hu chnmada defesa maníaca contra a depressão, ver M. 1 I in),
11111''11\1111ln cllu] '1\da d fesa maníaca não é uma explosão de a I'. ivi
I I 1111 11111I IlIdtl ti' O 'itação ansi sa l11L1m,hipornania, da qu ti III~

1111111111111'
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11 VI 111111'I I1 11111'11!l1I111I/\ 1",11 111JAII:,I

"'11 1111111111\11 dI' 1'( 111110,os kllIHIII'IIII, '} l'IIIIIIil111(1(lpilllllll.lO (' intra-uterina.e que persiste na iníâncin ( 'HO lon 'olk 11)(111 I vid.t),1 1.11li' 1111I
111111 11\111111 11111 dl'Vld,1 "II'OIlIlIS(\Oque rcsultn lk 11,() o Iazcnuos. Isto atividade inerente à experiência instintiva propriarnent 'dilll'? I )(0\11'11111 I 1.1 I1I
I" 1111I 11111IIIIIIl'IIIl'Il'IIdo '111vista o [alo de que o impulso de am r primi- car tal atividade de elemento do id ou do ego? Ou t lvcz Iossc 111,,111111 11 11.\11\
I1 11111'1I111111111'r °
Ii'1)'io 111que cgo está apenas começando a desenvolver-se, idéia de uma fase de indiferenciação id-ego (Hartmann, 1952), ti 'ixlllld\) d, 111"I
'111111111111 111\'l'III~'llo, por cx mplo, ainda não é um fato estabelecido. Existe a tentativa de classificar a motilidade, visto ser ela anterior à dilcrcru-l I, 11l'J
11111 11111111 plllllllivo CII1funcionamento num período em que não é possível É preciso que cada bebê injete o máximo demotilidade prirnií iV1I11I I
IllIdll I 111'11I~'Ili dn responsabilidade. Nessa etapa não há ainda nem mesmo a periências do ido Neste ponto mostra-se verdadeira a idéia de q u ' o 11l'IHIHI
111I 111111de cone irnirnento. Trata-se de uma era em que, se a destruição é par- cisa da frustração promovida pela realidade - pois se a experi n 'i/l dll ti
I1 IIt1111'11'1 IVI)do impulso do id, sua presença ali é meramente incidental à sa- fosse completa e sem obstáculo algum, ocorreria a frustraçã dessn 111111 I
II' I I, 111,A ti istruição torna-se uma responsabilidade do ego, quando este já parte derivada da raiz motora (Riviere, 1936).
I 111111')',I'lIdo organizado a ponto de existir a raiva e, conseqüentemente, o No padrão das experiências do id de cada bebê, estão incluídos I 1'"1
1111111I I retaliação, Quanto mais cedo detectarmos a presença de raiva e medo, cento de motilidade primitiva. Restam 100 -x por cento para serem usado (h
IHldl'1''IIIOS reconhecer também a presença daqueles dois desenvolvimentos outros modos - e deve ser esta a razão da ampla diferença existent entr II
do ")'0 untes dos quais não faz sentido falarmos de sentimentos de raiva no in- vários indivíduos quanto à sua agressividade. Aqui estaria também a Oril'('11i
divlduo. de uma determinada forma de masoquismo (ver adiante). Seria útil, I ( 11111
() ódi é um fenômeno relativamente sofisticado e não se pode afirmar to, examinarmos os padrões que se desenvolvem ao redor do fenôm 'IHI d I
tllll' , ista nesses estágios iniciais, Torna-se necessário, portanto, examinar motilidade (Marty et Fain, 1955).
I IIl'rcssividade para além da reação agressiva que inevitavelmente acompa- Num dos padrões o ambiente é constantemente descoberto e redes ohcuu
1I11II() impulso do id, devida ao fracasso da experiência do id decorrente do a partir da motilidade. Aqui, cada experiência no contexto do narcisismo pll
