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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO EVANGÉLICO

DO LUBANGO (ISPEL)
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

TRABALHO EM GRUPO DE MICROBIOLOGIA

TEMA: ESTUDO DAS PRINCIPAIS VIROSES DE


INTERESSE NA PATOLOGIA HUMANA

2º Ano
Turma: B
Sala: 5
Grupo nº 03
Período: Tarde
Curso: Análises Clinicas

A DOCENTE
________________________
Elsa G. E Ndeyanelao

LUBANGO, 2021
INTEGRANTES DO GRUPO

Phango Dungula Tchiwana


Evalina Augusto
Emanuela Maria Prata
Bernarda Wandi L. Kaluhogue
Sarizel Elias

ESTUDO DAS PRINCIPAIS VIROSES DE INTERESSE NA


PATOLOGIA HUMANA

A DOCENTE
________________________
Elsa G. E Ndeyanelao

LUBANGO, 2021
ÍNDICE

Introdução..........................................................................................................................1
Vírus..................................................................................................................................2
As principais viroses de interesse na patologia Humana...................................................2
Vírus da imunodeficiência humana (VIH)........................................................................2
Sida....................................................................................................................................2
Catapora (Varicela)...........................................................................................................3
Os sintomas da Catapora (Varicela)..................................................................................4
O tratamento da Varicela Catapora...................................................................................4
Dengue...............................................................................................................................5
Febre-amarela....................................................................................................................5
Principais fatos..................................................................................................................6
Gripe..................................................................................................................................8
Hepatite..............................................................................................................................9
Herpes..............................................................................................................................10
Sarampo...........................................................................................................................11
Varíola.............................................................................................................................14
Introdução

O presente trabalho tem como abordagem, o estudo das principais viroses de interesse
na patologia humana. As viroses são doenças causadas por vírus, tais como a dengue,
HIV-Sida, gripe, raiva e sarampo e outros. A gripe é um exemplo de virose, ou seja, de
uma doença causada por vírus A gripe é um exemplo de virose, ou seja, de uma doença
causada por vírus

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Vírus

Os vírus são seres acelulares que necessitam de parasitar células para conseguir
reproduzir-se, por isso são chamados de parasitas intracelulares obrigatórios. Como eles
não são capazes de realizar atividades metabólicas fora de uma célula, muitos
pesquisadores não consideram que esses seres são vivos. Outros, no entanto, afirmam
que são uma forma de vida parasita e extremamente simples.
Quando um vírus parasita uma célula, ele pode ocasionar sua morte ou até mesmo sua
divisão de maneira exagerada, levando ao surgimento de tumores. As doenças causadas
por vírus são denominadas de viroses e podem variar desde problemas leves até
enfermidades que levam à morte.
A maioria das viroses causa sintomas como febre, mal-estar, dores no corpo, dores de
cabeça e vômitos, dificultando, assim, um diagnóstico mais preciso utilizando-se como
base o quadro clínico do paciente. Esse é um dos motivos pelos quais muitos médicos
dizem apenas que estamos com uma virose.
Grande parte das viroses não apresenta um tratamento específico, sendo recomendado
pelos médicos, na maioria das vezes, apenas repouso, hidratação e uma alimentação
saudável. Entretanto, vale destacar que esse procedimento não é indicado para todas as
enfermidades, sendo assim, faz-se necessário um diagnóstico correto e preciso das
doenças.
As principais viroses de interesse na patologia Humana

1. HIV-Sida 6. Hepatite
2. Catapora 7. Herpes
3. Dengue 8. Sarampo
4. Febre-amarela 9. Varíola
5. Gripe
Vírus da imunodeficiência humana (VIH)

O VIH é o vírus da imunodeficiência humana que causa a SIDA. O vírus ataca e destrói
o sistema imunitário do nosso organismo, isto é, destrói os mecanismos de defesa que
nos protegem de doenças.
Existem dois tipos de VIH: o VIH-1 e VIH-2, sendo o primeiro o mais frequente em
todo o mundo.

Sida

SIDA significa síndrome de imunodeficiência adquirida. É um conjunto de sinais e de


sintomas que aparecem pela deficiência do sistema imunitário, que vai ficando com
menos capacidade de resposta ao longo da evolução da doença. Pode surgir após a
infeção por VIH.

