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Manual de Padronização

de Documentos, Atos e
Correspondências Oficiais
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro do Trabalho e Emprego


Carlos Lupi

Secretário-Executivo
André Peixoto Figueiredo Lima

Subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração


Arnóbio Cavalcanti Filho

Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica


Nilton Fraiberg Machado

Coordenação-Geral de Recursos Logísticos


Marcelo Rodrigues Vaz da Costa

Equipe Técnica

Elaboração:
Coordenação de Gestão Estratégica
Maria do Carmo Probém da Cunha
Maria das Graças Guimarães Guedes
Rosilene Ennes Dias

Revisão e Indexação:
Coordenação de Documentação e Informação
Valéria Moretti Uchida
Roberto Mário Vieira da Silva
Rosimar Martins dos Santos Silva
Sheylla de Oliveira e Silva
Manual de Padronização
de Documentos, Atos e
Correspondências Oficiais

1ª Edição

Brasília – DF
Julho/2008
© 2008 – Ministério do Trabalho e Emprego

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

Tiragem: 500 exemplares

Edição e distribuição:
Secretaria Executiva do Ministério do Trabalho e Emprego
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica
Coordenação-Geral de Recursos Logísticos
Coordenação de Documentação e Informação
Esplanada dos Ministérios, Bloco F, Ed. Anexo, Ala B, Sala 236
Brasília-DF – CEP: 70059-900
Fone: (61) 3317-6380

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Biblioteca. Seção de Processos Técnicos – MTE

M294 Manual de padronização de documentos, atos e correspondências


oficiais – Brasília : MTE, 2008.
80 p.

1. Redação oficial. 2. Correspondência oficial. 3. Documento


oficial. 4. Língua portuguesa, gramática. 5. Língua portuguesa,
ortografia. I. Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

CDD 469.5
Sumário

Apresentação..................................................................................................................................... 7
Documentos, Atos e Correspondências Oficiais: Conceitos e Finalidades....................................... 9
Requisitos Formais dos Atos Normativos....................................................................................... 12
Características dos Documentos e Correspondências Oficiais....................................................... 15
Requisitos Formais dos Documentos e Correspondências Oficiais................................................ 16
Bibliografia...................................................................................................................................... 20

Anexo I
Modelos de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais.................................................... 21
Aviso ..................................................................................................................................... 23
Despacho . ............................................................................................................................. 24
Exposição de Motivos . ......................................................................................................... 25
Fax......................................................................................................................................... 29
Memorando............................................................................................................................ 30
Nota Técnica.......................................................................................................................... 31
Nota Informativa.................................................................................................................... 34
Norma Operacional ............................................................................................................... 36
Ofício .................................................................................................................................... 38
Portaria .................................................................................................................................. 39

Anexo II
Síntese Gramatical e Ortográfica................................................................................................ 41
Apresentação

O Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais do Ministério


do Trabalho e Emprego representa um esforço no sentido de contribuir para a melhoria contínua dos
processos de trabalho das unidades do Ministério, bem como da gestão de documentos. Espera-se que se
torne uma ferramenta de apoio aos servidores e colaboradores do MTE no desempenho de suas atividades,
proporcionando, assim, maior eficácia na produção e gestão da informação, além de racionalização dos
recursos disponíveis.

Dessa forma, esta publicação tem a finalidade de orientar e padronizar a elaboração dos
documentos, atos e correspondências oficiais produzidos no âmbito do Ministério. Apresenta conceitos e
finalidades, requisitos formais e características dos documentos, atos e das correspondências oficiais, além
de modelos e síntese gramatical e ortográfica.

Por constituir-se em uma ação centrada nos princípios da mudança e da modernidade,


este Manual caracteriza-se como flexível e adaptável a futuras realidades, podendo sofrer modificações e
revisões na busca constante da melhoria.

ANDRÉ PEIXOTO FIGUEIREDO LIMA


Secretário-Executivo
Documentos, Atos e Correspondências Oficiais:
Conceitos e Finalidades
I – Aviso

Modalidade de comunicação oficial expedida exclusivamente por Ministros de Estado ou


autoridades com o mesmo status, cujos destinatários sejam de mesma hierarquia para o tratamento de
assuntos oficiais de interesse do órgão.

II – Circular

Correspondência de caráter interno ou externo, expedida simultaneamente a diversos


destinatários, com o objetivo de transmitir rotinas, orientações, procedimentos; esclarecer o conteúdo de leis,
normas e regulamentos ou dar publicidade a uma informação. Pode ser apresentada sob a forma de ofício-
circular, memorando-circular e aviso-circular, conforme a sua finalidade. Segue o mesmo padrão no que
tange à emissão, composição e aos encaminhamentos formulados para memorando, ofício e aviso.

III – Despacho

É a decisão proferida pelo servidor competente em papéis, requerimentos e processos


sujeitos à sua apreciação. Pode ser informativo, decisório ou de encaminhamento. Usualmente, parte
integrante de processo.

IV – Exposição de Motivos

Expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para informá-lo de


determinado assunto; propor alguma medida; ou submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado. Nos
casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada
por todos os Ministros envolvidos, sendo chamada de Exposição de Motivos Interministerial.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 9


V – Fax

Forma abreviada de fac-símile. É o meio de transmissão a ser utilizado preferencialmente


em situações de urgência ou necessidade de envio de cópias de documentos. Os documentos são enviados
por fax em sua estrutura original, mas é conveniente que sejam acompanhados de uma folha de rosto, com
identificação do remetente, do destinatário e da mensagem (quantidade de páginas e assunto).

VI – Memorando

Tipo de comunicação interna empregada entre as unidades administrativas de um mesmo


órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente.

VII – Nota Técnica

Documento no qual se apresenta o posicionamento da unidade administrativa sobre tema que


lhe haja sido submetido para análise e competente pronunciamento. Visa a fornecer subsídios para tomada
de decisão. Normalmente, o texto da Nota Técnica envolve um histórico ou relatório (introdução); análise
(desenvolvimento com razões e justificativas); e um fecho opinativo (conclusão). O desenvolvimento pode
ser dividido em tantos itens (e estes intitulados) quantos bastem para o fim de melhor organizar o assunto,
imprimindo-lhe clareza e didatismo. A Nota Técnica deverá ser assinada pelo técnico que a elaborou.

VIII – Nota Informativa

Documento em que se expõem fatos ou aspectos à autoridade superior sobre determinado


assunto ou situação, dando alternativas de ação, apresentando conseqüências e fornecendo subsídios para
tomada de decisão pelo dirigente. Difere da Nota Técnica por não expressar opinião técnica sobre o tema
em apreciação.

IX – Norma Operacional

Ato normativo expedido pelos dirigentes titulares dos órgãos setoriais e seccionais, no
exercício das competências normativas inerentes ao respectivo sistema, para estabelecer procedimentos
operacionais necessários à execução de leis, decretos e regulamentos ou para detalhar procedimentos
e situações peculiares do próprio órgão ou entidade, nas hipóteses de reserva expressa de competência
normativa ou ausência de Instrução Normativa ou Portaria Normativa.

X – Ofício

Correspondência destinada à comunicação oficial entre órgãos da administração pública e a


particulares. Pode se apresentar como ofício-circular, quando a informação for dirigida, simultaneamente,
a diversos destinatários.
O ofício é um documento formalmente semelhante ao memorando, sendo a diferença básica
o destino: enquanto o memorando é uma correspondência interna, o ofício é externo.

10 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


XI – Portaria

Ato normativo pelo qual a autoridade orienta a aplicação de textos legais e disciplina
matéria não regulada em lei; dá instruções concernentes à gestão administrativa com referência a pessoal
(designação, delegação de competência, admissão, dispensa, elogio, punição, etc.); trata da organização e
do funcionamento de serviços, além de outros atos de sua competência.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 11


Requisitos Formais dos Atos Normativos
Para a edição de Portarias e Normas Operacionais devem ser observados os seguintes
requisitos formais:

I – Estrutura Básica:
a) parte preliminar, assim constituída:
1. denominação por extenso do órgão expedidor, grafado em letras maiúsculas e em
negrito;
2. epígrafe centralizada com a identificação do ato, seguida da numeração seqüencial
cronológica e da data por extenso, grafados em caracteres maiúsculos e em
negrito;
3. ementa que explicite de modo conciso o objeto da norma, alinhada à direita, com
nove centímetros de largura; e
4. preâmbulo com autoria grafada em letras maiúsculas e em negrito, fundamento
legal e comando de execução;
b) parte normativa, com as normas que regulam o objeto definido na parte preliminar;
c) parte final, com as disposições sobre medidas necessárias à implementação das normas
constantes da parte normativa, as disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de
vigência e a cláusula de revogação, quando couber; e
d) identificação da autoridade signatária grafada em caracteres maiúsculos e em negrito.

II – Forma de Apresentação e Diagramação:


a) texto com a letra tipo “Times New Roman”, corpo 12;
b) margem esquerda de 2 cm e direita de 1 cm;
c) distância entre a borda superior do papel e a epígrafe: 5 cm;
d) distância entre a epígrafe e a ementa: 2 cm;
e) distância entre a ementa e a autoria, fundamento legal, consideranda e ordem de
execução: 1,5 cm;
f) espaçamento simples entre capítulos, seções, artigos, parágrafos, incisos, alíneas e
itens;
g) os artigos terão a seguinte forma:
1. devem ser designados pela forma abreviada “Art.”, seguido de algarismo arábico e
do símbolo de número ordinal ( º ) até o de número 9, passando, a partir do 10, a ser
em algarismo arábico seguido de ponto. A indicação do artigo deve ser separada do
texto por dois espaços em branco, sem traço ou outros sinais;

12 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


2. caso necessário o acréscimo de dispositivos ao texto, conservarão estes a forma do
item anterior, seguidos de letras maiúsculas, observando-se os seguintes exemplos:
Art. 1º-A, Art. 15-B, Seção I-A, Capítulo II-B;
3. o texto do artigo será iniciado por maiúscula;
4. o artigo poderá desdobrar-se em parágrafos e incisos; e estes, em alíneas;
5. os incisos dos artigos devem ser designados por algarismos romanos seguidos de
hífen e iniciados por letra minúscula, salvo se a primeira palavra for nome próprio,
sendo, ao final, pontuados com ponto-e-vírgula, exceto o último, que se encerra em
ponto, e aquele que contiver alíneas, que se encerra por dois-pontos;
6. o parágrafo único de artigo deve ser designado pela expressão “Parágrafo único”,
seguida de ponto e separada do texto normativo por dois espaços em branco;
7. os parágrafos de artigo são indicados pelo símbolo “§” seguido de numeração
ordinal até o nono e cardinal, acompanhada de ponto, a partir do décimo;
8. a numeração do parágrafo é separada do texto por dois espaços em branco, sem
traços ou outros sinais;
9. o texto do parágrafo único e dos parágrafos inicia-se com letra maiúscula e termina
com ponto ou, nos casos em que se desdobrar em incisos, com dois-pontos;
10. alíneas ou letras de um inciso deverão ser grafadas com a letra minúscula
correspondente, seguida de parênteses e separadas do texto por um espaço em
branco; e
11. os números que correspondam ao desdobramento das alíneas deverão ser grafados
em algarismos arábicos seguidos de ponto, iniciando-se o seu texto por minúscula e
terminando em ponto-e-vírgula, salvo o último que se encerrará por ponto;
h) a indicação do ano não deve conter ponto entre a casa do milhar e a da centena: 2001 e
não 2.001;
i) as datas, quando grafadas por extenso, observarão as seguintes formas:
1. 2 de abril de 1998 e não 02 de abril de 1998; e
2. 1º de maio de 1998 e não 1 de maio de 1998;
j) agrupamento de artigos:
1. podem constituir-se em subseção; o de subseções, seção; o de seções, capítulo; o de
capítulos, título; o de títulos, livro; e o de livros, parte;
2. podem também ser subdivididos em “Disposições Preliminares”, “Disposições
Gerais”, “Disposições Finais” e “Disposições Transitórias”;
3. os capítulos, os títulos, os livros e as partes são grafados em letras maiúsculas e
identificados por algarismos romanos;
4. a parte pode subdividir-se em parte geral e parte especial, ou em partes expressas
em numeral ordinal, por extenso; e
5. as subseções e seções são indicadas por algarismos romanos, grafadas em letras
minúsculas e postas em negrito;
l) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observando o princípio de que a primeira
referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu significado;

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 13


m) indicar, expressamente, o dispositivo objeto de remissão, por meio do emprego da
abreviatura “art.” seguida do correspondente número, ordinal ou cardinal;
n) utilizar as conjunções “e” ou “ou” no penúltimo inciso, alínea ou item, conforme a
seqüência de dispositivos seja, respectivamente, cumulativa ou disjuntiva;
o) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número
de ato normativo e casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto;
p) expressar valores monetários em algarismos arábicos, seguidos de sua indicação por
extenso, entre parênteses;
q) grafar a remissão aos atos normativos das seguintes formas, por exemplo: Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, na ementa, no preâmbulo, na primeira remissão e na
cláusula de revogação; e Lei nº 8.112, de 1990, nos demais casos;
r) para a obtenção da ordem lógica, reunir sob as categorias de agregação – subseção,
seção, capítulo, título e livro – apenas as disposições relacionadas com a matéria nelas
especificada;
s) restringir o conteúdo de cada artigo a um único assunto ou princípio;
t) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no
caput do artigo e as exceções à regra por este estabelecida;
u) grafar palavras e expressões em latim ou em outras línguas estrangeiras em negrito;
v) remissão a normas, mediante explicitação mínima de seu conteúdo e não apenas por
meio da citação do dispositivo; e
x) cláusula de revogação, de forma expressa, relacionando todas as disposições que serão
revogadas com a entrada em vigor do ato normativo proposto.

