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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE

MOÇAMBIQUE

Centro de Ensino à Distância

Manual de Licenciatura em Ensino de Biologia-


Biologia Celular e Molecular (BCM)
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância

Direitos de autor (copyright)


Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a
Distância (CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução
deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios
(electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade
editora (Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância). O não
cumprimento desta advertência é passivel a processos judiciais.

Elaborado Por: Arlindo Elísio Pedro Supinho


Licenciado em Ensino de Química e Biologia pela Universidade
Pedagógica-Delegação da Beira.
Docente das Escolas Secundarias de Mafambisse e da Catedral
Colaborador e Docente do Centro de Ensino a Distância-Departamento de
Química e Biologia da Universidade Católica de Moçambique.
Formador Provinvial do Núcleo de Combate ao HIV/SIDA em Sofala.

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância-CED
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa

Moçambique-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
Fax:23 32 64 06
E-mail:ced@ucm.ac.mz
Website: www..ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância e o autor do presente
manual, dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e
instituições na eleboração deste manual.

Pela contribuição do conteúdo.


dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho (Colaborador e Docente na
UCM-CED – Departamento de Biologia).
Pelo desenho e maquetização dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho (Docente na UCM-CED) & dr.
Sérgio Daniel Artur, coordenador e docente de Cursos de Química
e de Biologia;
Pela revisão linguística dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente na UCM-CED –
Curso de Lic em Ensino de Biologia e de Química).
UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

Índice
Visão Geral 01
Benvindo a Biologia Celular e Molecular.................................................................................. 01
Objectivos da cadeira .............................................................................................................. 01
Quem deveria estudar esta cadeira ......................................................................................... 01
Como está estruturada este cadeira ........................................................................................ 01
Ícones de actividade................................................................................................................ 01
Habilidades de estudo ............................................................................................................. 02
Precisa de apoio? ................................................................................................................... 02
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ....................................................................................... 03
Avaliação ...................................................................................................................... 03

Unidades de Estudo-B0022
Unidade 01. Técnicas usadas em Citologia ............................................................................ 04
Unidade 02. Microscopia ......................................................................................................... 10
Unidade 03. Teoria Celular e Padrões Celulares ..................................................................... 20
Unidade 04. Composição Química da Célula........................................................................... 31
Unidade 05. Hilalopasma ........................................................................................................ 43
Unidade 06. Núcleo.....................................................................................................................46
Unidade 07. Nucléolo..................................................................................................................51
Unidade 08. As Mitocôndrias......................................................................................................54
Unidade 09. Plastídeos.............................................................................................................. 61
Unidade 10. Citolosqueleto.........................................................................................................66
Unidade 11. Membrana Celular.......................... .......................................................................70
Unidade 12. Vesiculas................................................................................................................76
Unidade 13. Lisossomas............................................................................................................80
Unidade 14. Flagelos e Cilios.....................................................................................................87
Unidade 15. As proteinas...........................................................................................................93
Unidade 16. Estruturas tubulares.............................................................................................102
Unidade 17. Os Ribossomas....................................................................................................107
Unidade 18. Reticulo Endoplasmatico..................................................................................... 111
Unidade 19. Cmplexo de Golgi.................................................................................................115
Unidade 20. Os Vacúolos................................. .......................................................................121
Unidade 21. Os Peroxossomas................................................................................................125
Unidade 22. A Parede Celular..................................................................................................128
Unidade 23. Ácidos Nucléicos-ADN.........................................................................................131
Unidade 24. Ácidos Nucléicos-ARN.........................................................................................139

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

Visão Geral

Benvindo a Biologia Celular e Molecular


Caro estudante, bem-vindo a Biologia Celular e Molecular. Biologia
Celular e Molecular, é um campo das ciências Biológicas que se ocupa
com o estudo das diferentes formas estruturais e manifestações das
células na natureza

Esta cadeira permitirá que o prezado estudante, compreenda as


diferentes estruturas das células, bem as diferentes formas de intercação
com meio ambiente.

Neste módulo, serão discutidos assuntos como: objecto de investigação


da Biologia Celular e Molecular, métodos de investigação, descrição
fisiológicos da célula, entre outras.

Objectivos da Cadeira
Quando caro estudante, terminar o estudo da Biologia Celular e
Molecular, deverá ser capaz de:

 Aplicar os conhecimentos BCM;


 Explicar os componentes da célula;
 Caracterizar os diferentes tipos de célula;
 Descrever as estruturas de acidos nucléicos;
 Conhecer as técnicas usadas em citologia;
 Fazer esquema de células procariótica e eucariótica
Objectivos
 Demonstrar nocoes basicas sobre uso do microscópio.

Quem deveria estudar esta Cadeira


Este manual da cadeira de Biologia Celular e Molecular foi concebido
para todos aqueles que estejam a ingressar para os cursos de
licenciatura em ensino de Biologia, dos programas do Centro de Ensino
`a Distância, e para aqueles que desejam consolidar seus
conhecimentos em Biologia de comportamento, para que sejam capazes
de compreender melhor intereções entre o seres vivos em particular o
Homem com os outros animais no meio domestico bem como no
selvagem.

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Como está estruturado este Módulo


Todos os manuais das cadeiras dos cursos oferecidos pela Universidade
Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância (UCM-CED)
encontram-se estruturados da seguinte maneira:

Páginas introdutórias
 Um índice completo.
 Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada unidade
incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo
da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do manual.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este manual.

Ícones de Actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Acerca dos ícones


Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por
adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia.

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Habilidades de Estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: O lado social, professional e estudante, dai ser
importante planificar muito bem o seu tempo.
Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao
máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é
necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o
dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho,
com colegas, outros).
Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz
bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas
competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos
de caso, reflexão, etc.
Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras
complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a
informação mais relevante. Use estas informações para a resolução dos
exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de
notas desenpenha um papel muito importante.
Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de
desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus
pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o
responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar,
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso.

Precisa de Apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacte-o pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos so se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais
de expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,
tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período
pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o
seu próprio saber e desenvolva suas competências.
Juntos na Educação `a Distância, vencedo a distância..

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)


O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejem realizadas.As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazaos de entrga, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor/docentes.
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo
os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)
palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a
realização dos trabalhos.

Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada
com base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem
para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média
de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 1 (um)
teste e 1 (exame).
Não estão previstas quaisquer avaliações orais.
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas
como ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a
indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor,
entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.
Consulte-os.
Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual.

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

Unidade 01

Tema: Técnicas usadas em Citologia

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o estudo das as técnicas
usadas em citologia. A citologia e uma ciencia que estuda a celula. Para se
efectivar esse estudo e necessario aplicar as técnicas de modo a facilitarr uma
determinada pesquisa.

Portanto, esta convidado para a discussão participativa sobre o tema proposto na


presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Conhecer as técnicas usadas em citologia;


 Explicar as técnicas usadas em citologia;
 Descrever as técnicas usadas em citologia;
 Fazer uma preparacao citologica;
Objectivos
 Aplicar as técnicas usadas em citologia.

Técnicas usadas em Citologia

 Colheita: obtenção do material que se pretende observar.


 Fixação: paragem rápida de toda a actividade vital, estabilizando a
estrutura. Tem como objectivos conservar o mais possível a estrutura
que se apresentam enquanto viva, impedindo a acção das enzimas
autolíticas. São utilizados fixadores como o álcool, ácido acético, ácido
ósmico, mistura de álcool e éter em partes iguais, líquido de Carnoy e
líquido de Bouin (fixador universal). Esta etapa também, pode ser
conseguida através de agentes físicos: por congelação, embebendo a
peça num banho frio (por exemplo, azoto líquido de menos 160 à menos
190ºC). Seguidamente, procede-se à remoção dos cristais de gelo,
introduzindo a peça no vácuo a temperaturas baixas. No vácuo o gelo
sublima e o vapor de água é removido.

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

 Desidratação: consiste na eliminação de água da peça que se está a


preparar. Utiliza-se uma série de álcoois de graduação crescente até ao
álcool absoluto, passando finalmente pelo óxido de propileno.

 Inclusão: o material é mergulhado em banho de parafina fundida que o


reveste completamente e penetra em todas as suas cavidades. Nestas
condições é mantido na estufa durante cerca de 24 horas à temperatura
de 56ºC. Obtém-se, por arrefecimento da parafina, um bloco que tem
incluída a peça, podendo ser posteriormente submetida ao corte. A
parafina e a água não são miscíveis. Em substituição da parafina podem
utilizar-se outras substâncias como gelatina, araldite.

 Corte: os cortes da peça incluída no bloco devem ser finos, de poucos


micrómetros de espessura, utilizando-se, para isso, aparelhos especiais
(os micrótomos). Na microscopia óptica os cortes devem ser finos,
rondando os poucos micrómetros, o que é conseguido pela utilização de
micrótomos com lâminas metálicas. Na microscopia electrónica os cortes
têm de ser muito finos, de 0,05 à 0,1 μm, porque os electrões do feixe
emitido pelo microscópio electrónico têm fraco poder penetrador. Para
obter cortes suficientemente finos para poderem ser observados ao
microscópio electrónico utilizam-se ultramicrótomos. Ultramicrótomos são
aparelhos de corte com lâminas de vidro ou diamante.

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 Colagem: consiste em fazer aderir o corte à lâmina. Para isso coloca-se


a lâmina em placa aquecida (40ºC). Sobre ela coloca-se uma gota de
água albuminada e o corte, que se distende com o auxílio de uma
agulha. Com papel de filtro absorve-se a água em excesso. Vai para a
estufa a 40ºC durante 24 horas.

 Desparafinação e Hidratação: eliminação de toda a parafina que serviu


para realizar o corte. É obtida através de banhos de xilol. Seguidamente
o xilol é retirado, introduzindo a peça numa série de banhos em álcool de
graduação decrescente.

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 Coloração: os cortes são introduzidos nos corantes, que vão permitir


uma visão diferenciada das várias partes da preparação.Os corantes são
substâncias químicas que necessitam de água para se poderem ligar
quimicamente a determinadas estruturas celulares. Técnica citológica
utilizada em microscopia óptica que utiliza corantes com o objectivo de
evidenciar diferentes partes na preparação. A coloração tira partido do
facto de os diferentes corantes actuarem de forma desigual sobre as
várias zonas celulares. Os corantes ácidos (ex.: fuchsina ácida, eosina),
por exemplo, actuam preferencialmente sobre o citoplasma da célula,
enquanto que os corantes básicos (ex.: fuchsina básica, azul de
metileno) actuam especialmente sobre o núcleo.

 Desidratação: eliminação da água da peça que estamos a preparar.


Utiliza-se a técnica de banho numa série de álcoois de graduação
crescente.

 Montagem: o material é colocado em condições de poder ser observado


ao microscópio. Como meio de montagem pode utilizar-se uma resina
como o bálsamo-do-canadá. Cobre-se a preparação com uma lamela,
evitando a formação de bolhas de ar. O bálsamo solidifica, fazendo
aderir entre si a lâmina e a lamela. A secagem do bálsamo é lenta e
demora, por vezes, uns dias (em estufa, três dias).

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Sumário

As técnicas usadas em citologia sao: colheita: obtenção do material que se


pretende observar; fixação: paragem rápida de toda a actividade vital,
estabilizando a estrutura; desidratação: consiste na eliminação de água da
peça que se está a preparar; inclusão: o material é mergulhado em banho
de parafina fundida que o reveste completamente e penetra em todas as
suas cavidades; corte: os cortes da peça incluída no bloco devem ser finos,
de poucos micrómetros de espessura, utilizando-se, para isso, aparelhos
especiais (os micrótomos); colagem: consiste em fazer aderir o corte à
lâmina.

Para isso coloca-se a lâmina em placa aquecida (40ºC); desparafinação e


hidratação: eliminação de toda a parafina que serviu para realizar o corte.
Coloração: os cortes são introduzidos nos corantes, que vão permitir uma
visão diferenciada das várias partes da preparação; desidratação:
eliminação da água da peça que estamos a preparar. Utiliza-se a técnica
de banho numa série de álcoois de graduação crescente; montagem: o
material é colocado em condições de poder ser observado ao microscópio.
Como meio de montagem pode utilizar-se uma resina como o bálsamo-do-
canadá.

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1. Qual é a importância das técnicas citológicas?


R: Permite o estudo mais aprofundado e detalhado das células
ou estruturas não visiveis a olho nu, podendo ser observadas
com mais detalhes atraves do microscópio.
2. Explique três técnicas usadas em citologia.
R: Fixação: paragem rápida de toda a actividade vital,
estabilizando a estrutura. Tem como objectivos conservar o mais
possível a estrutura que se apresentam enquanto viva,
impedindo a acção das enzimas autolíticas. Desidratação:
Exercicios
consiste na eliminação de água da peça que se está a preparar.
Utiliza-se uma série de álcoois de graduação crescente até ao
álcool absoluto, passando finalmente pelo óxido de propileno.
Inclusão: o material é mergulhado em banho de parafina fundida
que o reveste completamente e penetra em todas as suas
cavidades. Nestas condições é mantido na estufa durante cerca
de 24 horas à temperatura de 56ºC.

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Unidade 02

Tema: Microscopia

Introdução

Caro estudante, depois de termos falado na unidade anterior sobre as técnicas


citológicas. Nesta unidade iremos discutir sobre a microscopia. O microscópio
é um instrumentio usado para ampliar o tamanho de objectos não visíveis a
olho nú.

Portanto, este instrumento é indispensável no estudo da citologia por essa


razão mais uma vez está convidado para a discussão introdutória sobre a
biologia evolutiva e origem da vida.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar as partes que compõem o microscópio;


 Caracterizar os elementos que constituem o microscópio;
 Distinguir o microscópio óptico composto do electrónico;
 Descrever as partes óptica e mecânica do microscópio;
Objectivos
 Reconhecer a importânca do microscópio.

Microscopia

O microscópio é um aparelho, usado para ampliar o tamanho de estruturas


não visíveis a olho nú. Pensa-se que o microscópio foi inventado em 1590 por
Hans Janssen e seu fiIho Zacharias, dois Holandeses fabricantes de óculos.
Tudo indica, porém, que o primeiro a fazer observações microscópicas de
materiais Biológicos foi o Holandês, Antonie van Leeuwenhoek (1632 - 1723).

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Os microscópios de Leeuwenhoek eram dotados de uma única lente, pequena


e quase esférica. Nesses aparelhos ele observou detalhadamente diversos
tipos de material biológico, como embriões de plantas, os glóbulos vermelhos
do sangue e os espermatozóides presentes no sêmen dos animais. Também
foi Leeuwenhoek quem descobriu a existência dos micróbios, como eram
antigamente chamados os seres microscópicos, hoje conhecidos como
microorganismos. Os microscópios dividem-se basicamente em dois grupos:
microscópio óptico composto e microscópio electrónico:

Microscópio Óptico Composto:

A longo da História da invenção do microscópio, também é importante realçar


que Galile Galileu, naturalista Grego, também deu o seu contributo ao criar por
volta de 1665, uma lupa com a qual efeituou as primeiras observações de
objectos e partes de seres vivos. Esta lupa é considerada o Primeiro
Microscópio Óptico Simples. Mas devido a sua natureza e simplicidade, criou
muitas limitações, as quais culminaram com a invenção e criação do Primeiro
Microscópio Óptico Composto, como já fizemos referência acima. O
microscópio óptico composto é o mais comum em muitos sectores de
interesse social e em particular nos laboratórios hospitalares e escolares. Este
tipo de microscópio é constituído por duas partes que são: Mecânica e Óptico.

A Parte Mecânica Microscópio Óptico Composto:

 Pé (base): Serve de apoio dos restantes componentes do microscópio.


 Coluna (braço): Fixo à base, serve de suporte a outros elementos.
 Platina (mesa): Fixa-se a preparação a observar; tem uma janela por
onde passam os raios luminosos e também parafusos dentados que
permitem deslocar a preparação.
 Canhão (tubo): Suporta a ocular na extremidade superior.
 Revólver (Óptico): Peça giratória portadora de objectivas de diferentes
ampliações.
 Parafuso Macrométrico: A sua rotação é responsável por movimentos
verticais da platina, rápidos e de grande amplitude.
 Parafuso Micrométrico: Sua rotação é responsável por movimentos
verticais da platina, lentos e de pequena amplitude, permitem aperfeiçoar
a focagem.

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 Comando de Charriot: Movimenta a lâmina de um lado para o outro,


permitindo uma análise da lâmina como um todo.

A Parte Óptica Microscópio Óptico Composto:

 Condensador: Conjunto de duas ou mais lentes convergentes que


orientam e espalham regularmente a luz emitida pela fonte luminosa sobre
o campo de visão do microscópio.
 Diafragma: Ė constituído por palhetas que podem ser aproximadas ou
afastadas do centro através de uma alavanca ou parafuso, permitindo
regular a intensidade da luz que incide no campo de visão do microscópio.
 Objetivas: Permitem ampliar a imagem do objecto. As objectivas de 10x,
40x e 50x são designadas objectivas secas pois entre a preparação e a
objectiva existe somente ar. As objectivas de 90x e 100x são designadas
objectivas de imersão, uma vez que, para as utilizar, é necessário colocar
uma gota de óleo de imersão entre elas e a preparação, o qual, por ter um
índice de refracção semelhante ao do vidro, evita o desvio do feixe
luminoso para fora da objectiva.
 Oculares: Sistema de lentes que permite ampliarem a imagem real
fornecida pela objectiva, formando uma imagem virtual que se situa a
aproximadamente 25 cm dos olhos do observador. As oculares mais
utilizadas são as de ampliação 10x, mas nos microscópios binoculares
também existem oculares de 12,5, 8x e 6x.
 Fonte Luminosa: A mais utilizada actualmente é a luz artificial, fornecida
por uma lâmpada de tungsténio ou de halogéneo, incluída no aparelho
juntamente com um interruptor com reóstato, que permite regular a
intensidade da luz emitida.

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Foto Microscópio Óptico Composto: 1. Fonte Luminosa, 2. Base, 3. Interruptor e


Controlo da Voltagem, 4. Platina, 5. Condensador, 6 & 7 Parafusos Macro e
Micrométricos, 8. Pinças e Nónio, 9. Tubo ou Canhão, 10. Objectivas 11.
Revólver, 12. Oculares e 13. Braço. Fonte Terra Solo Planeta.

Resolução Do Microscópio Óptico Composto:

As objectivas são formadas por uma associação de lentes, inceridas num


suporte metálico e têm uma escritura na parte externa com o seu poder
resolvente e de ampliação. A ampliação proporcionada pelo microscópio óptico
deve-se em geral, a uma conjugação do poder de sistemas de objectivas e do
sistema ocular a ser usado.

Por exemplo, fórmula: Ampliação da Ocular x Ampliação da Objectiva:

Ocular = 10x e Objectivas= 40x ou 100x.

Ampliação = Ocular x Objectiva

Ampliação = 10 x 40 = 400 vezes de ampliação


Ampliação = 10 x 100 = 1000 vezes de ampliação

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

Normalmente, a ampliação tem limites, e se usar ampliações muito grandes as


imagens começam a perder qualidade. O poder de resolução é calculado com
os parâmetros:

 Primeiro: o comprimento de ondas electromagnéticas de luz radiada que


é limitado (luz visivel entre 400nm a 700nm ou 0.01 um de
comprimento), é limitado para esse microscópio, e que é calculada
atravéz da velocidade da luz 300000 m\s sobre o tempo de uma onda.
 Segundo: NA objectivas e NA condensador, que são aberturas
numéricas da objectiva e do condensador, onde NA é uma caracteristica
especifica do sistemas de lentes.

Exemplo: NA = n.sen A, n = indice de refração, A formado pelo eixo óptico.


Poder resolvente = comprimento de onda da luz visivel NA objectivas + NA
condensador.

Manuseio Do Microscópio Óptico Composto:

Portanto, o microscópio óptico composto, é um aparelho como qualquer outro


que tem regras para seu uso e durabilidade:

 A intensidade luminosa é regulável: aumenta-se a intensidade luminosa


subindo-se o condensador e abre-se o diafragma ou diminui-se a
intensidade luminosa descendo o condensador e baixa-se o diafragma.
 A ampliação: consiste no grau de aumento da imagem em relação ao
objecto. A ampliação total obtida com o microscópio óptico consiste no
produto da ampliação da objetiva pela ampliação da ocular. Esta, sem
distorção, não ultrapassa as 1200x.
 Obtenção de uma boa imagem: o factor mais significativo para a
obtenção de uma boa imagem é, contudo, o poder de resolução, que
corresponde à distância mínima que é necessário existir entre dois
pontos para que possam ser distinguidos ao microscópio. Para o
microscópio óptico essa distância é de 0,2 µm devido ao comprimento
de onda das radiações visíveis. Com efeito, a propriedade da ampliação
só tem interesse prático se for acompanhada de um aumento do poder
de resolução.

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

Ė importante considerar que, no que respeita a microscopia óptica vulgar, deve-


se seguir as instrucções alistadas mais abaixo.

Com a lâmina não corada (exame a fresco): a observação é feita com objetivas
secas, do seguinte modo:

 Com a objetiva de 10x escolhe-se o pormenor a observar.


 Desce-se o condensador e sobe-se o diafragma para que a iluminação
não seja muito intensa, já que as lâminas não estão coradas.
 Seguidamente foca-se com a objetiva de 40x, fazendo uma primeira
aproximação da objetiva à lâmina por controlo visual externo, e só
depois a focagem por afastamento usando o parafuso macrométrico e
posteriormente o micrométrico para focagem final.

Se a lâmina corada (exame seco): a observação é feita com objetivas de


imersão, procedendo do seguinte modo:

 Sobe-se o condensador, abre-se o diafragma e regula-se a iluminação


da fonte luminosa no máximo, de modo a conseguir-se uma
iluminação intensa, apropriada à observação de lâmina coradas.
 Coloca-se na lâmina uma gota de óleo de imersão e procede-se à
focagem. Primeiro aproximando a objectiva à lâmina com controlo visual
externo, seguidamente a focagem propriamente dita com o parafuso
macrométrico e finalmente o aperfeiçoamento da focagem com o
parafuso micrométrico. Alguns microorganismos estão no limiar do
poder de resolução do microscópio óptico. A sua observação pode ser
facilitada com o emprego de técnicas especiais de microscopia óptica.

Microscópio Electrônico:

O fisico francês De Broglie em 1924, descobriu que os electrões possuiam uma


natureza ondulatória e que as radiações ultra-violetas tinham menor
comprimento de onda. Na década de 30, concretamente em 1933, Knoll e E.
Ruska, constrõem o Primeiro Microscópio Electrónico, que na sua natureza é
bastante volumoso e complexo. Este microscópio tem uma mesa com todos os
commandos, incluindo um monitor, um tubo metálico com vários metros de
comprimento. No seu funcionamento, há um emissor de feixes de electrões,

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radiação, um conjunto de lentes electromagnéticas, um cistema condensador, de


objectivas, e de projectil.

O microscópio eletrônico é um aparelho, com potencial de aumento muito


superior ao seu congénere óptico. A diferença básica entre o microscópio óptico
e o eletrônico é que neste último não é utilizada a luz, mas sim feixes de
elétrons. No microscópio eletrônico não há lentes de cristal mas bobinas,
chamadas de lentes eletromagnéticas. O objetivo do sistema de lentes do MEV,
situado logo abaixo do canhão de elétrons, é o de demagnificar a fonte de
elétrons (do ~10-50 μm no caso das fontes termoiônicas) para um tamanho final
de 1 nm - 1 μm ao atingir a amostra. Este facto, representa uma demagnificação
da ordem de 10 000 vezes e possibilita que a amostra seja varrida por um feixe
muito fino de elétrons. Os elétrons podem ser focados pela acção de um campo
eletrostático ou de um campo magnético. As lentes presentes dentro da coluna,
na grande maioria dos microscópios, são lentes eletromagnéticas.

Essas lentes são as mais usadas, pois apresentam menor coeficiente de


aberração. Após o feixe de elétrons incidir na amostra isso, acarreta a emissão
de elétrons com grande espalhamento de energia, que são colectados e
amplificados para fornecer um sinal elétrico que é utilizado para modular a
intensidade de um feixe de eletrons, num tubo de raios catódicos. Portanto, em
uma tela é formada uma imagem de pontos mais ou menos brilhantes
(eletromicrografia ou micrografia eletrônica), semelhante à de um televisor em
branco e preto. Não é possível observar material vivo neste tipo de microscópio.
O material a ser estudado passa por um complexo processo de desidratação,
fixação e inclusão em resinas especiais, muito duras, que permitem cortes
ultrafinos obtidos através das navalhas de vidro do instrumento conhecido como
ultramicrótomo. O comprimento de ondas usado em microscopia eletrónica é
variável entre 0.005 nm. O poder de resolução máxima varia entre 0.5-0.2 nm =
500x m.óptico =10 Angstron.

E o poder de ampliação máxima de 250000X -500000X -1000000X de vezes.

Funcionamento do Microscópio Electrónico:

O funcionamento do microscópio electrónico, no seu interior exige uma pressão


de vácuo exagerado de (0.0001 à 0.0000001 mmHg), a uma voltagem de 4000 à
100000 volts, onde os seres vivos não conseguem suportar vivos, por serem

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muito delgados (uma prévia preparação), permitirá um número suficiente de


electrões o atravesse e forme uma imagem observadas de ultra-estruturas.

Este microscópio, amplia a imagem por meio de feixes de elétrons, estes


dividem-se em duas categorias muito importantes, que acima já foram
mencionadas: microscópio de Varredura e de Transmissão. Há ainda os
microscópios de varredura de ponta que trabalham com um larga variedades de
efeitos físicos como: mecânicos, ópticos, magnéticos, elétricos.

Foto do Microscópio Electrónico. Fonte Terra Solo Planeta

Importância da Invenção do Microscópio:

A citologia, ciência que estuda as células, é dependente de equipamentos que


permitem a visualização das células, pois a maioria delas, são tão pequenas que
não podem ser observadas sem o auxílio de instrumentos ópticos de ampliação.
O olho humano, tem um limite de resolução de 0,2 mm. Abaixo desse valor, não
é possível observar os objectos sem o auxilio de instrumentos, como lupas e
principalmente, o microscópio quer óptico quer electrónico.

O crédito da invenção do microscópio é discutível, mas sabe-se que em 1590 os


irmãos Holandeses Franz, Johan e Zacarias Jensen, compuseram um artefato

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rudimentar munido de um sistema de lentes, que permitia a ampliação e a


observação de pequenas estruturas e objectos com razoável nitidez. O aparelho
foi denominado de microscópio e constituiu a principal janela da ciência para o
mundo além da capacidade de resolução do olho humano.

Em 1665, o inglês Robert Hooke, usou um microscópio para observar uma


grande variedade de pequenos objectos, além de animais e plantas que ele
mesmo representava em fiéis ilustrações. Hooke percebeu que, a casca do
carvalho era formada por uma grande quantidade de alvéolos vazios,
semelhantes à estrutura dos favos de uma colmeia de abelhas. Naquela época,
Hooke não tinha noção de que estava observando apenas contornos de células
vegetais mortas.

Publicou as suas descrições e ilustrações em uma obra denominada “


Micrographia “, em que usa a designação " little boxes or cells " (pequenas
caixas ou celas) para denominar os alvéolos observados, dando origem assim,
ao termo célula. O termo acabou tornando-se definitivo e oficial. O
aperfeiçoamento do microscópio determinou um aumento no volume de obras
sobre investigações, usando os recursos da microscopia e, gradativamente, o
Homem foi desvendando os mistérios das células.