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Importa realçar que estar infetado com VIH não é o mesmo que ter SIDA. As pessoas
que estão infetadas com VIH são seropositivas, e podem ou não desenvolver SIDA.
Alguns sintomas
Inicialmente a pessoa infetada com VIH não tem sintomatologia. Após contrair a
infeção podem existir sintomas semelhantes à gripe:
 Febre
 Dores de cabeça
 Cansaço
 Gânglios inflamados no pescoço e virilhas
Posteriormente, os sintomas tornam-se mais graves, tais como:
 Perda rápida de peso
 Infeções graves
 Pneumonia
 Diarreia prolongada
 Outros distúrbios neurológicos
Como é transmitido?
O VIH pode ser transmitido através de:
 Relações sexuais desprotegidas (não utilização de preservativo) com pessoas
infetadas por VIH. As práticas sexuais com uma pessoa com VIH acarretam
risco de transmissão, no entanto:
o O sexo anal desprotegido tem maior risco do que o sexo vaginal desprotegido
o No sexo anal desprotegido entre homens, existe maior risco para a pessoa
recetiva
o O sexo oral desprotegido pode também constituir risco de transmissão do VIH,
mas o risco é menor do que na penetração anal ou vaginal
o Múltiplos parceiros sexuais ou a existência de outras doenças sexualmente
transmissíveis podem aumentar o risco de infeção durante o ato sexual.
Catapora (Varicela)

A Catapora (varicela) é uma doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo


vírus Varicela-Zoster que se manifesta com maior frequência em crianças. A principal
característica clínica são lesões na pele acompanhadas de coceira.
Catapora sintomas em criança
O que é Transmissão Sintomas Etapas dos sintomas Complicações Diagnóstico
Tratamento Prevenção Situação epidemiológica
Catapora (Varicela)
A Catapora (varicela) é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, mas geralmente
benigna, causada pelo vírus Varicela-Zoster, que se manifesta com maior frequência em
crianças e com incidência no fim do inverno e início da primavera.
Transmissão da Catapora (Varicela)

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A catapora é facilmente transmitida para outras pessoas. O contágio acontece por meio
do contato com o líquido da bolha ou pela tosse, espirro, saliva ou por objetos
contaminados pelo vírus, ou seja, contato direto ou de secreções respiratórias.
Indiretamente, é transmitida por meio de objetos contaminados com secreções de
vesículas e membranas mucosas de pacientes infectados. Raramente, a catapora
(varicela) é transmitida por meio de contato com lesões de pele.
A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas (na pele) que se
apresentam nas diversas formas evolutivas (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e
crostas), acompanhadas de prurido (coceira). Em crianças, geralmente é benigna e
autolimitada. Em adolescentes e adultos, em geral, o quadro clínico é mais exuberante.

Os sintomas da Catapora (Varicela)

Os sintomas da catapora, em geral, começam entre 10 e 21 dias após o contágio da


doença. Os principais sinais e sintomas da doença são:
• Manchas vermelhas e bolhas no corpo;
• Mal-estar;
• Cansaço;
• Dor de cabeça;
• Perda de apetite;
• Febre baixa.
O tratamento da Varicela Catapora

No tratamento da catapora, em geral, são utilizados analgésicos e antitérmicos para


aliviar a dor de cabeça e baixar a febre, e anti-histamínicos (antialérgicos) para aliviar a
coceira. Os cuidados de higiene são muito importantes e devem ser feitos apenas com
água e sabão.
Para diminuir a coceira, o ideal é fazer compressa de água fria. As vesículas não devem
ser coçadas e as crostas não devem ser retiradas. Para evitar que isso aconteça, as unhas
devem ser bem cortadas. A medicação a ser ministrada deve ser orientada por
profissionais de saúde, pois o uso de analgésicos e antitérmicos à base de ácido
acetilsalecílico é contraindicado e pode provocar problemas graves.
O tratamento específico da catapora (varicela) é realizado por meio da administração do
antiviral aciclovir, que é indicado para pessoas com risco de agravamento. Quando
administrado por via endovenosa, nas primeiras 24 horas após o início dos sintomas,
tem demonstrado redução de morbimortalidade em pacientes com comprometimento
imunológico.

