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ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS

Fármacos que bloqueiam receptores adrenérgicos, alguns são seletivos para alfa e outros para
beta-receptores.

Dentre os seletivos para alfa, alguns não selecionam alfa 1 ou 2, enquanto outros são mais
seletivos para alfa 1 ou 2.

Dentre os fármacos bloqueadores beta, temos 4 gerações (que na verdade são 3 gerações)

1ª geração – não seletivo – O fármaco mais clássico é o proPRAnolol (não confundir com
propanolol) e está ligado ao uso contra o aumento da pressão arterial, mas também a outras
indicações clínicas. Outro fármaco dessa classe também muito utilizado é o timolol, ligado
principalmente ao tratamento de glaucoma.

2ª geração – beta 1 seletivo – Atenolol, metaprolol, esses dois fármacos em concentração


plasmática terapêutica bloqueiam apenas receptores Beta-1, porém se essa concentração
variar da terapêutica podemos ter o bloqueio de Beta-2, podendo prejudicar o paciente. Um
outro fármaco dessa classe que merece atenção é o esmolol, que por ter uma pequena meia-
vida, um bloqueio rápido do receptor e então uma curta duração, é utilizado somente em
hospitais e por via intravenosa (IV)

3ª geração – não seletivo – também atuam em outras funções no organismo. Exemplos desses
fármacos: Cartrolol, Carvedilol (+ usado), bucindolol, labetolol, utilizados em quadros de
insuficiência cardíaca em pacientes que não tenham contra indicação ao seu uso.

3ª geração – beta 1 seletivo - também atuam em outras funções no organismo. Exemplos


desses fármacos temos o Nebivolol, celiprolol, betaxilol, onde estes induzem a vasodilatação.

Dentre os fármacos antagonistas para receptores alfa:

Alfa-não seletivos – fenoxibenzamina e fentolamina – estes bloqueiam de forma semelhante


os receptores (alfa-1 e alfa-2) e estão associadas ao tratamento de pressão arterial associado
com tumor da adrenal.

Alfa-1 seletivo- prozosina, cazosina, doxazosina – tratam pressão arterial e hiperplasia


prostática benigna (HPB)

Alfa-2 seletivo – Yoibina – não disponível para tratamento de humanos no Brasil, somente
para uso veterinário e mesmo assim é difícil encontrar.

Afinidade dos fármacos aos receptores

Antagonistas Alfa

Prazosina, terazosina, toxazosina, tolazolina – alfa-1>>>>alfa-2 – possuem mais afinidade por


alfa-1 do que por alfa-2, dificilmente bloqueando estes (alfa-2).

Fenoxibenzamina – alfa-1>alfa-2, bloqueia mais alfa-1 , porém também bloqueia alfa-2.

Fentolamina – alfa-1 = alfa-2 – bloqueia igualmente receptores alfa-1 e alfa-2

Yoibina – alfa-2>>>>alfa-1 – bloqueia muito mais alfa-2 do que alfa-1, quase não bloqueando
este (alfa-1)
Antagonistas mistos

Labetalol, Carvedilol – Beta-1=Beta-2 > alfa-1>alfa-2, bloqueiam de forma semelhante beta 1 e


2, porém bloqueiam mais estes do que receptores alfa, no entanto, também bloqueiam
receptores alfa, sendo um pouco mais seletivo para alfa-1 do que alfa-2. Isso é importante pois
como foi dito, esses medicamentos estão ligados a utilização em outras indicações médicas,
por exemplo, bloqueando Beta, há diminuição da atividade cardíaca. Já bloqueando alfa,
ocorre vasodilatação.

Antagonistas Beta

Metoprolol, acebutolol, alprenolol – beta1>beta2, bloqueiam mais receptores Beta 1 do que 2,


em concentrações plasmáticas terapêuticas.

ProPRAnolol, Timolol, penbutolol – beta1=beta2, bloqueiam beta 1 igualmente a beta2.

Butoxamina – beta2>beta1 – bloqueiam mais beta 2 do que beta-1, porém não há utilização
clínica seu uso.

Para a utilização de antagonistas Beta, deve-se analisar a situação do paciente e a indicação,


como veremos adiante.

