Você está na página 1de 51

Uso do “Abaixo ou a baixo”............... 22 TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO .......

41
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE
Sujeito .................................................... 41
TEXTO.......................................................2 MORFOLOGIA ............................................ 23
Posi ção do sujei to na ora ção................42
COMPREENSÃO (ESTÁ NO TEXTO) .........2 ESTRUTURA DAS PALAVRAS.................. 23 Ora ções sem sujeitos............................42
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO (ESTÁ FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.................. 23 Predicado .............................................. 42
ALÉM DO TEXTO) ...............................3 Predi cado nominal................................42
FONOLOGIA................................................ 25 Predi cado verbal...................................42
Interpretação subjetiva .........................5
Interpretação objetiva ..........................5 FONEMAS................................................. 25 TERMOS ACESSÓRIOS ............................ 44
Vocabulário ............................................ 5 Classificação dos fonemas ................. 25 Adjunto adnominal ............................. 44
Gramá ti ca............................................... 7 ENCO NTROS VOCÁLICOS....................... 25 Adjunto adverbial ................................ 44
Ra ciocínio lógi co verbal.......................... 7 ENCO NTROS CONSO NANTAIS .............. 26 Aposto ................................................... 45
Ques tões ................................................ 8 Dígrafo................................................... 26 Vocativo ................................................ 45
NORMA CULTA .......................................... 13 SÍLABAS .................................................... 26 SINTAXE DA CONCORDÂNCIA ................ 47
Classificação ......................................... 26
ORTOGRAFIA........................................... 13 CONCORDÂNCIA NO MINAL .................. 47
Divisão silábica .................................... 26
Sinais diacríticos .................................. 13 Concordância do adjetivo adjunto
Acentos gráficos .................................. 13 ACENTUAÇÃO GRÁFICA ........................... 28 adnominal ................................... 47
Ques tões .............................................. 13 Concordância do adjetivo do
ACENTO TÔ NICO..................................... 28
Usos das letras..................................... 13 predica tivo com o su jeito ......... 48
Regras de a centua ção ........................ 28
Us o das letras : K, W e Y........................ 13 Ques tões...............................................29
Ques tões .............................................. 15 PRONOMES ................................................ 48
Uso dos PORQUÊS:.............................. 19 PONTUAÇÃO .............................................. 30
CLASSIFICAÇÃO ....................................... 48
Ques tões .............................................. 20
VÍRGULA ................................................... 30 Pronomes pessoais.............................. 48
Uso do “mal e mau” ........................... 21
vírgula no interio r da oração ............. 30
Uso de “há e a”.................................... 21
Vírgula en tre as oraçõ es .................... 30
Uso do “Acerca de ou Há cerca de” . 21 Ques tão ................................................32
Uso do “cerca de ou a cerca de”....... 22
Uso do “senão ou Se não ” ................ 22 ANÁLISE SINTÁTICA .................................. 40
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE COMPREENSÃO (ESTÁ NO TEXTO)
TEXTO Há entre o autor e o leitor um tipo de
É o primeiro item de qualquer edital de concurso. comunicação. A comunicação que acontece
Compreensão é diferente de interpretação de quando um texto de uma pessoa (autora) passa a
texto. Em concursos públicos, o texto mais mensagem que queria passar a outra pessoa
recorrente é o (verbal escrito). Em muitos casos, (leitora) pode ser entendida como compreensão
o texto será (não verbal), como em quadrinhos, de texto. Significa que a mensagem saiu de algum
anúncios publicitários, infográficos etc. lugar e chegou a outro, e que, nesse percurso,
(Compreender) é ter a habilidade de perceber o houve, de fato, uma comunicação eficaz (isto é,
significado de algo, analisar o que realmente está não houve "ruído" na comunicação).
escrito. Já (interpretar) significa dar sentido a, As questões são montadas de modo a induzir ao
deduzir de forma lógica, inferir, chegar a uma erro. Nesse sentido, é importante observar os
conclusão do que se lê nas entrelinhas do texto. comandos de questão:
A (clareza de texto) escrito é condicionada pelas  (De acordo com o autor.
possibilidades de interpretação que ele apresenta,  O texto informa que.
uma vez que o produtor do texto deve conhecer o  O autor sugere.
idioma e suas regras gramaticais para deixar  Segundo o texto.
claros seus objetivos, ou ideias, que deseja  No texto acima).
transmitir.
A (noção de texto), que pode ser aplicada tanto Se forem esses comandos, você deve-se (limitar
para as manifestações orais como para as à realidade) do texto. Muitas vezes, as
escritas, ressalta que nesses processos tal alternativas extrapolam as verdades do texto; ou
ocorrência se dá como uma forma de elaboração ainda diminuem essas mesmas verdades, ou
de uma rede de significados com vistas a informar, fazem afirmações que nem de longe estão no
explicar, discordar, convencer, aconselhar, texto.
ordenar. Então, ao escrever, o indivíduo manifesta Para que se chegue a uma compreensão, é
o desejo de se comunicar, buscando ser necessário trabalhar, as relações de (conexão
entendido, e deseja estabelecer contratos verbais cognitiva) e as (relações coesivas).
com o leitor. Para atingir essa finalidade o autor  O (saber partilhado): É a informação antiga,
deixa (marcas) em seus textos para que possam pode aparecer na introdução, ou estar
ser seguidas pelo leitor. Assim, formular não subentendida no contexto , em que o produtor
significa simplesmente deixar ao interlocutor a do texto estabelece um acordo com o leitor (os
(tarefa) de compreensão, mas, sim, deixar, interlocutores), para, em seguida, expor
através de traços, marcas para que o texto possa informações novas;
ser compreendido. As palavras ou frases  A (informação nova): Se caracteriza como
articuladas produzem significações que são uma necessidade para a existência do texto,
dotadas de intencionalidade, ganhando sentido veiculando uma informação que não é do
pela interferência dos destinatários, criando as conhecimento do leitor, ou que não o é da
unidades textuais. forma como será exposta, o que implica
Para tornar concreto um (ato de compreensão), matizes novos e, consequentemente, uma
é necessário que o leitor reúna determinadas nova maneira de ver os fatos;
condições: possua a competência correspondente  As (provas): São fundamentos das afirmações
às mensagens do texto e do discurso; domine expostas. Se o leitor duvidar de suas
traços de referência de conteúdos; busque no asserções, poderá recorrer a outras obras
texto a mensagem pretendida pelo autor; use indicadas pelo escritor para chegar às mesmas
estratégias e habilidades adequadas ao exercício conclusões que ele.
de compreensão/interpretação. A (compreensão de um texto escrito) envolve
a compreensão de frases e sentenças, de
argumentos, de provas formais e informais, de
objetivos, de intenções, muitas vezes de ações e
de motivações, isto é, abrange muitas das
possíveis dimensões do ato de compreender, se
pensarmos que a compreensão verbal inclui
desde a compreensão de uma charada até a
compreensão de uma obra de arte.
Texto 1 (Quest.: 2): SEGUNDO O (TEXTO 2), a
(Os primeiros anos que se seguiram à Proclamação devastação do meio ambiente e a exploração de
da República foram de grandes incertezas quanto aos mão de obra escrava caracterizam o modelo de
trilhos que a nova forma de governo deveria seguir. Em desenvolvimento atual.
uma rápida olhada, identificam-se dois grupos que ( ) Certo ( ) Errado.
defendiam diferentes formas de se exercer o poder da  (Certo): No trecho destacado abaixo, pode-
República: os civis e os militares. Os civis,
representados pelas elites das principais províncias-
se observar que a devastação do meio
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande ambiente e a exploração de mão de obra
do Sul, queriam uma república federativa que desse escrava caracterizam o modelo de
muita autonomia às unidades regionais. Os militares, desenvolvimento atual. Analise:
por outro lado, defendiam um Poder Executivo forte e  (O fim do tráfico passa por uma mudança
se opunham à autonomia buscada pelos civis. Isso sem profunda, que altere o modelo de
mencionar as acirradas disputas internas de cada desenvolvimento predatório do meio ambiente e
grupo. Esse era um quadro que demonstrava a grande dos trabalhadores. A escravidão contemporânea
instabilidade sentida pelos cidadãos que viveram não é um resquício de antigas práticas que vão
