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Sequência Didática do Estudante

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 1

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EQUIPE
Governador do Estado da Paraíba
JOÃO AZEVEDO LINS FILHO

Vice Governadora do Estado da Paraíba

ANA LÍGIA COSTA FELICIANO

Secret|rio de Estado da Educaç~o e da Ciência e Tecnologia

CLAUDIO BENEDITO SILVA FURTADO

Secret|rio Executivo de Gest~o Pedagógica

GABRIEL DOS SANTOS SOUZA GOMES

Secret|ria Executiva de Adm. de Suprimentos e Logística

ELIS REGINA NEVES BARREIRO

Secret|rio Executivo da Ciência e Tecnologia

RUBENS FREIRE RIBEIRO

Gerente Executiva do Ensino Médio -GEEM

AUDILÉIA GONÇALO DA SILVA

Especialista Pedagógica
VIVIANNE DE SOUSA

Especialista em Educaç~o Profissional e Inovaç~o

THAÍNA ROCHA BALBINO

Especialista em Gest~o
JONATTA SOUSA PAULINO

Coordenaç~o de Nivelamento
CLARA SUELEN CARVALHO PEREIRA
JARLEYDE ANDRESSA S. SALES DE OLIVEIRA
RENATO DA SILVA OLIVEIRA

Elaboraç~o
ANA CARLA DIAS MEIRELES
ANGÉLICA DENISE DA SILVA
AMANDA DIAS DA SILVA
CLARA SUELEN CARVALHO PEREIRA
MACELIO MACEDO DOS SANTOS
RENATO DA SILVA OLIVEIRA
RÍVIA VERÔNICA DA SILVA MAIA

Diagramador
FRANCISCO JEFFERSON RODRIGUES ROLIM

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ABORDADAS

COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1 DA BNCC pertam maior interesse ou preocupaç~o, respeitan-

Compreender o funcionamento das diferentes lin-
guagens e pr|ticas culturais (artísticas, corporais e
verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recep-
ção e produção de discursos nos diferentes campos
de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar
as formas de participação social, o entendimento e
as possibilidades de explicação e interpretação críti-
ca da realidade e para continuar aprendendo.
HABILIDADE DA BNCC
(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produç~o
como na leitura/ escuta, com suas condições de pro-
duç~o e seu contexto sócio-histórico de circulaç~o
(leitor/ audiência previstos, objetivos, pontos de vista
e perspectivas, papel social do autor, época, gênero
do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilida-
des de construç~o de sentidos e de an|lise crítica e
produzir textos adequados a diferentes situações.
(EM13LP20) Compartilhar gostos, interesses, pr|ti-
cas culturais, temas/ problemas/questões que des-
do e valorizando diferenças, como forma de identifi-
car afinidades e interesses comuns, como também
de organizar e/ou participar de grupos, clubes, ofici-
nas e afins.
HABILIDADES DE PROPULSÃO
H06 – Compreender criticamente textos orais, escri-
tos e multissemióticos, reconhecendo adequada-
mente os elementos que constituem os gêneros e
as condições de produç~o (liter|rios e n~o liter|rios).
H07 - Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informaç~o na comparaç~o de textos que tratam do
mesmo tema, em funç~o das condições em que ele
foi produzido e daquelas em que ser| recebido.
H08 - Relacionar em diferentes contextos e leitura/
escuta e ou produç~o de textos as características de
conectividade (uso de hipertextos, hiperlinks ou tex-
tos que circulam em contexto digital), identificando
marcas de registro da língua (formais, estilísticos e
linguísticos.
H11 – Identificar o conflito gerador do enredo e os
elementos que constroem a narrativa

CAMPOS DE ATUAÇÃO
Campo jornalístico-midi|tico + Campo artístico-liter|rio

PR\TICAS DE LINGUAGEM
Leitura, escuta, produção de textos (orais, escritos, multisse-
mióticos) e an|lise linguística/semiótica.

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SUM\RIO
PONTO DE PARTIDA ····························································· 07

ATIVIDADE 1 ··········································································· 08

ATIVIDADE 2 ·········································································· 14

ATIVIDADE 3 ·········································································· 19

ATIVIDADE 4 ········································································· 21
O ENEM “T\ ON” EM PROPULSÃO ··································· 24
REFERÊNCIAS

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 6

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Observe a imagem abaixo.

1. De acordo com a imagem, o que é possível interpretar nos detalhes apresentados? O que ela significa para vo-
cê?

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2. Na sua opinião, qual a finalidade da imagem apresentada acima?

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3. Existe alguma relação da temática apresentada com algo de sua vivência?