11111 .ionarnento do princípio da realidade. mário cnfatiza fat d qLI' indivídu stá s de envolvendonoc nll'O,I'11
S 'ria melhor dizer, então, que os impulsos do amor primitivo (id) têm contat 0111o :11111 i '111' \ IIlIlfI ('li crt! nela do indivíduo (em seu estado d'
11111 aspecto destrutivo, embora não haja na criança a intenção de destruir, ego-id indií '1'l'1Ililldos, ti IrÍl\ '(pio). Num .cgundo padrão, o ambi 'nll' 111I
Vlslo que o impulso pertence a uma etapa anterior ao concernimento. põe-se ao feto oulll'h), lllllV'l'.d'llmasériedeexperiênciasindivid\lIlI.,11
A partir deste postulado, é possível avançar em direção à questão da raiz mos uma éric d - /,,' 1/,'1)",1' I lntrnsiio. Aqui, portanto, desenv 1Vi': ( 111111
.lo vlcmcnto destrutivo contido no impulso de amor primitivo (id). retirada em diroç o qltil'llldl',\lld'a ituaçãoemqueaexistêncinilldlvtllldl
Pura simplificar as coisas, a variável trauma do nascimento pode ser dei- possível. A Il10lilid ItI" lI, 111'01'0,parte da experiência da reaçr O t) lillltl 111
IIdn de lado, e tomaremos então como certo que houve um nascimento nor- Nwn t r' -11'0Jlldl' )11, l' tremo, este último fenôrnen '11)11'111111111111
111111 ou não-traumático. Nascimento 'normal', aqui, significa que o bebê o tal grau que jt\ 1\ )0"" I1 nem m smo um lugar para a tran l!lilld IIIt '11111" I
IH'ICl'! 'como sendo o resultado de seu próprio esforço. Não ocorreram nem mite a exist lIl'ill 111111 vidual, c a conseqüência é a de urna iitlh 11111 11I 11ItI 101
«Iuuucnt nem precipitação (ver Capo XIV). doestadod I11111.1..1110primário de transformar-s 'i1111111IIIIIIItlIIII () IlItll
As ixpcriências primitivas do id trazem consigo elementos que são no- víduo' desenvolvo ,,' então mais como uma I 'IIH li dll I I I I '1'1 1111111
11' 11111'11 () bebê, pois a crise instintiva será composta de um período prepara- uma extenst o dll 1IIIl'I'O, ou seja, como lima 'xl \11, 1\d'l 1IIIIItlI1111 11 I 111
1111 !tI, 11I111'lfmax e um período seguinte a algum grau de satisfação. Cada O que resta dOIIIll' 1"0 p .rrnanece oculto, por VI" I' I 1'"11111 ti, 1\" I I\I 1111
11111 I di ,IIS três fases acarreta problemas para o bebê. trado nem 1111'.11111 utrnvés da mais pr Iundn IllIdl" (, 1/1011ItllllI 1I 1111
Ijl" 1\(urcfa é a de examinar a pré-história do elemento agressivo (destruti- existe porn o scrcncuntrado.Civeui d'il'O"111 1111111\111' \'111111\11111'1111
I I( \I 1111'11111'\1 'ti o) nas experiências iniciais do idoTemos em mãos certos ele- temos de li 1(\1'cliuicrun .nte é um complexo /It!\/I' /11 1111I 111 111111111111 I 11
1111 I '1111tll\llll1I I elo menos dos albores do movimento fetal- ou seja, a verdadeir '(I 'i-> .ondklo. O falso eu pr dl'l' 1111111111111'1111111111 111 111!t1
I 111ti "li \1 Il'dito que devemos acrescentar a isto um elemento correspon- niacom a socicdad .. IIIIISa falta de UIl1I'11\ I IlIlIdl 1111.1\,11111111/1111 11111.111111
I I 1111111 1'1111II Iv srtcntc sensória. P I ria essa motilidade que data da vida da que se t ma mais 'vidente quanto rn.uo: 1111111111'.11111 dll 11\1Ili ItI 1111
1I W WII 111111111 liA 111IIIAIIJII ' 11di IIAII'II
li'

1" 1\ 1" 111 ti 111111 Ildllllllll Âqlll'ixadopll'II·"II' dc um scntiun-ulu 11111111\It 111/111111111111111


