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TCC Trabalho3 CLAUDENIR
TCC Trabalho3 CLAUDENIR
PLANO DE NEGÓCIOS
SALÃO DE BELEZA HONEY
São Paulo
2006
CLAUDENIR CHINSKI
PLANO DE NEGÓCIOS
SALÃO DE BELEZA HONEY
São Paulo
2006
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha esposa Fabiana Marra pela motivação e paciência neste momento decisivo
e enriquecedor da minha vida pessoal, acadêmica e profissional. Gostaria de agradecer
também o orientador Prof. Dr. Roberto Marx pela dedicação durante o processo de elaboração
deste trabalho.
RESUMO
Este trabalho apresenta um plano negócio para estabelecer uma empresa, neste caso um salão
de beleza, denominado Salão de Beleza Honey. Um plano de negócio bem elaborado é
fundamental para o sucesso da nova empresa, pois o empreendedor pode avaliar o novo
empreendimento do ponto de vista mercadológico, da concorrência, técnico, do planejamento
financeiro, jurídico e organizacional ainda no papel e ao mesmo tempo poder adaptar as
exigências do ambiente empresarial. Podem também avaliar a evolução do empreendimento
ao longo de sua implantação, para cada um dos aspectos definidos no plano de negócio, o
empreendedor poderá comparar o previsto com o realizado, facilitar a obtenção de
empréstimos e financiamento junto a instituições financeiras para nova empresa ou para
expansão do negócio. O plano de negócios para a Salão de Beleza Honey se sustenta nas mais
variadas áreas de conhecimento, tais como: planejamento estratégico, marketing, engenharia
econômica, recursos humanos, qualidade, gestão de serviços, gestão financeira, gestão
comercial, etc. Com base nestas técnicas, o plano de negócio para a Salão de Beleza Honey
objetiva avaliar a viabilidade comercial e financeira do novo empreendimento e
conseqüentemente verificar se o retorno financeiro de se investir neste empreendimento é
maior em relação a opção de aplicar esse mesmo capital no mercado financeiro ou vise-versa.
LISTA DE ANEXOS
1 INTRODUÇÃO
O primeiro capitulo apresenta o tema abordado neste trabalho, sua importância, bem
como o seu objetivo.
O quarto capítulo faz uma análise do mercado no qual a empresa vai atuar, apresenta
dados socioeconômicos da região onde vai ser instalado o salão de beleza, descreve o perfil
do público-alvo, analisa a concorrência e fornecedores.
Uma das principais causas da baixa expectativa de vida das MEP – Micro e Pequenas
Empresas - no Brasil é a falta de planejamento e falha gerencial na condução do negócio.
Problema que começa antes da abertura do negócio em conseqüência de um Plano de
Negócios deficitário que levou o empreendedor a não analisar de forma correta e
previamente, dados importantes para o sucesso do empreendimento, como o grau de
concorrência nas proximidades do ponto escolhido, a presença potencial de consumidores,
produtos/serviços a serem oferecidos ou um plano de contingência para momentos difíceis.
Diante deste cenário, o Plano de Negócios torna-se peça fundamental para o sucesso
do novo empreendimento, pois por meio dele, o futuro empreendedor poderá visualizar em
detalhes toda a operação da empresa: finanças, logística, marketing, vendas, recursos
humanos, clientes, concorrência, etc. Um bom Plano de Negócios pode reduzir drasticamente
a probabilidade de uma empresa ter vida curta.
2 REVISÃO DE LITERATURA
De acordo com Joseph Schumpeter et al. Dornelas (2001, p.37), "O empreendedor é
aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e
serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos
e materiais.”.
uniformizado este conhecimento, passa-se para uma fase de construção de cenários futuros
que estruturem as incertezas que as mudanças estão provocando nos negócios. Finalmente, o
conceito atual de negócios é aplicado perante os cenários futuros objetivando verificar a
necessidade de se promoverem ajustes nas competências que mantenham a vantagem
competitiva desejada. O plano estratégico em si consiste em objetivos e ações estruturados
numa base temporal para implementar estes ajustes.
Porter (1989) adota o modelos das 5 forças de mercado para orientar esta estratégia
por parte das empresas. Nele, estas forças existem para suprir a necessidade de estarem
sempre melhorando o posicionamento das organizações em relação aos concorrentes – em
busca do que o autor chama de “vantagem competitiva”. Para ele a vantagem competitiva
7
surge fundamentalmente do valor que uma empresa consegue criar para os seus compradores
e que ultrapassa o custo de fabricação pela empresa. Isto vem de encontro com a idéia de
Kotler (2000) que afirma que a empresa que se posiciona como fornecedora de valor superior
para os mercados-alvo selecionados, irá atraí-los mais facilmente, graças aos seus preços
mais baixos ou a maiores benefícios que seus concorrentes, ganhando assim uma vantagem
competitiva.
