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Anfotericina B
Antifúngico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Um antifúngico ou antimicótico é uma medicação fungicida ou
fungistático farmacêutica utilizada para tratar e prevenir micoses como pé de
atleta, dermatofitoses, candidíase, infecções sistémicas
como meningite por Cryptococcus spp e outros. Tais drogas são obtidas
normalmente através de prescrição médica, mas algumas estão disponíveis
como medicamentos de venda livre.
Antifúngicos poliênicos
Um polieno é uma molécula com diversas ligações duplas conjugadas. Um antifúngico poliênico é um polieno macrocíclico com uma região
altamente hidroxilada no anel oposto ao sistema conjugado. Isso faz dos antifúngicos poliénicos anfifílicos. Os agentes poliênicos ligam-se
a esteróis na membrana celular de fungos, principalmente ao ergosterol. Isso muda a temperatura de transição (Tg) da membrana, diminuindo sua
fluidez e, consequentemente, deixando-a em um estado mais cristalino. Certos conteúdos da célula, como íons (K+, Na+, H+, e Cl−),e pequenas
moléculas orgânicas fluem livremente em relação ao meio externo, sendo esse o meio primário de morte celular. [1] As células animais
contém colesterol no lugar de ergosterol, sendo bem menos suceptíveis aos efeitos. Contudo, mesmo em doses terapêuticas, algumas moléculas
de anfotericina B, por exemplo, podem ligar-se ao colesterol de membrana, aumentando o risco de toxicidade. A anfotericina B
é nefrotóxica quando administrada intravenosamente.
Amphotericina B
Candicidina
Hamicina
Natamicna
Nistatina
Rimocidina
Imidazóis
Bifonazol
Butoconazol
Cetoconazol
Clotrimazol
Econazol
Fenticonazol
Isoconazol
Ketoconazol
Luliconazol
Miconazol
Omoconazol
Oxiconazol
Sertaconazol
Sulconazol
Tioconazol
Triazóis
Albaconazol
Efinaconazol
Fluconazol
Isavuconazol
Itraconazol
Posaconazol
Ravuconazol
Terconazol
Voriconazol
Tiazóis
Abafungina
Alilaminas
Ver artigo principal: Alilamina
As alinaminas inibem a esqualeno epoxidase, outra enzima necessária para a síntese de ergosterol:
Amorolfina
Butenafina
Naftifina
Terbinafina
Equinocandinas
As equinocandinas podem ser usadas para tratar infecções fúngicas sistêmicas em pacientes imunocomprometidos. Elas atrapalham a síntese de
glicanos na parede celular inibindo a enzima 1,3-β-glicano sintase.
Anidulafungina
Caspofungina
Micafungina
As equinocandinas não são bem absorvidas quando administradas oralmente. Na administração intravenosa, ela é capaz de atingir a maioria dos
tecidos em concentração suficiente para a ação terapêutica.[3]
Antifúngicos sistêmicos
Reproduzido de:
Formulário Terapêutico Nacional 2008: Rename 2006 [Link Livre para o Documento Original]
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Brasília / DF – 2008
5.2.1 Antifúngicos sistêmicos
Anfotericina B é ativa contra a maioria dos agentes causadores de micoses profundas. Seu espectro de ação inclui fungos patogênicos e oportunistas, mas não é eficaz nas
dermatofitoses superficiais. Sua principal indicação é o controle de infecções fúngicas sistêmicas graves. Tem como desvantagens dificuldades de administração, reações transfusionais e
nefrotoxicidade. Apesar disso, a preparação convencional continua sendo a primeira escolha, devido à reconhecida eficácia e baixo custo. Preparações lipídicas, especialmente a lipossomal,
têm eficácia e perfil de toxicidade mais favoráveis, mas seu alto custo impede o uso rotineiro na maioria dos serviços de saúde. Para seu emprego exigem-se critérios muito claros de
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indicação. Além disso, anfotericina B convencional também pode ter sua toxicidade reduzida quando administrada em circunstâncias ótimas .
Fluconazol é eficaz em prevenir infecções fúngicas invasivas e mortalidade total em pacientes não-neutropênicos e criticamente doentes, embora dose ótima e duração de uso
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não estejam determinadas . Em centros de transplante com alta incidência de infecções fúngicas invasivas ou em situações de alto risco individual, a profilaxia antifúngica com fluconazol
parece apropriada e não se acompanhou de aumento na resistência fúngica. Em casos de transplante hepático (10% de infecções fúngicas invasivas), requer-se profilaxia em 14 receptores
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para prevenir uma infecção . Na revisão do Clinical Evidence, cita-se ensaio clínico que indicou superioridade de fluconazol sobre clotrimazol na redução de recorrência de candidíase
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orofaríngea . Também não há suficiente evidência de que fluconazol seja melhor do que anfotericina B em pacientes neutropênicos com câncer. Nesses, anfotericina intravenosa deve ser
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preferida para tratamento empírico ou uso profilático porque é o único antifúngico com aparente efeito sobre mortalidade . É usado no tratamento de manutenção de meningite criptocócica
de pacientes aidéticos. É o fármaco de escolha em meningite por Coccidioides, devido a menor morbidade em comparação a anfotericina B intratecal. Também em pacientes com infecção
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por HIV, fluconazol em suspensão foi superior a nistatina em suspensão para redução de sinais e sintomas de candidíase orofaríngea . Igualmente, em crianças imunocompetentes e
imunocomprometidas, fluconazol superou nistatina na cura clínica de candidíase orofaríngea.
Em comprimidos de 150 mg, é usado para tratamento de candidíase vaginal (em dose única) ou onicomicose (em dose semanal).
Itraconazol apresenta maior espectro de ação que cetoconazol e fluconazol, podendo ser ativo contra cepas de Candida resistentes, Aspergillus e Sporothrix. É medicamento
restrito para tratamento de paracoccidioidomicose e histoplasmose. Na blastomicose norte-americana, é eficaz e bem tolerado, sendo considerado fármaco de escolha. Na
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paracoccidioidomicose, itraconazol é fármaco de escolha, pois produz em seis meses resultados equivalentes aos de 12 a 18 meses de cetoconazol . É eficaz em todas as formas de
esporotricose, sendo primeira escolha em doença linfocutânea e extracutânea. Outras indicações incluem cromomicose, coccidioidomicose não-meníngea, feo-hifomicose e
pseudoalescheríase. É eficaz em tratamento e prevenção de recorrência de histoplasmose em pacientes imunocomprometidos, sendo alternativa mais prática e menos tóxica do que
anfotericina B. Em histoplasmose disseminada grave, a tendência é iniciar o tratamento com anfotericina B, passando para itraconazol após melhora das condições do paciente. Geralmente é
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bem tolerado, sendo referidos efeitos adversos em 5% a 8%, principalmente náuseas, tonturas, cefaléia e dor abdominal .
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