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COMUNICAÇÃO

E ORATÓRIA
DEMÓSTENES, UM EXEMPLO
A SER SEGUIDO!
APRESEN TAÇÃO

Caro acadêmico(a)!

Há um exemplo de determinação e coragem na história da Oratória que


merece ser lembrado: trata-se de Demóstenes (384 a.C. - 322 a.C), orador da
antiga e culta Grécia. Ele era um escritor extraordinário. Tinha tanta habilidade
para escrever discursos que chegava a ser convidado pelas partes adversárias
para escrever as peças de acusação e de defesa. E produzia ambas com a
mesma competência.

Contudo, para falar, Demóstenes não tinha a mesma competência que


possuía para escrever: sua voz era fraca, não pronunciava bem as palavras
e era motivo de zombaria por causa do vício de levantar seguidamente um
dos ombros enquanto falava. Essas dificuldades naturais poderiam fazer com
que qualquer outra pessoa desistisse de ser orador. Mas Demóstenes era
determinado e não se conformou com a condição que a natureza lhe havia
imposto.

Para fortalecer a voz, passou a fazer longas caminhadas na praia, falando


diante do mar, procurando desenvolver um volume que superasse o bramido
das ondas.

Com o objetivo de aperfeiçoar a dicção, chegava a colocar pedacinhos


de pedra na boca para dificultar a fala, aprimorando a pronúncia das palavras.

O vício do ombro foi corrigido com um recurso muito curioso: colocava


uma espada pendurada no teto, com a ponta voltada para baixo, e, ao exercitar
os discursos na frente de um espelho, era ferido violentamente sempre que
produzia o movimento involuntário.

Determinado a se concentrar nos exercícios e não desistir, raspou metade


do cabelo e metade da barba e, com essa aparência ridícula, ficou impedido
de aparecer em público e se obrigou a continuar seu treinamento.
Depois de todo esse sacrifício e com atitude sempre determinada,
Demóstenes não apenas pôde falar em público, como se tornou o maior
orador da antiguidade.

Caro(a) acadêmico(a)! Que belo exemplo de obstinação e disciplina, hein?

Às vezes, nos sentimos incompetentes para executar determinadas


tarefas que parecem ser maiores que nossas forças. Desistir, antes de tentar,
é um erro que jamais devemos cometer. Se estivermos verdadeiramente
envolvidos com o resultado que desejamos conquistar, encontraremos forças
que nunca imaginávamos possuir.

Vamos em frente!

Organização Reitor da Pró-Reitora do EAD Edição Gráfica


UNIASSELVI e Revisão
Gecelene Cíntia Lopes Prof.ª Francieli Stano
Prof. Hermínio Kloch Torres UNIASSELVI
.01
DEMÓSTENES, UM
EXEMPLO A SER
SEGUIDO!
ORATÓRIA DE ALEXANDRE IV

FONTE: Disponível em: <http://osreisdamacedonia.blogspot.


com/2010/09/alexandre-iv-323-309-ac.html>. Acesso em: 26 jul. 2011.

1 COMUNICAÇÃO É TUDO!
“Faça de si um artesão da palavra, pois isto lhe proporcionará o
domínio.”
Inscrição egípcia

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O TESOURO AFUNDANDO

FONTE: Lopes (2007)

Um tesouro valiosíssimo está sendo transportado de um navio de um


continente para o outro. Milhares de barras de ouro, enormes diamantes,
esmeraldas e rubis. De repente, o tempo dá uma virada forte, radical. As ondas
crescem, os ventos se agitam num tufão incontrolável e o tesouro afunda.
Não se sabe onde, nem quando, nem como. Agora aquela fortuna incalculável
está lá, no fundo do oceano. Inacessível. Quanto vale? Nada!

Com o nosso conhecimento também pode acontecer o mesmo que


houve com o tesouro: anos e anos estudando, com garra e dedicação,
um sem-número de livros lidos, intermináveis horas na sala de aula ou na
biblioteca... E daí? Se esses conhecimentos ficarem sem uso, de nada terá
adiantado todo o esforço. Serão como os livros cheios de poeira trancados
num porão, consumidos pelas traças.

Nossos conhecimentos, por mais abstratos ou práticos que sejam, só


têm valor se soubermos expressá-los no mundo. E de que forma podemos
expressá-los? É claro, pela comunicação!

