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oi:.::
O fracasso das alternativas ÍIlâ1Of1â
mente ti-. :.
a transic" -,:
Primeiro, no clecurso do século, as principais alternativas perde-
ftzeram :. --: .:
ram completâmente â competicão com a democraci'a' Mesmo nos
democric,..
finais do primeiro quâfto do século, as formas não democráticas de
meflte f.t'.- : .
govefno que desde tempos imemoriais dominaram as convicções e
nidamen:.
as ptáticas fl malor parte do mundo monârquia, aristocracia
-..
-
declinâram fatalmente pela legiti- Conüc
hereditária e oligarquia aberta
- ções suir:.,-.:
midade e pela força ideológica. Embora tir-essem sido substituídas
por alternatir,'as anticlemocráticas mais amplamente populares sob a da den, ,:: --
ditadores militares, nomeadamente Íta .\mérica Latioa, caítarn sob o Para le.:
peso dos seus fracassos económicos, diplomáticos e até militares riência Í.,r .'-
3. l:..'
chinês nunca experimentou a democracia, e as perspectivas de que, em
brer,,e,a China se toÍnaria democtática eram altamente dúbias' Os C,:: - -
regimes não democráticos persistiam igualmente em muitas outlâs
+, -::_
partes do mundo, quer em Áfti.r, no Sudeste Asiático, no Médio
5 I-:
Oriente, quer em alguns dos remanescentes da desintegrada URSS' Na
169
:. dúbias. Os
Conclições far-orár'eis à democracia:
:-nuitas outrâs
.,r. Íio Méclio 4. Uma economia de mercado e uma sociedade modernas
..da URSS. Na
5. Pluralismo subculrural fraco
I/o
fntervencão estrangeira
d.mocrádco. rr''---1O1 i:
nh
1-7
sào -:
Conflitos culturais fracos ou ausentes a rc<
CONC:,
E mais provável que as instituições poJíucas
volvam e:mantenham num país culruralmente
democráticas se desen_ \,.
bastante homogéneo do
que num país com subculturas profundamente
diferenciadas e em
conflito.
Âs culturas diferenciadas formam_se, muitas vezes,
I em torno de
diferenças de língua, religião, raca, identidade
l
étnica, regiâo e, poÍ
vezes, ideologia' os seus membros partilham
uma identidà" .o*.r*
i e laços emocionais; distinguem fortemenre o «nós»
do «eres». Em
li' teÍmos de reiações pessoais, r.iram-se pafa
l
outÍos membros do seu
I grupo: amigos, colegas, parceiros de casamento,
I vizinhos, hóspedes.
;l Muitas vezes tomam parte em cerimónias e
I
riruais que, entre outras
coisas, definem as suas fronteiras como
( grupo. Deste modo e de
r1l
.osta Rica, nem é pro- Questões como estas colocam um problema especial pan a demo-
ta podra ilustrar mais cracia. os simpatizantes de uma cultura parttcu,rar vêem muitas vezes
estabelecerem e man- as suâs exigências poJíticas como quesrões de pdncípiq convicções
políciâ, se se pretende teligiosas ou quase religiosas profundas, preservação cultural ou
ticas. sobreüvência eflquanto grupo. Consideram, poÍ conseguinte, as suas
exigências demasiado cruciais parupermiúem um compromisso. Elas
são inegociáveis. No eÍrtânto, sob um pÍocesso democrático pacífico,
eusettes a resolução de conflitos poÍticos requeÍ, de modo geral, nego ciaçáo,
conciliacào e compromisso.
Iemocráticas se desen- Não deveria, pois, ser surpresâ descobrir que os países democráti-
§r:rnte homogéneo do cos mais antigos e politicamente estáveis conseguiram, na sua maior
r diferenciadas e em paÍte, evitar conflitos culturais graves. Mesmo que existam diferenças
culturais significativas entÍe os cidadãos, elas permitiram, de modo
s sezes, em torno de geta1, que diferenças mais negociáveis (em questões económicas, por
emica, região e, por exempio) dominassem a vida política na maior parte do tempo.
na identidade comum Não existem excepções pzrz este âpareÍrtemeÍrte feliz estado de
,<nós>> do <<eles>>. Em coisas? Existem algumas. A diversidade cultural foi particulaÍmeÍrte
ros membros do seu significativa nos Estados Unidos, na Suíça, na Bélg|ca, nos países
), viziÍrhos, hóspedes. Baixos e no Canadá. Mas, se a diversidade ameaça ger* conflitos
r^is que, entre outras culturais intratáveis, como conseguiram manteÍ-se as instituições
c- Deste modo e de democráticas nestes países?
m estilo de üdar> para Âs suas experiências, emboÍa múto diferentes, mostram que, nuÍn
uma nação dentro de país em que todas âs outrâs condições são favorâveis à democract^)as
irn rlizer, estratificada consequências políticas potencialmente adversas da diversidade cultu-
ral podem, por vezes, tornar-se mais manejáveis.