Sumário
Os microscópios dividem-se basicamente em dois grupos: microscópio óptico
composto e microscópio electrónico: a parte mecânica microscópio óptico
composto: pé (base), coluna (braço), platina (mesa), canhão (tubo), revólver
(óptico); parafuso macrométrico e parafuso micrométrico. A parte óptica
microscópio óptico composto: condensador; diafragma; objetivas; oculares e
fonte luminosa. Na década de 30, concretamente em 1933, Knoll e E. Ruska,
constrõem o Primeiro Microscópio Electrónico, que na sua natureza é bastante
volumoso e complexo.

Este microscópio tem uma mesa com todos os commandos, incluindo um


monitor, um tubo metálico com vários metros de comprimento. No seu
funcionamento, há um emissor de feixes de electrões, radiação, um conjunto
de lentes electromagnéticas, um cistema condensador, de objectivas, e de

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projectil. Este microscópio, amplia a imagem por meio de feixes de elétrons,


estes dividem-se em duas categorias muito importantes, que acima já foram
mencionadas: microscópio de Varredura e de Transmissão. Há ainda os
microscópios de varredura de ponta que trabalham com um larga variedades
de efeitos físicos como: mecânicos, ópticos, magnéticos, elétricos.

1. Defina microscópio?
R: O microscópio é um aparelho, usado para ampliar o tamanho
de estruturas não visíveis a olho nú.
2. Como eram os microscopios de Leeuwenhoek?
R: Os microscópios de Leeuwenhoek eram dotados de uma
única lente, pequena e quase esférica.
3. Quais são as partes que compõem a parte mecânica do
Exercicios microscopio?
R: Pé (base), coluna (braço), platina (mesa), canhão (tubo),
revólver (óptico): parafuso macrométrico, parafuso micrométrico
e comando de Charriot.
4. Indica as partes óptica microscópio óptico composto.
R: Condensador, Diafragma, Objetivas, Oculares, Fonte
Luminosa.

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Unidade 03

Tema: Teoria Celular e Padrões Celulares

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindio a unidade sobre o estudo da teoria celular.
A célula é uma unidade viva que pode viver como unidade independente ou
associada, realizando todas funções que ocorrem em qualquer outro organismo.

Portanto, esta convidado para a discussão activa sobre a teoria celular a qual foi
precedida pela desconberta da célula.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os factos importantes na descoberta da célula;


 Caracterizar os aspectos mais relevantes sobre a origem da vida;
 Descrever os eventos mais importantes sobre a teoria celular;
Objectivos  Explicara estrutura e funcao dos organelos celulares;
 Explicar a essência da teoria celular;

Teoria Celular e Padrões Celulares

A célula pode ser definida como unidade básica, estrutural e funcional de todos
os seres vivos. Para se compreender melhor este conceito pode-se dizer a
célula é:

 Unidade Básica: porque todo e qualquer ser vivo, quer planta, quer
animal, seja uni ou pluricelular, apresenta célula-segundo a teoria
cellular;
 Estrutural: as células apresentam uma estrutura constituídas pelos
organelos e estes por organitos. Estes organelos realizam um conjunto
de tarefas que na maioria dos casos obedecem a complementaridade;

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 Funcional: como já diziamos antes, nas células ocorrem diferentes


processsos vitais, como: anabolismo e catabolismo, reprodução,
sensibilidade entre outras.

Por outro lado, é interessante notar que as células podem viver como unidades
independentes ou associadas. Neste caso, serão independentes quando elas
apresentam uma estrutura que lhes permita sobreviver sem precisar a
complementaridade de funções por parte de outras células constituíndo deste
modo organísmo unicellular. Mas também, embora, nas células associadas
ocorrem funções tal como nas unicelulares, estas devem se juntar para formar
tecidos, órgãos, sistema de órgãos, sistema e por último organísmo pluricelular.

Portanto, a célula foi descoberta pelo Inglês Robert Hook (1635-1703), fazendo
uma experiência pegou numa casca muito fina de uma árvore-cortiça, observou
que a casa era composta por várias secções que por analogia se parecia com
um favo de mel, chamou cada espaço que observou de celas do ingles “cell”.
Com o desenvolvimento da ciência e tecnologia surgiram novas descrições das
células que culminara com a elaboração da teoria celular pelos cientístas
Matthias Jakob Schleiden (1804-1881) e Theodor Schwann (1810-1882),
propõem a sua teoria celular (1835-1839), segundo a qual: todas plantas e todos
animais em todas suas partes são constituídos por células.

Foto de Robert Hook (1635-1703) e Esquema de Cortiça por ele observada. Fonte: Internet

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Padrões Celulares

1. Célula Procariótica:

As células procarióticas são características dos organismos dos Domínios


Bacteria e Archea, razão porque estes são designados procariontes. Os
organismos procariontes são unicelulares mas muitos deles formam colónias de
forma linear ou em pequenos grupos. As procarióticas são consideradas como
sendo células simples pelo facto de não apresentarem cariomembrana
(membrane nuclear), o material genético encontra-se espalhado no citoplasma.

Estas células, não apresentam organelos membranares como: a mitocôndria,


complexo de Golgi e retículo endoplasmático. O tamanho das células
procarióticas geralmente, varia entre 0,25 x 1,2 μm e 1,5 x 4 μm, o que deixa
claro que são menores que as eucarióticas. Por esta razão, embora visíveis ao
microscópio óptico composto, a sua ultra-estrutura só pode ser estudada ao
microscópio electrónico.

Esquema de uma Célula Procariótica Bacteriana. Fonte: Internet

Apesar de serem estruturalmente mais simples que as eucarióticas, as células


procarióticas são funcionalmente complexas, sendo capazes de realizar milhares
de transformações bioquímicas. Todas as células procarióticas apresentam as
mesmas características básicas:

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 Membrana Citoplasmática: envolve a célula e regula a entrada e


saída de materiais, separando-a do seu meio ambiente;
 Nucleóide: região da célula onde se localiza o material hereditário
(DNA), não rodeada por membrana;
 Citoplasma: todo o interior da célula, com excepção do nucleóide. É
composto, uma solução aquosa-citosol (com iões dissolvidos e
biomoléculas e partículas insolúveis como os ribossomas);
 Parede Celular: localizada no exterior da membrana citoplasmática,
tem uma rigidez que dá suporte à célula e determina a sua forma. A
parede celular da maioria das bactérias (mas não das
arqueobactérias) contém peptidoglicanos, um polímero de açucares
aminados, ligados entre si por pontes de hidrogénio de modo a
formar uma gigantesca molécula em volta da célula. Em algumas
bactérias, existe uma membrana externa, formada por uma camada
de fosfolípidos rica em polissacáridos (tal como a membrana
citoplasmática, embora esta membrana não actue como uma
barreira selectiva e os seus polissacáridos possam causar
doenças);
 Cápsula: localizada por fora da parede celular, nem sempre existe.
A cápsula é uma estrutura mucosa, composta principalmente por
polissacáridos. Este revestimento externo é uma das principais
causas de resistência das bactérias, nomeadamente ao ataque dos
glóbulos brancos do sistema imunitário de animais que infectam. A
cápsula protege da desidratação e pode mesmo aderir a outras
células que a bactéria ataca, impedindo-as de fugir. A cápsula não é
essencial à vida da célula pois, para além de existirem bactérias que
não as produzem, esta pode sobreviver se a perder.
 Flagelos: são estruturas externas à parede celular. Filamentos finos
e ocos, que se estendem a partir da membrana citoplasmática
atravessando a parede celular, e que nem todas as células possuem
os flagelos são usados para locomoção da bactéria, pulsionando-a
através do líquido em aproximadamente 100µm/seg (3000x o seu
comprimento). São mais longos que a célula (medindo de 15 à
20µm). A energia para mover os flagelos vem da força protomotiva;
 Pêlos (fímbrias): não são usados para locomoção, são mais finos,
menores, mais rectos e mais numerosos que os flagelos. São ocos e

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a maior parte deste tipo de filamento está envolvido com a adesão à


superfície;
 Cílios: são estruturas constituídas por nove duplas de microtúbulos
periféricos e uma dupla central pequenos em grande número
ocorrem em protozoários e epitélio traqueal. Os cílios são menores
comparativamente aos flagelos, o componente principal é haste,
projecta-se para fora da célula;

Algumas bactérias são fotossintéticas (cianobactérias) apresentam pregas e


dobras da membrana citoplasmática que formam um sistema membranar
(lamelas fotossintéticas), contendo bacterio-clorofila e outros pigmentos
necessários à captação da energia luminosa). Outros grupos de procariontes
apresentam outro tipo de estruturas membranosas designadas mesossomas,
cuja função pode estar relacionada com a divisão celular ou com a produção de
energia. Tal como as lamelas fotossintéticas, os mesossomas são dobras da
membrana citoplasmática e nunca dela se libertam (não são organitos livres no
citoplasma, como os das células eucarióticas).

Por vezes as bactérias deslocam-se com a ajuda de apêndices designados


flagelos. Estes apêndices são formados por uma proteína (flagelina) e
geralmente parecem pequenos saca-rolhas quando vistas com microscópio
óptico composto. Os flagelos são extremamente eficientes na deslocação das
bactérias. As fímbrias são mais curtas e lineares que os flagelos e pili, mas não
têm qualquer função na mobilidade bacteriana. Geralmente usados para aderir a
célula, tanto a outra (durante o acasalamento, por exemplo), como a superfícies
ou organismos para obtenção de alimento e protecção- SALEMA, 1996”.

2. Célula Eucariótica:

A célula eucariótica, como a célula animal representada ao lado, obtém a sua


designação do grego eu = verdadeiro + karyon = núcleo. Estas células existem
em quase todos os organismos vivos actuais, com excepção dos pertencentes
aos grupos de Archea e Bacteria. Portanto, para além do núcleo, as células
eucarióticas apresentam uma grande variedade de organitos, ausentes nos
procariontes, nomeadamente compartimentos membranares com ambientes
físico-químicos diferentes do citosol, o que permite a realização de reacções
bioquímicas específicas. Outra característica única das células eucarióticas é a

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presença de citosqueleto, que lhes fornece suporte e mecanismos para o


movimento.

O núcleo é geralmente o maior organelo celular, funcionando como centro de


controlo da célula e como local onde decorrem o armazenamento e replicação
do DNA. Em células metabolicamente activas é frequente observar um ou mais
nucleolus em cada célula, locais onde se formam os ribossomas, a partir de
proteínas específicas e RNA. Os nucléolos não estão isolados por membranas
do resto do núcleo. O núcleo está envolvido por uma dupla membrana
designada invólucro nuclear. Este invólucro é atravessado por numerosos poros
com dimensões entre os 3 e 100nm, que estabelecem a comunicação entre o
nucleoplasma e o citosol. Estes poros não são apenas buracos mas têm uma
estrutura protéica complexa:

 Cada poro é rodeado por 8 proteínas em forma de grânulo;


 Nestas zonas a membrana externa do núcleo é contínua com a
membrana interna;
 A membrana nuclear está frequentemente em contínuo com o
retículo endoplasmático;
 O interior nuclear (nucleoplasma) é uma solução aquosa em tudo
semelhante ao citosol, que contém uma rede de filamentos
associados ao invólucro nuclear e à cromatina;
 A cromatina é um complexo de DNA e proteínas designadas
histonas, organizadas em longos filamentos durante a maior parte
do ciclo celular.
 Durante a divisão celular estes filamentos se condensam, formando
cromossomas, visíveis ao microscópio óptico composto.

Portanto, pode-se afirmar que as células eucarióticas são mais complexas que
as procarióticas pelo facto de apresentarem o núcleo encerrado pela membrane
nuclear (cariomembrana) e por conquência da existência desta membrane o
material genético encontra-se armazenado no núcleo.

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Esquema da Estrutura de uma Células Eucariótica Vegetal. Fonte: Biologia das Plantas.

Também apresenta organelos membranares com funções específicas tais com:


o material genético encerrado no núcleo organelos membranares com funções
específicas a mitocôndria, complexo de Golgi e retículo endoplasmático, entre
outros. Estas células encontram-se tanto em células de plantas bem como nas
animais.

Esquema da Estrutura de uma Célula Eucariótica Animal. Fonte: Biologia das Plantas.

Para além destes padrões (grupos de células), existem as chamadas células


incompletes onde podemos encontrar as bactérias do grupo das rickétsias e das
clamídias. As células deste grupo tem como características:

 Proliferam no interior de outras células completas;

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 Parasitas intraceulares obrigatórios;


 Sem capacidade de auto-duplicação independente da intervenção
de outras células.

Estruturas Celulares Célula Procariótica Célula Eucariótica


Envoltório nuclear Ausente Presente
Combinado com
DNA Desnudo
proteínas
Cromossomas Únicos Múltiplos
Nucléolos Ausentes Presentes
Divisão Fusão binária Mitose e meiose
Ribossomas 70S (50S + 30S) 80S (60S + 40S)
Endomembranas Ausentes Presentes
Mitocôndrias Ausentes Presentes
Presentes em
Cloroplastos Ausentes
células vegetais
Celulósica em
Parede celular Não celulósica
células vegetais
Exocitose e endocitose Ausentes Presentes
Citoesqueleto Ausente Presente

A célula vegetal distingui-se da animal principalmente nos seguintes aspectos:

 Tem cloroplastos.
 Tem parede cellular.
 Apresenta vacúolos grandes mas poucos.

Enquanto que a célula animal:

 Não apresenta cloroplastos.


 Não apresenta parede celular.
 Os seus vacúolos são pequenos mas numerosos.

Sumário
A célula foi descoberta pelo Inglês Robert Hook (1635-1703), fazendo uma
experiência pegou numa casca muito fina de uma árvore-cortiça, observou que a
casa era composta por várias secções que por analogia se parecia com um favo
de mel, chamou cada espaço que observou de celas do ingles “cell”. Os
cientistas Matthias Jakob Schleiden (1804-1881) e Theodor Schwann (1810-
1882), propuzeram a sua teoria celular (1835-1839), segundo a qual: todas
plantas e todos animais em todas suas partes são constituídos por células.

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As procarióticas são consideradas como sendo células simples pelo facto de não
apresentarem cariomembrana (membrane nuclear), o material genético
encontra-se espalhado no citoplasma.

Portanto, para além do núcleo, as células eucarióticas apresentam uma grande


variedade de organitos, ausentes nos procariontes, nomeadamente
compartimentos membranares com ambientes físico-químicos diferentes do
citosol, o que permite a realização de reacções bioquímicas específicas. Outra
característica única das células eucarióticas é a presença de citosqueleto, que
lhes fornece suporte e mecanismos para o movimento. As celulas eucarioticas
podem ser animal ou vegetal. A célula vegetal distingui-se da animal
principalmente nos seguintes aspectos: tem cloroplastos, tem parede cellular e
apresenta vacúolos grandes mas poucos enquanto que a célula animal: não
apresenta cloroplastos, não apresenta parede celular e os seus vacúolos são
pequenos mas numerosos.

1. Enumere três caracteristicas básicas das células


procarióticas?
R: Flagelos: são estruturas externas à parede celular, pêlos
(fímbrias): não são usados para locomoção, são mais finos,
menores, mais rectos e mais numerosos que os flagelos e Cílios:
são estruturas constituídas por nove duplas de microtúbulos
periféricos e uma dupla central pequenos em grande número
ocorrem em protozoários e epitélio traqueal.
2. Para além destes padrões (grupos de células), existem as
chamadas células incompletes onde podemos encontrar as
bactérias do grupo das rickétsias e das clamídias. Quais são as
Exercicios
caracteristicas das células deste grupo?
R: Tem como características: proliferam no interior de outras
células completas; parasitas intraceulares obrigatórios; sem
capacidade de auto-duplicação independente da intervenção de
outras células.

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Unidade 04

Tema: Composição Quimica da Célula

Introdução

Caro estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre a composição


química da célula. A célula é composta por um conjunto de substâncias que
garantem a ocorrência de todas funções celulares, tais como: o metabolismo,
reprodução entre outras.. Esse conjunto de sunstâncias está dividido em
inorgânicas e orgânicas.

Portanto, o prezado estudante, esta convidado para a discussão do tema


proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Conhecer as substâncias que compõem a célula;


 Identificar as substâncias que compõem a célula;
 Caracterizar as substâncias que compõem a célula;
Objectivos  Explicar as funções das substâncias que compõem a célula;
 Descrever a composição das substâncias que compõem a célula.

Composição Química da Célula


A estrutura da célula resulta da combinação de moléculas organizadas em uma
ordem muito precisa. Os componentes químicos da célula são classificados em
inorgânicos (água e minerais) e orgânicos (ácidos nucléicos, carboidratos,
lípides e proteínas). Deste total, 75 à 85% corresponde a água, 2 a 3% sais
inorgânicos e o restante são compostos orgânicos, que representam as
moléculas da vida. A água é um dos compostos mais importantes, bem como o
mais abundante, sendo vital para os organismos vivos. Fora da célula os
nutrientes estão dissolvidos em água, que facilita a passagem através da

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membrana celular e , dentro da célula, é o meio onde ocorre a maioria das


reacções químicas.

Água tem propriedades estruturais e químicas que a tornam adequada para o


seu papel nas células vivas como:

 A água é um a molécula polar, pois tem distribuição desigual das


cargas, capaz de formar quatro pontes de hidrogênio com as moléculas
de água vizinhas e por isso necessita de uma grande quantidade de
calor para a separação das moléculas (100o C);
 É um excelente meio de dissolução ou solvente;
 A polaridade facilita a separação e a recombinação dos íons de
hidrogênio (H+) e íons hidróxido (OH-), é o reagente essencial nos
processos digestivos , onde as moléculas maiores são degradadas em
menores e faz parte de várias reações de síntese nos organismos vivos;
 As pontes de hidrogênio relativamente fortes a tornam um excelente
tampão de temperatura.

Estrutura da Molécula de Água e Ligações por Pontes Hidrogénio (Pontes H)

No seu todo a molécula de água é electricamente neutra pois tem igual número
de protões e electrões. No entanto, os electrões partilhados nas ligações
covalentes ficam bem mais próximos do oxigénio que do hidrogénio, causando
um excesso de carga negativa em volta do O e uma carência de carga negativa
em volta dos H, tornando a molécula polar. A polaridade da água permite a

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formação de ligações, seja entre moléculas de água seja com outro tipo de
molécula, através de pontes hidrogénio.

Este tipo de ligação é devida a forças electrostáticas entre os H+, ligado


covalentemente a um átomo de oxigénio ou azoto, e outro átomo de oxigénio ou
azoto. Deste modo, as moléculas de água podem ligar-se a 4 outras moléculas
por pontes hidrogénio, situação responsável pelo facto de a água ser líquida à
temperatura ambiente, enquanto moléculas como o amoníaco se evaporam
rapidamente.

A polaridade justifica também a maior parte das propriedades da água:

 Capacidade de dissolução;
 Elevado ponto de ebulição e fusão;
 Elevado calor de vaporização: quantidade de calor necessária para
passar uma grama de líquido a vapor, que neste caso é elevado
precisamente devido à grande estabilidade causada pelas ligações por
ponte hidrogénio;
 Elevado calor específico: quantidade de calor necessária para que a
temperatura de um líquido suba 1ºc, no caso da água é elevado o que
faz com que as variações de temperatura da água sejam lentas;
 Elevada força de coesão e adesão com viscosidade baixa: a coesão
(força de ligação entre moléculas iguais) e a adesão (forças de ligação
entre moléculas diferentes) são fundamentais para a elevação da água
no tronco de uma árvore ou para a capilaridade mas como a viscosidade
ainda assim é baixa, a difusão de solutos em soluções aquosas é muito
fácil;
 Elevada tensão superficial: a coesão entre moléculas de água devido à
polaridade e às pontes h permite que um insecto como o alfaiate
literalmente ande sobre água;
 Aumento de volume durante a congelação: devido ao rearranjo espacial
das moléculas de água, o gelo flutua, permitindo que apenas uma fina
camada de água congele nos mares, rios e lagos, mantendo-se as
águas abaixo no estado líquido e a temperaturas aceitáveis para a vida;
 Absorção de radiações: a água é praticamente transparente às
radiações visíveis, embora haja uma ligeira absorção na zona do
vermelho (daí as grandes massas de água serem azuis ou esverdeadas)
mas absorve fortemente na zona do infravermelho (calor).

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A água é considerada o solvente universal, pois é capaz de dissolver mais


substâncias que qualquer outro líquido, sejam elas polares (hidrofílicas), que
formam pontes H ou iões que fiquem aprisionados em água. As moléculas
apolares (hidrofóbicas) geralmente não se dissolvem em água, embora algumas
possam permanecer nos espaços entre elas.

Pode-se citar como alguns exemplos clássicos das capacidades de dissolução


da água:

 Dissolução da sacarose (molécula apolar): os cristais de sacarose


difundem-se pela água uniformemente ligando-se à água através de
pontes hidrogénio formadas pelas moléculas da água;
 Dissolução do NaCl (composto iónico): o vulgar sal de cozinha é
+ -
formado pelos iões Na e Cl logo existem forças de atracção entre as
moléculas polares da água e estes iões: o catião sódio atrai o pólo
negativo da molécula de água e o anião cloro atrai os pólos positivos.
Os iões libertam-se da superfície do cristal e permanecem em meio
líquido, isolados e totalmente envolvidos por moléculas de água
(hidratados). Ficam, portanto, uniformemente distribuídos pela solução
através de uma fenómeno conhecido por dissociação;
 Dissolução do HCl (composto covalente polar): dada a polaridade de
ambas as moléculas, há atracção entre os respectivos pólos opostos.
Esta atracção é tão forte que quebra as ligações covalentes entre o
hidrogénio e o cloro, permanecendo, no entanto, o electrão com o
núcleo de cloro. Assim, obtêm-se aniões cloro totalmente envolvidos por
moléculas de água (hidratados) e catiões hidrogénio, que são atraídos
para o pólo negativo da água e originam o catião hidrónio H3O+. Este
processo designa-se ionização.

Moléculas:

Da ligação química entre átomos resultam moléculas, algumas formadas por um


conjunto de átomos iguais e outras com átomos diferentes, ou seja, substâncias
simples e compostas, respectivamente. Certos conjuntos de átomos surgem nas
moléculas de vários compostos, conferindo a esses compostos propriedades
semelhantes e designando-se por radicais ou grupos característicos. Os
principais radicais que podem ser encontrados nas moléculas orgânicas são:

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 Grupo Hidroxilo: representado por -OH, este radical é característico dos álcoois
pois são esses os compostos obtidos pela substituição de um ou mais átomos
de hidrogénio pelo radical-OH ligado covalentemente. O radical-OH pode
localizar-se em qualquer local da cadeia num esqueleto hidrocarbonado. À
temperatura ambiente são sempre líquidos ou sólidos, como por exemplo, o
álcool etílico ou o glicerol;
 Grupo Carboxilo: representado por -COOH, este radical confere características
ácidas e apenas se pode localizar na extremidade de uma cadeia
hidrocarbonada. São exemplos destes ácidos, o ácido acético ou o láctico;
 Grupo Amino: característico das aminas, deriva do amoníaco (NH3) por
substituição de um dos hidrogénios por radicais orgânicos, levando a que o
átomo de azoto fique ligado directamente a um átomo de carbono. Nos
aminoácidos surge em simultâneo com o grupo carboxilo, ligados a um átomo
central de carbono que também se liga a um hidrogénio e a um radical orgânico.
São exemplos de aminas a metilamina e todos os aminoácidos;
 Grupo Aldeído: representado por -CHO e também conhecido por grupo
carbonilo, é característico dos aldeídos, como por exemplo o formaldeído ou o
acetaldeído;
 Grupo Cetona: representado por -CO e característico das cetonas, difere dos
aldeídos por apresentar o grupo carbonilo C=O ligado a dois radicais orgânicos
R-CO-R, como acontece, por exemplo, na dimetilcetona.

Micromoléculas:

São moléculas de peso molecular entre 100 à 1000 e contém até trinta ou mais
átomos de carbono. Normalmente são encontradas livres em solução, onde
algumas delas formam um conjunto de intermediárias a partir das quais as
macromoléculas são formadas. As quatro micromoléculas principais são: os
açúcares simples, os ácidos graxos, os aminoácidos e os nucleotídeos.

Macromoléculas:

Apresentam peso molecular entre 10.000 à 1 milhão, são construídas a partir de


subunidades de baixo peso molecular (micromoléculas), que são repetidamente
adicionadas para formar um longo polímero em cadeia. Como por exemplo, os
aminoácidos ligados a outros aminoácidos para formar as proteínas. A sua
formação é mantida por ligações covalentes, as quais são fortes o suficiente
para preservar a sequência de subunidades por longos períodos de tempo. Para
realizar a sua função, as macromoléculas dependem de ligação não-covalente,
muito mais fraca, que se formam entre as partes distintas da mesma e entre

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diferentes macromoléculas. Exercendo um importante papel na determinação da


estrutura tridimensional de cadeias macromoleculares e a interação com outras.
As macromoléculas são: os ácidos nucléicos e as proteínas.

Glícidos:

Os glícidos (hidratos de carbono), formam um dos maiores grupos de


substâncias naturais. São centro de processos metabólicos através dos quais os
seres vivos acumulam energia luminosa (fotossíntese) ou da que é libertada
durante a oxidação dos alimentos (respiração). São a mais importante fonte de
energia para animais e plantas, podendo também ter função de reserva e
estrutural. Alguns podem ser vitaminas como é o caso da vitamina C. Os glícidos
foram inicialmente classificados como hidratos de carbono devido ao facto de
serem biomoléculas compostas por carbono, hidrogénio e oxigénio e por se
considerar que tinham origem na hidratação do carbono: Cn(H2O)m. No entanto,
os glicídeos não se formam por hidratação do carbono e a fórmula genérica
anterior não inclui todas possibilidades para esta biomolécula: a desoxirribose
C5H10O4 é um glícido não pode ser a ela reduzida e o ácido acético C2(H2O)2
pode ainda que não o seja. Portanto, a definição mais correcta de glícido refere
que são aldeídos ou cetonas polihidroxilados. As propriedades comuns das
moléculas devem-se precisamente à existência de um ou vários radicais -OH e
de, pelo menos, um grupo aldeído ou cetona. Os glícidos são classificados em
função da complexidade das suas moléculas, distinguindo-se 3 grandes grupos:

1. Monossacáridos: são os glícidos mais simples, com uma molécula formada


por um único monómero. São as unidades básicas da construção dos glícidos
mais complexos. O número de átomos de car

 Diose: dois carbonos, apenas existe um exemplo o aldeído glicólico;


bono da molécula serve de base à classificação dos
monossacáridos;
 Triose: três carbonos, como por exemplo gliceraldeído,
hidroxicetona;
 Tetrose: quatro carbonos, como por exemplo eritrose, ribulose;
 Pentose: cinco carbonos, como por exemplo ribose, desoxirribose;
 Hexose: seis carbonos, são as formas energéticas dos glícidos,
como por exemplo glicose, frutose, galactose;
 Heptose: sete carbonos, como por exemplo heptulose.