Em todos os tempos, desde a pré-história, o ser humano tem usado


essa habilidade de se comunicar para satisfazer suas necessidades vitais. Sem
a comunicação a nossa espécie não sobreviveria. Até para se alimentar, os
homens precisaram se entender e cooperar uns com os outros.

Isso vale até hoje. Se você gosta de alguém ou necessita de algo, precisa
saber transmitir esse sentimento. O que você sabe precisa ser, de alguma
forma, compartilhado com as outras pessoas – precisa ser comunicado ao
universo e transformado em ação!

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2 COMUNICAÇÃO: NECESSIDADE OU PRIVILÉGIO?
Conseguir o emprego desejado, alcançar a sonhada promoção, conquistar
o respeito e admiração dos colegas, eis o desafio que depende de uma boa
apresentação e de uma eficaz comunicação. Para isso, além da credibilidade
e da naturalidade, a mensagem deve revestir-se de convicção e entusiasmo.

Vivemos em uma sociedade de bites sonoros, em que a comunicação


é a moeda circulante de maior valor e requisito fundamental para o sucesso
pessoal e profissional. Foi-se o tempo em que se podia chegar ao topo apenas
por ser bom na profissão. Hoje, os conselhos de diretores, comitês executivos
e os próprios clientes querem e exigem mais.

É preciso, portanto, saber dar o seu recado e transmitir com clareza e


objetividade as suas ideias. Daí a necessidade que as pessoas sentem em
desenvolver aquela que é considerada a mais importante das competências:
a comunicação. Aos que perseguem este objetivo e, que em sua maioria
desistem, dominados pelo medo e pavor na hora de se expressar, cabe alertar
que existe um grande mito (portanto, uma grande mentira) de que o “bom
comunicador já nasce feito!” Nada mais longe da verdade. A história nos revela
que os maiores comunicadores não nasceram “feitos” e lutaram contra muitos
obstáculos até se notabilizarem. Como vimos anteriormente, Demóstenes,
o maior orador da antiga Grécia, é um exemplo significativo, pois além da
gagueira, ele lutou contra vários cacoetes.

Atualmente, existem muitas ferramentas disponíveis para dominar o medo


que, inclusive, é comum a todos nós. Pesquisa recente feita por um grupo de
psicólogos envolvendo três mil pessoas, nos Estados Unidos, revelou que o
maior medo do homem, curiosamente, é o de falar em público. Superou até
os medos mais comuns, como de altura e da morte. Não é por acaso que lá
nos EUA, como aqui no Brasil, instituições e literaturas especializadas sobre o
assunto vêm ganhando espaço, até porque o uso da palavra deixou de ser um
privilégio de professores, religiosos, políticos, advogados etc. (LOPES, 2005).

Não são poucas as pessoas que nessa era da informação têm ido ao
encontro desses recursos para satisfazer os seus reais desejos de ver ampliados
os horizontes da sua vida pessoal e profissional.

3 POR QUE COMUNICAÇÃO É IMPORTANTE?


Saber se comunicar, em todos os níveis, sob os mais diversos canais,
deixou de ser um diferencial e se tornou fundamental. A comunicação é uma
das mais desejadas competências do profissional atual. Independentemente
do cargo e do perfil que o profissional apresente, é essencial que saiba
comunicar-se e relacionar-se bem, em qualquer circunstância.
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Alguns exemplos de contextos em que é fundamental comunicar-se
bem:

• ministrar aulas, palestras, conferências, debates;


• motivar equipes;
• liderar;
• apresentar ideias, produtos, serviços, projetos etc.;
• reuniões de negócios;
• contatar clientes;
• vender;
• entrevistar;
• negociações, fazer palestras, network etc.

A boa notícia é que todas as pessoas podem (e devem) comunicar-


se bem, inclusive aquelas que se julgam mais introspectivas e tímidas. É
claro que algumas pessoas vão apresentar mais dificuldades do que outras,
mas isso é esperado. Qualquer ser humano pode desenvolver habilidades
de comunicação. (POLITO, 2010). Quem se comunica eficazmente vende,
produz e rende mais. Durante esse capítulo vamos demonstrar, por meio de
evidências e ilustrações, porque a comunicação é tão fundamental para um
profissional de sucesso.

