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FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS.

CURSO DE LETRAS/INGLÊS

JOELMA BOAVENTURA STÜRMER

A LÍNGUA COMO OBJETO DA LINGUÍSTICA

Relatório apresentado para a obtenção de nota na


disciplina de Linguística da Faculdade Estadual de
Filosofia, Ciências e Letras, do curso de Letras/Inglês.

Orientadora: Karim Siebenicker.

UNIÃO DA VITÓRIA

2012
A língua como objeto da Linguística

O texto tem por objetivo mostrar alguns dos objetos de estudo da Linguística.
No século XIX estudavam-se as mudanças da língua através do tempo e fazia
comparações entre palavras semelhantes de diferentes línguas, até que Saussure
propõe um novo objeto de estudo e contraria alguns conceitos da época.

O texto nos fala o quão importante é para os linguistas estudar as fábulas


visto que estas possuem aspectos linguísticos que os interessam. Outro motivo a ser
levado em conta é que as fábulas são histórias narradas há muito tempo em
diferentes lugares e línguas.

Desse modo linguistas usavam as fábulas com o intuito de analisar as


semelhanças entre palavras de diferentes línguas, este estudo que predominou no
século XIX é o método histórico-comparativo.

Ao contrário do que muitos pensam Saussure não foi o inventor da


Linguística, pois ela já existia, o que ele fez foi definir um objeto de estudos para a
Linguística.

No século XIX a Linguística se dedicava ao estudo das mudanças das


línguas. Eles buscavam, comparando as línguas, organiza-las em grupos e
reconstruí-las procurando saber de que grupos se originavam.

Dessa forma Saussure descobre um novo objeto de estudo para a


Linguística. Diferentemente da mudança linguística, o estudo sincrônico vê a língua
como um sistema em que um elemento se define pelos demais elementos. O estudo
da linguística toma novos rumos.

Para Saussure o objeto de estudo é a língua e não a fala, um dos motivos é


que a língua opõe-se a fala e, além disso, a língua é sistemática enquanto fala é
assistemática.

Sendo assim uma língua é definida como um sistema de elementos e


também é um sistema de signos.
Saussure mostra que existe uma diferença entre os fatos da língua e os fatos
da fala, pois a língua é uma estrutura do sistema linguístico e a fala é o uso desse
sistema. E esta diacronia da língua e da fala pode ser estudada separadamente.

Segundo Saussure signo é a relação entre significante e significado que


formam o sistema da língua. A língua é um sistema de signos, mas essa definição
teve uma concepção errada, pois a língua é entendida como uma nomenclatura
onde há uma relação direta entre palavras e coisas.

Saussure não concorda e demonstra que na verdade a relação não é a de


palavras e coisas, mas sim entre imagem acústica e um conceito, ou seja,
significante e significado. Sendo assim a língua não é uma nomenclatura, mas um
principio de classificação.

Saussure conclui que as relações entre os elementos linguísticos podem ser


estabelecidas em dois domínios distintos.

Sintagmática é a relação de combinação entre signos. Já paradigma é


quando um signo pode ser combinado a outros, são relações baseadas na seleção
dos elementos que são combinados.

As propostas de Saussure foram comentadas e desenvolvidas por outros


linguistas. Como o conceito de Martinet e Eugenio Coseriu de dupla articulação da
linguagem e de norma.

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