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2. Oligossacáridos: estes glícidos resultam da ligação de um número reduzido


de monómeros (2 à 10) e são vulgarmente conhecidos por açúcares por serem
doces e solúveis em água. De acordo com o número de monossacarídeos que
contêm, designam-se por dissacáridos (2 como por exemplo, lactose, maltose ou
sacarose, os mais importantes e todos isómeros de fórmula química: C12H22O11.

Figura: Formação de Lactose, um dissacárido, através da união da Galactose e da


glicose por uma ligação Glicosídica.

Os monossacáridos que formam um oligossacárido unem-se entre si através de


ligações glicosídicas, donde resulta a formação de uma molécula de água. Os
dissacáridos mais importantes são:

 Sacarose: extraída da cana-de-açúcar ou da beterraba, resulta da


união através de uma ligação glicosídica de glicose e frutose. A
sacarose não é redutora pois não apresenta nenhum átomo C ligado
a um -OH livre, não sendo detectada pelo Teste de Fehling.
 Maltose: formada pela união de duas glicoses através da ligação
glicosídica, pode ser detectada pelo Teste de Fehling pois é
redutora.
 Lactose: formada pela união de uma glicose e uma galactose,
também é redutora. Compõe cerca de 5% do leite dos mamíferos,
sendo um dos açúcares menos doce e menos solúvel. Tem grande
importância para o desenvolvimento dos juvenis devido ao poder
anti-raquítico e à necessidade de galactose para a adequada
formação das cartilagens e do tecido nervoso.

3. Polissacáridos: os glícidos resultantes da união, através de ligações


glicosídicas, de número elevado de monossacáridos (pelo menos várias
centenas) designam-se polissacáridos e têm solubilidade reduzida na água, não
sendo doces. Os polissacáridos podem ser agrupados em dois conjuntos, ainda
que ambos possam ter uma estrutura simples ou ramificada:

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 Homopolissacáridos: formados por apenas um tipo de


monossacárido, como o amido ou a celulose, que são polímeros de
glicose;
 Heteropolissacáridos: formados por mais que um tipo de
monossacárido, como as hemiceluloses ou as gomas.

Lipidos:

A designação lípido utiliza-se para designar um conjunto bastante heterogéneo


de compostos, extremamente diferentes entre si em termos de estrutura química
e função biológica, que pouco mais têm comum que uma reduzida solubilidade
em água e uma solubilidade em solventes orgânicos: éter, clorofórmio, benzeno,
acetona, álcool, etc. O termo lípido também implica, muitas vezes, o facto de
poder ser utilizado pelos animais como fonte de energia. A reduzida solubilidade
dos lípidos em água resulta de as suas moléculas serem essencialmente
hidrocarbonadas (altamente hidrofóbicas). Tal como os glícidos, também os
lípidos são formados apenas por carbono, oxigénio e hidrogénio. Existem várias
categorias de lípidos, de acordo com a função que desempenham:

1. Glicerídeos: conhecidos por glicéridos, estes lípidos são ésteres do álcool


glicerol e de ácidos gordos. Esta reacção de síntese de glicéridos designa-se
esterificação, devido à formação de ligações éster entre os radicais -OH e -
COOH. Os ácidos gordos que compõem um glicérido podem ser todos iguais
mas geralmente são diferentes e é precisamente a sua natureza que determina
as propriedades do lípido, sendo o factor mais importante o grau de saturação
das moléculas. Os ácidos gordos são lineares, apesar da disposição em zig-zag
da parte hidrocarbonada, mas quando surgem ligações duplas a molécula fica
imediatamente encaracolada. Entretanto, cadeias de ácidos gordos saturados
ficam mais ordenadas e rígidas, originando gorduras, glicéridos sólidos à
temperatura ambiente. Os ácidos gordos insaturados têm uma estrutura mais
espaçada, originando óleos, glicéridos líquidos à temperatura ambiente. Os
glicéridos são lípidos de reserva em plantas e animais, nestes últimos
acumulando-se em células especiais (adipócitos) ou em depósitos subcutâneos
que funcionam como protecção contra o frio e os golpes mecânicos.

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Reacção de Esterificação com Formação de um Triglicérido, que é Armazenado nos


Animais no Tecido Adiposo

2. Ceras: também se trata de ésteres de álcool e ácidos gordos mas neste caso
com álcoois de cadeia longa, como por exemplo, o álcool cetílico. As ceras são
compostos reactivos e impermeáveis, pelo que não funcionam como reserva
mas antes como protecções, especialmente em plantas, contra a desidratação
das estruturas. A cera das abelhas também pertence a esta categoria de lípidos.

3. Esteróides: completamente diferentes, do ponto de vista de estrutura


química, dos anteriores, este lípidos têm uma estrutura cíclica complexa e
funções reguladoras. Fazem parte das membranas (colesterol), circulam no
sangue dos animais (hormonas esteróides, como a testosterona ou a
progesterona), são vitaminas ou pigmentos fotossintéticos (carotenóides) entre
muitas outras situações.

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Esquema de Esteróides: Fosfolípidos, Colesterol. Estadiol, Testosterona e


Progesterona

Alguns esteróides de importância biológica, nomeadamente o colesterol e a


forma como torna as membranas mais flexíveis, e algumas hormonas sexuais
esteróides

4. Fosfolípidos: como o seu nome indica, trata-se de lípidos que apresentam


fósforo na sua composição. Ao contrário dos lípidos anteriores, estes
desempenham exclusivamente um papel estrutural, sendo o componente base
das membranas celulares. São ésteres de glicerol, mas neste caso apenas
duas das ligações do álcool estão esterificadas com ácidos gordos, a terceira
ligação está sempre esterificada com ácido fosfórico.

Este, por sua vez, está ligado a uma amina ou a um outro álcool. Os fosfolípidos
têm uma estrutura fortemente assimétrica: um extremo hidrocarbonado formado
pelos ácidos gordos apolar (hidrofóbico), e um outro extremo com o grupo
fosfato polar (hidrofílico). Esta assimetria designa-se anfipatia e é uma
propriedade que permite aos fosfolípidos formar espontaneamente micelas
(esfera formada por fosfolípidos organizados lado a lado com as caudas para
dentro e as cabeças para fora, em contacto com a água). Os fosfolípidos
dissolvem-se em água mas não formam soluções homogéneas pois as micelas
têm cargas negativas à superfície e repelem-se mutuamente.

Por este motivo os fosfolípidos são detergentes naturais, a cauda apolar liga-se
às gorduras e seguidamente forma-se uma micela com a gordura ao centro.

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Agitação mecânica arrasta a gordura e o detergente. Certamente, no entanto, a


sua mais importante função a nível biológico é a capacidade de formar mono e
bicamadas membranares, a base da construção das membranas biológicas.

Estrutura Química e Representação de um Fosfolípido

Sumário
A estrutura da célula resulta da combinação de moléculas organizadas em uma
ordem muito precisa. Os componentes químicos da célula são classificados em
inorgânicos (água e minerais) e orgânicos (ácidos nucléicos, carboidratos,
lípides e proteínas). Deste total, 75 à 85% corresponde a água, 2 a 3% sais
inorgânicos e o restante são compostos orgânicos, que representam as
moléculas da vida. Água tem propriedades estruturais e químicas que a tornam
adequada para o seu papel nas células vivas. As pontes de hidrogênio
relativamente fortes a tornam um excelente tampão de temperatura.

A polaridade justifica também a maior parte das propriedades da água. A água é


considerada o solvente universal, pois é capaz de dissolver mais substâncias
que qualquer outro líquido, sejam elas polares (hidrofílicas), que formam pontes
H ou iões que fiquem aprisionados em água. As moléculas apolares

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(hidrofóbicas) geralmente não se dissolvem em água, embora algumas possam


permanecer nos espaços entre elas. A células apresenta inumeras substancias
tais como: moleculas, micromoléculas, macromoléculas, glicidos, lipidos e
proteinas.

1. Indique três propriedades estruturais e químicas da agua.


R: A água é um a molécula polar; é um excelente meio de
dissolução ou solvente; é o reagente essencial nos processos
digestivos, onde as moléculas maiores são degradadas em
menores e faz parte de várias reações de síntese nos
organismos vivos;
2. A polaridade justifica também a maior parte das propriedades
da água. Justifique, dando 3 exemplos.
R: capacidade de dissolução; elevado ponto de ebulição e fusão
Exercicios
e elevado calor de vaporização: quantidade de calor necessária
para passar uma grama de líquido a vapor, que neste caso é
elevado precisamente devido à grande estabilidade causada
pelas ligações por ponte hidrogénio;
3. Como é que os polissacáridos podem ser classificados?
R: homopolissacáridos: formados por apenas um tipo de
monossacárido, como o amido ou a celulose, que são polímeros
de glicose e heteropolissacáridos: formados por mais que um
tipo de monossacárido, como as hemiceluloses ou as gomas.

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Unidade 05

Tema: Hialoplasma

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre o hialoplasma. A célula é


uma estrutura viva, no entanto, ela dispõe de um espaço para que nela
ocorram as reacções químicas por um lado por outro lado, e por outro lado,
neste espaco encontra-se um grande grupo de substâncias. Nesta unidade
iremos discutir aspectos ligados a composição do hialoplasma bem como as
suas funções.

Portanto, mais uma vez esta convidado para a discussão interactiva usando
todo conhecimento que predispõe.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a composição do Hialoplasma;


 Descrever as funções do Hialoplasma;
 Caracterizar os elementos que compõe o Hialoplasma;
Objectivos  Identificar as substâncias que compõem o Hilaoplasma;
 Relacionar os componentes do hialoplasma com a sua função

Hialoplasma
O hialoplasma ou protoplasma, é o espaço intracelular entre a membrana
plasmática e o envoltório nuclear. O citoplasma é preenchido por uma matéria
coloidal e semi-fluída onde estão suspensos as organelos celulares. O
citoplasma não inclui o núcleo celular, cujo interior é formado por
nucleoplasma. O componente não solúvel do citoplasma é constituído por
organelos: mitocôndrias, cloroplastos, lisossomas,peroxissomas, ribossomas,
vacúolos, citoesqueleto, aparelho de Golgi e retículo endoplasmático

É um líquido com consistência de gel, constituído basicamente por: sais,


glicose e outros açúcares, proteínas funcionais e várias outras moléculas
orgânicas. Contém também ARNm (ARN mensageiro) e ribossomas. Os

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ribossomas procariotas são bastante diferentes dos eucariotas (essas


diferenças foram usadas para desenvolver antibióticos usados para afectar
exclusivamente os ribossomas das bactérias). No citoplasma também está
presente o seu único cromossoma.

Os procariontes podem possuir material genético extracromossomal,


denominado plasmídeo, que são pequenas moléculas de ADN circular (quando
comparada com o cromossoma) que normalmente contêm genes que
conferem resistência a antibióticos. Os procariontes podem ter mais de uma
cópia de plasmídeo. As células as estruturas encontradas, desempenham
funções específicas para as células de forma semelhante à que os órgãos
desempenham para os organismos desenvolvidos.

O hialoplasma das células eucariotas contém um emaranhado de tubos ocos,


os microtúbulos, formados por proteínas esféricas, chamadas tubulinas. Além
dos microtúbulos, encontramos no hialoplasma os microfilamentos, formados
por uma proteína contrátil, a actina. O citoplasma das células está
frequentemente em movimento, arrastando de modo ordenar os organelos e os
materiais em suspensão. Estes movimentos, conhecidos como movimentos de
ciclose, devem favorecer as trocas entre os diversos componentes celulares
mas não é certo que seja essa a sua função principal.

Sumário
O hialoplasma ou protoplasma, é o espaço intracelular entre a membrana
plasmática e o envoltório nuclear. O componente não solúvel do
citoplasma é constituído por organelos: mitocôndrias, cloroplastos,
lisossomas,peroxissomas, ribossomas, vacúolos, citoesqueleto, aparelho
de Golgi e retículo endoplasmático. Os procariontes podem possuir
material genético extracromossomal, denominado plasmídeo, que são
pequenas moléculas de ADN circular (quando comparada com o
cromossoma) que normalmente contêm genes que conferem resistência
a antibióticos. Os procariontes podem ter mais de uma cópia de
plasmídeo.

O hialoplasma das células eucariotas contém um emaranhado de tubos


ocos, os microtúbulos, formados por proteínas esféricas, chamadas
tubulinas. Além dos microtúbulos, encontramos no hialoplasma os
microfilamentos, formados por uma proteína contrátil, a actina. O
citoplasma das células está frequentemente em movimento, arrastando

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de modo ordenar os organelos e os materiais em suspensão. Estes


movimentos, conhecidos como movimentos de ciclose, devem favorecer
as trocas entre os diversos componentes celulares mas não é certo que
seja essa a sua função principal.

1. O que entendes por hialoplasma ou protoplasma?


R: É o espaço intracelular entre a membrana plasmática e o
envoltório nuclear.
2. Quais são os componente não solúvel do citoplasma?
R: Organelos: mitocôndrias, cloroplastos, lisossomas,
peroxissomas, ribossomas, vacúolos, citoesqueleto, aparelho de
Exercicios Golgi e retículo endoplasmático.
3. O que são plasmídeo?
R: É material genético extracromossomal.
4. Quais são as estruturas encontradas no hialoplasma das
células eucariotas?
R: Contém um emaranhado de tubos ocos, os microtúbulos,
formados por proteínas esféricas, chamadas tubulinas.

Unidade 06

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Tema: O Núcleo

Introdução

Prezado estudante, seja berm vindo a unidade de estudo sobre o núcleo. O


núcleoé uma estrutura celular com diversas funções que iremos discutir na
presente unidade. A presença deste organelo é uma das características
destacadas nas células eucarióticas, em que podemos encontrar organelos
membranares com funções bem distintas.

Portanto, está convidado para a discussão activa sobre o tema proposto nesta
unidade, podendo usar todo conhecimento que dispõe sobre a referida
esterutura.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem o núcleo;


 Caracterizar os elementos que compõem o núcleo;
 Descrever os elementos que compõem o núcleo;
Objectivos  Fazer esquema representantivo do núcleo;
 Mencionar as funções do núcleo na célula.

O Núcleo
É uma estrutura presente nas células eucariontes, que contém o ADN (ou DNA)
da célula. O núcleo foi descoberto pelo Escocês, Robert Brown em 1833. É
delimitado pelo envoltório nuclear provido de poros através dos quais se
comunica com o citoplasma. O seu diâmetro pode variar de onze à vinte e dois
ponto vinte e cinco μm. Dentro do núcleo ainda podemos encontrar uma
estrutura denominada nucléolo, que é responsável pela produção de
subunidades dos ribossomos. Sua posição é geralmente central, acompanhando
o formato da célula, mas isso pode variar de uma para outra. O núcleo é uma
estrutura ausente em hemáceas (glóbulos vermelhos ou eritrócitos dos
mamíferos.

O envoltório nuclear é responsável pela separação das reacções químicas que

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ocorrem dentro do citoplasma daquelas que ocorrem dentro do núcleo, bem


como permitir a comunicação entre os dois compartimentos. Essa comunicação é
realizada pelos poros nucleares que se formam da fusão entre a membrana
interna e a externa do envoltório nuclear. Os núcleos das células dos
protozoários têm estrutura e funções similares aos das células animais e
vegetais.O número de núcleos presentes nas células dos protozoários varia
conforme a espécie ou grupo. Muitas espécies são multinucleadas como a
Entamoeba coli e a Entamoeba histolytica. O material genético está organizado
em cromossomas lineares de estrutura similar aos das células animais e
vegetais. A maioria dos ciliados têm dois tipos de núcleos: os macronúcleos e os
micronúcleos. Os macronúcleos estão associados com o controle das actividade
vegetativas dos organismos e os micronúcleos com a reprodução. Quase todos
os protozoários contêm pelo menos um micronúcleo. Os macronúcleos variam
em morfologia: em algumas espécies têm a aparência de contas de um colar e
em outras assemelham-se a uma ferradura. Os macronúcleos geralmente se
desintegram durante a reprodução sexuada sendo recomposto após a fase
sexual ter-se completado.

Esquema ilustrativo da Estrutura do Núcleo Celular

O núcleo possui duas funções básicas: regular as reações químicas que ocorrem
dentro da célula, e armazenar as informações genéticas da célula.

As Características do Núcleo:

As características marcantes do núcleo dos eucariontes são:

 É a membrana nuclear, que contém muitos poros grandes, através dos


quais proteínas e RNA podem passar para o citoplasma;
 A membrana nuclear geralmente dá origem ou é contínua ao retículo

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endoplasmático, organela onde as proteínas são sintetizadas;


 É esférico ou oval, é o maior organelo na célula eucariótica. Nele estão
contidas as informações hereditárias da célula na forma de DNA.

É formado de cinco à dez porcento de RNA e o restante de proteínas. Além do


material genético, o núcleo também possui algumas proteínas com a função de
regular a expressão gênica, que envolve processos complexos de transcrição,
pré-processamento do RNA mensageiro, e o transporte do RNA mensageiro
formado para o citoplasma. Dentro do núcleo ainda podemos encontrar uma
estrutura denominada nucléolo, que é responsável pela produção de sub-
unidades dos ribossomos. O interior do núcleo é composto por uma matriz
denominada de nucleoplasma, que é um líquido de consistência gelatinosa,
similar ao citoplasma.

Dentro do núcleo, estão presentes várias substâncias necessárias para o


funcionamento do núcleo, incluindo bases nitrogenadas, enzimas, proteínas e
factores de transcrição. Também, existe uma rede de fibras dentro do
nucleoplasma (matriz nuclear), cuja função ainda não está clara. O ADN presente
no núcleo encontra-se geralmente organizado na forma de cromatina (que pode
ser eucromatina ou heterocromatina), durante o período de interfase. Durante a
divisão celular, entretanto, o material genético é organizado na forma de
cromossomas.

Células Anucleadas e Polinucleadas:

Apesar de a maioria das células possuir um único núcleo, alguns tipos de células
não possuem núcleo e outros possuem vários núcleos. Isto pode ser derivado de
processos normais, como o da maturação dos eritrócito de mamíferos, ou ser
resultado de divisões celulares mal sucedidas. As células anucleadas não
possuem núcleo e portanto são incapazes de se dividirem para produção de
descendência celular. O tipo de célula anucleada mais conhecida é o eritrócito de
mamíferos, que também carece de outros organelos como a mitocôndria e serve
principalmente para o transporte de oxigénio dos pulmões para os tecidos
celulares.

Os eritrócitos sofrem maturação através do processo denominado eritropoiese,


que se dá na medula óssea e onde perdem o núcleo, organelos e ribossomas. O
núcleo é expelido durante o processo de diferenciação de um eritroblasto em um
reticulócito, o percursor imediato dos eritrócitos maduros. A presença de um
agente mutagénicos poderá induzir a libertação de alguns eritrócitos
"micronucleados" imaturos. Células anucleadas também podem surgir de

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divisões celulares mal processadas, em que uma das células-filhas não possui
núcleo e a outra fica binucleada.

Imagem de Célula Sanguíneas. A esquerda Hemáceas e a direita Leucócitos.

As células polinucleadas possuem múltiplos núcleos. A maioria das espécies de


protozoário da classe Acantharea e alguns fungos em micorrizas possuem
células polinucleadas. Em humanos, as células do músculo esquelético,
denominadas miócitos, tornam-se multinucleadas durante o seu
desenvolvimento; o arranjo de núcleos resultante, perto da periferia das células,
permite um máximo de espaço intracelular para as miofibrilhas. Células
multinucleadas também podem ser anormais em humanos; por exemplo, células
que derivam da fusão de monócitos e macrófagos, conhecidas como células
gigantes multinucledas, por vezes acompanham reacções de inflamação e
também, estão envolvidas na formação de tumores.

Sumário
O núcleo foi descoberto pelo Escocês, Robert Brown em 1833. O núcleo
é uma estrutura ausente em hemáceas (glóbulos vermelhos ou eritrócitos
dos mamíferos. Os núcleos das células dos protozoários têm estrutura e
funções similares aos das células animais e vegetais. O número de
núcleos presentes nas células dos protozoários varia conforme a espécie
ou grupo. As características marcantes do núcleo dos eucariontes são: é
a membrana nuclear que geralmente dá origem ou é contínua ao
retículo endoplasmático, organela onde as proteínas são sintetizadas; é
esférico ou oval. Nele estão contidas as informações hereditárias da
célula na forma de DNA.

As células anucleadas e polinucleadas. As células anucleadas não


possuem núcleo e portanto são incapazes de se dividirem para produção
de descendência celular. O tipo de célula anucleada mais conhecida é o

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eritrócito de mamíferos, que também carece de outros organelos como a


mitocôndria e serve principalmente para o transporte de oxigénio dos
pulmões para os tecidos celulares. Os eritrócitos sofrem maturação
através do processo denominado eritropoiese, que se dá na medula
óssea e onde perdem o núcleo, organelos e ribossomas. As células
polinucleadas possuem múltiplos núcleos. A maioria das espécies de
protozoário da classe Acantharea e alguns fungos em micorrizas
possuem células polinucleadas.

1. Quais são as características marcantes do núcleo dos


eucariontes?
R: são: é a membrana nuclear, que contém muitos poros
grandes, através dos quais proteínas e rna podem passar para o
citoplasma; a membrana nuclear geralmente dá origem ou é
contínua ao retículo endoplasmático, organela onde as proteínas
são sintetizadas; é esférico ou oval, é o maior organelo na célula
eucariótica. Nele estão contidas as informações hereditárias da
célula na forma de dna.

Exercicios 2. Qual é a diferença entre células anucleadas e polinucleadas?


R: as células anucleadas não possuem núcleo e portanto são
incapazes de se dividirem para produção de descendência
celular enquanto que as células polinucleadas possuem múltiplos
núcleos. A maioria das espécies de protozoário da classe
acantharea e alguns fungos em micorrizas possuem células
polinucleadas. Em humanos, as células do músculo esquelético,
denominadas miócitos, tornam-se multinucleadas durante o seu
desenvolvimento; o arranjo de núcleos resultante, perto da
periferia das células, permite um máximo de espaço intracelular
para as miofibrilhas.

Unidade 07

Tema: Nucléolo

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Prezado estudante, seja berm vindo a unidade de estudo sobre o nucléolo. O


nucléolo em copnjunto com o núcleo são uma estrutura celular com diversas
funções dentro da célula em particular para os fenómenos de relicação e
transcrição.

Portanto, caro estudante mais uma vez, está convidado para a discussão activa
sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem o nucléolo;


 Caracterizar os elementos que compõem o nucléolo;
 Descrever os elementos que compõem o nucléolo;
Objectivos  Fazer esquema representantivo do nucléolo;
 Mencionar as funções do nucléolo na célula.

Nucléolo
O nucléolo é uma estrutura presente dentro do núcleo, rodeada por uma
membrana. Por vezes, é classificado como suborganelo. Forma-se em volta de
repetições de ADNr, ADN que codifica o ARN ribossomal (ARNr). Estas regiões
são denominadas regiões organizadoras de nucléolo. O papel principal do
nucléolo é o de sintetizar ARNr e de formar os ribossomas. A coesão estrutural
do nucléolo depende da sua actividade, já que a formação de ribossomas resulta
na associação temporária de componente nucleolares, facilitando desta forma
formação de mais ribossomas e logo uma maior associação. Este modelo é
suportado por observações de que a inactivação do ADNr resulta na mistura de
componentes nucleolares.

O primeiro passo na formação do ribossoma é a transcrição do ADNr, efectuado


por uma proteína chamada RNA polimerase I, dando origem a um pré-ARNr
percursor, de grandes dimensões. Este é clivado nas subunidades: 5.8S, 18S, e
28S do ARNr. A transcrição, o processamento pós-transcricional e a formação
do ribossoma, ocorrem no nucléolo, auxliado por moléculas de ARN nucleolar
pequeno (snoRNA, em inglês), algumas das quais derivado de splicing de intrões
de genes codificantes de ARN mensageiro, relacionados com funções
ribossomais. As subunidades ribossomais já formadas são as estruturas de maior
dimensão que passam pelos poros nucleares.

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Quando observado através do microscópio electrónico, o nucléolo pode ser visto


como sendo constituído por três regiões distintas:

 Uma região interior (centro fibrilar): rodeada pelo componente fibrilar


denso, que por sua vez é rodeado pelo componente granular;
 A transcrição do ADNr: ocorre no centro fibrilar ou na fronteira entre o
centro fibrilar e o componente fibrilar denso. Quando a transcrição de
ADNr é aumentada, verifica-se a detecção de mais centros fibrilares;
 A maior parte da clivagem e modificação do ARNr: ocorre no
componente fibrilar denso, enquanto que os passos mais tardios,
envolvendo a assemblagem de proteínas em subunidades ribossomais,
ocorre no centro granular.

Outros Corpos Subnucleares:

Para além do nucléolo, o núcleo contém um número de outros corpos não-


membranares. Alguns deles são os corpos de Cajal, os gémeos de corpos
enovelados (gemini of coiled bodies, em inglês). Domínios PIKA, corpos PML,
agregados de grânulos intercromatínicos (speckles) e paraspeckles. Apesar de
pouco se saber sobre alguns destes domínios, estes são significantes pelo facto
de mostrarem que o nucleoplasma não é uniforme, mas sim que contém vários
subdomínios funcionais organizados. Outras estruturas subnucleares
aparecerem como parte de processos de doenças. Por exemplo, foi já reportada
a presença de pequenos bastões intranucleares em alguns casos de miopatia
nemalínica.

Sumário
O nucléolo é uma estrutura presente dentro do núcleo, rodeada por uma
membrana. O papel principal do nucléolo é o de sintetizar ARNr e de
formar os ribossomas. O primeiro passo na formação do ribossoma é a
transcrição do ADNr, efectuado por uma proteína chamada RNA
polimerase I, dando origem a um pré-ARNr percursor, de grandes
dimensões. Este é clivado nas subunidades: 5.8S, 18S, e 28S do ARNr.
A transcrição, o processamento pós-transcricional e a formação do
ribossoma, ocorrem no nucléolo, auxliado por moléculas de ARN
nucleolar pequeno (snoRNA, em inglês), algumas das quais derivado de
splicing de intrões de genes codificantes de ARN mensageiro,
relacionados com funções ribossomais.

Quando observado através do microscópio electrónico, o nucléolo pode

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

ser visto como sendo constituído por três regiões distintas: uma região
interior (centro fibrilar), transcrição do ADNr e maior parte da clivagem e
modificação do ARNr. Para além do nucléolo, o núcleo contém um
número de outros corpos não-membranares. Alguns deles são os corpos
de Cajal, os gémeos de corpos enovelados (gemini of coiled bodies, em
inglês). Domínios PIKA, corpos PML, agregados de grânulos
intercromatínicos (speckles) e paraspeckles.

1. O que é nucleolo?
R: o nucléolo é uma estrutura presente dentro do núcleo,
rodeada por uma membrana.
2. Qual é o papel principal do nucleolo?
R: Papel principal do nucléolo é o de sintetizar arnr e de formar
os ribossomas.
3. A coesão estrutural do nucléolo depende da sua actividade.
Comente.
Exercicios R: Já que a formação de ribossomas resulta na associação
temporária de componente nucleolares, facilitando desta forma
formação de mais ribossomas e logo uma maior associação.
4. Qual é o primeiro passo na formação do ribossoma?
R: É a transcrição do adnr, efectuado por uma proteína
chamada rna polimerase i, dando origem a um pré-arnr
percursor, de grandes dimensões.