4 QUEM SABE SE COMUNICAR TEM PODER!


“O poder de uma pessoa é diretamente proporcional à capacidade de
ela gerar ação. Faça acontecer!”
Anthony Robbins

Todo grande sucesso está relacionado com ação. E é a ação que


produz resultados. O conhecimento é somente um poder em potencial, até
que chegue às mãos de quem saiba como transformá-lo em ação efetiva.
Na verdade, a definição literal da palavra poder é: habilidade de agir. O que
fazemos na vida é determinado pelo que comunicamos a nós mesmos!

No mundo moderno, a qualidade de vida é a qualidade da comunicação.


O que imaginamos e dizemos para nós mesmos, como movemos e usamos
nossos músculos de nossos corpos e expressões faciais, determinarão quanto
usaremos do que conhecemos.

Com frequência, ao ver pessoas bem-sucedidas, caímos na armadilha


mental de pensar que elas estão onde estão por terem algum dom especial.
No entanto, uma observação mais acurada mostrará que o maior dom que
as pessoas excepcionalmente bem-sucedidas têm em relação “`as pessoas
comuns” é a habilidade de agir. É um dom que qualquer um pode desenvolver
dentro de si mesmo.
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Todos nós produzimos duas formas de comunicação com as quais
elaboramos as experiências de nossas vidas: a primeira, as comunicações
internas, que são as coisas que imaginamos, dizemos e sentimos dentro de nós
mesmos; a segunda são as denominadas comunicações externas, expressas
por palavras, tonalidades, expressões faciais, postura de corpo e ações físicas
para nos comunicarmos com o mundo. Toda comunicação que fazemos é
uma ação, uma causa posta em movimento, e todas as comunicações têm
alguma espécie de efeito em nós e nos outros.

Comunicação é poder! Aqueles que dominam seu uso efetivo podem


mudar sua própria experiência de mundo e as experiências do mundo sobre
si mesmos.

Todo o comportamento e sentimento encontram suas raízes originais


em alguma forma de comunicação. Aqueles que afetam os pensamentos,
sentimentos e ações da maioria de nós são os que sabem como utilizar esse
instrumento de poder.

FONTE: Disponível em: <http://interacaovirtual.com.br/livrosnv/Poder%20Sem%20Limites%20-%20


Antony%20Hobbins.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2011.

E poder, hoje em dia, é a capacidade de comunicar e a capacidade de


persuadir. Você pode ter uma ideia ou um produto que possa mudar o mundo,
mas, sem o poder de persuadir, de convencer, você não tem nada. (ROBBINS, 1999).

A vida toda é sobre comunicar o que você tem a oferecer. Essa é a


habilidade mais importante que você pode desenvolver nos dias de hoje. É
por isso que esse curso será de grande valia para você. Vamos analisar as
estratégias que fazem um comunicador ser um bom comunicador.

Outra grande estratégia para melhorar sua atitude mental e, consequentemente,


sua comunicação, é reforçando o seu senso de propósito, a sua determinação. Por
isso, aproveite esse curso ao máximo! Nos próximos capítulos você encontrará
algumas das palavras mais inspiradoras que já encontrei sobre superação do
medo, desenvolver um senso de propósito, alimentar um espírito de aventura e
se comprometer com um crescimento contínuo.

Aproveite esta oportunidade para expandir seus horizontes!

Para refletir: Seja um cidadão do mundo!


Levante-se do banco de reservas e entre no jogo da vida! Deixe sua
imaginação viajar com as possibilidades de tudo o que você pode explorar
e experimentar – e comece imediatamente!
Que experiência nova você poderia buscar hoje, que expandiria a sua vida?
Que tipo de pessoa você se tornaria como resultado disso?

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5 A COMUNICAÇÃO INTRA E INTERPESSOAL
Todos nós produzimos duas formas de comunicação com as quais
elaboramos a experiência de nossas vidas: a primeira, as comunicações
internas, que são as coisas que nós imaginamos, dizemos e sentimos dentro
de nós mesmos (comunicação intrapessoal); a segunda são as comunicações
externas, expressas por palavras, tonalidades, expressões faciais, fisiologia
corporal, e ações físicas para nos comunicarmos com o mundo. Toda
comunicação é uma ação, uma causa posta em movimento, e todas as
comunicações têm uma espécie de efeito em nós e nos outros.