naqueles anos. Mas havia cidadãos?. desaparecer com o avanço do capital, mas um
Formalmente, a Constituição de 1891 definia ccmo instrumento utilizado pelo capitalismo para se
cidadãos os brasileiros natos e, em regra, os expandir).
naturalizados. Podiam votar os cidadãos com mais de
vinte e um anos de idade que tivessem se alistado INTERPRETAÇÃO DE TEXTO (ESTÁ ALÉM DO
conforme determinação legal. Mas o que, exatamente, TEXTO)
significava isso? Em 1894, na primeira eleição para Um texto é um entrelaçamento de ideias, não é
presidente da República, votaram 2,2% da população. apenas uma enumeração de frases e orações, e
Tudo indica que, apesar de a República ter abolido o sim um conjunto de informações conectadas,
critério censitário e adotado o voto direto, a participação
entre si, que estabelecem a coesão e a
popular continuou sendo muito baixa em virtude,
principalmente, da proibição do voto dos analfabetos e
coerência textual.
das mulheres.  (Coesão): É uma decorrência da própria
No que se refere à legislação eleitoral, alguns continuidade exigida pelo texto.
instrumentos legais vieram a público, mas nenhum  (Coerência): Faz o texto adquirir sentido para
deles alterou profundamente o processo eleitoral da os usuários da língua.
época. As principais alterações promovidas na Interpretar é perceber o que o autor quis dizer:
legislação contemplaram o fim do voto censitário e a as ideias e os pensamentos que ele procurou
manutenção do voto direto. Essas modificações,
transmitir ao leitor. Interpretar é concluir, deduzir a
embora importantes, tiveram pouca repercussão
partir dos dados coletados. Interpretar e objetivo,
prática, já que o voto ainda era restrito analfabetos e
mulheres não votavam- e o processo eleitoral ou seja, a opinião do leitor não importa. A
continuava permeado por toda sorte de fraudes). interpretação tem por objetivo identificar a (ideia
principal).
(Quest.: 1): A instabilidade observada nos anos Comandos de questão para interpretação de
que se seguiram à Proclamação da República texto:
deveu-se ao súbito ganho de poder dos civis, o  (O texto permite que se deduza.
que, (DE ACORDO COM O TEXTO), gerou  Conclui-se, a partir do texto.
acirradas disputas com os militares, tradicionais  O texto possibilita o entendimento de.
detentores do poder.  Diante do exposto, pode-se concluir.
( ) Certo ( ) Errado.  infere-se).
 (Errado): Erro 1: O conflito de interesses entre
civis e militares, principal motivo da
instabilidade: havia também conflitos internos
em cada grupo; Erro: 2. o texto não demonstra
que os militares eram tradicionais detentores
do poder.
 (Certo) Os civis, representados pelas elites
das principais províncias São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul-,
queriam uma república federativa que desse
muita autonomia às unidades regionais. Os
militares, por outro lado, defendiam um Poder
Executivo forte e se opunham à autonomia
buscada pelos civis.
Texto 2 (– Como é que chama um bandido armado até os
(Migrar e trabalhar. Quando esses verbos se dentes?
conjugam da pior forma possível, acontece o chamado – Eu o chamaria de senhor.)
tráfico de seres humanos. O tráfico de pessoas para
exploração econômica e sexual está relacionado ao Texto 2
modelo de desenvolvimento que o mundo adota. Esse (– O que o senhor fazia no emprego anterior?
modelo é baseado em um entendimento de – Era funcionário público.
competitividade que pressiona por uma redução – Ok ... o senhor pode contar até dez?
constante nos custos do trabalho. – Claro. Um, dois, três, quatro, cinco, seis... valete,
No passado, os escravos eram capturados e vendidos dama, rei...)
como mercadoria. Hoje, a pobreza que torna
populações vulneráveis garante oferta de mão de obra Para entendermos o Texto 1, precisamos que a
para o tráfico, ao passo que a demanda por essa força interpretação aconteça da seguinte forma: o
de trabalho sustenta o comércio de pessoas. Esse ciclo Perguntador esperava outra resposta, palavras
atrai intermediários, como os gatos (contratadores que
como (meliante, perigoso, delinquente, marginal
aliciam pessoas para serem exploradas em fazendas e
carvoarias), os coiotes (especializados em transportar
etc.) mas inusitadamente o interlocutor quebra a
pessoas pela fronteira entre o México e os Estados sua expectativa diz:
Unidos da América) e outros animais, que lucram sobre  (Eu o chamaria de SENHOR).
os que buscam uma vida mais digna. Muitas vezes, é a Ou seja, o tratamento dado a um bandido
iniciativa privada uma das principais geradoras do armado deve-se ser polido, cortês, para que o
tráfico de pessoas e do trabalho escravo, ao forçar o assaltado não sofra represalias.
deslocamento de homens, mulheres e crianças para
reduzir custos e lucrar. Na pecuária brasileira, na Para entendermos o Texto 2, esta centrado num
produção de cacau de Gana, nas tecelagens ou conhecimento de mundo, mais propriamente a
fábricas de tijolos do Paquistão. uma opinião preconceituosa sobre funcionarios
O tráfico de pessoas e as formas contemporâneas de
trabalho escravo não são uma doença, e sim uma febre
públicos, a saber: o trabalho deles é um lazer;
que indica que o corpo está doente. Por isso, sua percebemos isso pelas palavras que remetem ao
erradicação não virá apenas com a libertação de jogo de baralho.
trabalhadores, equivalente a um antitérmico necessário,
mas paliativo. O fim do tráfico passa por uma mudança Texto 3
profunda, que altere o modelo de desenvolvimento A velha contrabandista
predatório do meio ambiente e dos trabalhadores. A Diz que era uma velhinha que sabia andar de
escravidão contemporânea não é um resquício de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada
antigas práticas que vão desaparecer com o avanço do na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O
capital, mas um instrumento utilizado pelo capitalismo pessoal da Alfândega — tudo malandro velho —
para se expandir). começou a desconfiar da velhinha. Um dia, quando ela
vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da
(Quest.: 1): INFERE-SE do texto a existência Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então
de dois segmentos que lucram com o tráfico de o fiscal perguntou assim pra ela:
— Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui
pessoas: as empresas, que reduzem os custos
todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora
com mão de obra, e os intermediários, que se
leva nesse saco?
beneficiam da exploração de pessoas que A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe
desejam migrar. restavam e mais os outros, que ela adquirira no
( ) Certo ( ) Errado. odontólogo e respondeu:
 (Certo) O 2º § permite a inferência de que — É areia!
as empresas e os intermediários lucram Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia
com o tráfico de pessoas. Veja: nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para
 (Hoje, a pobreza que torna populações examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o
vulneráveis garante oferta de mão de obra para saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado,
o tráfico - ao passo que a demanda por essa ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na
força de trabalho sustenta o comércio de lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás. Mas
pessoas. Esse ciclo atrai intermediários, como o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha
os gatos (contratadores que aliciam pessoas passasse um dia com areia e no outro com muamba,
para serem explora "Nos locais em que suas dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando
viagens começaram, havia filhos, pais, esposas ela passou na lambreta com o saco atrás, o fis cal
e outros que dependiam deles para que mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela
enviassem dinheiro). levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O
fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido
o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que
ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
— Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40
anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra
burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é
Texto 1 contrabandista.
— Mas no saco só tem areia! — insistiu a velhinha. E já
ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs: Interpretação subjetiva
— Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Nesse tipo de interpretação interessa apenas o
Não dou parte, não apreendo, não conto nada a conhecimento prévio que o leitor possui, sua
ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o
experiência, a sua visão de mundo. As
contrabando que a senhora está passando por aqui
todos os dias?
informações contidas no texto são apenas um
— O senhor promete que não “espaia”? — quis saber a ponto de partida para suas divagações.
velhinha.
— Juro — respondeu o fiscal. Interpretação objetiva
— É lambreta. (Stanislaw Ponte Preta) É a interpretação que leva em conta as marcas
significativas contidas no texto. Essas marcas são
muitas e variadas, dependendo do tipo de texto e
da “intenção” do autor. Porém, podemos
sistematizar a observação de algumas que estão
presentes em todas as produções: vocabulário,
gramática e raciocínio lógico verbal.