Unidade 08

Tema: As Mitocôndria

Introdução

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

Prezado estudante, seja berm vindo a unidade de estudo sobre da mitocôndria. A


mitocôndria é um organelo celular com uma função vital para a célula, ou seja a
função principal deste organelo é realizar a respiração celular, na qual as
substâncias alimentares sâo convertidas em energia na forma de ATP.

Portanto, caro estudante mais uma vez, está convidado para a discussão activa
sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem a mitocôndria;


 Caracterizar os elementos que compõem a mitocôndria;
 Descrever os elementos que compõem o mitocôndria;
Objectivos  Fazer esquema representantivo da mitocôndria;
 Explicar as funções da mitocôndria na célula.

As Mitocôndria
A mitocôndria é um organelo que apresenta duas membranas: uma externa e
uma interna, separadas pelo espaço intermembranar. Presente na maioria dos
eucariontes, excepto em um grupo de protistas chamado Archezoa, entretanto a
análise genômica desses organismos indica que eles podem ter perdido a
mitocôndria ao longo da evolução. A principal evidência disso é que alguns
genes codificadores de proteínas mitocondriais têm sido encontrados no genoma
nuclear desses protistas (Bui e Bradley, 1996).

Foi descrita por Altmann, em 1894 (que as denominou "bioblastos"), sugerindo


sua relação com a oxidação celular. Seu número varia entre as células, sendo
proporcional à actividade metabólica de cada uma, indo de quinhentas, mil ou até
dez mil dessas estruturas por célula. A membrana interna apresenta
invaginações que formam cristas mitocondriais (pregas que aumentam muito a
superfície da membrana interna). O número de mitocôndrias varia com o tipo de
célula, o tamanho e a actividade celular. Podemos citar como exemplos:

 1 nas células de algumas espécies de algas;


 1000 nas células do fígado;
 Várias dezenas de milhar em grandes células como a amiba.

Ácidos Desoxiribonucléico e Ribonucléico Mitocondriais

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Apresenta forma de bastonete ou esférica. Possuem DNA, RNA e ribossomos


próprios, tendo assim capacidade de autoduplicar-se. Quanto maior a actividade
metabólica da célula, maior será quantidade de mitocôndrias em seu interior.
Apresentam capacidade de movimentação, concentrando-se assim nas regiões
da célula com maior necessidade energética. Alguns cientista defendem terem
sido "procariontes"que passaram a viver simbioticamente no interior das células
no início evolutivo da vida.

Funções da Mitocôndria:

A mitocôndria é responsável por muitos processos catabólicos fundamentais para


a obtenção de energia para a célula, como a β-oxidaçao de ácidos graxos, o
Ciclo de Krebs e a Cadeia respiratória. Dentro das membranas se realiza o
processo de extracção de energia dos alimentos (respiração celular) que será
armazenada em moléculas de ATP (adenosina trifosfato). É o ATP que fornece
energia necessária para as reacções químicas celulares.

Respiração Celular:

Respiração celular é o processo de conversão das ligações químicas de


moléculas ricas em energia que pode ser usada nos processos vitais.Ela pode
ser chamada de processo de fermentação. A respiração celular é o processo de
obtenção de energia mais utilizado pelos seres vivos. Na respiração, ocorre a
libertação de dióxido de carbono e energia e o consumo de oxigénio e glicose, ou
outra substância orgânica.Do ponto de vista da fisiologia, respiração é o
processo pelo qual um organismo vivo troca oxigénio e dióxido de carbono com o
seu meio ambiente.Do ponto de vista da bioquímica, respiração celular é o
processo de conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que
possa ser usada nos processos vitais.

O processo básico da respiração celular é a oxidação da glicose, que se pode


expressar pela seguinte equação química:

C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + Energia

Respiração Anaeróbica:

Glicólise:

Deriva do grego e quer dizer "quebra do açúcar". É a sequência metabólica de


várias reações enzimáticas, na qual a glicose é oxidada produzindo duas
moléculas de Ácido pirúvico, duas moléculas de ATP e dois equivalentes
reduzidos de NAD+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou na

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fermentação.

Glicose + 2 NAD+ + 4 ADP + 2 Pi → 2 NADH + 2 ácido pirúvico + 4


ATP + 2 H2O

Na fermentação, a molécula que recebe os electrões do NADH (ou FADH2) é um


produto da mesma via metabólica que produziu o NADH (ou FADH2). Por
exemplo, nos músculos, durante exercício físico intenso, o NADH produzido na
glicólise transfere os seus electrões para o piruvato (uma molécula orgânica
produzida também pela glicólise), dando origem a lactato.

Produtos obtidos através da Fermentação Láctica

Existem muitos outros tipos de fermentação em microorganismos, sendo o mais


conhecido a fermentação alcoólica:

Respiração Aeróbia

Na respiração, a molécula que recebe os electrões do NADH (ou FADH2) não é


um produto da mesma via metabólica que produziu o NADH (ou FADH2).
Portanto, existem microorganismos que utilizam como aceitador de electrões:
SO42-, SeO42- ,NO3-, NO2-, NO, U6+, Fe3+, H+, entre outros. Os mamíferos utilizam
oxigénio, este tipo de respiração é chamada respiração aeróbica. A respiração
aeróbica ocorre na membrana interna da mitocôndria, que contém os complexos
protéicos de transferência electrónica. Cada um destes complexos recebe
electrões de uma molécula e transfere-os para outra molécula diferente. Este
complexo de transferência de electrões é chamado cadeia transportadora de
electrões:

56
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Esquema da Cadeia Transportadora de Electrões

Nos complexos I, III e IV a transferência electrónica liberta energia suficiente para


+
transportar H da matriz mitocondrial para o espaço intermembranar. Este
+
processo cria um aumento da concentração de H (e do potencial eléctrico) no
espaço intermembranar, e consequentemente um maior potencial químico do H+
no espaço intermembranar do que na matriz. No entanto, quando se têm duas
soluções de potencial químico diferente separadas por uma membrana, o soluto
tem tendência para se deslocar do local onde o seu potencial químico é maior
para o local em que o seu potencial químico é menor (o que, para uma
substância sem carga eléctrica, é equivalente a mover-se dos locais de maior
concentração para os de menor concentraçao).

Ciclo de Krebs:

No Ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico), para o ciclo da glicose interagir com
o ciclo de Krebs, há uma reacção intermediária a qual transforma-se o Piruvato
em Acetil-CoA. Descoberto por Sir Hans Adolf Krebs (1900-1981). O ciclo é
executado na mitocôndria dos eucariontes e no citoplasma dos procariontes
(embora raramente). Este conjunto de reacções faz parte do metabolismo dos
organismos aeróbicos (seres que usam o oxigênio na respiração celular). Por
outro lado, os organismos anaeróbicos utilizam outro mecanismo, como a
glicólise (processo de fermentação independente do oxigênio).

Este ciclo inicia-se quando o piruvato que é sintetizado durante a glicólise é


transformado em acetil-CoA por acção da enzima piruvato desidrogenase. Este
composto vai reagir com o oxaloacetato que é um produto do ciclo anterior
formando-se citrato. O citrato vai dar origem a um composto de cinco carbonos, o
alfa-cetoglutarato com libertação de NADH, e de CO2. O alfa-cetoglutarato vai
dar origem a outros compostos de quatro carbonos com formação de GTP,
FADH2 e NADH e oxaloacetato.

57
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Esquema da Estrutura da Mitocôndrias

Após o ciclo de krebs ocorre outro processo denominado fosforilação oxidativa.


Nesta etapa, ocorre a entrada de NAD e CoA-SH. O Piruvato gerado na glicólise
sofre desidrogenação (oxidação) e descarboxilação catalisado pelo complexo
Piruvato desidrogenase. Durante essas reacções, é adicionada a coenzima A
(CoA). Desta forma, a partir de cada piruvato, produz-se um acetil-CoA.

Esta etapa é fundamental, principalmente no fígado, que regula a glicemia no


sangue, pois é irreversível. O piruvato, pode ser transformado novamente em
glicose, através do gasto de energia, num processo chamado gliconeogênese,
processo essencial para manutenção do nível mínimo de glicose no corpo, sem o
qual certos tecidos morreriam, por não realizarem o ciclo de Krebs. Uma vez
transformado em acetil-CoA, não há como gerar glicose novamente, sendo este
acetil-CoA usado para produzir energia (com oxigênio), corpos cetônicos,
gordura, colesterol ou isoprenóides.

Quando usado para produzir energia, o acetil-CoA vai para o ciclo de Krebs,
onde será oxidado, produzindo dióxido de carbono, água e GTP (energia). Os
produtos da oxidação são oxidados pelo oxigênio na Fosforilação oxidativa,
gerando ainda mais energia. Somado com a glicólise, são produzidos 38 ATP por
molécula de açúcar.

Etapas Rendimeto
Glicólise 2 / 4 ATP + 2NADH
Formação de Acetil-coA
Ciclo de Krebs 2 ATP + 6NADH ++ 2FADH2
Cadeia Respiratória 32 / 34ATP +10NADH + 2FADH2
Total (Molécula de ATP) 36 / 38 ATP + 6 H2O + 6CO2
Quadro Resumo da Respiração Celular

58
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Sumário
A mitocôndria é um organelo que apresenta duas membranas: uma externa e
uma interna, separadas pelo espaço intermembranar. Presente na maioria dos
eucariontes, excepto em um grupo de protistas chamado Archezoa, entretanto a
análise genômica desses organismos indica que eles podem ter perdido a
mitocôndria ao longo da evolução. O número de mitocôndrias varia com o tipo de
célula, o tamanho e a actividade celular. Podemos citar como exemplos: 1 nas
células de algumas espécies de algas; 1000 nas células do fígado; várias
dezenas de milhar em grandes células como a amiba. O ADN mitocondrial
apresenta-se na forma de bastonete ou esférica. Possuem DNA, RNA e
ribossomos próprios, tendo assim capacidade de autoduplicar-se.

A mitocôndria é responsável por muitos processos catabólicos fundamentais para


a obtenção de energia para a célula, como a β-oxidaçao de ácidos graxos, o
Ciclo de Krebs e a Cadeia respiratória. Respiração celular é o processo de
conversão das ligações químicas de moléculas ricas em energia que pode ser
usada nos processos vitais.Ela pode ser chamada de processo de fermentação.
A respiração celular é o processo de obtenção de energia mais utilizado pelos
seres vivos. Existem muitos outros tipos de fermentação em microorganismos,
sendo o mais conhecido a fermentação alcoólica: na respiração, a molécula que
recebe os electrões do NADH (ou FADH2) não é um produto da mesma via
metabólica que produziu o NADH (ou FADH2). No Ciclo de Krebs (ou ciclo do
ácido cítrico), para o ciclo da glicose interagir com o ciclo de Krebs, há uma
reacção intermediária a qual transforma-se o Piruvato em Acetil-CoA.

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1. O número de mitocôndrias varia com o tipo de célula, o


tamanho e a actividade celular. Cite alguns exemplos.
R: 1 nas células de algumas espécies de algas; 1000 nas células
do fígado; várias dezenas de milhar em grandes células como a
amiba.
2. Enumere as funções da mitocôndria:
R: a mitocôndria é responsável por muitos processos catabólicos
fundamentais para a obtenção de energia para a célula, como a
Exercicios β-oxidaçao de ácidos graxos, o ciclo de krebs e a cadeia
respiratória.
3. O acontece dentro da dentro das membranas da
mitocondrias?
R: se realiza o processo de extracção de energia dos alimentos
(respiração celular) que será armazenada em moléculas de atp
(adenosina trifosfato). É o atp que fornece energia necessária
para as reacções químicas celulares.

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Unidade 09

Tema: Plastídeos
Introdução

Prezado estudante, seja berm vindo a unidade de estudo sobre os plastídeos. A


plastídeos tal como as mitocôndrias são organelos celulares com uma função
vital para a célula. O principal grupo é representado pelos cloroplastos,
responsáveis pelo processo da fotossintese.

Portanto, caro estudante está convidado para a discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem os plastídeos;


 Caracterizar os elementos que compõem os plastídeos;
 Descrever os elementos que compõem os plastídeos;
Objectivos  Fazer esquema representantivo dos plastídeos;
 Explicar as funções dos plastídeos.

Plastídeos
Os plastídios são organelos celulares característicos das células das plantas.
Estes organelos possuem:
 um invólucro constituído por duas membranes;
 estroma (matriz no interior), que contém DNA, RNA e ribossomas (do
tipo procariótico);
 os plastideos tal como, as mitocôndrias são organelos semi-autónomos,
ou seja, estes organelos, não dependem completamente do núcleo, para
realizarem as suas funções, já que da sua constituição faz parte material
genético.

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Classificação dos Plastídeos:

Existem diferentes tipos de plastídios. Os vários tipos de plastídios podem


interconverter-se durante o desenvolvimento da planta. A sua classificação
baseia-se no tipo de material armazenado no seu interior e na presence ou
ausência de pigmentos que elaboram e ou acumulam determinadas
substâncias:

 Leucoplastos: os plastídios incolores, sem pigmentos. Neste grupo


podem ser subdivididos em: amiloplastos: acumulam amido. São
abundantes em certas sementes, raízes e caules. Amiloplasto é um dos
organitos que podem aparecer em algumas células vegetais. São
também conhecidos por grãos de amido, formando-se a partir dos
leucoplastos que armazenam esta substância de reserva das plantas. Os
grãos de amido do parênquima da batata são facilmente observáveis ao
microscópio óptico. Será, no entanto, necessário usar água iodada na
amostra a observar para que os grãos de amido se destaquem do resto
do citoplasma. A farinha maizena também é constituída por pedaços de
amiloplastos, também facilmente observáveis no microscópio óptico;
 Oleoplastos (Elaioplastos): contêm lípidos. Por exemplo: frutos e
sementes oleaginosas. Proteínoplastos: contêm proteínas. Um
oleoplasto é um tipo de leucoplasto que serve de local de
armazenamento de lipídios em células vegetais. Tal como os outros
leucoplastos, o oleoplasto tem poucos tilacóides e pouca ou nenhuma
clorofila ou carotenóides. Pensa-se que os oleoplastos derivaram dos
cloroplastos ao longo da evolução das plantas;
 Cromoplastos: plastídios coloridos, com pigmentos. No tomate, os
cromoplastos contêm grânulos ou agulhas de uma substância vermelha
chamada licopénio. Noutros casos, os cromoplastos encerram pigmentos
amarelos, cor de laranja, etc;
 Etioplasto: é um cloroplasto que ainda não sofreu exposição à luz solar.
É convertido em cloroplasto através da estimulação da síntese de
clorofila pela hormona citocinina.

No grupo dos plastos o mais importante é o cloroplastos. Este organelo é um tipo


de cromoplastos que acumulam pigmentos fotossintéticos. Plastídios ovóides,
que contêm pigmentos fotossintéticos, em especial clorofila, que lhes confere a
cor verde (folhas e caules verdes). A fotossíntese típica dos cloroplastos também
é realizada por bactérias, as cianobactérias. Este facto é uma das evidências nas
quais se baseia a teoria endossimbiótica de origem dos cloroplastos. Segundo
esta teoria, os cloroplastos teriam-se originado de uma cianobactéria ancestral

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engolfada pela célula eucariótica precursora. Essa teoria também é empregada


para explicar a origem das mitocôndrias.

Estrutura do Cloroplastos:

Os Cloroplastos possuem um invólucro constituído por duas membranas (como


todos os plastídios). A membrana interna, faz invaginações lamelares que podem
formar vesículas achatadas chamadas tilacóides. Estas formações empilham-se
umas sobre as outras formando o granum (no plural grana). É nestas membranas
que se encontram os pigmentos fotossintéticos. O sistema membranar interno
está mergulhado num liquido gelatinoso designado estroma. Portanto, todos os
plastídios derivam de um plastídio indiferenciado - o proplastídio.

Esquema da Estrutura de um Cloroplasto, (SILVA, A. D. e outros; 1999)

Nos cloproplastos é importante considerar os seguintes aspectos:

 presentes nas plantas e nas algas, também são organelos geradoras de


energia. É o sitio das reações fotossintéticas;
 apresenta um DNA circular (como nos procariontes) o qual codifica
proteínas no ribossomo destas organelos (70S) e enzimas necessárias
para a utilização de dioxide de carbono no ar;
 a membrana interna dobra-se no estroma (citoplasma dos cloroplastos)
para formar pilhas de sacos em forma de disco ou fita chamadas
tilacóides - contêm pigmentos clorofila e carotenóides;
 são capazes de se dividir por fissão binária no citoplasma como as
mitocôndrias.

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Esquema da Estrutura de um Cloroplasto.

A Fotossíntese e a sua Importância:

Excetuando as formas de energia nuclear, todas as outras formas de energia


utilizadas pelo homem moderno provêem do sol. A fotossíntese pode ser
considerada como um dos processos biológicos mais importantes na Terra. Por
liberar oxigênio e consumir dióxido de carbono, a fotossíntese transformou o
mundo no ambiente habitável que conhecemos hoje. De uma forma direta ou
indireta, a fotossíntese supre todas as nossas necessidades alimentares e nos
fornece um sem-número de fibras e materiais de construção. A energia
armazenada no petróleo, gás natural, carvão e lenha, que são utilizados como
combustíveis em várias partes do mundo, vieram a partir do sol via fotossíntese.

Assim sendo, a pesquisa científica da fotossíntese possui uma importância vital.


Se pudermos entender e controlar o processo fotossintético, nós saberemos
como aumentar a produtividade de alimentos, fibras, madeira e combustível,
além de aproveitar melhor as áreas cultiváveis. Os segredos da coleta de energia
pelas plantas podem ser adaptados aos sistemas humanos para fornecer modos
eficientes de aproveitamento da energia solar. Essas mesmas tecnologias podem
auxiliar-nos a desenvolver novos computadores mais rápidos e compactos, ou
ainda, a desenvolver novos medicamentos. Uma vez que a fotossíntese afeta a
composição atmosférica, o seu entendimento é essencial para compreendermos
como o ciclo do CO2 e outros gases, que causam o efeito estufa, afetam o clima
global do planeta.

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Sumário

Os plastídeos são organelos celulares característicos das células das plantas.


Estes organelos possuem: um invólucro constituído por duas membranes;
estroma (matriz no interior), que contém DNA, RNA e ribossomas (do tipo
procariótico);os plastideos tal como, as mitocôndrias são organelos semi-
autónomos, não dependem completamente do núcleo, para realizarem as suas
funções, já que da sua constituição faz parte material genético. Classificação
dos plastídios: leucoplastos; oleoplastos (elaioplastos); cromoplastos; etioplasto.

Nos cloproplastos é importante considerar os seguintes aspectos: presentes nas


plantas e nas algas, também são organelos geradoras de energia. É o sitio das
reações fotossintéticas; apresenta um DNA circular o qual codifica proteínas no
ribossomo destas organelos (70S) e enzimas necessárias para a utilização de
dioxido de carbono no ar; a membrana interna dobra-se no estroma para formar
pilhas de sacos em forma de disco ou fita chamadas tilacóides - contêm
pigmentos clorofila e carotenóides; são capazes de se dividir por fissão binária no
citoplasma como as mitocôndrias. A fotossíntese liberta oxigênio e consomie
dióxido de carbono. A fotossíntese transformou o mundo no ambiente habitável
que conhecemos hoje.

1. Como são constituidos os plastídeos?


R: um invólucro constituído por duas membranes; estroma
(matriz no interior), que contém dna, rna e ribossomas (do tipo
procariótico); os plastideos tal como, as mitocôndrias são
organelos semi-autónomos, ou seja, estes organelos, não
dependem completamente do núcleo, para realizarem as suas
Exercicios funções, já que da sua constituição faz parte material genético.
2. Como são classificados os plastídeos?
R: Leucoplastos: os plastídios incolores, sem pigmentos;
oleoplastos (elaioplastos): contêm lípidos; cromoplastos:
plastídios coloridos, com pigmentos; etioplasto: é um cloroplasto
que ainda não sofreu exposição à luz solar.

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Unidade 10
__________________________________________

Tema: Citoesqueleto

Introdução

Prezado estudante, seja berm vindo a unidade de estudo sobre o citoesqueleto.


Uma rede de filamentos de proteínas que se estende através do citoplasma das
células eucarióticas. Fornecendo a estrutura da moldura da célula e são
responsáveis pelos movimentos celulares.

Portanto, caro estudante está convidado para a discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem o citoesqueleto;


 Caracterizar os elementos que compõem o citoesqueleto;
 Descrever os elementos que compõem o citoesqueleto;
Objectivos  Fazer esquema representantivo o citoesqueleto;
 Explicar as funções do o citoesqueleto.

Citoesqueleto
Uma rede de filamentos de proteínas que se estende através do citoplasma das
células eucarióticas. Fornecendo a estrutura da moldura da célula e são
responsáveis pelos movimentos celulares. As bactérias são estruturas vivas que
não apresentam o citoesqueleto. As diferentes atividades do citoesqueleto
dependem de três diferentes tipos de filamentos protéicos: filamentos de actina,
microtúbulos e filamentos intermediários.

Cada tipo é formado a partir de uma subunidade protéica diferentes:

 Filamentos de actina constituídos por actina;


 Microtúbulos constituídos por tubulina;

66
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 Filamentos intermediários constituídos por e uma família de proteínas


fibrosas, como vimentina e lâmina.

As principais funçãoes do citoesqueleto são:

 Deslocamentos das células sobre um substrato.


 Responsável pela sustentação e resistência da célula.
 Contração muscular e a segregação dos cromossomos na mitose.
 Interações entre a célula-meio ambiente e entre células diferentes.
 Coordenar a distribuição de organelos na célula e orientar sua forma
geral.
 Responsável pelas alterações de forma e da distribuição de organelos
desencadeadas pelos movimentos de ciclose, amebóide, cromossomas,
cílios e flagelos).

Modelo da Estrutura do Citoesqueleto de uma Célula e Compomentes da Matriz


Citoplasmática

O Citoesqueleto das células eucariontes é composto de:

 Microtúbulos;
 Microfilamentos;
 Complexos protéicos fibrilares;
 Filamentos intermediários e espessos;
 Formados pela polimerização de proteínas globulares.

Esses componentes se associam entre si, formando uma complexa rede


citoplasmática. Através de proteínas associadas, eles se ligam à membrana
plasmática e às membranas de outros organelos. É uma estrutura dinâmica, que
se altera através de variações entre taxas de polimerização e despolimerização.

67
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Associação do Citoesqueleto com a Membrana Plasmática:

As junções entre células podem apresentar diferentes funções de acordo com


sua estrutura. A Junções de Oclusão são contínuas em torno da célula nos
pontos de contato com as células vizinhas e vedam compartimentos. São
formadas por proteínas transmembranares, associadas internamente ao
citoesqueleto de microfilamentos de actina (lume intestinal, bexiga, vias
respiratórias). As junções de adesão podem ser contínuas como a zona de
adesão, ou pontuais como os desmossomas e hemidesmossomas. A zona de
adesão associa-se aos microfilamentos de actina da malha próxima à membrana
plasmática. Os desmossomas e hemidesmossomas se associam a filamentos
intermediários. O citoesqueleto pode sofrer alterações devido a acção de
algumas drogas.

Modelo da Estrutura do Citoesqueleto de uma Célula e Compomentes da Matriz


Citoplasmática

Sumário
Uma rede de filamentos de proteínas que se estende através do citoplasma das
células eucarióticas. Fornecendo a estrutura da moldura da célula e são
responsáveis pelos movimentos celulares. Cada tipo é formado a partir de uma
subunidade protéica diferentes: filamentos de actina constituídos por actina;
microtúbulos constituídos por tubulina; filamentos intermediários constituídos por
e uma família de proteínas fibrosas, como vimentina e lâmina. As principais
funçãoes do citoesqueleto são:deslocamentos das células sobre um substrato;
responsável pela sustentação e resistência da célula; contração muscular e a

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segregação dos cromossomos na mitose; interações entre a célula-meio


ambiente e entre células diferentes; coordenar a distribuição de organelos na
célula e orientar sua forma geral e responsável pelas alterações de forma e da
distribuição de organelos desencadeadas pelos movimentos de ciclose,
amebóide, cromossomas, cílios e flagelos). O Citoesqueleto das células
eucariontes é composto de: microtúbulos; microfilamentos; complexos protéicos
fibrilares; filamentos intermediários e espessos e formados pela polimerização de
proteínas globulares.

1. O que entendes por citoesqueleto?


R: uma rede de filamentos de proteínas que se estende através
do citoplasma das células eucarióticas.
2. As diferentes actividades do citoesqueleto dependem de três
diferentes tipos de filamentos protéicos. Quais são?
R: Filamentos de actina, microtúbulos e filamentos
intermediários.
3. Quais são as principais funções de citoesqueleto (indique 3)?
Exercicios R: deslocamentos das células sobre um substrato, responsável
pela sustentação e resistência da célula e contração muscular e
a segregação dos cromossomos na mitose.
4. Como é composto ocitoesqueleto das células eucariontes?
R: microtúbulos; microfilamentos; complexos protéicos fibrilares;
filamentos intermediários e espessos; formados pela
polimerização de proteínas globulares.

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Unidade 11
_________________________________________

Tema: Membrana Celular


Introdução

Prezado estudante, seja berm vindo a unidade de estudo sobre a membrana


celular. Todas as membrana biológicas são constituídas por uma dupla camada
lipídica é altamente higroscópica, seletivamente permeável. A membrana celular
é formada por uma bicamada fosfolípidica, glico ou proteínas.

Portanto, caro estudante está convidado para a discussão sobre os diferentes


aspectos que caracterizam a membrana celular.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem a membrana celular;


 Caracterizar os elementos que compõem a membrana celular;
 Descrever os elementos que compõem a membrana celular;
Objectivos  Fazer esquema representantivo da membrana celular;
 Explicar as funções da membrana celular.

Membrana Celular
Possuem de 6 a 9 nm de espessura. São flexíveis e fluídas. São permeáveis à
água e impermeáveis a íons (Na, K, H,...) e à moléculas polares não carregadas
(glicídios). São permeáveis à substâncias liposolúveis. É formada de lipídios,
glicídios e protídios (que podem ser esféricos ou integrais).
 Davison-Danielli: dupla camada lipídica com extremidades hidrofóbicas
voltadas para dentro e extremidades hidrofílicas voltadas para proteínas
globulares;
 Unitária de Robertson: idêntico ao anterior, com diferença que as
proteínas estariam estendidas sobre a membrana e que haviam
proteínas que ocupavam espaços vazios entre lipídios;
 Mosaico Fluído (Singer e Nicholson): dupla camada lipídica com
extremidades hidrofóbicas voltadas para o interior e as hidrofílicas

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voltadas para o exterior. Participam da composição proteínas (integrais


ou esféricas) e glicídios ligados às proteínas (glicoproteínas) ou lipídios
(glicolipídios).

Todas as membrana biológicas são constituídas por uma dupla camada lipídica
aproximadamente (45%) e proteína (55%) é altamente higroscópica,
seletivamente permeável A membrane celular é formada por uma bicamada
fosfolípidica, glico ou proteínas. A parte do grupo fosfato (PO4-3) é polar . A
cadeia de ácido graxo ou do ácido gordo representa a parte lipídica e é apolar da
membrane celular. Também existem as glicoproteínas, glícidos estes recobrem
célula com pêlos retendo enzimas e nutrients, entretanto, formam o glicocálix.

