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Professora Gislene Teixeira Coelho – Terceiro Ano Integrado

Primeiro Bimestre – Aula 13


Aula do dia: 15/06/2021

ESTUDO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Leia o texto abaixo de uma crônica de Martha Medeiros, observando com atenção o valor e a
função das orações em destaque para a construção do texto:

As supermães e as mães normais [...]


Há quase 16 anos no ramo da maternidade, com duas experiências bem sucedidas até aqui, me
pergunto: o que fiz que merecesse ficar como exemplo para a posteridade? Ok, passei noites em
claro, troquei muitas fraldas, levei e busquei do colégio umas 3 mil vezes – e ainda sigo na função.
Fui a festinhas de aniversário barulhentas, passei fins de semana em pracinhas, ensinei a andar de
bicicleta, levei a livrarias e cinemas, fiz vários curativos, impus limites, disse “não” quando era
preciso e até quando não era preciso. Nada que uma mãe média também não faça.
O que elas aprenderam comigo? A devolver o que não é seu, a dizer a verdade, a ser gentil, a
não depender demais dos outros, a aceitar que as pessoas não são todas iguais e que isso é bom.
Nem mesmo as mães são todas iguais, contrariando o famoso ditado. Há aquelas que se
sacrificaram, as que abriram mão de sua felicidade em troca da felicidade dos filhos, as que
mantiveram casamento horroroso para não fazê-los sofrer com um lar desfacelado, as que
trabalharam insanamente para não faltar nada em casa, as que sangraram por dentro e por
fora para manter a família de pé.
Eu não fiz nada disso. Por sorte, a vida não me exigiu nenhuma atividade sobre-humana. Fui e
sido sendo uma mãe bem normalzinha. Que acerta, que erra, que faz o melhor que pode. Em
comum com as supermães, apenas o amor, que é sempre inesgotável. Mas, medalha de honra ao
mérito, não sei se mereço. Não me julgo sacrificada e tampouco sublime. Sou uma mulher que
teve a sorte de ter a Julia e a Laura, uma mulher que se equilibra entre dúvidas e certezas e
que consegue tirar um saldo positivo dessa adorável bagunça.
[...]
MEDEIROS, Martha. Revisto do jornal “O Globo”. Rio de Janeiro, 13 mai. 2007, p. 20.

Se observamos com atenção as orações em destaque, veremos que desempenham a importante


função de caracterizar e determinar o que a cronista propõe como representação das supermães e
das mães normais.
Para tanto, é visível a apresentação de dois momentos distintos:
a) No segundo parágrafo, as orações em destaque especificam os traços das supermães,
trazendo informações que as distinguiriam das outras mães.
b) No terceiro parágrafo, as orações em destaque delimitam o entendimento de uma mãe
normal, trazendo outras informações que qualificariam esse grupo específico.

Observem que orações como “que trabalharam insanamente” poderia até ser substituída por
um adjetivo, no caso, as mães trabalhadoras. Percebam, portanto, a proximidade desses tipos de
orações com os adjetivos, o que justificaria, inclusive, a classificação como subordinadas adjetivas.
Em resumo, as orações subordinadas adjetivas exercem a função de um adjetivo, podendo
determinar, limitar, restringir ou explicar o significado do termo a que se referem, no caso da
crônica de Medeiros, do termo supermães e mães normais.
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As orações subordinadas adjetivas referem-se a um nome da oração principal e sempre


começam por um pronome relativo (que, quem, o qual/a qual/os quais/as quais, cujo, onde, quanto).
Veja o exemplo abaixo retirado da crônica:

Em comum com as supermães, apenas o amor, que é sempre inesgotável.

Observe que o pronome relativo “que” recupera o elemento anterior “amor” e pode, inclusive, ser
substituído por “o qual”.
Observe também que essa frase, diferentemente dos outros destaques no texto, não delimita, não
restringe o sentido do termo a que se refere (o amor), mas somente explica o termo “amor”, trazendo
uma informação generalizante dizendo que o “amor materno é sempre inesgotável”, seja por parte
das “supermães” ou das “mães normais”.
Na próxima seção desta apostila, explicaremos melhor a distinção entre esses dois grupos de
orações subordinadas adjetivas: as que restringem e as que explicam.

Agora, compare com o exemplo abaixo, analisando as três ocorrências de “que”:

A devolver o que não é seu, a dizer a verdade, a ser gentil, a não depender demais dos outros, a
aceitar que as pessoas não são todas iguais e que isso é bom.
No primeiro uso, temos: “A devolver o (o = aquilo) que”, onde o uso do pronome relativo “que”
faz referência ao pronome “o” da oração anterior.
Por outro lado, as outras duas ocorrências de “que” não recuperam nada da oração anterior,
somente ligam as orações completando do sentido do verbo “aceitar”, ou seja, não funcionam como
pronomes relativos, são somente conjunções.