Vocabulário
Ao produzir um texto o autor usa palavras que
Questão podem ter significados múltiplos, então cabe ao
1. O que a velhinha carregava dentro do saco, leitor encontrar o significado que melhor se
para despistar o fiscal? encaixa naquele contexto. Para isso devemos
2. O que o autor quis dizer com a expressão “tudo pensar em conotação e denotação:
malandro velho”?  (Conotação): a palavra usada em sentido
3. Leia novamente o 4º parágrafo do texto e figurado;
responda: quando o narrador citou os dentes que  (Denotação): a palavra usada em sentido real.
“ela adquirira no odontólogo”, a que tipo de dentes Para se chegar à interpretação objetiva devemos
ele se referia? buscar sempre a denotação. Vejamos um
4. Explique com suas palavras qual foi o truque da exemplo:
velhinha para enganar o fiscal.
5. Quando a velhinha decidiu contar a verdade? Texto 4
6. Qual é a grande surpresa para o fiscal? (“Navegar é preciso, viver não é preciso.”
8. Agora com suas palavras diga o que você No século 1 a.C., os romanos viviam ativamente o seu
pensa a respeito da atitude da velhinha no texto. processo de expansão econômica e territorial. Roma se
Para responder às questões de números 1 a 7, tornava um império de grandes dimensões e a
basta retornar ao texto e retirar de lá a informação necessidade de desbravar os mares se colocava como
imperativo para o seu fortalecimento. Por volta de 70
necessária à resposta. Já a questão de número 8
a.C., o General Pompeu foi incumbido da missão de
pede que o leitor dê a sua opinião a respeito transportar o trigo das províncias para a cidade de
daquilo que leu. As questões de 1 a 7 trabalham a Roma, que passava por uma grave crise de
compreensão do texto. A questão 8 trabalha a abastecimento causada por uma rebelião de escravos.
interpretação. Os riscos de navegação eram grandes, em virtude das
limitações tecnológicas e dos ataques de piratas, que
Interpretar é, então, usar a experiência do leitor aconteciam com frequência. Os marinheiros, então,
para entender as mensagens deixadas no texto viviam um grave dilema: salvar a cidade de Roma da
pelo autor. Partindo desse ponto de vista, crise de abastecimento, ou fugir dos riscos da viagem,
podemos pensar que um texto aceita qualquer mantendo-se seguros na cidade de Sicília. Foi então
interpretação, mas na verdade o texto está aberto que, de acordo com o historiador Plutarco, o general
Pompeu proferiu essa lendária frase, motivando os
a várias leituras, porém não está aberto a seus marinheiros. Tempos depois, essa frase foi usada
qualquer leitura. A diferença está em que o texto como lema da Liga Hanseática e também da Escola de
aceita apenas as leituras que nele já aparecem Sagres. Alguns poetas a usaram em seus escritos:
inscritas como possibilidades de leitura, pois o Camões, Fernando Pessoa, Caetano Veloso. Até
autor, ao produzir seu texto, deixa nele algumas Ulisses Guimarães a usou, no seu célebre discurso
marcas. Assim, as várias leituras não se fazem a pelas eleições diretas).
partir da vontade do leitor, mas dessas marcas
significativas presentes no texto. A interpretação A interpretação objetiva ou subjetiva passa
do texto está diretamente relacionada à maneira pelo vocabulário, pois o adjetivo “preciso”
como se percebem as marcas linguísticas, dando presente nesse texto pode ser interpretado de
a ele muitas possibilidades de leitura, e não todas. duas maneiras:
Assim podemos distinguir dois tipos de (1) preciso = (necessário): nesse caso, temos
interpretação: (a subjetiva e a objetiva). uma interpretação subjetiva, pois cada leitor
entenderá as ideias de “navegar” e “viver” Amor e conhecimento, até onde foram possíveis,
como melhor lhe convier; conduziram-me aos caminhos do paraíso. Mas a
(2) preciso = (exato): nesse caso, temos uma COMPAIXÃO sempre me trouxe de volta à Terra. Ecos
interpretação objetiva, pois a única de gritos de dor reverberam em meu coração. Crianças
famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos
possibilidade de leitura é a de que navegar é
desprotegidos, odiosa carga para seus filhos, e o
algo exato, navegar tem precisão; viver não é mundo inteiro de solidão, pobreza e dor transformaram
exato, não tem precisão. em arremedo o que a vida humana poderia ser. Anseio
É preciso saber reconhecer no texto os pontos ardentemente aliviar o mal, mas não posso, e também
principais, que nos ajudam a decodificar a sofro.
mensagem. Para isso podemos nos fixar nas Isso foi a minha VIDA. Achei-a digna de ser vivida e
(palavras-chave ou ideias chave). vivê-la-ia de novo com a maior alegria se a
oportunidade me fosse oferecida.”)
(Bertrand Russel)