FONTE: Disponível em: <http://gestaodenegocioseeventos.blogspot.com/2011_02_01_archive.


html>. Acesso em: 20 ago. 2011.

Comunicação é uma forma de poder. Aqueles que dominam seu uso


efetivo podem mudar sua própria experiência no lugar em que vivem e as
experiências do mundo sobre si mesmas. Todo comportamento e sentimento
encontram suas raízes originais em alguma forma de comunicação. As pessoas
que afetam os pensamentos, sentimentos e ações da maioria de nós são
aquelas que sabem como usar esse instrumento eficaz e poderoso (ROBBINS,
1999).

Seu nível de domínio da comunicação no mundo exterior determinará seu


nível de sucesso com os outros: pessoal, emocional, social e financeiramente.
Mais importante ainda, o nível de sucesso que você experimenta internamente:
felicidade, alegria, êxtase, amor ou qualquer outra coisa que deseja, é o
resultado direto de como você se comunica consigo mesmo.

FONTE: Disponível em: <http://www.acasadoaprendiz.com.br/poder_0701.html>. Acesso em: 20


ago. 2011.

Como você se sente não é resultado do que está acontecendo na sua


vida; é a sua interpretação do que está acontecendo (ROBBINS, 1999). A vida
de pessoas de sucesso tem nos mostrado que a qualidade de nossas vidas
não é determinada pelo que está nos acontecendo, mas pelo que fazemos
com o que nos acontece.

É você quem decide como se sentir ou agir, baseado nas maneiras que
escolhe, consciente ou inconscientemente para perceber a vida. A maioria de
nós já tem esse processo de interpretação automático, baseado em nossas
crenças, educação, valores etc., mas podemos ressignificar essas “verdades”
inconscientes e, logo, mudar essa experiência de mundo.

FONTE: Disponível em: <http://www.recantodasletras.com.br/frases/747471>. Acesso em: 20 ago.


2011.

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Comunicação eficaz produz resultados! Talvez você queira mudar o modo
de pensar sobre si mesmo e sobre o mundo. Talvez você pense em ser um
melhor comunicador, melhorar a sua autoestima, elevar seu relacionamento
com a pessoa amada, aprender com maior rapidez, tornar-se mais saudável
ou ser mais próspero. Entretanto, antes que consiga novos resultados, deverá
compreender que já os está conseguindo. Mas podem não ser os resultados
que você deseja.

Nós, em geral, pensamos em nossos estados mentais e na grande parte


do que nos acontece em nossas mentes, como coisas que acontecem fora de
nosso controle. Porém, a verdade é que podemos controlar nossas atividades
mentais e comportamento a tal ponto que antes não acreditaríamos ser
possível. Se você está triste e frustrado, você criou e produziu esse estado
de mal-estar. Mas se estiver muito energizado e vibrante, você também criou
esse estado.

FONTE: Disponível em: <http://www.acasadoaprendiz.com.br/poder_0701.html>. Acesso em: 20


ago. 2011.

Quando você tem consigo mesmo uma conversa, essa conversa o


acompanha onde quer que esteja. Então, se você tem um julgamento negativo
sobre si mesmo em qualquer aspecto, como por exemplo: “Não sou bom para
escrever textos”; “Nasci para ser empregado”, “Nunca serei um bom líder”, esses
julgamentos vão segui-lo mesmo se você mudar de país, profissão, religião,
cônjuge etc, e todos os eventos continuarão acontecendo da mesma forma.
Isso porque tudo o que acontece no universo físico aconteceu primeiro na
sua mente.

Portanto, todos nós temos um pensamento que gera em nosso cérebro


um sentimento (estado mental), um determinado comportamento. Esse recurso
funciona nos dois sentidos, isto é, seu comportamento gera sentimentos,
que geram pensamentos. Isso significa que você pode mudar, a partir do
seu comportamento, adotando atitudes mais positivas, se desafiando a fazer
coisas que julgava incapaz de fazer ou a partir do nosso pensamento, já que
o gestor principal daquela voz interior é você mesmo.

As emoções residem nas interpretações e podem também ser decisivas em


nosso modo de viver. A história a seguir é um exemplo claro de interpretação.