Esquema da Disposição dos Fosfolípidos na Membrana Celular

As funções básicas e comuns das membranes celulares são:

 Regulação das interações célula-célula;


 Manutenção da integridade da estrutura da célula;
 Actuação como interface entre o citoplasma e o meio externo;
 Estabelecimento de sistemas de transporte para moléculas específicas;
 Receptores: reconhecimento de antígenos, células estranhas e células
alteradas;
 Permeabilidade seletiva: controle da movimentação de substâncias para
dentro e para fora da célula;
 Transdução de sinais extracelulares físicos e/ou químicos em eventos
intracelulares.

As caudas dos fosfolípidos da membrana celular são formados por


hidrocarbonetos saturados e insaturados. O colesterol tem como função
preencher os espaços entre as moléculas de fosfolípidos visinhos. Esta função
torna a membrana mais compacta reduzindo a sua fluidez a substâncias e por
consequente aumenta a sua capacidade selectiva.

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Na membrane também, exixtem proteinas e estas podem ser divididas em:

 Proteína periféricas ou extrínsecas, subdivididas em: internas e externas;


 Proteínas integrantes ou intrínsecas, que por sua vez, podem ser:
endoproteína, ectoproteína e integral ou transmembrana.

Para além, dos elementos citados na membrane celular podem se verificar as


seguintes estruturas:

 Poros ou canais: são "falhas" na membrana constituídas por proteínas


ou por moléculas lipídicas. Permitem a passagem de moléculas
pequenas cujo diâmetro seja inferior ao diâmetro do poro. Os poros têm
diâmetro variável apresentando um valor médio de 0,8 nm. Esses canais
podem ter carga positiva, negativa ou serem destituídos de cargas. Os
canais com carga positiva facilitam a passagem de moléculas negativas
e vice-versa. Os canais podem apresentar portões.
 Zonas de difusão facilitada: são regiões que possuem moléculas de
uma determinada espécie química, em alta concentração. Moléculas
afins se difundem com facilidade através dessas zonas. Exemplos:
lipídios e proteínas.
 Receptores: são locais (sítios) específicos da membrana onde podem
se encaixar moléculas (mensageiras) que passam uma determinada
informação à célula. Alguns receptores podem estar acoplados a canais
regulando, dessa forma, os processos de permeabilidade celular
receptores, freqüentemente estão associados aos operadores.
 Operadores: são estruturas protéicas capazes de realizar transporte
contra um gradiente de concentração do soluto transportado. Operam no
sentido unidirecional e são dependentes do fornecimento de energia
(ATP).

Os processos de membrana, são fenômenos que ocorrem na membrana celular


que explicam como as células nervosas podem ser excitadas e transmitir esta
excitação para outra parte do sistema nervoso e sistema muscular.

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Composição Química dos Líquidos Extra e Intracelulares

Fluidez da Membrana:

Fluidez da membrana é a facilidade com a qual as moléculas lipídicas movem-se


no plano da bicamada. A fluidez da membrana a uma determinada temperatura
depende da composição dos fosfolipídeos e, principalmente, das caudas de
hidrocarbonetos.

Alteração da sua Fluidez pode ocorrer por dois factores: caudas mais próximas
tornam a membrana permeável, mais viscosa e menos fluída e o outro factor é o
comprimento: as caudas mais curtas tornam a membrana mais fluída porque há
menor interação entre as caudas de hidrocarbonetos. O modelo de estrutura da
membrana plasmática actualmente aceite foi proposto por Singer e Nicholson em
1972.

Figura da Estrutura da Membrana Celular (modelo do mosaico fluido), Singer e


Nicholson em 1972

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A membrana celular manifesta algumas propriedades condicionadas pelos seus


componentes. A principal propriedade da membrana plasmática, que garante a
estabilidade da composição química do meio intracelular, é a seletividade-a
capacidade de selecionar as substâncias que entram na célula ou que dela
saem. Esta capacidade é garantida pelos elementos estruturas: proteinas e
lípidos. As proteinas conferem a membrana as seguintes propriedades:
elasticidade, resistência mecânica e baixa tensão superficial enquanto que os
lípidos lhe confrem alta resisência eléctrica e permeabilidade a substâncias
lipossolúveis.

Sumário

As membranas celulares: possuem de 6 a 9 nm de espessura; são flexíveis e


fluídas. São permeáveis à água e impermeáveis a íons. É formada de lipídios,
glicídios e protídios (que podem ser esféricos ou integrais). A membrane celular
é formada por uma bicamada fosfolípidica, glico ou proteínas. A parte do grupo
fosfato é polar e a cadeia de ácido graxo ou do ácido gordo é apolar. Algumas
funções básicas e comuns das membranes celulares são: manutenção da
integridade da estrutura da célula; manutenção da integridade da estrutura da
célula e estabelecimento de sistemas de transporte para moléculas específicas.
Na membrana as proteinas podem ser divididas em: proteína periféricas ou
extrínsecas (internas e externas) e proteínas integrantes ou intrínsecas
(endoproteína, ectoproteína e integral ou transmembrana).

Para além, dos elementos citados na membrane celular podem se verificar as


seguintes estruturas: poros ou canais, zonas de difusão facilitada e receptores
operadores. Os processos de membrana, são fenômenos que ocorrem na
membrana celular que explicam como as células nervosas podem ser excitadas
e transmitir esta excitação para outra parte do sistema nervoso e sistema
muscular. A fluidez da membrana a uma determinada temperatura depende da
composição dos fosfolipídeos e, principalmente, das caudas de hidrocarbonetos.
Alteração da sua fluidez pode ocorrer por dois factores: caudas mais próximas
tornam a membrana permeável, mais viscosa e menos fluída e o outro factor é o
comprimento: as caudas mais curtas tornam a membrana mais fluída porque há
menor interação entre as caudas de hidrocarbonetos.

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1. Explique comoéque os cientistas: davison-danielli , unitária de


robertson e mosaico fluído (singer e nicholson descreveram a
estrutura da membrana.
R: davison-danielli: dupla camada lipídica com extremidades
hidrofóbicas voltadas para dentro e extremidades hidrofílicas
voltadas para proteínas globulares; unitária de robertson:
idêntico ao anterior, com diferença que as proteínas estariam
estendidas sobre a membrana e que haviam proteínas que
ocupavam espaços vazios entre lipídios; mosaico fluído (singer e
nicholson): dupla camada lipídica com extremidades hidrofóbicas
Exercicios
voltadas para o interior e as hidrofílicas voltadas para o exterior.
Participam da composição proteínas (integrais ou esféricas) e
glicídios ligados às proteínas (glicoproteínas) ou lipídios
(glicolipídios).
2. Indique 4 funções básicas e comuns das membranes
celulares.
R: são: regulação das interações célula-célula; manutenção da
integridade da estrutura da célula; actuação como interface entre
o citoplasma e o meio externo; estabelecimento de sistemas de
transporte para moléculas específicas.

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Unidade 12
__________________________________________

Tema: Vesiculas

Introdução

Prezado estudante, seja berm vindo a unidade de estudo sobre as vesiculas. As


vesiculas podem ser condideradas como estruturas muito importantes no corpo
humano, tais como vesícula biliar e vesícula ou bexiga urinária. encontra-se na
célula. O termo também é utilizado em biologia celular para mencionar algumas
circunstâncias específicas como: transporte de vesículas.

Portanto, nesta unidade caro estudante, está convidado para a discussão sobre
os diferentes aspectos que caracterizam as vesiculas.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem as vesiculas;


 Caracterizar os elementos que compõem as vesiculas;;
 Descrever os elementos que compõem as vesiculas;;
Objectivos  Fazer esquema representantivo das vesiculas;
 Mencionar as funções das vesiculas;

Vesiculas
Vesícula é um termo com origem no latim "vesicula" (bolha, pequena bexiga ou
cavidade). A palavra também é utilizado para designar alguns orgãos e
patologias no corpo humano, tais como vesícula biliar e vesícula ou bexiga
urinária. encontra-se na célula. O termo também é utilizado em Biologia Celular
para compor algumas circunstâncias específicas. como: transporte de vesículas.

Miofibrilhas:

As miofibrilhas são organelos cilíndricos dispostos em feixes longitudinais que


preenchem quase totalmente o citoplasma das células musculares, em contacto

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com as extremidades do sarcolema (a membrana celular destas células) e são


responsáveis pela sua contratibilidade.

Estes organelos são formados por feixes de miofilamentos (chamados miômeros


ou sarcômeros) de dois tipos:

 Filamentos Finos: constituídos principalmente por actina enrolada em


filamentos de nebulina;
 Filamentos Grossos: constituídos principalmente por miosina ligada a
filamentos de titina.

Centríolos:

Os centríolos também são designados po diplossomos, são estruturas cilíndricas,


geralmente encontradas aos pares. Dão origem a cílios e flagelos (menos os das
bactérias), estando também relacionados com a formação do fuso acromático
observado durante a divisão celular. É uma estrutura muito reduzida, de dificil
observação ao microscópio óptico. Ao microscópio electrónico apresenta-se
como uma formação de 9 jogos de 3 microtúbulos dispostos em círculo,
formando uma espécie de cilindro oco.

Os centríolos localizados no citoplasma das células eucariontes, ausentes em


procariontes e nas angiospermas (plantas com frutos). Normalmente, as células
possuem um par de centríolos posicionados lado a lado ou posicionados
perpendicularmente. Dois centríolos dispostos perpendicularmente formam um
diplossomo. Têm origem comum com os centrossomos que dão origem a
flagelos e cílios que efectuam o movimento em certos tipos celulares e
organismos protistas.

Centríolos. 1: Corte longitudinal; B: Corte transversal. (SILVA, A. D. e outros;


1999)

O mecanismo de activação e funcionamento do centríolo não está bem explicado


até o momento. Sabe-se que exerce função vital na divisão celular. Durante os

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processos mitótico e meiótico, feixes de microtúbulos e microfibrilas são


sintetizados no citoplasma (e recebem o nome de ásteres) e posicionados de
modo a uma de suas extremidades ficar ligada ao centríolo, enquanto a outra
extremidade prende-se ao centrômero do cromossoma. Esta polarização e os
microtúbulos associados são conhecidos como fuso mitótico. O próprio centríolo
é duplicado, e cada novo centríolo com os microtúbulos associados migra para
uma extremidade da célula, puxando para si cada estrutura originada na
reprodução celular. O centríolo, portanto, age como organizador das estruturas
celulares durante sua reprodução. Acredita-se que para além das mencionadas o
centríolo tem outras funções durante a interfase.

Esquemas dos Centríolos na Disposição Paralela

Sumário

Vesícula é um termo com origem no latim "vesicula" (bolha, pequena bexiga ou


cavidade). As miofibrilhas são organelos cilíndricos dispostos em feixes
longitudinais que preenchem quase totalmente o citoplasma das células
musculares, em contacto com as extremidades do sarcolema (a membrana
celular destas células) e são responsáveis pela sua contratibilidade. Estes
organelos são formados por feixes de miofilamentos de dois tipos: filamentos
finos e filamentos. Os centríolos também são designados po diplossomos, são
estruturas cilíndricas, geralmente encontradas aos pares. Os centríolos
localizados no citoplasma das células eucariontes, ausentes em procariontes e
nas angiospermas (plantas com frutos).

O mecanismo de activação e funcionamento do centríolo não está bem explicado


até o momento. Durante os processos mitótico e meiótico, feixes de microtúbulos
e microfibrilas são sintetizados no citoplasma (e recebem o nome de ásteres) e
posicionados de modo a uma de suas extremidades ficar ligada ao centríolo,

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enquanto a outra extremidade prende-se ao centrômero do cromossoma. O


próprio centríolo é duplicado, e cada novo centríolo com os microtúbulos
associados migra para uma extremidade da célula, puxando para si cada
estrutura originada na reprodução celular.

1. Estes organelos são formados por feixes de miofilamentos


(chamados miômeros ou sarcômeros) de dois tipos. Quais são
esses tipos?
R: filamentos finos: constituídos principalmente por actina
enrolada em filamentos de nebulina; filamentos grossos:
constituídos principalmente por miosina ligada a filamentos de
titina.
2. Quais são as caracteristicas de centríolos?
Exercicios R: Os centríolos são estruturas cilíndricas, geralmente
encontradas aos pares.
3. Onde são localizados os centríolos?
R: os centríolos localizados no citoplasma das células
eucariontes, ausentes em procariontes e nas angiospermas
(plantas com frutos).

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Unidade 13

Tema: Lisossomas

Introdução

Prezado estudante, depois de termos discutido na unidade anterior sobre as


vesiculas. Nesta unidade iremos discutir aspectos sobre os lisossomas. Os
lisossomas são pequenas vesículas membranares, que encerram hidrolases
ácidas.

Portanto, nesta unidade caro estudante, está convidado para a discussão sobre
os diferentes aspectos que caracterizam os lisossomas.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem as vesiculas;


 Caracterizar os elementos que compõem as vesiculas;;
 Descrever os elementos que compõem as vesiculas;;
Objectivos  Fazer esquema representantivo das vesiculas;
 Mencionar as funções das vesiculas;

Lisossomas
Ao contrário da maioria dos organelos citoplasmáticos, os lisossomas não foram
descobertos pela observação, mas pela dedução. Os lisossomas foram
descoberto por Christian De Duve, em 1955 (Prémio Nobel) estudava as
hidrolases celulares e descobriu que todas elas, que apresentavam um pH
óptimo aproximadamente de cinco, se acompanhavam quando se submetiam
homegeneizados de tecidos a centrifugação diferencial. De Duve e seus
colaboradores concluiram que as hidrolases deveriam encontrar-se agrupadas
num organelo desconhecido, limitado por uma membrana, a qual deveria romper-
se para que os enzimas fossem activos nas suspensões.

Denominaram lisossoma esse organelo hipotético, e deduziram, a partir dos


valores de sedimentação em centrifugação, que deveriam medir cerca de zero

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ponto quatro µm de diâmetro. A microscopia electrónica viria dar-lhes inteira


razão. Os lisossomas são pequenas vesículas membranares, que encerram
hidrolases ácidas. Mais de setenta hidrolases diferentes foram identificadas nos
lisossomas. Entre estas, figuram enzimas específicos de diferentes substratos:
lipases (triglicerídeos lipase, fosfolipases); proteinases (exopeptidases e
endopeptidases), glucosidases (exoglucosidades e endoglucosidases);
nucleases (desoxirribonucleases e ribonucleases), etc. As hidrólises são
reacções que quebram moléculas, em presença de água, como se ilustra na
reacção abaixo esquematizada.

Origem dos Lisossomas:

Os lisossomas são organelos produzidos pelo Aparelho de Golgi, libertando-se a


partir da face de maturação dos dictiossomas. As hidrolases lisossómicas são
glicoproteinas que possuem, na sua estrutura, uma manose-6-fosfato. As
membranas das cisternas golgianas possuem, por sua vez, na face interna,
receptores que identificam a manose, e que fixam as hidrolases referidas.

Só depois desta operação, é que ocorre a formação de vesículas lisossómicas.


Estas porém, não possuem ainda a acidez necessária ao pleno funcionamento
dos enzimas. São por isso designados por pré-lisossomas (P.L). A aquisição da
acidez é um processo posterior à formação da vesícula lisossómica. Resulta do
+
bombeamento de protões (H ) para o interior do pré-lisossoma, realizado por
bombas protónicas intrínsecas à membrana lisossómica. Depois da fase de
"maturação", o lisossoma está pronto para intervir nos processos de digestão
celular. Neste caso, designa-se por lisossoma primário (L.p).

Formação e Maturação de Lisossomas:

 Na face de maturação dos dictiossomas, as diversas hidrolases


lisossómicas (Hs) possuem, na sua estrutura glicoproteica, uma manose-
6-fosfato (M-6P);
 Receptores protéicos específicos (R.m) da manose-6-fosfato (M-6P)
localizam-se na membranas dos dictiossomas (D);
 A ligação das hidrolases aos receptores membranares, induz nestes uma
alteração estrutural que se repercute na face oposta da membrana,
sobre um revestimento externo constituído por uma malha de clatrina
(R.Cl);

81
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 Em consequência, a malha de clatrina aperta, estrangula localmente a


cisterna golgiana e isola uma vesícula carregada de hidrolases (Pré-
lisossoma - P.L);
 Enquanto a malha de clatrina se desmancha e desaparece, bombas de
transporte activo de protões (B.p), integradas na membrana, injectam
protões na matriz lisossómica, acidificando-a. O Lisossoma passa a estar
activo e pronto a intervir nos processos de digestão (Lisossoma primário
- L.p).

Imagem: Acção dos Lisossomas sobre os Alimentos. Fonte: Internet

Os lisossomas primários descarregam a sua carga enzimática em vacúolos de


endocitose (endossomas, no caso de heterofagia) ou em vacúolos de autofagia.
O processo de digestão decorre a partir da fusão de um ou mais lisossomas com
as referidos vacúolos e, consequentemente, a mistura das enzimas lisossómicas
com as substâncias captadas. Ao fundirem-se os lisossomas primários com a
vesícula portadora dos materiais a digerir, forma-se uma nova estrutura,
designada por lisossoma secundário (L.s). Neste, as hidrolases actuam
directamente sobre os substratos. As pequenas moléculas resultantes da
digestão são assimiladas através da membrana, pelo citossol, pelo contrário, os
materiais não digeríveis, constituem um corpo residual, sempre elimitado por
uma membrana, que poderá ser eliminado por exocitose.

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Imagem: Acção dos Lisossomas sobre os Alimentos. Fonte: Internet

Funções os Lisossomas:

Os lisossomas têm funções múltiplas:

 Participam na nutrição celular, digerindo os materiais obtidos por


endocitose;
 Actuam no catabolismo celular, destruíndo macromoléculas;
 Intervêm no processo de reciclagem dos materiais estruturantes,
destruindo as estruturas inoperantes ou desnecessárias; ou ainda nos
mecanismos de defesa contra agentes exteriores;
 As hidrólises promovidas pelos lisossomas são, na maioria dos casos,
endocelulares, referindo-se quer à digestão de materiais exógenos
(heterofagia), quer a materiais próprios da célula (autofagia);
 No primeiro caso, a captação dos materiais opera-se por endocitose,
ficando estes encerrados em endossomas, com os quais os lisossomas
primários fusionam;
 No segundo caso, ocorre um fenómeno de envolvimento das estruturas
celulares a destruir por parte do retículo endoplasmático (por exemplo,
as mitocôndrias excedentárias ou degradadas) ou macromoléculas
(grãos de glicogénio, por exemplo). Formam-se assim autossomas com
os quais coalescem os lisossomas primários;
 Tanto no primeiro, como no segundo caso, após a fusão com os
lisossomas primários, formam-se vesículas onde os materiais a digerir se
misturam com as hidrolases. Designam-se por lisossomas secundários;

83
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A heterofagia constitui um dos mecanismos celulares de captação de matéria,


quando esta se encontra em condições físicas (volume) incompatíveis com os
mecanismos de transporte transmembranar:

 A heterofagia: em alguns casos, processa-se no exterior da célula. As


hidrolases lisossómicas actuam no exterior, sendo libertadas por
exocitose. Esta digestão ocorre, por exemplo, no processo de
remodelação dos tecidos ósseo e cartilagíneo. Os fungos secretam
igualmente hidrolases ácidas que degradam substâncias existentes no
meio extracelular, como por exemplo a celulose. As pequenas moléculas
resultantes da digestão são, em seguida, absorvidas pela célula, com
recurso aos mecanismos habituais de transporte transmembranar;
 A autofagia: constitui uma das funções principais dos lisossomas. Com
efeito, regendo-se o funcionamento da célula, por rigorosos princípios de
economia que não autorizam o desperdício de recursos, as estruturas
envelhecidas ou desajustadas das necessidades, são eliminadas e os
seus componentes, recuperados e utilizados na síntese de novas
moléculas ou na edificação de novas estruturas. A célula mobiliza, para
esta reciclagem de materiais, mecanismos idênticos aos que emprega
para digerir as substâncias importadas.

Imagem: Acção dos Lisossomas sobre os Alimentos. Fonte: Internet

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Sumário

Os lisossomas são organelos produzidos pelo Aparelho de Golgi, libertando-se a


partir da face de maturação dos dictiossomas. As hidrolases lisossómicas são
glicoproteinas que possuem, na sua estrutura, uma manose-6-fosfato. As
membranas das cisternas golgianas possuem, por sua vez, na face interna,
receptores que identificam a manose, e que fixam as hidrolases referidas. Os
lisossomas primários descarregam a sua carga enzimática em vacúolos de
endocitose (endossomas, no caso de heterofagia) ou em vacúolos de autofagia.
O processo de digestão decorre a partir da fusão de um ou mais lisossomas com
as referidos vacúolos e, consequentemente, a mistura das enzimas lisossómicas
com as substâncias captadas.

Algumas funções de lisossomas são: a captação dos materiais, envolvimento das


estruturas celulares a destruir por parte do retículo endoplasmático. A heterofagia
constitui um dos mecanismos celulares de captação de matéria, quando esta se
encontra em condições físicas (volume) incompatíveis com os mecanismos de
transporte transmembranar: A autofagia: constitui uma das funções principais dos
lisossomas. Com efeito, regendo-se o funcionamento da célula, por rigorosos
princípios de economia que não autorizam o desperdício de recursos, as
estruturas envelhecidas ou desajustadas das necessidades, são eliminadas e os
seus componentes, recuperados e utilizados na síntese de novas moléculas ou
na edificação de novas estruturas.

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

1. Qual é a origem dos lisossomas?


R: Os lisossomas são organelos produzidos pelo aparelho de
golgi, libertando-se a partir da face de maturação dos
dictiossomas.
2. O que sao hidrolases lisossómicas e qual e a funcao?
R: são glicoproteinas que possuem, na sua estrutura, uma
manose-6-fosfato. As membranas das cisternas golgianas
possuem, por sua vez, na face interna, receptores que
Exercicios identificam a manose, e que fixam as hidrolases referidas.
3. Quais são as funções os lisossomas ( indique 3)?
R: participam na nutrição celular, digerindo os materiais obtidos
por endocitose; actuam no catabolismo celular, destruíndo
macromoléculas; intervêm no processo de reciclagem dos
materiais estruturantes, destruindo as estruturas inoperantes ou
desnecessárias; ou ainda nos mecanismos de defesa contra
agentes exteriores.

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Unidade 14

Tema: Os Flagelo e Cilios

Introdução

Prezado estudante, depois de termos discutido na unidade anterior sobre os


flagelos e cílios. Os flagelos são estruturas permanentes de locomoção dos
flagelados e de algumas espécies de amebas durante alguns estágios de seu
ciclo vital. Os cílios são estruturas de locomoção dos ciliados e ocorrem em
grandes números sobre a superfície celular desses organismos, gerando grandes
velocidades de deslocamento no ambiente aquático.

Portanto, nesta unidade caro estudante, está convidado para a discussão sobre
os diferentes aspectos que caracterizam os flagelos e cílios.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem os flagelos e cílios;


 Caracterizar os elementos que compõem os flagelos e cílios;
 Descrever os elementos que compõem os flagelos e cílios;
Objectivos  Fazer esquema representantivo os flagelos e cílios;
 Mencionar as funções dos os flagelos e cílios.

Os Flagelos e Cílios

Os flagelos são estruturas permanentes de locomoção dos flagelados e de


algumas espécies de amebas durante alguns estágios de seu ciclo vital. O
número de flagelos varia conforme a espécie. Por exemplo, os flagelados do
gênero Trypanosoma possuem um único flagelo, enquanto que, o parasita
intestinal Giardia lamblia possui quatro ou mais flagelos. Os cílios são estruturas
de locomoção dos ciliados e ocorrem em grandes números sobre a superfície
celular desses organismos, gerando grandes velocidades de deslocamento no
ambiente aquático. Flagelos e cílios originam-se nos corpúsculos basais

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(cinetossomos) no interior da célula, que funcionam como base de inserção e de


movimento.

Esquema Diagrama das Partes Constituintes de um Cílio ou Flagelo

O flagelo bacteriano é um tubo oco, com vinte nanómetros de espessura,


composto pela proteína flagelina, de forma helicoidal com uma dobra à saída da
membrana celular chamada "gancho", que faz com que a hélice fique virada
apara o exterior da célula. Entre o gancho e a estrutura basal existe uma bainha
que passa através de anéis de proteina na membrana celular, que funcionam
como “rolamentos”. Os organismos Gram-positivos têm dois anéis, um na parede
celular e outro na membrana, enquanto que os Gram-negativos têm quatro anéis,
dois na parede celular e dois na membrana.

O flagelo bacteriano é activado por um “motor” rotativo composto de proteínas,


localizado no ponto da membrana interna onde o flagelo tem a sua origem, e é
movido por um fluxo de protões, causado por um gradiente de concentrações
originado pelo metabolismo da célula (nas espécies de Vibrio o motor é uma
bomba de sódio). O motor transporta prótons através da membrana, sendo
activado nesse processo e é capaz de operar a seis a dezassete mil rpm mas,
com o filamento normalmente atinge apenas duzentos à mil rpm.

Nas bactérias, os componentes do flagelo podem organizar-se espontanemente,


uma vez que, tanto a estrutura basal como o filamento têm um centro oco,
através do qual as proteínas do flagelo se movem para as suas respectivas
posições. A estrutura basal tem muitas características em comum com certos
tipos de poro secretor, que têm igualmente uma estrutura oca que se estende

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para fora da célula e pensa-se que o flagelo bacteriano pode ter sido o resultado
da evolução destes poros.

Esquemas de diferentes organizações dos flagelos nas bactérias: A-onótricas; B-


Lofótricas; C-Anfítricas; D-Perítricas;

Diferentes espécies de bactérias têm diferentes números e organização dos


flagelos:

 As bactérias monótricas possuem um único flagelo;


 As lofótricas têm múltiplos flagelos localizados num único ponto da
superfície da célula e movem-se em sincronia para impelir a bactéria
numa determinada direcção;
 As anfítricas têm um flagelo em cada extremidade da célula, mas apenas
um deles opera de cada vez, permitindo à bactéria mudar de direcção
rapidamente, operando um flagelo e parando o outro;
 As perítricas possuem flagelos em toda a superfície da célula.

As espiroquetas possuem ainda flagelos internos entre a membrana interna e a


externa, que rodam causando um movimento em forma de parafuso. O flagelo
polar das bactérias monótricas roda geralmente no sentido inverso, empurrando
a célula para uma direcção, ficando o flagelo para trás mas periodicamente o
sentido da rotação é invertido, causando um "solavanco" que permite a
reorientação da célula.

Flagelo Arqueano:

O flagelo arqueano é um organelo dos procariontes exclusivo dos Archaea


superficialmente semelhante ao flagelo bacteriano, uma vez que ambos
consistem em filamentos de flagelinas originados na membrana celular que

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rodam para movimentar a célula. No entanto, há diferenças fundamentais entre o


flagelo arqueano e o flagelo bacteriano:

 O flagelo bacteriano é impulsionado por um fluxo de íons H+ (ou Na+),


enquanto que o arquaeano é impulsionado por ATP (a energia química
das células vivas);
 Enquanto que os flagelos bacterianos rodam independentemente uns
dos outros, os flagelos arqueanos são compostos de feixes de filamentos
que rodam como uma unidade;

Os flagelos bacterianos crescem pela adição de unidades de flagelina na


extremidade, quando que os arquaeanos crescem pela addição daquelas
unidades na base; isto provém do facto dos flagelos bacterianos serem mais
espessos que os arqueanos e terem um "tubo" por onde as unidades de flagelina
podem chegar à extremidade, enquanto que o flagelo arqueano é demasiado
estreito para permitir esta “migração. Estas diferenças parecem indicar que os
flagelos bacteriano e arqueano são um caso de analogia biológica ou evolução
convergente e não de homologia.