14 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


Características dos Documentos e Correspondências Oficiais
Na redação das correspondências oficiais deve ser observado o seguinte:
I – evitar o uso de termos e expressões de caráter pessoal, pois a comunicação oficial
é feita em nome do Serviço Público e dirigida à coletividade;
II – uso do padrão culto da linguagem;
III – texto conciso que transmita o máximo de informações com o mínimo de palavras,
livre de expressões ou palavras desnecessárias ou redundantes que nada lhe
acrescenta;
IV – uso de expressões simples e objetivas que possibilitem imediata compreensão
pelo leitor;
V – formalidade e uniformidade adequada à finalidade da comunicação; e
VI – uso da linguagem técnica apenas em situações que a exijam.

Dica importante: é fundamental a revisão do texto para garantir a necessária impessoalidade,


o uso padrão culto da linguagem, a clareza, a concisão, a formalidade e a padronização:

Aspectos Textuais a Serem Considerados no Aperfeiçoamento do Texto


• Reescrever o texto observando a adequação dos conectivos e das palavras
de correlação.
• Corrigir fragmentação e truncamento de idéias.
• Evitar acúmulo de idéias em um mesmo período.
• Construir paralelismo sintático.
• Reescrever observando a idéia central.
• Eliminar idéias incompatíveis ou sem importância para o desenvolvimento
da idéia central.
• Especificar generalizações.
• Articular as relações lógicas entre as idéias por meio de conectivos.
• Utilizar argumentos adequados.
• Eliminar repetições.
• Desfazer ambigüidades.
• Eliminar ou substituir palavras repetidas.
• Eliminar gírias, expressões coloquiais e clichês.
• Agrupar idéias complementares ou dependentes.
• Distribuir idéias por parágrafos diferentes.
• Escrever transição entre parágrafos.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 15


Requisitos Formais dos Documentos e
Correspondências Oficiais
A estrutura da redação das correspondências deve obedecer à forma de apresentação e de
diagramação definida nos modelos do Anexo I deste Manual e observar ainda:

I – espaçamento simples entre as linhas;

II – numeração de páginas, a partir da segunda página;

III – fonte do tipo “Times New Roman” de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações e 10
nas notas de rodapé;

IV – na introdução, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação, deve-se evitar


o uso das seguintes construções: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”.
Inicie a correspondência referindo-se diretamente ao assunto objeto do expediente;

V – os parágrafos de desenvolvimento do texto, se necessários, deverão ser numerados com


algarismos arábicos. Quando estiverem organizados em itens, títulos ou subtítulos, estes deverão ser
numerados em algarismos romanos e seguidos de ponto;

VI – no fecho, que tem por finalidade arrematar o texto e saudar o destinatário, deve ser
adotada a forma “Respeitosamente” para autoridades superiores e a “Atenciosamente” para autoridades
de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior;

VII – identificação do autor da comunicação, com o nome por extenso, em letras maiúsculas e


em negrito e o cargo inscrito logo abaixo, de forma centralizada, em letras minúsculas, observando-se que
não se deve deixar a assinatura em página isolada;

VIII – no cabeçalho dos documentos e correspondências externas deve-se utilizar o símbolo


das Armas Nacionais (Brasão da República) e nas internas a logomarca do MTE conforme disposta na
Portaria/GM nº 99, de 26 de fevereiro de 2008; e

VIII – uso de pronomes de tratamento, vocativos e endereçamentos da seguinte forma:

16 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


Pronomes de Tratamento, Vocativos e Endereçamentos
Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo Endereçamento

Presidente, Vice-Presidente Ao(A)


da República Excelentíssimo(a)
Presidente do Congresso Vossa Excelentíssimo(a) Senhor(a)
Não se usa
Nacional Excelência Senhor(a) + cargo Nome
Presidente do Superior Cargo
Tribunal Federal Endereço

A Sua Excelência o(a)


Senhor(a)
Deputados Federais e Vossa Senhor(a) +
V. Exa. Nome
Senadores Excelência cargo
Cargo
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Senhor(a)
Deputados Estaduais e Vossa Senhor(a) +
V. Exa. Nome
Distritais Excelência cargo
Cargo
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Presidentes das Câmaras Senhor(a)
Vossa Senhor(a) +
Legislativas Municipais, e V. Exa. Nome
Excelência cargo
Federal Cargo
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Senhor(a)
Conselheiros dos Tribunais Vossa Senhor(a) +
V. Exa. Nome
de Contas Estaduais Excelência cargo
Cargo
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Governadores e Vice- Senhor(a)
Vossa Senhor(a) +
Governadores de Estado e V. Exa. Nome
Excelência cargo Cargo
do Distrito Federal
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Senhor(a)
Vossa Senhor(a) +
Ministro de Estado1 V. Exa. Nome
Excelência cargo
Cargo
Endereço
Obs.: Nos termos da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, art. 25, parágrafo único, são Ministros de Estado os titulares dos Mi-
nistérios, o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência
da República, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Chefe da Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Advogado-Geral da União, o Ministro de Estado do Controle e da
Transparência e o Presidente do Banco Central do Brasil. (Redação dada pela Medida Provisória nº 419, de 20 de fevereiro
de 2008)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 17


Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo Endereçamento

A Sua Excelência o(a)


Senhor(a)
Oficial-General das Forças Vossa Senhor(a) +
V. Exa. Nome
Armadas Excelência cargo
Cargo
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Senhor(a)
Prefeito e Vice-Prefeito Vossa Senhor(a) +
V. Exa. Nome
Municipal Excelência cargo
Cargo
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Senhor(a)
Vossa Senhor(a) +
Embaixadores V. Exa. Nome
Excelência cargo
Cargo
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Secretários-Executivos
Senhor(a)
de Ministérios e demais Vossa Senhor(a) +
V. Exa. Nome
ocupantes de cargos de Excelência cargo
Cargo
natureza especial
Endereço

A Sua Excelência o(a)


Secretário de Estado dos Senhor(a)
Vossa Senhor(a) +
Governos Estaduais e do V. Exa. Nome
Excelência cargo
Distrito Federal Cargo
Endereço
Auditores da Justiça
A Sua Excelência o(a)
Militar
Senhor(a)
Juiz Vossa Senhor(a) +
V. Exa. Nome
Ministros dos Tribunais Excelência cargo
Cargo
Superiores
Endereço
Membros de Tribunais

A Sua Magnificência
Vossa o(a) Senhor(a)
Magnificência V. Maga. Nome
Senhor(a) +
Reitor de Universidades ou ou Magnífico(a) Reitor(a)
cargo
Vossa V. Exa. da
Excelência Universidade ...
Endereço

18 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


Destinatário Tratamento Abreviatura Vocativo Endereçamento

A Sua Majestade o(a)


Imperador Vossa Rei(Rainha)
Não se usa Sua Majestade
Rei Majestade Nome
Endereço

A Sua Alteza o(a)


Arquiduque
Príncipe(Princesa)
Duque Vossa Alteza Não se usa Sua Alteza
Nome
Príncipe
Endereço

A Sua Santidade o Papa


Papa Vossa Santidade V. S. Santíssimo Padre Nome
Endereço
Vossa
Reverendíssimo A Sua Eminência
Eminência V. Ema.
ou Reverendíssima
Reverendíssima Revma.
Cardeal Eminentíssimo e Dom Nome
ou ou
Reverendíssimo Título
Vossa V. Ema.
Senhor Cardeal Endereço
Eminência

A Sua Excelência
Excelentíssimo
Vossa Reverendíssima
Arcebispo ou
Excelência V. Exa. Revma. Dom Nome
Bispo Reverendíssimo
Reverendíssima Título
Senhor (Título)
Endereço

A Sua Reverência
Vossa Reverendo
Religiosos em Geral V. Reva. Título Nome
Reverência (Título)
Endereço

A Sua Reverendíssima
Vossa
ou
Monsenhor Reverendíssima V. Revma.
Reverendíssimo A Sua Eminência
Cônego ou ou
Senhor (Título Reverendíssima
Superior Religioso Vossa Senhoria V. Sa. Revma.
Dom
Reverendíssima
Endereço

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 19


Bibliografia

BRASIL. Departamento Estadual de Arquivo Público. Manual de Comunicação Escrita


Oficial do Estado do Paraná. Curitiba: Deap, 2001. 402 p. Disponível em <www.pr.gov.
br/arquivopublico/manual_escrita.html>.

BRASIL. Presidência da República. Manual deRedação da Presidência da República. 2.


ed. Brasília: Presidência da República, 2002. Disponível em <www.planalto.gov.br>.

BRASIL. Tribunal de Contas do Distrito Federal. Manual de Redação Oficial. Brasília:


Diplan, 2002. Disponível em <www.tc.df.gov.br/Manuais/ManualRedacao2003.pdf>.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Manual de Atos e Comunicações Oficiais.


Niterói,1998. Disponível em <www.ndc.uff.br/documentos/manual-atos-oficiais.pdf>.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Manual de Redação. Brasília: Câmara dos Deputados,
Coordenação de Publicações, 2004. 420 p. (Série Fontes de Referência. Guias e Manuais,
n. 17). Disponível em <www.cmjp.pb.gov.br/arquivos/manualreda.pdf>.

BRASIL. Agência Nacional de Águas. Manual de Redação e de Atos Oficiais. Brasília:


ANA, SGE, CDOC, 2005. Disponível em <www.ana.gov.br/acoesadministrativas/
resolucoes2005/101-2005_anexoI.pdf>.

20 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


ANEXO I

Modelos de Documentos, Atos


e Correspondências Oficiais
5 cm

Aviso nº 54/MTE
Brasília, 2 de julho de 2006.
2 cm

A Sua Excelência o Senhor


[Nome e cargo]

2 cm

Assunto: Estrutura Regimental do MTE

2 cm

Senhor Ministro,
2,5 cm 1,5 cm
3,0 cm 1,5 cm

1. Submeto à elevada apreciação de Vossa Excelência o projeto de


Decreto que dispõe sobre a Estrutura Regimental e do Quadro Demonstrativo
dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Trabalho
e Emprego.

2. Ressalto que a presente proposta tem por objetivo ajustar


a estrutura do MTE, para lhe dar mais agilidade e eficiência na elaboração,
execução e acompanhamento dos seus Programas Estratégicos pelas áreas
finalísticas.
1 cm
Atenciosamente,

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[Ministro de Estado do Trabalho e Emprego]

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 23


1 cm

Secretaria Executiva
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

1,5 cm

DESPACHO

2 cm

Referência: Processo nº 46215.021278/2006-08.


Interessado: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Assunto: Prêmio Nacional de Gestão Pública, ciclo 2006.

2cm

2,5 cm 1,5 cm
3,0 cm Encaminhe-se o presente processo à Coordenação-Geral de
Planejamento e Gestão Estratégica para análise e providências cabíveis.
1 cm

Brasília, 3 de julho de 2006.

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário]

Formato A4 (297 x 210 mm)

24 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


5 cm

EM Interministerial nº 2 /MP/MTE

Brasília, 3 de abril de 2004.

5 cm

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

1,5 cm
2,5 cm 1,5 cm
3,0 cm
1. Submetemos à superior deliberação de Vossa Excelência o ane-
xo projeto de Decreto que visa a alterar a Estrutura Regimental e o Quadro De-
monstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério
do Trabalho e Emprego – MTE.

2. O projeto considera, por um lado, a estreita e direta relação entre


a função institucional do MTE e o projeto governamental expresso no Plano
Plurianual – Um Brasil para Todos, ou seja, a criação de empregos e desconcen-
tração da renda por via de inclusão social e de vigoroso crescimento, ambien-
talmente sustentável e redutor das desigualdades regionais e, por outro, que o
arranjo organizacional de um órgão baliza-se pela articulação e integração de
sua missão, visão, estratégias, planos e metas, bem como na sua ação imple-
mentadora.

3. Nesse sentido, as alterações propostas para a Secretaria de


Políticas Públicas de Emprego visam a subsidiar o desenvolvimento de ações
de qualificação profissional articuladas com as demais ações de promoção da
integração ao mercado de trabalho e de elevação da escolaridade; estimular o
desenvolvimento econômico e social por meio da democratização do crédito
produtivo assistido; construir um sistema público de emprego, por intermédio
da execução integrada e articulada das ações de seguro-desemprego e da
intermediação de mão-de-obra. A criação do Departamento de Políticas de
Trabalho e Emprego para a Juventude destina-se à implementação do Programa

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 25


3 cm

Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para os Jovens – PNPE, instituído


pela Lei nº 10.748, de 22 de outubro de 2003, o qual atenderá jovens com idade
de dezesseis a vinte e quatro anos em situação de desemprego involuntário
objetivando, especialmente, promover a criação de postos de trabalho para
jovens, prepará-los para o mercado de trabalho e ocupações alternativas,
geradoras de renda e a sua qualificação para o mercado de trabalho e inclusão
social.

4. A nova estruturação do Departamento de Segurança e Saúde no


Trabalho, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, por sua vez, busca garantir
o cumprimento das normas legais e convencionadas de proteção ao trabalho,
promover a segurança e saúde do trabalhador e produzir e difundir conheci-
mentos sobre segurança e saúde no ambiente de trabalho.

5. O Governo Lula atribuiu ao Ministério do Trabalho a tarefa de


implementar uma das diretrizes prioritárias do Governo Federal: promover a
democratização das relações de trabalho por meio da atualização da legislação
sindical e trabalhista. Esta tarefa envolve um amplo esforço de diálogo e nego-
ciação com todos os atores do mundo do trabalho, reunidos no Fórum Nacional
do Trabalho – FNT. A urgência desta ação é determinada pela necessidade de
tornar as leis e instituições do trabalho compatíveis com a nova realidade eco-
nômica, política e social do país. Para alcançar tais objetivos, foi criado o Fó-
rum Nacional do Trabalho, coordenado pela Secretaria de Relações do Traba-
lho, como um espaço de articulação de propostas para uma reforma sindical e
trabalhista decorrente do diálogo e da negociação entre todos os atores sociais.
Nesse sentido, promover a democratização das relações de trabalho, com vistas
a favorecer o entendimento direto, como via preferencial de composição dos
conflitos de trabalho, fundamentam o reforço organizacional dado a Secretaria
de Relações do Trabalho – SRT e, em especial, com o reforço a Assessoria da
Secretaria. Ademais, objetivando focar as ações da Secretaria na democratiza-
ção das relações do trabalho transfere-se a Coordenação-Geral de Imigração
para o Gabinete do Ministro, bem como se propõe nova redação para as suas
competências autorizativas.