I I 1111
11ItlllI 11 I
1111111 11111'11111111(11111)'111'(10que chamamo saúde, Depende, para a
111 I '11111 111,tllI 11111'r Itlll'1 '1\1 .rncnte boa, cujo amor se expressa (inicial-
" 111 I 111[1111111'11'II'wl(il\'vitavelmente).Amãeseguraobebê(noútero,
11111'1111 I 1I1111Vl', do umor (identificação) sabe de que maneira adaptar-se
I 1\1I I 11111111til', ,'lIl' '0. Nestas condições, e somente nestas condições, o
IlIdl 11111111"1111'
I'Il1lll'\'ill' a cxi tir, começar a existir para viver experiências
ItI ItI I 11' d, 111'. I 1III'IIWd para a introdução máxima da motilidade nas ex-
I' 11 111I I dll ItI, () '()ITC a fusão entre o x por cento do potencial de motilida-
ti 111'"1' 111I tll'róli 'o (sendo que x é quantitativamente elevado). Ainda
I 1111111li' 111,11(1I no", por cento do potencial demotilidade deixado fora da
1I '",111 IIldlldisponfvelparaserusadocomobjetivospuramentemotores.
I' 1"11 I 111 -mbrar que a fusão toma possíveis experiências que nada têm
" I', I I "111;:roStllS do oposição (reações à frustração). Aquilo que irá se fundir
i 'o
1111111"1111111(\1'<'11 6 satisfeito pela gratificação instintiva. Por contraste, os
1I111 \ 1"11 1'1'111,)de motilidade precisam
encontrar oposição ..
não fundidos
I 111I1 111111li '1111'I'OSseiros direi que essa parte da motilidade precisa de algo
1'11/ 01 "II/IIII'I'rl/', 'ns contrário permanecerá sem experiências e constituirá
1111I 11111
II~ I pnrn o bem-estar. Na saúde, porém, por definição, o indivíduo
1111111'"1.'l'I' ti ' buscar a oposição adequada.
~II 1'lIlulo' I reeiro padrões é apenas através da intrusão ambiental
1"1 111111"1111ti ti' motilidade toma-se matéria de experiência. Aqui, esta-
I ItI dl,llIll 1111110\'1\a. Em maior ou menor grau o indivíduo precisa da opo-
111 I uuu-nlc quando a sofre é que ele encontra a importante raiz da
1IIIIIIIId 11" I 10 pode ser satisfatório enquanto o ambiente intromete-se de
III"d" '"11 I 1i 1I1l', mas:

11111111IIIIII11i .ntal não pode parar.


111111111d -ve t 'r um padrão que lhe seja próprio, caso contrário o caos se
11111111I o uulivldu não tem como desenvolver um padrão que seja seu,
I 11111111'111111'111
d P mdência, fora da qual o indivíduo não consegue crescer.
1111111111111111111'1110
iional torna-se Lima característica essencial do padrão
I I I 1111111I 11'(I I' Iremos, em que o verdadeiro eu está oculto. Nestes casos
111 11111
1111IlIdllllllllo 'stÁ f ra do ai UIl e enquanto defesa prirnitivaj.i

1111111
'1111111
I 11111\ti 1111'1110
tllIS Il'OpO 1\11\ wlnnlccuianas, sugiro que a tradução de
111111111+111111
11111'1,/11111 o 'O 1\11111'111\ I' \ hvlll 'futilidade'. N.T.
1111 111 +I, 11\ 111111 111\Il(Il'~oilltlldllill 11111111 integrante de movimento radi 'nl
11 1"111111 111'111111 lil WIIIlIIt 11111111 1111'111 limo rcspostn sutil e contuurl nt
I I1\ 111111111+111'1"1 11IIll1Vltill 11111 1111 I IlIlill' 'h\lss' IlInlOSadesões' N,'!',
11 l'II>lI\I"'IA 1,,,1AIIAII'.\ \111
II,W WIIIIIII I 11

(~neC'SS'III()II"itar 1:11011,11111,111111111111111:1111'111111\1" 111111 dllll 11,


