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8 Antagonistas-Adrenérgicos
8 Antagonistas-Adrenérgicos
Fármacos que bloqueiam receptores adrenérgicos, alguns são seletivos para alfa e outros para
beta-receptores.
Dentre os seletivos para alfa, alguns não selecionam alfa 1 ou 2, enquanto outros são mais
seletivos para alfa 1 ou 2.
Dentre os fármacos bloqueadores beta, temos 4 gerações (que na verdade são 3 gerações)
1ª geração – não seletivo – O fármaco mais clássico é o proPRAnolol (não confundir com
propanolol) e está ligado ao uso contra o aumento da pressão arterial, mas também a outras
indicações clínicas. Outro fármaco dessa classe também muito utilizado é o timolol, ligado
principalmente ao tratamento de glaucoma.
3ª geração – não seletivo – também atuam em outras funções no organismo. Exemplos desses
fármacos: Cartrolol, Carvedilol (+ usado), bucindolol, labetolol, utilizados em quadros de
insuficiência cardíaca em pacientes que não tenham contra indicação ao seu uso.
Alfa-2 seletivo – Yoibina – não disponível para tratamento de humanos no Brasil, somente
para uso veterinário e mesmo assim é difícil encontrar.
Antagonistas Alfa
Yoibina – alfa-2>>>>alfa-1 – bloqueia muito mais alfa-2 do que alfa-1, quase não bloqueando
este (alfa-1)
Antagonistas mistos
Antagonistas Beta
Butoxamina – beta2>beta1 – bloqueiam mais beta 2 do que beta-1, porém não há utilização
clínica seu uso.
Bloqueio de Receptor não -seletivo - Quando fazemos o uso de bloqueador de receptores alfa
adrenérgico não seletivo, este bloqueia alfa 1 e 2. O bloqueio de alfa 1 resulta em
vasodilatação, o bloqueio de alfa 2 resulta no aumento da liberação de NA e, com isso, o que
ocorre? O Aumento de NA provoca aumento do trabalho cardíaco pois há ativação intensa de
receptor beta 1 cardíaco, já que este é o único receptor livre para ativação pela ação da NA (já
que tanto alfa 1 e 2 estão bloqueados)
Os dois mecanismos descritos acima geram Respostas da função cardíaca parecida (aumento
do trabalho cardíaco), porém o bloqueio de alfa 1 gerando vasodilatação provoca um
mecanismo compensatório.
Ocorre por liberação maciça de catecolaminas gerando aumento de PA(pressão arterial). Até o
tumor que provoca a enfermidade ser removido, o paciente precisa ser tratado, já que o
paciente pode estar estável e de repente a pressão aumenta pra 20/11. Logo, a doença é
grave, podendo levar a alterações cardíacas e no SNC(sistema nervoso central), podendo
induzir graves consequências (AVC, por exemplo). O fármaco utilizado para o tratamento
bloqueia receptor alfa-adrenérgico. Há um fármaco (Fenoxibenamina) que bloqueia os
receptores de forma irreversível (bloqueia alfa 1 e 2). Pensando em termos de
irreversibilidade, a Fentolamina (outro fármaco utilizado no tratamento da doença em
questão) bloqueia também os dois receptores mas de forma reversível. Dentre os dois, qual
escolho para o tratamento? O IRREVERSÍVEL (Fenoxibenzamina). Porque? Pois haverá
descarga adrenérgica grande e se o receptor tiver bloqueado de forma reversível, o aumento
da NA tira o fármaco do receptor e NA começa a ativar – aumentando a PA. Logo, usamos o de
forma irreversível. A Fenoxibenzamina promove vasodilatação importante também e a PA
estabilizada. Só que temos um problema! A fenoxibenzamina bloqueia alfa 1, mas também
bloqueia alfa 2, então inibe o feedback negativo, logo a NA continua ser liberada e como alfa 1
está bloqueada pelo fármaco, só resta o receptor Beta para a NA ativar, então é preciso
administrar junto um beta bloqueador...Após a cirurgia, o paciente continua utilizar o
medicamento que é retirado após um tempo.
HPB – resulta em dificuldade de micção devido a atividade simpática via receptor alfa-1 e da
testosterona (sobre testosterona veremos no próximo período), neste período focaremos na
atividade de alfa-1. Em relação a alfa-1, sua ativação promove a contração das regiões da
cápsula prostática do colo vesical, além da redução do canal da uretra, é como se fosse um
estrangulamento, provocando dificuldade na micção. A utilização de fármacos bloqueadores
de alfa-1 adrenérgico impedem a contração das regiões citadas, promovendo relaxamento e
assim melhorando a condição do paciente. Uma observação importante é que nem todo
fármaco bloqueador de alfa-1 ajudará no tratamento do paciente (na teoria deveria, mas na
prática não acontece!) Há fármacos mais específicos para receptores associados a essa
hiperplasia.
Outros efeitos: Em altas doses pode ter efeitos vasodilatadores devido a inibição de
fosfodiesterases.