De acordo com o SEBRAE/SP (2003), uma das principais razões das pequenas e
médias empresas falirem, é a falta de planejamento no negócio antes e durante a gestão do
empreendimento. No Brasil isso ocorre principalmente por causa da cultura do imediatismo
em detrimento do planejamento de longo-prazo, fato que contribui para o alto índice de
mortalidade de empresas.
de recursos, mas principalmente, como forma de sistematizar suas idéias e planejar de forma
mais eficiente o seu negócio. Um plano de negócios bem feito aumentará muito as chances
de sucesso do empreendimento.
Para Salim et al. (2001, p. 127): “É indispensável que a formatação da empresa esteja
feita de modo correto: isto quer dizer, que o negócio esteja completamente descrito e que seu
funcionamento esteja muito bem compreendido e, mais que tudo, fique muito bem
evidenciado que o mercado vai acolher bem o produto ou o serviço ou a solução da empresa
que está sendo imaginada.”.
Neste sentido, caso o negócio seja inviável, por motivos econômicos, financeiro,
técnico ou de mercado, o empreendedor verificará esta conclusão “no papel” e não na prática,
após alguns meses de funcionamento da empresa, quando já investiu todo ou parte do seu
capital disponível para o empreendimento.
10
Um estudo de portifólios de capital de risco feito pela Venture economics, Inc., revela
que 7% dos investimentos são responsáveis por mais de 60% dos lucros dos fundos de
investimento, informa BHIDE (2002b). Esse estudo demonstra dificuldade em conseguir
investidores para o negócio, pois são investir se terem real certeza eu o negócio será
lucrativo. Deve-se ter em mente que investidores são exigentes na escolha de opões de
investimentos preferem Planos de Negócios sólidos, baseados em uma boa equipe, mercados
claramente definidos, e um bom histórico de realizações. Pois aplicar seu capital em Start-
ups 1 pode ser algo muito arriscado é verdade, mas se feito de forma coerente resultará em
ótimos resultados.
1
Empresas que ainda estão em processo de formação e a procura de investidores.
11
De acordo com Degen (1989), existem basicamente dois tipos distintos de Planos de
Negócios: o Plano de Negócios operacional, para ordenamento, análise e viabilidade do
empreendimento, e o Plano de Negócios para captar investidores. No primeiro caso, ele
representa uma oportunidade única para o empreendedor pensar e analisar o seu negócio de
vários ângulos, permitindo uma visão total da operacionalização do negócio. No caso de uma
empresa nascente em busca de investidores, o Plano de Negócios tem grande importância
tendo em vista que quase sempre, este tipo de documento é requerido por estes possíveis
investidores como uma forma de avaliar um novo empreendimento, para só então tomarem a
decisão de participar ou não dele.
12
Entretanto, Degen (1989, p. 186) fornece uma lista genérica de tópicos que devem ser
considerados na elaboração do Plano de Negócio, são eles:
• Capa do plano: deve conter a denominação do novo negócio, sua finalidade, seu nome,
endereço, telefone do futuro empreendedor que o está apresentando e a data em que foi
elaborado;
• Sumário: descrições objetivas e resumidas de, no máximo, 2 páginas acerca do conceito
do negócio e do conteúdo do plano como um todo. Ele é, na verdade, uma prévia do que
estará por vir;
• Índice: deverá ordenar os temas e descrições em toda a apresentação;
• Descrição do negócio: deverá descrever as várias características do negócio, tais como
as oportunidades e riscos, características, equipe gerencial, estratégia, localização,
concorrentes e assim por diante;
• Análise financeira: deverá descrever, de forma simplificada, toda a movimentação
monetária prevista para o período de vida pré-definido do negócio;
• Análise dos riscos: a análise dos riscos é a descrição dos possíveis problemas que podem
pôr em risco a realização do mesmo;
• Documentos anexos: devem ser anexados todos os documentos e informações
suplementares necessários à análise do plano de negócios. Exemplo: Curriculum vitae,
cartas de referência, pesquisas de mercado, projeções financeiras, contrato social, registro
de marcas e patentes, dentre outras coisas.