 Divisão das orações:


1ª 2ª 1ª
Exemplo 1: A casa / onde morei / fica a duas quadras.
1 oração

1ª 2ª
Exemplo 2: Minha terra tem palmeiras, / onde canta o sabiá.

Observem que, pela divisão das orações, é muito comum que a oração principal venha dividida,
com em Exemplo 1, com a subordinada adjetiva intercalada. Assim, teríamos:
1ª Oração: “A casa ... fica a duas quadras.”
2ª Oração: “onde morei”

No Exemplo 2, a primeira oração termina e, a seguir, a segunda oração começa.


No Exemplo 1, “onde” refere-se a “casa”, e, no Exemplo 2, “onde” refere-se a “terra”.

I. ORAÇÕES ADJETIVAS EXPLICATIVAS E RESTRITIVAS

Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:


1. Adjetivas restritivas: restringem, limitam, tornam mais exata a significação do nome a que se
referem, auxiliando na identificação do seu referente.
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2. Adjetivas explicativas: acrescentam qualidade acessória, informação adicional, não são


essenciais para a identificação do nome a que se referem. Na escrita, ficam isoladas por
vírgulas.

Observem a questão abaixo, que exemplifica um tipo de pergunta comum nas provas de concursos
seletivos:

(UFES) Identifique e justifique as diferentes possibilidades de interpretação nos seguintes


exemplos:
a) Os candidatos ao vestibular, que só querem o diploma, não pensam na sociedade.
b) Os candidatos ao vestibular que só querem o diploma não pensam na sociedade.

Ao optar ou não pelo uso das vírgulas na oração adjetiva “que só querem o diploma”, o autor
desse tipo de frase imprime uma significativa mudança semântica. Em a, constrói-se a ideia de que
todos os candidatos só querem o diploma, de modo que a oração “que só querem o diploma” introduz
somente uma informação adicional do grupo a que se refere. Em b, a oração “que só querem o
diploma” restringe, delimita o sentido de “os candidatos ao vestibular”, informando que somente
aqueles que aspiram unicamente ao diploma (uma parte do grupo) não pensariam na sociedade. Ou
seja, a utiliza uma oração subordinada adjetiva explicativa, e b utiliza uma oração subordinada
adjetiva restritiva.

Agora, considerando a explicação apresentada anteriormente, observem as duas frases abaixo,


pontuem adequadamente com as vírgulas e classifique o tipo de adjetiva utilizado.
a) O homem que é mortal julga-se eterno.
b) As árvores que dão frutos são raras no sítio.
c) Os homens que têm seu preço são facilmente corrompidos.

Nas frases indicadas, temos três situações diferentes de análise, pontuando adequadamente,
teríamos:
a) O homem, que é mortal, julga-se eterno. (COM VÍRGULAS OBRIGATORIAMENTE)
b) As árvores que dão frutos são raras no sítio. (SEM VÍRGULAS OBRIGATORIAMENTE)
c) Os homens, que têm seu preço, são facilmente corrompidos.
Os homens que têm seu preço são facilmente corrompidos.
(COM E SEM VÍRGULAS, IMPRIMINDO MUDANÇA DE SENTIDO)

Em a, as vírgulas são obrigatórias, pois a oração “que é mortal” não serve para delimitar e restringir
quais homens seriam mortais, haja vista o claro entendimento de que todos os homens sejam
mortais, ou seja, a oração é subordinada adjetiva explicativa.
Em b, não se emprega vírgulas, pois temos em uso uma oração subordinada adjetiva restritiva
em “que dão frutos”, uma vez que precisamos de limitar o tipo de árvore, e sabemos que somente
algumas árvores dão frutos.
Em c, temos um terceiro caso, em que a oração “que têm preço” pode ser colocada ou não entre
vírgulas, dependendo, portanto, do sentido que desejamos atribuir à frase em questão. Se empregamos
as vírgulas, estamos considerando que todos os homens têm seu preço, logo estaremos empregando
uma oração subordinada adjetiva explicativa. Se subtraímos as vírgulas, oferecemos uma visão
mais otimista em torno da condição humana, dizendo que somente alguns homens têm seu preço,
logo nem todos são corrompidos facilmente.
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Analisem os exemplos abaixo:

Exemplo 1:

Homenagem
O desafio de ler um livro por dia
Sensibilizada pela morte da irmã, que era uma ávida leitora, a norte-americana Nina Sankovitch
decidiu embarcar numa inusitada viagem literária que durou um ano.
VIOTTO, Jordana. O desafio de ler um livro por dia. Fantástico: o show da vida em revista. São Paulo: Globo, dez.-
jan. 2010, p. 47.