O texto é constituído de cinco parágrafos que se


(a) (Palavras –chave): Palavras mais importantes encadeiam de forma coerente. Vejamos as
de cada parágrafo, em torno das quais outras palavras-chave de cada parágrafo.
se organizam, criando uma ligação para  1º parágrafo = vida / paixões;
produzirem sentido. As palavras-chave  2º parágrafo = amor;
aparecem, muitas vezes, ao longo do texto de  3º parágrafo = conhecimento;
diversas formas: repetidas, modificadas ou  4º parágrafo = compaixão;
retomadas por sinônimos. As palavras-chave  5º parágrafo = vida.
formam o alicerce do texto, são a base de sua
sustentação, levam o leitor ao entendimento (1) (Ideias-chave): A partir das palavras-chave,
da totalidade do texto, dando condições para pode-se chegar à ideia-chave de cada
reconstruí -lo. parágrafo, ou seja, o assunto principal de cada
 Atenção especial para verbos e parágrafo, de forma sintetizada. E, a partir da
substantivos; síntese de cada parágrafo, chega -se à ideia
 O título (se houver) é uma boa dica de central do texto. Observe o texto:
palavra -chave.
Texto 6
Observe o texto de Bertrand Russel, “Minha (“Existem duas formas de operação marginal: a que
Vida”, a fim de compreender a forma como ele toma a classificação genérica de economia informal,
está construído: correspondente a mais de 50% do Produto Interno
Bruto (PIB), e a representada pelos trabalhadores
admitidos sem carteira assinada. Ambas são
Texto 5 portadoras de efeitos econômicos e sociais
(Minha Vida catastróficos.
“Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, A atividade econômica exercida ao largo dos registros
governaram minha VIDA: o desejo imenso do amor, a oficiais frustra a arrecadação de receitas tributárias
procura do conhecimento e a insuportável compaixão nunca inferiores a R$ 50 bilhões ao ano. A perda de
pelo sofrimento da humanidade. receita fiscal de tal porte torna precários os programas
Essas PAIXÕES, como os fortes ventos, levaram-me governamentais para atendimento à demanda por
de um lado para outro, em caminhos caprichosos, para saúde, educação, habitação, assistência previdenc iária
além de um profundo oceano de angústias, chegando à e segurança pública.
beira do verdadeiro desespero. Quanto aos trabalhadores sem anotação em carteira,
Primeiro busquei o AMOR, que traz o êxtase-êxtase formam um colossal conjunto de excluídos. Estão à
tão grande que sacrificaria resto de minha vida por margem dos benefícios sociais garantidos pelos direitos
umas poucas horas dessa alegria. Procurei-o, também, de cidadania, entre os quais vale citar o acesso à
porque abranda a solidão, aquela terrível solidão em aposentadoria, ao seguro-desemprego e às
que uma consciência horrorizada observa, da margem indenizações reparadoras pela despedida sem justa
do mundo, o insondável e frio abismo sem vida. causa. De outro lado, não recolhem a contribuição
Procurei-o, finalmente, porque na união do amor vi, em previdenciária, mas exercem fortes pressões sobre os
mística miniatura, a visão prefigurada do paraíso que serviços públicos de assistência médico-hospitalar.
santos e poetas imaginaram. Isso foi o que procurei e, A reforma tributária poderá converter a expressões
embora pudesse parecer bom demais para a vida
toleráveis a economia informal. A redução fiscal
humana, foi o que encontrei. incidente sobre as micro e pequenas empresas
Com igual paixão busquei o CONHECIMENTO. provocará, com certeza, a regularização de grande
Desejei compreender os corações dos homens. Desejei
parte das unidades produtivas em ação clandestina.
saber por que as estrelas brilham. E tentei apreender a E a adoção de uma política consistente para permitir o
força pitagórica pela qual o número se mantém acima aumento do emprego e da renda trará de volta ao
do fluxo. Um pouco disso, não muito, encontrei.
mercado formal os milhões de empregados sem João não é um nome composto, isso tudo por
carteira assinada. causa da vírgula.
É preciso entender que o esforço em favor da inserção
da economia no sistema mundial não pode pagar
tributo ao desemprego e à marginalização social de
milhões de pessoas.”)

1º parágrafo: Economia informal; trabalhadores


admitidos sem carteira assinada; efeitos
econômicos e sociais catastróficos.
 Ideia-chave: (Economia informal e
trabalhadores admitidos sem carteira
assinada trazem prejuízos econômicos e Raciocínio lógico verbal
sociais).
Pela observação das relações lógicas
estabelecidas entre as palavras do texto, podemos
2º parágrafo: Atividade econômica exercida ao
chegar a conclusões objetivas.
largo dos registros oficiais; perda de receita fiscal;
precários os programas governamentais.
Texto 7
 Ideia-chave: (A perda de receitas tributárias “Radegondes foi ao Teatro Municipal de São Paulo
causada pela economia informal prejudica os assistir à apresentação da Orquestra Sinfônica do
programas sociais do governo). Estado, regida pelo maestro Asdrúbal de Sousa. Ficou
encantada com a apresentação e afirmou ‘Este maestro
3º parágrafo: Trabalhadores sem anotação em é bárbaro!’”
carteira; à margem dos benefícios sociais.
 Ideia-chave: (Trabalhadores admitidos sem Note que a palavra “bárbaro” assume o sentido
carteira assinada causam prejuízos de “muito bom” ou “excelente”, pois é o que se
econômicos por não recolherem contribuição pode interpretar a partir das relações que esta
previdenciária e sofrem os efeitos sociais por palavra mantém com as outras. O sentido original
não terem seus direitos assegurados). de “bárbaro”, porém, é outro: “cruel”, “rude”,
“selvagem” ou “desumano”, como se percebe na
4º parágrafo: reforma tributária; redução fiscal frase:
incidente sobre as micro e pequenas empresas;
política consistente para permitir o aumento do “Asdrúbal estava muito nervoso, agiu com
emprego e da renda. impaciência, gritando como um bárbaro”
 Ideia -chave: (A reforma tributária poderá
minimizar os efeitos da economia informal e
uma política consistente para aumento do
emprego e da renda pode provocar a
formalização de contratos legais para milhões
de empregados).
 Ideia central do texto: (A economia informal
tem efeitos econômicos e sociais prejudiciais
ao indivíduo e ao sistema, mas ações políticas,
como a reforma tributária, poderão estimular a
regularização de empresas, beneficiando,
também, os trabalhadores).

Gramática
A observação das relações sintáticas e dos usos
gramaticais de palavras dentro do texto também
revela aspectos da interpretação.
 Na frase (“Levou ao cinema os pais o filho.”),
sabemos que o sujeito do verbo é “o filho”,
pois o verbo estando no singular terá um
sujeito singular.
 Na frase (“Enganou ao aluno o professor.”),
sabemos que o sujeito do verbo é “o
professor”, pois o outro termo (“ao aluno”)
aparece preposicionado e por isso não pode
ser o sujeito.
 Na frase: (“Maria, João ama.”), sabemos que o
sujeito do verbo é “João”, sabemos que Maria
(e) Alternar o sentido positivo de um feito científico
e os aspectos negativos que ele implica.

Questões Quest. 2: Considere as seguintes afirmações:


1. O autor acredita que, por já ter usado
Texto 1 bastante seus olhos, passou a ser uma presa
(Os olhos de Isabel fácil das miragens e das ilusões.
Instalou-se ontem, no Rio, um banco de olhos. Ali será 2. É dado como fato que o bem sucedido
conservada na geladeira uma parte dos olhos tirados transplante fez de Isabel uma fiel depositária
de pessoas que acabam de morrer, de acidentados e das visões do doador.
natimortos. Os cegos que são capazes de distinguir a
3. O autor sabe que é dado como certo serem
claridade poderão, em muitos casos, ter vista perfeita,
recebendo nos olhos a córnea da pessoa morta. Já
os olhos incapazes de, em sua membrana,
houve muitos casos dessa operação no Brasil, como o gravar lembranças de visões.
da jovem Isabel, de 18 anos, cega desde nascença, Está (CORRETO) o que se afirma (APENAS) em
que passou a ver bem. Não a conheço; e estimo que (a) 1.
seja feliz em suas visões, e veja sempre coisas que a (b) 2.
façam alegre. (c) (Correta): 3.
É pelos olhos que entra em nós a maior parte das (d) 1 e 2.
alegrias e tristezas. Os meus, ainda que b astante (e) 2 e 3.
usados, enxergam bem, e mesmo, em certas
circunstâncias, demais. São, é natural, sujeitos a Quest. 3: Considerando-se o contexto, na frase
muitas ilusões; de muitas já fui ao empós, e eram
miragens que me levaram ao meio de um deserto onde (a) (...) estimo que seja feliz, o verbo sublinhado
me alimentei de gafanhotos e lágrimas, tomando sopa tem o mesmo sentido que apresenta na frase
de vento, comendo pirão de areia, como diz a canção. Estimou o prejuízo em dez milhões de reais.
A fina membrana dos olhos não guarda a lembrança (b) (...) enxergam bem, e mesmo, em certas
das visões; mas que sabemos? A matéria viva é uma circunstâncias, demais, a expressão
coisa sutil e sensível que ninguém entende. O jornal sublinhada tem o sentido de e eles próprios.
não diz de quem eram os olhos com que hoje vê a (c) A matéria viva é uma coisa sutil e sensível, a
moça Isabel; e ela, nunca tendo visto antes, não sabe expressão sublinhada está aludindo às
se as visões de hoje são verdade ou fantasia; talvez miragens e às ilusões.
esteja a ver este mundo através do filtro emocional de
(d) (...) ver este mundo através do filtro emocional,
uma criatura já morta; (...) mas tenham visto o que
tiverem antes, que ora vejam tudo em suave e b elo
o uso do termo sublinhado é inadequado,
azul, a cor dos sonhos e descobrimentos nas assim como em Chega-nos a luz através dos
navegações dos 18 anos. Que são tontas, mas belas vitrais.
navegações.) (e) (Correta):(...) que ora vejam tudo em suave e
(Rubem Braga) belo azul, a expressão sublinhada tem o
sentido de que agora vejam tudo.
Quest. 1: As expressões banco de olhos, córnea,
operação, visões, miragens, filtro emocional e cor Quest. 4: O sentido contextual da frase (Que são
dos sonhos indicam que o autor do texto tontas), mas belas navegações, na qual se retoma
desenvolve seu tema de modo a: uma informação anterior, está adequadamente
(a) Considerá-lo numa perspectiva clínica e formulado em:
científica, eximindo-se de especulações (a) Como são tontas, mais do que belas, as
subjetivas. navegações dos 18 anos!
(b) (Correta): Combinar dados objetivos e (b) Aos 18 anos, as navegações são belas, uma
considerações subjetivas, prevalecendo estas vez que tontas.
sobre aqueles. (c) Porque belas, as navegações dos 18 anos são
(c) Tornar acessível uma questão científica por também tontas.
meio de uma linguagem informativa e (d) (Correta): As navegações dos 18 anos, sendo
jornalística. tontas, não deixam de ser belas.
(d) Mesclar, na linguagem jornalística, a (e) São tontas, antes de belas, as navegações
informação e a crítica que o fato informado dos 18 anos.
suscita.
Quest. 5: (De muitas ilusões fui ao empós). (d) (Correta): Se até ontem fingiam não ver, que
Mantém-se tal e qual a expressão sublinhada caso ora vejam os prejuízos que causaram.
se substitua (fui ao empós) por (e) Por ora vejam apenas os fatos, depois
(a) (Correta): estive no encalço. considerem as versões.
(b) estive às voltas.
(c) pus-me a perseguir.
(d) vi-me imerso.
(e) sempre me confrontei.

Quest. 6: Considerando-se o contexto do segundo Quest. 9: Está (Clara e CORRETA) a redação da


parágrafo, na frase (São, é natural, sujeitos a seguinte frase:
muitas ilusões; de muitas já fui ao empós, e eram (a) Não obstante seja toda matéria viva uma coisa
miragens), os segmentos sublinhados estão se sutil e sensível, quem afirmaria que não se
referindo, respectivamente, a: guardem nos olhos a fina membrana das
(a) (Correta): meus olhos - ilusões – ilusões. visões?
(b) ilusões - miragens – ilusões. (b) (Correta): Quantas alegrias e tristezas nos
(c) meus olhos - circunstâncias – circunstâncias. chegam pelos olhos, a par das ilusões e das
(d) meus olhos - miragens – ilusões. miragens que tanto Nos confundem, ao longo
(e) ilusões - miragens - meus olhos. de nossas vidas...
(c) Confessa o cronista, que tendo já usado tanto
Quest. 7: Considere as seguintes afirmações: os seus olhos, que inclusive enxergam até
1. Isabel beneficiou-se de uma doação de demais, bem por isso nunca os eximiu às
córnea. ilusões.
2. Não se sabe a identidade do doador. (d) Caso víssemos, pela córnea doada, tudo o que
3. Espera-se que Isabel tenha belas visões. constituiu-se na experiência das visões
As afirmações acima articulam-se de modo alheias, cujos sentimentos estaríamos a
coerente e (CORRETO) na frase: reviver.
(a) Embora não se saiba a identidade de quem (e) Já maduro, o cronista tende a crer que, as
doou-lhe, espera-se que Isabel teria belas experiências visuais dos dezoito anos,
visões mediante o benefício de uma doação de equiparam-se aos das navegações e grandes
córnea. descobrimentos.
(b) Isabel foi beneficiada de uma doação de
córnea, que não se sabe a identidade de quem
doou, mas espera-se que sejam belas suas
visões.
(c) O que se espera é que as visões de Isabel
sejam belas, conquanto ela tenha beneficiado-
se de uma doação de córnea cuja identidade
do doador não é sabida.
(d) A identidade do doador de córnea que
beneficiou Isabel não é sabido, mas o que se
pode esperar é que por meio da mesma ela
tenha belas visões.
(e) (Correta): Ignora-se a identidade do doador,
mas espera-se que sejam belas as visões de
Isabel, beneficiada que foi pela doação de
córnea.

Quest. 8: (mas tenham visto o que tiverem antes,


que ora vejam tudo em suave e belo azul). No
contexto da frase acima, a expressão sublinhada
tem o mesmo sentido que apresenta no contexto
do período:
(a) Ora vejam, chegam atrasados e ainda
reclamam!
(b) Ora, vejam primeiro, analisem, e só depois
palpitem.
(c) O que não posso admitir é que ora vejam, ora
finjam não ver a extensão dessa fraude.
(d) Rejeita discussões sobre estados de alma que
representem algo mais do que um ``vazio
cizento e interminável.