Flagelo Eucariótico:

O flagelo eucariótico, também chamado cílio ou ondulipódio ("pé ondulante") é


completamente diferente do flagelo das bactérias, tanto em estrutura como em
origem evolucionária. Mas a função é a mesma: criar movimento, quer da célula
em si (nos organismos unicelulares), quer do fluido envolvente. É formado por
um conjunto de nove pares de microtúbulos que rodeiam dois outros
microtúbulos, o axonema.

Na base do flagelo, por dentro da membrana celular, existe um corpo basal ou


cinetossoma, com cerca de quinhentos nanómetros de comprimento. O
movimento do flagelo é provocado por energia química, na forma de ATP, que a
célula transmite à proteína dineína, que liga os microtúbulos, fazendo-os deslizar
uns contra os outros. Algumas células têm flagelos, geralmente mais pequenos,
organizados em filas compactas chamadas cinécias, que são os verdadeiros
cílios e que normalmente se movem em sincronia.

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Imagem: Cilios da Paramécia. Fonte: Internet

Sumário
Os flagelos são estruturas permanentes de locomoção dos flagelados e de
algumas espécies de amebas durante alguns estágios de seu ciclo vital. O
número de flagelos varia conforme a espécie. Por exemplo, os flagelados do
gênero Trypanosoma possuem um único flagelo, enquanto que, o parasita
intestinal Giardia lamblia possui quatro ou mais flagelos. Os cílios são estruturas
de locomoção dos ciliados e ocorrem em grandes números sobre a superfície
celular desses organismos, gerando grandes velocidades de deslocamento no
ambiente aquático. Flagelos e cílios originam-se nos corpúsculos basais
(cinetossomos) no interior da célula, que funcionam como base de inserção e de
movimento. O flagelo bacteriano é um tubo oco, com vinte nanómetros de
espessura, composto pela proteína flagelina, de forma helicoidal com uma dobra
à saída da membrana celular chamada "gancho", que faz com que a hélice fique
virada apara o exterior da célula.

Os organismos Gram-positivos têm dois anéis, um na parede celular e outro na


membrana, enquanto que os Gram-negativos têm quatro anéis, dois na parede
celular e dois na membrana. O flagelo arqueano é um organelo dos procariontes
exclusivo dos Archaea superficialmente semelhante ao flagelo bacteriano, uma

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vez que ambos consistem em filamentos de flagelinas originados na membrana


celular que rodam para movimentar a célula. No entanto, há diferenças
fundamentais entre o flagelo arqueano e o flagelo bacteriano: O flagelo
+ +
bacteriano é impulsionado por um fluxo de íons H (ou Na ), enquanto que o
arquaeano é impulsionado por ATP (a energia química das células vivas)
enquanto que os flagelos bacterianos rodam independentemente uns dos outros,
os flagelos arqueanos são compostos de feixes de filamentos que rodam como
uma unidade.

1. Quais são as caracteristicas do flagelo bacteriano?


R: o flagelo bacteriano é um tubo oco, com vinte nanómetros de
espessura, composto pela proteína flagelina, de forma helicoidal
com uma dobra à saída da membrana celular chamada gancho,
que faz com que a hélice fique virada apara o exterior da célula.
2. Diferentes espécies de bactérias têm diferentes números e
organização dos flagelos:
R: As bactérias monótricas possuem um único flagelo; as
lofótricas têm múltiplos flagelos localizados num único ponto da
superfície da célula e movem-se em sincronia para impelir a
bactéria numa determinada direcção; as anfítricas têm um flagelo

Exercicios em cada extremidade da célula, mas apenas um deles opera de


cada vez, permitindo à bactéria mudar de direcção rapidamente,
operando um flagelo e parando o outro; as perítricas possuem
flagelos em toda a superfície da célula.
3. Quais são as diferenças fundamentais entre o flagelo
arqueano e o flagelo bacteriano?
R: O flagelo bacteriano é impulsionado por um fluxo de íons h+
+
(ou na ), enquanto que o arquaeano é impulsionado por atp (a
energia química das células vivas) enquanto que os flagelos
bacterianos rodam independentemente uns dos outros, os
flagelos arqueanos são compostos de feixes de filamentos que
rodam como uma unidade.

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Unidade 15

Tema: As Proteínas

Introdução

As proteinas, tal como os glicidos e lipidos constituem uma classe de substâncias


muito importantes para o organismo, desempenhando várias funções. Este
módulo é reservado a uma discussão sobre as proteinas onde iremos destacar
aspectos que achamos relevantes para compreensão desta matéria.

Prezado estudante como sempre mais uma vez é convidado para uma discussão
participativa e activa sobre as macromoléculas vulgarmente chamadas proteinas.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Caracterizar Proteinas.
 Descrever a estrutura das Proteinas.
 Explicar a composição das Proteinas.
 Exemplificar alimentos de ocorrência Proteinas.
 Classificação das Proteinas segundo a sua função.
Objectivos
 Classificação das Proteinas segundo a sua estrutura.

As Proteinas
As Proteínas são compostos orgânicos de estrutura complexa e massa molecular
elevada (de 5.000 a 1.000.000 ou mais unidades de massa atômica), sintetizadas
pelos organismos vivos através da condensação de um grande número de
moléculas de alfa-aminoácidos, através de ligações denominadas ligações
peptídicas. Uma proteína é um conjunto de no minimo 100 aminoácidos, mas
sabemos que uma proteína possui muito mais que essa quantidade, sendo os
conjuntos menores denominados Polipeptídeos.

Em comparação, designa-se Prótido qualquer composto azotado que contém


aminoácidos, peptídios e proteínas (pode conter outros componentes). Uma
grande parte das proteínas são completamente sintetizadas no citosol das
células pela tradução do RNA enquanto as proteínas destinadas à membrana

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citoplasmática, lisossomas e as proteínas de secrecção possuem um sinal que é


reconhecido pela membrana do retículo endoplasmático onde terminam sua
síntese.

Esquema da Parte de uma Cadeia Protéica mostrando as Ligações Peptídicas. Fonte: Auto-
elaboração.

Uma ligação peptídica é uma ligação química que ocorre entre duas moléculas
quando o grupo carboxilo de uma molécula reage com o grupo amina de outra
molécula, liberando uma molécula de água ( H2O ). Isto é uma reação de síntese
por desidatração que ocorre entre moléculas de aminoácidos.

Esquema da Parte de uma Cadeia Protéica mostrando Ligação Covalente. Fonte: Auto-
elaboração.

A ligação covalente C-N resultante é chamada ligação peptídica e a grupo


funcional resultante é uma amida . Polipeptídeos e proteínas são cadeias de
aminoácidos presas por ligações peptídicas. A espinha dorsal do PNA
(quimicamente similar ao DNA e RNA) também é mantido por este tipo de
ligação. A ligação C-N tem um caráter parcial de dupla ligação, com o átomo de
N alcançando uma carga positiva parcial e o O uma carga negativa parcial, não
permitindo que a molécula normalmente gire sobre esta ligação. O arranjo inteiro
dos quatro átomos C,O,N,H da ligação peptídica assim como os dois carbonos
vicinais da ligação é uma estrutura planar. Esta ordenação planar rígida é o
resultado da estabilização por ressonância da ligação peptídica. Por isso, o
esqueleto resultante é uma série de planos sucessivos separados por grupos
metilenos substituidos. Isso impõem restrições importantes no número de

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conformações que uma proteína pode adotar. Uma ligação peptídica pode ser
quebrada por hidrólise (adição de água ). Em determinadas condições e na
presença de água, ocorre a quebra destas ligações espontaneamente com
libertação de aproximadamente 10 Kj/mol de energia livre, porém o processo é
extremamente lento. Em organismos vivos, o processo é facilitado pelas
enzimas. Os organismos vivos também empregam enzimas para formar os
peptídeos; este processo requer energia. O comprimento de onda de absorção
para uma ligação peptídica é de 220-280 nm.

Composição
Quanto à estrutura molecular as proteínas são classificadas em:

 Proteínas constituídas somente por aminoácidos como, por exemplo, a


queratina (cabelo). A hidrólise completa dessas proteínas produz
unicamente α-aminoácidos.
 Proteínas complexas (conjugadas ou heteroproteínas): proteínas que
apresentam a cadeia de aminoácidos ligada a um radical diferente (grupo
prostético). Dependendo do grupo prostético, as proteínas podem ser
classificadas em:

 Glicoproteínas: o grupo é um glicídio. Exemplos: mucina (saliva)


e osteomucóide (ossos).
 Cromoproteínas: o grupo é um pigmento. Exemplos: clorofila
(vegetais verdes) e hemoglobina (sangue).
 Fosfoproteínas: o grupo é o ácido fosfórico. Exemplos: vitelina
(gema do ovo) e caseina (leite).
 Nucleoproteínas: o grupo é um ácido heterocíclico complexo.
 Lipoproteínas: O grupo prostético é um lípidio. Exemplos:
Fibrinogênio.

A hidrólise completa dessas proteínas produz α-aminoácidos e grupos


prostéticos.

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Estrutura Tridimensional
As proteínas podem ter 4 tipos de estrutura dependendo do tipo de aminoácidos
que possui, do tamanho da cadeia e da configuração espacial da cadeia
polipeptídica. As estruturas são:

Estrutura primária

É originada pela sequência de aminoácidos ao longo da cadeia polipeptídica. É o


nível estrutural mais simples e mais importante, pois dele deriva todo o arranjo
espacial da molécula. São específicas para cada proteína, sendo geralmente
determinados geneticamente. A estrutura primária da proteína resulta em uma
longa cadeia de aminoácidos semelhante a um "colar de contas", com uma
extremidade "amino terminal" e uma extremidade "carboxi terminal". Sua
estrutura é somente a sequência dos aminoácidos, sem se preocupar com a
orientação espacial da molécula.

Estrutura Secundária
É dada pelo arranjo espacial de aminoácidos próximos entre si na sequência
primária da proteína. É o último nível de organização das proteínas fibrosas, mais
simples estruturalmente. ajudando os ossos com células musculares e bacilo.
Ocorre graças à possibilidade de rotação das ligações entre os carbonos a dos
aminoácidos e seus grupamentos amina e carboxila. O arranjo secundário de um
polipeptídeo pode ocorrer de forma regular; isso acontece quando os ângulos
das ligações entre carbonos a e seus ligantes são iguais e se repetem ao longo
de um segmento da molécula. São dois os tipos principais de arranjo secundário
regular: Alfa-hélice e Folha-beta.

Estrutura Terciária
Resulta do enrolamento da hélice ou da folha pregueada, sendo estabilizada por
pontes de hidrogênio e pontes de enxofre. Esta estrutura confere a actividade
biológica às proteínas. A estrutura terciária descreve o dobramento final de uma
cadeia, por interações de regiões com estrutura regular ou de regiões sem
estrutura definida, podendo haver interações de segmentos distantes de
estrutura primária, por ligações não covalentes. Enquanto a estrutura secundária
é determinada pelo relacionamento estrutural de curta distância, a terciária é
caracterizada pelas interações de longa distância entre aminoácidos,
denominadas interações hidrofóbicas, e pelas interações elestrostáticas. Todas
têm seqüências de aminoácidos diferentes, refletindo estruturas e funções

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diferentes. Efectua interações locais entre os aminoácidos que ficam próximos


uns dos outros.

Estrutura Quaternária
Algumas proteínas podem ter duas ou mais cadeias polipeptídicas. E essa
transformação das proteínas em estruturas tridimensionais é a estrutura
quaternária. Elas são guiadas e estabilizadas pelas mesmas interações da
terciária. A junção de cadeias polipeptídicas pode produzir diferentes funções
para os compostos. Um dos principais exemplos de estrutura quaternária é a
hemoglobina. Sua estrutura é formada por quatro cadeias polipeptídicas...

Ilustração das Estruturas: Primária, Secundária, Terciária e Quaternária das Proteinas,


respectivamente. Fonte: Internet

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Funções das Proteínas


As proteinas são macromoléculas com várias funções para uma fisiologia
integrada do organismo, como um todo, em particular humano. Dentre elas
destacamos:

Estrutural ou Plástica: São aquelas que participam dos tecidos dando-lhes


rigidez, consistência e elasticidade. São proteínas estruturais: colágeno
(constituínte das cartilagens), actina e miosina (presentes na formação das fibras
musculares), queratina (principal proteína do cabelo), fibrinogênio (presente no
sangue), albumina (encontrada em ovos) e outras.

Hormonal: Exercem alguma função específica sobre algum órgão ou estrutura


de um organismo como, por exemplo, a insulina que retira a glicose em excesso
do sangue(embora tecnicamente a insulina seja considerada apenas um
polipeptídeo, devido a seu pequeno tamanho).

Defesa: Os anticorpos são proteínas que realizam a defesa do organismo,


especializados no reconhecimento e neutralização de vírus, bactérias e outras
substâncias estranhas. O fibrinogênio e a trombina são outras proteínas
responsáveis pela coagulação do sangue e prevenção de perda sanguínea em
casos de cortes e machucados.

Energética: Obtenção de energia a partir dos anias que compõem as proteínas.

Enzimática: Enzimas são proteínas capazes de catalisar reacções bioquímicas


como, por exemplo, as lipases. As enzimas não reagem, são reutilizadas
(sempre respeitando o sítio activo) e são específicas. As enzimas reduzem a
energia de ativação das reacções químicas. A função da enzima depende
diretamente de sua estrutura.Proteínas altamente especializadas e com atividade
catalítica.

Condutoras de Gases: O transporte de gases (principalmente do oxigênio e um


pouco do gás carbônico) é realizado por proteínas como a hemoglobina e
hemocianina presentes nos glóbulos vermelhos ou hemácias .

Desnaturação das Proteínas


A desnaturação ocorre quando a proteína perde sua estrutura secundária e/ou
terciária, ou seja, o arranjo tridimensional da cadeia polipeptídica é rompido,
fazendo com que, quase sempre, a proteína perca sua atividade biológica
característica.

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Quando as proteínas sofrem desnaturação não ocorre rompimento de ligações


covalentes do esqueleto da cadeia polipeptídica, preservando a seqüência de
aminoácidos características da proteína.

Os factores que causam a desnaturação, são:

 Aumento de temperatura (cada proteína suporta um certo calor, se isso é


ultrapassado ela desnatura);
 Extremos de pH;
 Solventes orgânicos miscíveis com a água (etanol e acetona);
 Solutos (uréia);
 Exposição da proteína a detergentes;
 Agitação vigorosa da solução protéica até formação abundante de
espuma.

Sumário
As Proteínas são compostos orgânicos de estrutura complexa e massa molecular
elevada, sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de um
grande número de moléculas de alfa-aminoácidos, através de ligações
denominadas ligações peptídicas. Uma grande parte das proteínas são
completamente sintetizadas no citosol das células pela tradução do RNA
enquanto as proteínas destinadas à membrana citoplasmática, lisossomas e as
proteínas de secrecção possuem um sinal que é reconhecido pela membrana do
retículo endoplasmático onde terminam sua síntese.

Uma ligação peptídica é uma ligação química que ocorre entre duas moléculas
quando o grupo carboxilo de uma molécula reage com o grupo amina de outra
molécula, liberando uma molécula de água ( H2O ). Isto é uma reação de síntese
por desidatração que ocorre entre moléculas de aminoácidos. Quanto à estrutura
molecular as proteínas são classificadas em: proteínas constituídas somente por
aminoácidos e proteínas complexas (conjugadas ou heteroproteínas): proteínas
que apresentam a cadeia de aminoácidos ligada a um radical diferente (grupo
prostético).

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

As proteínas podem ter 4 tipos de estrutura dependendo do tipo de aminoácidos


que possui: estrutura primária, secundária, terceária e quaternária. As proteinas
são macromoléculas com várias funções: estrutural ou plástica, hormonal,
defesaenergética, enzimática e condutoras de gases. Os factores que causam a
desnaturação, são: aumento de temperatura (cada proteína suporta um certo
calor, se isso é ultrapassado ela desnatura); extremos de ph; solventes orgânicos
miscíveis com a água (etanol e acetona); solutos (uréia); exposição da proteína a
detergentes; agitação vigorosa da solução protéica até formação abundante de
espuma.

1. Como é que são classificadas as proteínas quanto à estrutura


molecular? Explique as diferenças.
Proteínas constituídas somente por aminoácidos e a hidrólise completa
dessas proteínas produz unicamente α-aminoácidos e proteínas
complexas (conjugadas ou heteroproteínas): proteínas que apresentam a
cadeia de aminoácidos ligada a um radical diferente (grupo prostético).
2. Classifique as proteinas segundo o seu grupo prostético.
R: Glicoproteínas, cromoproteínas, fosfoproteínas, nucleoproteínas,
lipoproteínas e fibrinogênio.
3. Faça a diferença entre: estrutura primária, secundária, terceária e
quaternária.
Exercicios R: Estrutura primária: é originada pela sequência de aminoácidos ao longo
da cadeia polipeptídica. Estrutura Secundária: é dada pelo arranjo
espacial de aminoácidos próximos entre si na sequência primária da
proteína. Ocorre graças à possibilidade de rotação das ligações entre os
carbonos a dos aminoácidos e seus grupamentos amina e carboxila.
Estrutura Terciária: resulta do enrolamento da hélice ou da folha
pregueada, sendo estabilizada por pontes de hidrogênio e pontes de
enxofre. estrutura Quaternária: transformação das proteínas em estruturas
tridimensionais. Elas são guiadas e estabilizadas pelas mesmas
interações da terciária.

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Unidade 16

Tema: Estruturas Tubulares

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre as estruturas


tubulares. Portanto, são consideradas estruturas tubulares os microtúbulos e
microfilamentos. Os microfilamentos podem ser: filamentos de actina e filamentos
intermediários.

Portanto, nesta unidade caro estudante, está convidado para a discussão sobre o
tema proposto na presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem as estruturas tubulares;


 Caracterizar os elementos que compõem as estruturas tubulares;
 Descrever os elementos que compõem as estruturas tubulares;
Objectivos  Fazer esquema representantivo das estruturas tubulares;
 Mencionar as funções das estruturas tubulares.

Estruturas Tubulares
1. Microtúbulos:

A colchicina é um alcalóide que se liga aos dímeros da tubulina e impede a


polimerização dos microtúbulos mais sensíveis como os do fuso mitótico. Ela é
utilizada para se estudar células em mitose. O taxol é um alcalóide utilizado no
tratamento de tumores pois também, impede a mitose. Ele acelera a
polimerização e estabiliza os microtúbulos, impedindo a despolimerização. A
vincristina e a vimblastina são outras drogas utilizadas no tratamento de tumores,
que também, interferem com a dinâmica de microtúbulos.

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2. Microfilamentos:

Os fungos produzem substâncias, como as citocalasinas e as faloidinas. Estas


interferem com a dinâmica de polimerização e despolimerização da actina,
interferindo com o movimento celular. As citocalasinas se ligam à actina
impedindo a polimerização, enquanto as faloidinas se ligam lateralmente aos
microfilamentos estabilizando-os.

Esquema Ilustrativo de Microfilamentos, Filamentos Intermediaries e Microtúbulos

A disposição dos filamentos intermediários depende da presença de


microtúbulos. A capacidade que as células eucarióticas possuem de adotar uma
variedade de formas e de executar movimentos coordenados e direcionados
depende de uma rede complexa de filamentos de proteínas que se estendem por
todo citoplasma. Os microtúbulos são polímeros rígidos formados por moléculas
de tubulina na forma de filametos longos e ocos, possuindo diâmetro externo de
25nm e são muito mais rígidos do que os filamentos de actina. Os microtúbulos
apresenta uma das estremidades ancorada a um único centro organizador de
microtúbulos chamado centrossomo (uma estrutura geralmente localizada ao
lado do núcleo próximo do centro da célula) e a outra livre no citoplasma. Em
muitas células, os microtúbulos são estruturas altamente dinâmicas que podem
aumentar ou diminuir em comprimento pela adição ou perda de subunidades de
tubulina.

Os filamentos de actina (microfilamentos) são polímeros helicoidais de duas


cadeias. São estruturas flexíveis, com diâmetro de 5 à 9nm, organizados na
forma de feixes lineares, redes bidimensionais e géis tridimensionais. Embora os
filamentos de actina estejam distribuídos por toda a célula, eles estão mais

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concentrados no córtex logo abaixo da membrana plasmática.Também são


estruturas dinâmicas mas, ao contrário dos microtúbulos que são filamentos
isolados, se organiza em feixes ou redes. O córtex celular, camada situada logo
abaixo da membrana plasmática, é formada por filamentos de actina e por uma
variedade de proteínas que se ligam à actina. Esta camada rica em actina
controla a forma e os movimentos de superfície da maioria das células animais.

Os filamentos intermediários são estruturas que proporcionam estabilidade


mecânica às células e tecidos. Os filamentos intermediários são plímeros fortes
semelhantes a cabos, constituídos de polipepetídeos fibrosos que resistem ao
estiramenot e desempenham um papel estrutural na célula, mantendo sua
integridade.

Existe uma grande variedade de tipos que diferem de acordo com o tipo de
polipeptídeo que os forma:

 Os neurofilamentos das células nervosas;


 Os filamentos de desmina das células musculares;
 Os filamentos de queratina das células epiteliais;
 Os filamentos gliais dos astrócitos e das células de schwann;
 Os filamentos de vimentina dos fibroblastos e de muitos tipos celulares.

As lâminas nucleares que formam a lâmina fibrosa que se estende sob o


envelope nuclear constituem uma família a parte de proteínas de filamento
intermediário. Os filamentos intermediários são fibras em forma de cordão com
diâmetro em torno de 10nm. São formados por um grupo de proteínas que
constituem uma grande família de proteínas heterogêneas.

Sumário
Nos microtúbulos, a colchicina é um alcalóide que se liga aos dímeros da
tubulina e impede a polimerização dos microtúbulos mais sensíveis como os do
fuso mitótico. Ela é utilizada para se estudar células em mitose. O taxol é um
alcalóide utilizado no tratamento de tumores pois também, impede a mitose. Ele
acelera a polimerização e estabiliza os microtúbulos, impedindo a
despolimerização. A vincristina e a vimblastina são outras drogas utilizadas no
tratamento de tumores, que também, interferem com a dinâmica de microtúbulos.
Para os microfilamentos, os fungos produzem substâncias, como as citocalasinas
e as faloidinas. Estas interferem com a dinâmica de polimerização e

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despolimerização da actina, interferindo com o movimento celular. As


citocalasinas se ligam à actina impedindo a polimerização, enquanto as faloidinas
se ligam lateralmente aos microfilamentos estabilizando-os.

Os microtúbulos são polímeros rígidos formados por moléculas de tubulina na


forma de filametos longos e ocos, possuindo diâmetro externo de 25nm e são
muito mais rígidos do que os filamentos de actina. Os microtúbulos apresenta
uma das estremidades ancorada a um único centro organizador de microtúbulos
chamado centrossomo (uma estrutura geralmente localizada ao lado do núcleo
próximo do centro da célula) e a outra livre no citoplasma. Os filamentos de
actina (microfilamentos) são polímeros helicoidais de duas cadeias. São
estruturas flexíveis, com diâmetro de 5 à 9nm, organizados na forma de feixes
lineares, redes bidimensionais e géis tridimensionais. Os filamentos
intermediários são estruturas que proporcionam estabilidade mecânica às células
e tecidos. Existe uma grande variedade de tipos que diferem de acordo com o
tipo de polipeptídeo que os forma: os neurofilamentos das células nervosas; os
filamentos de desmina das células musculares; os filamentos de queratina das
células epiteliais; os filamentos gliais dos astrócitos e das células de schwann e s
filamentos de vimentina dos fibroblastos e de muitos tipos celulares.

1. O que são microtúbulo?


R: Os microtúbulos são polímeros rígidos formados por
moléculas de tubulina na forma de filametos longos e ocos,
possuindo diâmetro externo de 25nm e são muito mais rígidos
do que os filamentos de actina.
2. Como são classificados os filamentos de acordo com o tipo
de polipeptídeo que os forma?
Exercicios R: Existe uma grande variedade de tipos que diferem de
acordo: os neurofilamentos das células nervosas; s filamentos
de desmina das células musculares; os filamentos de queratina
das células epiteliais; os filamentos gliais dos astrócitos e das
células de schwann; os filamentos de vimentina dos fibroblastos
e de muitos tipos celulares.

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Unidade 17

Tema: Os Ribossomas

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre os ribossomas.


Os ribossomas originam-se no nucleólo das células eucarióticas. Eles podem ser
encontrados espalhados no citoplasma, presos uns aos outros por um fita de
RNAm formando polissomas.

Portanto, nesta unidade iremos discutir sobre a estrutura e função dos


ribossomas. Caro estudante, está convidado para a discussão sobre o tema
proposto na presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem os ribossomas;


 Caracterizar os elementos que compõem os ribossomas;
 Descrever os elementos que compõem os ribossomas;
Objectivos  Fazer esquema representantivo dos ribossomas;
 Mencionar as funções os ribossomas numa célula.

Os Ribossomas

Os ribossomas originam-se no nucleólo das células eucarióticas. Eles podem ser


encontrados espalhados no citoplasma, presos uns aos outros por um fita de
RNAm formando polissomas (polirribossomas), ou grudados nas membranas de
uma estrutura chamada retículo endoplasmático (formando o retículo
endoplasmático rugoso ou granular). Nas células procarióticas são encontrados
livres no citoplasma, onde tem sua origem. Neste tipo de célula, elas são criadas
à partir de proteínas e RNA ribossômico específicos, por um processo de auto-
construção, ou seja, os ribossomas procariontes, constrõem-se sozinhos à partir
de seus componentes.

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

O ribossoma é formado principalmente (mais ou menos 60% da massa total) pelo


flagelo ribossomático e cerca de 50 tipos diferentes de proteínas. Tem uma
grande e uma pequena subunidade, sendo a grande formada de 49 proteínas + 3
NA s e a pequena por 33 proteínas + 1 trA. As proteínas produzidas pelos
polirribossomas geralmente permanecem dentro da célula para uso interno, já as
enzimas que serão expelidas, são produzidas pelos ribossomas aderidos à
parede do retículo endoplasmático. As enzimas são inseridas dentro dele,
armazenadas em vesículas que são transportadas para o complexo de golgi,
onde são "empacotadas" e enviadas para fora da célula.

São produzidos no complexo de Golgi. Na subunidade maior, existem duas


regiões onde ocorre o contacto directo com o RNAt: são chamadas Sítio A
(Aminoacil) onde ocorre a chegada do RNAt e Sítio P (Peptidil) onde são
formadas as ligações peptídicas pela junção entre os aminoácidos de ambos os
sítios. A acção dos ribossomos na tradução se divide em: iniciação (AUG - códon
de início), alongamento (factores de alongamento) e finalização (códons de
parada - Stop). O ribossomo é funcional apenas quando suas subunidades estão
unidas. Após a construção de cada proteína, as subunidades se desprendem do
RNAm e se separam.

Esquema dos Ribossomas: A: Ribossomas isolados; B: Polirribossoma; C: Esquema.


