Você está na página 1de 50

Aula 1 - 23/09/2021

CCorm - compilação (importante comprar uma atualizada):

• A própria legislação é antiga e bastante desatualizada

• Está quase tudo revogado

Insolvência: relações de natureza comercial e civil

Regime especial das obrigações comerciais, incluindo o comércio eletrónico, e dos


contratos comerciais

Bibliogra a: direito da insolvência, REGENTE (só para esta parte), Almedina; MC, Direito
Comercial; Coutinho de Abreu, DCom

Frequência: em princípio só caso prático

Direito comercial como ramo de direito:

A expressão direito comercial:

• Ramo de direito que tem por objeto o comércio

- Comércio está em sentido amplo, abrange também a indústria

- Tradicionalmente só não se incluía a agricultura

• Estava antes da industrialização, logo ca de fora

- Hoje a agricultura também entra

• Empresiarização(?) da agricultura

• Abrange uma atividade económica privada

- Ramo de direito privado especial - autónomo em relação ao direito civil

• Liberdade

- Compra

- Iniciativa

• Igualdade

• Há no entanto matérias que não têm matéria privada

- Registo comercial

• O sistema de registo é de registo público

- Regime da insolvência

• Não é totalmente autónomo:


- Legislação - existência de legislação própria

• Apenas temos esta, mas em muitos casos jhá nem é separada e abrange
também matéria civil

- Insolvência

- Títulos de crédito

• Grande parte dos contratos comerciais deixaram de se aplicar apenas aos


empresários, passou a ser aplicável a todas as pessoas

- Jurisdição - existência de Ts próprios

• Deixou de existir em 1932

- Durante muito tempo existiu pois pensava-se que não se devia misturar com
os outros

• Hoje apenas há a possibilidade em alguns Ts de comarca de se criarem juízes


especialistas em comércio

• Há certos tipos de Ts que têm competências alargadas, mas que são restritos a
certas matérias comerciais

fi
fi
- Tribunal …..

- Tribunal ….

- Tribunal ….

- Processo - existência de um processo próprio

• Foi absorvido pelo CPC

• Exceção - insolvência

Em termos de codi cação o DCom precedeu o CC!

Problema:

• No século XX, o DC foi.se mutabilidade, o que levou a que se questionasse se se


justi cava manter a autonomia do DCom

- Começou com o CC italiano que absorveu o DCom + DT

- Depois o CC holandês

- Por ultimo o CC brasileiro

• Em 1966, Pt optou por manter o CCom

- Questões polémicas - empreitada

• Devia estar no CCom, mas não se chegou a fazer um novo CCom.

- Acabou por car no CC

O DCom constitui um D dos comediantes ou da própria atividade comercial?


• Subjetiva - direito dos comerciantes

- Ferreira Borges

- Art. 2º - os atos de comércio são todos os previstos no CCom + todos os direitos


e obrigações dos comerciantes que não sejam de natureza puramente civil

• Objetiva - disciplina jurídica do comércio enquanto atividade económica,


independentemente de a mesma ser ou não praticada por comerciantes

- CCom - art. 1º - é o direito dos atos de comércio

• Art. 13º - quem são os comerciantes?

- Pessoas que fazem do comércio pro ssão + sociedades comerciais

Noção de empresa: 230º


• Transporte (só por terra e água)

- ML - claro que temos de interpretar de forma atualista, pois por exemplo não
existia transporte aéreo quando o CCom foi feito

• Direito das empresas abrange também o direito do trabalho, administrativo, scal,


logo não podemos utilizar esta expressão

Relação com o DC:


• Art. 3 - o DC é direito subsidiário do DCom

• É possível aplicação analógica - 16º DCom

- E vice-versa

fi
fi
fi
fi
fi
Campos do DCom:
• Atos de comércio e deveres dos comerciantes

• Contratos comerciais

• Sociedades comerciais

• Títulos de crédito

• Comércio marítimo

- Está fora do CCom

• Insolvência - foi revogado dois anos depois de ser publicado

- + solvência (têm vindo a ser tratadas em conjunto)

- Está num C autónomo

• Valores mobiliários

• Banca - temos sempre de aceder à pgdl

• Seguros

- Também saiu do CCom

• Propriedade industrial

- Também está fora do CCom

Grande parte da matérias já estão autonomizadas e com fora do CCom

Princípios comuns:
• Autonomia privada

- Esta sujeita a restrições

• Há tutela de concorrência desleal

• Proteção dos credores

- Enquanto no DC a solidariedade é excecional, aqui é regra

- Na ança não há o benefício da excusão

- Regras mais severas em termos de incumprimento

• Regulação de um risco empresarial

- Sociedade sede responsabilidade limitada, por exemplo

• Reconhecimento dos usos e costumes

- Não é previsto expressamente, mas é abertamente aceite e todas a gente


reconhece que estes se apliquem

fi
Aula 2 - 28/09/2021

Evolução histórica
• Minoritária - existência de direito comercial nas civilizações da antiguidade clássica

- Direito comercial cimi regras aplicáveis ao comércio

• Maioritária - baixa idade média

- Direito comercial a partir do momento em que em termos sociais surge um corpo


de regras especí co aplicável a uma detemrinada categoria de pessoas, e que
portanto regula as relações sociais dessas pessoas em termos distintos das
normas que regulam as relações sociais das restantes pessoas

- Ex.: contrato de compra para revenda - compra num lado onde o produto é
abundante, revender noutro sítio onde o produto é escasso

• Aqui está associada a evolução de transporte

• Há um direito que se aplica para consumo próprio, mas também se aplica à


compra e revenda

• Se é verdade que desde a antiguidade clássica existem regras para compra e


venda, estas não levam em conta as compras e vendas que se relacionam com
o comércio próprio e outras que não

• Só passamos a ter direito comercial quando temos um conjunto de regras que


não têm em vista a compra para o próprio consumo

- Só faz sentido chamar de direito comercial quando temos algo especial para
contrapor a comum (direito comercial opõe-se ao DCivil)

• A partir de um certo momento passamos a ter regras que dão satisfação a estas
regras especí cas

Tese maioritária: idade média


• Cronologia - baixa idade média - séc XI e XII

- Tempo depois da da queda do império romano do ocidente, no séc V

• Afeta toda a zona norte do império - invasões bárbaras

• Isto provoca insegurança do ponto de vista da vida das cidades

• Trânsito das cidades para os campos

• Afeta a segurança na circulação

- Séc. VII - progressão árabe para oeste

• A insegurança leva à regressão do comércio na parte norte do império

- Dá-se uma relativa acalmia do ponto de vista política o que permite o renascer das
rotas comerciais

• Temos relativa acalmia do ponto de vista político-militar

• O renascer do próprio comércio permite o “renascer” das cidades

• Geogra a - cidades-estado italianas - crise do feudalismo

- No nal da alerta idade média é também a sorte das cidades

- Sobretudo cidades portuárias que se enriquecem com o comércio

• Emergem com características especiais que não e veri cam noutros sítios

- Território disputado entre vários países e impérios

• Os poderes imperiais muito centralizados não tiveram nesta operação um


exercício direto de poder sobre estes territórios

- Houve ali uma zona de libertação permitindo a emergência de algumas


cidades como pontos políticos autónomos

- Organizam-se com características romanas

• Magistraturas

• Muitas características do império romano

fi
fi
fi
fi
fi
- Quem exercia o poder dentro da cidade eram as classes dominantes dentro da
própria cidade

• Comerciantes especialmente - foram os que mais enriqueceram

- Exercem o poder político

• Os comerciantes olham para as regras romanas, as existentes, passam a fazer o seu


próprio Direito

- As regras que lhes convêm - as que lhes permitem obter o lucro

- Isto não signi ca a fundação de todo um sistema jurídico novo - apenas alguns
pontos de desvio (sistema fragmentado)

• Temos a especialidade

• O que vem de trás continua - desde que não representasse um desvalor para o
direito comercial

• O direito comercial apenas vai regular as situações que o DC não regula ou


regula de forma insu ciente

Direito de matriz subjetiva:

• O seu âmbito de demarcação faz-se de forma subjetiva

- Aplica-se à “classe” dos comerciantes

• Só se aplica mesmo aos comerciantes?

- Não exatamente porque este direito na origem pretende também controlar as


fontes de abastecimento, que são fontes locais, sempre pretendeu regular a
atividade dos comerciantes, mas também impor aos seus fornecedores uma certa
lógica de produção

Direito estatutário e consular:

• Estamos a falar de uma época em que a sociedade é essencialmente agregária

- As pessoas associam-se por razões pro ssionais - corporações

• Tem permissão para disciplinar a concorrência entre os seus membros, regula o


acesso à pro ssão, regula a progressão dentro da pro ssão

• As corporações agregam-se depois a outros tipos de associações (como


associações católicas)

• Estas corporações são hierarquizadas e têm uma jurisdição própria

- Cônsules (reminiscência romana)

• Aos estatutos eram agregadas as sentenças dos cônsules

- O estatuto da corporação é o estatuto da cidade

Institutos que surgiram nesta época:

• Letra de câmbio

• Sociedade em nome coletivo

• Sociedade simples

• Registo comercial

• Insolvência (falência à época)

fi
fi
fi
fi
fi
Direito de matriz internacional:

• Nesta época funcionamos com mercados

- De produção

• Os comerciantes controlam através das regras periféricas

- De distribuição

• São mercados à escala internacional

• Na Europa continental se faz num encontro entre norte e sul nas feiras francesas
colocadas a meio do continente

- Fluírem até aqui os produtos por via marítima e terrestre

- Vendem os produtos aos comerciantes

- (Temos um género de trocas entre comerciantes do norte com os


comerciantes do sul)

• Estamos a falar de um mercado da distribuição obviamente aqui também surgem


con itos entre comerciantes

- São regulados através de jurisdição criada pela feria que julgam con itos com
carácter, à época, internacional

• Estas regras são aceites por diferentes comerciantes com diferentes


nacionalidades

Era moderna:
• O carácter internacional transmita-se em carácter nacional (nacionalização do direito
comercial)

- A rmação das grandes monarquias territoriais - espanhola e francesa

• Não toleram nenhuma nte concorrente com a sua própria vontade

• Não há poder superior ao do soberano

• Começam a ser os próprios monarcas a criarem os seis próprios corpos de


normas, aplicáveis ao seu próprio território

• Exemplos de grandes compilações

- França - a Ordenança do comércio (Luís XIV) - 1673

• Ordenança da marinha - 1881

- Conjuga-se com a anterior

• O rei acaba por proibir certas práticas

- Ordenanças do comércio de Bilbáu - Espanha - 1737

Era contemporânea:

• Revolução francesa

- Liberdade

- Igualdade

- Fraternidade

• Estes ideais não podiam nunca ser

- As corporações mercanteis não podiam existir - opunham-se à liberdade do


exercício da empresa (controlavam a concorrência)

- Um ramo do direito não podia atentar contra a ideia de igualdade

• Apenas se aplicava a uma “classe - objetivação do direito comercial

• 1807 - CCom francês

- O núcleo objetivo, teoricamente, podia ser aplicado por qualquer pessoa

- Passamos a atender mais as noção de ato de comércio - são da competência dos


TS comerciais mesmo que não tenham sido praticadas por comerciantes

• O CCom franc~está bem apenas segue as ordenanças do séc XVII - introduz


incidentalemnte a ideia de ato de comércio

- O objetivação do DCom não surge com o CCom francês

fi
fl
fi
fl
• 1888 - CCom português

- É o CCom mais objetivo de todos

• Diz certeiramente o que é a lei comercial

Aula 3 - 01/10/2021

(Continuação)

Três fases:
• Aceita a base de considerar o DCom c moo algo que só nasce na idade média

• Do séc XVI à revolução francesa

• Da revolução francesa à atualidade

• Por comparação entre as duas primeiras épocas encontramos referência entre duas
características:

- Carácter internacional na idade média, pese embora esse carácter internacional se


apenas parcial

• Autónomo - é criado pelos próprios comerciantes

• Ius mercatorum - aplicável aos mercadores + criado por eles

- Carácter nacional - as monarquias reclamam para si o controlo da própria


atividade comercial

• Passamos a ter vários direitos de carácter nacional

• Direito heterónemo - é imposto pelas monarquias aos comerciantes

• 1789 - revolução francesa

- Igualdade para todos

- Ideia de que o DCom é um privilégio, logo tem de ser abatido

- As corporações são proibidas porque controlam o acesso à pro ssão e limitam a


concorrência

Codi cações comerciais:


• Sucessão de codi cações, civis e comerciais, cujo ponto inicial é a codi cação
francesa

• O CCom francês

- Lança a ideia de ato de comércio - não como ato central porque ainda se “cola” à
experiência das ordenações

- Art. 1º - determina a qualidade de comerciante, determina quem é que é


comeciante

- Matriz subjetiva
• CCom português - 1838

- Art. 1º - começa por apresentar a noção de ato de comércio

• Este é o centro

• Matriz objetiva
• Ficamos com a sensação que estes C regulam coisas distintas

- Francês - há uma mudança de núcleo

• Deixa de ser de matriz subjetiva, no sentido em que o seu âmbito é delimitado


pela qualidade do sujeito

• Delimitação expressa das competências que são da competência dos Ts de


comércio - 1809

- Português - passa a uma matriz objetiva, seja lá quem for a pessoa que o realiza

• Não podemos incluir Alemanha na transição do subjetivo para o objetivo - ADHBG -

- 1897 (entra em vigor em 1900) - HGB - tradição subjetivista

• Carácter histórico-político - recusa de tudo o que é francês

fi
fi
fi
fi
Final do séc XIX início do séc. XX, por in uência do T italiano começa uma espécie de
tiro-ao-alvo à autonomia do DCom:

• Começa a questionar-se a autonomia legislativa do DCom - há razões materiais que


justi quem a autonomização do DCom em relação ao DC?