Prazosina – é o medicamento protótipo – ele bloqueia alfa-1 em artérias e veias, isso leva a
diminuição da RVP e retorno venoso ao coração, diminuindo a pré-carga sem aumentar débito
cardíaco(DC) e frequência cardíaca(FC). Ainda diminui LDL e triglicerídeos e aumenta HDL. No
entanto, se o paciente tiver dislipidemia esse medicamento não resolve sua situação.
HA- 1mg 2-3 vezes ao dia, até que se alcance níveis pressóricos desejáveis. A primeira dose de
ser antes de dormir. Efeito máximo de 20mg/dia
HPB- 1-5mg 2vezes ao dia – essa é uma desvantagem em relação uso de terazosina (já que este
precisa ser utilizado somente uma vez ao dia – devido seu maior tempo de meia-vida)
Prazosina x Terazosina – utilização da Terazosina para HPB é muito mais indicada. A Prazosina
só é ainda comentada para tal tratamento pois foi a pioneira, porém hoje em dia seu uso é
difícil. A terazosina pois vantagens como:
- maior tempo de meia-vida, logo é necessário utilizar somente uma vez ao dia.
- A terazosina possui maior afinidade a receptores alfa-1 próximos da próstata, logo não altera
a pressão arterial de maneira significativa como faz a prazosina ( afinidade por receptores mais
pronunciado nos vasos) o que pode levar a quadros de hipotensão. Logo, a terazosina provoca
menos efeitos adversos.
A tabela mostra algumas diferentes entre os fármacos citados da mesma classe. Tansulosina
não te efeito em receptores alfa subclasse B (ligado a um efeito vasodilatador mais
pronunciado). A biodisponibilidade é semelhante. Em relação a meia-vida fica pronunciada a
diferença entre a Prazosina e a Terazosina, o que implica na posologia (Prazosina necessário
administrar 2x/dia, enquanto a Terazosina somente 1x/dia). Em relação a indicação e
observações ela somente leu o escrito no quadro.
Efeitos Adversos
De forma geral esses fármacos podem, com exceção do Esmolol, ser administrado por VO. O
esmolol não pode pois sua meia vida plasmática é de no máximo 15 minutos, é muito rápido a
ação, então o Esmolol é administrado po via IV. A biodisponibilidade desses fármacos é
relativa, diferente, uns tem pequena, outros grandes biodisponibilidades. A Meia vida também
é diferenciada, logo a escolha do beta bloqueador será em função da doença do paciente,
relacionada ao seu histórico.
Efeitos gerais
Efeito metabólico e endócrino – quando temos fome, quais são os sinais que o organismo faz
com que percebemos a fome? Estresse, dor de cabeça, aumento da salivação, podemos ter
tremor, mas porque tem esse tremor? Falta de glicose, a falta de glicose faz com que meu
organismo responda com aumento da liberação adrenalina na circulação, isto ativa receptor
beta-1 no fígado e resulta aumento de glicose, mas também há ativação de receptores beta-2.
Se o paciente é diabético , como isso ocorre? Diabete tipo 1 depende de insulina, a glicose
possui níveis altos no sangue então a insulina faz voltar ao normal. Esses pacientes precisam
comer de 3-3 hrs, mas porque? Se o paciente não come de 3-3 hrs, há ativação do simpático e
liberação de glicose como em outro paciente qualquer, só que talvez não seja o suficiente,
gerando uma crise de hipoglicemia. E se esse paciente tem disfunção cardíaca? Precisa de
beta-bloqueador, se ele usar um fármaco beta-bloquador não seletivo o que ocorre quando
ele tiver com fome? Passou das 3 hrs e não comeu, ocorre o mesmo descrito, ativação de
noradrenalina, porém esta não ativa receptor beta-1 pois já está bloqueado pelo uso do
fármaco para a disfunção cardíaca, logo a glicose no sangue tende a diminuir(já que não
ativando receptor beta-1, não há liberação de glicose para o equilíbrio) ainda mais e isso pode
ser grave, o que pode levar a um quadro de hipoglicemia severa!
Em relação ao mecanismo de ação, a vasodilatação é o efeito mais pronunciado e pode ser
consequência de vários motivos:
Na disfunção cardiovascular:
-Insuficiência cardíaca – carvedilol , metaprolol – esses fármacos são muito utilizados pois
diminuem a mortalidade dos pacientes com insuficiência cardíaca, porém sua administração
merece cuidados, já que uma alta dose pode ser fatal. Para esses casos, começa-se
administrando doses muito pequenas, que são aumentadas aos poucos. Caso o paciente
comece com uma alta dose, há uma descarga simpática muito grande levando ativação de
receptores Beta, podendo levar a morte.
Outros distúrbios:
Sangramento de varizes esofágicas – propranolol. Essa é uma condição clínica que altera o
fluxo sanguíneo hepático, levando aumento da pressão arterial. Há sangramentos, levando a
anemia e escurecimento das fezes.
Efeitos adversos:
-Broncoconstrição
- Hipoglicemia