6. Tão importante quanto a área finalística para a consecução de


uma Administração Pública orientada por resultados é a área meio, fornecendo
a infra-estrutura básica para o alcance dos objetivos setoriais. Dessa forma,
justifica-se a criação da Coordenação-Geral de Apoio ao Gabinete do Ministro
e a nova organização da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Admi-
nistração, responsável pela articulação dos sistemas estruturantes do Governo

Formato A4 (297 x 210 mm)

26 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


3 cm

Federal, visando à ampliação dos resultados e à redução dos custos de imple-


mentação das políticas públicas setoriais do MTE.

7. Argumentando ainda com base na idéia de que o arranjo insti-


tucional ocorre em função da missão, objetivos e metas do órgão e que trans-
parência e participação são princípios basilares da gestão democrática que fa-
vorecem o controle social e o acesso aos serviços públicos propomos a criação
da Ouvidoria-Geral, como órgão de assistência direta e imediata ao Ministro e
da Assessoria de Pesquisa Estratégica, subordinada ao Secretário-Executivo,
voltada para o intercâmbio de ações visando à prevenção, apuração e combate
de atos lesivos ao cumprimento da legislação trabalhista.

8. Ressalta-se que o projeto representa um acréscimo de 102,44


DAS-Unitários na estrutura de cargos do MTE. Não obstante, do ponto de vista
orçamentário, o mesmo está em conformidade com a Lei Orçamentária Anual,
uma vez que os recursos para arcar com as despesas decorrentes das alterações
propostas estão previstos em funcional programática específica no âmbito do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

9. São essas, Senhor Presidente, as razões que nos levam a propor


a Vossa Excelência a edição do Decreto em questão.
1 cm

Respeitosamente,

2,5 cm

NOME DO SIGNATÁRIO NOME DO SIGNATÁRIO


Ministro de Estado do Ministro de Estado do
Planejamento, Orçamento e Gestão Trabalho e Emprego

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 27


3 cm

3 cm ANEXO À EM INTERMINISTERIAL Nº 2 /MP/MTE, DE 3 DE ABRIL DE 2004.


1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências: 1,5 cm
Necessidade de proceder ajustes na Estrutura Regimental do Ministério do
Trabalho e Emprego.

2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta:


Edição de Decreto que aprova a Estrutura Regimental e do Quadro
Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do
Ministério do Trabalho e Emprego.

3. Alternativas existentes à medida proposta:


Não existe projeto alternativo sobre a matéria tramitando no Poder Executivo
ou no Poder Legislativo.

4. Custos:
O Projeto representa acréscimo de 102,44 DAS-Unitários na estrutura de
cargos do MTE. Não obstante, do ponto de vista orçamentário, o mesmo está
de acordo com a Lei Orçamentária Anual, uma vez que os recursos para arcar
com as despesas decorrentes das alterações propostas estão previstos em
funcional programática específica no âmbito do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão.

5. Razões que justificam a urgência:


Não se aplica.

6. Impacto sobre o meio ambiente:


Não há.

7. Alterações propostas: (a ser preenchido somente no caso de alteração de Medida


Provisórias)

Texto atual Texto proposta

8. Síntese do parecer do órgão jurídico:

Formato A4 (297 x 210 mm)

28 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


1 cm

Secretaria Executiva
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

1,5 cm

TRANSMISSÃO DE FAX

2 cm
3 cm 1,5 cm
Destinatário: Superintendente no Estado do Paraná
Nº do fax de destino: (75) 3625-7026 Data:14/7/2008
Remetente: Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
Tel.p/contato: (61) 3317-6690 Fax/correio eletrônico: (61) 3117-8218
Nº de Páginas: esta + 5 Nº do documento: 46010.00015/2008-02
Observações____________________________________________________

MENSAGEM

1 cm
Encaminho, em anexo, conforme solicitado os documentos referentes ao
seminário de apresentação do projeto de modernização das Superintendências
Regionais do Trabalho e Emprego.

1 cm
Atenciosamente

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário]

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 29


1 cm

Secretaria Executiva
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica
1,5 cm

Memo. nº 234/CGPGE/SPOA/SE/MTE

2 cm
Brasília, 3 de julho de 2006.

Ao Sr. Coordenador-Geral de Recursos Logísticos

2 cm

Assunto: Retirada de Divisória

2 cm
2,5 cm
3 cm 1,5 cm
1. Solicito a Vossa Senhoria providenciar a retirada da Divisória
Naval existente entre as salas 417 e 419 do edifício-sede.
1 cm
Atenciosamente,

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário]

Formato A4 (297 x 210 mm)

30 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


1 cm

Secretaria Relações do Trabalho


Coordenação-Geral de Relações do Trabalho

1,5 cm

NOTA TÉCNICA Nº 1 /2005/cgrt/srt


1,5 cm

Nº do Processo: (citar o nº do protocolo do processo)


Documento de Referência: (citar o documento que originou a demanda)
Interessado: (pessoa física ou instituição interessada que
será objeto da análise do processo)
Nº de Referência: (quando for o caso, citar o nº de identificação
do ato, processo ou procedimento que deu
origem à solicitação)
Assunto: (síntese do assunto a ser abordado)

2 cm

I - Introdução
2,5 cm 1,5 cm
3 cm Trata-se de esclarecimentos sobre a aplicabilidade do art.
585 da Consolidação das Leis do Trabalho para os profissionais liberais que
possuem vínculo empregatício em face do entendimento expresso na Nota
Técnica nº 05/2004, que dispõe sobre o recolhimento de contribuição sindical
devida pelos profissionais liberais e autônomos.

II – Da Análise

Sobre o assunto, cumpre-nos destacar que a Nota Técnica


nº 05/2004 foi elaborada com base na legislação constitucional e ordinária
que regula a matéria, e expressa tão somente o entendimento do órgão quanto
à interpretação da norma. Isso porque o Ministério do Trabalho e Emprego
não possui competência para alterar dispositivos legais por meio de instruções
normativas ou qualquer outro ato administrativo, ficando restrita a sua atribuição
a orientar os administrados quanto a melhor interpretação e aplicação do texto
legal.

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 31


3 cm

Com efeito, o art. 585 da CLT é expresso ao possibilitar ao


profissional liberal empregado optar por recolher a contribuição sindical para o
sindicato representativo da profissão liberal ao invés do sindicato da atividade
preponderante da empresa:

“Art. 585. Os profissionais liberais poderão optar pelo


pagamento da contribuição sindical unicamente à entidade
sindical representativa da respectiva profissão, desde que
a exerça, efetivamente, na firma ou empresa e como tal
sejam nelas registrados.

Parágrafo único. Na hipótese referida neste artigo, à


vista da manifestação do contribuinte e da exibição da
prova de quitação da contribuição, dada por sindicatos
de profissionais liberais, o empregador deixará de efetuar,
no salário do contribuinte, o desconto a que se refere o
art. 582.”

Da leitura do dispositivo legal acima transcrito, extrai-se
que os profissionais liberais empregados que não exerçam a função em uma
empresa não detêm o poder de opção pelo pagamento diretamente a entidade
representativa. A excepcionalidade atinge tão somente os empregados que
sejam profissionais liberais, e exerçam efetivamente a respectiva atividade
liberal dentro da empresa.

Infere-se, entretanto, que mesmo optando por contribuir para o
sindicato específico da profissão liberal, o trabalhador terá que contribuir como
empregado, ou seja, com um dia de salário, e não pelo valor devido pelos profissionais
liberais, conforme disposto na Nota Técnica nº 05/2004, pois se assim o quisesse,
o legislador teria explicitado. No entanto, apenas concedeu ao profissional liberal
com vínculo de emprego o direito de optar pelo pagamento diretamente à entidade
representativa da profissão e não por meio de desconto em folha de pagamento.

III - Conclusão

Diante do exposto, conclui-se que o profissional liberal que exerça


sua profissão como empregado, deve recolher a contribuição sindical da mesma
forma que os empregados assalariados em geral, nos termos do § 1º, do art. 582 da
2
Formato A4 (297 x 210 mm)

32 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


3 cm

CLT, independentemente de qual entidade sindical ele escolha, pois o art. 585 da
CLT facultou apenas a opção para qual entidade recolher, bem como o procedimento
necessário para que não ocorra pagamento em duplicidade pelo empregado.
1 cm
Brasília, de de 2005.

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário]

1,5 cm

De acordo. Ao Senhor Secretário de Relações do Trabalho.

Brasília, / /2005.

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário]

1,5 cm

Aprovo. Encaminhe-se ao interessado.

Brasília, / /2005.

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário]

3
Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 33


1 cm

Secretaria Executiva
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica

1,5 cm

NOTA INFORMATIVA Nº 1/2004/CGPGE/SPOA/SE

1,5 cm

Nº do Processo: (citar o nº do protocolo do processo)


Documento de Referência: (citar o documento que originou a demanda)
Interessado: (pessoa física ou instituição interessada que
será objeto da análise do processo)
Nº de Referência: (quando for o caso, citar o nº de identificação
do ato, processo ou procedimento que deu
origem à solicitação)
Assunto: (síntese do assunto a ser abordado)

2 cm
3 cm 2,5 cm 1,5 cm
1. A Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, criou
oito mil setecentas e três Funções Comissionadas Técnicas – FCT, destinadas
exclusivamente a ocupantes de cargos efetivos, constantes do Anexo V da Lei nº
9.367, de 16 de dezembro de 1996, (servidores do Plano de Classificação de Cargos
– PCC) que não tenham sido estruturados em carreiras ou abrangidos pelo art. 1o da
referida Medida Provisória. O art. 3º da Lei nº 10.556, de 13 de novembro de 2002,
excepcionou a Carreira de Seguridade Social e do Trabalho – CSST, estruturada
pela Lei nº 10.483, de 3 de julho de 2002.

2. O art. 1º do Decreto nº 4.941, de 29 de dezembro de 2003, que


dispõe sobre as FCTs, estabelece que estas “estão vinculadas ao exercício de
atividades essencialmente técnicas, descritas, analisadas e avaliadas de acordo
com requisitos previamente estabelecidos, sendo remuneradas de acordo com o
nível de complexidade e de responsabilidade das atividades exercidas”.

3. O processo de remanejamento das FCTs, conforme determina o


Decreto nº 4.941/2004, prevê os seguintes procedimentos:

a) explicitação da missão;

Formato A4 (297 x 210 mm)

34 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


3 cm

b) levantamento da força de trabalho total, do quantitativo de cargos


em comissão e funções de confiança e das principais atividades
do Ministério;
c) desdobramento das atividades em funções; e
d) descrição, avaliação, pontuação e hierarquização de funções.

4. O remanejamento das FCT para órgãos ou entidades do Poder


Executivo será realizado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
nos quantitativos e níveis definidos em decorrência da análise da natureza, da
abrangência e da complexidade dos processos de trabalho e de seus respectivos
postos, observados, ainda, em cada exercício, o quantitativo de FCT disponíveis
por nível e a disponibilidade orçamentária.

5. Dessa forma, com intuito de prestar serviços de qualidade aos


cidadãos que procuram este Ministério e valorizar nossos servidores, por meio
do Ofício nº 422/SE/MTE, de 31 de agosto de 2004, foi solicitado ao Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão o remanejamento de FCT a que faz jus
este Ministério, nos termos do Decreto nº 4.941/2003.
1 cm

Brasília, 18 de julho de 2004.

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário]

1,5 cm

De acordo. Encaminhe-se ao Senhor Subsecretário de Planejamento, Orçamento


e Administração.

Brasília, / /2004.

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário] 2

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 35


5 cm

Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração

2 cm

NORMA OPERACIONAL Nº 2, DE 3 DE JULHO DE 2002.

2 cm
9 cm

Dispõe sobre o parcelamento e o pagamento da


remuneração de férias dos servidores do MP.

2 cm
2,5 cm
1 cm
2 cm O SUBSECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E
ADMINISTRAÇÃO DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO
E GESTÃO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 5° do Anexo I ao Decreto
n° 3.858, de 4 de julho de 2001, e considerando o disposto nos arts. 76 a 80, da Lei
nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, com as redações dadas pelas Leis nºs 9.525, de
3 de dezembro de 1997 e 9.527, de 10 de dezembro de 1997 e na Portaria Normativa
SRH nº 02, de 14 de outubro de 1998, resolve:
Art. 1º Definir o parcelamento do período de 30 (trinta) dias de férias
dos servidores do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a saber:
I – três etapas de dez dias;
II – duas etapas de quinze dias; e
III – uma etapa de dez e outra de vinte dias ou vice-versa.
Art. 2º O parcelamento do período de férias dependerá de:
I – requerimento do servidor indicando o número de parcelas e a data de
início de cada uma delas, apresentado com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias
do gozo da primeira etapa; e
II – autorização da chefia imediata do servidor.
Art. 3º As férias, ainda que parceladas, deverão ser usufruídas no
correspondente exercício, exceto se impedidas por necessidade do serviço expressamente
declarada pela chefia imediata do servidor.