ítica e, normalmente,
rs códigos de vesruá-
L igualdade no acesso Âssnflr-AÇÃo
atórias de um grupo
)rerno deveria apoiar Era esta a solução americana. De 1840 a 1920, a cultura dominante,
o afirmativo, quais e que durante dois séculos de governo colonial e de independência tinha
um gÍupo que outfo sido solidamente estabelecida pelos colonos brancos ündos principal-
lroibir, tais como o mente da Grã-Bretantha, confrontou-se com ondas de imigrantes não
); ou para determinar britânicos da Irlanda, da Escandinâvia, da Alemanha, da polónia, de
çeriam ser adaptadas Itálta e de outros países imigrantes que podiam, muitas vezes,
BÍupo, etc., etc. distinguir-se pela diferença- de iíngua (à excepção dos idandeses), de
111
fil
,fl
,r.ir
1§l
cada cinco brancos residentes nos Estados unidos tinha nascido
: 1i:
r: Ji'
rii
noutÍo lugar; mais, os pais de mais de um em cada quaffo brancos aí
ii
il nascidos tinham nascido no estrangeiro. No entanto, passadas duas
gerações desde que os imigrantes chegaram aos Estados L)rridos, os
seus descendentes estavam jâ tão completamente assimilados pela
cultura dominante que, embora muitos americanos mantenham (ou
desenvolvam) hoje em dia uma ceÍta Iigação ao seu país ou à sua
cultura ancestrais, a sua lealdade política dominante e a slra identidade
são americanas.
Apesar do sucesso impressionante da assimilacão na redução dos
conflitos culturais que a imigracão massira poderia, de outro modo,
ter produzido nos Estados unidos, a experiêncta americana revela
1I
lnou, eI-- -
Existiram subculturas distintas e potencialmente incompatír,,eis na são inter::.. r
Suíca, na Bélgica e nos Países Baixos. Qr-re poderemos aprender a aguentc, -..
partrr das erperiências destes três países den-rocráticos?
l Cada um criou disposições políticas que requeriam unanimidade
ril
rl
ou um consenso alargado para decisões tomadas pelo gabinete e pelo
ri
parlamento§ O princípio da regra da maioria estava subordinado (em
I
diferentes graus) a um princípio de unanimidade. Deste modo, qual- Âs d-ir:::-,
$ quer decisào governamenral que afectasse signii'icaüramente os inte- são aliirr:.,*
i
4'
Íesses de uma ou mais das subculturas seria tomada unicamente com autoritál . -
o acordo expJícito de representantes desse grupo no gabinete e no e SÍna$AI r: ! __^
padamento. Esta solucão foi facilitada pela RP, que asseguÍava que a coefcà,_ .- ::-.
representântes de cada um dos grupos estaÍiam representados com nzação. T.:: .-
justiça no padamento. Estavam também representados no gabinete. E,
des cultur.:..
sob as práticas consensuais adoptadas nestes países, os membros dos apelos d,-,. :-,,
gabinetes pertencentes a cada subcultura podiam exercer o direito de animosidi:..
veto sobre cada po1Ítica de que discordassem. (Disposições como estas, rais».
a que os cientistas poJíticos se referiam como «democracia consocia- Para er : -.: ,
tiva», variam enoÍmemente nas particularidades entre os três países. sistemas r-:
Para mais informação, ver Anexo B).