(SILVA, A. D. e outros; 1999)

Características do Ribossoma:

O ribossoma une outros componentes importantes na síntese de proteínas, as


moléculas de RNA, para traduzir a sequências de aminoácidos de uma proteína.
As moléculas de RNA pode interagir com o anticódon do RNA. O sítios de
ligação para o RNA está totalmente dentro da subunidade menor. Existem três
sítios de ligação para moléculas de RNA. Cada tRNA ligado comunica as
subunidades 30S e 50S, com sua ponta de anticódon na primeira e sua ponta
aminoacil (levando o aminoácido) na última. O sítio A (peptidil) liga-se a um
aminoacidos tRNA que chega, cujo anticódon pareia com o códon no síto A da

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subunidade 30S. À medida que nós movemos no sentido 5' do RNA no sítio P
(peptidil) da subunidade 30S.

O RNA no sítio P contém a cadeia polipeptídica crescente, parte da qual se


ajusta a uma estrutura tipo túnel na subunidade 50S. O sítio E (saída) contém um
tRNA desacila (ele não leva mais um aminoácido) que está pronto para ser
liberado pelo ribossoma. Não está claro se as interações códon-anticódon
também ocorrem entre o RNA e o RNA no sítio E. Duas regiões do ribossomo
são críticas para a síntese de proteinas.

O centro descodificador na subunidade 30S garante que apenas os tRNA


portadores de anticódons que se pareiam com o códon (chamados de RNA
cognatos) serão aceitos no sítio A. Os tRNA cognatos se associam ao centro de
peptidil transferase na subunidade 50S onde é catalizada a formação da ligação
peptídica. Recentemente, a estrutura dos ribossomas em associação aos RNA
foi determinada em termos atômicos como uso de varias técnicas, incluindo
cristalografia de raios X. Os resultados destes estudos mostraram que ambos os
centros são totalmente compostos de regiões de RNA. Entretanto, os contactos
importantes nestes centros são de RNA-RNA. A formação da ligação peptídica é
tida como sendo catalizada por um sítio activo no RNA ribossômico e apenas
ajudadas por proteínas ribossômicas.

Funções do Ribossoma:

As principais funções dos ribossomas são a síntese protéica pela união de


aminoácidos, em processo controlado pelo DNA. O RNA descreve a sequência
dos aminoácidos da proteína. Eles realizam essa função estando no hialoplasma
ou preso a membrana do retículo endoplasmático. Quando os ribossomos
encontram-se no hialoplasma, unidos pelo RNAm, e só assim são funcionais,
denominam-se polissomas.

Sumário
Os ribossomas originam-se no nucleólo das células eucarióticas. Eles podem ser
encontrados espalhados no citoplasma, presos uns aos outros por um fita de
RNAm formando polissomas (polirribossomas), ou grudados nas membranas de
uma estrutura chamada retículo endoplasmático (formando o retículo
endoplasmático rugoso ou granular). Nas células procarióticas são encontrados
livres no citoplasma, onde tem sua origem. O ribossoma é formado
principalmente (mais ou menos 60% da massa total) pelo flagelo ribossomático e

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

cerca de 50 tipos diferentes de proteínas. Tem uma grande e uma pequena


subunidade, sendo a grande formada de 49 proteínas + 3 NA s e a pequena por
33 proteínas + 1 trA.

As proteínas produzidas pelos polirribossomas geralmente permanecem dentro


da célula para uso interno, já as enzimas que serão expelidas, são produzidas
pelos ribossomas aderidos à parede do retículo endoplasmático. A acção dos
ribossomos na tradução se divide em: iniciação (AUG - códon de início),
alongamento (factores de alongamento) e finalização (códons de parada - Stop).
O ribossomo é funcional apenas quando suas subunidades estão unidas.

1.. Como é formado o ribossoma?


R: O ribossoma é formado principalmente (mais ou menos 60%
da massa total) pelo flagelo ribossomático e cerca de 50 tipos
diferentes de proteínas.
2. Mencione as funções dos ribossomas.
R: As principais funções dos ribossomas são a síntese protéica
pela união de aminoácidos, em processo controlado pelo dna.
O ARN descreve a sequência dos aminoácidos da proteína.
Exercicios Eles realizam essa função estando no hialoplasma ou preso a
membrana do retículo endoplasmático. Quando os ribossomos
encontram-se no hialoplasma, unidos pelo rnam, e só assim
são funcionais, denominam-se polissomas.
3. Quais são as partes da acção dos ribossomos na tradução
R: A acção dos ribossomos na tradução se divide em: iniciação
(AUG-códon de início), alongamento (factores de alongamento)
e finalização (códons de parada - Stop).

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Unidade 18

Tema: O Retículo Endoplasmático

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre o reticulo


endoplasmático. O reticulo endoplasmático tem origem na membrana plasmática,
apresenta na sua constituição lipídios e proteínas. O retículo endoplasmático é
formado por canais delimitados por membranas.

Portanto, nesta unidade iremos discutir sobre a estrutura e função reticulo


endoplasmático. Caro estudante, está convidado para a discussão sobre o tema
proposto na presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos que compõem o reticulo endoplasmático;


 Caracterizar a estrutura do reticulo endoplasmático;
 Descrever a estrutura do reticulo endoplasmático;
Objectivos  Fazer esquema representantivo do reticulo endoplasmático;
 Mencionar as funções do reticulo endoplasmático.

O Retículo Endoplasmático
Tem origem na membrana plasmática, apresenta na sua constituição lipídios e
proteínas. O retículo endoplasmático é formado por canais delimitados por
membranas. Esses canais comunicam-se com o envoltório nuclear (carioteca). O
retículo endoplasmático pode ser considerado uma rede de distribuição, levando
material de que a célula necessita, de um ponto qualquer até seu ponto de
utilização. O retículo endoplasmático tem portanto função de transporte servindo
como canal de comunicação entre o núcleo celular e o citoplasma.

Existem dois tipos de retículo endoplasmático: liso e rugoso.

 Retículo Endoplasmático Rugoso (Ergastoplasma):

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O Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) é formado por sistemas de túbulos


achatados e ribossomos aderidos a membrana o que lhe confere aspecto
granular. Participa da síntese de proteínas, que serão enviadas para o exterior
das células. Também, é chamado de ergastoplasma, palavra originada do grego
ergozomai, que significa elaborar, sintetizar. Esse tipo de retículo é muito
desenvolvido em células com função secretora. É o caso por exemplo das
células do pâncreas, que secretam enzimas digestivas, e também o caso das
células caliciformes da parede do intestino, que secretam muco.

A microscopia eletrônica revelou a presença, no interior do citoplasma, de um


retículo de membranas lipoprotéicas que foi denominado retículo endoplasmático
(RE). Conforme a posição das membranas, podemos distinguir a existência de
túbulos e sáculos ou vesículas achatadas.

Esquema da Estrutura dos Retículos Endoplasmáticos Liso e Rugoso.

O Retículo Eendoplásmatico Rugoso (RER) apresenta as seguintes funções:

aumenta a superfície interna da célula, o que amplia o campo de actividade das


enzimas, facilitando a ocorrência de reações químicas necessárias ao
metabolismo celular, síntese de proteínas e armazenamento.

 Retículo Endoplasmático Liso (REL):

O retículo endoplasmático liso (agranular), é formado por sistemas de túbulos


cilíndricos e sem ribossomos aderidos a membrana.

O Retículo Endoplasmático Liso (REL) tem como principais funções:

Participa principalmente da síntese de esteróides, fosfolipídios e outros lipídios.


Actua também na degradação do etanol ingerido em bebidas alcoólicas, assim

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como a degradação de medicamentos ingeridos pelo organismo como


antibióticos e barbitúricos(substâncias anestésicas), desta forma o REL tem,
como uma de suas funções, a desintoxicação do organismo. Esse tipo de retículo
é abundante principalmente em células do fígado e das gônadas.

Retículo Endoplasmático e Álcool:

O etanol bem como certas drogas, como sedativos, quando ingeridos em


excesso ou com frequência, induzem a proliferação do retículo não-granuloso e
de suas enzimas. Isso aumenta a tolerância do organismo à droga, o que
significa que doses cada vez mais altas são necessárias para que ela possa
fazer efeito.

Esse aumento de tolerância a uma substância pode trazer como conseqüência o


aumento da tolerância a outras substâncias úteis ao organismo, como é o caso
de antibióticos. Esse é uma alerta importante para que possamos entender parte
dos problemas decorrentes da excessiva ingestão de bebidas alcoólicas e do uso
de medicamentos sem prescrição, principalmente sem o devido controle médico.

Esquema: Retículo Endoplasmático Rugoso, Complexo de Golgi, Lisossomas e


Vacúolos.

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Sumário
Tem origem na membrana plasmática, apresenta na sua constituição lipídios e
proteínas. O retículo endoplasmático é formado por canais delimitados por
membranas. O retículo endoplasmático tem portanto função de transporte
servindo como canal de comunicação entre o núcleo celular e o citoplasma.
Existem dois tipos de retículo endoplasmático: liso e rugoso. O Retículo
Endoplasmático Rugoso (RER) é formado por sistemas de túbulos achatados e
ribossomos aderidos a membrana o que lhe confere aspecto granular.

Participa da síntese de proteínas, que serão enviadas para o exterior das células.
O Retículo Eendoplásmatico Rugoso (RER) apresenta as seguintes funções:
aumenta a superfície interna da célula, o que amplia o campo de actividade das
enzimas, facilitando a ocorrência de reações químicas necessárias ao
metabolismo celular, síntese de proteínas e armazenamento. O retículo
endoplasmático liso (agranular), é formado por sistemas de túbulos cilíndricos e
sem ribossomos aderidos a membrana. O Retículo Endoplasmático Liso (REL)
tem como principais funções: participa principalmente da síntese de esteróides,
fosfolipídios e outros lipídios.

1. Quais são os tipos de retículo endoplasmático?


R: O retículo endoplasmático rugoso e retículo endoplasmático
liso.
a) Distinga-os quanto a estrutura.
R: O retículo endoplasmático rugoso é formado por sistemas de
túbulos achatados e ribossomos aderidos a membrana o que
lhe confere aspecto granular enquanto que o retículo
Exercicios endoplasmático liso (agranular), é formado por sistemas de
túbulos cilíndricos e sem ribossomos aderidos a membrana.
2. O reticulo endoplasmático também, é chamado de
ergastoplasma. Diga qual é razão.
R: É chamado de ergastoplasma pelo facto de elaborar,
sintetizar substancias em particular as proteinas.

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Unidade 19

Tema: O Complexo de Golgi

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre o complexo de


Golgi. A designação de Aparelho de Golgi, atribui-se ao conjunto dos
dictiossomas de uma célula. Os dictiossomas são estruturas polarizadas, nas
quais se distinguem duas faces. Este organelo foi descoberto descoberto por
Camilo Golgi.

Portanto, nesta unidade iremos discutir sobre a estrutura e função complexo de


Golgi, como sempre, está convidado para a discussão sobre o tema proposto na
presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos estruturais do complexo do Golgi;


 Caracterizar a estrutura do complexo do Golgi;
 Descrever a estrutura do complexo do Golgi;
Objectivos  Fazer esquema representantivo do complexo do Golgi;
 Mencionar as funções do complexo do Golgi.

O Complexo de Golgi

Em biologia celular, o complexo de Golgi (aparelho de Golgi, dictiossoma,


golgiossomo ou complexo golgiense) é uma organelo encontrado em quase
todas as células eucarióticas. O Aparelho de Golgi foi descoberto por Camilo
Golgi, em 1898, ao estudar células de Purkinje do cérebro da coruja.
Posteriormente, a sua existência foi confirmada através de observações em
microscopia electrónica, por Sjöstrand e outros, em 1950, e generalizada a
muitos outros tipos celulares. São observáveis em muitas células, nas
imediações do núcleo.

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

A designação de Aparelho de Golgi (ou complexo de Golgi) atribui-se ao conjunto


dos dictiossomas de uma célula. Os dictiossomas são estruturas polarizadas, nas
quais se distinguem duas faces: uma face geralmente convexa, dita de formação
ou “cis”, onde ocorre a formação das cisternas; e uma face côncava, dita de
maturação ou “trans”, oposta. Todos os dictiossomas de uma célula se
encontram comunicantes através de uma rede tubular que une as faces de
maturação.

Funciona, portanto, como uma espécie de sistema central de distribuição na


célula, actua como centro de armazenamento, transformação, empacotamento e
remessa de substâncias na célula. É responsável também pela formação dos
lisossomos, da lamela média dos vegetais e do acrossomo do espermatozóide,
do glicocálix e está ligado à sintese de polissacarídeos. A lamela média é uma
membrana formada durante a telófase da divisão celular, utilizada como um
cimento, unindo as células entre si. Quimicamente, a lamela média é constituída
por pectatos de cálcio e magnésio. É bastante elástica e completamente
permeável.

Foto: Camillo Golgi (1843 - 1926) foi um médico e Histologista


Italiano.

Acredita-se, que o complexo de Golgi seja responsável por alguns processos pós
traducionais, tais como adicionar sinalizadores às proteínas, que as direccionam
para os locais da célula onde actuarão. A maior parte das vesículas
transportadoras que saem do retículo endoplasmático, e em particular do retículo
endoplasmático rugoso (RER), são transportadas até ao complexo de Golgi,
onde são modificadas, ordenadas e enviadas na direcção dos seus destinos

116
UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

finais. O complexo de Golgi está presente na maior parte das células


eucarióticas, mas tende a ser mais proeminente nas células de órgãos
responsáveis pela secrecção de certas substâncias, em órgãos como: pâncreas,
hipófise, tireóide, entre outros.

O complexo de Golgi é anexo ao retículo endoplasmático e está envolvido com a


síntese de carboidratos e à condensação da secreção protéica. Essa organela é
bem desenvolvida nos flagelados, reduzida nos ciliados e ausente nas amebas e
no gênero Giardia. No complexo de Golgi enzimas que foram sintetizadas no
retículo endoplasmático rugoso (proteases, nucleases, glicosidases, sulfatases,
lipases, e fosfatases) são empacotadas dentro de organelas chamadas
lisossomos. As proteínas sintetizadas no R.E. rugoso, são levadas para o
complexo de Golgi, onde os açucares são adicionados a estas para produzir as
glicoproteínas. Em em células vegetais e invertebrados não fixos mas
distribuíção uniforme enquanto que nos vertebrados agrupam-se numa região
específica.

Esquema de Complexo de Golgi. Fonte: Internet

Secrecções do Aparelho de Golgi:

A função primordial do Aparelho de Golgi é revelada pelos principais enzimas


que nele se localizam: glicosil-transferases, que promovem glicosilações de
lípidos (formação de glicolípidos) e de proteínas (glicoproteínas) e sulfo-
transferases, que assistem às transferências de grupos sulfato, para proteínas.

Distinguem-se três classes de secrecções:

 As Secrecções Constitutivas: são realizadas por todas as células


eucarióticas e de modo contínuo, sem passarem por qualquer processo
de armazenamento no interior da célula, nem que a sua extrusão

117
UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

dependa de estímulo específico. Corresponde a macromoléculas


destinadas quer ao meio exterior, como os anticorpos produzidos pelos
plasmócitos, o colagénio produzido pelos fibroblastos, ou aquelas que
participam na formação do glicocálice, quer a integrar a própria
membrana, como os receptores membranares. As vesículas de
secrecções constitutivas são coated vesicles, revestidas por estruturas
protéicas designadas por coatómeros. Neste revestimento protéico
incluem-se marcadores especificamente reconhecíveis por receptores
alvo situados na face interna da membrana plasmática. A libertação das
secrecções faz-se por exocitose;
 As Secrecções Reguladas: são específicas das células secretoras e
são libertadas unicamente quando a célula é objecto de estimulação
++
específica, como, por exemplo, aumento da concentração de Ca ou
recepção de um sinal químico. Este tipo de secreção é ilustrado pela
produção de enzimas digestivos, de hormonas e de neurohormonas. As
vesículas de secreção são igualmente do tipo coated vesicle, mas o
revestimento é formado por uma proteína denominada clatrina, à qual se
associam marcadores específicos. À medida que se formam, estas
vesículas podem fusionar com a membrana plasmática mas, o habitual, é
coalescerem em grandes vacúolos, onde as macromoléculas são
concentradas em grãos de secreção, antes de serem exocitadas;
 As Secrecções Lisossómicas: são constituídas por uma grande
variedade de enzimas hidrolíticos. As vesículas que os embalam são
também revestidas de clatrina. Existe contudo, uma especificidade
nestas vesículas: elas formam-se em zonas do dictiossoma onde a
membrana possui, internamente, receptores para os enzimas
lisossómicos. Estes são glicoproteínas em cuja composição entra uma
manose fosforilada (manose-6-fosfato). Os receptores referidos permitem
fixar os enzimas e agrupá-los antes de os encerrar numa vesícula.

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Esquema de Complexo de Golgi. (SILVA, A. D. e outros; 1999)

Sumário
A designação de Aparelho de Golgi (ou complexo de Golgi) atribui-se ao conjunto
dos dictiossomas de uma célula. Os dictiossomas são estruturas polarizadas, nas
quais se distinguem duas faces: uma face geralmente convexa, dita de formação
ou “cis”, onde ocorre a formação das cisternas; e uma face côncava, dita de
maturação ou “trans”, oposta. Todos os dictiossomas de uma célula se
encontram comunicantes através de uma rede tubular que une as faces de
maturação. O complexo de Golgi está presente na maior parte das células
eucarióticas, mas tende a ser mais proeminente nas células de órgãos
responsáveis pela secrecção de certas substâncias, em órgãos como: pâncreas,
hipófise, tireóide, entre outros.

O complexo de Golgi é anexo ao retículo endoplasmático e está envolvido com a


síntese de carboidratos e à condensação da secrecção protéica. Essa organela é
bem desenvolvida nos flagelados, reduzida nos ciliados e ausente nas amebas e
no gênero Giardia. A função primordial do Aparelho de Golgi é revelada pelos
principais enzimas que nele se localizam: glicosil-transferases, que promovem
glicosilações de lípidos (formação de glicolípidos) e de proteínas (glicoproteínas)
e sulfo-transferases, que assistem às transferências de grupos sulfato, para
proteínas. Distinguem-se três classes de secrecções: secrecções constitutivas;
as secrecções reguladas e as secrecções lisossómicas

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

1. Quando é quem descobriu o aprelho de golgi?


R: O aparelho de golgi foi descoberto por camilo golgi, em
1898,.
2. O que são dictiossomas?
R: são estruturas polarizadas, nas quais se distinguem duas
faces: uma face geralmente convexa, dita de formação ou “cis”,
onde ocorre a formação das cisternas; e uma face côncava,
dita de maturação ou “trans”, oposta. T
3. Acredita-se, que o complexo de golgi seja responsável por
Exercicios alguns processos pós traducionais. Comente.
R: acredita-se, que o complexo de golgi seja responsável por
alguns processos pós traducionais, tais como adicionar
sinalizadores às proteínas, que as direccionam para os locais
da célula onde actuarão. A maior parte das vesículas
transportadoras que saem do retículo endoplasmático, e em
particular do retículo endoplasmático rugoso (rer), são
transportadas até ao complexo de golgi, onde são modificadas,
ordenadas e enviadas na direcção dos seus destinos finais.

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Unidade 20

Tema: Os Vacúolos

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade de estudo sobre os vacúolos. Os


vacúolos são estruturas celulares, muito abundantes nas células vegetais,
contidas no citoplasma da célula. Esta estrutura celular desempenha funcoes
importantes para celula que serao discutidas na presente unidade.

Portanto, nesta unidade iremos discutir sobre a estrutura e função dos vacúolos,
e como sempre, está convidado para a discussão sobre o tema proposto na
presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os elementos estruturais dos vacúolos;


 Caracterizar a estrutura dos vacúolos;
 Distinguir os tipos de vacúolos;
Objectivos  Fazer esquema representantivo vacúolos;
 Mencionar as funções vacúolos.

Os Vacuolos
Os vacúolos (do latim "vaccuus" - vácuo) são estruturas celulares, muito
abundantes nas células vegetais, contidas no citoplasma da célula, de forma
mais ou menos esféricas ou ovular, geradas pela própria célula ao criar uma
membrana fechada que isola um certo volume celular do resto do citoplasma.
Seu conteúdo é fluido, armazenam produtos de nutrição ou de refugo.
Geralmente, podem estar associados a enzimas lisosómicas (enzimas
hidrolíticas, principalmente hidrolases) ou até mesmo pigmentos, caso em que
tomam o nome de vacúolos de suco celular.

Nas células animais os vacúolos são raros e não têm nenhum nome específico.
Contudo, as células do tecido adiposo possuem vacúolos repletos de gordura,

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que servem como reserva energética. Nos protozoários podem ter funções
diversas, como seus nomes indicam: vacúolo digestivo, vacúolo pulsátil ou
excretor. os vacúolos tem uma certa ligaçao com os lisossomos e isso implica na
digestao de certas substancias, por isso o nome do vacúolo digestivo.

Quanto a sua estrutura, os vacúolos são estruturas rodeadas por uma membrane
denominadas tonoplasto. Contêm água com substâncias dissolvidas, absorvidas
ou elaboradas pela célula. Nas células animais e nas células jovens da plantas,
são pequenos e numerosos. À medida que as células das plantas envelhecem,
os vacúolos vão aumentando de tamanho, acabando por fundir-se num único
vacúolo que ocupa quase toda a célula, ficando o citoplasma, com os organelos,
apenas numa zona periférica. O vacúolo tem origem no retículo endoplasmático
ou no complexo de Golgi.

 Vacúolos Digestivos:

Os protozoários heterotróficos apresentam bolsas membranosas transitórias


denominadas de vacúolos digestivos. O número dessas vesículas varia de
acordo com a espécie e hábitos alimentares do organismo. Nos ciliados, os
vacúolos digestivos se formam na base da citofaringe enquanto que em outros
grupos essas vesículas se formam próximo do sítio da ingestão do alimento. Os
vacúlos alimentares armazenam material englobado pela célula quer partículas
sólidas, quer líquidas através dos fenómenos de fagocitose e pinocitose,
respectivamente. Vacúolos alimentares não apresentam enzimas. Para realizar a
digestão devem se fundir a enzimas lisossomáticas.

 Vacúolo de Reserva:

São estrutura derivada do retículo endoplasmático que pode conter líquidos e


pigmentos, além de diversas outras substâncias. Estas estruturasa também, são
denominadas de vacúolo de suco celular (vacúolos alimentares). Está
relacionado com armazenamento e equilíbrio osmótico, sendo que sua
membrana é denominada de tonoplasto. O tamanho do vacúolo de suco celular
pode ser associado à idade da célua, sendo que em células envelhecidas chega
a ocupar até 95% do volume celular.

 Vacúolos Contrácteis:

Os vacúolos contrácteis, também denominados pulsáteis, nos protozoários que


vivem em ambiente aquático com concentração de íons menor do que a
encontrada no citoplasma gradualmente absorvem água. Para evitar a lise da
célula e para a regulação do conteúdo de água em seu interior, muitas espécies

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

de protozoários apresentam no citoplasma bolsas membranosas denominadas


de vacúolos contráteis ou pulsáteis. Essas vesículas absorvem o excesso de
água, fundem-se à membrana plasmática e eliminam periodicamente seu
conteúdo para o meio externo.

Nas amebas e flagelados, o vacúolo contráctil é formado pela fusão de vesículas


menores. Nos ciliados, além da absorção de água por osmose ocorre a ingestão
forçada de água através do citóstoma. Nesses organismos, o vacúolo contrátil é
alimentado por um sistema de canais que são, por sua vez, alimentados por um
complexo de vesículas e microtúbulos. Portanto as funções do vacuole são:
acúmulo de reservas: glicose, óleo, vitaminas, hormônios, sais (às vezes
formando cristais), proteínas, pigmentos e osmorregulação

Esquema: Retículo Endoplasmático Rugoso, Complexo de Golgi, Lisossomas e


Vacúolos.

Sumário
Os vacúolos (do latim "vaccuus" - vácuo) são estruturas celulares, muito
abundantes nas células vegetais, contidas no citoplasma da célula, de forma
mais ou menos esféricas ou ovular, geradas pela própria célula ao criar uma
membrana fechada que isola um certo volume celular do resto do citoplasma.
Nas células animais os vacúolos são raros e não têm nenhum nome específico.
Nas células animais e nas células jovens da plantas, são pequenos e numerosos.
À medida que as células das plantas envelhecem, os vacúolos vão aumentando

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de tamanho, acabando por fundir-se num único vacúolo que ocupa quase toda a
célula, ficando o citoplasma, com os organelos, apenas numa zona periférica.

O vacúolo tem origem no retículo endoplasmático ou no complexo de Golgi. Os


vacúolos digestivos: vacúolos alimentares não apresentam enzimas. Para
realizar a digestão devem se fundir a enzimas lisossomáticas. Os vacúolo de
reserva: são estrutura derivada do retículo endoplasmático que pode conter
líquidos e pigmentos, além de diversas outras substâncias. Os vacúolos
contrácteis, também denominados pulsáteis, nos protozoários que vivem em
ambiente aquático com concentração de íons menor do que a encontrada no
citoplasma gradualmente absorvem água.

1. O que são vacúolos?


R: os vacúolos (do latim "vaccuus" - vácuo) são estruturas
celulares, muito abundantes nas células vegetais, contidas no
citoplasma da célula, de forma mais ou menos esféricas ou
ovular, geradas pela própria célula ao criar uma membrana
fechada que isola um certo volume celular do resto do
citoplasma.
Exercicios 2. Como é o conteudo de vacuolos?
R: seu conteúdo é fluido, armazenam produtos de nutrição ou
de refugo.
3. Quais são os tipos de vacúolos?
R: vacúolos digestivos, vacúolo de reserva e vacúolos
contrácteis

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Unidade 21

Tema: Os Peroxossomas

Introdução

Prezado estudante, depois de termos discutido sobre os vacúolos. Nesta unidade


iremos discutir sobre os peroxossomas. Os peroxossomas são as organelos
responsáveis pelo armazenamento das enzimas. No metabolismo celular
encontra-se o peróxido de hidrogénio, substância potencialmente tóxica ao
organismo por ser uma fonte de radicais livres.

Portanto, está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto na
presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Comenhecer a estrutura dos peroxossomas;


 Identificar os elementos estruturais dos peroxossomas;
 Caracterizar a estrutura dos peroxossomas;
Objectivos  Explicar as principais funcoes de peroxossomas;
 Fazer esquema representantivo dos peroxossomas.

Os Peroxossomas
O peroxissoma é um organelo esférico, envolvido por uma membrana vesicular,
presente no citoplasma, sobretudo em células vegetais. São as organelos
responsáveis pelo armazenamento das enzimas directamente relacionadas com
o metabolismo do peróxido de hidrogénio, substância altamente tóxica para a
célula. No metabolismo celular encontra-se o peróxido de hidrogénio também
conhecido por água oxigenada, substância potencialmente tóxica ao organismo
por ser uma fonte de radicais livres). Nela está presente uma típica enzima
chamada catalase que reparte o peróxido de Hidrogénio em água e oxigênio,
molecular.

