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@tipografiajuridica

Pergunte

A petição perfeita pra vc


tem? Fonte? tamanho?
Espaçamento? recuo
primeira linha? recuo
citação?
Tipografia não é um conjunto de métricas.

Isso seria um layout sugerido e há varios deles.


Há o layout da ABNT, do STJ, do STF, etc.

Lá você vai encontrar uma fonte e o respectivo


tamanho, bem como as medidas de recuos,
entrelinhas, espaçamentos, margens, etc.

O que quero dizer é, uma petição perfeita não se


resume a meia dúzia de elementos, não é uma única
receita pronta.

Muito além disso, saber uma única receita não te torna


um cozinheiro bom de verdade.

É preciso entender os princípios dos sabores, dos tipos


de cozimento, dos aromas, das harmonizações para
atingir as melhores receitas, e mais do que isso, ter
liberdade e agilidade de criação.
1. Ergonomia visual

Ergonomia é o campo que trata da interação


entre o ser humano com os demais elementos.

A ergonomia visual trata de aspectos como


percepção, atenção e memória que surgem
a partir destas interações.

Devemos entender como funciona a mecânica


da leitura e criar documentos que, ao
obedecerem certos critérios, atinjam uma boa
ergonomia.

2. Conforto cognitivo

Uma petição ou documento deve causar boas


sensações no leitor.

Elementos visuais bem utilizados trazem


conforto cognitivo através, por exemplo, da
fluidez de leitura e facilidade de compreensão.

Excesso de destaques se tornam ruídos, e


podem causar o exato oposto, desconforto.
3. Experiência do usuário

Imprescindível compreender quem é o


destinatário do nosso documento porque isso
muda tudo.

Não se trata só de empatia, é técnica.

É a técnica que te ajudará a atingir seus


objetivos, seja causar uma boa impressão,
persuadiar um juiz, seja fechar um contrato
com um cliente indeciso.

A experiência do usuário engloba a ergonomia


visual e o conforto cognitivo, mas vai além.

Não é apenas propriciar uma boa leitura, mas


conseguir ser estratégico.

cia do usu
eriên ár
xp io
E
TIPOGRAFIA

Ergonomia Conforto
Visual Cognitivo
Compreendendo esses princípios,
um documento profissional deve
observar :
1. Áreas de respiro

Uso correto dos espaços em branco, também


chamados de áreas de respiro, especialmente
em folhas grandes como a medida A4.

2. Foco atencional

A preocupação com o foco intencional, elimi-


nando ruídos e distrações que atrapalhem a
efetiva concentração no texto;

3. Hierarquia textual

Cada ‘pedaço’ de texto tem uma importância


diferente de acordo com o seu contéudo.
É preciso organizá-los hierarquicamente
através das decisões de formatação e da
tipografia.

4. Coerência Tipografia

Um bom layout deve ter elementos harmoniza-


dos e que convirjam em um mesmo sentido.
5. Design

Alinhamentos, contrastes, agrupamento por


proximidade, escolhe correta da fonte utilizada
para legibilidade e leiturabilidade.

6. Métricas e boas práticas adequadas

Por fim, deve se levar em consieração, as boas


práticas já existentes, ou mesmo, em alguns
casos, regras e normas pré-existentes, que em
geral, define apenas questões básicas,
permitindo sempre ir muito além .

Nada disso é suficiente sem o


conhecimento das ferramentas
e potencialidades do programa
de processador de texto.
Se eu, Júlio, falar:

“Fonte Avenir, tamanho 10,5, sem recuo, com


espaçamento 8pt, entrelinhas de 1,1 e margem
‘normal” eu estou entregando apenas uma
receita.

O que precisam é aprender a “cozinhar”.

Somente o entendimento dos fundamentos, a


compreensão do macro e o domínio das
ferramentas e funções do processador de texto
irão permitir autonomia e flexibilidade para
criar seus próprios documentos profissionais,
com agilidade e estratégia no seu cotidiano de
trabalho.

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