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Dengue

O vírus da dengue se divide em quatro tipos, denominados Den-1, Den-2, Den-3 e Den-
4. Todos podem causar tanto a forma clássica da doença quanto a dengue hemorrágico.
Contudo, o Den-3 parece ser o tipo mais virulento, isto é, o que causa formas mais
graves da moléstia, seguido pelo Den-2, Den-4 e Den-1. Já o tipo 1 é o mais explosivo
dos quatro, ou seja, causa grandes epidemias em curto prazo e alcança milhares de
pessoas rapidamente.
Recentemente, anunciou-se a descoberta de um novo tipo de vírus da dengue - o Den-5.
O vírus foi isolado de uma amostra de um caso grave de dengue (classificada
incialmente como Denv-4), coletada durante um surto em Sarawak, Malásia, em 2007.
Acredita-se que o vírus esteja circulando entre macacos das florestas de Bornéu.
O vírus Dengue (ou DENV) pertence à família Flaviviridae, uma família de vírus que
inclui o vírus da febre-amarela, o vírus da encefalite japonesa, o vírus da Febre do Nilo
Ocidental (FNO) e o vírus da encefalite do carrapato (TBE). É classificado como um
arbovírus, isto é, aquele que é transmitido por insetos ou outros artrópodes.
O DENV é composto por uma fita única de ácido ribonucléico (RNA) de polaridade
positiva, revestida por um envelope de proteína em formato icosaédrico. Esta fita de
RNA contém o código para uma única proteína, bem longa, que depois da tradução vai
ser cortada em proteínas que vão fazer parte da estrutura do vírus e outras que estão
envolvidas na replicação, na secreção e no empacotamento do vírus.

Febre-amarela

A febre-amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos infectados. Os sintomas


mais comuns são febre, dores musculares com dor lombar proeminente, dor de cabeça,
perda de apetite, náusea ou vômito. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem
depois de 3 ou 4 dias. De 15 a 25% dos pacientes entra em uma segunda fase mais
grave, na qual o risco de morte é maior e as pessoas podem ficar com a pele e os olhos
amarelados, urina escura, dores abdominais com vômitos, sangramentos.
O vírus da febre-amarela é transmitido por mosquitos pertencentes às espécies,
Haemagogus, Sabethes e Aedes. Esses mosquitos são infectados pelo vírus quando
picam um macaco ou ser humano infectado. A doença não pode ser transmitida de um
macaco para um humano, tampouco de uma pessoa para outra nem entre macacos, só
pelo mosquito.

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Principais fatos

A febre-amarela é uma doença hemorrágica viral transmitida por mosquitos infectados.


O termo “amarela” se refere à icterícia apresentada por alguns pacientes.
Os sintomas são: febre, dor de cabeça, icterícia, dores musculares, náusea, vômitos e
fadiga.
Uma pequena proporção de pacientes que contraem o vírus desenvolve sintomas graves
e aproximadamente metade deles morre de sete a 10 dias.
O vírus é endêmico em áreas tropicais da África, América Central e América do Sul.
Grandes epidemias de febre-amarela ocorrem quando pessoas infectadas introduzem o
vírus em áreas densamente povoadas com alta densidade de mosquitos e onde a maioria
das pessoas tem pouca ou nenhuma imunidade devido à falta de vacinação. Nessas
condições, mosquitos infectados transmitem o vírus de pessoa para pessoa.
A febre-amarela é prevenida por uma vacina extremamente eficaz, segura e acessível.
Uma dose da vacina é suficiente para garantir imunidade e proteção ao longo da vida,
não sendo necessária nenhuma dose de reforço. A vacina confere imunidade eficaz
dentro de 30 dias para 99% das pessoas imunizadas.
Bons tratamentos de apoio em hospitais melhoram as taxas de sobrevivência. Não há,
atualmente, medicamento antiviral específico para febre-amarela.
Mundo
Em 2016, dois surtos de febre-amarela urbana relacionados entre si – um em Luanda
(Angola) e o outro em Kinshasa (República Democrática do Congo) – que também
geraram casos exportados da Angola para outros países, dentre os quais a China,
demonstraram que a febre amarela representa uma grave ameaça mundial que requer
novos planejamentos estratégicos.
A estratégia “Eliminação da Epidemia de Febre Amarela” [Eliminate Yellow Fever
Epidemics Strategy (EYE)—PDF, em inglês] foi criada para responder à crescente
ameaça de surtos urbanos de febre amarela com propagação internacional. Sob a direção
da OMS, UNICEF e Gavi - Aliança para as Vacinas, a EYE apoia 40 países e envolve
mais de 50 parceiros.
A estratégia global EYE é orientada por três objetivos estratégicos:
1) Proteger populações em risco
2) Prevenir a propagação internacional da febre-amarela
3) Conter surtos rapidamente