13
Linha de Serviço
Cabelo
Coloração
Escova Simples
Escova Permanente
Escova Progressiva
Luzes/Reflexo
Penteado
Corte Feminino
Corte Masculino
Hidratação
Relaxamento
Mãos e pés
Manicure
Pedicure
Depilação
1/2 perna
Perna Completa
Axila
Virilha
Íntima
Íntima Completa
Buço
Sombrancelha
Estética Corporal
Massagem Relaxante
Drenagem Linfática
Estética Facial
Limpeza de pele
Qtde. Descrição
1 Recepção Yaima
4 Poltronas Sara
2 Lavatórios Sara Black What
2 Macas de Depilação/Massagem
4 Bellas
5 Mesas para manicures
Tabela 5 – Recursos de hardware necessários para o empreendimento
18
O projeto do salão de beleza foi desenvolvido para uma área de 79m², com uma
margem para crescer 30%, ou seja, aumentar a oferta de serviços sem a necessidade de novos
investimentos.
O segmento de beleza, em geral, vem crescendo a uma taxa acima do PIB – Produto
Interno Bruto – brasileiro, conforme podemos constatar na Tabela 6.
uma parcela maior de sua renda com produtos e serviços do que as mulheres de renda mais
elevada.
Uma das segmentações mais antigas dos salões é a de gênero, com salões exclusivos
para homens ou mulheres, embora, recentemente, com o intuito de ampliação do seu público,
maior número de salões tem oferecido serviços para ambos os sexos.
O Salão de Beleza Honey será um negócio de salão de beleza para o público masculino
e feminino de pequeno porte e de marca próprio que oferecerá produtos e serviços em um
segmento intermediário aos dos salões de cabeleireiros e das grandes franquias, conforme
podemos ver no Gráfico 2.
• Agências bancárias: Banco Bradesco, Bando do Brasil, Banco Itaú, Caixa Econômica
Federal e Santander Banespa.
• 4 Escolas de Idiomas: CCAA, Yazigi, Wizard e Skills.
• 1 Faculdade: Faculdades Integradas Butantã.
• 2 Supermercados
• 3 Padarias
• 4 Lojas de produtos para beleza: Boticário, etc.
• 3 Academias
• 2 Colégios Berçário
• 4 Drogarias
Área(km²) 56,1
Distritos Administrativos
Butantã, Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno, Vila Sônia
População Total 377.576
Densidade Demográfica (Hab/km²) 6.730,40
Taxa de Crescimento 1991-2000 (%) 0,32
Taxa de Urbanização (%) 100
População em Idade Ativa 265.313
% %
Rendimento Chefes de Família
Butantã Munícipio
Sem Rendimento 9,41 10,43
Até 5 Salários Mínimos 38,88 47,55
Mais de 5 a 20 Salários Mínimos 33,97 32,58
Mais de 20 Salários Mínimos 17,74 9,44
Rendimento Médio dos chefes de Famílias 2.068,51 1.325,43
Tabela 9 – Renda da população do Butantã
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Censo Demográfico 2000.
O Jardim Bonfiglioli era até mesmo antes do inicio da elaboração do plano de negócios
para o Salão de Beleza Honey, o local que os sócios investidores já tinham conhecimento
mercadológico e desde então ficou estabelecido que este fosse o bairro a ser implantando o
empreendimento.
27
• Renda Média de R$ 2.068,51 ser 56% maior que a média da Cidade de São Paulo;
• Média de anos de estudos de 8,7 anos serem 13,43% maior que a média da Cidade de São
Paulo;
• Tem uma microrregião comercial ativa e diversificada;
• Boa localização e fácil acesso por meio de transporte individual e coletivo e a pé;
• Local ser ponto de referência na região.
As demais informações quantitativas podem ser verificadas por completo nos itens,
4.3.1, 4.4.1, 4.4.2, 4.4.3 e 4.4.4.
O público alvo do Salão de Beleza Honey são os homens e mulheres que valorizam a
beleza, gostam de estar na moda e querem encontrar em um só lugar, com atendimento
personalizado e de qualidade, todos os serviços de beleza.
Publico “Free Time”: Pessoas que moram no bairro e que tem tempo livre disponível
para ficar um pouco mais no salão de beleza para se cuidar, são principalmente as mulheres
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donas de casa, estudantes que ainda não exercem uma profissão. Este público consumiria um
mais serviços do portfólio do salão de beleza.