1I I 111111I 1111I \ 1I111111~
\0 li' que rnuitu 'lIislI 1\.ont cc anil'. do pri-
d 'ljlll'l' 111111101'011111111
de que mesmo IUI saúde ela p 'nlllll\\ I I 1111111111'11'11,1
11\ 1111111111111/1 organização
11\1 111111\11('11 do ego seja imatura. O .omat rio encontrarmos uma grande quantul Idl di "1'1\", IVllllld '111I0I'illlllidlll'llI\l1'11
11 I' 111111111
11111111111.
contri] ui para a capacidade do indivíduo de come- cando a patologia de um indivlduo ('1111111111 iNI\,
11 I 111I1 1I11I I'. li I id .ntiflcação priruária, rejeitar a casca e tomar-se o Na análise, se tudo isto é verdade. IldlllllOI-l '0111'XI r ss s dist il\llI, du
1111I 11 II IlIlIhil'll\l' Hllli .icntcrnente bom torna possível esse desenvolvi- componentes agressivo e erótico, c os 11111111 'IIIOS separados para o PlIl'IlllIll
1\1 1\1111IIIIIIIdllll unbicnto inicial é suficientemente bom, e somente então, que, na transferência, não pode realizar u 1'1ISio dos di. No disrúrbios 11111,
1"111111111111Illl'.'ludurapsicologiainicialdoindivíduohumano,poisa graves, que derivam de falhas na época da fusão, o relacionamento (\0 1'11

''''11 " I/li" ti , 1111


h/I '11(C! / nha sido suficientemente bom, o ser humano não ciente com o analista é alternadamente erótico e agressivo. É por slll nW,lIl
111"/" I ,/I/,'II'III'i,Il' se, ' não poderá então ser estudado em termos de uma que afirmo ser mais fácil o analista sentir-se cansado pelo segundo Iij10 111'
I' 111/11I'/oI,t" nannalidade. Quando o indivíduo existe, porém, torna-se relação parcial.
jllI I I I dl:(11' qUl' 11111 caminho central pelo qual o ego e o id, agora diferen- A conclusão imediata a extrair desta formulação é a de que nos 'sI I'io
Ildll ,111111111111111 relacionamento, e conservam esse relacionamento ape- iniciais, quando o Eu e o Não-eu estão se constituindo, o compon 111 111'1'('
sivo é o que irá, geralmente, conduzir o indivíduo rumo a um bj '10 ou 1\1111
11dll dllll'llIlIlId 'S devidas ao funcionamento do princípio da realidade, é o
Não-eu que ele sentirá como externos. As experiências crót i ·OS POd"1I1
I 11111111111
.lu IIIS (I de uma elevada proporção do potencial de motilidade pri-
completar-se enquanto o objeto é subjetivamente concebid li 'ri(l,!!1 j1 '111
11111111 pol .ncial erótico.
\ 1111111
própria pessoa, ou enquanto o indivíduo encontra-s I r xiruo do ,'Nllldo 11\I
1I1 1111/11
isll) derivam outras idéias que dizem respeito à natureza externa
císico de identificaçã primária d un a u:q n :tlll 'riol'.
dll Ili" 111" I ':sl ' assunto será discutido na terceira parte do trabalho.
A XI ri'Il'io'l'<Í\i'opo(\'N'r'olllpil'lldIlIHlI'qlldqlll'I\11 1'1111111111
o i1111ul,o 1('111\'(\,'I \tI 11111111"'11 'plllllllllllll ',1\11 1111111111\lldll
lU cita !olm'dll"lld.1111I1I1I1 Illdll\lllll 11111 111\111111111111 llillll 1111
dos por \1111I" "111111di 1111IIIi 111di di 11111111\111I 1\ 111 I 1"111 ti 11
A natureza externa dos objetos'
margem li liW IIld 11" di d I I li 11111111 1111 11I1t1l11111 111dll 11111111 1111111 11
criado pelo d', 1'1") 1'11111111111111111 11 11\1111111 Ij 11 I 11 11111"11111111111
~~IIJlI 11i('11psi analítica, quando a análise já percorreu um longo cami-
nam nenhumn e: IlIliI 11111 111111111111111 111 11111111\111\1
I11111111\111111,1111assa a ter um ponto de observação privilegiado sobre os fe-
oposição d 'v' 11I11'11111111111111111 111 11 1" I I 1111\111111
1111dll Ik·s mvolvimento emocional.
11111\11
distinguind 10/"/1 I I I 11 I I I 11111111
11'11111
Il1lllpO atrás fui surpreendido pela idéia, decorrente do meu tra-
dos que parti ijuun ti 11I 111111 111111111111 li I
11111111111111111,de qu quando o paciente está em busca da raiz agressiva de
tureza difer 1111'd 11\111" I 1\11111
111 ti 1111uuuivn a tarefa do analista é mais cansativa, de um modo ou de
Os paci '1111' 111111 111 1111 1 1"1 I
1111111dll ,\111,I' I bu ca do paciente é pela raiz erótica.
menos des-Juudulu ) \11 1IltltI I 11111110 I I
I' 111111,I' iru .diatamente que o material a que me refiro neste mo- riências eróticru 1111111111111
di 1IIIIdld 1 I 1111
11111111 d 11 1"'1111II idéia de 'des-fusão'. Costumamos assumir que no in-
proporciona \11111111UI \11di I 1I11111dI 111
li ,11111Illdll 1,1111'1li 111a fusão dos c mp nentes agressivo e erótico, mas
agressividado ('111111111111'1"11111111
11111\1
\I 11
"1111111111/
Id '1'1\111saeraanteri rll fu ão e o processo da fusão sufi-
ção de realidruh li I I 11\111111
11\
11 111111 1'1It11"llliv s. Muitas v 'Z 'fi [1 reditamos que a fusão é um
Éverdade que nü 1111111'111111111
IlIljlllll
\I 111111111111\',1,1'
jluS!-Ium Sa discutir inutilmente assim que deixamos
oposição S lil 11111'
I'~III 1111I 11'1111I \111111
I
I I1 " I 11111111'11111111'111
dit .
nos movim '111111111111111 111 dll \ 11111111 11 1111
tra-uterina, '111101111111111111111111111111\111111111
Ii I I
1 I 1I1I1"1j1l1
jlli Iltlll til I' IUtlllH1'111111111111\1111
ti, 19 4,
D, W WIIIIIII 1111 lIA A I'lil(.ANÁII"I
1lAI 'I I liA11 1//1