Formato A4 (297 x 210 mm)

36 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


3 cm

Art. 4º A alteração, a pedido do servidor, do período de férias ou de


qualquer de suas etapas, no caso de parcelamento, deve ser solicitada com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias da nova data de gozo, tendo em vista a necessidade da progra-
mação financeira pela Administração. Parágrafo único. O pedido de alteração deverá ser
feito por escrito e dirigido à chefia imediata para análise quanto ao interesse, oportuni-
dade e conveniência da Administração.
Art. 5º No interesse da Administração, as unidades deverão manter uma
escala de férias compatível com suas necessidades de trabalho.
Art. 6º O pagamento da antecipação da gratificação natalina, quando so-
licitado, será efetuado em qualquer das etapas do parcelamento, a critério do requerente,
desde que não ultrapasse o mês de junho de cada ano.
Art. 7º A interrupção de férias prevista no art. 80, da Lei n° 8.112/90,
dar-se-á por autorização dos titulares dos órgãos do Ministério, conforme Portaria MP/
SE n° 375, de 1º de julho de 2002, publicada no Diário Oficial da União do dia 2 sub-
seqüente.
Art. 8º Fica revogada a Norma Operacional SAA/MPO n° 1, de 31 de
agosto de 1998.
Art. 9º Esta Norma Operacional entra em vigor na data de sua publi-
cação.

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 37


Ministério do Trabalho e Emprego
5 cm
Secretaria-Executiva
Esplanada dos Ministérios, Bloco F
4º andar, Sala 400 CEP: 70059-900 Brasília-DF
Fone: (61) 3317-6560

Ofício nº 25/2006/SE-MTE

2 cm Brasília, 19 de maio de 2006.

A Sua Senhoria o Senhor


[nome]
[cargo]
[CEP – Cidade - Estado]

1,5 cm

Assunto: Curso de Elaboração e Execução de Orçamento Público à distância

1,5 cm

Senhor Presidente,
1,5 cm
2,5 cm 1,5 cm
3 cm
1. Com o intuito de suprir lacuna de treinamento e capacitação de
servidores deste Ministério na área de orçamento, apontada no Levantamento
de Necessidade de Treinamento realizada pela Coordenação-Geral de Recursos
Humanos, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de a ENAP
ministrar um curso à distância de elaboração e execução de orçamento público
para nosso corpo técnico, a partir do próximo mês de junho.

2. Especificamente, o curso seria destinado a um grupo fechado


de 60 a 80 servidores, lotados na Unidade Central, Delegacias Regionais
do Trabalho, bem como na sua entidade vinculada Fundação Jorge Duprat
Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO).
1 cm

Atenciosamente,

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]
[cargo do signatário]

Formato A4 (297 x 210 mm)

38 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


5 cm

GABINETE DO MINISTRO

2 cm

PORTARIA Nº 3, DE 12 DE JULHO DE 2006.

2 cm 9 cm

Declara a invalidade, em decorrência do Acórdão


proferido pelo Tribunal Regional Federal da Terceira
Região, dos registros de jornalistas efetuados em função
da antecipação de tutela e da sentença proferidas nos
autos da Ação Civil Pública nº 2001.61.00.025946-3,
e dá outras providências.
1,5 cm
2,5 cm 1 cm
2 cm O MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das atribuições
que lhe confere o art. 87, Parágrafo único, inciso I, da Constituição Federal; arts. 20 e
25, inciso I, do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e em conseqüência do
Acórdão nº 2001.61.00.025946-3, da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da
Terceira Região, resolve:
Art. 1º Declarar a invalidade dos atos de registros profissionais de jorna-
listas concedidos por força da antecipação da tutela e da sentença proferidas nos autos
da Ação Civil Pública nº 2001.61.00.025946-3, sem a exigência do diploma de curso
superior de Jornalismo, conforme inciso V do art. 4º do Decreto-Lei nº 972, de 17 de
outubro de 1969.
Art. 2º Determinar às Delegacias Regionais do Trabalho que procedam à
imediata intimação individual dos interessados que tiveram seus registros profissionais
ora declarados inválidos, por via postal com aviso de recebimento.

Formato A4 (297 x 210 mm)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 39


3 cm

Parágrafo único. As Delegacias Regionais do Trabalho deverão dar prosseguimento


aos processos relativos aos autos de infração que foram suspensos por força
da antecipação de tutela e da sentença, bem como à fiscalização do exercício da
profissão de jornalista, nos termos do Decreto-Lei nº 972, de 1969.
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor da data de sua publicação.

2,5 cm

[NOME DO SIGNATÁRIO]

Formato A4 (297 x 210 mm)

40 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


ANEXO II

Síntese Gramatical e Ortográfica


1. Ortografia

1.1. Emprego das Letras

1.1.1. Palavras com E, e não I

acarear
emigrar (sair do país) sanear
acreano (ou acriano)
eminência (altura, excelência) se
aéreo
empecilho senão
ante- (pref. = antes)
empreender sequer
antecipar
encômio (elogio) seringueiro
antevéspera
endireitar testemunha
aqueduto
entonação vídeo
área
entremear
averigúe (f.v.)
entronizar 1.1.2. Palavras com I,
beneficência
enumerar e não E
beneficente
estrear
betume
falsear aborígine
boreal
granjear acrimônia
cardeal
hastear adiante
carestia
homogêneo ansiar
cedilha
ideologia anti- (pref. = contra)
cercear
indeferir (negar) argúi (f.v.)
cereal
legítimo arqui- (pref.)
continue (f.v.)
lenimento (que suaviza) artifício
de antemão
menoridade atribui(s) (f.v.)
deferir (conceder)
meteorito cai (f. v.)
delação (denúncia)
meteoro(logia) calcário
demitir
nomear cárie (Cariar)
derivar
oceano chefiar
descortinar
palavreado cordial
descrição
parêntese (ou parêntesis) desigual
despender
passeata diante
despensa (onde se guardam
preferir diferir (divergir)
comestíveis)
prevenir dilação (adiamento)
despesa
quase dilapidar
elucidar
rarear dilatar (alargar)
embutir
receoso discrição (reserva)
emergir (para fora)
reentrância discricionário

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 43


discriminar (discernir, separar) verossímil Curitiba
dispêndio elucubração
dispensa (licença) 1.1.3. Palavras com O, e não U embutir
distinguir entabular
distorção abolir légua
dói (fl. v.) agrícola lucubração
feminino bobina ônus
frontispício boletim régua
imbuir bússola súmula
imergir (mergulhar) cobiçar(r) surtir (resultar)
imigrar (entrar em país comprido tábua
estrangeiro) comprimento (extensão) tonitruante
iminente (próximo) concorrência trégua
imiscuir-se costume usufruto
inclinar encobrir vírgula
incorporar (encorpar) explodir vírus
incrustar (encrostar) marajoara
indigitar mochila 1.1.5. Palavras com EI, e não E
infestar (de) moto próprio (latim: motu
influi(s) (f. v.) proprio) aleijado
inigualável ocorrência alqueire
iniludível pitoresco ameixa
inquirir (interrogar) proeza cabeleireiro
intitular Romênia ceifar
irrupção romeno colheita
júri silvícola desleixo
linimento (medicamento sortido (variado) madeireira
untuoso) sotaque peixe
meritíssimo tribo queijo
miscigenação veio (s. e f. v.) queixa(r-se)
parcimônia vinícola reiterar
possui(s) (f. v.) reivindicar
premiar 1.1.4. Palavras com U, e não O seixo
presenciar treinar
privilégio acudir treino
remediar bônus
requisito cinqüenta 1.1.6. Palavras com E,
sentenciar cumprimento (saudação) e não EI
silvícola cumprido (v. cumprir)
substitui(s) (f. v.) cúpula adrede

44 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


alameda dourar Havana
aldeamento (mas aldeia) estourar Havaí
alhear (mas alheio) frouxo haxixe
almejar lavoura hebdomadário
azulejo pouco hebreu
bandeja pousar hectare
calejar roubar hediondo
caranguejo tesoura hedonismo
carqueja tesouro Hégira
cereja Helesponto
cortejo 1.1.8. Palavras com O, hélice
despejar, despejo e não Ou hemi- (pref. = meio)
drenar hemisfério
embrear alcova hemorragia
embreagem ampola herança
enfear anchova (ou enchova) herbáceo (mas erva)
ensejar, ensejo arroba herdar
entrecho arrochar, arrocho herege
estrear, estreante arrojar, arrojo hermenêutica
frear, freada barroco hermético
igreja cebola herói
lampejo desaforo hesitar
lugarejo dose hiato
malfazejo empola híbrido
manejar, manejo engodo hidráulica
morcego estojo hidravião (hidroavião)
percevejo malograr, malogro hidrogênio
recear, receoso mofar, mofo hidro- (pref. = água)
refrear oco hierarquia
remanejo posar hieróglifo (ou hieroglifo)
sertanejo rebocar hífen
tempero higiene
varejo 1.1.9. Emprego do H: com H Himalaia
ou sem H? hindu
1.1.7. Palavras com OU, hino
e não O Haiti hiper- (pref. = sobre)
halo hipo- (pref. = sob)
agourar hangar hipocrisia
arroubo harmonia hipoteca
cenoura haurir hipotenusa

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 45


hipótese apogeu 1.1.11. Palavras com J,
hispanismo argila e não G
histeria auge
hodierno Bagé (mas bajeense) ajeitar
hoje Cartagena encoraje (f.v.)
holandês digerir enjeitar
holofote digestão enrijecer
homenagear efígie gorjeta
homeopatia égide granjear
homicida Egito injeção
homilia (ou homília) egrégio interjeição
homologar estrangeiro jeca
homogeneidade evangelho jeito
homogêneo exegese jenipapo
homônimo falange jerimum
honesto ferrugem jesuíta
honorários fuligem lisonjear
honra garagem lojista
horário geada majestade
horda gelosia majestoso
horizonte gêmeo objeção
horror gengiva ojeriza
horta gesso projeção
hóspede gesto projetil (ou projétil)
hospital Gibraltar rejeição
hostil gíria rejeitar
humano giz rijeza
humilde herege sujeito
humor impingir ultraje
Hungria ligeiro eles viajem (f. v.)
miragem
1.1.10. Palavras com G, monge 1.1.12. Palavras com C, Ç e
e não J ogiva não S ou SS nem SC
rigidez
adágio sugerir à beça
agenda tangente absorção
agiota viageiro abstenção
algema viagem açaí
algibeira vigência açambarcar

46 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


acender (iluminar) caçoar cessação (ato de cessar)
acento (tom de voz, símbolo caiçara cessão (ato de ceder)
gráfico) calça cessar (parar)
acepção calhamaço cesta
acessório cansaço chacina
acerbo carecer chance
acerto (ajuste) carroçaria (ou carroceria) chanceler
acervo castiço cicatriz
aço (ferro temperado) cebola ciclo
açodar (apressar) cê-cedilha ciclone
açúcar cédula cifra
açude ceia cifrão
adoção ceifar cigarro
afiançar célere cilada
agradecer celeuma cimento
alçar célula cimo
alicerçar cem (cento) cingalês (do Ceilão)
alicerce cemitério Cingapura (tradicional:
almaço cenário Singapura)
almoço censo (recenseamento) cínico
alvorecer censura cinqüenta
amadurecer centavo cinza
amanhecer cêntimo cioso
ameaçar centro ciranda
aparecer ceticismo circuito
apreçar (marcar preço) cético circunflexo
apreço cera círio (vela)
aquecer cerâmica cirurgia
arrefecer cerca cisão
arruaça cercear cisterna
asserção cereal citação
assunção cérebro cizânia
babaçu cerne coação
baço cerração (nevoeiro) cobiçar
balança cerrar (fechar, acabar) cociente (ou quociente)
Barbacena cerro (morro) coerção
Barcelona certame coercitivo
berço certeiro coleção
caça certeza, certidão compunção
cacique certo concelho (município)

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 47


concertar (ajustar, harmonizar) isenção roça
concerto (musical, acordo) laço ruço (grisalho)
concessão liça (luta) sanção (ato de sancionar)
concílio (assembléia) licença soçobrar
conjunção lucidez súcia
consecução lúcido sucinto
Criciúma maçada (importunação) Suíça, suíço
decepção maçante taça
decerto maçar (importunar) tapeçaria
descrição (ato de descrever) macerar tecelagem
desfaçatez maciço tecelão
discrição (reserva) macio tecer
disfarçar maço (de cartas) tecido
distinção maçom (ou mação) tenção (intenção)
distorção manutenção terça
docente (que ensina; corpo –: menção terço
os professores) mencionar terraço
empobrecer muçulmano vacilar
encenação noviço viço
endereço obcecação (mas obsessão) vizinhança
enrijecer obcecar
erupção opção 1.1.13. Palavras com S,
escaramuça orçamento e não C ou SC, nem X
escocês orçar
Escócia paço (palácio) adensar
esquecer panacéia adversário
estilhaço parecer amanuense
exceção peça ânsia, ansiar
excepcional penicilina apreensão
exibição pinçar ascensão (subida)
expeço poça, poço autópsia
extinção prevenção aversão
falecer presunção avulso
fortalecer quiçá balsa
Iguaçu recender bolso
impeço recensão bom-senso
incerto (não certo) rechaçar canhestro
incipiente (iniciante) rechaço cansaço
inserção remição (resgate) censo (recenseamento)
intercessão resplandecer compreensão