Mecanismo de ação dos antagonistas alfa-adrenérgicos

Quando há Sinapse noradrenérgica, há liberação de NA(noradrenalina) na fenda sináptica,


ocorrendo a ativação de receptor alfa 1 (ocorre vasoconstrição),ativação de receptor beta 1
(aumenta trabalho cardíaco) e ativação de receptor alfa-2 pré-sinaptico(regula liberação de NA
– fazendo feedback negativo)

Bloqueio de Receptor não -seletivo - Quando fazemos o uso de bloqueador de receptores alfa
adrenérgico não seletivo, este bloqueia alfa 1 e 2. O bloqueio de alfa 1 resulta em
vasodilatação, o bloqueio de alfa 2 resulta no aumento da liberação de NA e, com isso, o que
ocorre? O Aumento de NA provoca aumento do trabalho cardíaco pois há ativação intensa de
receptor beta 1 cardíaco, já que este é o único receptor livre para ativação pela ação da NA (já
que tanto alfa 1 e 2 estão bloqueados)

Bloqueio de receptor seletivo –Se há bloqueio de alfa 1, o receptor alfa 2 continua


funcionando, ocorrendo liberação de NA gerando aumento do trabalho cardíaco. Alfa 1
bloqueado resulta em vasodilatação, alfa 2 não bloqueado, o feedback negativo vai funcionar
normalmente.

Os dois mecanismos descritos acima geram Respostas da função cardíaca parecida (aumento
do trabalho cardíaco), porém o bloqueio de alfa 1 gerando vasodilatação provoca um
mecanismo compensatório.

Condição clínica - Felcromocitoma

Ocorre por liberação maciça de catecolaminas gerando aumento de PA(pressão arterial). Até o
tumor que provoca a enfermidade ser removido, o paciente precisa ser tratado, já que o
paciente pode estar estável e de repente a pressão aumenta pra 20/11. Logo, a doença é
grave, podendo levar a alterações cardíacas e no SNC(sistema nervoso central), podendo
induzir graves consequências (AVC, por exemplo). O fármaco utilizado para o tratamento
bloqueia receptor alfa-adrenérgico. Há um fármaco (Fenoxibenamina) que bloqueia os
receptores de forma irreversível (bloqueia alfa 1 e 2). Pensando em termos de
irreversibilidade, a Fentolamina (outro fármaco utilizado no tratamento da doença em
questão) bloqueia também os dois receptores mas de forma reversível. Dentre os dois, qual
escolho para o tratamento? O IRREVERSÍVEL (Fenoxibenzamina). Porque? Pois haverá
descarga adrenérgica grande e se o receptor tiver bloqueado de forma reversível, o aumento
da NA tira o fármaco do receptor e NA começa a ativar – aumentando a PA. Logo, usamos o de
forma irreversível. A Fenoxibenzamina promove vasodilatação importante também e a PA
estabilizada. Só que temos um problema! A fenoxibenzamina bloqueia alfa 1, mas também
bloqueia alfa 2, então inibe o feedback negativo, logo a NA continua ser liberada e como alfa 1
está bloqueada pelo fármaco, só resta o receptor Beta para a NA ativar, então é preciso
administrar junto um beta bloqueador...Após a cirurgia, o paciente continua utilizar o
medicamento que é retirado após um tempo.

O grande efeito farmacológico de antagonistas alfa-adrenérgicos (principalmente alfa-1) :


diminuir a resistência vascular periférica (VRP), causando vasodilatação e também provocar
o relaxamento do músculo liso do colo vesical, da cápsula prostática e uretra prostática,
importante em casos de HPB (hiperplasia prostática benigna).

HPB – resulta em dificuldade de micção devido a atividade simpática via receptor alfa-1 e da
testosterona (sobre testosterona veremos no próximo período), neste período focaremos na
atividade de alfa-1. Em relação a alfa-1, sua ativação promove a contração das regiões da
cápsula prostática do colo vesical, além da redução do canal da uretra, é como se fosse um
estrangulamento, provocando dificuldade na micção. A utilização de fármacos bloqueadores
de alfa-1 adrenérgico impedem a contração das regiões citadas, promovendo relaxamento e
assim melhorando a condição do paciente. Uma observação importante é que nem todo
fármaco bloqueador de alfa-1 ajudará no tratamento do paciente (na teoria deveria, mas na
prática não acontece!) Há fármacos mais específicos para receptores associados a essa
hiperplasia.

FENOXIBENZAMINA – antagonista alfa-1 que também bloqueia um pouco alfa-2 (alfa1>alfa-2),


sua ligação é irreversível.