SORTE OU AZAR

Em um reino muito distante, a vida estava muito difícil, o povo


extremamente pobre estava insatisfeito e a revolução parecia perto de eclodir.
Os ministros do rei então sugeriram que se presenteasse um dos pobres,
através de um sorteio entre os camponeses, com um lindo cavalo árabe.

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O ganhador seria o único possuidor de um cavalo entre os “descamisados”.
Talvez assim se distraíssem e parassem de pensar em democracia, fim de
monarquia, essas bobagens. Assim foi pensado e assim foi feito.

O ganhador do belíssimo cavalo árabe revelou-se um sábio. Seus vizinhos


vieram parabenizá-lo pelo prêmio e diziam:

– Com um cavalo terá ajuda no plantio e na colheita, além de transporte


para a vila. Que sorte!

E o sábio respondeu: – Depende.

Passados alguns dias, o cavalo fugiu.

– Poxa! Logo agora que você já estava acostumado com a ajuda! Que
azar!.

– Depende - disse o sábio camponês.

Passaram mais alguns dias e o cavalo voltou, acompanhado de uma


belíssima égua selvagem. E os vizinhos:

– Você é incrível mesmo, agora tem dois cavalos! Que sorte!

– Depende - respondeu o vizinho.

Seu filho mais velho resolveu domar a extraordinária égua. Caiu e fraturou
a perna.

– Que azar! Comentou a vizinhança.

– Maldita hora em que você ganhou esse cavalo namorador!

– Depende - respondeu mais uma vez o sábio.

Uma semana depois o rei declarou guerra ao poderoso reino vizinho e


todos os jovens foram convocados para lutar por essa guerra perdida. Nenhum
deles voltou.

O jovem filho foi dispensado por estar com a perna quebrada. E os


vizinhos:

– Que sorte a sua! Bendita a hora em que a égua derrubou o seu filho!

E o sábio: – Depende...

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É. Essa história não tem fim.

Depende.

SORTE OU AZAR? Depende da perspectiva e do tempo. Tudo na vida é


relativo!

FONTE: Disponível em: <http://www.metaforas.com.br/listmet.htm>. Acesso em: 18 ago. 2011.

Vamos refletir...
Por que as interpretações foram tão diferentes?
Que interpretação você escolheria em relação a essa história? Se você criou
uma interpretação negativa para os fatos do seu passado, não reclame da
sua vida hoje, porque você mesmo é quem criou essa interpretação, tendo
como base as suas crenças atuais. Que tal então recriar a sua interpretação
de forma mais positiva e fortalecedora? Certamente, você conseguirá
se comunicar muito melhor com o mundo e consigo mesmo. Escreva, a
seguir, que interpretação você faria sobre essa história de acordo com os
seus valores e crenças mais positivas.

Importante!
A comunicação, quando bem estabelecida, confere poder aos conhecimentos
e aos sentimentos de uma pessoa. Ou seja, quem sabe se comunicar tem
poder. Poder de influenciar, transformar, sensibilizar, comover, convencer,
esclarecer, enfim: firmar sua presença no mundo.

6 ATITUDES QUE DIFICULTAM A COMUNICAÇÃO ENTRE AS


PESSOAS
A maneira como os colaboradores de uma empresa se comunicam é
muito importante. Pesquisas demonstram que as palavras representam, no
contexto comunicacional, apenas 7%. Já, como são comunicadas as palavras
representa 38% e a expressão corporal 55%, ou seja: é preciso estar atento ao
modo de nos comunicarmos com os nossos pares, superiores e subordinados;
caso contrário, podemos comunicar algo que não queremos (LOPES, 2010).

A seguir, apresentamos algumas estratégias importantes para nos


comunicarmos eficazmente com as pessoas. Precisamos evitar os seguintes
comportamentos:

• Dar ordens, exigir, impor: Se for necessário dar uma ordem, você pode
ressaltar que acredita na capacidade da outra pessoa de fazer o que é

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solicitado. É conveniente utilizar as expressões: por favor, por gentileza,
você poderia?

• Aconselhar, sugerir, sem que o outro esteja receptivo: É necessário saber


se o outro está receptivo à sugestão dada. Em geral, é melhor ajudar a
pessoa a elaborar uma nova alternativa a partir da sua própria percepção
e experiência.

