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criança
Conceitos
Sobre a morte
Sintomas
As falhas ambientais
A inconstância psíquica
A instabilidade emocional,
diferentemente da visão freudiana, em
Winnicott, se trata, não de forças opostas
incompatíveis em conflito, mas sim, da
localização do self no corpo. O estado
inicial não integrado, graças a função
materna, vai se juntar, dando a
possibilidade da integração referencial, o
que vai dar a condição de experienciar ou
integrar. Isso vai gerar um senso de
autenticidade que precisa habitar em
algum lugar. Essa tentativa de habitar em
algum lugar vai promover a junção entre
mente e corpo. No geral, ele considera
mente e corpo como um conluio
psicossomático. Vamos imaginar o
exemplo de quando você começa a
aprender a digitar no teclado do
computador. No início é preciso ficar
olhando cada tecla que vai pressionar.
Com o tempo, começa-se a digitar sem
olhar porque o teclado vai sendo
integrado a psique. É como se fosse uma
extensão do nosso próprio corpo.
Algumas pessoas têm dificuldade em lidar
com sua própria imagem ou até mesmo,
de se reconhecer no espelho ou em
fotografias. Isso se dá por uma dicotomia
entre corpo e mente, que é produzida pelo
falso self e a dificuldade de localizar o
verdadeiro self no corpo. O falso self vai
surgir como uma proteção ao verdadeiro
self. No processo de desenvolvimento, o
ambiente vai tentar integrar algo que o
bebê não necessita mais e o self
verdadeiro vai articular uma forma de
resolver isso. Então, vai se criar um falso
self que é um mecanismo de defesa do
self verdadeiro. O desejo do ambiente vai
interagir diretamente no bebê, que vai
produzir esse falso self. O falso self surge
para lidar com as falhas ambientais que
podem ser falta ou excesso.
Ilusão e realidade.
Criatividade
As particularidades da psicanálise
Winnicottiana vão dar origem a um
modelo unido de atendimento. Tratam-se
de três particularidades mais expressivas.
A alteração de relação objetal para
ambiental vai mudar a percepção do
processo de análise com crianças. Isso
porque, na relação objetal, tem-se dois
objetos: mãe e criança. Mas na relação
ambiental só se tem dois na visão de
quem está de fora, pois na percepção do
bebê, essa é uma relação de unidade. Em
Winnicott, o bebê não existe. Ele é
indeterminado, por estar em formação.
Esse é um segundo elemento particular
que vai contribuir para uma modificação
na estrutura clínica. A terceira
particularidade é a exploração do conceito
de dependência. Ele chama de
dependência absoluta, dependência
relativa e rumo a independência. No
setting analítico, Winnicott diz que o
analista deve se colocar na posição de
ambiente que sustenta, um ego auxiliar.
Isso porque a relação que se estabelece é
uma relação de dependência. O bebê,
sendo compreendido como uma
indeterminação, não ficará isolado da
função materna e isso se justifica pelo
conceito de dependência. O analista,
como ego auxiliar que suporta as faltas do
paciente, deve se atentar para não
exagerar na função de suporte, pois
precisamos considerar o conceito de mãe
suficientemente boa, que é aquele que
tem falhas na medida certa. É necessário
falhar para que o paciente possa ser.