Efeitos hemodinâmicos – diminuição da RVP e PA

Outras ações – causa venodilatação proeminente, estimulação cardíaca, aumento de NA


devido ao bloqueio de alfa-2 (lembrar do feedback negativo descrito acima), bloqueio de
receptores colinérgicos (principalmente muscarínicos), bloqueio de receptores de serotonina e
histamina.

Vias de Administração – IV e oral (sendo a oral erradica e com absorção incompleta)

Reações adversas – hipotensão postural (importante reação no início do tratamento, já que é


provocado pela falta da chegada de sangue no cérebro podendo provocar desmaios e graves
lesões – é muito importante em idosos, por isso deve-se tomar cuidados. É orientado ao
paciente utilizar o medicamento na hora de dormir. Além de hipotensão postural, reações
como obstrução nasal, taquicardia, miose e possibilidade de ejaculação podem ocorrer.

Uso terapêutico: Felcromocitoma é a mais importante. Para distúrbios hemodinâmicos já não


é tanto utilizada.

FENTOLAMINA/TOLAZOLINA – agonistas não competitivos (não selecionam alfa-1 e alfa-2)


Os efeitos hemodinâmicos são iguais ao da Fenoxibenzamina, assim como a via de
administração e efeitos adversos (só causam alterações gastrointestinais a mais em relação
aos efeitos adversos da fenoxibenzamina. Em relação ao uso terapêutico, são também
utilizados para tratamento da Felcromocitoma, porém a fases iniciais da doença ou na
recuperação do paciente após a cirurgia. Outras ações desses fármacos estão ligadas a
ativação de acetilcolina e receptores de serotonina.

PRAZOSINA/TERAZOSINA/DOXOZOSINA/TANSULOSINA – Fármacos seletivos alfa-1

Efeito hemodinâmico – diminui RVP e PA.

Outros efeitos: Em altas doses pode ter efeitos vasodilatadores devido a inibição de
fosfodiesterases.

Via de administração: Oral

Reações adversas: hipotensão postural

Uso terapêutico: Hipertensão arterial primária e HPB

Prazosina – é o medicamento protótipo – ele bloqueia alfa-1 em artérias e veias, isso leva a
diminuição da RVP e retorno venoso ao coração, diminuindo a pré-carga sem aumentar débito
cardíaco(DC) e frequência cardíaca(FC). Ainda diminui LDL e triglicerídeos e aumenta HDL. No
entanto, se o paciente tiver dislipidemia esse medicamento não resolve sua situação.

Posologia de Prazosina para:

HA- 1mg 2-3 vezes ao dia, até que se alcance níveis pressóricos desejáveis. A primeira dose de
ser antes de dormir. Efeito máximo de 20mg/dia

HPB- 1-5mg 2vezes ao dia – essa é uma desvantagem em relação uso de terazosina (já que este
precisa ser utilizado somente uma vez ao dia – devido seu maior tempo de meia-vida)

Prazosina x Terazosina – utilização da Terazosina para HPB é muito mais indicada. A Prazosina
só é ainda comentada para tal tratamento pois foi a pioneira, porém hoje em dia seu uso é
difícil. A terazosina pois vantagens como:

- maior tempo de meia-vida, logo é necessário utilizar somente uma vez ao dia.

- A terazosina possui maior afinidade a receptores alfa-1 próximos da próstata, logo não altera
a pressão arterial de maneira significativa como faz a prazosina ( afinidade por receptores mais
pronunciado nos vasos) o que pode levar a quadros de hipotensão. Logo, a terazosina provoca
menos efeitos adversos.

Receptor Biodisponibilidad Tempo de Indicação Observação


e meia-vida
Prazosina Alfa- 50-70 2-3hrs (na HA 1ªdose ao
A/B/D insuficiência dormir; níveis
hepática -7- pressóricos:20mg
10hrs)
Terazosina Alfa- >90 20hrs HA e HPB Efeito apoptótico
A/B/D no músculo liso
da próstata.
Titular dose até a
reposta desejada
Doxozosina Alfa- 50-70 20hrs HPB Efeito apoptótico
A/B/D no músculo liso
da próstata.
Tansulosina Alfa-A/D - 5-10hrs HA e HPB Efeito adverso:
ejaculações
anormais.