Público “Hard Work”: Homens e mulheres que moram na região e trabalham longe,
mas gostaria de passar no final do expediente para usufruir dos serviços: manicure, pedicure
e cabeleireiro. Esse público apesar de estar longe do Salão de Beleza Honey, gostaria de ter o
atendimento mais personalizado de um estabelecimento de bairro.
O Salão de Beleza Honey tem como idade alvo, as pessoas que tem entre 20 e 60
anos, ou seja, suas ações de marketing serão voltadas para esse público-alvo. Nada impedira
de atender idades que estão abaixo ou acima da faixa etária do público-alvo selecionado.
Listamos abaixo as necessidades que o Instituto Honey vai atender de acordo com o
seu publico alvo, mais detalhes sobre o público alvo estão no item 4.5.1:
2
Parte da receita obtida será destinada para cobrir os custos fixos do empreendimento.
30
Legenda:
T – Tempo Médio gasto na execução do serviço
H – Unidade de medida: Horas
MO – Percentual Referente à Comissão Mão-de-Obra
MP – Percentual Referente à Matéria Prima
SB - Percentual Referente a Comissão do São de Beleza
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Legenda:
T – Tempo Médio gasto na execução do serviço
H – Unidade de medida: Horas
MO – Percentual Referente à Comissão Mão-de-Obra
MP – Percentual Referente à Matéria Prima
SB - Percentual Referente a Comissão do São de Beleza
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C Izunomê Salão de Beleza Rua Comendador Alberto Bonfiglioli, 480. Salão de Beleza P, M, D, EF, EC, CF, CM, M. Médio
D Urban Day Spa da Beleza Rua Comendador Alberto Bonfiglioli, 480. Instituto de Beleza P, M, D, EF, EC, CF, CM, M, B, Grande
DN
E Stela Salão de Beleza Rua Gastão do Rego Monteiro, 30. Salão de Beleza P, M, D, EF, EC, CF, CM, M Médio
F Toccas Cabeleireiros Rua João Gomes Junior, 40. Salão de Beleza P, M, D, EF, EC, CF, CM, M Grande
G Belíssima Cabeleireiros Rua Moacir Miguel da Silva, 42. Salão de P, M, CF, CM Pequeno
Cabeleireiro
H Lascivité Instituto de Beleza Rua Moacir Miguel da Silva, 42. Salão de Beleza P, M, D, EF, EC, CF, CM, M Médio
P – Pedicure, M – Manicure, D – Depilação, EF – Estética Facial, EC – Estética Corporal, DN – Dia da Noiva, CF – Cabeleireiro Feminino, CM - Cabeleireiro
Masculino, B – Bronzeamento Artificial, M – Massagem.
Neste mercado, de salões de beleza, o que defini quais serão os concorrentes, é o nicho
de público-alvo que o negócio de beleza escolher, bem como os serviços que serão
oferecidos.
4.7 Fornecedores
De acordo com a ABIPEC - Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos - existem, no Brasil, 1135 empresas atuando no mercado de
produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, sendo que, na área de produtos
acabados, 15 empresas são de grande porte (vendas líquidas superiores a US$ 100
milhões/ano) e representam 76% do faturamento total. Mais de 400 marcas diferentes de
produtos de perfumaria, cosméticos e de higiene pessoal importados, estão presentes no
mercado brasileiro. Na sua grande maioria, 46,36 % do total, estão localizadas no estado de
São Paulo, que compreende 21,4% da população e aproximadamente 27% do potencial de
consumo dos produtos.
Apesar do mercado, dos fornecedores, ser concentrado, os salões de beleza têm a sua
disposição inúmeras empresas que fornecem linhas completas de produtos, ou seja, insumos
para os salões de beleza. Fornecem produtos que vão desde os cosméticos usados no dia-a-
dia, equipamentos até softwares de gerenciamento do negócio de beleza. Diante disso,
constatamos que o São de Beleza Honey não terá problema com o abastecimento de
suprimentos de insumos.
O Salão de Beleza Honey adotará como seu fornecedor o distribuidor Ikesaki Atacado
de Cosméticos. Empresa que atua desde 1954, na distribuição de produtos das melhores
marcas das áreas de beleza e estética e na fabricação de móveis e equipamentos para salões,
institutos e clínicas de estéticas. No Anexo I estão os principais marcas/fabricantes de
produtos para o setor de beleza.
Loja 2 - Avenida Morvan Dias de Figueiredo 2.875 (Marginal Tietê) - Vila Maria - São
Paulo/SP – Atendimento a Revendedores e Lojistas.