1111111 1"lltI,j/I~11I 1,1111111'IIS, ol!ucindicUllllllllOvil1lentodevaiv"1l1 ill- dcrá ser ncontrado nos impulsos do feto, ou seja, uaquilo li 11I' 1i VIIII 11111I
1111111111'1111 1I\lilv'I),l\p'sardc tas considcraç cs,nãoépo ivcl dizcr mover-se em vez de ficar quieto: a vitalidade dos t id s 'os pl'ÍlIll'lllll IlIdl
'1" 1111
di VIIII '1110normal a oposição externa traz consigo o desenvol-
11\111 cios de erotismo muscular. Precisamos aqui de um terrn scmclh 11111'1'1111
1111111111
dll IIIIPltl:-HI "1'1' 'ssivo? ça vital'.
normal,
1111111111111'1110 a oposição encontrada proporciona um tipo de Não há dúvida de que o potencial de força vital de um fel 611l1iÍS0/1111'
I 111111111I I qlll'llí'llIO esforço uma qualidade de 'ponta-cabeça'. Ainda que o nos o mesmo, tal qual o potencial erótico do bebê. A compl i a é o I' 'si Iv 1'111
I' 11111
11111.\'11 N~'llIpl'C normal, o que acarreta enormes complicações, e ape- que a quantidade do potencial agressivo do bebê depende da quanlidnde dl
,11di \I 11I,' 'illl 'lIl0 dar-se por vezes pelas nádegas e não pela cabeça, creio oposição que ele terá encontrado. Dizendo de outro modo, a p si <,:1
() 111'111I
ti 111I 11'111111
'lIl 'válido associar o puro esforço a um modo de relacionar-se conversão da força vital em potencial de agressividade. Mais ainda, () , \'\"1
I 11111
I \lp", i,': o '111que a cabeça se projeta para diante. É possível testar esta so de oposição cria complicações que tomam impossível ao in livlduo, dI)
1111I I 111101
)SCI'Véll'mOSbebês tentando mamar - de acordo com a minha teo- tado de um potencial de agressividade, realizar sua fusão c mo pol 'lI\'illl
1111,
,Iilll IIH)/'Is{vcl ajudá-los por meio de uma certa pressão no alto da cabeça. erótico.
é geralmente formulada nos seguintes termos: 'Um bebê não
1';.111id ',ia Não é possível prosseguir nesta reflexão sem considerarn os d 'Inllllldll
I ti ' uma
111111" adaptação perfeita às suas necessidades. A mãe que satisfaz mente as vicissitudes da força vital na vida intra-uterina.
III 111(I 'I\luis s seus desejos não é uma boa mãe. A frustração produz raiva, o Na saúde, os impulsos do feto levam à descoberta de que 'xist 1111111111
IJlIl "lida o b bê a ganhar experiência.' Isto é verdade por um lado, mas não biente, sendo este último a oposição encontrada pelo m vim into ',' '111dll
1"11(11111'0,I ~nqua11tonão verdadeira, tal afirmação desconsidera dois fatores. durante o movimento. A conseqüência, aqui, é 1.Imrec 1111'inll'lIlo 11I'\I\'()l\
I'lil pl'ÍIII .iro lugar, o bebê realmente precisa de uma adaptação perfeita às deumJ11undoNão-eu,eumainstauraçã pr co d I~'II, l'i'I\,'III1\\1I11'11I11I10