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Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 7

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Texto I ————————————

“ Uma pessoa ser cancelada significa que ela fez ou disse algo errado, que n~o é tolerado no mundo de hoje, em
que muitas pessoas passaram por essa desconstruç~o social. Algumas pessoas, no entanto, possuem vivências
diferentes e n~o conseguiam enxergar seus erros antes de terem sido rechaçadas na internet, sendo ent~o essa
puniç~o uma maneira de educar. Esta forma de cancelamento pode gerar debates sobre racismo, preconceitos
com determinadas classes sociais, xenofobia, homofobia, entre outras intoler}ncias. Mas o ato de cancelar tam-
bém pode acontecer com coisas banais, como falar mal de uma cantora pop muito famosa ou dizer que n~o
gosta de algo muito popular.
Existem casos e casos, e a grande parte deles acontece por conflitos de opiniões e pensamentos. Pode haver um
"certo ou errado", ou não: longe disso. No ano passado, o cancelamento ocorreu com a influenciadora digital
Gabriela Pugliesi que, de fato, teve uma atitude irrespons|vel por fazer uma festa e receber pessoas em sua ca-
sa, mesmo após ter sido infectada pelo novo coronavírus (e curada) e o mundo estar em isolamento social devi-
do a uma grave pandemia.
Essa, no entanto, n~o foi a única vez em que Pugliesi foi cancelada, j| que a influencer andou se envolvendo em
outros casos polêmicos anteriormente, mas nada t~o grave. Sua festa no momento errado resultou em inúme-
ras críticas nas redes sociais, inclusive de colegas famosos, e no fim do contrato de parcerias com marcas, que
decidiram n~o ter mais suas imagens vinculadas a Pugliesi.”

Fonte: https://canaltech.com.br/comportamento/o-que-e-cultura-do-cancelamento-164153/

4. O que você achou da atitude da influenciadora? E o que você achou da atitude que tiveram com ela?
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5. Após a leitura da reportagem, que tal relatar um momento de cancelamento, vivido por você em algum momen-
to da vida? Neste momento, podem ser colocadas as suas experiências sobre cultura de cancelamento ou sobre al-
guém conhecido(a).
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Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 8

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1
As tipologias textuais est~o presentes em nosso dia a dia, isto é, fazem parte das nossas vidas. E sabe como elas
aparecem em nosso cotidiano? Quando relatamos ao nosso amigo sobre algum acontecimento; expomos a nossa
opini~o sobre determinado assunto; colocamos em pr|tica a receita de bolo da vovó ou descrevemos algum local
incrível que j| visitamos. No contexto do mundo digital, é comum vermos as resenhas de influenciadores(as), que
est~o em determinadas redes sociais e utilizam o espaço para darem opiniões sobre determinados produtos, sejam
elas escritas, seja por meio de produç~o audiovisual.
Toda construção de texto precisa de condições funcionais, que estabeleçam interação autor/leitor nos proces-
sos, sejam eles da intencionalidade, da aceitabilidade, dos conhecimentos sobre a língua e dos conhecimentos de
mundo, além do tema, do modelo de gênero textual e até mesmo da reconstruç~o dos objetos do discurso e da
informatividade. Dessa forma, que tal propor aos(as) estudantes a realizaç~o de uma resenha digital, cujo foco seja
descrever algo do cotidiano, utilizando todas as condições de produç~o citadas acima?
Para esta produç~o, partiremos da contextualizaç~o dos conhecimentos compartilhados (língua, mundo, texto
e situaç~o comunicativa), a fim de relacionar a atividade com as atividades que vir~o ao longo desta atividade so-
bretudo com foco na produç~o de resenhas críticas.
Veja o exemplo abaixo.

Aproxime a c}mera do seu celu-

lar no QRCode e acesse a rese-
nha ou clique aqui, para ter aces-
so ao vídeo sugerido acima.

TEXTO I ———————————————————

Música Maria, Maria, de Milton

Nascimento
Maria, Maria, é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria, é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E n~o vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca, Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca possui
A estranha mania de ter fé na vida
Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca, Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca possui
A estranha mania de ter fé na vida

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 9

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Link do vídeo do canal Milton Nascimento com o

título: Milton Nascimento - Maria Maria
https://www.youtube.com/watch?v=IElS9cxpImA

1.Quais qualidades são atribuídas a Maria na letra da música?

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2.Os trechos “Quem traz no corpo a marca / … / Mistura a dor e a alegria” e “Quem traz na pele essa marca / possui
a estranha mania / de ter fé na vida” indicam o quê de Maria?
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3.A qual contexto social ela pertence?

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4.Podemos perceber o uso da figura de linguagem Metáfora na construção da música. Encontre esses trechos e
transcreva-os.
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5.Na sua opinião, porque o autor escolheu o nome Maria para a representação da mulher na música.
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6.Que sentido pode ser construído para o texto a partir das informações obtidas?
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7.Há um operador argumentativo em evidência na música. Ele é utilizado para argumentos em conclusões contrá-
rias. Encontre-o e justifique a sua resposta, com base na utilização do autor e o sentido dado ao texto.
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Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 10