A tabela mostra algumas diferentes entre os fármacos citados da mesma classe. Tansulosina
não te efeito em receptores alfa subclasse B (ligado a um efeito vasodilatador mais
pronunciado). A biodisponibilidade é semelhante. Em relação a meia-vida fica pronunciada a
diferença entre a Prazosina e a Terazosina, o que implica na posologia (Prazosina necessário
administrar 2x/dia, enquanto a Terazosina somente 1x/dia). Em relação a indicação e
observações ela somente leu o escrito no quadro.

Indicações dos medicamentos descritos até o momento

Feocromocitoma – Fenoxibenzamina, Fentolamina

Hipertensão crônica – Prazosina

Crise hipertensiva associada a retirada de Clonidina – Fentolamina

Vasoconstrição local excessiva – Fentolamina

HPB – Prazosina, doxazosina, terazosina, tansulosina (+ indicado)

Emergências hipertensivas – pouca utilidade

Disfunção erétil – Fentolamina + papaverina IV

Efeitos Adversos

-Hipotensão ortostática e síncope – 30/90 minutos após dose inicial

-Hipotensão ortostática a longo prazo

-Administração rápida por infusão de Fentolamina – hipotensão grave

Antagonista beta adrenérgicos – são divididos em 4 (3) gerações

De forma geral esses fármacos podem, com exceção do Esmolol, ser administrado por VO. O
esmolol não pode pois sua meia vida plasmática é de no máximo 15 minutos, é muito rápido a
ação, então o Esmolol é administrado po via IV. A biodisponibilidade desses fármacos é
relativa, diferente, uns tem pequena, outros grandes biodisponibilidades. A Meia vida também
é diferenciada, logo a escolha do beta bloqueador será em função da doença do paciente,
relacionada ao seu histórico.

Efeitos gerais

Cardíacos – reduz frequência Cardíaca(FC), contratilidade, durante exercício físico atenua


aumento da FC, a curto prazo pode diminuir DC e aumentar RVP, mas que logo volta ao
normal. Reduz frequência Sinusial, a taxa de despolarização espontânea, retarda a contração
nos átrios.
Como anti-hipertensivo - além dos efeitos cardíacos, ocorre redução da liberação da renina
pela células justaglomerulares, o aumento da renina retém sódio, água causando edema,
aumentando a PA. A longo prazo reduz a RVP, podendo causar vasodilatação periférica
(principalmente os de 3ª geração) – aumenta FC periférica e pode reduzir pré-carga.

Efeito no trato respiratório:

O Bloqueio de receptores Beta-2 faz broncoconstrição, e se o paciente tem asma ou Doença


pulmonar crônica obstrutiva (DPOC), qual o fármaco utilizado para trata-lo caso ele tenha uma
disfunção cardíaca? O Paciente precisa de beta bloqueador, usa-se bloqueador beta-1 seletivo,
de 2ª geração. E se ele tiver complicação e precisar de um fármaco com efeito vasodilatador?
Será um de 3ª geração mas ainda seletivo pra beta 1, porque se fizermos administração de um
fármaco não seletivo, vai bloquear também receptores beta-2 e esse bloqueio pode induzir ao
óbito pela broncoconstrição em pacientes com asma ou DPOC.

Falando um pouco sobre tremor – fármaco bloqueia os tremores induzido pelas


catecolaminas. Quando administramos agonista beta 2 podemos ter tremores, mas porque?
Porque ativa beta 2 nas fibras de contração rápida, então quando estamos nervosos,
estressados, ansioso, como em uma apresentação de trabalho, como percebemos que
estamos nervosos? Tremor nas mãos, coração disparado, voz trêmula, devido ativação de beta
2, em situação de stress, uma das coisas que podemos fazer é usar ansiolítico (mas pode dar
ruim, por sono, por exemplo, redução da ativação do SNC), mas podemos usar também beta
bloqueador. Mas porque podemos usar ? Porque reduz batimento cardíaco, tremor, reduz
tudo..Pensando nisso, o propranolol é não seletivo, bloqueia beta 1 e 2 e é muito utilizado pra
esses casos..PROBLEMA: Lembrar do exemplo do instrutor de auto escola que deu para a aluna
propranolol com intuito de acalmar a aluna, o problema que ela tinha asma, houve bloqueio
também de beta 2 e broncoconstrição na aluna, o que a levou a óbito, já que não houve tempo
pra socorro. Com isso pensamos que nem tudo que serve para um paciente, serve para outro.