5 PLANO DE MARKETING
Uma empresa raramente consegue satisfazer a todos em um mercado. Nem todos
gostam do mesmo refrigerante, automóvel, faculdade ou filme. Sendo assim, os profissionais
de marketing segmentam o mercado. Identificam e traçam os perfis de compradores que
poderão adquirir seus serviços, em um determinado nicho de mercado, bem como seus
potencias concorrentes. Da análise destas variáveis a empresa define o seu posicionamento e a
estratégia que vai seguir neste mercado, de acordo com o seu nicho de mercado para buscar
um diferencial em relação aos concorrentes.
O Salão de Beleza Honey vai se posicionar como um negócio de beleza no qual o seu
público-alvo terá a sua disposição em um único lugar um completo portfólio de serviços
voltados aos cuidados da beleza.
S1
S2
S3
Fonte: KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio 10ª. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, p.
296, 2000.
• SM1, SM2 e SM3 são os públicos “Free Time”, “Passageiro” e “Hard Work”.
• S1, S2 e S1 são os serviços destinados aos públicos SM1, SM2 e SM3. Os S’s são os
serviços prestados pelo salão de beleza. O mesmo Sn pode ser oferecido para SMn
diferentes, o que muda é a maneira de como o serviço vai ser oferecido, podendo ser
de forma expressa ou mais demorada, sem perder a qualidade. Também pode ser o
oferecido uma combinação de S (S1, S2, Sn) para o mesmo SM1. Os serviços oferecidos
pelo salão de beleza podem ser consultados na Tabela 3.
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O Salão de Beleza Honey vai adotar a estratégia de enfoque, ou seja, competir num
mercado restrito – do Jardim de Bonfiglioli – com enfoque na diferenciação dos serviços
prestados, por meio da qualidade do atendimento aos clientes, ou seja, proporcionar ao
cliente uma elevada satisfação ao experimentar os nossos serviços. Esta estratégia vem de
encontro com o espaço deixado por seus potenciais concorrentes, ver Tabela 14, que tem seu
enfoque na diferenciação por preço.
Este enfoque, qualidade de atendimento aos clientes, será sustentado pelo treinamento
dos funcionários da linha de frente, que terão contato direto com os clientes.
6 PLANO FINANCEIRO
Apresentamos nas seções a seguir o aspecto financeiro do empreendimento Salão de
Beleza Honey. O empreendimento será constituído com recursos financeiros próprios sem
necessidade de recorrer aos altos juros das instituições financeiras. Nesta seção trabalhamos
com um cenário pessimista no qual o setor não crescerá no horizonte de análise, os preços dos
serviços do salão de beleza e dos produtos estarão estáveis neste mesmo período. O horizonte
de análise é de 10 anos, contatos a partir de 2007. As receitas são baseadas no volume de
serviços projetados conforme demonstrado nas tabelas Tabela 12 e Tabela 13.
A - Investimento Inicial
nº Descrição do Item Valores (R$)
1 Construção Civil 10.220
2 Móveis e Acessórios 42.000
3 Pacote inicial para salão de beleza 3.000
4 Estrura de Informatica 5.300
Total Geral 60.520
B - Capital de Giro
1 - Ativo Circulante
nº Descrição do Item Valores (R$)
1 Pacote inicial para salão de beleza 3.000
2 Caixa Inicial (garantir pagamento das despesas fixas por 3 meses) 29.165
3 Contas a Receber -
Sub - Total 32.165
2 - Passivo Circulante
nº Descrição do Item Valores (R$)
1 Contas a Pagar (depesas totais fixas de um mês de operação) 9.722
Sub-Total 9.722
Total: 1 - 2 22.443
Fontes: Software: Brasoftware, Obras e Projeto: TAJ Engenharia, Móveis, Acessórios e Produtos: Ikesaki Cosméticos.
45
Notas:
item 1.0 - Os encargos trabalhistas correspondem a 127% sobre o salário base.
item 2.0 - Os encargos trabalhistas correspondem a 11% sobre o salário base.
item 3.0 - Não existe impostos para a empresa, pois trata-se ser um profissional autônomo.
