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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO

UNISAL – CAMPUS LICEU

Carolina Vital Ortiz


Fernando da Silva Maia
Giulia Cavaggioni Kolokathis
Maria Luisa Franco Felix de Souza
Scheila Rodrígues Parra

ATIVIDADE AVALIATIVA: livro “Dibs em busca de si mesmo”

Campinas
2021
ii

Carolina Vital Ortiz – 190008811


Fernando da Silva Maia – 180000095
Giulia Cavaggioni Kolokathis – 180005926
Maria Luisa Franco Felix de Souza – 180000117
Scheila Rodrígues Parra – 180003217

ATIVIDADE AVALIATIVA: livro “Dibs em busca de si mesmo”

Trabalho apresentado como parte das exigências para


aprovação na disciplina de Psicoterapia Humanista do 8º
semestre de Psicologia.
Professora: Ma. Patrícia Regina Bueno Incerpe

Campinas
2021
SUMÁRIO
iii

INTRODUÇÃO 4
1. CONTEXTUALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS PERSONAGENS 5
2. A TÉCNICA DA LUDOTERAPIA CENTRADA NA CRIANÇA 6
3. A RELAÇÃO TERAPÊUTICA 8
4. O PROCESSO TERAPÊUTICO 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS 12
REFERÊNCIAS 13

INTRODUÇÃO
iv

O trabalho sobre a obra “Dibs em busca de si mesmo”, da autora Virgínia Axline, foi
elaborado a partir da leitura, interpretação e relação teórica com os conteúdos trabalhos na
disciplina de Psicoterapia Humanista.
O livro se trata da história de um menino cujos comportamentos são incompatíveis
com o que é estabelecido pela sociedade e por isso, acaba sendo estigmatizado com doença
mental. Entretanto, com a atenção e técnicas da psicóloga que o atende, Dibs adentra uma
jornada interior buscando a si mesmo através da ludoterapia.
É nesse processo que Dibs cresce e se cura, uma vez que, com o apoio e aceitação
incondicional da psicoterapeuta, descobre que aquilo que ele procurava na verdade estava
dentro dele. Dessa forma, o livro de forma sensível e dinâmica, coloca em evidência a luta e
conquista pela própria identidade e autenticidade do eu.

1. CONTEXTUALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DOS PERSONAGENS


v

Dibs é uma criança de pouca idade, aluno de uma escola particular de Nova Iorque,
Estados Unidos. Possui comportamentos relatados como paradoxais, estranhos e embora
frequente a escola assiduamente não estabelece grandes relações com o ambiente em mesma
intensidade “Dibs passava o tempo engatinhando ao redor da sala, escondendo-se sob as
mesas ou atrás do piano, olhando livros durante horas”. (AXLINE, 1979, p. 8).
Enquanto em certos momentos de sua rotina apresenta resistência, em outros não se
manifesta, exemplificando a passividade ou agressividade em sentido pleno, entretanto, sem
grandes padrões passíveis de classificação, ora sinais de retardo mental, ora facilidade na
realização de tarefas. (AXLINE, 1979).
A mãe de Dibs, indiretamente, é introduzida na história através da fala do garoto
durante um de seus acessos de raiva no período de saída da escola, “Não vou para casa”, já
que ela o levara a escola quando seu motorista não o fazia. Embora de constante consulta da
escola para falar de seu filho, a mãe sempre pedira mais tempo para o garoto que foi (e
continua sendo) entregue à escola via persuasão e sem qualquer participação do mesmo. Já o
pai, nunca foi visto. (AXLINE, 1979).
Como reação de um funcionamento rígido no decorrer de dois anos da criança na
escola e falhas nas investigações da psicóloga escolar, pediatra e professores, Dibs estaria
prestes a ser expulso por “desafiar” aqueles profissionais e “promover” angústias no corpo
docente, entretanto, via intermédio da mãe, foi possível o contato da psicóloga clínica (autora
do livro) e o garoto, dando início a seu acompanhamento. (AXLINE, 1979).
Dessa forma, entende-se, implicitamente, uma dinâmica familiar distinta, entretanto,
são relatados poucos (ou nenhum) esforços por representantes escolares a investigarem ou,
pelo menos, não reproduzirem os olhares de angústia que a criança constantemente sofrera, o
apagando de si mesmo lentamente. (AXLINE, 1979).