- Teve algum sucesso porque a separação dos Cs é acrítica, não se interroga sobre
a necessidade da sua existência, era apenas necessário substituir a legislação,
mas não se interrogaram sobre a cultura histórica do que o fez nascer

- O objetividade vem negar todo um sistema em que o DCom é aplicável a toda a


gente, porque depende dos atos de comércio

- A pessoa que não sendo comerciante realiza um ato de comércio ocasionalmente


tem necessidade de recorrer ao DCom?

• Não

• A partir do momento em que perco a relação de ser aplicável a uma só


atividade, começa-se a questionar

- Estas ideias ganham força na Suíça

• Evolução legislativa italiana - vence a tese da uni cação de todo DPr e do ramo do
DC

- Substituição do anterior dualismo por um único CC, de 1942, que perdura até à
atualidade

- Não existe formalmente DCom - dentro do CC podemos “recortar” áreas que só


têm relevância em contexto de relações comerciais

• resto dos países manteve o dualismo

O
fi
fl
fi
Atos de comércio:

• 1º (objeto do DCom) + 13º (quem é que é comerciante)

- Prescinde da noção de comerciante

- No contexto da transição os legisladores foram tendo consciência que o DCom


não se compreende com a matriz subjetiva, por outro lado havia áreas que só
faziam sentido com os comerciantes

- As legislações vão misturando o critério de comerciante com a noção de ato de


comércio

• As legislações latinas têm uma natureza mista - objetivo e subjetivo - centram-


se num determinado critério, mas não deixam de conferir relevância ao
comerciante

• Art. 2º* - são considerados atos de comércio todos aqueles que se acharem
regulados no CCom + contratos e obrigações dos comerciantes que não forem de
natureza exclusivamente civil

- 1ª parte - todos os que encontram neste C

• Típicos

- 2ª parte - os contratos que não forem de natureza exclusivamente civil, se o


contrário não resultar

• Atípicos - dependem da condição de serem realizados por comerciantes

• Doutrina tradicional (Um ato de comércio é necessariamente jurídico): não é uma


distinção legal, mas sim doutrinária

- Objetivos - 1ª parte*

• Ato jurídico cuja quali cação comercial depende apenas de elementos objetivos,
elementos do próprio ato

• “Especialmente regulados” - livro II

- Mandato

- Operação de banco

- Empréstimo

- Etc.

- 101º CCom - a ança não tem nenhuma regulação especí ca o CCom apenas
lhe faz menção neste artigo que está inserido na parte geral

• A pergunta que se coloca é pode dizer-se que está especialmente regulada


neste C?

- Desde muito cedo que se estabeleceu que mesmo os atos como a ança
podem considerar-se especialmente regulados no C, na medida em que a
sua regulação pelos atos de comércio representa já um desvio à ança
civil

- Signi ca que o ato jurídico teria de corresponder a uma espécie cujo género
se encontraria regulado no CC - é limitada pois existem contratos
especialmente regulados no CCom que não tem regulação civil

- Signi ca ter um regime especial ainda que esse regime corresponda a apenas
uma norma de desvio do CC

• “Neste código” - tudo o que implicasse adiantamentos, cortes devia ser mantido
no CCom, mas o legislador começou a legislar autonomamente, fora do CCom

- Toda a legislação autónoma que se seguiu pode considerar-se legislação


comercial?

• Sim, pois substitui a legislação que se encontrava anteriormente no CCom

- Mas a expressão é então entendida em sentido amplo como legislação


relativa à atividade comercial

- Subjetivos - 2ª parte*

• Ativo jurídico que só é comercial porque só é praticado por um comerciante

fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
• “Todos os contratos e obrigações dos comerciantes”

- Obrigações podem ser o conteúdo do contrato, como de atos não comerciais

- “Dos comerciantes” - integrado com o 13º para determinarmos quem cai aqui

- “Não ser de natureza totalmente civil”

• Corresponde a um género que só tem regulação no CC

- Hoje em dia há exemplos de atos cuja natureza comercial não podemos


retirar e na realidade só estão regulados no CC - ex.: trespasse

• Segundo esta doutrina este ato seria exclusivamente de natureza civil

• No ato de natureza exclusivamente civil temos de atender à essência do ato

- A essência do ato não pode relacionar-se com nenhum aspeto da


atividade comercial?

• Ex.: casamento; exercício de direitos de natureza jurídica

- “Se o contrário não resultar do contrato”

• Forma derivada do CC italiano

• Para que esta quali cação funcione é preciso que do próprio ato (o próprio
contextos rato ou das circunstâncias) não resultar que ele é alheio à
atividade do comerciante

- Ex.: A vai à Worten e compra um frigorí co

• Compra para a sua casa

• Compra para a sua loja para substituir o que já lá tem

- É então necessário que do próprio ato resulte a falta de conexão com a


atividade comercial

• Ex.: o B vai à Worten e compra o frigorí co, pois o frigorí co que tem
na atividade comercial está estragado e está a afetar o negócio

- Do próprio ato nada resulta

- Das circunstâncias sim, pois ele compra para substituir o que tem na
sua atividade

• Para negar a sua existência tem de haver um corte ou desconexão com a


sua atividade comercial

• Estabelece-se então uma presunção de comercialidade?

- Não

- Tanto pode ser civil como comercial, se for praticado por um não comerciante
é civil, senão é

- Críticas - tendencialmente incorreta

• Na parte dos objetivos vamos veri car que dentro do seu catálogo há alguns
cuja quali cação comercial depende de uma mistura de elementos objetivos e
subjetivos

• A condição nal nos subjetivos, se o contrário do contrato não resultar, é um


elemento de objetivação

• Centrando-nos na segunda categoria de ato de comércio subjetivo podemos ainda


dividir entre - Fonte da qual resulta a comercialidade do ato

- Natureza ou absoluto ou substancial

• Características próprias do ato - o ato é comercial por si mesmo

• Ex.: compra e venda comercial - 463º e ss CCom

• Ex.2: contrato de sociedade comercial

- Acessoriedade ou conexão

• O ato em si mesmo na sua própria essência não é comercial, mas vai buscá-la a
atos que lhe são conexos - em princípio seriam civis

• Ex.: empréstimo comercial

• Ex.2: depósito - trata-se de coisa usada na atividade comercial

fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
- Forma

• Interna - aquela que participa da própria essência do ato, em termos tais de que
se a forma não for cumprida o ato não existe enquanto tal

- Ex.: letra, livrança e cheque

• Se não tiver aqueles requisitos não pode nunca ser considerado uma
destas

• Externa - não participa da essência do ato, mas condiciona a sua validade

- 875º CC

Aula 4 - 07/10/2021

Atos de comércio (continuação): (não ouvi a primeira parte)

Classi cações de comerciantes:


• Pessoas singulares - liberdade de iniciativa económica - 61º/1 CRP

- 10/2015, de 16 de janeiro - liberdade de acesso à atividade comercial

- Capacidade - 13º CCom

• O CCom fala de capacidade de gozo ou de exercício?

- Maior parte da doutrina - exercício

- 7º CCom -

- Ferrer Correia- capacidade de gozo

- OA - o incapaz pode ser comerciante se for representado

- MC - os menores e os maiores acompanhados podem praticar atos de


comércio através dos seus representantes legais

• ML - concorda com o MC

- 1879º/1, c) - refere que se o lho menor adquirir um estabelecimento


comercial carecem de autorização - o MP é que tem competência para
dar estas autorizações

- Proibições de exercício da atividade comercial

• Comércio bancário - 14º, b) qualquer coisa

• Atividade senadora - 7º, b) (???) da LQ 94/98

- Incompatibilidades para o exercício do comércio

• Magistrados judicias

• Magistrados do MP

• Titulares dos altos cargos pú

• Militares

- Insolvência

• Antes não era permitido o acesso ao comércio a quem estava falido

• 81º/1 - sem prejuízo do disposto no 10º a declaração de insolvência priva


imediatamente

- Impedimentos

• Con ito de interesses, por exemplo - gerente de comércio - 253º CCom

• Ver os exemplos que estão no manual

• Sociedades comerciais

- 1º/2 CSC - noção de SC

- Sociais civis sob forma comercial - proibidas pelo 1º/4 CSC

• Não são comerciantes, logo não são abrangidas pelo art. 13º CCom

- Temos apenas atos de comércio objetivos, não podem haver subjetivos

fl
fi
fi
• Art. 14º CCom - objetivo de excluir todas as pessoas coletivas da designação de
comerciante

- EPE - são ou não comerciantes?

• ML - discussão está ultrapassada, são empresas logo não têm poderes de


autoridade

• Pessoas semelhantes a comerciantes

- Mandatário comercial - gerentes auxiliares e caixeiros, farmacêuticos, artí ces

• MC - não estão no 13º CCom, mas possuem características similares aos


comerciantes

- São autónomas

- Praticam em série atos jurídicos com ns lucrativos

- Dispõem de uma organização mínima ainda que rudimentar similar a uma


empresa

- Mandato - de acordo com o sistema alemão que consta do CC de 1966

• Distinguimos entre mandato com ou sem representação

- Com procuração - representação

- Sem procuração - sem representação

• O problema é que diz que só é mandato com a procuração de acordo com o


sistema alemão. Antes vigorava entre nós o sistema francês que dizia que havia
sempre representação

- 231º e ss. CCom - segue o sistema anterior, sempre com representação

• 266º CCom - temos de ter sempre presente que se falarmos de mandatário


comercial falamos de alguém que tem poderes de representação, se não é
comissário

fi
fi
Aula 6 - 14/10/2021

Ser ou não comerciante é juridicamente relevante.

Domínio da relevância da quali cação como comerciantes:

• Porta de entrada para a categoria de atos de comércio, que é a categoria do art.2, 2ª


parte

- Atos de comércio subjetivos - só existe na medida em que o ato seja praticado por
um comerciante

• Estatuto subjetivo - o facto de alguém ser quali cado, à luz dos critérios do 13º
CCom, como comerciante sujeita-o a um conjunto de vinculações legais aos quais
não estão sujeitas as pessoas não quali cáveis como comerciantes

- 18º CCom

• Firma

• Estruturação mercantil

• Registo comercial

• Balanço e prestar contas

Firma

18º/1º CCom

O estatuto passivo é de origem medieval.

O que é?
• Sinal distintivo do próprio comerciantes, é o nome comercial tem uma função de
identi cação de alguém enquanto comerciante e que é paralela ao seu nome civil

• Sociedades comerciais - tipicidade dos tipos de sociedades

- 1º CSC

- A nominação de qualquer sociedade comercial contém obrigatoriedade um


elemento linguístico que distingue cada tipo - S.A.; Lda.; etc.