• Interpretar, analisar: “Você está com medo do que eles vão pensar”, ou
“você diz isso porque...”.

• Pressupor: Tomar como certas, coisas que você acha óbvio que o outro
está pensando, como se pudesse ler a sua mente. Por exemplo, “eu achei
que você sabia...”, “eu pensei que você tinha feito isso...”. Na dúvida, pergunte
e confirme com o outro para ver se é verdade o que você está pensando.
“A pressuposição é a mãe da confusão...”

• Questionar, inquirir: “Mas o que você está pretendendo com isso”?

• Ridicularizar, desqualificar, fazer “chacota”, diretamente ou através de


metáforas ou apelidos. Existem pessoas que têm como um vício fazer
brincadeiras desqualificadoras, que constrangem e causam sofrimento
àqueles que são objetos de sua ironia, afetando a autoestima deles.

• Ameaçar: “Se você fizer isso, você sofrerá consequências que nem imagina...”.

• Dar lição de moral: Depois de o fato ter acontecido, já não importa ao outro
o que deveria ter feito e, sim, o que fazer agora, com a situação criada.

• Negar a percepção do outro: Pode ser muito destrutivo negar sentimentos,


intuições ou ideias de outra pessoa ou algo que a mesma tenha percebido
em você, sem avaliar ou saber o que a levou a percebê-lo daquela maneira.

• Desvalorização da intensidade do que o outro está sentindo: Através de


expressões como “isso não é nada, já vai passar...”; “... acontece com todo
mundo...”. Deve-se evitar esse apoio superficial não utilizando as expressões
estereotipadas.

• Mudar de assunto, tratar levianamente ou fugir do problema: Sem dar


importância à necessidade do outro de expressar o que está sentindo.

• A crítica: Ao fazer uma crítica é importante termos em mente o seu objetivo,


ser específico e dirigir a colocação ao comportamento, evitando atingir a
identidade da pessoa com generalizações ou rotulações. Muitas vezes, uma
opinião um pouco diferente da nossa já soa como crítica algo normal no
dia a dia, que não deixa de ser uma avaliação do que foi percebido.

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• Elogios manipulativos: É preciso tomar cuidado com determinados tipos
de elogios e saber se estes fazem o outro se sentir manipulado ou induzido
a fazer algo que não quer.

• Perguntar e sair respondendo ou perguntar e interromper a resposta do


outro: Ou ainda, ir “concluindo” o raciocínio do interlocutor antes mesmo
dele terminar a frase, porque acha que já entendeu todo o seu raciocínio.
Esse comportamento pode intimidar ou inibir sua expressão, deixando de
ouvir coisas novas que “acha” que já sabe.

• Perguntas que induzem: Quando se faz uma pergunta, temos que


estar abertos para ouvir, seja qual for a resposta. A maneira de fazermos
perguntas pode induzir as respostas. Por exemplo, a pergunta: “Você pode”?
tem um resultado diferente de “Você pode, não é verdade”? Se quisermos
efetivamente saber o que o outro pensa é preciso manter a pergunta neutra,
deixando um espaço aberto para a livre expressão da pessoa.

• Incongruência: Suas palavras dizem uma coisa e o seu tom de voz ou


seus gestos e expressão corporal mostram outra, denotando mensagens
contraditórias. Por exemplo: diante de uma pergunta, você responde que
está tudo bem, mas a sua expressão facial mostra o contrário. Ou ainda, o
tom de voz não corresponde ao que está sendo dito.

• Uso de linguagem inacessível: Especialmente o uso de termos técnicos que


só são compreensíveis para pessoas com certo conhecimento específico.
Para haver efetiva troca de mensagens, é importante levar em conta o
vocabulário do outro, sua cultura, expectativas e crenças. E que as palavras
usadas tenham um significado em comum.

Que outras atitudes impeditivas na sua comunicação com os outros


você acrescentaria nessa lista?