No exemplo acima, destacamos a seguinte oração: “que era uma ávida leitora”. A oração em
questão apresenta-se separada por vírgulas, introduzindo uma explicação adicional em relação ao
termo “irmã”. Portanto, classifica-se como uma oração subordinada adjetiva explicativa.

Exemplo 2:

Analise o período e observe a divisão de suas orações:

1ª 2ª 1ª 3ª
O Brasil / que come / ajudando o Brasil / que tem fome.
1ª oração

A campanha publicitária acima vale-se de duas orações “que come” e “que tem fome” para
especificar, restringir dois sentidos para o mesmo termo “Brasil”, de modo a utilizar orações
subordinadas adjetivas restritivas. Assim, demarca-se um chamado para que os brasileiros que
comem ajudarem os brasileiros que não têm o que comer.

II. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS REDUZIDAS

As orações subordinadas adjetivas podem ser desenvolvidas ou reduzidas. Quando reduzidas,


subtrai-se o pronome relativo e usa-se o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. Observem
os exemplos abaixo:
Encontrei pai e filho a discutir futebol. (= que discutiam)
Na sala de espera, havia um garoto gritando desesperadamente. (= que gritava desesperadamente
Ele distribuiu às crianças os doces encontrados no armário? (= que encontrou no armário)
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EXERCÍCIOS

1) Reescreva os períodos abaixo, pontuando quando necessário:


a) Todas as pessoas que desejarem participar da montagem teatral devem pegar uma senha.
b) em todas as sessões de que participei a plateia estava lotada.
c) Todas as sessões deste teatro que só acontecem aos sábados e domingos serão gratuitas.
d) No teatro onde a peça está sendo encenada há saídas de emergência.
e) No Rio de Janeiro onde há inúmeras peças sendo encenadas tivemos um público menor.
f) Só posso comentar a carreira dos artistas cuja trajetória eu conheço.
g) A carreira de Bibi Ferreira cuja trajetória eu conheço é cheia de lances curiosos.
h) A TV regional de cuja publicidade podemos vir a precisar solicitou uma entrevista.
i) Este é o empresário cujo apoio financeiro permitiu a montagem da peça.

2) (Fuvest-SP) “Os meninos de rua que procuram trabalho são repelidos pela população.”
a) Reescreva a frase, alterando-lhe o sentido apenas com o emprego da vírgula.

b) Explique a alteração de sentido ocorrida.

3) Leia a notícia abaixo para responder às questões que o seguem:


Os vencedores da edição 2009 do Eisner Awards, considerado o Oscar dos quadrinhos, foram
anunciados na segunda, 27, no encerramento de San Diego Comic-Con, na Califórnia. O destaque
da premiação ficou com Chris Ware, considerado melhor roteirista / desenhista, com Acme Novelty
Library, e melhor letrista com Acme Novelty Library nº 19.
Eisner Awards 2009 divulga vencedores. Rolling Stone, São Paulo, 28 jul. 2009.
Disponível em: http://rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/5903/. Acesso em: 29 jul. 2009.

a) Identifique no texto as duas orações subordinadas adjetivas reduzidas e classifique-as justificando


a classificação indicada.
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b) Reescreva as orações reduzidas, desenvolvendo-as e respeitando à pontuação.

4) (AOCP – adaptada) O elemento destacado introduz uma oração subordinada adjetiva, exceto:
a) “Das 97.549 armas de fogo que foram registradas em nome de empresas de segurança...”
b) “As empresas que atuam com segurança externa costumam ser as mais visadas.”
c) “Podemos dizer ainda que, para cada funcionário de empresa regularizada...”
d) “...existem problemas no setor que devem ser investigados pela PF.’’
e) “Os vigilantes acompanhavam um caminhão que transportava um insumo industrial...”

5) Leia o texto abaixo:


“NEGRINHA”, DE MONTEIRO LOBATO, UM CONTO PARA DISCUTIR O PRECONCEITO
E O RACISMO
Um conto de 1920 que expõe os bastidores da sociedade patriarcal, o racismo e o preconceito (I)
colocando, lado a lado, farsa e sarcasmo, tragédia e compaixão. Faz uma forte crítica à mentalidade
escravocrata brasileira que persistia três décadas depois da abolição (II). “Negrinha” ainda causa
polêmica a ponto de ter sido, recentemente, banido das escolas públicas sob acusação de ser racista.
Mas pode servir de pretexto para um debate pertinente em sala de aula.

