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Cinética das

transformações de fase

A.S.D’Oliveira
v Cinética das transformações de fase

Recristalização

Influência da temperatura e do tempo na transformação

A.S.D’Oliveira
v Cinética das transformações de fase

Diagramas TTT Tempo-Temperatura-Transformação


Transformações Isotérmicas - Eutetoide

Volume de perlita em função do tempo

Se a T aumenta a difusão porque


a transformação ocorre mais
rápido nas T menores?

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v Cinética das transformações de fase
Construção das
curvas TTT

A fração volumica da nova


fase ou produto de
transformação depende da
Temperatura, T, e do
tempo, t.
f(t,T)

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v Cinética das transformações de fase

Fatores que determinam a taxa de transformação, f(t,T):


(término e evolução)
ü Tx de nucleação
ü Tx de crescimento
ü Densidade e distribuição dos locais de nucleação
ü Sobreposição dos campos de difusão
ü “Contato” de volumes já transformados

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v Cinética das transformações de fase
Dispersão de dimensões

f depende da tx de nucleação e
de crescimento
Tx nucleação
const durante a
transformação

Locais de
nucleação
Nucleação ocorre f depende do n. de locais de
no inicio da nucleação e da tx de
transformação crescimento

Transformação toda a fase mãe é


celular consumida; contacto das
celulas termina a transf.

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Precipitação em
ligas solubilizadas

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v Precipitação em ligas solubilizadas

Precipitação α’(sss)-> α+β

Transformações induzidas por uma alteração de temperatura


Movimento atômico ativado termicamente

Alteração da composição química


Difusão de longa distância
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v Precipitação em ligas solubilizadas

Solubilidade varia com a temperatura


Ex: Ligas Al-Cu/Al-Ag

Microestrutura da liga Al-4wt%Cu; no equilibrio e fora do equilibrio?


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v Precipitação em ligas solubilizadas

Liga Al-Cu – Solubilização e envelhecimento/precipitação

Solubilização

Resfriamento
rápido

Envelhecimento
Envelhecimento

Resfriamento
rápido

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v Precipitação em ligas solubilizadas
Liga Al-Cu – Solubilização e envelhecimento/precipitação

Microestrutura de equilíbrio com Fina dispersão de


o precipitado grosseiro θ nos precipitados no interior dos
contornos de grão grãos
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v Precipitação em ligas solubilizadas

Ordem crescente de ΔGd, ou seja menor ΔG*


( barreira a nucleação)
Lugares homogêneos
Lacunas
Discordâncias
Falhas de empilhamento
Contornos de grão e de fases
Superfícies livres

Depende da concentração de cada um destes locais


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v Precipitação em ligas solubilizadas

Liga Al-Cu – Solubilização e envelhecimento/precipitação

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v Precipitação em ligas solubilizadas
Liga Al-Cu – Solubilização e envelhecimento/precipitação
Fases de transição – apesar da força motriz ser menor a
barreira para a nucleação tb é menor

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Precipitação
Table 5.2 Some Precipitation-Hardening Sequences
(Mainly from J .W. Martin. Precipitation Hardening. Pergamon Press.
Fases de transição
Oxford. 1968.)

Base metal Alloy Precipitation sequence

~lum~n~um
AI-Ag
AI-Cu GPZ (discs) -+

-. 0 (CuA1,)
-
GPZ (spheres) -9 y ' (plates) -. y (4g:AI)
8" (dlscs) 0' (plates)

AI-Cu-Mg GPZ (rods) -+ S' (laths) S (C~blg~Al,)


-+

(Idths)
.A]-Zn-Mg GPZ (spheres) q' (plates) -. TI (MgZn,)
-+

(plates or rods)
AI-Mg-SI GPZ (rods) -+ P ' (rods) -+ P(Mg2S~) (plates)
Copper Cu-Be GPZ (dlscj) -+ y' y (CuBe)
-+

Iron
Cu-Co
Fe-C
Fe-N - -
GPZ (spheres) --, P (Co) (plates)
t - c ~ r b i d e(discs)
cw' (discs) Fe,N
Fe3C (plates)