• A responsabilidade dos sócios varia consoante o tipo de sociedade

• Distinção entre rma e denominação

- Firma - identi cação do comerciante enquanto tal, seja individual ou pessoa


coletiva, designamendamente sociedade comercial

• Em 1888 rma tinha a designação de nome, não podia o comerciante adotar


outro nome para rma que não o seu próprio nome ou uma abreviatura do
mesmo

• Princípio de verdade

• Os tipos societários surgem historicamente

- A rma necessariamente era composta por nomes de pessoas, e no fundo


explicitava quais eram as pessoas responsáveis pelas dívidas da sociedade

- Com o surgimento da grande empresa que exerce a sua atividade com


responsabilidade limitada (Sociedade anónima), ninguém respondia pessoalmente
pelas atividades da sociedade

• Maneira de o empresário dividir o risco do seu insucesso com os seus credores

- A denominação - era o nome atribuído à sociedade no qual não entravam nomes


de pessoas

- Anos 20 - os dois termos misturam-se

fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
- Anos 30 - conceito de rma amplo - passou a ser a denominação genérica do que
identi cava os comerciantes

• Firma-nome - contém os nomes de pessoas

• Firma-denominação - não contém os nomes de pessoas

Onde está a matéria das rmas hoje? DL 129/98


• 1986 - a matéria da rma das sociedades é disciplinado pelo CSC

- Diz quais são os requisitos linguísticos especí cos de cada tipo de sociedade

• Comerciante individual - regime do registro nacional das pessoas coletivas (DL


129/98)
• Está sujeito a três princípios básicos

- Verdade - não deve conter ele,netos duvidosos em relação a terceiros

- Novidade - o pedido de admissibilidade de uma nova rma deve respeitar os que


já existem

- Exclusividade - o titular da rma tem o direito ao seu uso exclusivo

• 37º + 38º do DL

• A constituição de uma sociedade como comercial pressupõe como formalidade


prévia constitutiva pressupõe a concessão do registo nacional das pessoas coletivas
do que se chama de admissibilidade de rma

- Atualmente há formas alternativas de constituição

• On-line

• Balcão único - o E tem uma espécie de catálogos com nomes “reservados” para
as pessoas que recorrem a este sistema

Escrituração comercial + obrigação de prestar contas: 18º


• Escrituração - obrigação de manter registos escritos da sociedade

• Registos de atividade + prestar contas - in uenciado pela legislação da UE

• Há duas áreas responsáveis pela matéria da escrituração de contas e …..,

- Área estadual - controlo scal

- Núcleos de negociação das empresas - permitem fazer uma avaliação das


empresas e permitem a transação das empresas

• DL 158/2009 - aprova o sistema de normalização contabilística

- Disciplina as obrigações de escrituração das empresas e da disponibilização da


informação nanceira

- In uência das diretivas de harmonização da UE

• Arts. 29º e ss

- 31º - as sociedades têm de ter livre-datas

Registo comercial:
• Obrigação de origem medieval

• Limitava o acesso à pro ssão

• Já não está no CCom - está no Código do registo comercial (CRCom) + regulamento


do registo comercial

• Dar publicidade à situação jurídica de algo

• Em certas áreas o registo é irrelevante como forma de dar publicidade

• Comerciantes individuais - art. 2º

• Art. 3º - registo de sociedades comerciais

- Temos de ter conhecimento integral do artigo para o 2º semestre

• Temos uma espécie de paralelismo com o registo nacional

- Estão sujeitas a registo comercial pessoas que não são inteiramente comerciantes

• 14º/1 CRCom - só com o registo é que é oponível a terceiros

fl
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fl
fi
fi
• 17º CRCom -

• Portaria 657-A/2006 - regulamento do registo comercial

Empresas comerciais

Não surge no séc XX, mas sim no início do séc. XIX - a primeira entrada do conceito de
empresa no DCom resulta do CCom francês de 1807: no enunciar de atos de comércio
diz “a empresa de manufacturas”

• Surge então dentro de um elenco de atos de comércio

• A empresa como conceito já tinha entrado na linguagem dos economistas - por


forma a caracterizar uma realidade social

É com base na linguagem económica que o D vai buscar esta noção.

A empresa vai passar para a restante codi cação latina - os Cs italianos falam de
empresa também quando enunciam os atos de comércio.

O legislador português, em 1888, partindo do mesmo esquema, produz uma mudança:


230º CCom
• A empresa surge no 230º CCom

• Não nos diz que a empresa é ato de comércio, mas o título corresponde a uma das
partes do capítulo que enuncia atos de comércio

• A primeira coisa que nos podemos interrogar é qual o signi cado deste artigo?

- Como relacionar com o 2º e o 13º?

• Tese subjetivista - está a fazer um enunciado especial de comerciantes,


extensão do 13º

• Tese objetiva - temos um enunciado especial de atos de comércio

- Fazendo um enquadramento histórico na realidade o legislador português


teve originalidade que se centra numa tradição histórica que olha para a
empresa como um ato de comércio

- Temos então uma nova quali cação de atos de comércio

• Teríamos atos de comércio isolados - atos que podem ser comerciais ainda
que sejam praticados apenas uma vez

• Teríamos depois atos de comércio acessórios - pois estão integrados na


empresa

- Por exemplo, contrato de transporte - 230º/7º

AULA 7 - acrescentar as coisas da aula da Débora

fi
fi
fi
Aula 8 - 21/10/2021 (ler o manual do ML da insolvência)

Insolvência

Noção: consiste num processo de execução coletiva, destinada a exercer o concurso de


credores.

É essencialmente nas cidades italianas que surge o conceito da falência - hoje


insolvência, ou até quebra (quebrar a sua banca, o que acontecia no DRomano).

• Inicialmente era crime, podia até ser punida com pena de morte

- Considerava-se que era uma fraude aos credores

O processo de falência implica que o falido fosse desapossado de todos o seus bens

• Apreensão geral de todo o seu património

• Averiguação dos credores

• Veri cação sumária dos créditos

• Repartição dos bens pelos credores

Idade média:
• Medidas de proteção contra os credores

• O primeiro código escrito que o inclui é o código comercial francês

- FalênciA - cesasação de pagamentos

- Bancarrota - culpa grave ou fraude

Séc. XX: ideia de permitir a recuperação

• Advento do princípio da recuperação de empresas

• As crises provocaram uma série de falências, o que levou a que se fosse ensaiando
vias de recuperação das mesmas

Estag ação (anos 70): crise económicas grave, mas com grande in ação

A partir dos anos 80: acordo para baixar o preço do petróleo - levou a um ciclo econ de
grande crescimento.

11/09/2001: mostra que na sociedade de riscos basta que alguém tenha acesso a armas
rudimentares para causar grandes crises.

A partir de 2007: crise do sub-prime americano

• Titularização - agregar todos os devedores, descontar um pouco pelos riscos


próprios e vender na bolsa

• A certa altura os imóveis baixaram de preço e os devedores deixaram de conseguir


pagar (VER OS APONTAMENTOS DA AULA DE ECON)

Lemon-brothers: a falência nos EUA é vista como proteção contra credores e há sempre
a perspectiva de que irá recuperar eventualmente.

Na Europa a partir do momento em que há falência, há logo medidas de intervenção pú


para reagir contra a falência.

• Nos EUA mantiveram

• Na Europa fecharam-se as sucursais deste banco

Necessidade de estabelecer a intervenção dos Es para nacionalizar os bancos.

fi
fl
fl
Consequência no âmbito da falência:
• Em PT, intervenção no BES

Código da insolvência: evolução histórica

• Três sistemas que adotámos

- Tradicional - ideia da falência-liquidação: quando uma empresa vai à falência é


liquidada

• Foi até ao CPC de 1961

• Voltou em 2004, ainda que se tenha dado um posso atrás em 2012

- Falência-saneamento (até 2004)

• A ideia da falência é como um instituto privativo dos comerciantes quando surge

• Surge pela primeira vez uma gura semelhante para os não comerciantes -
insolvência

- Abrange os não comerciantes

- Sociedade civis, incluindo as sob forma comercial

• CPC de 1939 - abrange tanto a insolvência como a falência

• Diferença importante que surge - CPC de 1961

- Meios preventivos de falência, não apenas repressivos - permitem agir


antecipadamente/previamente à falência

• Medidas de saneamento nanceiro

- Para as empresas em situação econ difícil

• DL 177/86 - institui pela 1ª vez medidas de recuperação de empresas

• Código dos Processos Especiais de Recuperação de Empresa

- Só se se esgotarem todos os meios preventivos é que se pode declarar falência

CIRE: (entra em vigor m 2004)

• Retomar ao sistema de falência-liquidação

• Os credores é que decidem tudo - se vai ou não à insolvência

- Desjusdicialização - o juiz não podia intervir em muitos casos

• Quando isto entrou em vigor criou o problema de se estar a provocar um grande


volume de insolvências

• Reforma de 2011

• L 16/2012 - nova alteração

- Voltou para o sistema de falência-saneamento

- Criou um sistema de recuperação - processo especial de revitalização de


empresas (PER)

• 17º-A e ss CIRE

• O devedor pode recorrer sempre que se encontre em situação econ eminente ou


difícil

• Resolução do CM 42/2016 - programa capitalizar

- Reduzir os passivos das empresas

• DL 79/2017 - reforma dos mecanismos de recuperação e restruturação das


empresas

- REGENTE - não concordou com a reforma (foi disparatada)

• O PER é apenas aplicável aos devedores empresários, mas criou-se um


processo exatamente igual para os não empresários

- Processo especial de Acordo Pagamento (PEAP) - 222º-A a 222º-J CIRE

fi
fi
• Lei 8/2018 - regime extrajudicial de recuperação de empresas

- Protocolo de negociação com os credores

- Complementado com

• L 06/2018 - Mediador de recuperação de empresas

• Lei 7/2018 - Conversão dos créditos a capital

• DL 75/2017 - ???

Aula 9 - 26/10/2021

Insolvência (continuação)

Situações pré-insolvenciais:

• Veio a ser introduzido pela L 16/2012 - o processo especial de revitalização

- 17º-A e ss CIRE

- Noção: destina-se a permitir ao devedor que comprovadamente se encontre em


situação econ difícil estabelecer negociações com os respetivos credores, ou pelo
menos um, de modo a concluir com estes acordo quanto à …

- A lei prevê que para se poder requerer o devedor tem de

• Estar em situação econ difícil

• Ou situação de insolvência eminente

- O devedor e os credores têm de assinar uma declaração datada, na qual se diz


que se permite dar inicio a esta revitalização

- Despacho - administrador judicial provisório, acaba por produzir efeitos

• Comunica aos credores o inicio do processo de revitalização, convidando a


participar mas negociações

• Divisão provisória dos créditos

• 17º-E/2 - o devedor ca proibido de praticar certos atos

• Obsta à instauração de quaisquer ações para cobrança de dívidas contra o


devedor - suspendem-se as dívidas enquanto perdurarem as negociações

- Conclusão

• Aprovação do plano de recuperação - 17º-F

• Se não houver aprovação o processo é encerrado

- Situação de insolvência

- Não está em insolvência -

- … - 17º-I - já existe um acordo de recuperação e prevê-se uma situação


judicial???

• Processo especial para acordo de pagamento - 222º-A a 222º-J do CIRE

- Praticamente idêntico ao processo de revitalização, mas só que se aplica a não


empresários

- São processos judiciais

• Regime extrajudicial de recuperçaão de empresas - estabelece um processo


semelhante ao PEr, mas sem intervenção do T

- O mediador de recuperação de empresas é que faz as negociações

- Protocolo de recuperação

• 18º e ss - dever de apresentação à insolvência

- Só as pessoas singulares que não sejam titulares de um empresa é que não estão
sujeitas a este dever de apresentação

- O incumprimento deste dever pode levar à quali cação da insolvência

- Durante o COVID-19 foi suspenso

fi
fi
A ideia é a de insolvência por apresentação, só as pessoas singulares não empresárias é
que não são envolvidos.

20º CIRE: a declaração pode ser requerida por quem for legalmente responsável pelas
suas dívidas

• Suspensão …..

• Falta de cump de uma ou mais obrigs

• Fuga do titular da empresa

• Liquidação forçada

• Insfuciencia de bens

• Incumprimento generalizado de várias obrigs

3º CIRE: impossibilidade de cump das obrigs vencidas

A pessoas coletivas podem ser declaradas quando o seu passivo for manifestamente
superior ao ativo.

O devedor pode sempre deduzir oposição.

A lei estabelece no 21º que é possível desistir do pedido.

22º CIRE: a dedução do pedido infundado ou indevida apresentação por parte do


devedor gera respon civil por parte dos …., mas apenas em caso de dolo

• ML - faria sentido que também fosse aplicada em caso de negligência grave

Processo de insolvência - petição inicial; oposição por parte do devedor (31º/3 -


inexistência do facto OU inexistência da insolvência)

Cabe ao devedor provar a sua solvência - se for o próprio devedor a apresentar-se à


insolvência, implica o reconhecimento por este da situação de insolvência.

É considerado um processo urgente e tem prioridade sobre todos os processo do T.