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Sintomas
Uma vez contraído, o vírus da febre-amarela demora de 3 a 6 dias para ser incubado no
corpo. Muitas pessoas não apresentam sintomas; os mais comuns são febre, dores
musculares com dor lombar proeminente, dor de cabeça, perda de apetite, náusea ou
vômito. Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem depois de 3 ou 4 dias.
Entretanto, uma pequena percentagem de pacientes entra em uma segunda fase mais
grave, dentro de 24 horas após a recuperação dos sintomas iniciais. A febre alta retorna
e vários sistemas do corpo são afetados, geralmente o fígado e os rins. Nessa fase, as
pessoas estão suscetíveis a desenvolverem icterícia (“amarelamento” da pele e dos
olhos), urina escura e dores abdominais com vômitos. Sangramentos podem ocorrer a
partir da boca, nariz, olhos ou estômago. Metade dos pacientes que entram na fase
tóxica morre dentro de 7 a 10 dias.
O diagnóstico da febre-amarela é difícil, principalmente em estágios iniciais. A doença
agravada pode ser confundida com malária, leptospirose, hepatite viral (especialmente a
forma fulminante), outras febres hemorrágicas, infecção por outros flavivírus (como
dengue) e intoxicações.
Tratamento
Um tratamento de apoio oportuno e de qualidade nos hospitais melhora as taxas de
sobrevivência. Atualmente, não há nenhum medicamento antiviral específico para
febre-amarela, mas os cuidados no tratamento de desidratação, falência do fígado e dos
rins e febre melhora o resultado. Infecções bacterianas associadas podem ser tratadas
com antibióticos.
Prevenção
1. Vacinação
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a febre-amarela. Em áreas de
alto risco, onde a cobertura vacinal é baixa, o pronto reconhecimento e controle de
surtos recorrendo à imunização de massa é fundamental para prevenir epidemias. É
importante vacinar a maioria (80% ou mais) da população em risco para evitar a
transmissão em uma região com epidemia de febre-amarela.
A OMS recomenda que todos os países em risco tenham pelo menos um laboratório
nacional onde exames de sangue básicos para febre-amarela possam ser realizados. Um
caso confirmado em laboratório em uma população não imunizada é considerado um
surto. Um caso confirmado em qualquer contexto deve ser plenamente investigado,
particularmente em áreas onde a maior parte da população foi vacinada. Equipes de

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investigação devem avaliar e responder ao surto com as medidas de emergência e
planos de imunização em longo prazo.

Gripe

É causada pelo vírus influenza. Seus sintomas geralmente aparecem de forma repentina,
com febre, vermelhidão no rosto, dores no corpo e cansaço. Entre o segundo e o quarto
dias os sintomas do corpo tendem a diminuir enquanto os sintomas respiratórios
aumentam, aparecendo com freqüência uma tosse seca. Como no resfriado, na gripe a
presença de secreções nasais e espirros é comum.
Resfriado
É causado na maioria das vezes por rinovírus. Seus primeiros sinais costumam ser
coceira no nariz ou irritação na garganta, os quais são seguidos após algumas horas por
espirros e secreções nasais. A congestão nasal também é comum nos resfriados, porém,
ao contrário da gripe, a maioria dos adultos e crianças não apresenta febre ou apenas
febre baixa.
Tratamento
Ainda não existem medicamentos que tenham demonstrado bons resultados no combate
aos vírus da gripe e do resfriado, por isso, o tratamento é direcionado ao alívio dos
sintomas. Os principais medicamentos sintomáticos utilizados são os analgésicos e
antitérmicos, que aliviam a dor e a febre.
Atenção: Mesmo medicamentos que podem ser comprados sem necessidade de receita
médica podem provocar reações indesejadas. Somente o profissional de saúde poderá
indicar o medicamento mais apropriado para cada caso.
Prevenção
A vacina é a melhor maneira de se evitar a gripe e suas complicações. Todos os anos é
necessário receber uma nova dose, já que sua composição é alterada de acordo com o
tipo de vírus mais provável de se disseminar. A vacina previne aproximadamente 70-
90% dos casos de gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias como o
resfriado. O efeito preventivo da vacina é observado cerca de duas semanas após sua
administração, por isso a aplicação da vacina deve ser feita antes do inverno, época em
que ocorrem os maiores índices de infecção. Como o vírus utilizado na vacina foi
inativado em laboratório não é possível que a vacinação provoque gripe.
As reações adversas que podem ocorrer costumam ser leves, como: dor no local da
injeção, febre e mal-estar que duram um ou dois dias. Há evidências de que quem