Monteiro Lobato banido das escolas


Lobato continua suscitando polêmica acusado, hoje, de racismo e preconceito. Em 2010, depois
de uma denúncia da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, a obra de Monteiro Lobato foi
banida das escolas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) sob alegação de conter passagens de
cunho racista. O MEC interveio pedindo ao CNE que reconsiderasse a questão. O veto, então, foi
anulado.
Em 2012, o Instituto de Advocacia Racial (Iara) tentou nova ação, dessa vez dirigida contra
Caçadas de Pedrinho e Negrinha (III), exigindo do MEC a inclusão de uma nota explicativa nas
obras apontando trechos que o instituto considerava racistas (IV) ou a proibição da circulação dos
livros nas escolas públicas. O MEC se recusou e o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal.
Em 2015, a ministra Nilma Gomes, da Promoção da Igualdade Racial, pediu que Caçadas de
Pedrinho fosse banida do Programa Nacional Biblioteca na Escola. O caso foi indeferido pelo
ministro Luiz Fux. No ano seguinte, o conto Negrinha entrou na lista de leituras obrigatórias do
vestibular na Unicamp.
Disponível em: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/negrinha-de-monteiro-lobato-preconceito-e-racismo/. Acesso em:
28 out. 2020.
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a) Em I, II e IV, o texto acima faz uma opção por um tipo de oração subordinada adjetiva. Que tipo
seria esse e justifique o uso de acordo com os dados do próprio texto?

b) Em III, temos uma oração adjetiva reduzida. Desenvolva-a e classifique-a.

c) No texto, foram grifadas duas ocorrências de “que”. Analise-as e veja se, nos referidos usos, elas
funcionam como pronome relativo. Explique.

GABARITO

1)
a) Sem alteração.
b) Sem alteração.
c) Todas as sessões deste teatro, que só acontecem aos sábados e domingos, serão gratuitas.
d) Sem alteração.
e) No Rio de Janeiro, onde há inúmeras peças sendo encenadas, tivemos um público menor.
f) Sem alteração.
g) A carreira de Bibi Ferreira, cuja trajetória eu conheço, é cheia de lances curiosos.
h) A TV regional, de cuja publicidade podemos vir a precisar, solicitou uma entrevista.
i) Sem alteração.

2)
a) “Os meninos de rua, que procuram trabalho, são repelidos pela população.”

b) Sem as vírgulas, a oração adjetiva restritiva “que procuram trabalho” limita, restringe o termo
“meninos”. Entende-se, pois, que uma parte dos meninos de rua procura emprego e que essa parte,
essa e apenas essa, é repelida pela população. Com as vírgulas, muda-se o sentido da oração adjetiva,
que passa a ser explicativa. Entende-se, assim, que todos os meninos de rua procuram trabalho e são
repelidos pela população.
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3)
a) As orações são: “considerado o Oscar dos quadrinhos” e “considerado melhor roteirista/desenhista,
com Acme Novelty Library, e melhor letrista com Acme Novelty Library nº 19”, ambas classificadas
como orações subordinadas adjetivas restritivas reduzidas de particípio. As orações apresentadas
acrescentam informações adicionais que auxiliam na identificação dos termos a que se referem, que
seriam, respectivamente, Eisner Awards e Chris Ware.
b) Desenvolvendo as orações, teríamos: “que é considerado o Oscar dos quadrinhos” e “que foi
considerado melhor roteirista/desenhista [...]”.

4) C

5)
a) Nos três casos apontados, temos o uso de orações subordinadas adjetivas restritivas, uma vez que
as orações em destaque inserem informações essenciais que restringem, delimitam o sentido do termo
da oração anterior a que se referem, que seria o conto de 1920, a mentalidade escravocrata brasileira
e os trechos.
b) Desenvolvendo a oração, ficaria assim: “que desta vez se dirigiu contra Caçadas de Pedrinho e
Negrinha”. A classificação completa seria uma oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de
particípio.
c) Nos casos apresentados, os usos de “que” mostram que o termo, nessas situações, não funciona
como pronome relativo. Para exercer a função de pronome relativo, o “que” teria que fazer referência
a algum nome contido na oração anterior, no entanto, o que se percebe é a função de integrar, de unir
duas orações, de modo a introduzir uma oração que completa o sentido do verbo “pedir” (como objeto
direto), funcionando como conjunção integrante.

Referências:

ABAURRE, Maria Luíza M.; ABAURRE, Maria Bernadete; PONTARA, Marcela. Português:
contexto, interlocução e sentido. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2016.

BARRETO, Ricardo Gonçalves (org.). Ser protagonista. 1. ed. São Paulo: Edições SM, 2010.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. 9. ed. São
Paulo: Saraiva, 2013.

DE NICOLA, José. Língua, literatura e produção de textos. São Paulo: Scipione, 2009.

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