Nlckel I-Cr-T~-ill y (cubes or spheres)

-
preceded by 0" and 0 ' . The total precipitation process can be written
-+ a, GP zones a, - 8"GPazones
-+ 3 0' -+ a, 8
são esféricas
where a,, is the original supersaturated solid solution, a , is the composition of
the matrix in equilibrium with GP zones. a, the composition in equilibrium
with 0" etc. γ’ é hcp com uma relação de orientação
(0001)
Figure 5.27 shows
γ//(111)α and [1120]γ //[110]α ;

a schematic free energy diagram for the above phases.
Since GP zones and the matrix have the same crystal structure they lie on the
nucleia em falhas de empilhamento
same free energy curve (ignoring strain energy effects-see Section 5.5.5).
The transition phases 0" and 9' are less stable than the equilibrium 0 phase
and consequentlyγ é hcp com alguma
have higher relação
free energies de The
as shown. orientação com
compositions a matriz
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of the matri-x in equilibrium with each phase-a,. a ? . a,. a,--are given
v Precipitação em ligas solubilizadas
Liga Al-Cu – Envelhecimento/precipitação
Fases de transição – sequência de precipitação

αss -> α1+zonas GP->α2+θ” ->α3+θ’ -> α4+ θ


Zonas GP

Interfaces coerentes com a matriz


Aproximadamente duas camadas de átomos

Apesar da força motriz para a precipitação das Zonas GP (ΔGv-ΔGs) ser menor do
que para a fase de equilíbrio a barreira para a nucleação é menor (ΔG*), portanto
a nucleação é mais rápida
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v Precipitação em ligas solubilizadas
Liga Al-Cu – Solubilização e envelhecimento/precipitação

Fases de transição – sequência de


precipitação

αss -> α1+GP->α2+θ” ->α3+θ’ -> α4+ θ

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Precipitação
Liga Al-Cu

GP θ’

zones

θ”

θ

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v Precipitação em ligas solubilizadas
Liga Al-Cu – Solubilização e envelhecimento/precipitação

Fases de transição – sequência de precipitação

αss -> α1+Zonas GP->α2+θ” ->α3+θ’ -> α4+ θ

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v Precipitação em ligas solubilizadas
Fases de transição – sequência de precipitação
αss -> α1+GP->α2+θ” ->α3+θ’ -> α4+ θ
Tetragonal
A bx barreira de ativação decorrente da maior
coerência das fases intermediárias com a matriz
do que a fase de equilíbrio

Zonas GP Tetragonal ~Cu2Al

TCC Cu2 Al

Energia de deformação é
minimizada pela forma lamelar
da zona GP

A.S.D’Oliveira
v Precipitação em ligas solubilizadas

Liga Al-Cu – Envelhecimento/precipitação

Fases de transição – sequência de precipitação

αss -> α1+zonas GP->α2+θ” ->α3+θ’ -> α4+ θ


Perda de coerencia quando o precipitado
cresce; maior distorção da matriz

•  Zonas GP serve de
locais de nucleação para
θ”;
•  θ’ nucleia em
discordâncias na matriz;
Precipitado Precipitado •  θ nucleia na interface
coerente incoerente matriz θ’

O maior grau de coerência das fases de transição faz com que a barreira para sua
nucleação seja mais rapidamente ultrapassada do que aquela da fase de equilibrio

A.S.D’Oliveira
v Precipitação em ligas solubilizadas
Zonas livres de precipitados

Solubilização -> resfriamento rápido => retenção de lacunas =>


- Altera a tx de difusão dos átomos
- Altera tx de nucleação e crescimento (rápida formação das Zonas GP)
Quanto mais elevada T de solubilização, mais rápida é a formação das
primeiras zonas GP
Se o resfriamento for interrompido/resfriamento for mais lento, a formação das
zonas GP fica mais lenta

Excesso de lacunas é minimizado junto a discordânicas e a


contornos de grão
influência sobre a distribuição de precipitados
criação de zonas livres de precipitados
A.S.D’Oliveira
v Precipitação em ligas solubilizadas
Zonas livres de precipitados