Para refletir!!!
Algumas condições básicas para uma boa comunicação incluem valores
como franqueza, autenticidade, intenções positivas, respeito mútuo,
respeito às crenças e sentimentos do outro, empatia e solidariedade.
Caso queira aprofundar seus estudos sobre comunicação, indicamos os
seguintes sites:
• <www.nosdacomunicacao.com.br>
• <www.reinadopolito.com.br>
• <www.reinadopassadori.com.br>

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7 PRINCÍPIOS QUE PODEM APERFEIÇOAR A COMUNICAÇÃO
CONSIGO E COM OS OUTROS
Existem determinados princípios que podem possibilitar uma
comunicação mais eficiente e de qualidade conosco e com os outros. Vamos
estudar alguns desses princípios, que podem ser úteis na nossa comunicação
diária, facilitando a relação conosco ou com os outros.

• O mapa não é o território

Nossas percepções e representações mentais não são o mundo. Reagimos


aos nossos mapas, representações que incluem a interpretação pessoal em vez
de dirigir diretamente aos fatos do mundo. Muitas vezes não podemos mudar
o mundo, mas podemos mudar a forma como o vemos, nossas sensações
e interpretações (SABBI, 2009). Nossa representação interna é influenciada
basicamente por nossas interpretações, sensações, experiências anteriores,
preferências, valores, crenças e critérios, e por isso cada pessoa forma uma
percepção única e diferenciada do mundo em que vive. Conscientes disso,
podemos ficar atentos ao processo interno, possibilitando-nos fazer uma
distinção entre o que de fato é colorido e o que colocamos a partir da nossa
experiência interna.

• As experiências possuem uma estrutura própria

Nossos pensamentos e recordações possuem um padrão específico.


Quando mudamos esse padrão ou estrutura, nossa experiência muda
automaticamente. Podemos neutralizar lembranças desagradáveis e enriquecer
outras que serão úteis através de uma série de procedimentos que podem
ser aprendidos por qualquer pessoa. Assim, é preciso ter presente que cada
pessoa tem padrões diferenciados. Torna-se mais fácil estabelecer empatia
se estivermos atentos a essas diferenças.
FONTE: Disponível em: <http://www.diamondweb.com.br/wp-content/uploads/2011/03/pnl.pdf>. Acesso em: 20 ago.
2011.

• Se uma pessoa pode fazer algo, todos podem aprendê-lo a fazer também

Podemos aprender como é o mapa mental de um grande realizador, com


suas estratégias e crenças, e procurar modelá-lo naquilo que escolhermos.
Isso é possível quando queremos desenvolver uma habilidade. Muita gente
pensa que certas coisas são impossíveis, sem nunca ter se disposto a fazê-las.
Experimente fazer de conta que tudo é possível. Se existir um limite físico ou
ambiental, o mundo da experiência vai lhe mostrar isso.

FONTE: Disponível em: <http://www.diamondweb.com.br/wp-content/uploads/2011/03/pnl.pdf>. Acesso


em: 20 ago. 2011.

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• Corpo e mente são partes do mesmo sistema e atuam um no outro

Nossos pensamentos afetam instantaneamente nossa tensão muscular,


respiração, sensações e emoções. Esses, por sua vez, também afetam nossos
pensamentos. Quando aprendemos a mudar um deles, aprendemos a mudar o
outro. O estado interno atua sobre o corpo através da liberação de hormônios
e endorfinas e, dependendo do que vivenciamos em nossas emoções e
sentimentos, pode influenciar tanto nossa bioquímica, que pode estimular
ou inibir o sistema de defesa do organismo, o sistema imunológico.

FONTE: Disponível em: <http://www.diamondweb.com.br/wp-content/uploads/2011/03/pnl.pdf>.


Acesso em: 20 ago. 2011.

• As pessoas já possuem todo o recurso que necessitam

A construção dos recursos mentais e físicos é feita a partir das imagens


mentais, diálogos internos, sensações e sentimentos. Podemos usá-los para
construir qualquer pensamento, sentimento ou habilidade que desejarmos,
colocando-os depois, nas nossas vidas, onde quisermos ou precisarmos.
Assim, ao tentarmos auxiliar outras pessoas, torna-se mais efetivo partir de
seus recursos internos, a tentar provocar a partir de agora uma mudança.

• É impossível não comunicar

Quer queiramos ou não, estamos sempre nos comunicando. Um suspiro,


sorriso ou olhar são formas de comunicação. Até nossos pensamentos são
formas de nos comunicarmos conosco, e eles se revelam aos outros pelos
nossos olhos, tom de voz, atitudes e movimentos corporais. As palavras são
quase sempre a parte menos importante, ao contrário do que acredita a
maioria das pessoas. Geralmente, mais da metade do impacto final de uma
comunicação acontece num nível não verbal.