2. A TÉCNICA DA LUDOTERAPIA CENTRADA NA CRIANÇA


vi

Para a autora Axline, a ludoterapia tem bases na não-diretividade da ludoterapia


rogeriana, porém é possível observar semelhanças entre os modelos (BRITO, PAIVA, 2012).
Em a “Psicologia e Consulta Psicológica”, livro de Rogers (2005) lançado em 1942, aponta
diretrizes para conduzir sessões de psicoterapia. Cinco anos depois, Virginia Axline (1984)
escreveu “Ludoterapia – a dinâmica interior da criança”, em 1947, com uma visão um pouco
modificada da inicial criada por Rogers. É interessante salientar essas diferenças e
semelhanças para que a ludoterapia centrada na criança possa, cada vez mais, ser melhor
compreendida, contextualizada e utilizada pelos profissionais. (BRITO, PAIVA, 2012).
Ambos os autores, Rogers e Axline, tem um mesmo ponto de partida: proporcionar ao
indivíduo uma relação sem controle do terapeuta, deixando que ele se torne o foco da terapia,
sobrepondo o problema-queixa. É sempre o indivíduo quem dá a direção dos rumos que a
terapia deverá tomar. (BRITO, PAIVA, 2012).
Defendem a ideia de que o terapeuta deve confiar na capacidade de crescimento do
cliente para que ele possa se auto-dirigir e o terapeuta possa segui-lo (BRITO, PAIVA, 2012).
Segundo Rogers (2005), essas ações sevem de apoio para que o cliente possa se desenvolver,
uma vez que a terapia não existe para induzir o indivíduo à alguma ação, mas sim para libertá-
lo de obstáculos que o impedem de se desenvolver plenamente. Confiar no cliente promove a
libertação, a auto-responsabilidade e a maturidade.
Ademais, estão de acordo quanto à permissividade que o terapeuta dispõe ao cliente.
Permitir e oferecer ao cliente um lugar onde ele possa falar de sentimentos positivos e
negativos, sem o julgamento e com aceitação e compreensão é essencial (BRITO, PAIVA,
2012). Axline (1984), quando fala sobre crianças, salienta que a permissividade possibilita a
aquisição, por parte do cliente, de consciência da sua responsabilidade quanto às escolhas
feitas.
Sobre a construção de limites terapêuticos na relação entre psicólogo e cliente, os
autores também concordam. Esse item é necessário para que o cliente se compreenda melhor.
Os limites aumentam a percepção do cliente sobre as responsabilidades sobre seus atos e
sentimentos na terapia e traça-los é importante para a manutenção da relação terapêutica.
(BRITO, PAIVA, 2012).
A capacidade do terapeuta de não apressar o processo de seu cliente é outro fator
importante em que Rogers e Axline estão de acordo. A relação terapêutica deve ser livre de
qualquer tipo de pressão ou coerção por parte do terapeuta. (BRITO, PAIVA, 2012).
Axline se alinha à construção terapêutica descrita por Rogers, entretanto, alguns
pontos divergem e destacá-los é essencial para definir a terapia rogeriana e a ludoterapia.
vii

Embora Rogers afirme que não há diferenças entre as duas terapias, com a exceção à
comunicação feita entre terapeuta e a criança, há mais algumas sutis divergências. A relação
contínua de permissividade, com limites mútuos e noção dos papeis do terapeuta, apresenta-
se, segundo a ótica da ludoterapia não diretiva de Axline (1984), com ênfase ao limite e
apresenta uma sistematização mais detalhada das atitudes para com a criança. Para esta
autora, o termo “não -diretivo” contém uma ideia clara do papel do terapeuta na relação, mas
não deixa muito claro o papel do cliente. Por esta razão, lança uso da expressão “terapia auto-
diretiva”, focando a terapia em termos do cliente e do terapeuta, gerando uma proximidade
com a fase da teoria rogeriana “Terapia Centrada no Cliente”. (BRITO, PAIVA, 2012).
Para Rogers (2005), há a necessidade de verificar um estado de tensão para a
existência da psicoterapia e, também, precisa haver desejo de ajuda por parte do cliente. O
cliente tem que estar em grau de sofrimento emocional acentuado e ter a consciência de que
precisa de ajuda. Axline (1984), por sua vez, afirma que a ludoterapia pode acontecer mesmo
que a criança não esteja em grau de sofrimento acentuado. Neste caso, a terapia poderia servir
para prevenir uma situação de agravo do desajuste.
Quando as demandas do cliente estão ligadas ao relacionamento familiar, a terapia
pode ter mais eficácia porque, se realizada unicamente com a criança, fadaria ao fracasso.
Dessa forma, para Rogers, o tratamento tem que acontecer juntamente com os pais.
(ROGERS, 2005).
Já para Axline (1984), essa necessidade de que os pais ou responsáveis passem por
terapia durante o tratamento da criança não é obrigatória. A autora diz que, embora não seja
uma condição indispensável, o acompanhamento dos pais juntamente com a criança pode
potencializar o tratamento e acelerar o processo terapêutico. Ela defende que a criança tem a
capacidade de alterar as relações familiares.
Por fim, apesar das diferenças entre os dois autores serem sutis, são significativas para
compreender a proposta de Axline como diferencia da psicoterapia não diretiva de Rogers.
(BRITO, PAIVA, 2012).