Declara a insolvência com os conteúdos do 36º CIRE.

O juiz pode se veri car na sentença que não há bens nenhuns - 39º CIRE - insolvência
com carácter limitado - só declaração das alíneas a) e d)???.

Se não se encontrarem bens não há quem pague as custas ao T.

A única hipótese que há de evitar isto é de o credor requerer o complemento da sentença


- 37º CIRE, que resultam das alíneas e) e ss 36º, mas é sempre obrigado a depositar o
montante referente às custas.

O processo é logo encerrado - declaração da insolvência com carácter limitado.

fi
Incidente pleno de declaração de insolvência: 188º e ss

• Culposa

- 189º

• Identi car as pessoas

• Inibição dessas pessoas

• ……….

- Na versão anterior deste diploma dizia-se que a sentença declarava inabilitação do


devedor (maior acompanhado) - o que sucedeu é que isto foi apenas uma cópia
do espanhol - isto foi declarado inconstitucional

O que vai ocorrer?

• Administrador da insolvência - 46º CIRE

- Abrange todo o património do devedor à data da insolvência

• Distinção entre

- Dívidas da massa - são apenas as que constam deste artigo 51º

• Não cam à espera do seu rateio

• São pagas na data do seu vencimento - 172º

• Muitas vezes são as contraídas pelo administrador

- Créditos sobre a insolvência

• Só são pagos no m quando se faz o rateio dos bens do devedor

• Em principio são os que já existem antes da insolvência

• Tem de ser declarados no processo - 128º e ss

- Todas as ações que abranjam …. sobre a massa insolvente são suspensos

- Reclamação dos créditos - 130º e ss

• Pode haver uma lista, mas pode ser impugnada

• Três categorias

- Garantidos e privilegiados

• Garantias reais

• Privilégios creditórios gerais - 186º e ss???

• Privilégios creditórios especiais

- Créditos subordinados - créditos que acabam por ser pagos depois dos
créditos comuns

• 48º

• O caso mais comuns são as pessoas especialmente relacionadas com o


insolvente - 49º

• REGENTE - este sistema não faz sentido nenhum, temos um crédito


enfraquecido. Problema é que se há insolvência não há dinheiro para dar
aos credores comuns, por isso como é que se vai pagar os créditos
subordinados? Se houvesse dinheiro para pagar os comuns, não havia
insolvência, por isso nunca podem chegar a ser pagos

fi
fi
fi
Efeitos patrimoniais da declaração de insolvência:

• 81º e ss

• Priva o insolvente dos poderes de administração dos bens da massa insolvente

- É o administrador que passa a administrar o património do devedor

• Exceção - 81º/5 - a representação (advogados) não se estende ao administrador da


insolvência

• Qualquer N que o insolvente pratique não afeta a massa, exceto se for


enriquecimento sem causa

• 82º - os órgãos sociais do devedor mantém-se em funcionamento após a declaração


de insolvência

• O devedor tem a obirgação de fornecer informações - 83º

• Caso dos alimentos a insolvente e a outros trabalhadores -

- Tem de haver acordo com a assembleia de credores

- É apenas uma faculdade, não é um dever

• Efeitos processuais

- O crédito tem de ser reclamando no processo de insolvência???

- Suspensa a e cácia de convenções arbitrais

- Suspensas todas a diligencias executivas

Ações relativas a dívidas - não podem ser propostas durante três meses

Efeitos sobre os créditos - 90º e ss

• Estão sujietos às regras DI processo para receber os seus ds

• 91º - a declaração de insolvência determina o vencimento de todas as obrigs do


insolvente

- Costumava ser associada a uma suspensão da contagem de juros, agora já não se


coloca - são créditos subordinados

Alimentos - 93º - só se outras pessoas não estiverem em condições de pagar

Extinção dos privilégios creditórios gerais extinguem-se relativamente às dívidas mais de


12 meses antes da declaração de insolvência.

Compensação:

• Tradicionalmente era proibida - viola o concurso de credores

• 99º

• Suspende os prazos de prescrição e caducidade

fi
Aula 10 - 28/10/2021

Efeitos da insolvência sobre os NJs em curso:


• 102º e ss CIRE

• O que está para trás são créditos sobre a insolvência que estão sujeitos a rateio

• Os créditos anteriores são créditos sobre a insolvência, o que surge posteriormente


são consideradas dívidas sobre a massa insolvente, não estando sujeitas ao regime
do rateio

• Se temos um N que já vem de trás, mas que vai continuar após a situação de
insolvência o que acontece?

• Cherry piking - o administrador da insolvência escolhe os melhores Ns que devem


continuar, não cando sujeitas ao regime da insolvência?

• 102º e ss CIRE - ns não cumpridos

- D de escolha do administrador da insolvência - o cumprimento ca suspenso até


que o administrador da insolvência declare a execução do contrato OU recusa do
contrato

- A outra parte pode xar um prazo para que o administrador faça a opção, senão
recusa

• ML - não faz sentido, porque as partes esperam que o contrato continue a ser
cump, não que seja recusado

- Consequência de recusa do contrato - 103º CIRE

• Nenhuma das partes tem d ao que prestou

• Os créditos dos contratos em curso passam a ser créditos sobre a insolvência

• 51º/1, f) - o que não seja recusado constitui dívida sobre a massas insolvente

• Abuso da recusa - a lei não prevê expressamente

- Recusa o N, mas pede indem

• Peculiaridades

- Prestações dividireis que tenham natureza infungível

- Venda com reserva de propriedade - aplica-se na situação de locação nanceira

• Resulta essencialmente da previsão do d de uma pessoa a ter um bem com


natureza real não pode ser afetada pela insolvência

- Venda sem entrega - o vendedor não pode recusar a entrega se a pessoa se tornar
insolvente

- 106º - contrato promessa

• No caso de insolvência do promitente vendedor o administrador não pode


recusar o cump se já tiver havido tradição da coisa e tiver natureza real

- ML - é irrelevante se há ou não tradição porque temos sempre um d real de


aquisição. Um contrato promessa relativo a DRs se houver tradição da coisa
não pode ser recusado. Se não houver tradição da coisa já pode ser recusado

• Interp corretiva desta norma

• Consequência que os sem e cácia real caram pouco protegidos - a


jurisprudência entende que nunca se pode aplicar a obrigacionais

• Forma de indem? Ver no manual - 109º CIRE e outros

- Mandato não caduca, igual com as procuração - 111º + 112º???

• Insolvência do trabalhador - podemos saltar, é do D do trabalho

- 113º

- Nada diz sobre a insolvência do trabalhador

- Do empregador temos o 346º + 347º do C.Trabalho - não está no CIRE

• 116º - encerramento das contas correntes

- Pouco compatível com o facto de não se suspenderem os juros

• Anula-se qualquer convenção das partes que excluam as regras da insolvência

fi
fi
fi
fi
fi
fi
Resolução em benefício da massa insolvente:
• Poder que é dado ao administrador para resolver os contratos, em bene cio da
massa insolvente, antes da declaração de insolvência

• 120º CIRE - os praticados nos dois anos anteriores à instauração do processo

• Os atos que forem prejudiciais à massa, ainda que praticados fora dos prazos

- Pressupõe a má-fé do terceiro

• Basta que haja alguma possibilidade de declaração de insolvência

• …..

• Ex. - bem muito abaixo do preço de mercado - em certos casos pode nem haver a
possibilidade de se provar que não está de má-fé

• A resolução pode ser efectuada por carta registada (com aviso de receção) nos seis
meses seguintes ao conhecimento do ato

• 121º CIRE

• É obrigatório impugnar a resolução - 125º CIRE

- Dever de impugnar a resolução, caso contrário ela ca decretada

• Efeitos

- Retroativos - deve-se reconstituir a situação se o ato não tivesse sido praticado

- Esta ação é para exigir a entrega dos bens

• ML - prejudicial

- Uma pessoa com simples carta registada destrói todos os NJs que tenham sido
praticados pouco tempo antes da declaração de insolvência

Veri cação de créditos e reclamação dos créditos:


• Os credores deixam de poder exercer os seus créditos nos termos gerais e têm de
os reclamar num processo

• 128º e ss CIRE

• O administrador é que apresenta uma lista de créditos reconhecidos

• Pode haver impugnação da lista de credores

- Das poucas intervenções que o juiz tem no processo de insolvência

Está sujeito às mesmas regras a separação e restituição de bens, mas não se confundem
- 141º e ss

• Equivalente aos embargos de terceiro

Terminada a liquidação passa-se ao pagamento.

Pagamentos dos créditos sobre a insolvência - tem de haver uma sentença transitado em
julgado - 174º + 175º + 176º???

fi
fi
fi
Aula 11 - 02/11/2021

Plano de insolvência:

• Forma de se conseguir obter a recuperação de empresas após a insolvência

• Possibilidade dos credores

• É muito comum em PT haver recuperação após a insolvência

• Tem a possibilidade de - 193º - ter legitimidade

- Devedor

- Administrador da insolvência

- Quem responda pelas dívidas da massa insolvente

• Conteúdo - 192º

- Pagamento dos créditos

- Liquidação da massa insolvente

- Repartição daqueles créditos

- Responsabilidade do devedor

- Os credores podem derrogar as regras do CIRE - 192º/2

• Mas tem se de ser consentido

• 194º - estabelece a igualdade dos credores

- A não se por razões objetivos

- Jurisprudência - interp lata - os credores podem sempre estabelecer


diferenciações

• 195º

- Alterações decorrentes para os credores da insolvência

- …

- 195º/2, e) - indicação dos preceitos derrogados e o seu âmbito

• ML - até se pode derrogar a igualdade de credores

- No entanto passámos…

- 30º da L geral tributária - o regime da indisponibilidade dos crédito tributários


prevalece sobre qualquer derrogação????

• Não podem ser afastadas as garantias reais e os privilégios creditórios detidos pelos
bancos europeus ou pelas …..

• Regime especial para as SC - redução do capital, alteração do estatuto, alteração


dos sócios, etc.

• Saneamento por transmissão - possibilidade de const de uma ou mais sociedades

• 200º e ss - condições suspensivas, não podem ser resolutivas

• Como é que é aprovado?

- Intervenção do juiz

• 207º - casos em que o juiz deve rejeitar

- Uma vez admitida a proposta são noti cados os interessados

- Votação na assembleia de credores, não se pode reunir antes de transitar em


julgado a declaração de insolvência

• Aprovação - dupla maioria

- Dois terços dos créditos

- …

• Sentença - 10 dias após a aprovação

- Não aprovação o ciosa???

- Não homologação a pedido dos interessados

• Se a situação for menos favorável

- Não é exigida prova absoluta

• Efeitos - 216º

- Em princípio dá-se o encerramento do processo de insolvência - 218º ???

fi
fi
• Incumprimento do plano: 218º

- Novo facto-índice da insolvência - 20º/1, f)

Administração pelo devedor: se a massa estiver numa empresa

• Se o juiz o determinar

• Não há intervenção do admin de insolvência

Encerramento do processo:
• …

• Common law ≠ Alemanha

• Sistema latino

• Sistema intermédio - 163º/2, a) ???

• Tem de ser registado

Insolvência de pessoas singulares: sistema de fresh-start


• Exoneração do passivo restante

- 235º - após o património ter sido liquidado as obrigs que não puderem ser
satisfeitas em 5 anos são extintas

- A ideia é de que o devedor ceda o rendimento disponível a um …

- Pressupostos

• Tem de ser o pedido apresentado pelo devedor, no requerimento da declaração


de insolvência ou nos 10 dias seguintes

• 238º/1, a) - ???

- ML - não é um indeferimento liminar, porque ainda há uma hipótese de


apresentar posteriormente

• É preciso provar os elementos que estão neste artigo

• Efetuada ação de

• Não seja aprovado plano de insolvência

• …. Sejam cumpridas as condições

- Os credores têm de se pronunciar sobre a declaração

- Despacho inicial - cessão do rendimento disponível durante o prazo de 5 anos

• Só cam de fora os rendimentos su cientes para a subsistência do insolvente

• O duciário vai distribuindo os bens pelos credores ao longo destes anos

- Os credores não oporem executar os bens dos credores durante este tempo

- Despacho - depois dos 5 anos

• Passado este período é que se decide se sempre se faz a exoneração do


passivo restante exonerando o insolvente destes créditos

• Créditos que cam de fora

- … alimentos

- Indem por factos ilícitos dolosos

- Multas, coimas, crimes ou contra-ordenações

- Créditos tributários

- Pode haver revogação nos termos do 246º

• Mas só até ao termo do ano subsequente ao termo do despacho de exoneração

fi
fi
fi
fi
Plano de pagamentos:
• Ocorre depois da declaração de insolvência

• 249º

• A pessoas singulares??