11" ssidades no início teórico -
1111: e em seguida precisa de uma desadap- que, na práti 'H, lais iSflS fi orne m arnduntmont«, illdo l' vhulu Il'IH'I/d I
111, () cuidad samente dosada. Em segundo lugar, essa afirmação não leva 111ntc, Sl'IUlo iI('IIII~' Idll 'pll'didll, 1'111 -uu rlu.)
I 11Il unln ti [ucstão da ausência de fusão entre as raízes erótica e agressiva da NII dIH\II~ I ()lllIll IJIH 111 I I 111'1\1111111111111'\11
\I 1111/1111111
IJlII
I p 'I icucia, e o fato é que, ao menos em teoria, o estado de des-fusão (ou de im] (\ " IIdll I IIII~ I di! 11111111111 11111111
II li 1111111111 111 l 111111I
IIlli' 1'11,:o) d veria ser estudado. di Idld I111 1111111111dll/II
lU 11'111\ \1111111111111 1111 I" I 11 11111I 1111
(), qu ' fazem afirmações do tipo mencionado acima partem muito rapi- te "lIlll1ltlllll'"I/1 I 1"11 111/I 111.1 I 111I I, I I' I. ,ti 1/11111
dllllli'llll' do princípio de que a agressividade é uma reação à frustração, ou cstat '!tl'i' 1'111 I di " 1111ti
11111111111111 dlllll
I I",' üustração que ocorre durante as experiências eróticas, durante a fase I ri 1Ie1I dllll I~ 1111111,,111111 111 11111111 I
di I l IIIII,~:o em que a tensão instintiva está em ascensão. Que exista raiva falso,pol /1111111111
Illd I 1111 I I11
I'I\lV( 1\ Idn p .la frustração durante essa fase é inteiramente óbvio, mas em ii. ) do, 1'(lIlIllI li 11111 I I I I
1111 I li uriu d s sentimentos e estados mais primitivos temos que aceitar a 111011ll'II10ti 1\ 11111 11 I I 11 I (11 I
11I1111
(Il' frustração que antecede a integração do ego que toma
1111111 possível peri 111'1/1111111
I 11 111/111" 11 I1
I 1111
\'11I I )1111'11
[I frustração do instinto, e que toma a experiência erótica uma I' 111,1\1111111111111111111111
Idl I
I 1I 11 111'111, ri IIl'111di "1111I I I
I'"dl l dly, I' que todo bebê tem um p t ncial erótico localizado em zo- 1"0 111I I 11I 11 111ti
111 '1111I' 111' hluló iic ,e que o pot n 'inl 6 J11'LÍsou menos o mesmo para H III() 1111111111111I 111dll
1.11111111 I'()I i'( mlrastc, o 01111 011 '/111' IIW' ssivo deve ser extrem 111'1nte tll'.!i/SII"I'/ " 11I11 1/1/
I " I' I 11111111)11111110 '11 que 01 s I'V 11111)'um bebê expressar ruivo polu v l'tI Idl 111 1\1111111 1I
I 11li 11I 111'IIdll !lI 111d '111 ra 111,\'1 11111-ntado, já acontecernm 111\iÍ 111, \'1'111I11 111.111 I 111111, I I
I 1'101lIlllIlllIlIll,ll vlldo (ulIlL \) IIIHII\'I\ 'ial ti ircssivo daqu: 11,III 11 , /111dlllll I dll Id 111111111
I
I 1I1'IlIldllllll Ividld~'qlll'lIIlIlIjHlllllllnopol'II'i:1I 'I'(tl I) 1)111) VI I 'I 1111 I I1 d I 11 I 11di
II11 D.W.WII111111111