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recebe a vacina todos os anos desenvolve maior resistência à doença, por isso todas as
pessoas que tiveram acesso à vacina devem recebê-la anualmente. Para o resfriado ainda
não há vacina disponível.

Hepatite

A hepatite é uma inflamação do fígado, que ser causada por vírus ou pelo uso de alguns
medicamentos, de álcool e outras drogas; mas doenças autoimunes, metabólicas ou
genéticas também podem provocar seu surgimento.
É considerada um grave problema de saúde pública em todo o mundo, tanto que, no
Brasil, uma lei federal instituiu o “Julho Amarelo”, com o objetivo de reforçar as ações
de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais durante todo o mês.
Na maioria das vezes, são infecções silenciosas, ou seja, que não apresentam sintomas.
Entretanto, a doença pode se manifestar por sinais como: cansaço, febre, mal-estar,
tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes
claras.
As hepatites infecciosas são causadas por cinco diferentes vírus, chamados A, B, C, D e
E. “Não significam níveis de gravidade. É apenas uma distinção entre os tipos”, afirma
o médico radiologista Harley de Nicola, do CURA Imagem e Diagnóstico, PhD e
professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). No Brasil, os tipos mais
comuns são A, B e C. De acordo com dados do Ministério da Saúde, existem 36.226
pessoas se tratando de hepatite B em todo o País, e 10.582, de hepatite C.
Tipos e prevenção
Hepatite A – A transmissão do vírus A da hepatite é fecal-oral, e não por secreção ou
sangue. Dessa forma, tem relação com condições de saneamento e higiene, ocorrendo
mais em regiões que não têm esgoto tratado e são economicamente menos favorecidas.
De acordo com o dr. Harley, ela só se manifesta na forma aguda. Assim, o indivíduo
pode ser infectado e não desenvolver sintomas, ou pode ter um sintoma agudo e depois
passar e não ter mais a doença. Em raríssimas vezes pode ser fatal.
Não existe um tratamento específico para a enfermidade, apenas repouso e remédios
para febre. No entanto, ela pode ser prevenida, por meio de vacina e com a adoção de
medidas básicas de higiene, como lavar bem as mãos, principalmente após usar o
banheiro, limpar bem folhas e frutas e talheres e cozinhar bem os alimentos.
Hepatite B – O vírus B é encontrado no sangue e secreções, esperma e leite materno.
Assim, é transmitido por relações sexuais sem proteção, pelo compartilhamento de

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material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), por objetos cortantes de uso
de higiene pessoal e pela saliva. Quando o indivíduo apresenta sintomas, os mais
frequentes são cansaço, tontura, enjoo ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos
amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis
meses após a infecção.
A prevenção se dá com vacina (são três doses), uso de camisinha, não
compartilhamento de objetos de uso pessoal (lâminas de barbear ou depilar, alicates,
tesouras) e pela esterilização do material utilizado por manicures, pedicures e barbeiros.
Entre 5 a 8% dos doentes desenvolvem uma hepatite crônica (quando a infecção persiste
por mais de seis meses).
Hepatite C – O vírus C, assim como o B, está presente no sangue. Dessa forma, a
transmissão acontece praticamente da mesma forma. No entanto, a transmissão sexual
do HCV entre parceiros heterossexuais é pouco frequente, principalmente nos casais
monogâmicos. Mas, entre homens que fazem sexo com homens e na presença da
infecção pelo HIV, a via sexual deve ser considerada para a transmissão do HCV.
Dos infectados, até 70% podem desenvolver a forma crônica. Em 20% deles, o quadro
pode evoluir para cirrose hepática, e cerca de 1 a 5%, para câncer de fígado, segundo
dados do Ministério da Saúde. A hepatite C é a forma mais transmissível, e seu
tratamento depende do tipo do vírus (genótipo) e do comprometimento do fígado
(fibrose). Para isso, é necessária a realização de exames específicos.
Hepatite D – Rara no Brasil, é causada pelo vírus D, que depende da presença do vírus
do tipo B para infectar uma pessoa. Assim, a transmissão se dá como no caso do vírus
B. Sua prevenção é feita com vacinação e os mesmos cuidados adotados para evitar os
outros vírus da hepatite.
Hepatite E – Muito rara no Brasil, é mais comum na Ásia e na África. Como no caso da
hepatite A, sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de
água ou alimentos contaminados pelo vírus.