Esta organela tem uma grande importância visto que tem a capacidade de
degradar compostos tóxicos para a célula transformando-os em compostos

125
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menos tóxicos. Os produtos que vão ser degradados são marcados pela pex5
que os leva até ao peroxissomo onde atuam sobre ele as catalases e as
oxidases que são enzimas que catalisam a sua transformação em peróxido de
hidrogênio. Acredita-se que eles têm como função proteger a célula contra altas
concentrações de oxigênio, que poderiam destruir moléculas importantes da
célula. Os peroxissomos do fígado e dos rins atuam na desintoxicação da célula,
ao oxidar, por exemplo, o álcool. Outro papel que os peroxissomos exercem é
converter gorduras em glicose, para ser usada na produção de energia.

Os peroxissomas são organelas de apenas uma membrana celular, de 0,2 à 1


micrómetros de diâmetro que está presente em células eucarióticas. Em
mamíferos, estes organelos foram considerados sem importância até que
Goldfischer descobriu a ausência deles no fígado e no túbulo proximal renal em
pacientes com síndrome de Zellweger (cérebro-hepatorenal). É uma doença
congênita, descrita clinicamente pela primeira vez em 1964, que envolve o
cérebro, fígado, glândula adrenal, ossos e rins. A falta dos peroxissomos causa
doenças graves, assim como defeitos em suas enzimas, levam a falhas
metabólicas.

Nas últimas duas décadas, esta área tem sido objecto de muita investigação.
Portanto, actualmente muitas enzimas são conhecidas por estarem localizadas
nos peroxissomas, muitas das quais estão relacionadas ao metabolismo dos
lipídos. Em particular, Beta-oxidação de ácidos graxos de cadeia muito longa
(VLCFA-ácidos graxos com 24 ou mais átomos de carbono) são metabolizadas
inicialmente no interior dos peroxissomas. Quando a cadeia carbónica é reduzida
a um tamanho igual a 22 átomos de carbonos, a Beta-oxidação pode continuar
no interior da mitocôndria.

Esquema Ilustrativo de Reacções no Peroxissomas

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Sumário
O peroxissoma é um organelo esférico, envolvido por uma membrana vesicular,
presente no citoplasma, sobretudo em células vegetais. São as organelos
responsáveis pelo armazenamento das enzimas directamente relacionadas com
o metabolismo do peróxido de hidrogénio, substância altamente tóxica para a
célula. No metabolismo celular encontra-se o peróxido de hidrogénio também
conhecido por água oxigenada, substância potencialmente tóxica ao organismo
por ser uma fonte de radicais livres). Nela está presente uma típica enzima
chamada catalase que reparte o peróxido de Hidrogénio em água e oxigênio,
molecular.

Acredita-se que eles têm como função proteger a célula contra altas
concentrações de oxigênio, que poderiam destruir moléculas importantes da
célula. Os peroxissomos do fígado e dos rins atuam na desintoxicação da célula,
ao oxidar, por exemplo, o álcool. Outro papel que os peroxissomos exercem é
converter gorduras em glicose, para ser usada na produção de energia. Os
peroxissomas são organelas de apenas uma membrana celular, de 0,2 à 1
micrómetros de diâmetro que está presente em células eucarióticas.

1. O que é peroxissoma?
R: O peroxissoma é um organelo esférico, envolvido por uma
membrana vesicular, presente no citoplasma, sobretudo em
células vegetais.
2. Quais são as funções dos peroxissoma?
R: são as organelos responsáveis pelo armazenamento das
enzimas directamente relacionadas com o metabolismo do
Exercicios peróxido de hidrogénio, substância altamente tóxica para a
célula.
3. Que papel desempenha o peroxissoma no fígado e dos rins?
R: os peroxissomos do fígado e dos rins atuam na
desintoxicação da célula, ao oxidar, por exemplo, o álcool.
Outro papel que os peroxissomos exercem é converter
gorduras em glicose, para ser usada na produção de energia.

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Unidade 22

Tema: A Parede Celular

Introdução

Prezado estudante, seja bem vindo a unidade sobre a parede celular. A parede
celular é uma estrutura típica das células vegetais. É constituída por um
polissacarídeo muito abundante nas plantas chamado celulose.

Portanto, iremos aprofundar alguns aspectos relacionado com a parede celular e


mais uma vez, está convidado para uma discussão activa sobre o tema proposto
na presente unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Comenhecer a estrutura da parede celular;


 Identificar os elementos estruturais da parede celular;
 Caracterizar a estrutura da parede celular;
Objectivos  Explicar as principais funcoes da parede celular;
 Fazer esquema representantivo da parede celular.

A Parede Celular

A parede celular é uma estrutura típica das células vegetais. É constituída por um
polissacarídeo muito abundante nas plantas chamado cellulose. Nas bactérias e
em algumas espécies de fungos também existe a parede celular, embora sela
constituída por um outro tipo de polissacarídeo conhecido por quitina. A celulose
(C6 H10O5)n constituída por moléculas lineares de glicose.

Este polissacarídeo, é formado por microfibrilas que se reúnem em feixes


maiores (fibrilas) As microfibrilas são sintetizadas por enzimas que se encontram
na membrana plasmática. A celulose está associada a outros polissacarídeos,
principalmente hemiceluloses (xiloglicanos e xilanos) e compostos pécticos
(galacturonanos).

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Esquema da Estrutura de Celulose que Compõe a Parede Celular

A estrutura da parede celular apresenta-se em forma de fibras de celulose e


cimento constituído por glicoproteínas, pectina e hemicelulose. Tem como
principais propriedades resistência mecânica para várias condições e factores
adversos na natureza, elasticiddade e permeabilidade. A parede cellular tem
como funções protecção e sustentação da célula.

Esquema: Parede Celular. Fonte: Internet

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Sumário
A parede celular é uma estrutura típica das células vegetais. É constituída por um
polissacarídeo muito abundante nas plantas chamado cellulose. Nas bactérias e
em algumas espécies de fungos também existe a parede celular, embora sela
constituída por um outro tipo de polissacarídeo conhecido por quitina. A celulose
(C6 H10O5)n constituída por moléculas lineares de glicose. Este polissacarídeo, é
formado por microfibrilas que se reúnem em feixes maiores (fibrilas) As
microfibrilas são sintetizadas por enzimas que se encontram na membrana
plasmática.

A celulose está associada a outros polissacarídeos, principalmente


hemiceluloses (xiloglicanos e xilanos) e compostos pécticos (galacturonanos). A
estrutura da parede celular apresenta-se em forma de fibras de celulose e
cimento constituído por glicoproteínas, pectina e hemicelulose. Tem como
principais propriedades resistência mecânica para várias condições e factores
adversos na natureza, elasticiddade e permeabilidade. A parede cellular tem
como funções protecção e sustentação da célula.

1. Como é constituida a parede celular?


R: É constituída por um polissacarídeo muito abundante nas
plantas chamado cellulose. Nas bactérias e em algumas
espécies de fungos também existe a parede celular, embora
sela constituída por um outro tipo de polissacarídeo conhecido
por quitina.
2. Explique como é que se apresenta a estrutura da parede
Exercicios celular?
R: A estrutura da parede celular apresenta-se em forma de
fibras de celulose e cimento constituído por glicoproteínas,
pectina e hemicelulose.
3. Mencione as principais propriedades da parede celular.
R: As principais propriedades resistência mecânica para várias
condições e factores adversos na natureza, elasticiddade e
permeabilidade.

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Unidade 23

Tema: O Ácido Nucléico-ADN

Introdução
Caro estudante, bem vindo a unidade sobre ADN. Já tinhamos feito referência na
unidade anterior que, uma das características mais importantes dos seres vivos é
capacidade de reprodução. O ADN é responsável pelo armazenamento de
informação genética que vai passando de geração para geração, razão pelo qual,
os filhos são paracedidos com os seus progenitores.

Nesta unidade, caro estudante, iremos discutir aspectos ligados ao ácido desoxi-
ribonucléico, esperando que nesta discussão não se excuse em participar
activamente, usando todo tipo de conhecmentos para clarificar suas idéias.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Descrever a estrutura do ADN.


 Explicar a composiçãodo ADN.
 Descrever as Funções do ADNA.
 Explicar as diferenças entre ADN do ARN.
Objectivos
 Descrever as bases azotadas que formam o ADN.

O Ácido Nucléico-ADN

A descoberta do Ácido Desoxiribonucléico (ADN ou DNA) desvendou o mistério


da Biologia no entanto ciência que estuda a vida (ciência da vida…). A estrutura
espacial foi descrita em 1953, pelos cientístas James Watson e Francis Crick.

A Estrutura de Ácido Desoxirribonucleico:


O ácido desoxirribonucleico é um composto orgânico cujas moléculas são
portadoras da informação genética que coordenam o desenvolvimento e
funcionamento de todos os seres vivos incluíndo alguns vírus. O papel principal é
armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas e ácidos

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ribonucléicos. Os segmentos ou unidades de ADN que contêm uma determinada


característica são chamados genes.

A molécula de DNA é constituída por uma sequência de nucleotídeos, que por


sua vez é formado por três diferentes tipos de moléculas:

o Um açúcar (pentose);
o Um grupo fosfato (ácido fosfórico);
o Uma base nitrogenada (base azotada).

O sentido da dupla fita de DNA é orientada pelas ligações entre as três


moléculas constituintes dos nucleotídeos.

O Açúcar Desoxirribose:

A estrutura do ácido desoxirribonucléico (AND ou DNA), contém moléculas de


açúcar com cinco átomos de carbono, chamado desoxirribose (C5H10O4).

Portanto, para compreender inteiramente muitos dos conceitos que serão


apresentados a seguir é preciso conhecer a estrutura da desoxirribose. Uma
representação visual do açúcar e como se relaciona com os outros dois
componentes de um nucleótido é mostrada na figura abaixo.

Estrutura da molécula de açúcar com cinco átomos de carbono, chamado


desoxirribose (C5H 10O 4). Fonte: Internet

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O Ácido Fosfórico:
Ácido fosfórico ou ácido ortofosfórico é um composto químico fórmula molecular
H3PO4. É o ácido de fósforo mais importante. Dentre os ácidos minerais, pode
ser considerado um ácido mais fraco. A partir do ácido fosfórico derivam-se o
ácido difosfórico ou pirofosfórico, o ácido metafosfórico e o ácido polifosfórico.

Estrutura Geométrica do Ácido Fosfórico (H PO )


3 4

A Ligação entre o Grupo Fosfato e a Pentose:


Esta ligação é feita através de uma ligação fosfoéster com a hidroxila ligada ao
carbono-5 da pentose.Para a formação da molécula de DNA é necessário que
ocorra a ligação entre os nucleotídeos. Os nucleotídeos estão ligados
covalentemente por ligações fosfodiéster formando entre si pontes de fosfato.

O grupo hidroxila do carbono-3 da pentose do primeiro nucleotídeo se liga ao


grupo fosfato ligado a hidroxila do carbono-5 da pentose do segundo nucleotídeo
através de uma ligação fosfodiéster. Devido a esta formação a cadeia de DNA
fica com uma direção determinada, isto é, em uma extremidade temos livre a
hidroxila do carbono-5 da primeira pentose e na outra temos livre a hidroxila do
carbono-3 da última pentose.Isto determina que o crescimento do DNA se faça
na direção de 5' para 3'

133
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Esquema: Crescimento do DNA se faça na direção de 5' para 3'

Sabendo-se como são feitas as ligações entre os nucleotídeos, formando assim


a fita de DNA, podemos analisar a estrutura tridimensional do DNA. Portanto,
James Watson e Francis Crick postularam um modelo tridimensional para a
estrutura do DNA baseando-se em estudos de difração de raio-X. O DNA
consiste de duas cadeias helicoidais de DNA, enroladas ao longo de um mesmo
eixo, formando uma dupla hélice de sentido rotacional à direita.

A Ligação entre a Base Nitrogenada e a


Pentose:
Esta ligação é feita covalentemente através de uma ligação N-glicosídica com a
hidroxila ligada ao carbono-1 da pentose.Os carbonos da desoxirribose são
enumerados sequencialmente começando da direita para a esquerda. O primeiro
carbono é 1' (lê-se como um linha), o segundo é 2' (dois linha), e assim
sucessivamente. A base azotada liga-se ao carbono 1', e o grupo fosfato ao
carbono 5'. O nucleótido abaixo é ligado covalentemente ao carbono 3'. Isto
permite que uma longa fita seja construída.

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Uma purina se liga a uma pirimidina no DNA para formar um par de base. Adenina e timina ligam-se
uma à outra para formar um par de base A-T. Igualmente, guanina e citosina ligam-se uma à outra
para formar um par de base G-C.

Uma purina se liga a uma pirimidina no DNA para formar um par de base.
Adenina e timina ligam-se uma à outra para formar um par de base A-T.
Igualmente, guanina e citosina ligam-se uma à outra para formar um par de base
G-C. As bases permanecem unidas por fracas pontes de hidrogénio, e são estas
pontes de hidrogénio as responsáveis pela manutenção da estrutura de dupla
hélice do DNA. Uma imagem ilustrando como os pares de base se unem por
pontes de hidrogénio é mostrada abaixo (As linhas azuis representam as pontes
de hidrogénio).

Estrutura da Dupla Hélice de James Watson e Francis Crick

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As Bases Azotadas:
A Adenina: Alguns cientistas acreditam que, na origem da vida na terra, a

primeira adenina foi formada pela polimerização de cinco moléculas de cianeto


de hidrogênio (HCN). Porém, há quem questione tal acontecimento. A adenina é
uma purina que possui uma grande variedade de papeis em bioquímica
participando da respiração celular, na forma de adenosina trifosfato (ATP),
dinucleotídeo nicotinamida-adenina (NAD) e dinucleotídeo flavina-adenina (FAD).
Na síntese de proteínas participa como um componente químico do DNA e RNA.

Quanto a estrutura pode-se afirmar que a adenina forma muitos tautômeros,


compostos que podem ser rapidamente interconvertidos e são freqüentemente
considerados equivalentes. O metabolismo das purinas envolve a formação da
Adenina e Guanina. Tanto a Adenina como a Guanina são derivados do
nucleotídeo inosina monofosfato (IMP) o qual é sintetizado em uma ribose
preexistente por uma complexa via usando átomos provenientes de aminoácidos
como a glicina, glutamina e aspartato, bem como o folato e bicarbonato.

Timina: A timina é uma base nitrogenada que compõe o nucleotídeo, a

principal estrutura que forma o ácido desoxirubonucléico, mais conhecida como


ADN.A estrutura da timina é formada por substâncias químicas que formam uma
molécula num único anel. Este tipo de composição é chamada pirimidina. As
pirimidinas são compostos orgânicos semelhantes ao benzeno, mas com um
anel heterocíclico: dois átomos de nitrogénio substituem o carbono nas posições
1 e 3. Três das bases dos ácidos nucleicos, a citosina, a timina e o uracila, são
derivados pirimídicos.

No ADN, as duas primeiras formam pontes de hidrogénio com as purinas


complementares. A timina é a única molécula que existe apenas no ADN. As
outras moléculas (guanina, citosina e adenina) também fazem parte do ácido
ribonucléico (ARN). Nela, a timina é substituída pela uracila.

Guanina: Guanina é uma base nitrogenada, orgânica, assim como a

adenina, a citosina e a timina, que se une com uma molécula de desoxirribose


(pentose, monossacarídeo) e com um ácido fosfórico, geralmente o fosfato, para
formar um nucleotídeo, principal base para formar cadeias polinucleotídeas que,
por sua vez, formam o ADN (ácido desoxirribonucléico).

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Citosina: Citosina é uma fibra orgânica que constitui boa parte do citoplasma
das células vivas, formando o chamado citoesqueleto. É uma substância
cristalina, uma base nitrogenada, derivada do aminado da pirimidina cuja fórmula
é a seguinte: C4H5N3O. É uma das bases que compõem o código genético.

As Propriedades Físicas e Químicas de DNA

 Soluções de DNA (em pH = 7,0), a temperatura ambiente, são altamente


viscosas;

 A altas temperaturas ou pH extremos o DNA sofre desnaturação, porque


ocorre ruptura das pontes de hidrogênio entre os pares de bases. Esta
desnaturação faz com que diminua a viscosidade da solução de DNA;

 Durante a desnaturação nenhuma ligação covalente é desfeita, ficando


portanto as duas fitas de DNA separadas;

 Quando o pH e a temperatura voltam ao normal, as duas fitas de DNA


espontaneamente se enrolam formando novamente o DNA dupla fita.

Esta última propriedade envolve duas etapas:

 A primeira: é mais lenta pois envolve o encontro casual das fitas


complementares de DNA, formando um curto segmento de dupla hélice;

 A Segunda: etapa é mais rápida e envolve a formação das pontes de


hidrogênio entre as bases complementares reconstruindo a conformação
tridimensional.

Sumário

O ácido desoxirribonucleico é um composto orgânico cujas moléculas são


portadoras da informação genética que coordenam o desenvolvimento e
funcionamento de todos os seres vivos incluíndo alguns vírus. A sua estrutura
espacial foi descrita em 1953, pelos cientístas James Watson e Francis Crick.
Os segmentos ou unidades de ADN que contêm uma determinada característica
são chamados genes.

A molécula de DNA é constituída por uma sequência de nucleotídeos, que por


sua vez é formado por três diferentes tipos de moléculas: um açúcar (pentose)

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chamado desoxirribose (C5H10O4); ácido fosfórico ou ácido ortofosfórico

(H3PO4) e uma base nitrogenada (base azotada). A ligação entre o grupo fosfato
e a pentose é feita através de uma ligação fosfoéster com a hidroxila ligada ao
carbono-5 da pentose. Os nucleotídeos estão ligados covalentemente por
ligações fosfodiéster formando entre si pontes de fosfato.

O devido a forma de ligação, o crescimento do DNA se faça na direcção de 5'


para 3'. A ligação entre a base nitrogenada e a pentose é feita covalentemente
através de uma ligação n-glicosídica com a hidroxila ligada ao carbono-1 da
pentose. As bases do ADN são: Adenina, timina, Guanina e Citosina. Uma purina
se liga a uma pirimidina no DNA para formar um par de base. Adenina e timina
ligam-se uma à outra para formar um par de base A-T. Igualmente, guanina e
citosina ligam-se uma à outra para formar um par de base G-C. As bases
permanecem unidas por fracas pontes de hidrogénio, e são estas pontes de
hidrogénio as responsáveis pela manutenção da estrutura de dupla hélice do
DNA.

1. Quando e quem decreveu a A estrutura espacial do ADN?


R: Foi descrita em 1953, pelos cientístas James Watson e
Francis Crick.
2. A molécula de DNA é constituída por uma sequência de
nucleotídeos, que por sua vez é formado por três diferentes
tipos de moléculas. Quais são as referidas moleculas?
R: Um açúcar, um grupo fosfato e uma base nitrogenada.
3. Enumere 3 propriedades físicas e químicas de DNA.
R: Soluções de DNA (em pH = 7,0), a temperatura ambiente,
Exercicios são altamente viscosas; A altas temperaturas ou pH extremos o
DNA sofre desnaturação, porque ocorre ruptura das pontes de
hidrogênio entre os pares de bases. Esta desnaturação faz com
que diminua a viscosidade da solução de DNA; Durante a
desnaturação nenhuma ligação covalente é desfeita, ficando
portanto as duas fitas de DNA separadas;

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Unidade 24

Tema: O Ácido Nucléico-ARN

Introdução
Caro estudante, bem vindo a unidade sobre ARN. Portanto, uma das
características mais importantes dos seres vivos é capacidade de reprodução.
Nesta reprodução, um conjunto de características dos pais são transmitidas aos
filhos graças a existência do material genético ou pura simplesmente ácidos
nucléicos.

Nesta unidade, merecerá o nosso destaque o ácidos ribonucléico (ARN). Mas


uma vez, tal como fizemos em outras unidades é convidado a uma discussão
activa em torno do assunto.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Descrever a estrutura do ARN.


 Explicar a composiçãodo ARN.
 Explicar a classificação do ARN.
 Descrever as Funções do ARNA.
Objectivos
 Explicar as diferenças entre ARN do ADN.
 Descrever as bases azotadas que formam o ARN.

O Ácido Nucléico-ARN

O ARN é um ácido nucléico formado a partir de um modelo de DNA. O ADN não


é molde directo da síntese de proteínas. Os moldes para síntese de proteínas
são moléculas de RNA. Os vários tipos de ARN transcritos do ADN são
responsáveis pela síntese de proteínas no citoplasma. O Ácido Ribonucléico ou
simplesmente ARN. A molécula de ARN é constituída por uma sequência de
nucleotídeos, que por sua vez é formado por três diferentes tipos de moléculas:

 Um açúcar (pentose);
 Um grupo fosfato (ácido fosfórico);

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 Uma base nitrogenada (base azotada).

As bases nitrogenadas do ARN, são as mesmas encontradas no ADN com a


excepção da Uracila que substitue Timina, quando falamos de ARN. O critério de
combinação entre as bases também é o mesmo, uma purina liga-se a uma
pirimidina: Adenina-Uracilo, através de duas pontes de hidrogénio, enquanto que
Citosina-Guanina, através de duas pontes de hidrogénio.

A Classificação do ARN

Existem três tipos de RNAs:

 RNA mensageiro: Contêm a informação para a síntese de proteínas.

Esquema do ARNm. Fonte: Internet

Os RNAm representam cerca de 4% do RNA celular total. Existe um tipo de


RNAm para cada tipo de cadeia polipeptídica, que vai constituir uma proteína. O
RNAm transporta a informação genética na forma de códons, copiados do DNA;
um códon consiste em uma sequência de três nucleotídeos. O RNAm move-se
para o citoplasma e vai ligar-se aos polirribossomos. Ele é formado por uma
sequência de trios de nucleotídeos, que correspondem a diferentes aminoácidos.
Cada trio é um códon, e os diferentes códons determinam o tipo, o número e a
posição dos aminoácidos na cadeia polipeptídica.

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 RNA transportador: Transporta aminoácidos para que ocorra a síntese


de proteínas.

Esquema do ARNt. Fonte: Internet

Os RNAt correspondem a 10% do RNA total da célula, e são denominados de


adaptadores. O RNAt desloca-se para o citoplasma, onde se liga a aminoácidos,
deslocando-os até pontos de síntese protéica. Numa determinada região, a
molécula de RNAt apresenta um trio especial de nucleotídeos, o anticódon,
correspondente a um códon do RNAm. Uma das extremidades da molécula de
RNAt só se liga a um tipo de aminoácido. Quase todas as doenças humanas
resultam da produção inapropriada de proteínas. As drogas tradicionais são
desenhadas para interagirem com as proteínas que causam ou apoiam a
propagação da doença no corpo.

O RNAt move-se do núcleo para o citoplasma, onde se liga a aminoácidos, e


deslocando-se até os ribossomos. Apresenta regiões com pareamento de bases,
que lhe conferem um aspecto de "trevo de três folhas". Cada molécula de RNAt
apresenta uma extremidade que se liga a diferentes tipos de aminoácidos e uma
região com uma seqüência de três nucleotídeos, o anticódon, que pode parear
com um dos códons do RNAm. Os vários tipos de RNA, transcritos do DNA, que
vão participar da síntese de proteínas, deslocam-se do núcleo para o citoplasma.

 RNA ribossômico: componentes da maquinaria de síntese de proteínas


presente nos ribossomos.

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Esquema do ARNr. Fonte: Internet

Os RNAr correspondem a 85 % do RNA total da célula, e são encontrados nos


ribossomos (local onde ocorre a síntese protéica).Todas as formas de RNA são
sintetizadas por enzimas (RNA polimerases) que obtêm informações em moldes
de DNA. O RNAr é produzido pelo DNA da região organizadora do nucléolo e,
associado a proteínas, vai constituir os nucléolos. Depois passa ao citoplasma
para formar os ribossomos. O RNAm leva para o citoplasma as informações para
a síntese das proteínas.

O RNAr, inicialmente armazenado nos nucléolos, passa para o citoplasma e ,


associado a proteínas, forma os ribossomos, que se prendem às membranas do
retículo endoplasmático. Os ribossomos dispõem-se enfileirados, constituindo os
polirribossomos ou polissomos, junto dos quais as proteínas vão ser sintetizadas.
Cada polissomo é também denominado unidade de tradução, pois permite a
síntese de um tipo de polipeptídeo.

A Fita Simples do RNA

Esquema: Estrutura da Fita Simples do RNA. Internet

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Sumário

O ARN é um ácido nucléico formado a partir de um modelo de DNA. A molécula


de ARN é constituída por uma sequência de nucleotídeos, que por sua vez é
formado por três diferentes tipos de moléculas: um açúcar (pentose); um grupo
fosfato (ácido fosfórico) e uma base nitrogenada (base azotada). As bases
nitrogenadas do ARN, são as mesmas encontradas no ADN com a excepção da
Uracila que substitue Timina, quando falamos de ARN.

O critério de combinação entre as bases também é o mesmo, uma purina liga-se


a uma pirimidina: Adenina-Uracilo, através de duas pontes de hidrogénio,
enquanto que Citosina-Guanina, através de duas pontes de hidrogénio. Existem
três tipos de RNAs: RNA mensageiro: Contêm a informação para a síntese de
proteínas; RNA transportador: Transporta aminoácidos para que ocorra a síntese
de proteínas e RNA ribossômico: componentes da maquinaria de síntese de
proteínas presente nos ribossomos.

1. Como e formada a molecula de ARN?


R: A molécula de ARN é constituída por uma sequência de
nucleotídeos, formado por três diferentes tipos de moléculas:
um açúcar (pentose); um grupo fosfato (ácido fosfórico); uma
base nitrogenada (base azotada).
2. Quais sao os tipos de ARN?
Exercicios R: RNA mensageiro: RNA transportador e RNA ribossômico
3. Explique o critério de combinação entre as bases.
R: Uma purina liga-se a uma pirimidina: Adenina-Uracilo,
através de duas pontes de hidrogénio, enquanto que
Citosina-Guanina, através de duas pontes de hidrogénio.

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UCM – CED Biologia Celular e Molecular (BCM) – B0022

Instruções para o estudo dos conteúdos do manual

 Como pudera notar os conteúdos apresentados no manual, oferecem a ti


caro estudante, um entendimento básico e fundamental para o
desenvolvimento de determinadas competências específicas, mediante a
resolução dos exercícios e tarefas de auto-avaliação

 Sugerimos que faça um aprofundamento dos conteúdos apresentados no


manual, recorrendo-se da seguinte referência bibliográfica , para o efeito:
 MATIAS, Osório & MARTINS, Pedro: Biologia 11. Areal Editora, 2004
 Esta obra está disponível na Biblioteca do CED, podendo ser
fotocopiada ou consultada.
 A referida obra também contêm exercícios, sugerimos que resolva esses
exercícios, ainda que não seja para entregar, contudo podem constituir
matéria de avaliação para testes e outros.

Critérios de avaliação das tarefas do manual.


 Vocé deverá entregar todos exercícios indicados para serem entregues,
a não entrega implica diminuição na nota.
 A quantificação total dos exercícios correctos é a de 20 valores.
 Os exercícios que exigem maior reflexão e trabalho de campo por parte
do estudante são os de maior cotação.
 Deve ser evitado o plágio de respostas.
 Procure ser mais criativo na apresentação das respostas, priorize o
estabelecimento da relação entre a teoria e a prática, bem como a
resolução de situações concretas.
 A apresentação técnica e coerência textual deve ser algo a ter em conta.
 O grau de cientificidade das respostas com recurso a termos de natureza
científica e técnica deve constituir aspecto a considerar.
 A apresentação de conclusões e recomendação de forma clara e
objectiva deverá ser potenciada.

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