TEXTO II ———————————————————
“Maria”, de Conceição Evaristo
Maria estava parada h| mais de meia hora no pon-
to de ônibus. Estava cansada de esperar. Se a dist}ncia fos-
se menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostu-
mando com a caminhada. Os ônibus estavam aumentando
tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia
anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa.
Ela levava para casa os restos. O osso do pernil e as frutas
que tinham enfeitado a mesa. Ganhara as frutas e uma gor-
jeta. O osso a patroa ia jogar fora. Estava feliz, apesar do
cansaço. A gorjeta chegara numa hora boa. Os dois filhos
menores estavam muito gripados. Precisava comprar xaro-
pe e aquele remedinho de desentupir o nariz. Daria para
comprar também uma lata de Toddy. As frutas estavam
ótimas e havia mel~o. As crianças nunca tinham comido
mel~o. Ser| que os meninos gostavam de mel~o?
A palma de umas de suas m~os doía. Tinha sofrido
um corte, bem no meio, enquanto cortava o pernil para a
patroa. Que coisa! Faca-laser corta até a vida!
Quando o ônibus apontou l| na esquina, Maria
abaixou o corpo, pegando a sacola que estava no ch~o en-
tra as suas pernas. O ônibus n~o estava cheio, havia luga-
res. Ela poderia descansar um pouco, cochilar até a hora da
descida. Ao entrar, um homem levantou l| de tr|s, do últi-
mo banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em
silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconhe-
ceu o homem. Quando tempo, que saudades! Como era
difícil continuar a vida sem ele. Maria sentou-se na frente. O
homem assentou-se ao lado dela. Ela se lembrou do passa-
do. Do homem deitado com ela. Da vida dos dois no barra-
co. Dos primeiros enjoos. Da barriga enorme que todos
diziam gêmeos, e da alegria dele. Que bom! Nasceu! Era um
menino! E haveria de se tornar um homem. Maria viu, sem
olhar, que era o pai do seu filho. Ele continuava o mesmo.
Bonito, grande, o olhar assustado n~o se fixando em nada e
em ninguém. Sentiu uma m|goa imensa. Por que n~o podia
ser de outra forma? Por que n~o podiam ser felizes? E o
menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem.
Sabe que sinto falta de vocês? Tenho um buraco no peito,
tamanha a saudade! Tou sozinho! N~o arrumei, n~o quis
mais ninguém. Você j| teve outros... outros filhos? A mu-
lher baixou os olhos como que pedindo perd~o. É. Ela teve
mais dois filhos, mas n~o tinha ninguém também! Homens
também? Eles haveriam de ter outra vida. Com eles tudo
haveria de ser diferente. Maria, n~o te esqueci! T| tudo
aqui no buraco do peito...
O homem falava, mas continuava est|tico, preso,
fixo no banco. Cochichava com Maria as palavras, sem en-
tretanto virar para o lado dela. Ela sabia o que o homem
dizia. Ele estava dizendo de dor, de prazer, de alegria, de
filho, de vida, de morte, de despedida. Do buraco-saudade
no peito dele... Desta vez ele cochichou um pouquinho mais
alto. Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um
abraço, um beijo, um carinho no filho. E logo após, levan-
tou r|pido sacando a arma. Outro l| atr|s gritou que era
um assalto. Maria estava com muito medo. N~o dos assal-
tantes. N~o da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais
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velho, com onze anos, era filho daquele homem
que estava ali na frente com uma arma na m~o. O de l| de
tr|s vinha recolhendo tudo. O motorista seguia a viagem.
Havia o silêncio de todos no ônibus. Apenas a voz do outro
se ouvia pedindo aos passageiros que entregassem tudo
rapidamente. O medo da vida em Maria ia aumentando.
Meu Deus, como seria a vida dos seus filhos? Era a primeira
vez que ela via um assalto no ônibus. Imaginava o terror
das pessoas. O comparsa de seu ex-homem passou por ela
e n~o pediu nada. Se fossem outros os assaltantes? Ela teria
para dar uma sacola de frutas, um osso de pernil e uma
gorjeta de mil cruzeiros. N~o tinha relógio algum no braço.
Nas m~os nenhum anel ou aliança. Ali|s, nas m~os tinha
sim! Tinha um profundo corte feito com faca-laser que pa-
recia cortar até a vida.
Os assaltantes desceram r|pido. Maria olhou sau-
dosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz
acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela
puta safada conhecia os assaltantes. Maria assustou-se. Ela
n~o conhecia assaltante algum. Conhecia o pai do seu pri-
meiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que
ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai
ver que estava de coleio com os dois. Outra voz ainda l| do
fundo do ônibus acrescentou: Calma gente! Se ela estivesse
junto com eles, teria descido também. Alguém argumentou
que ela n~o tinha descido só para disfarçar. Estava mesmo
com os ladrões. Foi a única a n~o ser assaltada. Mentira, eu
n~o fui e n~o sei porquê. Maria olhou na direç~o de onde
vinha a voz e viu um rapazinho negro e magro, com feições
de menino e que relembrava vagamente o seu filho. A pri-
meira voz, a que acordou a coragem de todos, tornou-se
um grito: Aquela puta, aquela negra safada estava com os
ladrões! O dono da voz levantou e se encaminhou em dire-
ç~o a Maria. A mulher teve medo e raiva. Que merda! N~o
conhecia assaltante algum. N~o devia satisfaç~o a nin-
guém. Olha só, a negra ainda é atrevida, disse o homem,
lascando um tapa no rosto da mulher. Alguém gritou: Lin-
cha! Lincha! Lincha!... Uns passageiros desceram e outros
voaram em direç~o a Maria. O motorista tinha parado o
ônibus para defender a passageira: Calma, pessoal! Que
loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os
dias, mais ou menos neste hor|rio, ela toma o ônibus comi-
go. Est| vindo do trabalho, da luta para sustentar os fi-
lhos... Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela bo-
ca, pelo nariz e pelos ouvidos. A sacola havia arrebentado e
as frutas rolavam pelo ch~o. Ser| que os meninos gostam
de mel~o?
Tudo foi t~o r|pido, t~o breve. Maria tinha sauda-
des do seu ex-homem. Por que estavam fazendo isto com
ela? O homem havia segredado um abraço, um beijo, um
carinho no filho. Ela precisava chegar em casa para transmi-
tir o recado. Estavam todos armados com facas-laser que
cortam até a vida. Quando o ônibus esvaziou, quando che-
gou a polícia, o corpo da mulher j| estava todo dilacerado,
todo pisoteado.
Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia
mandado um abraço, um beijo, um carinho.
(Olhos d’água, p. 39-42)
11
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Conheça um pouco mais sobre a escritora Conceição Evaristo. Clique aqui, para acessar o conteúdo proposto.

Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9POX2gtfmFI Acesso em: 28/07/2

ATIVIDADE
1. Qual a tipologia textual presente no texto acima?

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2. Identifique no texto os seguintes elementos:

a. Personagem _____________________________________________________________________
b. Tempo __________________________________________________________________________
c. Espaço __________________________________________________________________________
d. Foco narrativo ____________________________________________________________________

3. De modo breve, destaque os elementos que compõem o enredo:

a. Introduç~o ___________________________________________________
b. Complicaç~o _________________________________________________
c. Clímax ______________________________________________________
d. Desfecho ____________________________________________________

4. Quais são suas impressões sobre o conto acima?

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5.Qual o tempo verbal utilizado nos dois textos?

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6.Qual o(s) tipo(s) de discurso (direto, indireto ou indireto livre) existentes no texto II? Justifique a sua resposta.
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7.Podemos encontrar semelhanças nas discussões apresentadas nos dois textos estudados?
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Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 12

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8. Que tal produzir uma resenha crítica sobre o conto estudado?
Acesse o link, para compreender o passo a passo na construç~o de
uma resenha crítica, clique aqui.
Caro Estudante, você sabia que o mês de agosto é marcado pela
campanha “Agosto Lil|s” ?
A campanha foi criada com o intuito de intensificar a luta contra a
violência doméstica e familiar contra a mulher, instituída por meio
da Lei Estadua l n° 4.969/2016. Essa campanha propõe a propaga-
ç~o da Lei Maria da Penha, sensibilizando e conscientizando a socie-
dade acerca do fim da violência contra a mulher.

Disponível em: https://paginas.uepa.br/nas/wp-content/

9. A partir dos textos estudados e do conhecimento do Agosto Lilás, promova um momento de reflexão com os es-
tudantes acerca da tem|tica e proponha a realização de uma atividade (por meio de vídeo, música ou textos) que
tenha como finalidade a divulgação da luta contra { violência doméstica.
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10. Na sua opinião, há alguma relação do texto II com a abordagem sobre cultura de cancelamento? Justifique a sua
resposta com base nas discussões geradas até aqui.
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Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 13

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Texto I ——————————————

Produto da cultura do cancelamento, censura a Monteiro Lobato é rejeição { brasilidade

Uma das principais expressões do tempo que vivemos, pautado pela din}mica das redes, é a cultura do cancelamen-
to. Ela tritura personalidades como se fossem participantes do reality show “O Aprendiz”, de Trump e Dória,
“candidatos a vencedores” sujeitos a serem descartados de antem~o. E vem daí o maior dos pecados desta pr|tica
contempor}nea: antever que todos pensam as mesmas coisas o tempo inteiro e por toda a vida. Este preconceito é
um paradoxo, pois est| em completo desacordo com a própria perspectiva fluida da contemporaneidade, marcada
justamente por n~o sermos os mesmos nem por dois dias seguidos.

Monteiro Lobato é vítima da cultura intolerante do cancelamento, espécie de dita-

dura do pensamento único adotado por grupos de “direita” e identit|rios de
“esquerda”.

A obra de José Bento Monteiro Lobato (1882-1948), um dos escritores brasileiros mais traduzidos de todos os tempos,
voltou { berlinda nas últimas semanas, ao ser “cancelada” por comentaristas nos jornais e nas redes. Marcelo Coelho,
crítico liter|rio da Folha de S. Paulo, reafirmou em sua coluna de 19/1 que Lobato era “de um racismo delirante”, tese
que vem repetindo desde os anos 1990, e pregou a adaptaç~o de seus livros infantis, para que fossem suprimidas ex-
pressões agressivas. Em resposta a Coelho, a escritora infantil Marilene Felinto, em 6/2, caracterizou na mesma Folha,
no artigo “Complexo de Negrinha”, a obra de Monteiro Lobato como “aberraç~o racista” e o autor como “um idio-
ta”.

Texto adaptado. Disponível em: https://contee.org.br/produto-da-cultura-do-cancelamento-censura-a-monteiro-lobato-e-

rejeicao-a-brasilidade/
Acesso em: 01/08/2021

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Texto II ——————————————

Após acusações de transfobia, J.K. Rowling assina carta contra a "cultura do cancelamento"
Autora da saga "Harry Potter" se uniu a outros 150 escritores que defendem o di|logo para a soluç~o de pro-
blemas.