48 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


compulsão falso, falsidade sebe
condensar farsa sebo
consecução imersão seção (ou secção)
conselheiro (que aconselha) impulsionar seda
conselho (aviso, parecer) incompreensível segar (ceifar, cortar)
consenso incursão sela (assento)
consentâneo insinuar semear
consertar (remendar) insípido semente
contra-senso insipiente (ignorante) senado
contraversão insolação senha
controvérsia intensão (tensão) sênior
conversão intensivo sensato
convulsão intrínseco senso
Córsega inversão série
defensivo justapor seringa
defensor mansão sério
descansar misto, mistura serra
descensão, descenso (descida) obsessão (mas obcecação) seta
desconsertar (desarranjar) obsidiar severo
despensa (copa, armário) obsoleto seviciar
despretensão pensão Sevilha
dimensão percurso Sibéria
dispensa(r) persa Sicília
dispersão Pérsia siderurgia
dissensão persiana sigilo
distensão perversão sigla
diversão precursor Silésia
diverso pretensão silício
emersão propensão silo
espoliar propulsão sinagoga
estender (mas extensão) pulsar Sinai
estorno recensão Singapura (tradicional; ocorre
estorricar recensear, recenseamento tb. Cingapura)
excursão remorso singelo
expansão repreensão singrar
expensas repulsa sintoma
extensão (mas estender) reverso Síria
extorsão salsicha sismo
extrínseco Sansão sito, situado
falsário seara submersão

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 49


subsidiar atravessar escasso
subsistência avassalar excessivo
suspensão avesso excesso
tensão (estado de tenso) bússola expressão
tergiversar cassar (anular) fissura
Upsala (ou Upsália) cassino fosso
utensílio cessão (ato de ceder) fracasso
versão comissão compasso gesso
versátil, versáteis compressa grassar
compromisso idiossincrasia
1.1.14. Palavras com SS, concessão imissão
e não C, Ç condessa (fem. de conde) impressão
confissão ingressar
Abissínia cossaco insosso
acessível crasso insubmissão
admissão cromossomo interesse
aerossol demissão intromissão
agressão depressa macrossistema
amassar (< massa) depressão massa
apressar (<pressa) dessecar (secar bem) messe
argamassa devassar messiânico
arremessar dezesseis microssistema
assacar dezessete missa
assassinar digressão missionário
assear discussão mocassim
assecla dissensão necessidade
assediar dissertação obsessão
assentar dissídio opressão
assento (assentar) dissimulação pássaro
asserção dissipar passear
asserto, assertiva (afirmação) dissuadir passeata
assessor dossiê passeio
asseverar ecossistema passo (cf. paço)
assíduo eletrocussão permissão
assimetria emissão pêssego
assinar empossar (dar posse a) pessimismo
Assíria endossar possessão
assolar escassear potássio
aterrissagem escassez pressagiar, presságio

50 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


pressão, pressionar vassoura imiscível
processão (procedência) verossímil imprescindível
procissão (préstito) vicissitude intumescer
professo irascível
profissão 1.1.15. Palavras com SC, isóscele(s)
progressão e não C, Ç, S, SS miscelânea
progresso miscigenação
promessa abscesso nascença
promissor abscissa nascer
promissória acrescentar néscio
regressar, regressivo acrescer, acréscimo obsceno
remessa adolescente onisciência
remissão (ato de remitir) apascentar oscilar, oscilação
remissivo aquiescência piscicultura
repercussão aquiescer piscina
repressão, repressivo ascender plebiscito
ressalva(r) ascensão prescindir
ressarcir asceta recrudescer
ressentir condescendência remanescente
ressequir consciência reminiscência
ressonar cônscio renascença
ressurreição convalescer rescindir
retrocesso crescente rescisão
russo (da Rússia) crescer ressuscitar
sanguessuga descendência seiscentésimo
secessão (separação) descender seiscentos
sessão (reunião) descentralização suscetível
sessar (peneirar) descer suscitar
sobressalente (ou descerrar transcendência
sobresselente) descida víscera
sossego discente (que aprende)
submissão discernimento 1.1.16 Palavras com X,
sucessão disciplina(r) e não S, SS
sucessivo discípulo
tessitura efervescência apoplexia
tosse fascículo aproximar
travessa fascismo auxílio
travessão florescer contexto
uníssono imisção (mistura) exclusivo

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 51


expectador (que tem 1.1.17. Palavras com S, estremar (dividir, separar)
esperança) e não X estremecer
expectativa estrutura
expender adestrar esvaecer
expensas contestar esvair-se
experiência destreza inesgotável
experimentar destro justapor, justaposição
experto (sabedor) escavar misto
expiação esclarecer mistura
expiar (pagar, remir) escorreito teste
expirar (morrer) escusa(r)
explanar esdrúxulo 1.1.18. Palavras com XC
expletivo esfolar (entre vogais), com valor de /s/
explicar esgotar
explícito esgoto exceção
explorar esôfago excedente
expoente espectador (que vê) exceder
expor esperteza excedível
êxtase, extático esperto excelência
extensão (mas estender) espiar (espreitar) excelente
extenuar espirar (soprar, exalar) excelso
externo (exterior) esplanada excentricidade
extirpar esplêndido excêntrico
extraordinário esplendor excepcional
extrapolar espoliação excerto
extrato espontâneo excesso
extremado espraiar exceto
extroversão espremer excetuar
inexperiência esquisito excipiente
inextricável estagnar excitação
máxima estático (firme, contrário de excitar
próximo, proximidade dinâmico) inexcedível
sexta estender, estendido
sextante esterno (osso) 1.1.19. Palavras com Z,
sexto (ordinal) estirpe e não S
sintaxe estrangeiro
têxtil, têxteis estranhar abalizado
texto estrato (camada) abalizar
textual estratosfera acidez
textura estrema (marco, limite) aduzir

52 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


agilizar autorizar categorizar
agonizar avalizar catequizar (s. f. catequese)
agudez(a) avareza cauterizar
ajuizar avestruz celebrizar
alcoolizar avidez centralizar
algazarra avizinhar certeza
algoz azar chafariz
alteza azedar chamariz
altivez azeite cicatriz(ar)
Amazonas azeitona circunvizinho
amenizar azimute civilizar
americanizar azul, azuis cizânia
amizade baixeza clareza
amortizar baliza climatizar
anarquizar banalizar coalizão
andaluz barbarizar colonizar
Andaluzia bazar comezinho
antipatizar bazuca concretizar
apaziguar beleza condizer
aprazar bel-prazer conduzir
aprazível bendizer confraternizar
aprendizado bezerro conscientizar
arborizar bissetriz contemporizar
arcaizar Bizâncio contradizer
aridez bizantino contumaz
Arizona bizarro corporizar
armazém braveza, brabeza correnteza
aromatizar burocratizar cotizar
arrazoar cafezal cozer (cozinhar)
arrazoado cafezeiro cozido
arroz (-al, -eiro) cafezinho cozinhar
aspereza cafuzo cristalizar
assaz canalizar cristianizar
atemorizar canonizar crueza
aterrorizar capataz cruzar, cruzeiro
atriz capaz cruzada
atroz capitalizar cupidez
atualizar caracterizar czar (tzar)
audaz carbonizar deduzir
automatizar cartaz delicadeza

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 53


democratizar escravizar gozar, gozo
desautorizar especializar grandeza
desfaçatez espezinhar granizo
deslizar (escorregar) esquizofrenia gravidez
deslize esterilizar harmonizar
desmazelo estigmatizar higienizar
desmoralizar estilizar hipnotizar
desprezar estranheza honradez
destreza estupidez horizonte
dez esvaziar horrorizar
dezembro eternizar hospitalizar
dezena evangelizar hostilizar
dezenove exteriorizar humanizar
dezesseis familiarizar idealizar
dezessete fazenda imortalizar
dezoito fazer imperatriz
diretriz feliz(ardo) impureza
divinizar feroz imunizar
dizer fertilizar indenizar
dizimar finalizar individualizar
dízimo fineza (delicadeza) indizível
dogmatizar firmeza industrializar
doze fiscalizar induzir
dramatizar flacidez infeliz
dureza fluidez inferiorizar
duzentos formalizar inimizar
dúzia fortaleza insipidez
economizar foz inteireza
eficaz fraqueza intelectualizar
eletrizar frieza internacionalizar
embaixatriz fugaz intrepidez
embelezar fuzil(eiro), fuzilar introduzir
embriaguez galvanizar inutilizar
encolerizar gaze invalidez
encruzilhada gazear ironizar
enfatizar gazeta jaez
enraizar gazua jazida
entronizar generalizar jazigo
escandalizar gentileza juiz, juízes
escassez giz juízo

54 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


justeza naturalizar produzir
largueza natureza proeza
latinizar Nazaré profetizar
lazer nazismo profundeza
legalizar neutralizar pulverizar
ligeireza nitidez pureza
localizar nobreza quartzo (ou quarço)
loquaz noz (fruto da nogueira) racionalizar
lucidez nudez raiz, raízes
luz obstaculizar rapaz
maciez(a) ojeriza rapidez
madureza oficializar rareza
magazine organizar razão
magnetizar orizicultura razoável
magreza ozônio realeza
maldizer palidez realizar
malfazer parabenizar reconduzir
martirizar particularizar redondeza
materializar pasteurizar reduzir
matiz(ar) paz refazer
matriz penalizar regozijo
mazela pequenez regularizar
menosprezar permeabilizar reluzir
mercantilizar perspicaz reorganizar
meretriz pertinaz responsabilizar
mesquinhez placidez revezar
mezinha(remédio) pluralizar reza
militarizar pobreza ridicularizar
miudeza polidez rigidez
mobilizar popularizar rijeza
modernizar pormenorizar rispidez
monopolizar prazer, prazeroso rivalizar
moralizar prazo robotizar
morbidez preconizar robustez
mordaz prejuízo rodízio
motorizar pressurizar rudez(a)
motriz presteza sagaz
mudez prezado (estimado) satisfazer
nacionalizar primaz(ia) sazão
nariz privatizar sazonal

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 55


secularizar urbanizar aguarrás
reduzir utilizar aliás
sensatez vagareza alisar (mas deslizar)
sensibilizar valorizar amasiar-se
simbolizar vaporizar amnésia
simpatizar vasteza analisar, análise
sincronizar vazante ananás
singularizar vazar anestesia
sintetizar vazio apesar de
sistematizar veloz aportuguesar
sisudez Veneza, veneziana após
socializar Venezuela aposentar
solenizar verbalizar apoteose
solidez verniz apresar
sordidez vez aprisionar
sozinho vezo ardósia
suavizar vileza arquidiocese
Suazilândia viuvez arrasar
Suez vivaz arrevesado
surdez viveza artesanato, artesão
sutileza vizinho ás (carta, aviador notável)
talvez vizir asa
tenaz volatizar Ásia
tez voraz asilar, asilo
timidez voz(es) asteca
tiranizar vulcanizar atrás
topázio vulgarizar atrasar, atraso
torpeza xadrez através
totalizar ziguezague(ar) avisar, aviso
traduzir azul-turquesa
tranqüilizar 1.1.20. Palavras com S, baronesa
trapézio e não Z basalto
trazer base(ar)
trezentos aburguesar Basiléia
tristeza abusar, abuso basílica
triz aceso besouro
turgidez acusar, acusativo bis(ar)
tzar (ou czar) adesão, adesivo bisavô
uniformizar afrancesar Biscaia
universalizar agasalhar bisonho

56 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


brasa crise êxtase
brasão cútis extravasar
Brasil decisão extremoso
brasileiro decisivo falésia
brisa defesa fantasia(r)
burguês, burguesia demasia fase
busílis descamisar ferro-gusa
Cádis descortês finês
campesino desídia finlandês
camponês desígnio formoso
carmesim desinência framboesa
casa(r) desistir francês
casamento despesa frase
casebre detrás freguês
caserna deusa frisa(r)
caso diagnose friso
casual diocese fusão
casuísta divisar fuselagem
casulo divisível fusível
catálise, catalisar divisor fuso
catequese (mas catequizar) doloso gás
centésimo dose, dosar gasogênio
César duquesa gasolina
cesariana eclesiástico gasômetro
chinês empresa gasoso
cisão empresário gaulês
coesão ênclise gêiser
coeso enésimo gelosia
coisa entrosar gênese (ou gênesis)
colisão envasar genovês
comiserar enviesar Goiás
conciso, concisão erisipela gris, grisalho
conclusão escocês groselha
consulesa escusa(r) guisa
contusão esôfago guisar, guisado
convés esotérico guloso
cortês esquisito heresia
cortesia eutanásia hesitar
coser (costurar) evasão holandês
crase exclusive ileso

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 57


improvisar mês pisar
incisão, incisivo mesa Polinésia
inclusive mesário português
incluso, inclusão mesóclise pôs (verbo pôr)
indefeso Mesopotâmia precisão
infusão mesquita precisar
inglês mesura preciso
intrusão, intruso metamorfose presa
invasão, invasor Micronésia presente(ar)
invés milanês preservar
irlandês misantropo presidente
irresoluto miséria presídio
irrisão misericórdia presidir
irrisório montanhês presilha
isenção montês princesa
isolar mosaico profetisa
Israel Mosela profusão
japonês música prosa
javanês Nagasáqui prosaico
Jerusalém narcisismo prosélito
jesuíta nasal quadris
Jesus náusea querosene
jus norueguês quesito
jusante obesidade, obeso quis, quiseste, quiseram (verbo
lápis obséquio querer)
lesão, lesionar obtuso raposa
lesar, lesivo ourives(aria) raso
lilás ousar, ousadia rasuro
liso país recusa(r)
lisonja paisagem reclusão
lisura parafuso repisar
losango paralisar repousar, repouso
lousa Paris represa(r)
luso parmesão represália
magnésio pás (pl. de pá) requisição
maisena pau-brasil requisitar
maltês pesadelo requisito
marquês pêsames rés
masoquismo pesar, peso rês (gado)
mausoléu pesquisar rés-do-chão