; ,
incentir-c-rs
Sistemas consensuais como estes não podem claramente ser criados, doqueoc:-_
ou não terão certamente sucesso, senão em condicões muito especiais didatos poi;:.-
como, por eremplo, numa sociedade com talento para a conciliação; teriam de ,' .:
elevada tolerância paÍa o compromisso; líderes dignos de confianca evidentemc:,..
que possam negociar solucões pâÍa os conflitos que obtenham a democratrz.rc.,
aceitaçáo dos seus seguidores; um consenso sobre os objectivos e os instaurado *::-
valores básicos que seja de tal modo amplo que tome os acordos cultural poc. :
possíveis; uma identidade nacional que desencoraje exigências de sepa-
tacão absoluta; e um compromisso pafa com os procedimentos demo-
cráticos que exclua meios violentos e rer.olucionários.
Estas condições não são comuns. E, onde elas estão ausentes, é
impror,ár,el que existam disposições consensuais. De qualquer modo,
Quando l. --_
mesmo que existam no lugar apropriado, podem desabar sob a pressão
:
ultrapassadas ,,
de um conflito cultural agudo, como o exemplo trágico do Líbano solução que :;i
demonsta. Em tempos descrito por cientistas políticos como uma unidades pcr
-:
t--
«democracia consociativa» muidssimo
bem sucedida, o Lr'bano mergu-
lhou, em 1958, numa guerÍa civil,
que se prolongou quando a pres_
;nPaü\.e1s na são interna foi de tal modo fort.
q.r" o sistema consensual não se
) âpfendeÍ a aÉluentou.
:nanimidade
.,rinete e pelo
SISTEN,fÂS ELE]TORÁ]S
:dinado (em
: nodo, qual- Âs diferenças curturais escâpam muitas
-nte os irite- vezes ao contÍolo poÍque
sào alimentadas por políticos que
cômperjam entrc si. Os regimes
--:lIente com autoritários conseguem, por \rezes, user
o seu poder coercir.o para
-.,binete e no esmagaÍ e suprimir conflitos curturai-s
que depois irrompem, quando
::.qUIaVa que a coercão diminui, ao serem introduzida,
.;rtados com tizaçào' Tentados peros ganhos fáceis -..lido, p^r) u democra-
,<abrnete. E, proporcionados peras identida-
des- cuiturais, os políticos podem,
d.lib.radumenre, dar forma aos
::rembros dos apelos dos membros do seu gÍupo
:: ,r direito de cultural e, assim, transf_ormar
animosidades latentes em ódios
que curminam em «Jimpezas curtu-
r) Como estas, rals)).
,cia consocia- Para er''itar este resurtado, os cientistas
poJÍtrcos sugeriram que os
. três países. sistemâs eleitorais podiam ser projectados
por forma a mudar os
incentivos dos políticos, de modà
a'toÍnaÍ a conciliação mais rendrver
.:- ser criados, do que o conflito' segundo as medidas
que propõem, nenhuns can-
:rro especiais didatos poderiam ser ereitos com o
apoio d. ,- ú*.o gr.rpo culrurar;
, conciliação; teriam de obter votos de r,ários grupos
importanter. ó proUi. ma é,
Je confiança evidentemente' co,,-encer os líderãs
poJíticos, no rrucio do processo de
rbtenham a democratização, a adoptar medidas
deste trpo. l,ma vez que esteja
::ectir.os e os instaurado um sistema ereitorai mais
- os acoÍdos equitati'o, a espiral do conflito
cultural pode deixar de ser irreversível.
:cias de sepa-
r-ntos demo-
A SE,PÂRÂÇÃO
- eusentes, é
..,lquer modo,
!{rb a pressão . Quando as cli'agens culturais são demasiado profundas para serem
uitrapassadas affavés de quarquer
uma das sorucões anteriores, a ú.rica
,, do Líbano tol.u.tu: que resra pode ser a separacào
: COffiO Uma d", grr;o; .-r^lãrri, ._
urudades políticas diferentes, d..rtro
das quais tenham autonomiâ
178
país. Estas podem, poÍ sua r,'ez, justificâr as suas próprias reivindica-
6
Scotr .1. :: .
çôes, quer de inciependência, quer de permanência, de algum modo,
tiria à maii,:
dentro da mãe pâtria. Este problema complicou a que stão da indepen-
no Canadá _ :
dência da pror.íncia do Quebeque em rcLação ao Canadá. Embora outras senti - .a
mútos cidadãos de Jíngua francesa do Quebeque desejem a indepen- independen: r.