150 escritores, ativistas e acadêmicos assinaram um texto con-

tra a "cultura do cancelamento", presente com força nas re-
des sociais. A carta aberta, intitulada A Letter on Justice and
Open Debate ("Uma Carta sobre Justiça e Debate Aberto", em
traduç~o literal), foi publicada na revista Harper's.
Entre os apoiadores da ideia, est~o as escritoras Margaret
Atwood (O Conto da Aia) e J.K. Rowling, justamente em um
momento em que a autora da saga Harry Potter vem sendo
bombardeada na internet com acusações de transfobia por
conta de suas declarações polêmicas.

O texto publicado defende que o silenciamento n~o pode derrotar ideias ruins, e propõe o di|logo como al-
ternativa. De acordo com o grupo de escritores, o debate de ideias e a troca de informações têm sido barrados
por pessoas intolerantes e até governos, como "uma moda de humilhaç~o pública e ostracismo, e a tendência
de dissolver questões políticas complexas com uma certeza moral", diz parte da carta aberta, que segue:
J.K. Rowling apaga agradecimento a Stephen King após ele apoiar mulheres transJ.K. Rowling apaga agradeci-
mento a Stephen King após ele apoiar mulheres trans "Como escritores precisamos de uma cultura que nos dê
espaço para experimentações, chances de tomar riscos e até cometer erros. Precisamos preservar a possibili-
dade de uma discord}ncia de boa-fé, sem consequências profissionais terríveis". A íntegra da publicaç~o, em
inglês, pode ser lida aqui.

A última onda de críticas a Rowling teve início após um coment|rio no Twitter no início de junho. Ela compar-
tilhou o artigo opinativo Creating a more equal post-COVID-19 world for people who menstruate ("Criando um
mundo pós-COVID-19 mais igual para as pessoas que menstruam") com a irônica nota: "‘Pessoas que menstru-
am.’ Eu tenho certeza que costumava existir uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude. Wumben?
Wimpund? Woomud?" (em referência { palavra "women", mulheres, em inglês).

A ironia n~o foi gratuita, uma vez que, em seguida, a escritora fez quest~o de destacar sua vis~o sobre gênero,
que n~o aceita mulheres trans como "verdadeiras mulheres". Rowling escreveu: "Se o sexo n~o é real, a reali-
dade vivida pelas mulheres em todo o mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito
de sexo remove a capacidade de muitos discutirem significativamente suas vidas".

Os coment|rios repercutiram negativamente nas redes sociais, atingindo f~s e colegas de trabalho da autora.
Quatro escritores que eram representados pela mesma agência liter|ria que J.K. Rowling decidiram deixar a
companhia após as afirmações transfóbicas.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-53537542 Acesso em: 01/08/2021

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Texto III ——————————————
Gossip Girl e o retrato da cultura do cancelamento
A série j| falava sobre linchamento virtual muito an-
tes do cancelamento ser uma ameaça real
Você est| assistindo a nova vers~o de Gossip
Girl? A série estreou no começo de julho na HBO Max
e j| est| dando o que falar. Mas que tal voltar um
pouco no tempo e pensar em alguns pontos (bem)
problem|ticos da série original – no ar entre 2007 e
2012? Será que o comportamento de jovens brancos,
héteros, cis, ricos, que abusam de seu privilégio e
s~o tóxicos uns com os outros ainda é algo aceit|vel?
Ou ser| que a GG previu toda a cultura do cancela-
mento?
Gossip Girl é uma série de TV que foi ao entre
2007 e 2012, adaptada dos livros da autora estaduni-
dense Cecily von Ziegesar. Por mais que o termo
‘cultura do cancelamento’ só tenha surgido por volta
de 2017, a série se baseava na constante ameaça de
linchamento virtual impulsionado por uma blogueira
misteriosa.
Texto adaptado. Disponível em: https://
guiadoestudante.abril.com.br/dica-cultural/gossip-girl-e-o-
retrato-da-cultura-do-cancelamento/ Acesso em:
02/08/2021.
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QUESTÕES
1. Com relação ao tema “cultura de cancelamen-
to”, o que h| em comum entre os textos I e II?
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2. Nos textos I, II e III tratam de um mesmo tema,
mas eles apresentam a mesma abordagem? De
que forma foi apresentado o tema em cada texto?
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3. A cultura de cancelamento é uma discussão atu-
al, no entanto, ela tem resgatado reflexões sobre
a literatura de séculos passados, a exemplo da
obra de Monteiro Lobato. Considerando o texto I
e o texto II, na sua opinião, ambos os autores po-
dem ser criticados ao ponto de serem
“cancelados”?
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______________________________________________
______________________________________________
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______________________________________________
______________________________________________
4. Comparando os três textos apresentados aci-
ma, percebe-se que eles são
a) semelhantes.
b) divergentes.
c) contrários.
d) complementares.
16
 Manual do Professor

Texto IV ——————————————

Arte Will Tirando. Disponível em: https://twitter.com/quebrandootabu/

status/1229027649013587969. Acesso em: 03/08/2021.