58 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


resenha transe exasperar
reserva transido exato
reservista transistor exaurir, exausto
residência trânsito execução, executar
residir trás (prep., adv.) exegese
resíduo traseira exemplo
resignar través exéquias
resina três exeqüível
resistir tresandar exercer
resolução trigésimo exercício
resolver tris exército
resultar trisavô exibir, exibição
resumir turquesa exigir
retesar usina exíguo, exigüidade
retrovisor uso exílio, exilar
revés, reveses usufruto exímio
revisão, revisar usura existir
saudosismo usurpar êxito, exitoso
Silésia vasilha êxodo
síntese vaso exonerar
sinusite vesícula exorbitar
siso viés exortar
sisudo vigésimo exótico
sobremesa visar exuberante
sopesar viseira exultar
sósia visionário exumar
surpresa visita(r) inexato
suserano visível inexaurível
teimosia visor inexistente
televisão xis (letra x) inexorável
televis(ion)ar
tese 1.1.21. Palavras com X, 1.1.22 Palavras com X,
teso e não Z ou S e não CH
tesoura
tesouraria exagero abacaxi
tesouro exalar afrouxar
torquês exaltar almoxarife, almoxarifado
tosar exame, examinar ameixa
transação exangue atarraxar (< tarraxa)
transatlântico exarar baixa

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 59


baixada feixe xá (da Pérsia)
baixela frouxo xadrez
baixeza graxa xampu
baixo guanxuma Xangai
bauxita haxixe xarope
bexiga Hiroxima xavante
caixão lagartixa xaxim
caixeiro laxante xenofobia
caixote laxa xeque (árabe)
capixaba lixeiro xerife
coxa lixívia xícara
coxear lixo xifópago
coxo luxação xiita
deixar luxar (deslocar) xingar
desleixado Luxemburgo xis (letra x)
desleixo luxo
elixir luxúria 1.1.23. Palavras com CH,
encaixe malgaxe (de Madagascar) e não X
encaixotar mexer
enfaixar mexerico achacar, achaque
enfeixar mexilhão (molusco) achincalhar
engraxar, engraxate mixórdia ancho
enxada orixá anchova, ou enchova
enxaguar paxá (governador turco) apetrecho
enxame praxe archote
enxaqueca puxar arrochar, arrocho
enxergar relaxado, relaxar azeviche
enxerir remexer bacharel
enxertar repuxar, repuxo belchior
enxofre rixa(r) beliche
enxotar rouxinol bolacha
enxovalhar roxo bolchevique
enxovia seixo brecha
enxugar taxa (tipo de tributo, tarifa) broche
enxurrada taxar (impor taxa) brochura
enxuto taxativo bucha
esdrúxulo trouxa cachaça
faixa vexado cacho
faxina vexame cachoeira
faxineiro vexar cambalacho

60 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


capacho chute, chutar inchar
caramanchão cochichar, cochicho lancha
cartucheira cochilar, cochilo lanche
chá (planta, infusão de folhas) cocho (vasilha) linchar
chácara cochonilha luchar (sujar)
chacina colcha machado
chacoalhar colchão machucar
chacota colchete mochila
chafariz concha nicho
chafurdar conchavo pecha
chalaça coqueluche pechar
chalé cupincha pechincha
chaleira debochar, deboche penacho
chamariz desabrochar piche, pichar
chambre desfechar ponche
chaminé despachar, despacho prancha
charada ducha rachar
charco encharcar rancho
charlatão encher rechaçar, rechaço
charolês enchova (ou anchova) ricochete(ar)
charque(ar) escabeche rocha
charrua escarafunchar salsicha
charuto escorchar sanduíche
chávena esguicho tachar (censurar, acusar)
cheque espichar tocha
chicória estrebuchar trapiche
chicote fachada trecho
chimarrão facho trincheira
chimpanzé ou chipanzé fantoche
chique fechar, fecho 1.1.24. Palavras com X,
chiqueiro fetiche e não CC ou CÇ
choça ficha
chocalho flecha(r) afluxo
chofre frincha amplexo
choldra gancho anexar, anexo
chope garrancho asfixia(r)
chuchu garrucha axila(r)
chumaço guache axioma
churrasco guincho bórax
chusma iídiche clímax

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 61


complexidade, obnóxio tórax
complexo ônix tóxico
conexão, conexo ortodoxia, ortodoxo toxicologia
convexidade, oxidar, óxido toxina
convexo oxítono triplex
córtex paradoxal, paradoxo xerox (ou xérox)
crucifixo paralaxe
duplex paroxítono 1.1.25. Palavras com CC, CÇ,
durex perplexidade, e não X
empuxo perplexo
fixar, fixação pirex cocção
fixo profilaxia cóccix (ou coccige)
flexão, flexibilidade prolixo confecção
flexionar proparoxítono confeccionar
flexível proxeneta convicção
fluxo reflexão defecção
heterodoxia reflexibilidade dissecção
heterodoxo reflexivo fa(c)ção
hexágono reflexo fa(c)cioso
índex refluxo ficção
inflexível saxão fricção
intoxicar saxônio friccionar
látex sexagenário infe(c)ção
léxico sexagésimo infe(c)cionar
marxismo sexo, sexual inspe(c)ção
marxista sílex retrospe(c)ção
maxila, maxilar telex se(c)ção
nexo telexograma se(c)cionar

62 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


2. Acentuação Gráfica
2.1. Regras de Acentuação Gráfica

2.1.1. Quanto à Tonicidade

– Proparoxítonos: todas as palavras em que a antepenúltima sílaba é a mais forte são


acentuadas graficamente: câmara, estereótipo, falávamos, discutíamos, América, África. Seguem,
ainda, esta regra os proparoxítonos eventuais ou relativos, isto é, os terminados em ditongo crescente:
ministério, ofício, previdência, homogêneo, ambíguo, Ásia, Rondônia.

– Paroxítonos: as palavras em que a penúltima sílaba é a mais forte são acentuadas graficamente
quando terminam em:
- i(s): júri(s), táxi(s), lápis, tênis;
- us: bônus, vírus, Vênus;
- ã(s), -ão(s): órfã, ímã, órfãs, órgão, órgãos, bênção, bênçãos;
-om, -ons: rádom (ou radônio), iâmdom, nêutron, elétron, nêutrons;
-um, -uns: fórum, álbum, fóruns, álbuns;
-l: estável, estéril, difícil, cônsul, útil;
-n: hífen, pólen, líquen;
-r: açúcar, éter, mártir, fêmur;
-x: látex, fênix, sílex, tórax;
-ps: bíceps, fórceps.
Observações:
a) A regra de acentuar paroxítonos terminados em i ou r não se aplica aos prefixos terminados
nessas letras: anti-, semi-, hemi-, arqui-, super-, hiper-, alter-, inter-, etc.
b) Atente para o fato de que a regra dos paroxítonos terminados em -en não se aplica ao plural
dessas palavras nem a outras com a terminação -ens: liquens, hifens, itens, homens, nuvens, etc.

– Oxítonos: as palavras em que a sílaba mais forte é a última são acentuadas quando terminadas
em:
-a(s): guaraná, atrás, (ele) será, (tu) serás, Amapá, Pará;
-e(s): tevê, clichê, cortês, português, pajé, convés;
-o(s): complô, robô, avô, avós, após, qüiproquó(s);
-em, -ens: armazém, armazéns, também, (ele) provém (eles) detêm
Observação:
As palavras tônicas que possuem apenas uma sílaba (monossílabos) terminadas em a, e e
o seguem também esta regra: pá, pé pó, (tu) dás, três, mês, (ele) pôs, má, más; assim também os
monossílabos verbais seguidos de pronome: dá-la, tê-lo, pô-la, etc.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 63


2.1.2. Quanto aos Encontros Vocálicos
– Ditongos abertos tônicos: os ditongos ei, eu, oi têm a primeira vogal acentuada graficamente
quando for aberta e estiver na sílaba tônica: papéis, réis, mausoléu, céus, corrói, heróis.
– Ditongos ue e ui antecedidos por g ou q: leva acento agudo o u, quando tônico, e trema,
quando átono: apazigúe, argúi, argúem, averigúe, obliqúe, obliqúem, e argüir, delinqüir, freqüente,
agüentar, cinqüenta.
– Hiatos em i e u: i e u tônicos, finais de sílaba com ou sem s, e precedidos de vogal não
tremada, levam acento agudo quando não forem seguidos de nh: ensaísta, saída, juízes, país, baú(s),
saúde, reúne, amiúde (adv.), viúvo (mas: bainha, moinho).
– Hiatos -eem e -oo(s): a primeira vogal da terminação -oo(s) é acentuada com circunflexo:
vôo(s), enjôo(s), abençôo; da mesma forma a terminação -eem, que só ocorre na terceira pessoa
do plural em alguns tempos dos verbos crer, dar, ler e ver: crêem, dêem, lêem, vêem, e derivados:
descrêem, relêem, provêem, prevêem, etc.

2.1.3. Casos Especiais

a) Acento grave: é usado sobre a letra a, para indicar a ocorrência de crase (do grego krásis,
mistura, fusão) da preposição a com o artigo ou demonstrativo feminino a, as ou com os demonstrativos
aquele(s), aquela(s), aquilo: encaminhar a a Procuradoria > encaminhar à Procuradoria; devido a a
gestão do Ministro > devido à gestão do Ministro; falar a a Secretária > falar à Secretária.
Emprega-se, ainda:
– para diferenciar a preposição a do artigo feminino singular a em locuções como à caneta,
à máquina;
– em locuções em que significa à moda, à maneira (de): sair à francesa, discurso à Rui
Barbosa, etc.

b) Acento diferencial: marca a diferença entre homógrafos ou homófonos exclusivamente


nos seguintes casos:
– têm (eles) para distingui-lo de tem (ele), e vêm (eles), distinto de vem (ele); (vale nos
derivados: eles detêm, provêm, distinto de detém, provém (ele);
– pôde (pretérito perfeito) distinto de pode (presente);
– fôrma (substantivo) distinto de forma (verbo formar);
– vocábulos tônicos (abertos ´/fechados ^) que têm homógrafos átonos:

tônicos
côa, côas (v. coar)
pára (v. parar)
péla, pélas (v. pelar e s.f.)
pélo (v. pelar), pêlo, pêlos
péra, péras (pedra), pêra
pêro, Pêro
póra(s) (surra); pôla(s) (broto vegetal)
pólo(s) (eixo, jogo); pôlo(s) (filhote de gavião)
pôr (verbo)

64 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


átonos
coa, coas (com a, com as)
para (preposição)
pela, pelas (por a(s)
pelo, pelos (por o(s)
pera (forma arcaica de para)
pero (forma arcaica de mas)
pola(s) (forma arcaica de por a(s))
polo(s) (forma arcaica de por o(s))
por (preposição)

3. Hífen
3.1. Hífen entre Vocábulos

a) na composição de palavras em que os elementos constitutivos mantêm sua acentuação


própria, compondo, porém, novo sentido:
abaixo-assinado (abaixo assinado, sem hífen, com o sentido de “(aquele) que assina o
documento em seu final”: “João Alves, abaixo assinado, requer...”)
decreto-lei
licença-prêmio
mão-de-obra
matéria-prima
oficial-de-gabinete
papel-moeda
processo-crime
salário-família
testa-de-ferro (testa de ferro, sem hífen, significa “testa dura como ferro”)

b) na composição de palavras em que o primeiro elemento representa forma reduzida:


infanto-juvenil (infanto = infantil)
nipo-brasileiro (nipo = nipônico)
sócio-político (sócio = social)

c) nos adjetivos gentílicos (que indicam nacionalidade, pátria, país, lugar ou região de
procedência) quando derivados de nomes de lugar (topônimos) compostos:
belo-horizontino
norte-americano
porto-riquenho
rio-grandense-do-norte

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 65


d) nas palavras compostas em que o adjetivo geral é acoplado a substantivo que indica
função, lugar de trabalho ou órgão:
diretor-geral
inspetoria-geral
procurador-geral
secretaria-geral

e) a preposição sem liga-se com hífen a alguns substantivos para indicar unidade semântica
(adquire, assim, valor de prefixo):
sem-fim
sem-número
sem-terra
sem-sal
sem-vergonha
sem-par

f) o advérbio de negação não liga-se com hífen a alguns substantivos ou adjetivos para
indicar unidade semântica (adquire, assim, valor de prefixo):
não-agressão
não-eu, não-metal
não-ser
não-ferroso
não-participante
não-linear
não-alinhado

3.2. Hífen e Prefixos

a) os seguintes prefixos nunca vêm seguidos de hífen (ligam-se, portanto, diretamente ao


vocábulo com o qual compõem uma unidade):

aer(o), aerotransporte ele(c)tro, eletroímã


agro, agroindústria fil(o), filogenético
ambi, ambidestro fisio, fisioterapia
anfi, anfiteatro fon(o), fonoaudiólogo
audio, audiovisual fot(o), fotolito
bi, bicentenário gastr(o), gastr(o)enterologia
bio, biogenético ge(o), geotécnica
cardio, cardiovascular hemi, hemicírculo
cis, cisplatino hepta, heptassílabo
de(s), desserviço hexa, hexafluoreno
di(s), dissociação hidr(o), hidr(o)elétrica

66 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


hipo, hipotensão per, perclorato
homo, homossexual pluri, plurianual
in, inapto poli, polivalente
intro, introversão psic(o), psicossocial
justa, justaposição radi(o), radioamador
macro, macroeconomia re, reversão
micr(o), microrregião retro, retroativo
mono, monoteísmo tele, teledinâmica
moto, motociclo term(o), term(o)elétrica
multi, multinacional trans, transalpino
para, parapsicologia tri, tricelular
penta, pentacampeão uni, unidimensional

b) o prefixo ex exige hífen quando indica “estado anterior”, “que foi”:


ex-deputado
ex-ministro
ex-mulher
ex-secretário

c) o prefixo vice exige sempre o hífen:


vice-almirante
vice-diretor
vice-presidente
vice-versa

d) os prefixos pós, pré, pró – assim, tônicos e de timbre aberto – requerem hífen sempre:
pós-escrito
pós-guerra
pós-moderno
pós-natal
pré-aviso
pré-nupcial
pró-republicano

mas sem hífen quando átonos (e, normalmente, fechados):

posfácio
pospor
predeterminar
predizer

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 67


preestabelecer
preestipulado
preexistir
prejulgar

e) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por vogal,
h, r ou s:
auto (auto-estima, auto-retrato, etc.)
contra (contra-ataque, contra-oferta, etc.)
extra (extra-oficial, extra-humano, extra-sensível; extraordinário é a única exceção – que, no
entanto, é lícito distinguir de extra-ordinário “não ordinário, não rotineiro; imprevisto”)
infra (infra-estrutura, infra-hepático, infra-renal, etc.)
intra (intra-ocular, intra-hepático, intra-renal, etc.)
neo (neo-escolástico, neo-hegeliano, neo-realismo, etc.)
proto (proto-história, proto-revolução, etc.)
pseudo (pseudo-esfera, pseudo-humano, pseudo-sigla, etc.)
semi (semi-anual, semi-úmido, semi-selvagem, semi-humano, etc.)
supra (supra-renal, supra-sumo, etc.)
ultra (ultra-romântico, ultra-sensível, etc.)

f) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por h, r ou s:
ante (ante-histórico, ante-sala, etc.)
anti (anti-humano, anti-herói, anti-regimental, etc.)
arqui (arqui-histórico, etc.)
sobre (sobre-humano, sobre-saia; exceções: sobressair, sobressalto)
hiper (hiper-humano, hiper-realismo, etc.)
inter (inter-hemisférico, inter-regional, etc.)
super (super-homem, super-requintado, etc.)

g) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por vogal
ou h:
circum (circum-ambiente, circum-hospitalar, etc.)
mal (mal-entendido, mal-humorado, etc.)
pan (pan-americano, pan-helênico, etc.)

h) os seguintes prefixos exigem hífen quando combinados com palavras iniciadas por r:
ab (ab-rogar: anular, suprimir)
ad (ad-rogar: adotar ou tomar por adoção)
ob (ob-rogar: contrapor-se)
sob (sob-roda: saliência capaz de estorvar o deslocamento de um veículo)

68 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


sub (sub-reitor, sub-região, etc.; no caso de sub também separamos por hífen as palavras
iniciadas por b: sub-bloco, sub-bibliotecário)
Observação: Hífen de composição vocabular ou de ênclise e mesóclise é repetido quando coincide
com translineação:
decreto-/-lei, exigem-/-lhe, far-/-se-á.

4. Concordância Verbal
Regra geral: o verbo concorda com seu sujeito em pessoa e número.
Os novos recrutas mostraram muita disposição. (CP: eu mostrei, você (ou ele) mostrou, nós
(eu e...) mostramos...)
Se o sujeito for simples, isto é, se tiver apenas um núcleo, com ele concorda o verbo em
pessoa e número:
O Chefe da Seção pediu maior assiduidade.
A inflação deve ser combatida por todos.
Os servidores do Ministério concordaram com a proposta.
Quando o sujeito for composto, ou seja, possuir mais de um núcleo, o verbo vai para o plural
e para a pessoa que tiver primazia, na seguinte ordem: a 1a pessoa tem prioridade sobre a 2a e a 3a; a
2a sobre a 3a; na ausência de uma e outra, o verbo vai para a 3a pessoa.
Eu e Maria queremos viajar em maio.
Eu, tu e João somos amigos.
O Presidente e os Ministros chegaram logo.
Observação: Por desuso do pronome vós e respectivas formas verbais no Brasil, tu e ... leva
o verbo para a 3a pessoa do plural: Tu e o teu colega devem (e não deveis) ter mais calma.
Analisaremos a seguir algumas questões que costumam suscitar dúvidas quanto à correta
concordância verbal.

a) Há três casos de sujeito inexistente:


– com verbos de fenômenos meteorológicos:
Choveu (geou, ventou...) ontem.
– em que o verbo haver é empregado no sentido de existir ou de tempo transcorrido:
Haverá descontentes no governo e na oposição.
Havia cinco anos não ia a Brasília.
Errado: Se houverem dúvidas favor perguntar.
Certo: Se houver dúvidas favor perguntar.
Para certificar-se de que esse haver é impessoal, basta recorrer ao singular do indicativo: Se
há ( e nunca: *hão) dúvidas... Há (e jamais: *Hão) descontentes...
– em que o verbo fazer é empregado no sentido de tempo transcorrido:
Faz dez dias que não durmo.
Semana passada fez dois meses que iniciou a apuração das irregularidades.
Errado: Fazem cinco anos que não vou a Brasília.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 69


Certo: Faz cinco anos que não vou a Brasília.
São muito freqüentes os erros de pessoalização dos verbos haver e fazer em locuções verbais
(ou seja, quando acompanhados de verbo auxiliar). Nestes casos, os verbos haver e fazer transmitem
sua impessoalidade ao verbo auxiliar:
Errado: Vão fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público.
Certo: Vai fazer cinco anos que ingressei no Serviço Público.
Errado: Depois das últimas chuvas, podem haver centenas de desabrigados.
Certo: Depois das últimas chuvas, pode haver centenas de desabrigados.
Errado: Devem haver soluções urgentes para estes problemas.
Certo: Deve haver soluções urgentes para estes problemas.

b) Concordância facultativa com sujeito mais próximo: quando o sujeito composto figurar
após o verbo, pode este flexionar-se no plural ou concordar com o elemento mais próximo:
Venceremos eu e você.
– ou:
Vencerei eu e você.
– ou, ainda:
Vencerá você e eu.

c) Quando o sujeito composto for constituído de palavras sinônimas (ou quase), formando
um todo indiviso, ou de elementos que simplesmente se reforçam, a concordância é facultativa, ou
com o elemento mais próximo ou com a idéia plural contida nos dois ou mais elementos:
A sociedade, o povo une-se para construir um país mais justo.
– ou então:
A sociedade, o povo unem-se para construir um país mais justo.

d) O substantivo que se segue à expressão um e outro fica no singular, mas o verbo pode
empregar-se no singular ou no plural:
Um e outro decreto trata da mesma questão jurídica.
– ou:
Um e outro decreto tratam da mesma questão jurídica.

e) As locuções um ou outro, ou nem um, nem outro, seguidas ou não de substantivo, exigem
o verbo no singular:
Uma ou outra opção acabará por prevalecer.
Nem uma, nem outra medida resolverá o problema.

f) No emprego da locução um dos que, admite-se dupla sintaxe, verbo no singular ou verbo
no plural (prevalece este no uso atual):
Um dos fatores que influenciaram (ou influenciou) a decisão foi a urgência de obter resultados
concretos.

70 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


A adoção da trégua de preços foi uma das medidas que geraram (ou gerou) mais impacto na
opinião pública.

g) O verbo que tiver como sujeito o pronome relativo quem tanto pode ficar na terceira pessoa
do singular como concordar com a pessoa gramatical do antecedente a que se refere o pronome:
Fui eu quem resolveu a questão.
– ou:
Fui eu quem resolvi a questão.

h) Verbo apassivado pelo pronome se deve concordar com o sujeito que, no caso, está sempre
expresso e vem a ser o paciente da ação ou o objeto direto na forma ativa correspondente:
Vendem-se apartamentos funcionais e residências oficiais.
Para obterem-se resultados são necessários sacrifícios.
Compare: apartamentos são vendidos e resultados são obtidos; vendem apartamentos e
obtiveram resultados.
Verbo transitivo indireto (isto é, que rege preposição) fica na terceira pessoa do singular; o
se, no caso, não é apassivador pois verbo transitivo indireto não é apassivável:
*O prédio é carecido de reformas.
*É tratado de questões preliminares. Assim, o correto é:
Assiste-se a mudanças radicais no País. (E não *Assistem-se a...)
Precisa-se de homens corajosos para mudar o País. (E não *Precisam-se de...)
Trata-se de questões preliminares ao debate. (E não *Tratam-se de...)

i) Expressões de sentido quantitativo (grande número de, grande quantidade de, parte de,
grande parte de, a maioria de, a maior parte de, etc.) acompanhadas de complemento no plural
admitem concordância verbal no singular ou no plural. Nesta última hipótese, temos “concordância
ideológica”, por oposição à concordância lógica, que se faz com o núcleo sintático do sintagma (ou
locução) nominal (a maioria + de...):
A maioria dos condenados acabou (ou acabaram) por confessar sua culpa.
Um grande número de Estados aprovaram (ou aprovou) a Resolução da ONU.
Metade dos Deputados repudiou (ou repudiaram) as medidas.

j) Concordância do verbo ser: segue a regra geral (concordância com o sujeito em pessoa e
número), mas nos seguintes casos é feita com o predicativo:
– quando inexiste sujeito:
Hoje são dez de julho.
Agora são seis horas.
Do Planalto ao Congresso são duzentos metros.
Hoje é dia quinze.
– quando o sujeito refere-se a coisa e está no singular e o predicativo é substantivo no plural:

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 71


Minha preocupação são os despossuídos.
O principal erro foram as manifestações extemporâneas.
– quando os demonstrativos tudo, isto, isso, aquilo ocupam a função de sujeito:
Tudo são comemorações no aniversário do município.
Isto são as possibilidades concretas de solucionar o problema.
Aquilo foram gastos inúteis.
– quando a função de sujeito é exercida por palavra ou locução de sentido coletivo: a maioria,
grande número, a maior parte, etc.
A maioria eram servidores de repartições extintas.
Grande número (de candidatos) foram reprovados no exame de redação.
A maior parte são pequenos investidores.
– quando um pronome pessoal desempenhar a função de predicativo:
Naquele ano, o assessor especial fui eu.
O encarregado da supervisão és tu.
O autor do projeto somos nós.
Nos casos de frases em que são empregadas expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos
de o verbo ser fica no singular:
Três semanas é muito.
Duas horas é pouco.
Trezentos mil é mais do que eu preciso.
l) Concordância do Infinitivo:
Uma das peculiaridades da língua portuguesa é o infinitivo flexionável: esta forma verbal,
apesar de nominalizada, pode flexionar-se concordando com o seu sujeito. Simplificando o assunto,
controverso para os gramáticos, valeria dizer que a flexão do infinitivo só cabe quando ele tem su-
jeito próprio, em geral distinto do sujeito da oração principal:
Chegou ao conhecimento desta Repartição estarem a salvo todos os atingidos pelas enchentes.
(sujeito do infinitivo: todos os atingidos pelas enchentes)
A imprensa estrangeira noticia sermos nós os responsáveis pela preservação da Amazônia.
(sujeito do infinitivo: nós)
Não admitimos sermos nós... Não admitem serem eles...
O Governo afirma não existirem tais doenças no País. (sujeito da oração principal: o governo;
sujeito do infinitivo: tais doenças)
Ouvimos baterem à porta. (sujeito (do infinitivo) indefinido plural, como em Batem (ou
Bateram) à porta)
O infinitivo é inflexionável nas combinações com outro verbo de um só e mesmo sujeito – a
esse outro verbo é que cabe a concordância:
As assessoras podem (ou devem) ter dúvidas quanto à medida.
Os sorteados não conseguem conter sua alegria.
Queremos (ou precisamos, etc.) destacar alguns pormenores.
Nas combinações com verbos factitivos (fazer, deixar, mandar...) e sensitivos (sentir, ouvir,
ver...) o infinitivo pode concordar com seu sujeito próprio, ou deixar de fazê-lo pelo fato de esse
sujeito (lógico) passar a objeto direto (sintático) de um daqueles verbos:

72 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


O Presidente fez (ou deixou, mandou) os assessores entrarem (ou entrar).
Sentimos (ou vimos, ouvimos) os colegas vacilarem (ou vacilar) nos debates.
Naturalmente, o sujeito semântico ou lógico do infinitivo que aparece na forma pronominal
acusativa (o,-lo, -no e flexões) só pode ser objeto do outro verbo:
O Presidente fê-los entrar (e não *entrarem)
Sentimo-los (ou Sentiram-nos, Sentiu-os, Viu-as) vacilar (e não *vacilarem).

5. Concordância Nominal
Regra geral: adjetivos (nomes ou pronomes), artigos e numerais concordam em gênero e
número com os substantivos de que dependem:
Todos os outros duzentos processos examinados.
Todas as outras duzentas causas examinadas.

Alguns casos que suscitam dúvida:


a) anexo, incluso, leso: como adjetivos, concordam com o substantivo em gênero e número:
Anexa à presente Exposição de Motivos, segue minuta de Decreto.
Vão anexos os pareceres da Consultoria Jurídica.
Remeto inclusa fotocópia do Decreto.
Silenciar nesta circunstância seria crime de lesa-pátria (ou de leso-patriotismo).

b) a olhos vistos é locução com função adverbial, invariável, portanto:


Lúcia envelhecia a olhos vistos.
A situação daquele setor vem melhorando a olhos vistos.

c) possível: em expressões superlativas, este adjetivo ora aparece invariável, ora flexionado
(embora no português, moderno se prefira empregá-lo no plural):
As características do solo são as mais variadas possíveis.
As características do solo são as mais variadas possível.

6. Regência
Regência é, em gramática, sinônimo de dependência, subordinação. Assim, a sintaxe de
regência trata das relações de dependência que as palavras mantêm na frase. Analisaremos a seguir
alguns casos de regência verbal que costumam criar dificuldades na língua escrita.

6.1. Regência de alguns verbos de uso freqüente:

anuir: concordar, condescender: transitivo indireto com a preposição a:


Todos anuíram àquela proposta.
O Governo anuiu de boa vontade ao pedido do sindicato.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 73


aproveitar: aproveitar alguma coisa ou aproveitar-se de alguma coisa.
Aproveito a oportunidade para manifestar repúdio ao tratamento dado a esta matéria.
O relator aproveitou-se da oportunidade para emitir sua opinião sobre o assunto.

aspirar: no sentido de respirar, é transitivo direto:


Aspiramos o ar puro da montanha. Aspirá-lo.
– no sentido de desejar ardentemente, de pretender, é transitivo indireto, regendo a preposição a:
O projeto aspira à estabilidade econômica da sociedade. Aspira a ela.
Aspirar a um cargo. Aspirar a ele.

assistir: no sentido de auxiliar, ajudar, socorrer, é transitivo direto:


Procuraremos assistir os atingidos pela seca (assisti-los).
O direito que assiste ao autor de rever sua posição. O direito que lhe assiste...
– no sentido de estar presente, comparecer, ver é transitivo indireto, regendo a preposição a:
Não assisti à reunião ontem. Não assisti a ela.
Assisti a um documentário muito interessante. Assisti a ele.