Herpes

De forma geral, herpes é um tipo de vírus que causa feridas e machucados no corpo, em
áreas como os genitais e em outras regiões, podendo ser aliadas ou não a outros
sintomas.
O herpes-zóster, por exemplo, é um tipo de vírus que é popularmente conhecido como
“cobreiro”, sendo que é ele o responsável por causar a catapora, doença em que o

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paciente apresenta febre e uma irritação na pele, com a presença de bolhas e de bastante
coceira.
Outros tipos de herpes são causados pelo vírus herpes simples, sendo que ele pode
afetar diferentes áreas do corpo. É o caso, por exemplo, da herpes na boca e a herpes
labial, que podem evoluir em uma estomatite. Há também a herpes genital, a herpes
vaginal e a herpes bucal.
Se a mucosa entrar em contato com o vírus da herpes simples, essa doença pode
acometer até mesmo a conjuntiva, causando herpes no olho.
Ao todo, são 8 diferentes tipos de herpes, com vírus diferentes, que podem causar
doenças nos humanos.
Os sintomas de herpes
Cada tipo de herpes causa sintomas diferentes, sendo que a única característica geral é
que a doença pode fazer com que o paciente apresente lesões cutâneas na região afetada.
No caso da herpes no olho, os sintomas são bastante similares ao da conjuntivite,
resultado ainda na formação de pequenas vesículas sob a pálpebra.
A herpes labial engloba sintomas como vermelhidão, dor e bolhas nos lábios e na parte
interna da boca.
Os sintomas de herpes genital incluem pequenas bolhas com líquido na região da vulva,
do pênis e do anos de pacientes de ambos os sexos, inclusive com vermelhidão e
irritação da área, além de ardor e coceira.
Os tratamentos para herpes
De forma geral, a herpes tem cura e o primeiro contato com os vírus que a causa se dá
ainda na infância.
Por vezes, ficamos com os vírus da herpes adormecidos em nossos organismos, até que
uma queda brusca de imunidade desencadeia o surgimento dos sintomas e das feridas
tradicionalmente relacionadas à herpes.
Para tratar a doença, podem ser usados medicamentos como pomadas para herpes, que
são aplicadas na região afetada pela doença, evitando que novas bolhas e lesões
cutâneas surjam no local.

Sarampo

O sarampo é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus pertencente à


família Paramixoviridae e ao gênero Morbillivirus. Essa doença é transmitida de pessoa
para pessoa, e nos últimos anos tem sido observado o aumento do número de casos dela

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em todo o mundo. O sarampo é uma doença grave que pode levar a óbito, no entanto,
pode ser prevenido por meio da vacinação.
Causas e transmissão do sarampo
O sarampo é uma doença causada por um vírus do gênero Morbillivirus, sendo o ser
humano o seu único hospedeiro natural. O sarampo é altamente contagioso, e a
sua transmissão pode ocorrer diretamente, de pessoa para pessoa, por meio do contato
com as secreções nasofaríngeas, num período que se estende desde cerca de seis dias
antes do aparecimento das erupções cutâneas características da doença, até quatro dias
depois desse aparecimento. A transmissão pode ocorrer também por meio de gotículas
que estejam no ar e que contenham partículas virais.
Sintomas do sarampo