• Apresentado aos credores

• Aplicação rara

• Se for as pessoas nestas características não há aplicação do regime de insolvência,


nem administração

• ML - como é que alguém que é alvo de insolvência não tem prejuízos na sua
reputação? Não se compreende

- Tem de ser ou não empresário ou pequeno empresário

• Pode ser apresentado conjuntamente com a declaração de insolvência

• Natureza de proposta contratual - 252º

- Destina-se a permitir um consentimento dos credores

• Implica a con ssão de insolvência

• Importa para o devedor a preclusão de poder ter a exoneração do passivo restante -


254º

• É processado como incidente do processo de insolvência - 253º

• É considerado aprovado se os credores não o recusarem

• 259º - o devedor mantém a admin dos bens

• 260º - consequência do incumprimento deste plano

- 20º/1, f) - nova declaração de insolvência

• Determina o encerramento do processo

fi
Aula 12 - 04/11/2021

Atividade comercial e regime especial relativo às obrigs comerciais

Solidariedade passiva:
• No DCivil 513º - só existe por vontade das partes ou quando a lei o diga

- Presume-se que são conjuntas

• DCom - 100º CCom

- Solidariedade como regra

• Apenas da passiva, porque a ativa é uma gura rara e que não está prevista nas
obrigs comerciais

- Parágrafo único - não é extensiva quando aos não comerciantes, nas partes não
comerciais

• Contratos mistos - terá de ser convencionada

Regime especial da ança:


• 101º CCom

• No DCivil há o benefício da excussão - pode pedir que antes de ser demandado o


ador que seja executado o a açado, só depois é que se pode recorrer ao
património do ador - 640º CC

- Este benefício é comum ser renunciado - se se obtiver a posição de principal


ador

• DCom - não há benefício da excussão

- Solidariedade no sentido de não haver benefício da excussão

- Acessoriedade da ança - ????

Responsabilidade dos cônjuges pelas dívidas comerciais:


• 1691º/1, d) CC - são da responsabilidade de ambos os cônjuges as dívidas
contraídas no exercício do comércio, salvo se se provar que não foram contraídas
em proveito comum do casal, ou se vigorar a separação de bens

• 15º CCom - presumem-se contraídas no comércio as do cônjuge comerciante

- O cônjuge mesmo não sendo comerciante não se conseguia eximir à respon

• 1696º/1 CC - estabelecia que se fosse de ambos os cônjuges a execução dos bens


comuns do casal só podia ocorrer se se dissolvesse o casamento

• No entanto o CCom tinha uma regra que bene ciava os credores - 10º CCom

- Tratando-se de uma dívida comercial não era aplicável o art 1696º, e a moratória

• No entanto, já não há moratória, eliminou-se o 1692º, pelo que o 10º cou sem
aplicação

fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
fi
Tutela dos comerciantes nos atrasos no pagamento:
• Havia o uso comercial de pagar as faturas em 30 dias, mas não havia tradução na
lei, nem na doutrina

- Embora toda a gente o praticasse

• A Co instou os EMs para fazerem respeitar os pagamentos e implementar taxas para


o não pagamento

- DL 33/2006

- DL 62/2013 - afasta a necessidade da relevância deste uso para o atraso do


pagamento

• 4º - débito automático dos juros de mora (mesmo que nada se diga quanto a
prazos)

- Estabelece de forma indireta prazos de pagamento para as transações


comercias

• Atualmente já está expresso que têm 30 dias após a apresentação da fatura

- Se a receção da fatura for incerta - após 30 da receção dos bens

• 102º CCom - taxas de juro

- Juros civis é 4% - portaria 291/2003

- Juros comercias - Portaria conjunta dos Ms das nanças e da justiça

• A taxa que é utilizada pelo Banco europeu - são alteradas todos os anos

• 7%

• 8%

Capitalização de juros:

• Não ocorre no DCivil

- 560º - os juros não vencem juros, só o capital é que vence juros

• Não se podem cobrar juros sobre juros - a menos que se noti que o devedor
para capitalizar os juros

• 560º/3 - esta regra não se aplica se forem contrárias as regras e usos particulares do
comércio

• Pode haver em certos tipos de usos bancários haver capitalização de juros,


derrogando a regra do DCivil

• Prescrição presuntiva - há sempre prescrições no curto prazo 312º e ss que


estabelecem que se fundam na presunção de culpa??

- Como é que provamos que cumprimos uma obrigação? - quitação

• A obrigação tem de ser provada por documento - 345º

- D à quitação - d a exigir um documento, se não as tiver pode ser obrigada a pagar


outra vez

- Passado um certo lapso de tempo presume-se que o devedor pagou, pelo que a
dívida prescreve - 312º

- A prescrição pode ser ilidida se o devedor confessar que não pagou

• Con ssão tácita da dívida se o devedor se recusar a depor

- No caos dos comerciantes dá-se prescrição presuntiva aos comerciantes, contra


não comerciantes, e todos os outros casos que estão no artigo 317º, b) CC

• Temos uma prescrição de curto prazo

• Deixa de se aplicar caso o adquirente seja comerciante ou industrial - a outra


pessoa tem de ser não comerciante

fi
fi
fi
Regime da contratação litigada:

• Compromissos na fase das negociações

- Ideia de procurar vincular a outra parte, sem se vincular a si próprio

• Tipos:

- Cartas de intenção - intenção de clebração de contato de nitivo, mas sem


assunção dee um contrasto nesse sentido

- Acordo de negociação - parâmetros em que vão decorrer as negociações

- Acordo de base - já atingido um acordo sobre os pontos essenciais, mas as


negociações vão prosseguir para se tratar das questões complementares

- Acordo quadro - as partes têm um acordo que enquadra todas as negociações


sobre os contratos

• Mas não estabelecem um contrato efetivo

- Acordo complementar - convenção de um compromisso acessório para


complementar o contrato

- Protocolo - há um contrato que diz uma coisa e depois há um compromisso


paralelo que diz outra coisa

• Culpa in contraendo

fi
Aula 13 - 09/11/2021

Regime j do comércio eletrónico:


• DL 7/2004, de 07/01

- Essencialmente transpõe a diretiva 2000/31 CE

• Direito da sociedade de informação ou direitos do comércio eletrónico

- Surge em virtude de a UE ter considerado que a divergência de legislações bem


como a insegurança dos regimes js nacionais é um obstáculo ao bom
funcionamento, interno do mercado interno

- Serviço da sociedade de informação - qualquer serviço prestado à distância por


via eletrónica - 3º

• Apenas às pessoas que estão a atuar no âmbito de uma atividade econ

- Importante para a relação com a direito dos ds de autor - colocação à


disposição do pú

• Pretendeu-se desresponsabilizar os comerciantes individuais???

- 2º, b) - abrange todas e qualquer pessoa

• Prestadores de serviços

• Prestadores de serviço estabelecidos - 4º

- 5º - apenas restringe a política em relação a estes quanto à prestação de


serviços????

- Objetivo deste diploma - criar safe harbors

• Se os operadores aturarem dentro de certo enquadramento não serão


responsabilizados

- Fornecedor de conteúdos - permite que coloquem conteúdos online à disposição


de utilizadores

• Responsável - pela colocação de conteúdos ilegais

- Hoje em dia já não se põe a questão do uso anónimo da internet

- Fornecedor de acesso - permite aos utilizadores o acesso à rede

• Responsável - não seria possível em princípio estabelecer genericamente a


mesma, na medida em que se limita a permitir o aceso à rede e não controlam o
conteúdo dos sites que os utilizadores acedem

- Mesmo que este d existisse isso seria virtualmente impossível, tal como não é
possível controlar todos os telefonemas existentes

• E se o fornecedor de acesso é informado do conteúdo ilegal? Existe um dever


de bloquear o acesso?

- 12º - se o que está em causa é um simples transporte de informações


(transmissão através de uma rede de informações) há isenção de
responsabilidade, desde que o prestador não esteja na origem da transmissão

• LER ESTE ARTIGO

- Habitualmente o que se veri ca é que a transmissão é feita através de


pacotes - numa internet não ligámo-nos diretamente o fornecedor diretamente
ao estabelecimento dos serviços, por esse motivo a questão que se coloca é
que habitualmente é feita uma simples armazenagem automática

- 12º/3 - não afeta a possibilidade de um T ou de uma AA exigir do prestador o


corte de acesso a certas pessoas

• ML - hoje em dia temos assistido é ao corte de acesso às contas pelas


próprias entidades pr

- No DL está nos 14º e ss

fi
- Intermediário de serviços - entidade que exerce atividades de intermediação em
relação aos serviços que se colocam na rede, facilitando o acesso online

• Reponsável - material alheio na sua própria conta, facilitando o acesso

- Fornecedores de navegação - facilitam a busca

- ….

• Respon civil - associação de conteúdos

- ML - a Direitiva não autonomiza expressamente esta situação, mas face à


relação do 12º parece que deve abranger esta situação

• 17º DL - hiperligações + fornecedores de navegação

- Exige que tenha conhecimento da ilicitude

• 19º DL - sujeição da respon às regras comuns da RC

- Se há apenas uma intenção de informar não há responsabilidade, mas se


se vê que o informador se identi ca com as informações da hiperligação
então já pode ser responsabilizado

- Situação do site alemão sobre a eutanásia

- Fornecedor de espaço - a entidade que se limita a colocar certa área do ciber-


espaço à disposição de outrem

• Por ex, o youtube

• Responsabilização

- É tratado como safe harbour

- Armazenagem temporária - cashing - 15º DL

• A solução é a isenção de responsabilidade - se tiver apena só objetivo de


tornar mais e caz a transmissão da informação

• Questão puramente técnica

• Ex. - eleições EUA que tenham a atenção grande, as pessoas procuram ter
acesso aos sites, se os operadores se limitarem a remeter para o site isso
vai dar erro

- Reproduz-se o site

- Armazenagem em servidor - hosting - 14º Diretiva + 16º DL

• Destinatário de um serviço a seu pedido, mas o armazenamento não é


temporário

• Irresponsabilização desde que não tenha conhecimento efetivo da ação


ilegal ou de factos que a evidenciem

• Problema - foi aprovada uma outra diretiva que altera a diretiva dos ds de
autor

- Vem estabelecer um novo d conexo

- A exclusão de respon do 14º diretiva deixa de se aplicar às publicações


de imprensa

• Os disponibilizadores passam a ser então responsáveis pelo conteúdo


que os utilizadores publicarem

• 7º DL - não existe uma obrig geral de vigilância por tudo o que está a ser publicado
lá - não há culpa in vigilando

• 13º DL - mas têm de informar sobre as atividades compreendidas

- Exceção à obrigação de vigilância

• Resolução provisória de litígios

- Ex. - imaginem que colocam na internet uma imagem de um rato e acontece que
vem o Walt Disney e diz que pôs a imagem do rato Mickey

• O que sucede é que o sistema que está nos EUA, se a Disney entende que a
imagem é sua noti ca o operador

- O operador vê aquilo e obriga imediatamente a deitar aquilo abaixo

- Se o próprio disser que não é o rato mickey o operador pode voltar a pôr
online, assumindo a responsabilidade

fi
fi
fi
- 18º DL - nós decidimos que temos uma entidade que deve pronunciar-se em 48
horas até que o T se pronuncie

• Não ca automaticamente sujeito a deitar abaixo

• É uma solução provisória

• Contratação eletrónica - 9º e ss

- Aplica-se a contratos comerciais

- Liberdade de celebração - 25º

- Opção de não sujeitar os consumidores à via eletrónica

- Equipararas à forma escrita quando colocadas em suporte digital autorizado para


isso

- 29º + 30º - receção da encomenda

- Formação dos contratos online - 32º/1 DL

• Tem apenas de conter todos os elementos necessários do contrato que quer


concluir, sob pena de ser apenas um convite a contratar

- 33º - princípios comuns da contratação

• Relevância do erro - na formação da vontade

• 33º/3 - a outra parte não pode opor-se à impugnação por erro sempre que fosse
exigível que dele se apercebesse

fi
Aula 14 - 11/11/2021

Contratação comercial

Compra e venda comercial:


• 463º CCom - apenas nestes casos é que são comerciais

- Coisas móveis para revender ou para alugar

- Compras para revenda de fundos pú

- Venda de coisas móveis

- …

- Também se abrangem aqui as quotas das sociedades comerciais - 463º/5

• A compra tem de ser realizada com uma posterior intenção de revenda

- Permitindo a obtenção de lucro

- Este requisito é dispensado nos casos do número 5

• 464º CCom - situações em que as compras e vendas não são comerciais

- Situações em que a compra e venda não é considerada comercial

• De bens de consumo

- A comercialidade é excluída mesmo que haja posterior revenda, porque a


revenda é considerada como ocasional

• (É um bem ocasional)

• Compra para revenda, em certas atividades econ especí cas

- Exploração agrícola

- Produção artesanal

- Produção pecuniária

• O surgimento deste regime era considerado uma grande novidade por contraposição
ao CC de 1867 - o que sucedeu é que a partir do Cc de 1966 grande parte das
matérias passaram a ser também tratadas no âmbito do CC

- O interesse desta gura cou então de certo modo dispensável

- Problema da determinação do preço - aparece agora no CC 873º

- O regime da venda sobre a mostra - 469º CCom, também é regulado no artigo


919º CC

• Problema - 471º CCom

- É muito diferente do regime geral

• 470º CCom - generalização do 924º CC

• Venda de coisas incertas e de esperanças - 477º/1 CCom

- Corresponde hoje à venda de bens futuros e de coisas incertas

• Hoje há muito poucas regras próprias

- 468º CCom - não tem regras civis

• ML - hoje é muito duvidoso que esteja ainda em vigor, em virtude do próprio


CIRE

• Prazo supletivo de pagamento - 473º CCom

- 24horas seguintes ao contrato

• Ds do vendedor em caso de não cump do comprador

- 474º CCom

• Só podemos aplicar se o vendedor ainda não tiver entregado a coisa

- Pois a coisa já pertence ao comprador

• 476º - exigência da fatura

• Venda de bens alheios - é válido

- 467º/2

fi
fi
fi
• Proteção especial do comprador de boa-fé

- 1301º CC - tutela da aparência

• O que eu tenho direito a pedir de volta é a devolução do preço que paguei, mais
nada

- Apenas é tutelado o interesse contratual negativo

Troca comercial:
• Não consta do CC

- Apenas se aplica o regime do 939º CC

• É um contrato atípico, mas nominado

• Troca de participações sociais é muito frequente - a troca é comercial

Empréstimo:
• No DCivil

- Mútuo

- Comodato

• No CCom temos empréstimo em geral

- Tem de ser destinado a qualquer ato comercial

• Mútuo comercial tem pouca diferença em relação ao civil

• É sempre retribuir, que será a taxa legal do juro - 394º

- ML - não há nenhum impedimento a que haja uma não retribuição - autonomia


privada

• Este regime não é diferente do que vigora - 1155º/1 CC

• Os juros são calculados com base no 102º CCom

• 396º - prova

- Âmbito de aplicação - entre comerciantes

Arrendamento comercial:
• Não consta do CCom

• ML - considera-se que não é um ato de boa gestão comprar um prédio para que se
exerça o comércio

• Atualmente - L 6/2006??

- Para m habitacional

- Para m não habitacional

• 1108º e ss

• Comercial

• 1112º - é praticamente a única norma

• Tipo social dominante - alguém de obriga a proporcionar um espaço para que


outro exerça lá o comércio

• problema - a estipulação de um m delimita o gozo do arrendatário - 11……

• 1032º, a) - obrigação de não usar a coisa para m diverso do que ela se destina

• Se o arrendatário não respeitar o m pode ser sujeito a resolução do contrato

• Problema - caracteriza-se porque o 1110º vem dizer que as partes estão sujeitas às
regras dele

- Alteração à L ….

- 1110º-A CC - não se aplica à oposição à revogação - ML

• ML - apenas se pode aplicar se tivermos um prazo, mas com possibilidade de


denúncia

fi
fi
fi
fi
fi
• 1995 - processo para os arrendamentos antigos

- Atualização para o NRAU e atualização das rendas

- 2012 - por imposição da Troika - processo da atualização das rendas

• O senhorio tinha de comunicar a intenção de alterar a renda, fazer uma proposta


ao arrendatário

• Perante a proposta podia

- Renunciar

- Oposição ao valor da renda

- Aceitar a renda proposta

• Ver o MC aqui

• Enquanto todos os outros contratos após a negociação cavam com um prazo de 5


anos

- Certas situação cavam com a renda scal do imóvel, mas cavam num perído de
transição, em caso de situação econ difícil

• Apesar de inicialmente o prazo ser de 5 anos, atualmente tem vindo a ser


aumentado, sendo que já vai em 10 anos

Aluguer comercial:
• 481º CCom - é mercantil quando a coisa é comprada com a intenção de locação

• 482º CCom - regulado pelas disposições do CC

fi
fi
fi
fi
Aula 15 - 16/11/2021

Reporte:
• 477º CCom - constituído pela compra de títulos de crédito negociáveis e pela
revenda por preço determinado

- Transmissão dos títulos a determinada pessoa com indicação de revenda passado


determinado tempo

- Temporário

• Condição essencial - entrega rela dos títulos

- Contrato real quoad constituttionem

• Transmissão da propriedade - 478º - pelo comprador???

- Embora haja uma transmissão da propriedade para o comprador, não é seguro


que que associado aos benefícios dos títulos - as partes podem estipular que
não

• A lei prevê a promulgação do prazo do reporte - 479º

• Alguém obtém ….

• Os títulos são disponibilizados temporariamente a outro, que se compromete a


revendê-los ao primeiro, por outro preço

• Modalidades

- Estrito - a diferença de preço a pagar no nal é superior

- Deporte - a diferença de preço é inferior

• Disposição do mercado

• Vontade dos intervenientes

- Banca -

- Bolsa - pretende-se diferir a venda dos títulos para outro momento

• É um contrato não formal - a lei não exige forma escrita

• Função - nanceira

- Para a pessoa ter um determinado nanciamento

• Natureza:

- Tese empréstimo - o reporte seria um empréstimo dos título

• REGENTE - não e correto porque há uma transmissão da titularidade

- Penhor -

• ML - não porque a ideia não é servir de garantia

- Compra e venda -

• ML - problema é que não visa a transmissão a título temporário

- MC - contrato típico e sui generis

• ML - é difícil reconduzir a uma categoria especí ca

A ———— B

venda a pronto

B ———— A

venda a prazo

Está-se a jogar com o risco.

fi
fi
fi
fi
fi
Negócios sobre estabelecimento comercial:
• Venda/trespasse

- É uma venda de estabelecimento

- De nitivo

- 1112º CC - transmissão da posição de arrendatário sem conseguimento do


senhorio

- Cessão do arrendamento à pessoa que num prédio arrendado continue a exercer


a mesma atividade pro ssional

- Oneroso ou gratuito

- Tem de ser escrito - 1112º/3 - sob nulidade

- Depende do consentimento do outro cônjuge - …

- Situações que descaracterizam o N

• 1112º/2, a)

• 1112º/2, b)

• Pode afetar a situação do trespasse porque o trespasse não pode alterar o m


do N — violação ilegítima do arrendamento

• Quando após a transmissão seja dado outro destino ao prédio - 1112º/5

- O senhorio pode resolver o contrato, se não lhe tiver sido dado conhecimento

- ML - tinha grande utilidade quando tínhamos rendas congeladas no setor do


comércio com rendas simbólicas

• Eram situações anticoncorrenciais

• Atualmente o trespasse perdeu grande importância, enquanto negócio

- Situação de preferência do trespasse

• 1112º/4

- Atribui ao senhorio direito de preferência, mas que as partes podem excluir


por convenção

- Situação do preço do trespasse

• O E, autarquias locais - 70º/1 Código da ….. - se entender que está a ser feito
em fraude ao selo

• Locação

- Temporário - 1109º/1 CC

- Transmissão de um prédio + de um estabelecimento

- Deve ser comunicado ao senhorio no prazo de um mês

- 1109º/1 - rege-se pelas regras do arrendamento, com adaptações

- Por escrito, não se considera se não houver também locação do estabelecimento

- Pressupõe a existência efetiva de um estabelecimento, embora não seja exigido


que esteja em funcionamento

- Afasta a ideia de sublocação

- ML - dúvidas em quali car o estabelecimento como coisa móvel, é melhor usar a


expressão locação

- Se a forma escrita não for respeitada, ou não for comunicada ai senhorio, pode
resolve rio contrato - 1086º, e)????

fi
fi
fi
fi
• Penhor sobre o estabelecimento comercial

- O estabelecimento é uma universalidade

• Só há ds reais sobre coisas corpóreas e determinadas

- Problema - basta ver que há existências no estabelecimento que estão


sempre em movimentação

- É ou não é possível?

• Alemanha - não é possível, porque falta o requisito da especialidade dos DRs

• França - desde 1898, que admite que se possa dar o estabelecimento em


penhor

- O devedor estabelece uma garantia sobre o estabelecimento, podendo


continuar a explorá-lo

• Portugal - 666º CC

- PL + AV - não é possível porque o penhor fala em penhor sobre certa coisa

- Na prática, tem-se vindo a conhecer esta teoria e hoje parece ser a posição
maioritária na doutrina - MC + P.MARTINEZ

- ML - sim porque (398º, § único)

• Se podemos alienar ou ceder temporariamente não se vê razão para não se


poder

• Estabelecimento individual de forma limitada - prevê expressamente a


existência de penhor

• CPC já prevê expressamente a penhora de um estabelecimento comercial,


se pode ser objeto de penhora, não se percebe como não pode ser objeto
de penhor

- Objeto - estabelecimento comercial

• Nada obsta a que o titular do estabelecimento continue a exercer a sua


atividade

• A entrega pode ser meramente simbólica

Aula 16 - 18/11/2021

Contratos de intermediação:
• A técnica de codi cação oitocentista assenta numa duplicação de códigos de DPr,
pelo que normalmente não encontramos um tipo completamente autónoma, mas sim
um tipo pressupostos. Os CComs introduzem apenas os requisitos da contratação
comercial naqueles contratos, o que nos leva a ter nos sistemas prs uma versão civil
e uma versão comercial

- Se um contrato em causa encaixa no tio do 874º é compra e venda, restara saber


se o contrato em causa tem. Ou não os particularíssimos do 463º do CCom, se ão
então é civil, se os contiver é comercial

• Pode ser só em parte ou total, se ambas as partes forem comerciantes

• Esta lógica comercial de supor uma base civil para a apartar daí introduzir meros
desvios do que seja o ato na sua versão comercial, acontece em quase todos os
contratos

- Não acontece no reporte, que não tem um espelho no DCivil

• Mandatos comercial - 231º a 247º CCom


- O legislador não nos diz o que é mandato, pura e simplesmente diz-nos em que
circunstâncias pode ser comercial

- Temos de articular com o contrato de comissão - 266º CCom

- Dentro do título V encontramos três títulos

• Mandato

• Gerentes, auxiliares e caixeiros

• Contrato de comissão

- Do ponto de vista sistemático o legislador relacionou estes contratos

- O mandato é um contrato mais geral dentro do qual se insere um contrato mais


restrito que é o contrato de comissão

- Este CCom surge em 1888, em que estava em vigor o CC de 1887, articulando-se


com este - o mandato era regulado de forma muito diferente da atual

• Espelha uma conceção inspiraras na conceção francesa, que é muito diferente


do regime atual que se insere na pandeitistica alemã

• Os franceses não distinguem representação e mandato

- Não se concebe que o mandato seja sem representação, nem vice-versa - o


mandato implica necessariamente representação

- Não há um mandato comercial - mandato é civil; comissão é comercial

• Esta duplicação que surge em PT inspira-se em FR, mas a duplicação é de


inspiração italiana (que tem exatamente este mesmo esquema)

• A partir do momento em que surge em PT o 2º CC inspirado no D alemão

- O mandato surge no contexto dos contratos

• É bilateral

• A representação é um NJ unilateral - é um N de procuração

- Reconhece que pode haver mandato sem haver representação

- Só se veri ca representação na medida em que exista invocação do Maomé


do representado (contemplatio domini)

- A doutrina harmonizou os dois códigos

• O mandato comercial tem de ter representação

• O contrato de comissão articula-se com o mandato sem representação

fi
fi
- Mandato:
• 231º - alguém se encarregue de praticar atos de comércio para outrem

• Trata-se de um ato de comércio por acessoriedade ou conexão

• Se o contrato for celebrado para a prática de um ou mais atos civis é um


mandato civil - 1157º a 1184º CC

• 1178º + 1180º CC - com e sem representação

• No caso do mandato civil é sempre um contrato, estruturalmente

• No mandato comercial não é tão linear que seja necessariamente um contrato

- 234º CCom - o esquema literal mandar-nos-ia para uma constituição unilateral


do contrato, e se este não quiser aceitá-lo deve comunicar pelo modo mais
rápido possível

• Temos pressuposta a constituição de um N que parece unilateral

- Discussão doutrinária: articulação entre o 231º e o 234º

• PPV - conjuga com o 231º - o mandato comercial pode ser contrato, mas
não o é necessariamente; como ninguém deve estar obrigado a fazer aquilo
que não quer então no exercício da minha autonomia privada posso impedir
a entrada dos efeitos desse N recusando a ordem que me é dada

- 231º - contrato

- 234º - ato j unilateral

• Maioria da doutrina - diz que o 234º parece pressupor a existência de um


contrato de mandato anteriormente celebrado, sendo que esse contrato
previamente celebrado permite a uma das partes dar ordens a outra

- É no contexto de um contrato de mandato já existente que o mandatário


pode receber e recusar ordens

- É uma mera ordem de execução do contrato de mandato

• Há regras hoje foram absorvidas pelo CC o que determinou a caducidade de


certas regras comerciais

- Isto vê-se essencialmente no regime da compra e venda

• 232º CCom - o mandato civil não tem necessariamente um elemento oneroso,


não deixa de ser mandato por ser gratuito, no caso do comercial é oneroso
presumivelmente
- Mandato forense é o que liga o advogado ao seu clientes para o exercício da
sua representação, ex do civil

- Gerentes auxiliares e caixeiros:


• É uma originalidade portuguesa inserir estas guras neste contexto

• Caixeiro

- Empregado de caixa - sentido restrito


• Aquele que recebe o dinheiro de quem paga

• Etc.