Texto 2
( Por que hei de agradar o rude sofrimento e mais
rude torná-lo, na desesperança? Por que proclamar a Texto 3
tristeza inútil diante das coisas que secretamente e (Uma manhã rara na biblioteca
melhor compreendo? Não falarei do desamparo que Nas últimas duas décadas tenho frequentado algumas
finamente me aperta os dedos na garganta. Não citarei bibliotecas famosas em busca de fontes para meus
o sentimento peculiar aos que tem propensão para o livros. Nada, porém, se comparou à sensação de cruzar
desengano e, mais do que nunca, ao crepusculo, o portão daquela casa da rua Princesa Isabel, no bairro
sentem-se traidos e ultrajados sem motivo. Não mais do Brook lin, em São Paulo. Frequentei a Biblioteca
me relerirei a estados de alma que nada contêm alêm Mindlin uma dezena de vezes no final de 2006, um ano
de um vazio cinzento e interminavel, um abismo de antes da publicação do meu primeiro livro, 1808.
sombra e de abstrato, onde a tristeza rumina o seu Minhas visitas eram sempre pela manhã. A biblioteca
cadáver. estava situada nos fundos, junto ao muro coberto de
Todos os gestos seriam inuteis. Nada salva e tudo nos heras – uma construção moderna, de linhas discretas,
erde e ataiçoa. O temor sustenta minhas interrogações em dois andares, sombreada por uma jabuticabeira. Ao
e de repente me sinto só, perdidamente só e anterior a abrir a porta, sentia-se o cheiro suave e inconfundível
todos como se nungue mais houvesses. Tudo dos livros antigos. Lá dentro imperava um silêncio
desaparece na refração das águas da memória. Vejo religioso, quebrado de vez em quando pela voz das
as imagens deformadas, mas que persistem, fantasma “três graças”, como Mindlin se referia às três mulheres
intimos. Rio e já não entendo; choro e me dilacero que guardavam sua biblioteca. Cristina Antunes era
lentamente no tempo em que tudo essa pesadamente responsável pela catalogação. Rosana Gonçalves
mergulhado. Não grito porque o hábito se forma e o respondia pelo acervo de periódicos e de fotografias.
pudor defende. Conheço e entendo. Algumas vezes Elisa Nasarian cuidava dos arquivos de terceiros, da
adivinho, mas não devasso. O que sabe deve calar-se correspondência e da agenda de Mindlin. Em uma
para não ferir. Se digo, as palavras nada significam daquelas visitas, sentei-me à mesa situada ao pé da
senão o prazer de proferi-las e achá-las bem achadas, escada que levava ao segundo andar. Cristina me
não para que exprimam, mas simples jogo colorido que trouxe um raríssimo livro de 1808, escrito por Manuel
diverte. Não proporei normas,nem direi o que abomino. Vieira da Silva, médico e conselheiro particular de D.
Deu-nos Deus a palavra para melhor silenciar. No João VI. Entre as folhas amareladas pelo tempo, um
inarticulado, me descubro um homem, com um nome, bilhete ajudava a entender o valor da obra: “Primeiro
certos hábitos, fisionomia, alguns cacoetes e muitas tratado de Medicina publicado no Brasil: de grande valor
possibilidades. Mas sobretudo vivendo por conta bibliográfico”. Era uma anotação de Rubens Borba de
própria. Moraes, parceiro de quarenta anos de Mindlin na arte de
Foi um ato irresponsavel confiar-me a mim mesmo. colecionar. Na estante situada à minha esquerda havi
Meu destino gira nos meus dedos. Não me pertenço e um quadro com uma dedicatória: “Guita para José
nem me encontro. O tormento da lembrança, como como prova de muito amor”. Era o projeto arquitetônico
câibra, paralisa os gestos e sobrepõe ao que é o que já da biblioteca, que Mindlin ganhara da mulher, Guita,
foi. Calculadamente percorro o caminho da fatalidade, de aniversário, em 1983. Às 10h, ouviam-se passos
onde o abismo espreitam e aguardam a imagem leves descendo a escada, um ritual que se repetia
quebrada, e cem vezes traída.) todos os dias. Aos 92 anos, lúcido e sempre bem-
(Otto Lara Resende) humorado, o senhor chegava para mais uma jornada
de trabalho. As “graças” eram leitoras vorazes e
Quest. 1: No primeiro parágrafo do texto,Otto Lara estavam sempre bem informadas sobre os
Resente: lançamentos do mercado editorial. Ao contratar suas
(a) Reconhece que o desamparo o atingiu. colaboradoras, Mindlin fazia uma única exigência: que
(b) Propôe-se a debater o sofrimento peculiar lessem muito, o tempo todo. Em 2006, míope e vítima
daqueles que têm propensão para o de uma deformação na retina, o maior bibliófilo do
Brasil já não conseguia ler sozinho. Mas continuava
desengano.
devorando livros. Elas se revezavam na tarefa diária de
(c) (Correto): Admite compreender melhor a
ler em voz alta para ele. A leitura daquela manhã foi
tristeza que por vezes o assombra, ao Equador, romance histórico do jornalista português
proclamá-la ao mundo; Miguel Sousa Tavares. A cena era tocante: sentado no
canto do sofá, imóvel, de olhos fechados, o corpo
franzino,as mãos postas sobre os joelhos, Mindlin
sorvia cada frase e cada palavra da voz de Cristina
Antunes, que preenchia o silêncio da biblioteca). (A
sensação de prazer no seu rosto era indisfarçável ,
como se aquele fosse o último, o único, o melhor de
todos os oito mil livros que dizia ter lido na vida. Mindlin
morreu em fevereiro de 2010, aos 95 anos. Um de seus
últimos e sempre grandiosos gestos foi doar o tesouro
bibliográfico para a Universidade de São Paulo. É um
dos centros de pesquisa mais modernos do Brasil, com
todo o acervo digitalizado e disponível pela internet. A
tecnologia facilitará muito a vida dos futuros
pesquisadores, mas dificilmente reproduzirá a
experiência de adentrar naquele santuário enquanto
seu criador ainda estava vivo. É ela que levo para
sempre na memória.) Laurentino Gomes.

Quest. 1: Considerando o 1º parágrafo, observa-


Texto 4
se que a apresentação dos fatos pelo autor
obedece à seguinte organização:
(a) (Correto): do mais amplo para o mais
específico.
(b) do mais concreto para o mais abstrato.
(c) do mais pessoal para o mais impessoal.
(d) do mais imprevisível ao mais previsível.
Quest. 1: Da leitur do primeiro quadrinho
Quest. 2: Podem ser destacadas do texto depreendemos que o quesito (honestidade):
algumas formas de fazer referência às (a) faz parte da política da empresa em que estão
funcionárias da biblioteca de José Mindlin. A forma inseridos os personagens da tira;
que indica a referência com caráter mais (b) motiva os funcionarios da historieta a
generalizante é: apresentarem maior quantidade de projetos;
(a) (correta): três mulheres.
(c) foi uma sugestão brilhante apresentada pelo
(b) As “graças”. chefe da empresa aos funcionarios para
(c) leitoras vorazes. melhor executarem seus projetos;
(d) suas colaboradoras. (d) (Correto): é o fato ensejador de personagem
Dilbert (o que usa óculos) apresentar menos
Quest. 3: O texto lido é uma narrativa na qual projetos do que os outros engenheiros.
estão inseridos alguns trechos descritivos. A
palavra destacada que expressa um ponto de
vista particular do autor em relação à descrição
feita está presente em:
(a) Na estante situada à minha esquerda havia
um quadro com uma dedicatória: “Guita
para José como prova de muito amor”.
(b) Em 2006, míope e vítima de uma
deformação na retina, o maior bibliófilo do
Brasil já não conseguia ler sozinho.
(c) (Correta): A cena era tocante: sentado no
canto do sofá, imóvel, de olhos fechados, o
corpo franzino, as mãos postas sobre os
joelhos.
(d) É um dos centros de pesquisa mais
modernos do Brasil, com todo o acervo
digitalizado e disponível pela internet.

Quest. 4: No contexto, a palavra (“religioso”)


expressa significado similar ao da palavra:
(a) formal.
(b) bondoso.
(c) (Correto): respeitoso.
(d) obrigatório.
millennials, enquanto ainda têm 5 anos de idade, não
percebem isso.
Todo mundo sabe que porteiros e similares são os
primeiros a darem socorro e tomarem decisôes em
momentos de emergência. Muitos idosos dependem
deles no seu dia a dia, inclusive para ajudar na lida com
pequenas compras. Os inteligentinhos de mercado,
provavelmente, dirão que esses idosos devem ser
lançados em casas de repouso, locais em que a
história presente na memoria material deles inexiste.
O problema é que o número de idosos só cresce, e
destruir essa rede de vínculos proximos, no cotidiano,
só aumenta a inviabilidade da vida desses idosos nos
prédios em que sempre viveram. E uma forma clara de
desumanizaçáo.