-
dência tota\, a pror.íncia também tem um número considerável de não pp.11-15;
ir9
::..,. teivindica- 6
Scott J. Reid clescreve um processo de \rotaçào com cluas voltas clue permi-
..lqum modo, tiria à maioria, embora não à totalidade, dos indir'íc1uos do Quebeque permâflecer
,,, da indePen- no Canadá ou num Quebeque independente. E,le reconhece que a suâ «propostâ e
:-.rdá. Embora outras semelhantes possâm, ou nào possam, ser práticas» (<<Tl-re borders of an
independent Quebec: a thought experimeno>, in Caod \'ocie1,, n." 7 [nverno 199!,
-i-n a indePen-
pp.11-15).
:erár.el de não
I8r)
tese s, p,-
far-orár-eis que já descrer.i, preci_ ': -
samos de acrescentar mais uma. As perspectir-as hipóres.s '.,
de uma democracia
] estável num país são merhoradas se
os seus cidadàos e os rícreres
apoiarem fortemente as ideias, os rraiores
e as práticas democráticas.
o apoio mais fiável surge quando esras conr-iccôes e disposições
estão
firmemente imprantadas na curtura do
país e são transmitidas, em
grande parte, de geracão em geracão. por
outras palar,-ras, o país possui
uma culrura polítrca democrática. Histo: . ,..-
uma culrura porítica democráuc a aiudarâ a formar de uma cL '- :.:
cidadãos que
acreditem que: a democracia e a rgualdade üvremeni. _._
política são objectivos
deseiár'eis; o controio sobre as tbr.o, concfeto-i. --::_:
ur-udas e a porícia deveria estar
.i completamente nâs mãos de rideres eleitos; ucas é uÍl-.,:::
as instituições democráti_
il:
cas básicas descritas no capírulo 7 deveriam economia ,., :
,il ser manddas; e as dife_
Li
fencas e os desentendimentos políucos isto é, Lint.: r-
entre os cicladãos deveriam ser
tolerados e geridos. estatal. \r,, .:
Não pretendo sugerir que rodo e cad,aindivíduo, capitalismc, .. :
num país demo-
crádco, tem de seÍ um perfeito cidadão üsta de ürúrJ.,
democrático. FeriÀente que _
assim não é' caso contráriq d,e certezanão políticos â C*:.
existiria democracial Mas,
se uma maioda substanciar de cidadãos economia ci: :i
não preferir a democracia e as
instituições políticas a quaiquer alternadva políttca: nàc, -.-
não democ râttca e nãrt
apoiar os líderes políucos que favorecem poüticamenr..:
as prriticas democráticas, a
democracia não sobreviverá, provavermente, mercado é. s..._.:
às ,,uas inevitáveis crises.
Na verdade, uma grande minoria de anti-democrâtas p: l
conrp_leta.
militantes e vio-
lentos seria, até, suficiente para desffuir democracia r ,:,:
a capacidade de um país para
manter as suâs instituiçôes democráticas. aTtetnaüt,a r-i.-..: .
em rejacào à r-,.,
.
1ti1
Um resumo
Prova'elmente, outras condições seriam também
úteis _ a Íegta
do direito, a paz prclongada e ainda ourras, sem
dúvida. Mas as cinco
condições que acabei de descrer.er encontram-se,
segundo creio, entre
as cruciais.
Podemos resumir a argumentacão deste capítulo
em tÍês proposi_
ções gerais: primeiro, é quase ceÍto que um país que
É]oza de todas as
cinco condicões desenvolva e mantenha âs
suas insutuições democrá-
ticas. Segundo, é extremamente impror-ár-el
que um país que não
apÍesenta todas as cinco condições clesenr-olr.a
instituiçàes democrá_
ticas ou as mantenha, se de algum moclo
aconteceÍ desenvolvê-las.
O que acontecerá a um país em que as condições são
mistas _ em
que umas são far-orár-eis, mas outras desfavoráveis?
Adiarei a resposta,
e a terceira proposiçào geral, até analisarmos
o estranho caso da irrar.
CÍTlefltO icl
Depois da sua derrota eleitoral de 1977, Indira Gandhi foi eleita novamente
8
IOSOS
primeira-ministÍâ em 1980. Em 1984, deu ordem às tropas indianâs parâ atacarem Per.l _
o rrais sagtado santuário muçulmano na Índia que estâ\ra ocupado por membros ritaia. Pr-,:. -
da seita religiosa siki.r. Pouco depois, foi assassir-rada por dois dos seus guarda- revela r-á:.., ,
-costâs sikhs. Os hindus ficaram furiosos e mâtâIam mi-Lhares de sikhs. Em 1987, Em p: :-.,
o seu fiIho Rajiv Gandhi, que se tinl-ra tornado prin-reiro-ministro, acabou com um tural tào ,;.
movimenro para a independência de uma minoria regional, os tamiles. Em 1991,
go\refnar ,, _:
foi assassinado por urn tamil.
e
2 de Âgosto de 1,997, p. 52. a lndra c::.