3. A RELAÇÃO TERAPÊUTICA
viii

“Existe através do universo um misterioso e desconcertante vínculo de comunicação”


(ROGERS et al, 1983, p. 11 apud BRANCO, 2002), a relação entre Dibs e a terapeuta desde o
início do tratamento seguiu os oito princípios básicos da ludoterapia. O primeiro princípio fala
que o terapeuta deve criar um relacionamento amigável e calmo, com a intenção de que logo
se estabeleça o rapport (uma ligação para que a interação e comunicação ocorra com menos
resistência), e a terapeuta de Dibs desde que o conheceu na escola desenvolveu um contato
caloroso e amigável. (AXLINE, 1984).
O segundo princípio fala que o terapeuta aceita a criança como ela é, e a terapeuta de
Dibs o aceitou exatamente como ele era, e com isso dando passo ao terceiro princípio, que
fala que com a relação estabelecida no primeiro princípio, a criança se sente completamente à
vontade em expressar seus sentimos. E com Dibs não foi diferente, ele podia ser quem ele era,
sem ter alguém o reprendendo, ou falando que o que ele dizia era tolice, isso fez com que ele
começasse a expressar seus sentimentos durante a ludoterapia. (AXLINE, 1984).
O quarto princípio é quando o terapeuta começa a identificar os sentimentos
expressados pela criança, e a terapeuta de Dibs também fez isso, começou a identificar seus
sentimentos conforme Dibs ia se expressando. Já o quinto princípio fala que o terapeuta tem
um respeito muito grande pela capacidade que a criança tem em resolver os problemas e o
terapeuta dá oportunidade para a criança, tanto para resolver os problemas quanto para deixar
a criança fazer suas escolhas. Nas sessões de Dibs é possível ver claramente que a terapeuta o
deixa livre para resolver os problemas que ele encontrava, principalmente em consertar algum
brinquedo que ele achava quebrado. Também tinha livre arbítrio para fazer suas escolhas, o
que queria fazer ou não fazer. (AXLINE, 1984).
Em continuação, o sexto princípio fala que o terapeuta não diz o que a criança deve
fazer ou escolher, isso tem que vir direto da criança, e Dibs fazia suas escolhas, dizia o que
seria feito e sua terapeuta apenas seguia o que ele dizia. Já o sétimo princípio fala que o
terapeuta não tenta reduzir a duração da terapia, e nas sessões de Dibs também ocorria isso,
sua terapeuta não reduzia nem apressava a duração da sessão, ela apenas deixava rolar e
quando Dibs a perguntava quanto tempo restava, ela respondia. (AXLINE, 1984).
E por fim, o oitavo princípio fala que o terapeuta estabelece limitações que são
importantes para fundamentar a terapia no mundo da realidade e fazer que a criança seja
consciente de suas responsabilidades no relacionamento. A terapeuta de Dibs tinha todo esse
cuidado com as limitações para entender o que Dibs expressava em suas brincadeiras e jogos
e trazer isso para a realidade em que Dibs vivia e, com responsabilidade, ir trabalhando com
esses aspectos e princípios da ludoterapia. (AXLINE, 1984).
ix

Doster (1996 apud BRANCO, 2002) diz que a ludoterapia na abordagem centrada na
pessoa como atendimento voltado para crianças é o tipo de atendimento ideal, pois a
ludoterapia traz comportamentos terapêuticos importantes para o crescimento da criança,
como a compreensão, congruência e aceitação positiva.
Ao analisar a relação entre Dibs e a terapeuta, é possível afirmar que o posicionamento
que a ela teve no caso foi um grande passo para o crescimento pessoal de seu cliente; a
liberdade que ele teve para se expressar foi importante; e principalmente a maneira que a
terapeuta falava nesse processo: “Como você disse que queria; Como eu falei que desejava;
como foi conversado”, fez com que Dibs se sentisse à vontade para ter um bom
desenvolvimento e confiança na terapeuta, criando uma relação terapeuta-cliente muito direta
e eficiente. (AXLINE, 1979).