- O empregado de balcão - sentido amplo


• Que trata do aspeto de atende rio cliente, etc.

• Se e em que medida os atos praticados pelos auxiliares no exercício da sua


função de auxiliares se repercutem na esfera j do comerciante de quem eles
estão a auxiliar? Os efeitos j repercutem-se em que esfera?

- Do comerciante

- Ou se os efeitos do comerciante se repercutirem na esfera do comerciantes


que os emprega

• Tem a ver com o poder representativo, temos uma situação de sucessiva


redução dos gerentes pelos caixeiros de acordo com os seus poderes de
representação

- Gerentes - nível máximo de representação

• Atualmente grande parte deste regime veio a ser absorvida pelo DT

• Os efeitos js repercutem-se na esfera j do empregador

• Conceito de gerente de comércio - aquele que sob qualquer denominação se


acha proposto para tratar do comércio de outro - 248º CCom

- PPV - este é um regime de representação, mas cujo desenho não é nem o


desenho da representação voluntária, nem o desenho da representação legal,
a sua caracterização está amido termo entre a representação legal e a
voluntária

• O essencial a reter é que é um regime desviante em relação ao normal

• Tem alguns aspetos de implicitude que não tornam obrigatória a


caracterização da gura o atuar em nome alheio, não é necessário invocar o
nome do representado

- Temos o surgimento de poderes de representação sem se invocar os


nomes do representado - se ele lá está é implícito que tem poderes para
lá estar a representar a pessoa

• Ultrapassa a di culdade do regime rígido civil que não só é rígido como


não é protetor dos interesses de terceiro

• Temos sempre condições de publicidade que deixa perceber que ele


tem poderes para lá estar

• 249º - âmbito dos seus poderes

• 251º

• Poderes de representação do auxiliar - 256º

• Poderes do caixeiro - 259º

- Comissão - 266º CCom

• Os efeitos j produzem-se diretamente na esfera j do comissário, transmitindo-os


por 2º NJ esses efeitos para a esfera do comientente

• 273º - cláusula stare de el credere + 276º

- O comissário obriga-se a responder pela execução da soberbos das pessoas


com quem celebra contratos, mas por conta do seu comitente

• Pode-se pactuar a responsabilidade no sentido d……

• Mandato sem representação

fi
fi
fi
Aula 17 - 23/11/2021

Contrato de mediação:
• Não está especialmente regulada na lei

• Tem de ser encontrada nas referências doutrinárias

• É um contrato atípico

• MC

- Sentido amplo - ato ou efeito de aproximar voluntariamente sua ou mais pessoas


de modo a que entre eles se estabeleça um negociação

- Em sentido estrito - contrato pelo qual uma das partes se obriga a promover de
modo imparcial a aproximação de duas ou mais pessoas c ou vista à conclusão
de algum N entre elas, através de uma regulação, em troco de uma remuneração

• Remuneração - característica essencial da mediação em sentido próprio

• CARLOS BARATA - mediador não age por conta do comientete nem por interesse
deste

• ML - é sempre uma prestação de serviços

- 1156º CC - são aplicáveis as regras do mandato

• Obrigação d e numa situação de equidistância e independência de celebrar um N ….

• …..

• Sempre que não se trate de um contrato de mediação típico aplicamos o regime


legal para os contrato análogos

• A mediação distingue-se da agência porque não dá azo a nenhuma relação


epidémico e não pressupõem uma relação duradoura

- MC - a agência pressupõe um quadro de duração duradoura;

• o agente deve agir de modo empenhado por conta do principal, o medidor é


equidistante;

• a agência é compatível com representação, não acontece com a mediação;

• o mediador atua por conta próprio, na mediação bilateral

• Mediação imobiliária: Lei 15/2013


- Apenas de ne a atividade - 2º/1 - procura por parte das empresas de destinatários
para a realização de Ns que visem a …….

• 2º/2

- Podem prestar serviços que não estejam imediatamente previstos para outras
situações, mas já não são quali cados como contratos de mediação

fi
fi
Contrato de agência:
• Em termos históricos surge no contrato de commenda - situação em que uma
pessoa solicita de outra pessoa determinada que aceitasse o encargo de tratar por
conta de outrem de ns a ele pertencentes

- Stare del credere - …

- A comissão foi perdendo importância com os bens de ….

- Através do contrato de agência os produtores continuam a recorrer a


comercaintes locais para vender os seus produtos, mas que os libertam das
consequências próprias do N

- É uma forma de intermediação comercial mais vantajosa para ambas as partes

- Os produtores conseguem escoar os seus produtores e os intermediários têm


mais interesse em exercer a sua atividade

• Apenas com a angariação de clientes

• Pela primeira vez consagrada em 1897 no HBG - temos um comissário autónomo e


independente colocado numa posição de igualdade em relação ao principal

- Igualdade é falsa porque acaba por depender do principal

• Lei austríaca de 1921

• Suíça

• França - 1958

- Contrato de interesse comum

• António Pinto Monteiro - 1986 - DL 178/86

• 1º - agência o contrato pelo qual uma das partes se obriga a promover por conta da
outra a celebração de contratos

• Direito 86/153 CE - uniformização do regime da agência ao nível europeu

- Em PT foi que o 178/86, já tomou esta diretiva em conta, mas acabou por ser
alterado em 1993

• 2º - o agente pode atuar com ou sem representação

- Normal - sem representação - apenas promove a celebração de contratos

- 2º/2 - apenas pode celebrar contratos se o principal o tiver autorizado por escrito

• 3º - não procede à cobrança de créditos se para tal estiver autorizado

• O agente em princípio não é considerado agente exclusivo - 4º

- Mas é comum fazer este tipo de indicação, porque o agente tem todo o interesse
em ter uma área exclusiva para promover os contratos

• Pode haver recurso a subagentes - 5º

- Contrato celebrado com base no contrato principal

• O agente recorre a outros agentes, para cumprir o contrato com o principal

• Obrigações do agente - 7º

- Obrigado a respeitar as instruções da outra parte que não ponham em causa a


autonomia

- Fornecer informações que lhe forem pedidas

- Esclarecer a outra parte sobre a situação do mercado

- Prestar contas

• Deveres acessórios - 8º + 9º

- Dever de segredo - não pode, mesmo após o contrato

- Obrigação de não concorrência - tem de ser convencionado

• Documento escrito

• Período máximo de dois anos - circunscreve-se à zona ou círculo de clientes


conferido ao agente

• Convenção del credere - 10º - garantia das obrigações de terceiro

- Em principio não ocorre porque normalmente o agente apenas promove a


celebração de contratos

- Admite-se a possibilidade de o agente poder garantir o cumprimento de


obrigações de terceiro, mas tem de ser de contrato promovido por si

• Tem de se especi car o contrato ou individualizar as pessoas

• Dá origem a uma remuneração especial

• Direitos do agentes - 13º

- Elementos que sejam necessários ao exercício da sua atividade

- Informado da aceitação ou recusa dos contratos negociador

- Receber uma comissão

- Informações da contabilidade, para veri car o momentânea das comissões

- Comissões especiais - cobrança de créditos + convenção del credere

- Comissão pela convenção de não concorrência após a cessação do contrato de


agência

• 15º - remuneração

- Na ausência de acordo calculada pelos usos

• 16º - direito à comissão

- Pelos contratos que promoveu

- Concluídos antes do termo do contrato de agência

- A delimitação do círculo de clientes atribui direito à comissão, mesmo que não


tenha sido ele a promover a a celebração do contrato

- Contrato celebrados após o termo da agência

• 17º - o agente não tem direito à comissão, se a mesma for devida ao agente que
antecedeu

• 18º - quando o direito à comissão se vence

- Nos casos enumeradas neste artigo

- No caso da convenção del credere a regra é que o agente tem de receber a


comissão assim que o contrato é celebrado - 18º/4

• 20º - não são reembolsadas as despesas

• Proteção de terceiros

- 21º - dever de informação por parte do agente

- 22º - representação sem poderes

• ML - poucos casos no nosso D em que se tutela a aparência

• Situação especial quanto à rati cação - 22º/2

- Por força do silêncio - prazo de 5 dias

• 23º - representação aparente, desde que o principal tenha contribuído para a


con ança do terceiro

- Cobrança de créditos

• Cessação - 24º e ss

- Não há oposição à renovação

• Forma mais comum de extinção

• Apenas para os contratos a termo

- Denúncia - relação indeterminada

• Extinção do contrato

- Revogação - admissível nos termos gerais

• Incumprimento

- Caducidade - decurso do prazo, veri cação de condições, morte do agente

• Insolvência do principal é causa de extinção da agência - 110º/4 CIRE

- 27º - se nada se disser quanto ao tempo considera-se por tempo indeterminado


se nada se disser

- 30º - resolução

• Se for injusti cada pode dar origem a indem

fi
fi
fi
fi
fi
fi
Aula 18 - 25/11/2021

Contrato de agência (continuação):


• Indemnização de clientela

- 33º - indemnização quando o agente tiver angariado após a cessação do contrato


ou aumentado o volume substancial do N para a outra parte, em consequência da
sua atividade

- Em resultado da atividade do agente há benefícios que se prolongam para além do


m do contrato

- Pressupostos

• Angariação de Ns para a outra parte ou aumento do volume dos Ns

- Aumento quer em termos de clientes quer em termos de Ns com os clientes já


existentes

- A transferência de clientela ou o aumento da procura da empresa pelo


principal pode ocorrer por duas vias

- Tem de haver sempre um aumento real do N

- Benefício económico pelo principal

- Tem de haver um nexo causal entre o resultado da atuação do agente e o


aumento da clientela

• Existência de um benefício considerável para a outra parte após a cessação do


contrato da atividade desenvolvida pelo agente

- Uma relação duradoura poder ter benefícios para o principal

• Se o principal não tiver este benefício não se justi ca a indem de clientela

- O benefício ainda não se veri cou no momento em que o contrato cessa

- O T tem de fazer uma prognose para ver se vai existir ou não um benefício

• O ganho do principal é determinada ……

• Não é relevante o resultado da atividade pela ….

- Benefício considerável deixa de se veri car a partir do momento em que este


perde os clientes

- Alienação da empresa do principal

• Adquirente não querer continuar a atividade desenvolvidas pelo agente

- Corresponde ao preço de alienação pelo agente

• ….