Fontes: www.catho.com.br e Sindacato dos Cabeleireiro de São Paulo
Demonstrativo de Custos
Valores (R$)
Discriminação
Média Mensal Média Anual
1. Custos Fixos
Salários de mão-de-obra administrativa 900 10.800
Encargos Trabalhistas 1.215 14.580
Limpeza 600 7.200
Contador 500 6.000
Internet (provedor+dominio) 83 990
Energia elétrica 1.000 12.000
Lavanderia 300 3.600
Água 800 9.600
Telefone 500 6.000
Aluguel 3.000 36.000
Seguro 84 1.008
Manutenção ( predial, máquinas e equipamentos) 500 6.000
Marketing/Vendas 240 2.880
Total dos Custos Fixos 9.722 116.658
2. Custos Variáveis
Matéria prima 3.443 41.315
Mão de Obra Comissionada 11.035 132.418
ISS 881 10.571
PIS 191 2.290
COFINS 881 10.571
CPMF 112 1.339
Total dos Custos Variáveis 2.064 24.771
3. Custo Total ( 1 + 2 ) 18.606 223.276
2. Saídas 82.963,00 - - - - - - - - - -
2.1 Investimentos 60.520,00 - - - - - - - - - -
2.2 Amortização de Débito - - - - - - - - - - -
2.3 Capital de Giro 22.443,00 - - - - - - - - -
2.4 Reposição Investimento - - - - - - - - - - -
Por definição, a taxa interna de retorno de um projeto é a taxa de juros para a qual o
valor presente das receitas torna-se igual aos desembolsos. Isto significa dizer que a TIR é
aquela que torna nulo o valor presente líquido do projeto. Pode ainda ser entendida como a
taxa de remuneração do capital. A TIR deve ser comparada com a TMA – Taxa Mínima de
Atratividade - para a conclusão a respeito da aceitação ou não do projeto. Uma TIR maior que
a TMA indica que o projeto é atrativo ou viável. Se a TIR é menor que a TMA, o projeto
analisado passa a não ser mais interessante. O cálculo da TIR é feito normalmente pelo
processo de tentativa e erro.
50
Este método nos indica o prazo no qual o capital é recuperado, em um método direto e
de fácil interpretação e utilizado com maior freqüência pelos empresários devido a sua
facilidade de cálculo.
Uma proposta de investimento, para ser atrativa, deve render, no mínimo, esta taxa de
juros. Outro enfoque dado a TMA é a de que deve ser o custo de capital investido na proposta
em questão, ou ainda, o custo de capital da empresa mais o risco envolvido em cada
alternativa de investimento.
São métodos para avaliar propostas de investimento que utilizam os conceitos de valor
do dinheiro no tempo, dos quais a TIR e a VPL fazem parte.
51
Conclusão:
A TIR é um indicador da rentabilidade do projeto, e deve ser comparada com a taxa
mínima de atratividade do investidor, que neste projeto estamos utilizando a Taxa Básica do
Banco Central – Selic – que esta em 13,45 % a.a. Sendo a TIR superior à taxa de atratividade,
ou seja, TIR (37,66% a.a.)>SELIC(13,45% a.a.). Portanto o método da TIR recomenda o
investimento no projeto.
Resultado: R$ 99.095
Conclusão:
O VPL, quando maior que zero, indica que a rentabilidade do investimento é superior
à taxa mínima de atratividade considerada para o desconto do fluxo de caixa. Neste caso
considerou-se uma taxa mínima de atratividade de 13,45% a.a., taxa Selic, e sendo o VPL um
valor positivo, isto implica que o investimento demonstra atratividade. Portanto, após ele
cobrir o investimento inicial, ainda fica com esta soma em caixa.
52
I
Fórmula: r =
L
Conclusão: O período de recuperação do investimento inicial é curto que torna o projeto mais
seguro, pois quanto mais rápido recuperarmos o investimento inicial será melhor.
Legenda:
CF0 = Investimento Inicial
CFn = parcela anual do fluxo de caixa
n = período tempo considerado na avaliação
k = Taxa Mínima de Atratividade
r = prazo de retorno
I = investimento
L = parcela anual do fluxo de caixa
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7 CONCLUÇÃO
O Salão de Beleza Honey por meio de seu Plano de negócio demonstrou ser uma
ótima oportunidade de investimento em relação ao mercado financeiro, pois se trata de
investir num setor que cresce acima do PIB, ver Tabela 6, de aproximadamente 13,5% no ano
em 2005 contra 2,5% do PIB no mesmo período. As pessoas, em geral, estão cada vez mais
vaidosas devido à importância que a sociedade vem dando a aparência das pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIMINGO, E.; The Fine Art of Positioning; The Journal of Business Strategy; March-April
1988
KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio 10ª. ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2000.
WIND, Y. J.; Product Policy: Concepts, Methods and Strategy; Addison-Wesley Publishing
Company; Massachusetts; 1982.