4. O PROCESSO TERAPÊUTICO

De acordo com a leitura do livro “Dibs em busca de si mesmo”, viu-se o interesse


genuíno da psicóloga por essa criança, ela já o havia observado na rotina dentro da escola e
x

embora tivesse tentado testá-lo inúmeras vezes, sabia que ele não estava pronto para isso.
(AXLINE, 1986).
A psicóloga então assume o caso de Dibs e se propõe a tentar novamente,
empolgando-se com essa possibilidade. Conversa com a equipe escolar e com a mãe de Dibs,
pedindo autorização e comprometimento com as sessões de terapia, além de informações
sobre a criança, o que acaba gerando um clima tenso entre a psicóloga e a mãe, que diz não ter
informações, que Dibs era um retardado mental e caso precisasse de mais informações, que
poderia recorrer diretamente a escola, pois ela não tinha mais nada para dizer. (AXLINE,
1986).
Enquanto técnica para o processo terapêutico, utilizou-se da ludoterapia que tem como
objetivo aproveitar de recursos lúdicos, brinquedos e brincadeiras para acessar o mundo da
criança através do brincar. (AXLINE, 1984).
De uma forma respeitosa, a psicóloga convida Dibs para a sala de ludoterapia e o
deixa livre e confortável para escolher como e com o que brincar, após Dibs examinar a sala e
algumas opções de brinquedos, começa a interagir com uma casa, nomeando os objetos que
estão dentro “casa, cama, guarda-roupa” e depois pega alguns bonecos, dando nomes “papai,
mamãe, irmão e bebê” e a psicóloga foi interagindo de longe “sim, pode ser o papai” e
aguardando os próximos passos de sua história e interação. (AXLINE, 1984).
“Muitas vezes, essa abertura do ser pela comunicação é realizada pelos adultos, em sua
ansiedade, privando a criança de construí-la". (AXLINE, 1986, cap. II).
Durante o processo de terapia foi possível observar que a psicóloga o acolhe e se
interessa pelos medos e anseios trazidos em sua história, fazendo com ele entenda que seus
temores são de fato importantes. Ela tenta compreendê-lo em sua totalidade, aproximando-se
do que Dibs quer dizer durante a brincadeira e aos poucos, tenta construir uma relação com a
criança. (AXLINE, 1984).
Dado o início da ludoterapia, Dibs começou a participar de forma mais ativa,
descobriu-se ainda nas primeiras sessões que ele realmente sabia ler, tirando assim a
classificação de retardado mental. Dibs sabia também escrever as cores, ler o nome da marca
da tinta e nomear objetos e contou durante uma brincadeira sobre meu medo de portas
trancadas e paredes, mostrando-se ansioso ao narrar essa situação. (AXLINE, 1984).
“As portas fechadas que havia encontrado em sua vida, sem dúvida, o haviam
impressionado profundamente”. (AXLINE, 1986, cap. V).
xi

A relação terapêutica entre Miss A e Dibs foi sendo construída gradativamente e a


cada sessão, era possível enxergar como Dibs tinha um vocabulário rico, como era capaz de
compreender situações, definir problemas e solucioná-los.
“E nessa sala de ludoterapia, Dibs começou a libertar-se das asfixiantes paredes que
havia construído ao redor de si”. (AXLINE, 1986, cap. II).
O processo terapêutico de Dibs aconteceu com o uso da técnica de ludoterapia que de
acordo com Therense (2019) considera que o processo de fala e escuta, mediada pelo brincar,
possibilitam que a criança lide com seu sofrimento.
Dentre as principais finalidades do atendimento clínico infantil têm-se: a) construir
com a criança uma experiência de permanência consigo, mobilizando o autocuidado
(Feijoo, 2011); b) possibilitar às crianças o desenvolvimento de formas de
enfrentamento da situação angustiante, reconhecendo o problema sem, no entanto,
permitir que os conflitos as afastem daquilo que são (Protásio, 1998); c) estimular
potencialidades que, até então, estavam subjugadas a uma realidade vitimizadora
(Vitola, Minella e Silveira, 2009); d) propiciar oportunidades para que seja
resgatado o curso satisfatório do desenvolvimento infantil (Aguiar, 2014); e)
promover e legitimar um espaço de protagonismo infantil (Forteski et al., 2014). As
possibilidades elencadas não são mutuamente excludentes e podem ser mais ou
menos valorizadas dependendo da especificidade da linha teórica do psicoterapeuta.
(Therense, 2019, p. 1).