QUESTÕES

1. A partir do quadrinho apresentado acima, é possível en- 3. ideia da cultura de cancelamento é literal-
xergar caminhos de di|logo por meio da cultura do cancela- mente “eliminar” e “tornar sem efeito” o agen-
mento? E quais os pontos negativos dessa problem|tica? te de um erro ou conduta tidos como reprov|-
___________________________________________________ veis. Na sua opinião, esse movimento soluciona
___________________________________________________ problemas com igualdade e proporcionalidade?
___________________________________________________ ________________________________________
___________________________________________________ ________________________________________
___________________________________________________
________________________________________
________________________________________
2. De acordo com o post do Quebrando o Tabu no Twitter, a ________________________________________
falta de di|logo não gera aprendizado, assim como, dificulta _______________________________________-
a evolução. Nesse sentido, quais os caminhos possíveis para
eliminar cada vez mais essa cultura de cancelamento nas re-
des sociais e/ou na vida pessoal?
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 17

 Manual do Professor

Texto v ——————————————

Disponível em: https://www.sosnoticia.com.br/images/

noticias/219/939a803464d40f1062a4f8737933eede.JPG Acesso: 03/08/2021

QUESTÃO:
1.As advogadas Thays Bertoncini e Erica Marie Viterito Honda, autoras do site Migalhas, discutem sobre a cultura do
cancelamento na internet e usam o termo em um de seus textos “O tribunal da Internet” para discutir sobre o imedi-
atismo na punição de pessoas que cometerem algum erro ou má conduta, sem oportunizar o exercício do contraditó-
rio. Pensando na lógica do Direito, onde há um processo para justificar a punição ou não, para uma pessoa, qual a sua
opinião sobre esse imediatismo que a internet provoca no momento em que cancela uma pessoa?

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__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________

Cultura do cancelamento: qual é a sua Você sabe o que é a cultura do cancela-

opinião? Mude Minha Ideia | Quebrando mento? VEJA Explica.
o Tabu

https://www.youtube.com/watch? https://www.youtube.com/watch?v=sYYbCurrPb8
v=GaNRGcH3KNg&t=2s

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 18

 Manual do Professor

Texto I ——————————————

Graphics Interchange Format (GIF)

GIF é uma sigla que j| foi eleita “a palavra do ano” pelos dicion|rios Oxford. A sigla remete tanto { estrutura do
conteúdo quanto { extens~o do arquivo digital. Trata-se de uma montagem de imagens que se sucedem automa-
ticamente, criando uma espécie de vídeo curto. Geralmente, os GIFs aliam textos verbais e n~o verbais e tornam a
comunicaç~o r|pida, eficiente e din}mica. Os arquivos em formato GIF tornaram-se populares porque s~o aceitos
pela maioria dos programas de ediç~o e podem ser facilmente incluídos em redes sociais, blogs, sites, entre ou-
tros espaços virtuais.

Disponível em: https://escoladainteligencia.com.br/o-que-sao-generos-digitais-e-quais-sao-os-citados-na-

bncc/ Acesso em: 03/08/2021

Texto II ——————————————

Popularização do GIF

Assim como os memes, os GIFs se tornaram ferramentas úteis para comunicar piadas, emoções e ideias. Em um
mundo globalizado, com alto uso de redes sociais, a comunicaç~o propiciou que as curtas imagens animadas ga-
nhassem espaço e conseguissem passar uma mensagem r|pida e de f|cil acesso.
Apesar de o formato ser amplamente utilizado, ele é altamente defasado, pois possui uma enorme limitaç~o de
cores. O GIF é capaz de armazenar 256 cores, o que, para os moldes atuais, torna invi|vel sua utilizaç~o comercial,
visto que as imagens atuais s~o capazes de armazenar números de informações muito superiores.
H| dez anos, desenvolvedores da Mozila tentaram substituir o GIF pelo APNG, que era um PNG animado, porém o
projeto n~o deu certo. Isso aconteceu porque muitos navegadores n~o aceitavam o formato ou demoraram a im-
plementar formas de utiliz|-lo.
Antes do HTML 5, lançado em 2014, o HTML n~o aceitava formatos de vídeo, mantendo a opç~o de utilizar GIFs.
Além de todos os fatores, os desenvolvedores constataram que fazer GIF era um método mais f|cil e mais |gil,
portanto, n~o fazia sentido migrar para outro formato.

Disponível em: https://canaltech.com.br/software/o-que-e-gif-e-como-usa-lo/ Acesso em: 03/08/2021.

