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14/08/2014

Perfil epidemiológico e demográfico brasileiro:


Primeiros Socorros
• Jovens até 40a: Alta morbimortalidade violências e acidentes de
trânsito;
Conceitos básicos de • >40a: alta morbimortalidade doenças do ap circulatório (ex: IAM e
primeiros socorros AVE). (Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
(SVS/MS)

• >60a: doenças crônicas e neoplasias (10% da população brasileira tem


mais de 60 anos (= 20 milhões de pessoas) (IBGE, Censo 2010).
Profa. Carolina Suguimoto
2014

Principais cargas de morbimortalidade no País (por faixa etária) • Taxa de mortalidade por acidentes de transporte terrestre segundo a
condição da vítima – Brasil, de 1990 a 2007

Fonte: SIM/SVS/MS, 2010.


• Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), SVS/MS, 2007.
Tabela: doenças do aparelho circulatório (DAC); doenças do aparelho respiratório (DAR);
doenças infecciosas e parasitárias (DIP).

PRIMEIROS SOCORROS AO CHAMAR ESTES SERVIÇOS informar:


• São os 1os procedimentos de emergência que visam manter as funções vitais e
evitar o agravamento de uma pessoa às vítimas de acidente, ferida, inconsciente ou • Nome e o número do telefone;
em perigo de vida, até que ela receba assistência qualificada.
• Local da vítima (referências);
ACIONAMENTO DO RECURSO • Situação (como ocorreu);
• 190 que integra :
• POLICIA MILITAR (número nacional 190)
• Natureza da emergência;
• BOMBEIRO MILITAR (número nacional 193) • Número de vítimas
• POLICIA CIVIL (número nacional 147) • Condição da vítima
• PERICIA DO DETRAN (número nacional 194)
• POLIÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (número nacional 1527)
• Providências tomadas.
• SAMU (número 192)
• POLÍCIA RODOVIÁRIA ESTADUAL (número 3282-4047)
14/08/2014

• Verificar rapidamente os perigos:


Avaliação do Local do Acidente • fios elétricos soltos e desencapados;
• Etapa básica na prestação de primeiros socorros. • tráfego de veículos;
• No local de um acidente, ou onde se encontra um acidentado, deve- • andaimes;
• vazamento de gás;
se assumir o controle da situação e proceder a uma rápida e segura
• máquinas funcionando;
avaliação da ocorrência. • Animais;
• Deve-se tentar obter o máximo de informações possíveis sobre o • Iminência a queda, desmoronamento, explosão.
ocorrido. Dependendo das circunstâncias de cada acidente, é
importante também: • Deve-se desligar a corrente elétrica;
• evitar o pânico e procurar a colaboração de outras pessoas; ordens breves,
claras, objetivas; • evitar chamas, faíscas e fagulhas;
• manter afastados os curiosos, para evitar confusão e para ter espaço em que • afastar pessoas desprotegidas da presença de gás;
se possa trabalhar da melhor maneira possível. • retirar vítima de afogamento da água, desde que o faça com segurança
para quem está socorrendo;
(Fiocruz, 2003)

PRECAUÇÕES COM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS: Considerações Gerais sobre a função de quem está fazendo o socorro:

• Doenças Transmissíveis Pelo Sangue – Ex: Hepatite B, C e AIDS. • Contatar o serviço de atendimento emergencial
• Precauções Universais: uso de luva e máscara; • Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de: Salvar uma vida
e prevenir danos maiores
• Limpar a área e dispensar material utilizado; • Manter o acidentado vivo até a chegada deste atendimento.
• Contato com substâncias corporais: Lavar a área atingida e Relatar o • Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando confiança.
incidente e acionar médico infectologista.
• Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao
acidentado.
• Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado,
afastando-as do local do acidente, evitando assim causar o chamado
"segundo trauma", isto é, não ocasionar outras lesões ou agravar as já
existentes.