A largura da Zona livre de precipitados (PFZ) depende


da concentração de lacunas
(ou da precipitação nos contornos de grão)

Junto dos contornos de grão a concentração de soluto não


muda mas a quantidade de lacunas é a do equilíbrio- >
precipitação é mais lenta

PFZ estreitas:
Baixas T – força motriz para precipitação elevada, conc.
critica de lacunas baixa
Elevadas tx de resfriamento – reduz a largura do perfil de
conc de lacunas

a largura da PFZ depende da conc.de lacunas

A.S.D’Oliveira
v Precipitação em ligas solubilizadas

Liga Al-Cu – Envelhecimento/precipitação

Efeito sobre as propriedades mecânicas


- tempo de envelhecimento

A.S.D’Oliveira
v Precipitação em ligas solubilizadas

Liga Al-Cu – Envelhecimento/precipitação

Efeito sobre as propriedades


mecânicas
- papel do tempo e da
temperatura de envelhecimento

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v Precipitação em ligas solubilizadas
Liga Al-Cu (2014)– Envelhecimento/
precipitação
Efeito sobre as propriedades mecânicas

(149°C)

- papel do tempo e
da temperatura

A.S.D’Oliveira
v Precipitação em ligas solubilizadas
Fases de transição – sequência de precipitação

αss -> α1+zonas GP->α2+θ” ->α3+θ’ -> α4+ θ


1 2 3 4
1. Endurecimento por solução sólida
2. Zonas GP – esforço extra para a movimentação das discordâncias através
das regiões coerentes
3. Discordâncias tem de se deslocar através da matriz deformada em torno do
precipitado θ” , que é mais espesso que as zonas GP
4. Formação de θ’ aumenta distância entre precipitados; crescimento do
precipitado provoca perda de coerência

Mecanismo de crescimento de um
precipitado mais estável a custo do
precipitado de menor estabilidade

Maior
concentração de
Cu em α 2
A.S.D’Oliveira
v Crescimento de precipitados
Coalescimento de precipitados

• Consequência do efeito Gibbs-Thomson – mesmo


A conc. de soluto na matriz é maior em torno das quando a precipitação já terminou, existe uma
particulas menores; gradientes de conc. na matriz força motriz para o aumento da dimensão das
provocam uma difusão do soluto na direção das particulas
particulas maiores
( particulas menores tem maior solubilidade
que as particulas maiores)
• Conservação de massa – se uma particula
aumenta de tamanho, em algum lugar no sistema
outra terá de diminuir
• Mecanismo de difusão – a dimensão média
aumenta com o tempo; particulas pequenas
diminuem até desaparecerem
• O crescimento/coalescimento tem inicio
imediatamente após a nucleação
• Tx de coalescimento é diretamente proporcional a
energia da interface, coeficientes de difusão e
solubilidades
• Coalescimento varia com o tempo na razão de t⅓
em oposição ao crescimento de grão t½ A.S.D’Oliveira
v Crescimento de precipitados

Espessamento de precipitado tipo placa - Interfaces semi-coerentes com


migração restrita

Cada degrau é uma interface incoerente onde o átomo de soluto pode


facilmente ser incorporado

A.S.D’Oliveira
v Crescimento de precipitados

Impactos do coalescimento:

Exposição a alta temperatura resulta em precipitados grosseiros e


redução da resistência

Precipitados grosseiros diminuem a resistência ao crescmento de grão

O coalescimento é minimizados em sistemas com baixas energias de


interface e solubilidades

A.S.D’Oliveira
Solubilização e envelhecimento a T ambiente.
Qual o tempo necessário para a formação
das zonas GP?

Liga 3wt%Cu solubilizada ; conformada a


400C seguida de resfriamento rápido.
Envelhecimento a 130C, qual o tempo
necessário para o pico de propriedades?

Liga 4,0wt%Cu após solubilização qual o


tempo necessário para super-
envelhecimento?

A.S.D’Oliveira

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