Se por um lado, a sociedade contemporânea deve


Texto 5 pensar no meio ambiente e nos jovens, ela deve se
(MARX TINHA RAZÃO ocupar com o modo como lidará com o crescimento da
Tenho conversado com pessoas cujos condomínios longevidade. Outro traço das portarias inteligentes é o
contrataram portarias inteligentes e as opiniões são aumento gigantesco de burocracia, inclusive mediado
controversas. Mas a moda está pegando e a demissão pelo uso de ferramentas mais próximas à sensibilidade
em massa dos profissionais na area cresce. dos millenais.
Uma portaria inteligente é uma portaria sem porteiros Receber, por exemplo, uma nova faxineira,
ou nenhum funcionário similar. Você fala com um cara, transforma-se num processo semelhante a tirar vistos
sei lá, no Acre, que monítora 150 portarias pelo país. O para viajar. Cada passo banal da relação do prédio com
argumento básico e a reduçáo de custos, claro. o mundo externo se transforma num grande processo
Podemos olhar para esse fenômeno de um modo k afk iano.)
mais amplo, ou mais imediato, ligado ao cotidiano. A
portaria inteligente torna o prédio impermeável, Quest. 1: Da leitura do texto deduzimos não ser
inclusive a você e a seus convidados ou encomendas.
Coisa de gente chata. A ordem espontânea e
possível relação de causa e consequêncja entre
expandida (expressão usada pelo economista liberal uma portaria inteligente e:
Friedrich Hayek para se referir ao mercado) é uma (a) demissões em massa.
entídade moral, social, política e econômica. Na China, (b) (Correta): incremento do número de
por exemplo, você vê um número enorme de pessoas, funcionários similares a porteiros.
claramente sem grande formação, realizando pequenos (c) monitoração a longa distância.
trabalhos. Esse fato garante a atividade e a dignidade (d) redução de custos.
de pessoas dentro dessa ordem espontânea e
expandida. Economia sem a dimensáo social e uma Quest. 2: Para o autor, o fato de na China existir
economia tão cega quanto um mercado em que o
um número enorme de pessoas sem grande
Estado controla preços: gera desemprego,
instabilidade, e, por tabela, pobreza, concentrando a
formação, realizando pequenos trabalhos:
riqueza na mão de quem destrói o próprio tecido social (a) (Correta): é uma forma de garantir a dignidade
do mercado. coisa de idiotas de mercado. e a atividade das pessoas inseridas na
lnfelizrmente, no Brasil, existe em grande número chamada ordem espontânea e expandída.
esse personagem que e o idiota do mercado ou o (b) possibilitou a criação da ordem espontânea e
liberal inteligentinho, que acha que sociedade de expandida posteriormente adotada como
mercado e uma entidade meramente econômica. parâmetro moral, social e político pelo
Não. O mercado é moral e social. Adam Smith, filósofo economista liberal Friedrich Hayek.
do século 18, antes de ser um economista, foi um (c) potencializa uma economia cega na qual
filósofo moral. Como você identifica um idiota de
prevalece o despreparo dos trabalhadores
mercado?
Esse personagem confunde a dimensão social e frente a um mercado cada vez mais
moral do mercado com a ingerência de um Estado competitivo.
gigantesco na vida das pessoas. A dimensão social e (d) permite um Estado mais centralizador que
moral do mercado é a responsabilidade moral dos controla preços e empregos e, por
agentes econômicos nas suas pequenas decisões consequência, erradica a pobreza.
diárias, nas suas esferas de poder. Mas, para além
dessas consequências mais amplas, há que se pensar
nas consequências mais imediatas, a curto e médio
prazo, no mínimo.
A humanidade envelhece a passos largos. Idosos que
conseguem manter suas casas, onde viveram e
constituiram memória, dependem de pessoas que os
ajudem lidar com o cotidiano, nos prédios em que
vivem. Portarias inteligentes destroem essa dimensão
do vínculo externo da casa com o condominio. Apenas
 (Toda aÇão implica uma reaÇão).
 (AÇaí, castiÇo, aÇúcar).

 Apóstrofo (`): Marca a supressão de um som:


Representa a fusão de vogais idênticas. Marca
o fenômeno da crase.
 (Sou leal À mulher da minha vida).
 (Copo d´água, minh´alma).

NORMA CULTA Acentos gráficos


A norma culta é o conjunto de regras da língua  Agudo (´): Representa um som aberto: sofá.
determinado pelas classes de maior prestígio. A Marca a posição da sílaba tônica e o timbre
norma culta da língua portuguesa foi aberto:
sistematizada a partir da literatura do século 19, e  (Já cursei a faculdade de histÓria).
vigóra até hoje registrada nas mais variadas
gramáticas. É usada em documentos oficiais,  Circunflexo (^): Representa um som fechado:
artigos científicos, trabalhos acadêmicos, você; Marca a posição da sílaba tônica e o
documento jurídicos. Para aplicar a norma culta à timbre fechado.
sua escrita, é importante conhecer as regras de  (Meu avÔ e meus tios ainda são vivos).
flexão verbal, colocação pronominal,
acentuação, divisão silábica, etc. Questões
(1) Em relação ao texto abaixo, assinale a opção
ORTOGRAFIA que corresponde a erro gramatical ou de
grafia.
A palavra Ortografia deriva das palavras gregas
( O Sistema Integrado de Administração Financeira do
(Ortho) = correto e (Grapho) = escrita. É a
Governo Federal (SIAFI) representou tão grande
escrita correta das palavras. O alfabeto da língua avanço para a contabilidade pública da União que é
portuguesa é formado por 26 letras (21 hoje reconhecido no mundo inteiro e recomendado
consoantes e 5 vogais). Cada letra representa inclusive pelo Fundo Monetário Internacional. Sua
uma forma minúscula e outra maiúscula. Também performance transcendeu de tal forma as fronteiras
usamos letras como K, W e Y em abreviaturas, brasileiras e despertou a atenção no cenário nacional e
siglas, nomes estrangeiros e seus derivados. internacional, que vários países, além de alguns
A grafia de uma palavra pode ter caráter organismos internacionais, tem enviado delegações à
(fonético), que leva em conta a pronúncia, ou Secretaria do Tesouro Nacional, com o propósito de
(etimológico), que leva em conta a sua origem. absorver tecnologia para a implantação de sistemas
similares.)
Os sons da fala são representados por sinais
(a) tão grande.
gráficos, chamados (letras) e além delas usamos
(b) que.
outros sinais, chamados (auxiliares).
(c) transcendeu.
(d) (Correta): tem.
Sinais diacríticos
(e) absorver.
Também chamados de (notações léxicas),
Resp.: (d) “Têm” deve receber acento circunflexo,
servem para indicar, dentre outros aspectos, a
para concordar no plural com o sujeito “vários
pronúncia correta das palavras.
países”.
 Hífen (-): Usado para ligar elementos de
palavras compostas, ligar pronomes enclíticos Usos das letras
aos verbos e para indicar a translineação Uso das letras: K, W e Y:
textual, divisão silábica em final de linha:
 Em nomes de pessoas de origem de outras
 (Super-Homem, ajudou-me, questio-namento).
línguas e seus derivados:
 (Kant, Kantismo; DarWin, darWinismo; TaYlor,
 Til (~): Usado para marcar a nasalização de taYlorismo).
um som vocálico: das vogais (A) e (O).
 (Amanhà convidarei muitos anciÕes para a
 Em nomes próprios de lugar originários de
reunião.)
 (IrmÃ, irmÃo, pÃo, peÃo). outras línguas e seus derivados:
 (KuWait, KuWaitiano).
 Cedilha (Ç): Coloca-se sob o C, antes das
vogais, (A, O) e (U): Indica que o C tem o som
de SS:
 Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras  Nas formas dos verbos terminados em (–JAR)
adotadas como unidades de medida ou (-JEAR):
internacional:  (ArranJAR = arranJo, arranJe, arranJem).
 (K=potássio; W=west, KG=quilograma, e KM  (DespeJAR = despeJo, despeJe, despeJem).
=quilometro).  (GorJEAR = gorJeie, gorJeiam, gorJeando).
 (ViaJAR = viaJo, viaJe, viaJarei).
 Em nomes próprios estrangeiros não
aportuguesados e seus derivados:  Em palavras de origem tupi:
 (Kant, FranKlin, shaKespeare, Wagner, KennedY,  (Jiboia , paJé, Jenipapo).
MicKeY, NeWTon, DaWin, HollYWood, Byrons).
Uso do S e Z:
Uso do X e CH: (1) Uso do S:
(1) Uso do X:  Nas palavras derivadas de outras que já
 Após ditongo: apresentam (S) no radical:
 (CaiXa, frouXo e peiXe).  (AnaliSe = analiSes; cataliSe = cataliSar; caSa =
caSinha, caSebre = liSo = aliSar).
 Após a sílaba inicial EN:
 (EnXame, enXada).  Nos sufixos formadores de adjetivos: (-ENSE, -
OSO) e (-OSA):
 Após a sílaba inicial ME:  (CatarinENSE, gostOSO: gostOSA, amorOSO:
 (MeXer, meXerica, meXicano e meXilhão). amorOSA).