Samu
• Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial. • Disponibilizar atendimento precoce e transporte adequado às vítimas
acometidas por agravos à saúde de natureza clínica, cirúrgica, gineco-
• Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de obstétrica, traumática e psiquiátricas mediante o envio de veículos
atendimento. • Casos atendidos:
• Saber avaliar seus limites físicos e de conhecimento. • intoxicação exógena,
• queimaduras graves,
• Não tentar transportar um acidentado ou medicá-lo. • maus-tratos,
• Correta abordagem ao acidentado, lembrando que o objetivo é atendê- • tentativas de suicídio,
• acidentes/traumas, casos de afogamento,
lo e mantê-lo com vida até a chegada de socorro especializado, ou até a • choque elétrico,
sua remoção para atendimento. • acidentes com produtos perigosos
• crises hipertensivas,
(FioCruz, 2003) • problemas cardiorrespiratórios,
• trabalhos de parto com risco de morte
• transferência inter-hospitalar de doentes com risco de morte.
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RESGATE E TRANSPORTE Transporte imediato:


• Se possível não transporte à vítima e aguarde o socorro médico, salvo
situações de risco iminente para o socorrista ou para a vítima • Quando houver ameaça ambiental ou materiais perigosos (incêndio,
(transporte-a rapidamente para lugar seguro). explosão ou desabamento).
• Métodos de transporte são precários e podem agravar lesões • Não há possibilidade de proteger a cena do acidente, bem como obter
existentes. acesso ao paciente que necessita de cuidados de emergência.
• A presença de riscos no local, números de pessoas disponíveis,
diagnóstico do paciente e o local do acidente influenciam o tipo de
transporte.
• A vítima deve ser estabilizada e imobilizada antes do transporte,
preferivelmente por equipe especializada para não provocar lesões
adicionais ao paciente.
• Os movimentos devem ser sempre sincronizado com o outro socorrista.

TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA: • Pacientes incapazes de andar: Colo


• Um Socorrista: • Transportar a vítima colocando um braço debaixo dos joelhos do
acidentado e o outro em torno de suas costas, inclinando o corpo um
• Paciente capazes de andar: Apoio Lateral Simples pouco para trás.
(Passa-se o braço do acidentado por trás da sua nuca, • O acidentado consciente pode melhor se
segurando-a com um de seus braços, passando seu fixar, passando um de seus braços pelo
outro braço por trás das costas do acidentado, em pescoço da pessoa que o está socorrendo.
diagonal • Situações: envenenamento, picada por
• Situações: vítimas de vertigem, de desmaio, com ferimentos leves ou animal peçonhento, ou fratura, exceto
pequenas perturbações que não os tornem inconscientes e que lhes da coluna vertebral.
permitam caminhar.

• Pacientes que não podem andar: Transporte nas costas: • Pacientes que não podem andar: Transporte de bombeiro
• Por os braços da vítima sobre os ombros do socorrista por trás, • Vítima em DV, socorrista ajoelha-se e, com as mãos passando sob as
ficando suas axilas sobre os ombros deste. axilas da vítima, deixa-o em bipedestação, de frente para ele. O
• O transporte nas costas é usado para socorrista coloca uma de suas mãos na cintura da vítima e com a
outra toma o punho, colocando o braço dela em torno de seu
remoção de pessoas envenenadas pescoço. Abaixa-se, então, para frente, deixando que seu corpo caia
ou com entorses e luxações dos sobre os seus ombros.
MMII, previamente imobilizados • A mão que segurava a cintura do acidentado passa agora por entre as
coxas, na altura da dobra do joelho, e segura um dos punhos do
acidentado, ficando com a outra mão livre.
• Situações: fraturas e lesões graves. É eficaz e muito útil, se o
socorrista for ágil e fisicamente capaz.
14/08/2014

• Pacientes que não podem andar: Arrastamento por lençol / cobertor

• Seguram-se as pontas de uma das extremidades do lençol, cobertor


ou lona, onde se encontra apoiada a cabeça do acidentado,
suspende-se um pouco e arrasta-se a pessoa para o local desejado.
• Manobra de Retirada de
Acidentado, com suspeita de
fratura de coluna.

• 2 ou mais Socorristas: • Vítima Consciente incapaz de andar: Transporte em cadeirinha


• Vítima que pode andar: Apoio Lateral Simples • 1) Os socorristas se ajoelham, cada uma de um lado da vítima, cada
• Passa-se o braço do acidentado por trás da nuca de 2 socorristas, uma passa um braço sob as costas e outro sob as coxas da vítima.
segurando-a com um dos braços, passando o outro braço por trás das Então, cada um segura com uma das mãos o punho e, com a outra, o
costas do acidentado, em diagonal. ombro do companheiro, erguendo-se lentamente.
• Situações: vertigem, desmaio, com ferimentos • 2) Cada um dos socorristas segura um dos seus braços e um dos
braços do outro, formando-se um assento onde a pessoa acidentada
leves ou pequenas perturbações sem inconsciência se apóia, abraçando ainda o pescoço e os ombros das pessoas que a
ou obesos, na qual uma única pessoa não consiga está socorrendo.
socorrê-lo e removê-lo.