Um dos principais sintomas do sarampo é o surgimento de exantema (erupções


cutâneas) avermelhado por todo corpo.
Os sintomas do sarampo geralmente iniciam-se cerca de 10 dias após o contágio, antes
disso, há um período de incubação, no qual o indivíduo infectado apresenta-se
assintomático. As manifestações dos sintomas podem ser divididas em períodos, como
veremos a seguir:
 Período prodrómico: quando surgem os primeiros sintomas e tem a duração de
cerca de seis dias. Dentre os sintomas dessa fase, podemos destacar febre alta
(acima de 38,5 ºC), mal-estar, anorexia, tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia.
Nesse momento, surgem também manchas brancas na altura dos dentes pré-
molares e que podem espalhar-se por toda a boca, são as chamadas manchas de
Koplik, típicas do sarampo;
 Período exantemático: quando surge uma das principais características da
doença, um exantema (erupção cutânea) de cor avermelhada e que persiste por
um período de cerca de cinco a seis dias. Nesse período, ocorre também uma
prostração maior do doente;

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 Período de convalescença ou de descamação furfurácea: quando há um
abrandamento dos sintomas, as erupções cutâneas tornam-se manchas
escurecidas e aparecem descamações finas. Estas lembram farinha, por isso o
nome de descamação furfurácea.
Complicações do sarampo
O sarampo é uma doença que afeta o sistema imunológico do indivíduo, de forma que
ela pode, até mesmo, abrir portas para outras infeções. O sarampo, em cerca de 30 %
dos casos, apresenta complicações possivelmente fatais.
O sarampo pode desencadear algumas complicações. Em crianças, uma complicação
frequente é a pneumonia.
Em algumas regiões do mundo, o sarampo é uma das principais causas de
morbimortalidade em crianças menores de cinco anos. Um dos sintomas que
merecem atenção, por indicar um possível surgimento de complicações, é a
continuidade do quadro febril até três dias depois do surgimento do exantema. Dentre as
principais complicações, podemos destacar:
 Doenças diarreicas;
 Desnutrição;
 Pneumonia, principalmente em bebês;
 Otite média (infecção no ouvido médio);
 Encefalite (infecção cerebral), que pode ser recuperada em poucos dias, no
entanto, pode deixar sequelas e até levar a óbito.
Além desses exemplos, o sarampo pode também deixar sequelas, como cegueira,
surdez e sequelas neurológicas, como convulsões e retardo mental, entre outras.
Diagnóstico e tratamento do sarampo
O diagnóstico do sarampo é realizado principalmente mediante a análise
dos sintomas apresentados, e, em casos suspeitos, exames laboratoriais devem ser
realizados. Todos os casos, suspeitos e confirmados, devem ser notificados, de forma a
manter-se o controle permanente.
A suplementação de vitamina A é recomendada como uma forma de evitar-se algumas
complicações do sarampo, como a cegueira, além de reduzir a taxa de mortalidade, já
que essa vitamina tem sido associada à diminuição da morbimortalidade em crianças
com menos de dois anos de idade.
Prevenção do sarampo

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A prevenção do sarampo ocorre com a vacinação. A vacina contra o sarampo foi
incluída no Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, em 1973.
Duas vacinas estão disponíveis, tanto na rede pública quanto na rede particular, são elas:
 Tríplice viral: além do sarampo, também previne contra a caxumba e a rubéola;
 Tetraviral: além do sarampo, também previne contra a caxumba, a rubéola e
a varicela (catapora).
A vacinação contra o sarampo ocorre com a administração de duas doses. A primeira
(vacina tríplice viral) ocorre aos 12 meses de idade, e a segunda (vacina tetraviral),
aos 15 meses de idade.
A vacinação é a forma de prevenção contra o sarampo. Fique atento ao calendário de
vacinação.
Em casos de crianças ou adultos (até 29 anos) que não se vacinaram, ou perderam o
cartão de vacinação e não sabem se foram vacinados, é necessária a administração
de duas doses com um intervalo de um mês entre elas. Se tomou apenas uma dose, é
necessária a administração da segunda. Para os adultos acima de 30 anos até 49
anos que não se vacinaram, perderam o cartão de vacinação ou não sabem se foram
vacinados, é necessária a administração apenas de uma dose.