Para o paciente asmático, só administramos antagonista beta-1 seletivo e Em doses


terapêuticas!!!! Um aumento na concentração pode agir em beta dois, tem que ter muito
cuidado com esses pacientes!!!!

Efeito metabólico e endócrino – quando temos fome, quais são os sinais que o organismo faz
com que percebemos a fome? Estresse, dor de cabeça, aumento da salivação, podemos ter
tremor, mas porque tem esse tremor? Falta de glicose, a falta de glicose faz com que meu
organismo responda com aumento da liberação adrenalina na circulação, isto ativa receptor
beta-1 no fígado e resulta aumento de glicose, mas também há ativação de receptores beta-2.

Se o paciente é diabético , como isso ocorre? Diabete tipo 1 depende de insulina, a glicose
possui níveis altos no sangue então a insulina faz voltar ao normal. Esses pacientes precisam
comer de 3-3 hrs, mas porque? Se o paciente não come de 3-3 hrs, há ativação do simpático e
liberação de glicose como em outro paciente qualquer, só que talvez não seja o suficiente,
gerando uma crise de hipoglicemia. E se esse paciente tem disfunção cardíaca? Precisa de
beta-bloqueador, se ele usar um fármaco beta-bloquador não seletivo o que ocorre quando
ele tiver com fome? Passou das 3 hrs e não comeu, ocorre o mesmo descrito, ativação de
noradrenalina, porém esta não ativa receptor beta-1 pois já está bloqueado pelo uso do
fármaco para a disfunção cardíaca, logo a glicose no sangue tende a diminuir(já que não
ativando receptor beta-1, não há liberação de glicose para o equilíbrio) ainda mais e isso pode
ser grave, o que pode levar a um quadro de hipoglicemia severa!
Em relação ao mecanismo de ação, a vasodilatação é o efeito mais pronunciado e pode ser
consequência de vários motivos:

1- Bloqueio da entrada de Cálcio no músculo liso vascular


2- Ação agonista em Beta-2
3- Ação de óxido Nítrico (NO) convertendo GDP em GMPc – este ativando PKG e
ocorrendo então vasodilatação

O fármaco Celiprolol produz NO e também faz agonismo em receptor beta-2, o carvedilol é


antagonista alfa-1 fazendo com que haja vasodilatação e também bloqueia a entrada de cálcio
além de ter atividade antioxidante, útil em pacientes com insuficiência cardíaca. Isso
demonstra que o mesmo fármaco pode atuar em diferentes sítios promovendo vasodilatação.

Indicações dos fármacos antagonistas Beta-adrenérgicos

Na disfunção cardiovascular:

-HA – propranolol, atenolol

- Cardiopatia isquêmica – atenolol, propranolol

- Arritmias cardíacas – propranolol, esmolol(para situações mais graves)

-Insuficiência cardíaca – carvedilol , metaprolol – esses fármacos são muito utilizados pois
diminuem a mortalidade dos pacientes com insuficiência cardíaca, porém sua administração
merece cuidados, já que uma alta dose pode ser fatal. Para esses casos, começa-se
administrando doses muito pequenas, que são aumentadas aos poucos. Caso o paciente
comece com uma alta dose, há uma descarga simpática muito grande levando ativação de
receptores Beta, podendo levar a morte.

-Infarto do miocárdio – metaprolol, carvedilol, propranolol, atenolol

-Glaucoma – redução da produção de humor aquoso – Timolol, Betaxolol (beta-1 seletivo)

-Sinais e sintomas cardiovasculares do hipertireoidismo – propranolol

Outros distúrbios:

- Enxaqueca- propranolol, atenolol

- Ansiedade, nervosismo – propranolol, atenolol

Tremor associado – propranolol, atenolol

Sangramento de varizes esofágicas – propranolol. Essa é uma condição clínica que altera o
fluxo sanguíneo hepático, levando aumento da pressão arterial. Há sangramentos, levando a
anemia e escurecimento das fezes.

Efeitos adversos:

-Agrava ICC em pacientes com doença compensada ou cardiomegalia

-Frio nas extremidades

-SNC – sedação, distúrbios de sono e depressão

-Broncoconstrição
- Hipoglicemia

Superdose – diminuição brusca da pressão arterial, bradicardia, prolongamento da condução


AV e alargamento dos complexos QRS (do eletrocardiograma). Convulsões e depressão

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