Econotaist,
t 8.;
. .-.bsdtuídas Peia
ou a uma ditadura militar. A polícia, emborâ amplamente corruPta,
não é uma força política independente cL1p"z de um go1pe.
:-. 1-:lDL1 um golPe
só parâ obter uma maioria, mas também paÍa go\rernar esse vasto e P
-u.ariado subcontinente. Nenhuma minoria incLiana poderia goYernar
sem empregar a coerção esmagadora atrar-és das forÇas armaclas e (, '.
po)iciais. N'Ías as forças armadas e a poLícia, como obsen ámos, não sec,t-
r?l
estão disponírreis para esse flm. ll-io.. , :
.11;l Em segundo lugar, e com poucas ercepcôes. rts membros de uma trir:r r :
:l
minoria cultural não vir.em numa única área. mas tendem, em vez
ii
ll disso, a estar espalhados por diferentes regiões da Índia. Por conse-
,l,l
i; guinte, a maior parte das minorias não pode espeÍaÍ ganhar de modo ai
,li,
il
a format um país fora das fronteiras da Ínc1ia. Qr-rer gostem, quer nào,
,,ill
li a maioria dos cidadãos está condenada a permânecel com a cidadania
,ii
trl
de que necessitaria Pefa sllstentaf L11]l so\ crlfí] rutoritário. esperar
:I
l
formar um país separaclo oll pÍopor r;ma alternaula ideológica e
i)i institucional à democracie que seja atracnte. À erperiência mostra que
qualquer coligação bastante aiargada de diferentes minorias estarâ
riil
.ri]
10
lsto não é r-erdade se os n-rernbros de uma minoria cuitural diferente \lverem
juntos numa região cla fronteira indiana. Eistem r,árias destas minorias, sendo a
mais importante a dos Caxemires, cujas tentativas paÍâ obtet a independência
foram frustracias pelo governo inciiaoo atrar,és do emprego das forças armadas
contta e1es.
1gr
.,re favorecem
minoria cultural era suficientemente substancial para formar
.,i-el, mas não governo. Pelo contrário, onde os conflitos culturais eram agudos,
como em certas em zonas de Âfrica e da ex-Jugoslá'"ia, a demo-
crattzaçào foi um perfeito desastre.
' Com o r.isível fracasso dos sistemas totaLitários, das ditaduras
::;rente \lvefem militates e de outros regimes autoritários, as crenças e as ideolo-
:-Lortas, sendo a
gias antidemocráticas perderam o seu atractivo ânterior em grande
. rnclependência
:lrcas armadas parte do mundo. Nunca al-Ites, Ítâ história da humanidade, tantos
povos apoiaram as ideias e as instituiçôes democráticas'
I iJlJ
Âssim, por estas e talvez por outras razões, o século x-\ tornou-se
li
i
o século do triunfo democrático. No entanto, der-eríamos observar
este triunfo com cuidado. Por um lado, em muitos «países democrá-
lx
,ir
ll
ill ,AJém disso, é razoâvel perguntarmo-nos se os sucessos democrá-
li1
iiii
jil
ticos serão mantidos no século x\I. À resposta depende da maneira
1l
r,l
como os países democráticos respondam aos ser-rs desafios. Um deles,
iil
li como 1â dei a entender, surge directemente das consequências contra-
ü ditórias do capitalismo de mercado: nalsuns aspectos, é favorável à
ii democracia; noutÍos, no entento, é desfar-orá\,el. Veremos porquê nos
dois capítulos seguintes.
L. ,-1 .
ecofianti,i .:
que nào .', .
Emb,,,:..,
aplica-sc :.,::-
cidade s-e s:., -:
das instin^-,-'
cidadãos r- '.
da qual r-:::.
nas insüru::'
democracr., .
Neste c-,::-:
1r
C)s critérios pâÍâ estâs três categorias são descritos no Anexo C. poliárqr-ric.. . _