Varíola

A varíola é uma doença grave que provocou milhares de mortes no passado e


atualmente se encontra erradicada.
Observe as lesões causadas pela varíola
Observe as lesões causadas pela varíola
Diversas doenças caracterizam-se por sua dificuldade de cura e por provocarem a morte
de centenas de pessoas através da história da humanidade. A varíola, por exemplo, é
uma doença viral conhecida desde a antiguidade que causou um grande rastro de mortes
em todo o mundo, sendo responsável, inclusive, por dizimar um grande número de
tribos ameríndias.
A varíola é causada pelo Orthopoxvírus variolae, um dos maiores vírus existentes e
também um dos mais resistentes, podendo permanecer viável por vários meses no meio
ambiente. Ele apresenta o DNA como material genético e pertence à família Poxviridae.
Sua transmissão ocorre de pessoa para pessoa por intermédio, principalmente, da
inalação de gotículas com o vírus.

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Após um período de incubação de cerca de uma a duas semanas, iniciam-se os sintomas
da varíola. Inicialmente o vírus provoca febre muito alta, dores no corpo e na cabeça e
mal-estar, sintomas relativamente inespecíficos. Após alguns dias, a febre diminui e
começam a surgir pequenas manchas avermelhadas, que evoluem para bolhas de pus
que causam muita coceira e dor. Ao coçar as bolhas, o paciente pode provocar sérias
complicações, sendo a mais grave a perda de visão, que ocorre após o indivíduo levar as
mãos contaminadas aos olhos. As bolhas vão desaparecendo à medida que a doença
evolui e são formadas crostas, que, após algum período, soltam-se, podendo deixar
cicatrizes. Em casos mais graves da varíola, o paciente pode apresentar hemorragias na
pele e mucosas.

Normalmente a varíola é classificada em duas formas clínicas: a minor e a major. A


primeira, que também é chamada de alastrim, é uma forma branda da doença, com taxas
de mortalidade em torno de 1%. A forma major, por sua vez, é mais grave e apresenta
taxas de mortalidade de 30%.
A varíola é uma doença extremamente grave e sem tratamento específico. Sua cura está
diretamente relacionada com a forma clínica adquirida. O tratamento baseia-se apenas
em administrar medicamentos que garantam o alívio da coceira e da dor. Em razão da
falta de tratamento, era comum a prática de isolar o paciente, que, muitas vezes, morria
sozinho.
A doença é considerada atualmente erradicada, e isso foi possível somente após o
surgimento de uma vacina específica e um amplo plano de vacinação criado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS). O último caso dessa doença no mundo foi
registrado em 1978, mas, no Brasil, a erradicação já havia acontecido em 1972. A
erradicação mundial foi reconhecida oficialmente pela OMS em 1980.
Apesar de não existirem mais casos da doença, teme-se que o vírus possa ser usado por
terroristas na fabricação de armas biológicas. Por ser uma doença sem cura, o resultado
de um ato como esse poderia ser catastrófico. Acredita-se que apenas os EUA e a Rússia
possuam amostras dos vírus, que são mantidos vivos para estudo.

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Conclusão
Geralmente, o termo vírus faz referência ao processo de instalação / infecção em
organismos eucariontes (que possuem material genético envolvido por membrana
nuclear) enquanto o termo bacteriófago, é designado aos vírus que se instalam em
procariotos (organismos que não possuem membrana nuclear envolvendo o material
genético da célula: bactérias).
Atualmente foram identificadas aproximadamente 3.600 espécies, que podem infectar
bactérias, plantas e animais, bem como se instalar e causar doenças ao homem. Cada
doença com particularidades quanto ao modo de transmissão, características da infecção
e medidas profiláticas.
As doenças viróticas que mais acometem o organismo humano são as seguintes: Gripe,
Catapora ou Varicela, Caxumba, Dengue, Febre Amarela, Hepatite, Rubéola, Sarampo,
Varíola, Herpes simples e Raiva.

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Referências
https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/variola.htm
http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/18-20-54-apostilapatologia.pdf
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/07/24/sarampo-sintomas-
transmissao-e-duvidas-sobre-o-surto-e-a-vacina.htm
https://saude.abril.com.br/medicina/herpes-tratamentos-sintomas-e-o-que-e-essa-
doenca/

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Por Helivania Sardinha dos Santos

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