• O agente deixe de receber qualquer retribuição após a cessação do contrato


com os clientes

- Estabelece-se um prognóstico para avaliar qual o valor que a cessação do


contrato levou a que se perdesse

- Direito à comissão não estar ainda adquirido - só contam os clientes que o


agente angariou + os que o agente o N aumentou

• Tem de se veri car em relação às comissões relativas às encomendas pelo


cliente

• Factos impeditivos da atribuição da indemnização

- Cessação do contrato por razões imputáveis ao agente

• Se for o principal a resolver o contrato por incumprimento do agente

• Não é razão relevante se for uma denúncia e não uma resolução, mesmo que se
descubra depois o não cump do agente

• Invocação da denúncia pelo próprio agente exclui a indem

- Não haver prorrogação do contrato

• Não se perde

- Revogação do acordo não se perde a indem

- Insolvência do agente

fi
fi
fi
fi
fi
• Sentido negativo - porque a indem continua mesmo que o contrato da agência
tenha cessado o contrato

• ML

- Temos de ver pois só no caso da insolvência culposa é que se exclui esta


indem

- Morte do agente culposa ??

• Não está excluída

- E se o incumprimento do agente resultar da ação dos auxiliares - 800º CC - exclui


a indem

• Se for culpa do subagente - 175º + 274º/3 CC - para excluir a indem

- Cessão da posição contratual - 18º/c) DL

• Cálculo - 34º DL

- Equitativamente

- Estabelece um limite máximo de indem porque não pode ultrapassar o valor anual
- de acordo com a média dos últimos 5 anos

• Não é automático, ele apenas tem direito a que seja esse o limite máximo

- Calculada a partir das perdas sofridas pelo agente e do benefício do principal

• Fixada equitativamente entre os dois valores

• O que temos de atender para xar a indem?

- Expectativa temporal da duração da relação com os clientes

- Taxa de migração dos clientes

- Duração do contrato de agência

- Contribuições do principal

- Força atrativa da marca

- Etc….

- Valor da remuneração é em bruto?

• ML - sim

• O d tem de ser exercido, não é automático

- Pode ser exercida pelo subjacente - 5º/2 DL

• Extinção - 33º/4

- Se não se comunicar dentro do prazo de um ano que querem recebê-la

• Direito de retenção sobre os objetos e o valor - 35º

- ML - abrange a indem de clientela

Contrato de concessão:
• Temos um contrato-quadro

• Obriga-se a vender a outro e outro obriga-se a obtê-los para revenda

• Exemplos típicos - stands de automóveis

• O concessionário adquire os produtos

• É obrigado a celebrar outros contratos de acordo com as regras

- Se se desviar destas regras pode ver a concessão resolvida

• Aplicação analógica do regime da agência

• Não há comissões pela celebração de contratos

• Aplicação do regime da indem de clientela?

- Tese clássica - é excecional e por isso não pode ser direta, porque os interesses
que estão na base são radicalmente diferentes

• O concessionário tem de fazer investimentos próprios e por isso tem uma


posição social muito superior ao agente

- Tese 2 - …..

- Tese 3 - sempre que se veri que a cessação de contratos na organização


comercial do agente e haja a obrig de transmissão de clientes

fi
fi
- Tese 4 - ….

- PINTO MONTEIRO - aplicação da indem

- MC - aplicação da indem

- ML - aplicação por maioria de razão porque o agente pode só exercer a atividade


enquanto que o concessionário tem de transformar todo o seu N, por isso não se
percebe como não se pode aplicar

• Não há analogia quando não há obrigação de reverter os clientes e quando há


uma forma atrativa especial da marca

Contrato de franchising:
• Contrato no qual uma pessoa se obriga a transmitir determinado saber fazer

• Conceder a utilização da marca ou logótipo

• Eventualmente fornecer as mercadorias

• A outra parte tem a obrigação de explorar a marca

• Envolve quase sempre marcas conhecidas - McDonalds’ + Victoria Secrets’

• Três tipos de conceitos

- Serviços - o franqueado oferece serviços sobre a marca

- Produção - o franqueado fabrica produtos que ele vende e produz sobre a marca
deste

- Distribuição - limita-se a vender certos produtos sobre a marca deste

• São contratos atípicos

- Surgem muitas vezes contratos abusivos, pois os contratos são totalmente


conduzidos de acordo com as regras do principal

• Aplicação analógica do regime da franquia

• Aplicação da indem de clientela?

- Doutrina alemã - aplica-se por analogia

- Doutrina italiana - não tem, pois é inserido numa organização comercial que já
existe e para a qual não contribui

- PINTO MONTEIRO - a atividade típica di cilmente pode bene ciar, uma vez que
ele bene cia de uma clientela já constituída

- MC - entende que a clientela é angariada através da marca, logo não pode haver
indem

- ML - não

• Falta o pressuposto geral que é que os clientes sejam angariados pelo


franquiado não são na verdade clientes dele, mas antes clientes gerais do
sistema de franquia e que permanecem depois da cessação do contrato

• O franqueado não entre sequer em contacto com os clientes

• Única hipótese que pode existir - casos em que o produto não é conhecido,
logo tem de investir um grande trabalho para permitir que os clientes comprem
o produto

- Mas a aquisição da clientela tem de ser feita pelo franqueado

- Mas são casos excecionais

fi
fi
fi
Aula 19 - 30/11/2021

Exercício de singular posições j

VS.

Exercício letivo de oposições j: vai desde as situações de comunhão até à situação da


personi cação, em que se admite que um sujeito j por um ato de vontade constitua uma
pessoa j (sociedade comercial - 5º CSC).

No setor do ordenamento que corresponde ao DCom temos como gura paradigmática a


sociedade comercial, não é o único instituto que nos vai surgir com personalidade j.

Contratos de cooperação comercial: NJs entre várias pessoas que visam uma
nalidade de cooperação entre elas

• Na doutrina por vezes temos terminologias que não são coincidentes, mas que no
essencial reportam o mesmo conteúdo material

- Distinguem entre contratos associativos ou contratos de organização

• Contrato de organização

- O ato constitutivo de sociedade é um contrato de organização, mas para parte da


doutrina pode ser contrato de associação — isto não tem re exo na resolução de
casos concretos

- Vai da mera comunhão à personi cação, antes de chegarmos à pessoa coletiva


temos vários c onerados que exigem mais ou menos organização

• Encontramos alguns contratos de organização que são correspondentes à


gestão de uma nova pessoa coletiva, que não é uma sociedade comercial

Contrato de consórcio: DL 231/81

• Este DL regula o contrato de consórcio e o de contrato associação em participação

- Antes deste DL o contrato de consórcio era atípico

- Corresponde ao inencorporated joint venture??

- A associação em participação é a evolução de um contrato que já existia no D PT,


e que estava no CCom, foi uma das áreas do CCom que foi extraída do mesmo

• O sucessor não é exatamente o sucedido

• Tem um âmbito de aplicação mais vasto que tinha o contrato anteriormente

- Temos legislação de natureza comercial?

• Consórcio - não tínhamos anteriormente regulação

• Associação em regulação - tínhamos uma regulação diferente pois era conta em


partriciapação

- A diferença é que a associação pode ser celebrada para o exercício de uma


atividade não comercial, tal como o consórcio

- Daí não se trata de natureza comercial, pois pode ter objeto covil; mas na
medida em que os seus objetos correspondam à prática de atoas de comércio
então este contexto normativo é atraído para o estudo do DCom
• Regras muito rígidas que pretendem “comandar” o comércio, não deixando quase
margem nenhuma à autonomia privada

• 1º - noção - duas ou mais pessoas exercem uma atividade econ (não


necessariamente comercial) se obrigam a realizar certa atividade dou efetuar certa
contribuição com o m de prosseguir qualquer dos objetos referidos no 2º

- Em PT é mais comum o contrato de consórcio ao abrigo do 2º, b), por ex,


construção de pontes

• Não é dotado de personalidade j

fi
fi
fi
fi
fl
fi
• Forma escrita - 3º

- Exceto se houver transmissão de bens imóveis, caso em que é por escritura pú

• Modalidades - 5º: Critério de distinção - caráter patente ou oculto do consórcio, ou


seja, não é revelado perante terceiros porque não tem de o ser, não é que seja ilícito

- Interno - 5º/1, a) - só um dos membros estabelece atividade com terceiros

• Os terceiros podem ter conhecimento do consórcio,mas isso é irrelevante

• O critério é se há ou não evidenciação da existência do consórcio perante


terceiros

- Externo - 5º/2 - quando as actividade sou os bens são fornecidas diretamente a


terceiros or cada um dos membros do consórcio

• 7º - pode ter órgãos

- Isto aproxima-nos daquilo que poderia ser muito próximo de uma sociedade
comercial

• 12º - no externo tem de ser um dos membros designado como chefe do consórcio

- Não é um sociedade comercial, mas há já uma estruturação

- Atua como interface entre o interior e o exterior do consórcio

• 14º - funções externas

• Críticas:

- A olhar para a conjugação entre o 1º e o 2º, se formos ver o autor do projeto - e se


as partes celebrarem um contrato que é um contrato de consórcio, mas o objeto
não é nenhum dos do 2º?

• Autor do projeto - nulo - 291º CC

• PPV - não, autonomia pr

- Ou há interesses de caráter pú que determinam a violação de uma norma e


assim tem de se traduzir numa nulidade

- Ou não há interesse de caráter pú ser assim não pode haver violação,


estamos no âmbito m de semana autonomia pr, pelo que não pode haver
nulidade

• O 2º não é uma norma imperativa, pelo que não há entraves a que as


partes não possam adotar um contrato de consórcio atípico

- Porque é que os associados não poderão criar uma organização mais densa do
que está no 7º?

• Não há nada que nos diga que não pode ser assim — autonomia pr

Contrato de associação em participação: DL 231/81

• Entidade econ cando a primeira a participar ou nos lucros e nas perdas - 21º

• Contato parciário

• Elemento essencial do contrato

- Participação nos lucros - 21º/2

• Se só participar aqui temos necessariamente de ter contribuição patrimonial

• Elemento acidental - participação nas perdas

- Neste caso pode ser dispensada a contribuição patrimonial

• 23º - não está sujeito a forma especial

• 24º - contribuição do associado

- Se a contribuição do associante sofre uma translação da sua esfera j, saindo da


sua e deslocando-se para a esfera j do associado

• Temos a comprovação de que não há personalidade j da associação

- Pode ser dispensada no contrato, se o associado também participar nas perdas

• 224º a 227º CCom são revogados pelo 32º do DL

Conclusão: estes contratos apenas serão comerciais, em função do objeto

fi
fi
Referência aos contratos de associação à quota: é uma gura especí ca, que
representavam um esquema semelhante, temos a associação d alguém a quem já é
sócio de uma associação de quotas

• O associado vai bene ciar dos lucros e/ou perdas em relação àquela quota

Contratos de agrupamentos complementares de empresas (ACE): L 4/73 + DL


430/73

• Surge por in uência francesa - dos agrupamentos de in uência económica

- AEIE - agrupamento europeu de interesse econ (não é a mesma cois de ACE)

• Aqui já temos uma pessoa coletiva - como é que quali camos esta pessoa coletiva à
luz do 13º CCom?

- Numa perspetiva de 1888 o 13º/1, não abrangia senão pessoas singulares

- No séc XX temos novas estruturas personi cação que não são sociedades
comerciais e que se dedicam à prática de atividade comerciais

- Não podem ser inseridas no 13º/2 CCom porque apenas se aplica às sociedades
comerciais

• Temos um NJ de agrupamento cujo objetivo é a melhoria das condições das


respontivas ocieidades

• Lei 4/73

- Base II - não se confundem com as sociedades

• Não podem ter partilha de lucros

- Base III - forma escrita

- Base IV - tem de ser inscrito no registo comercial

• O m da partilha de lucros pode surgir acessoriamente - 1º DL

• Tem de adotar uma forma que não se confunda com outras pessoas coletivas - 3º

• 5º - concretização do 160º CC

- a) - delimitação negativa da capacidade de gozo desta pessoa coletiva

• Regras de estruturação da admin

• 16º - regras sobre a dissolução

Contrato de instalação de lojista em centro comercial:

• Contrato legalmente atípico, mas socialmente típico

• PPV + OA - deram pareceres no sentido de que na realidade não temos nenhuma


correspondência com o arrendamento, sendo típico no mundo empresarial e que
não podia reconduzir-se aos limites do contrato de arrendamento

- Os Ts adotaram esta doutrina (nos anos 90 houve grandes problemas porque se


reconduzia a contratos de arrendamento)

• Características

- Oneroso - em que uma da apartes ee obriga a disponibi.irar a utilização de um


espaço num centro comercial, pode não ser fechado (por ex El Corte Inglès)

• A vinculação do lojista é de caráter econ, mas não só

- Temos uma quantia xa que corresponde à remuneração central e uma segunda


remuneração

- Componente de despesas comuns - limpeza, promoção publicitária do próprio


centro, etc.
fi
fl
fi
fi
fi
fi
fl
fi
fi

Você também pode gostar