• O significado da sua comunicação é a reação que você obtém

O s ou tros rece b em o q ue d ize m o s e fa zem o s a través d as suas


representações internas do mundo. Quando alguém ouve algo diferente do
que tivemos a intenção de dizer, essa é a nossa chance de observarmos que
comunicação é o que se recebe. Observar como a comunicação é recebida
nos permite ajustá-la para que da próxima vez ela possa ser mais clara. Um
instrumento poderoso para nos auxiliar nisso é o feedback.

FONTE: Disponível em: <http://www.crisgoncalves.com/coaching-e-pnl/pnl/pnl-uma-filosofia-de-


vida/>. Acesso em: 20 ago. 2011.

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• Todo comportamento tem uma intenção positiva

Na comunicação, acreditamos que todos os comportamentos prejudiciais


ou mesmo impensados tiveram um propósito originalmente positivo. Gritar
para ser reconhecido. Agredir para se defender. Esconder-se para se sentir mais
seguro. Em vez de rotular, tolerar ou condenar essas ações, podemos separá-
las da intenção positiva daquela pessoa, para que seja possível acrescentar
novas alternativas mais atualizadas e positivas a fim de satisfazer a mesma
intenção. Assim, podemos auxiliar uns aos outros a crescer e a reestruturar
nossa experiência de uma forma mais produtiva e harmônica. Outra forma
de dizer isso é que se costuma ter um ganho secundário quando se enfrenta
dificuldades, embora, geralmente, este não seja em nível consciente.

• Sempre fazemos a melhor escolha possível

Cada um de nós é único e tem a sua própria história. Através dela


aprendemos o que querer e como querer, o que valorizar, e como valorizar,
o que aprender e como aprender. Essa é a nossa experiência. A partir dela,
devemos fazer todas as opções, isto é, até que outras novas e melhores sejam
acrescentadas.

FONTE: Disponível em: <http://www.sppnl.com/showArticle.php?id=3>. Acesso em: 20 ago. 2011.

• Se o que você está fazendo não está funcionando, faça outra coisa

Se você faz o que sempre fez, você sempre conseguirá o que sempre
conseguiu. Se você quer algo novo, faça algo novo, especialmente quando
existem tantas alternativas e outras tantas podem ser criadas. É frequente
as pessoas manifestarem uma tendência a repetirem mecanicamente uma
série de padrões, numa espécie de compulsão à repetição. Para mudar esses
padrões limitantes é necessário percebê-los e agregar novas escolhas mais
benéficas.

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AUTOATIVIDADE
1 Por que Demóstenes foi considerado o maior orador da antiga Grécia, após
vencer todas as suas deficiências relacionadas à fala em público?

2 “ Vivemos na era da informação e do conhecimento. A comunicação tornou-


se a moeda circulante de maior valor em nossa sociedade”. Explique, a partir
dessas duas afirmações, o porquê da comunicação ter adquirido grande
relevância na atualidade.

3 Cite duas “atitudes que dificultam a comunicação” que são mais comuns
no contexto empresarial e explique uma delas.

4 Por que é impossível NÃO comunicar?

5 Conceitue o que é Comunicação Intra e Interpessoal.

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REFERÊNCIAS
GALLO, Carmine. Comunicação é tudo. São Paulo: Landscape, 2009.

LOPES, Cíntia. Fala para que eu te veja. Blumenau: Nova Letra, 2007.

______. Transforme seu medo em poder. Blumenau: Nova Letra, 2010.

______. Comunicação: necessidade ou privilégio? Jornal de Santa Catarina,


Blumenau, 28 set. 2005. p. 2-2.

MUSSAK, Eugênio César. Metacompetência. São Paulo: Gente, 2007.

POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo:


Saraiva, 2010.

RIBEIRO, Lair. Comunicação global. São Paulo: Alcance, 2008.

ROBBINS, Anthony. O poder sem limites. São Paulo: Moderna, 1999.

SABBI, Deroni. Sinto, logo existo. Porto Alegre: Sabbi Institute, 2009.

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