Além disso, estabelecer sentimento de permissividade, fazendo com que a criança se


sinta livre para expressar por completo seus sentimentos; manter o respeito pela criança,
respeitando sua capacidade em resolver os próprios problemas e fazer escolhas; lembrar-se
que a criança indica o caminho, o terapeuta não deve tentar puxar um assunto/tema, o
terapeuta apenas a acompanha; não apressar a terapia, sabendo que ela é um processo
gradativo e individual e mostrar o valor dos limites, trazendo a criança para o mundo real,
tomando consciência de suas responsabilidade. (AXLINE, 1984).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
xii

No trabalho foi dada uma breve introdução do processo da ludoterapia proposta pela
autora Virgínia M. Axline, a partir de uma análise teórica sobre o tema, fazendo relações com
o livro escrito pela mesma psicóloga, “Dibs em busca de si mesmo”, que conta de forma
narrativa e dinâmica como são feitas as sessões, os princípios teóricos e metodológicos da
abordagem em questão e outros materiais importantes para a correlação teórica.
Além disso, trouxemos as diferenças e semelhanças entre a ludoterapia proposta por
Axline e a psicoterapia de Carl Rogers, uma vez que a Abordagem Centrada na Pessoa criada
e desenvolvida pelo autor está sendo vista na disciplina de humanismo ao longo dos semestres
e serve como base para pensarmos sobre a abordagem humanista e suas diferentes
ramificações.
Ao que diz respeito à ludoterapia para o atendimento com crianças, compreendemos
que é uma técnica eficiente para esse público, uma vez que usa de recursos lúdicos – por isso
o seu nome, inclusive – para adentrar o universo infantil durante as sessões. (AXLINE, 1984).
Por fim, existem alguns pontos dentro da sessão que não podem ser esquecidos pelo
psicólogo/terapeuta, como estabelecer/desenvolver o rapport; aceitar a criança
completamente, ou seja, quando uma criança é trazida a terapia, entende-se que algo querem
mudar em seu comportamento, logo, parte dela, se não toda, está sendo rejeitada pelos
pais/família, por esse motivo, a aceitação da criança em sua totalidade é um pronto crucial
para o resultado da terapia. (AXLINE, 1984).

REFERÊNCIAS
xiii

AXLINE, Virgínia M. Dibs: em busca de si mesmo. 4. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979.

AXLINE, Virgínia M. Dibs: em busca de si mesmo. 14. ed. Rio de Janeiro: Círculo do livro,
1986.

AXLINE, Virgínia M. Ludoterapia: a dinâmica interior da criança. Belo Horizonte:


Interlivros, 1984.

BRANCO, Taciane Marques Castelo. A comunicação entre o terapeuta e a criança na


ludoterapia centrada na criança. Associação Paulista da ACP, Socorro, 2002. Disponível em
<https://www.apacp.org.br/diversos/artigos/a-comunicacao-entre-o-terapeuta-e-a-crianca-na-
ludoterapia-centrada-na-crianca/>. Acesso em 25 set. 2021.

BRITO, Rosa Angela Cortez de; PAIVA, Vilma Maria Barreto. Psicoterapia de Rogers e
ludoterapia de Axline: convergências e divergências. Rev. NUFEN, São Paulo, v. 4, n. 1, p.
102-114, 2012. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
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ROGERS, Carl. R. A criação de uma relação de consulta psicológica. In:______.


Psicoterapia e consulta psicológica. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005, cap. 4, p. 85-
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ROGERS, Carl. R. Os métodos diretivo e não diretivo. In:______. Psicoterapia e consulta


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<https://gmeaps.files.wordpress.com/2017/05/carl-rogers_psicoterapia-e-consulta-
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ROGERS, Carl. R. Liberdade de expressão. In:______. Psicoterapia e consulta psicológica.


3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005, cap. 6, p. 131-174. Disponível em:
<https://gmeaps.files.wordpress.com/2017/05/carl-rogers_psicoterapia-e-consulta-
psicolc3b3gica.pdf>. Acesso em: 24 set. 2021.

THERENSE, Munique. O processo ludoterapêutico na perspectiva fenomenológica-


existencial das crianças em atendimento clínico. Rev. da Abordagem Gestáltica, Goiânia, v.
25, n. 1, p. 15-25, 2019. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rag/v25n1/v25n1a03.pdf>. Acesso em: 26 set. 2021.

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