Nesta acepção, o verbo não pode ser apassivado; assim, em linguagem culta formal, é incor-
reta a frase:
A reunião foi assistida por dez pessoas.

atender:
O Prefeito atendeu ao pedido do vereador.
O Presidente atendeu o Ministro (atendeu-o) em sua reivindicação. Ou
O Presidente atendeu ao Ministro (atendeu a ele) em sua reivindicação.

avisar: avisar alguém (avisá-lo) de alguma coisa:


O Tribunal Eleitoral avisou os eleitores da necessidade do recadastramento.

comparecer: comparecer a (ou em) algum lugar ou evento:


Compareci ao(ou no) local indicado nas instruções.
A maioria dos delegados compareceu à (ou na) reunião

compartilhar: compartilhar alguma (ou de alguma) coisa:


O povo brasileiro compartilha os (ou dos) ideais de preservação ambiental do Governo.

consistir: consistir em alguma coisa (consistir de é anglicismo):


O plano consiste em promover uma trégua de preços por tempo indeterminado.

74 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


custar: no sentido usual de ter valor, valer:
A casa custou um milhão de cruzeiros.
– no sentido de ser difícil, este verbo se usa na 3a pessoa do sing., em linguagem culta
formal:
Custa-me entender esse problema. (Eu) custo a entender esse problema – é linguagem oral,
escrita informal, etc.
Custou-lhe aceitar a argumentação da oposição. (Como sinônimo de demorar, tardar – Ele
custou a aceitar a argumentação da oposição – tb. é linguagem oral, vulgar, informal.)

declinar: declinar de alguma coisa (no sentido de rejeitar):


Declinou das homenagens que lhe eram devidas.

implicar: no sentido de acarretar, produzir como conseqüência, é transitivo direto – implicá-


lo:
O Convênio implica a aceitação dos novos preços para a mercadoria. (O Convênio implica na
aceitação... – é inovação sintática bastante freqüente no Brasil. Mesmo assim, aconselha-se manter
a sintaxe originária: implica isso, implica-o...)

incumbir: incumbir alguém (incumbi-lo) de alguma coisa:


Incumbi o Secretário de providenciar a reserva das dependências.
– ou incumbir a alguém (incumbir-lhe) alguma coisa:
O Presidente incumbiu ao Chefe do Cerimonial preparar a visita do dignitário estrangeiro.

informar: informar alguém (informá-lo) de alguma coisa:


Informo Vossa Senhoria de que as providências solicitadas já foram adotadas.
– informar a alguém (informar-lhe) alguma coisa:
Muito agradeceria informar à autoridade interessada o teor da nova proposta.

obedecer obedecer a alguém ou a alguma coisa (obedecer-lhe):


As reformas obedeceram à lógica do programa de governo.
É necessário que as autoridades constituídas obedeçam aos preceitos da Constituição.
Todos lhe obedecem.

pedir: pedir a alguém (pedir-lhe) alguma coisa:


Pediu ao assessor o relatório da reunião.
– pedir a alguém (pedir-lhe) que faça alguma coisa:
(Pedir a alguém para fazer alguma coisa é linguagem oral, vulgar, informal.)
Pediu aos interessados (pediu-lhes) que (e não *para que) procurassem a repartição do
Ministério da Saúde.

Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais – 75


preferir: preferir uma coisa (preferi-la) a outra (evite: “preferir uma coisa do que outra”):
Prefiro a democracia ao totalitarismo.
Vale para a forma nominal preferível: Isto é preferível àquilo (e não preferível do que...).

propor-se: propor-se (fazer) alguma coisa ou a (fazer) alguma coisa:


O decreto propõe-se disciplinar (ou a disciplinar) o regime jurídico das importações.

Referir: no sentido de “relatar” é transitivo direto:


Referiu as informações (referiu-as) ao encarregado.

Visar: com o sentido de ter por finalidade, a regência originária é transitiva indireta, com
a preposição a. Tem-se admitido, contudo, seu emprego com o transitivo direto com essa mesma
acepção:
O projeto visa ao estabelecimento de uma nova ética social (visa a ele). Ou: visa o
estabelecimento (visa-o).
As providências visavam ao interesse (ou o interesse) das classes desfavorecidas.
Observação: Na língua escrita culta, os verbos que regem determinada preposição, ao
serem empregados em orações introduzidas por pronome relativo, mantêm essa regência, embora a
tendência da língua falada seja aboli-la:
Esses são os recursos de que o Estado dispõe (e não recursos que dispõe, próprio da linguagem
oral ou escrita informal).
Apresentou os pontos em que o Governo tem insistido (e não pontos que o Governo...).
Já as orações subordinadas substantivas introduzidas por conjunção integrante (que, como e
se) dispensam o emprego da preposição:
O Governo insiste que a negociação é imprescindível.
Não há dúvida que o esforço é fundamental.
Lembre como revisar um texto.

7. Pontuação
Os sinais de pontuação, ligados à estrutura sintática, têm as seguintes finalidades:
a) assinalar as pausas e as inflexões da voz (a entoação) na leitura;
b) separar palavras, expressões e orações que, segundo o autor, devem merecer destaque;
c) esclarecer o sentido da frase, eliminando ambigüidades
.
7.1. Vírgula
A vírgula serve para marcar as separações breves de sentido entre termos vizinhos, as
inversões e as intercalações, quer na oração, quer no período.
A seguir, indicam-se alguns casos principais de emprego da vírgula:
a) para separar palavras ou orações paralelas justapostas, isto é, não ligadas por conjunção:

76 – Manual de Padronização de Documentos, Atos e Correspondências Oficiais


Chegou a Brasília, visitou o Ministério das Relações Exteriores, levou seus documentos ao
Palácio do Buriti, voltou ao Ministério e marcou a entrevista.
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a serem observadas na redação
oficial.
b) as intercalações, por cortarem o que está sintaticamente ligado, devem ser colocadas entre
vírgulas:
O processo, creio eu, deverá ir logo a julgamento.
A democracia, embora (ou mesmo) imperfeita, ainda é o melhor sistema de governo.
c) expressões corretivas, explicativas, escusativas, tais como isto é, ou melhor, quer dizer,
data venia, ou seja, por exemplo, etc., devem ser colocadas entre vírgulas:
O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil
compreensão.
As Nações Unidas decidiram intervir no conflito, ou por outra, iniciaram as tratativas de paz.
d) Conjunções coordenativas intercaladas ou pospostas devem ser colocadas entre vírgulas:
Dedicava-se ao trabalho com afinco; não obtinha, contudo, resultados.
O ano foi difícil; não me queixo, porém.
Era mister, pois, levar o projeto às últimas conseqüências.
e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-restritivas (explicativas) devem ser separados
por vírgula:
Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento.
Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
O homem, que é um ser mortal, deve sempre pensar no amanhã.
f) a vírgula também é empregada para indicar a elipse (ocultação) de verbo ou outro termo
anterior:
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particulares. (A vírgula indica a elipse
do verbo regulamenta.)
Às vezes procura assistência; outras, toma a iniciativa. (A vírgula indica a elipse da palavra
vezes.)
g) nas datas, separam-se os topônimos:
São Paulo, 22 de março de 1991.
Brasília, 15 de agosto de 1991.
É importante registrar que constitui erro crasso usar a vírgula entre termos que mantêm
entre si estreita ligação sintática – p. ex., entre sujeito e verbo, entre verbos ou nomes e seus
complementos.
Errado: O Presidente da República, indicou, sua posição no assunto.
Certo: O Presidente da República indicou sua posição no assunto.
Nos casos de o sujeito ser muito extenso, admite-se, no entanto, que a vírgula o separe do
predicado para conferir maior clareza ao período:
Os Ministros de Estado escolhidos para comporem a Comissão e os Secretários de Governo
encarregados de supervisionar o andamento das obras, devem comparecer à reunião do próximo dia 15.
O problema que nesses casos o político enfrenta, sugere que os procedimentos devem ser
revistos.

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7.2. Ponto-e-Vírgula
O ponto-e-vírgula, em princípio, separa estruturas coordenadas já portadoras de vírgulas
internas. É também usado em lugar da vírgula para dar ênfase ao que se quer dizer:
Sem virtude, perece a democracia; o que mantém o governo despótico é o medo.
As leis, em qualquer caso, não podem ser infringidas; mesmo em caso de dúvida, portanto,
elas devem ser respeitadas.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do
art. 5o, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4o.

7.3. Dois-Pontos

Emprega-se este sinal de pontuação para introduzir citações, marcar enunciados de diálogo e indicar
um esclarecimento, um resumo ou uma conseqüência do que se afirmou:
Como afirmou o Marquês de Maricá em suas Máximas: “Todos reclamam reformas, mas
ninguém se quer reformar.”
Encerrado o discurso, o Ministro perguntou:
– Foi bom o pronunciamento?
– Sem dúvida: todos parecem ter gostado.
Mais que mudanças econômicas, a busca da modernidade impõe sobretudo profundas
alterações dos costumes e das tradições da sociedade; em suma: uma transformação cultural.

8. Colocação dos Pronomes


Será oportuno relembrar a posição das formas oblíquas átonas dentro do quadro geral dos
pronomes pessoais:

Retos Oblíquos Átonos Oblíquos Tônicos


eu me mim, comigo
tu te ti, contigo
ele, ela se, lhe, o, a si, consigo
nós nos conosco
vós vos convosco
eles, elas se, lhes, os, as si, consigo

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Trata-se, aqui, de examinar a colocação das formas oblíquas átonas, que constituem com
o verbo um todo fonético. São colocados, freqüentemente, após a forma verbal (ênclise); muitas
vezes, antes (próclise); mais raramente, intercalam-se a ela (mesóclise).
A Gramática tradicional tem disciplinado a matéria – para a linguagem escrita formal – da
maneira como se expõe a seguir.

8.1 Ênclise
As formas verbais do infinitivo pessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio exigem a
ênclise pronominal:
Cumpre comportar-se bem.
Essas ordens devem cumprir-se rigorosamente.
Aqui estão as ordens: cumpra-as.
Aventurou-se pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais.
Se o gerúndio vier precedido da preposição em, antepõe-se o pronome (próclise):
Em se tratando de uma situação de emergência, justifica-se a mobilização de todos os
recursos.
A ênclise é forçosa em início de frase. Ou seja: não se principia frase com pronome átono:
Pediram-lhe (e não *Lhe pediram) que comparecesse à reunião do Congresso.

8.2. Próclise
Como norma geral, deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele
houver uma palavra pertencente a um dos seguintes grupos:
a) palavras negativas: não, nada, nunca, jamais, nem, nenhum, ninguém.
O assessor não lhes forneceu detalhes do projeto?
Jamais nos afastaremos das promessas de campanha;
b) relativos: quem, o qual, que, quanto, cujo, como, onde, quando:
Os homens que se prezam sabem que devem pensar antes no interesse público que nos
pessoais.
O chefe de departamento com quem nos entrevistamos afirmou que o problema está
resolvido.
c) interrogativos: quem, (o) que, qual, quanto(a)(s); como, onde, quanto.
Quem nos apresentou o projeto?
Quanto tempo se perde!
d) conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, que, enquanto, embora, logo que, etc.
Lembrei de confirmar a reserva no vôo quando me despedia do chefe da divisão.
Se eles se dispusessem ao diálogo...
Logo que o vi, chamei-o para o despacho.
O infinitivo precedido de uma das palavras ou expressões mencionadas acima, admite o
pronome átono em próclise ou ênclise:
Nada lhe contamos para não o aborrecer (ou para não aborrecê-lo).

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8.3. Mesóclise
Usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presen-
te ou do pretérito do indicativo:
Quando for possível, transmitir-lhes-ei mais informações.
Ser-nos-ia útil contar com o apoio de todos.
Fica prejudicada a mesóclise quando houver, antes do futuro do presente ou do pretérito,
uma das palavras ou expressões que provocam a próclise:
Nada lhe diremos (e não *Nada dir-lhe-emos) até termos confirmação do fato.
Essa é a resposta que lhe enviaríamos (e não *que enviar-lhe-íamos) caso ele voltasse ao
assunto.
Espera o Estado que a União lhe dará (e não *que ... dar-lhe-á) mais verbas.

8.4. Casos Especiais


a) É inviável a ênclise com o particípio:
A inflação havia-se aproximado (nunca: *havia aproximado-se) de limites intoleráveis.
Jamais nos tínhamos enfraquecido (e não: *tínhamos enfraquecido-nos) tanto.
Tê-lo-ia afetado (e não *Teria afetado-lhe) o isolamento constante?
b) Colocação do pronome átono em locuções e combinações verbais.
Nas combinações de verbo pessoal (auxiliar ou não) + infinitivo, o pronome átono pode ser
colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou depois do infinitivo:
Devemos-lhe dizer a verdade. Ou:
Nós lhe devemos dizer a verdade. Ou, ainda:
Devemos dizer-lhe a verdade.
No caso, a próclise com o infinitivo é própria da linguagem oral, ou escrita informal: Devemos
lhe dizer. Evite-se esta colocação na redação oficial.
Se, no caso mencionado, houver palavra que exige a próclise, só duas posições serão possí-
veis para o pronome átono: antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo (ênclise):
Não lhe devemos dizer a verdade.
Não devemos dizer-lhe a verdade.

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