• Vítima Consciente incapaz de andar: Transporte pelas Extremidades:


• Uma das pessoas que estão prestando os primeiros socorros segura
com os braços o tronco da vítima, passando-os por baixo das axilas da
mesma. A outra, de costas para o primeiro, segura as pernas da
vítima com seus braços.
14/08/2014

• Vítima inconsciente : Transporte de colo: • Vítima inconsciente: Transporte de Cadeira


• A vítima é abraçada e levantada, de lado, até a altura do tórax dos • Um segura a parte da frente da cadeira, onde os pés se juntam ao
socorristas. assento e o outro segura lateralmente os espaldares da cadeira pelo
• Situações: fratura ou luxação de ombro, e o membro afetado deve meio. A cadeira fica inclinada para trás, pois a pessoa da frente coloca
sempre ficar para o lado do corpo das pessoas que estão socorrendo, a borda do assento mais alto que a de trás.
a fim de melhor protegê-lo (tendo sido antes imobilizado). Cuidado durante a remoção para que a
vítima não caia.
• Situações: Quando vítima está numa
cadeira

• Vítima inconsciente : Transporte de Maca IMPROVISAÇÃO DE EQUIPAMENTOS PARA TRANSPORTE


• É o melhor meio de transporte. • Improvisação de prancha longa: porta, prancha de surf, tábua longa e
• Improviso: abotoar 2 camisas ou um paletó em 2 varas ou bastões, ou resistente.
enrolando um cobertor dobrado em 3, envolta de tubos de ferro ou • Improvisação de maca ou padiola:
bastões. cabos de vassoura, cobertores,
• Pode-se ainda usar uma tábua larga e rígida ou mesmo uma porta. paletós, camisas, cordas, lonas,
sacos de pano.

POSIÇÃO DO PACIENTE DURANTE O TRANSPORTE


SELEÇÃO DO MÉTODO APROPRIADO PARA TRANSPORTE
• Pacientes Não Traumáticos:
• Se possível em ambulância. • Choque com falta de ar: Semi-sentados.
• Nos casos especiais em que não houver ambulância disponível: • Choque: DD com as extremidades inferiores elevadas.
utilizar veículos grandes (como caminhonetes, ônibus ou caminhões • Inconsciente: DLE para prevenir a aspiração.
para que se possa deitar a vítima) • Gestantes: DLE em posição de permitir assistência ao parto.
• Dirija com segurança para evitar acidentes.
• Pacientes traumatizados
• DD sobre a prancha longa.

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ - SECRETARIA ESPECIAL DE DEFESA SOCIAL


DEPARTAMENTO DE TRANSITO DO ESTADO DO PARÁ
DAF/CRH/GERÊNCIA DE SELEÇÃO E TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
14/08/2014

Reflexão: Grupo de maior risco? Lembrar:


• Choque elétrico;
• Acidente automobilístico;
• Queda andaimes; • As reações e comportamentos são diferentes do normal, não
• Ataque de animais; permitindo que a vítima possa avaliar as próprias condições de saúde e
• Queda da própria altura; as consequências do acidente.
• Desmoronamento de casa;
• Explosão vazamento de gás;
• Obter a colaboração de outras pessoas dando ordens claras. Identificar
• Queimaduras; pessoas que se encarreguem de desviar o trânsito ou construir uma
• Envenenamento; proteção provisória por ex.
• Pico hipertensivo; • Jamais se exponha a riscos.
• FAF;
• FAB;
• Tranquilizar o acidentado. Em todo atendimento ao acidentado
• LM por mergulho em agua rasa consciente, comunicar o que será feito antes de executar para
• Fratura exposta transmitir-lhe confiança, evitando o medo e a ansiedade.

• Em caso de lesão por choque violento, pressupõem-se lesão interna, Referencias bibliográficas
requerendo técnicas específicas de manipulação, pois qualquer
movimento errado pode piorar o seu estado.
• Obstrução vias aéreas manobra (Serviço integrado de atendimento ao
• Assim, não manusear até a chegada do atendimento emergencial. trauma em emergências)
• Acidentados presos em ferragens só devem ser retirados pela equipe • Manual de primeiros socorros - FioCruz, 2003
de atendimento emergencial.
• Primeiros socorros Detran
• Mesmo com sede, não dê líquidos para beber, apenas molhe sua boca
com gaze ou algodão umedecido • Manual instrutivo da Rede de Atenção em Urgências (Ministério da
Saúde governo do Pará)
• Cobrir o acidentado para conservar o corpo quente e protegê-lo do frio
e chuva.

• TCE: evitar dormir após trauma

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