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 19


Texto III ——————————————
Disponível em: https://tenor.com/view/nordestino-gif-
9987731 Acesso em 03/08/2021.
QUESTÕES
1. A partir da leitura dos textos I e II, podemos entender
que estamos diante de um gênero digital, uma nova moda-
lidade dos gêneros textuais. Nesse sentido, a partir das
características apresentadas, quais são as principais dife-
renças entre o gênero digital e o gênero textual escrito?
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2. A partir das suas experiências com o acesso à internet,
quais seriam os objetivos dos Gifs como gênero textual?
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_________________________________________________
_________________________________________________
3.O texto III apresenta um gif capturado de um dos vídeos
do youtube da atriz e comediante Gkay, na imagem, pode-
mos ver a união entre a imagem em movimento e o texto.
Em todas as situações h| a necessidade de um texto para
compreendermos o sentido do gênero?
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_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021)
Manual do Professor
4. A partir da frase apresentada no texto III, pode-
mos observar um registro de linguagem formal
ou informal? Que palavras indicam esse registro?
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5. A expressão “Tome estilo de gente” é denotati-
va ou conotativa. Argumente o seu ponto de vista
sobre ela
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6. Agora que discutimos um pouco sobre o gêne-
ro digital “Gif”, pretendemos criar uma relação
com o tema “cultura do cancelamento”. Dessa
forma, sugerimos que os estudantes produzam
gifs contra a pr|tica do cancelamento, seja com a
própria imagem, como com a inserção de frases
em memes existentes na internet. As produções
devem ser apresentadas posteriormente para os
demais colegas
Sugestão de sites com di-
ferentes gifs:
https://giphy.com/explore/site
http://gifsoup.com/
20
 Manual do Professor

QUESTÃO
Leia os textos a seguir e correlacione cada um deles a sua respectiva tipologia textual. Por fim, assinale a sequência
correta:
I – Injunç~o
II – Descriç~o
III - Narraç~o
IV – Exposiç~o
V - Dissertaç~o

Texto I ——————————————

( )

“Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar,
encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou
na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, mo-
veu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque (...)”.

(Dalton Trevisan – Uma vela para Dario).

Texto II ——————————————

( )
Modo de preparo
1º passo: Em uma panela em banho-maria, aqueça o Creme de Leite.
Junte o chocolate e mexa até que fique uma mistura homogênea. Reserve.
2º passo: Em uma panela, misture as claras e o açúcar e leve ao fogo baixo, mexendo vigorosamente sem parar, por
cerca de 3 minutos, tirando a panela do fogo por alguns instantes a cada minuto, continuando a mexer, para não cozi-
nhar.
3º passo: Transfira para uma batedeira e bata por 5 minutos ou até dobrar de volume.
4º passo: Misture levemente ao creme de Chocolate.
5º passo: Coloque em taças e leve à geladeira por cerca de 3 horas.
Decore com cerejas, chantilly ou raspas de chocolate

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 21

 Manual do Professor

Texto III ——————————————

( )

Amanda era uma menina magrinha, delicada, que caminhava de maneira apressada. Seus olhos eram pretos como a
noite. O seu cabelo tinha uma mistura de cores. Sua roupa era colorida demais, como se precisasse comunicar a alegria
que existe em sua vida. Ela carregava uma bolsa que parecia estar muito pesada. Usava salto alto. Com tamanha pres-
sa, não sei como conseguia se equilibrar com aquela sandália .

Texto IV ——————————————

( )

(Aline Amaro - Aluna da ECIT Dom Marcelo - Guarabira/PB)

Texto V ——————————————

( )
“Este artigo tem como objetivo discutir a estrutura e o funcionamento da Educação Básica no Brasil, assim como res-
saltar a necessidade de um ensino básico de qualidade para o desenvolvimento da sociedade. Levando em considera-
ção as mudanças contínuas do mundo globalizado, esse estudo também se propõe a situar o papel das mídias e tecno-
logias de informação e comunicação, como uma das ferramentas capazes de potencializar a aprendizagem em sala de
aula.”

( SANTOS, Esther. A Educação Básica no Brasil : desafios e possibilidades do mundo globalizado.)

Qual a sequência correta?

a. I, II, III, IV, V

b. V, II, IV, III, I
c. III, I, II, V, IV
d. III, II, I, V, IV
e. IV, I, II, V, III

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 22

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Texto VI ——————————————

Fonte: https://br.ifunny.co/picture/mas-e-cada-esquecimento-
que-a-gente-tem-mwqbRite4

QUESTÃO

Ser| que lembramos quais são os tipos textuais? E os gêneros textuais? Existe alguma diferença?

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Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 23


1. (ENEM 2010) ——————————
Esse texto é uma propaganda veiculada nacional-
mente. Esse gênero textual utiliza–se da persuasão
com uma intencionalidade específica. O principal
objetivo desse texto é:
a) comprovar que o avanço da dengue no país est|
relacionado ao fato de a populaç~o desconhecer os
agentes causadores.
b) convencer as pessoas a se mobilizarem, com o
intuito de eliminar os agentes causadores da doen-
ça.
c) demonstrar que a propaganda tem um car|ter e,
Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021)
Manual do Professor
por essa raz~o, n~o pretende vender produtos.
d) informar { populaç~o que a dengue é uma do-
ença que mata e que, por essa raz~o, deve ser
combatida.
e) sugerir que a sociedade combata a doença,
observando os sintomas apresentados e procu-
rando auxílio médico.
2. (NEM 2019) ——————————
Pela an|lise do conteúdo, constata-se que essa cam-
panha publicit|ria tem como função social:
a. propagar a imagem positiva do Ministério Público.
b. conscientizar a populaç~o que direitos implicam
deveres.
c. coibir violações de direitos humanos nos meios de
comunicaç~o.
d. divulgar políticas sociais que combatem a intole-
r}ncia e o preconceito.
e. instruir as pessoas sobre a forma correta de ex-
press~o nas redes sociais.
24