11111'11 d" 111111'1 ill' 1\IIgI' 'i-\si vidade. Essa agressividade nem mesmo está erga-
111IIdll 1'11111 IIIIHdu destruição, mas é valiosa para o indivíduo, porque traz
111111)11111lll1Hllyloderealidadeeasensaçãodeestarserelacionando.Noen-
11111111, ,111fU', .xistc quando suscitada por uma oposição ou por urna (poste-
1111I)11111', l'l\I!iÇ'10. Faltam-lhe raízes no impulso pessoal motivado pela es-
1'11I11 uu-idnd ' do ego.
() indivíduc pode alcançar uma falsa fusão entre os componentes agres-
IVII l' l'l'l'Ili 'o 00 converter essa agressividade pura e não fundida em maso-
Ijlli. 11111,mas para que isto ocorra é preciso que exista um perseguidor con-
11I'1Vl'I,\ () perseguidor confiável é um/a amante sádico/a. Este é um caso em
IlIll 1IIIIIISOquismo revela-se primário em relação ao sadismo. Entretanto, ao
1111I'I'VII1'1 110So desenvolvimento emocional de um ser humano saudável, ve-
11'111111'1 que Osadismo é primário em relação ao masoquismo. Na saúde a pre-
I'II~'IIdo sadismo implica numa fusão bem-sucedida, justamente o que falta
1IIIIIIilsitua ão em que o masoquismo desenvolve-se diretamente do padrão
di' 11I'l'l,ssividade reativa, não fundida.
A conclusão principal a ser extraída destas considerações é a de que
I I, li' IlIlII\ certa confusão quando empregamos o termo agressividade para
di il',llill' li espontaneidade. O gesto impulsivo volta-se para fora e torna-se
11)111sivo quando encontra oposição. Há realidade nessa experiência, e ela
111I1dl\Hl\ lucilmente às experiências eróticas que aguardam o recém-nas-
I 11\11I\sloll sugerindo que é esta impulsividade e a agressividade que dela
,/,'/11'1/ 111/1' levam o bebê a necessitar de um objeto externo, e não apenas de

11111111'11'111 que o satisfaça.


MllilllH h .bôs, no entanto, possuem um potencial de agressividade maci-
1,1'11111I li '1'1VIIdas reações à intrusão, e que virá a ser deflagrado pela persegui-
'. 111~~IIIIllldidn em que esta é a verdade, a criança ansiará pela perseguição, e
1111/111 u-nl 110reagir a ela. Mas isto representa urna forma falsa de desenvol-
1111'"",. 11111:1 L'ssa criança precisará constantemente de urna perseguição. A
1111111111.\111 11I ,l' potencial reativo não depende de fatores biológicos (que de-
\111111111111111 ruuíllirludc e o erotismo), mas de uma intrusão ambiental deter-
I 1111ItI I I" It111111111, l' portanto das condições psiquiátricas da mãe e das carac-
1\I I 111111 11111li do S LIambiente.
I I 11 1111 1IIIIIIIIIllllloS .xual adulto e maduro, é possivelmente verdade ue
I li11111111 11111111 (o 11única a necessitar de um objeto específico. É ( li -
1111111111u utlvo no impulso fundk] quefixa o objcto e dcteuul
1111\1dllllll 11 11\", tllI Hllli:·dh~·lli111rlu sol r viv llcill do PUI'('('IIII

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