3. (ENEM 201) ——————————
Essa letra de canção foi composta especialmente para
uma campanha de combate { violência contra as mulhe-
res, buscando conscientiz|-las acerca do limite entre re-
lacionamento amoroso e relacionamento abusivo. Para
tanto, a estratégia empregada na letra é:
a) revelaç~o da submiss~o da mulher { situaç~o de vio-
lência, que muitas vezes a leva { morte.
b) ênfase na necessidade de se ouvirem os apelos da mu-
lher agredida, que continuamente pede socorro.
c) exploraç~o da situaç~o de duplo sentido, que mostra
que os atos de dominaç~o e violência n~o configuram
amor.
d) Divulgaç~o da import}ncia de denunciar a violência
doméstica, que atinge um grande número de mulheres
mortas.
e) naturalizaç~o de situações opressivas, que fazem par-
te da vida de mulheres que vivem em uma sociedade
patriarcal.
e) sugerir que a sociedade combata a doença, obser-
vando os sintomas apresentados e procurando auxí-
lio médico.
Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021)
Manual do Professor
4. (ENEM 201) ——————————
Assaltantes roubam no ABC 135 mil figurinhas da Copa
do Mundo
Cinco assaltantes roubaram 135 mil figurinhas do
álbum da Copa do Mundo 2010 na noite de quar-
ta-feira (21), em Santo André, no ABC. Segundo a
assessoria da Treelog, empresa que distribui os
cromos, ninguém ficou ferido durante a ação.
O roubo aconteceu por volta das 23h30. Arma-
dos, os criminosos renderam 30 funcionários que
estavam no local, durante cerca de 30 minutos, e
levaram 135 caixas, cada uma delas contendo
mil figurinhas. Cada pacote com cinco cromos
custa R$ 0,75.
Procurada pelo G1, a Panini, editora responsável
pelas figurinhas, afirmou que a falta dos cromos
em algumas bancas não tem relação com o rou-
bo. Segundo a editora, isso se deve à grande de-
manda pelas grandes figurinhas.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso
em: 23 abr. 2010 (adaptado).
A notícia é um gênero jornalístico. No texto, o que carac-
teriza a linguagem desse gênero é o uso de:
a) expressões linguísticas populares.
b) palavras de origem estrangeira.
c) variantes linguísticas regionais.
d) termos técnicos e científicos.
e) formas da norma padr~o da língua.
25
 Manual do Professor

ESCALA DE DESEMPENHO
Atribua uma pontuação ao seu desempenho em cada um dos objetivos apresenta-
dos, segundo a escala:

4 EXCELENTE 3 BOM 2 RAZOÁVEL 1 RUIM

ATIVIDADE 01
Consigo Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que cons- 4 3 2 1
troem a narrativa

ATIVIDADE 02
Reconheço as formas de tratar uma informaç~o em v|rios textos com o
mesmo tema. 4 3 2 1

ATIVIDADE 3
Consigo relacionar em diferentes contextos e leitura/escuta e ou produç~o
de textos as características de conectividade (uso de hipertextos, hiper-
links ou textos que circulam em contexto digital), identificando marcas de 4 3 2 1
registro da língua (formais, estilísticos e linguísticos.

ATIVIDADE 4
Consigo compreender criticamente textos orais, escritos e multissemióti-
cos, reconhecendo adequadamente os elementos que constituem os gê- 4 3 2 1
neros e as condições de produç~o (liter|rios e n~o liter|rios).

DESENVOLVIMENTO PESSOAL
Participei ativamente das aulas 4 3 2 1
Fiz e respondi perguntas pertinentes ao (s) conteúdo (s) estudado(s). 4 3 2 1
Ainda preciso estudar mais para entender o que foi visto. 4 3 2 1

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 26

 Manual do Professor

RESULTADO
Agora, somando todos os pontos atribuídos, verifique seu desempenho geral no
caderno e a recomendação feita por você.

- De 28 a 21 pontos, ATENDE [S EXPECTATIVAS, se julgar necessário, re-

veja alguns conteúdos para reforçar o aprendizado.
- De 20 a 14 pontos, ATENDE PARCIALMENTE [S EXPECTATIVAS ,
sendo assim, você precisa revisitar os conteúdos.
- De 13 e 07 pontos, NÃO ATENDE [S EXPECTATIVAS. É recomend|vel
solicitar a ajuda do professor ou dos colegas para rever conteúdos essenciais.

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 27

 Manual do Professor

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educaç~o. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. São Paulo: Sa-
raiva, 1996.

EVARISTO, Conceiç~o. Olhos d’|gua. 1° edição. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Bibliote-
ca Nacional, 2017.

Governo da Paraíba. Proposta Curricular do Estado da Paraíba - Ensino Infantil e Ensino

Fundamental. Secretaria de Estado de Educação, da Ciência e Tecnologia. João Pessoa,
2018.

Governo da Paraíba. Proposta Curricular do Estado da Paraíba - Ensino Médio. Secretaria

de Estado de Educaç~o, da Ciência e Tecnologia. Jo~o Pessoa, 2021.

Sequência Didática I | Língua Portuguesa | 1ª Série Médio (2021) 28

 Manual do Professor

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