 Em vocábulos de origem indígenas ou  Nos sufixos: (-ÊS) e (-ESA), ao indicarem


africanos e nas palavras inglesas nacionalidade, titulo ou origem:
 (BurguÊS = burguESA; inglÊS = inglESA, chinÊS
aportuguesadas:
= chinESA).
 (AbacaXi, Xavante, oriXá, Xará, Xerife, Xampu).
 Nos sufixos gregos: (-ESE, -ISA), e (-OSA).
 Em alguns casos, a letra (X) soa como S:
 (CatequESE, diocESE, poetISA, profetISA,
 (AuXílio, eXpectativa, eXperto, eXtroversão,
sacerdotISA, glicOSE).
seXta).

(2) Uso do CH:  Após ditongo:


 (CoiSa, pauSa, louSa, náuSea).
 Ao passar do latim para o português, as
sequencias (CL, PL) e (FL) transformam-se
 Nos substantivos derivados dos verbos
em (CH):
terminados em (-ANDIR, -ENDER, -VERTER)
 (AfFLare ⟶ aCHar).
e (-PELIR).
 (CLamare ⟶ CHamar).
 (PLanus ⟶ CHão).  (ExpANDIR=expanSão, pretENDER=pretenSão;
verTER=verSão).

 Em palavras de origem francesas: (2) Uso do Z:


 (AvalanCHe, caCHê).
 (CaCHecol, CHalé).  Nas palavras derivadas de outras que já
 (CHampagnol, CHantilly). apresentam (Z) no radical:
 (CHance, CHapéu).  (DesliZe = desliZar; raZão = raZoável; vaZio =
esvaZiar; raiZ = enraiZar).
Uso do G:
 Nos substantivos terminados em: (-AGEM, -  Nos sufixos (–IZA), ao formar verbos e (-
IGEM, -UGEM): IZAÇÂO), ao formar substantivos:
 (BarrAGEM, mirAGEM, viAGEM, orIGEM e  (CivilIZAR=civilIZAÇÃO;
ferrUGEM). hospitalIZAR=hospitalIZAÇÃO).

 Nas palavras terminadas em: (-AGIO, -ÉGIO, -  Nos derivados em (–ZAL, -ZEIRO, -ZINHO,
IGIO, -ÓGIO) e (-ÚGIO): ZITO) e (ZITA).
 (EstÁGIO, privilÉGIO, prestÍGIO, relÓGIO e  (CafeZAL, cafeZEIRO, cafeZINHO, arvoreZINHA,
refÚGIO). cãoZITO, aveZITA).

 Nas palavras derivadas de outras que se usa o Uso do Ç e dígrafos SC, SÇ, SS, XC, XS:
G:
 EnGessar (de Gesso), massaGista (de (1) Uso do Ç:
massaGem), vertiGinoso (de vertiGem).  Nos substantivos derivados dos verbos (TER)
e (TORCER):
Uso do J:  (Ater=atenÇão; torcer=torÇão; deter=detenÇão;
distorcer=distorÇão).
(2) Uso do SC: Uso do H:
 Nos termos eruditos: Esta letra, em início ou no fim de palavras, não
 (AcréSCimos, aSCensoristas, conSCiência, tem valor fonético. Conservou apenas como
deSCender, diSCenter, faSCínio). símbolo, por força da etimologia e da tradição
escrita. A palavra HOJE grafa-se desta forma
(3) Uso do SÇ: devido a sua origem na forma latina Hodie.
 Nas conjugações de alguns verbos:  O H deve ser eliminado do interior das
 (Nascer ⟶ naSÇo, naSÇa). palavras, se elas formarem compostos ou
 (Crescer ⟶ creSÇo, creSÇa). derivados sem hífen.
 (Descer ⟶ deSÇo, deSÇa).  (Desabitado, desidratar, desonrar, inábil,
inumanos, reaver).

 No final e inicial de algumas interjeições:


 (aH!, oH!, iH!, Hem!, Hum!).

(4) Uso do SS:  Inicial, quanto etimológico:


 Nos substantivos derivados de verbos  (Hábito, Hesitar, Homologar, Horácio, Herói,
terminados em (GREDIR, MITIR, CEDER) Hélice, Hérnia, Hesitar, Haxixe).
e (CURTIR):
 (Agredir=agreSSão; demitir=demiSSão;  Medial como integrante dos dígrafos (CH, LH,
ceder=ceSSão; discutir=discuSSão; NH):
progredir=progreSSão).  (FleCHa, teLHa compaNHeiro. CHimarrão,
maCHucar, boliCHe).
(5) Uso do XC e o XS:
 Em dígrafos que soam como (SS): Questões
 (EXceção, EXcêntricos, EXcedente, e (1) Assinale a alternativa em que o x representa
EXcepcional, Exsudar). fonema igual ao de “exame”.
(a) exceto.
Uso do E: (b) enxame.
 Em silábas finais dos verbos terminados em (- (c) óxido.
OAR, -UAR): (d) (Correta): exequível.
 (Magoar, magoE, magoEs; continuar, continuE,
continuEs). (2) A letra x, em encaixar, representa o mesmo
som que em asfixia, engraxar e luxo.
 Em palavras formadas com os prefixos (ANTE, ( ) CERTO ( ) ERRADO.
ANTES), e (ANTERIOR): Resp.: ERRADO.
 (AntEbraço, antEcipar).
(3) Identifique o item destacado que contém
Uso do I: (ERRO) de natureza ortográfica ou gramatical
 Em silabas finais dos verbos terminados em (- ou de impropriedade vocabular.
AIR, -OER) e (-UIR):
 (CaIr, caI). Se bem que a Lei Suprema remeta à lei ordinária
 (Does, dóI). estabelecer as condições de capacidade para o
 (FluIr, influIr). exercício de profissões, nada impede, muito ao
contrário recomenda, que o comando constitucional
 Em palavras formadas com o prefixo (ANTI-) seja elastecido no sentido de conferir ao profissional
contra: meios necessários ao exercício atribuindo garantias,
 (AntIcristo, antItetânico). vantagens, certos direitos, prerrogativas e previlégios
não discriminatórios, como privacidade ou
Uso do O e U: exclusividade ou gozo de situações ou “status”
 A oposição O/U é responsável pela especiais.
diferença de significado de alguma palavra:
 (cOmprimento = extensão e cUmprimento = (a) Remeta.
saudação, realização, sOar = emitir som e sUar = (b) estabelecer.
transpirar). (c) elastecido.
(d) (Correta): previlégios.
(1) Usa-se a letra O: (e) Gozo.
 (BOlacha, bússOla, cOstume, mOleque). Resp.: A grafia correta é privilégio, com I.

(2) Usa-se a letra U: (4) Marque a opção que contém palavra grafada
 (CamUndongo, jabUti, ManUel, tabUa). com (ERRO).
(a) Suscitando o debate político, é possível renda, longevidade e instrução. São localidades pobres
ressuscitar velhas teses. cujo destino, se não houver revolução de 180 graus na
(b) (Correta): A possibilidade de ascenção social forma de encarar a educação, as condena a se afastar
mobilisa as pessoas. cada vez mais dos progressos da civilização.
(c) O pedido de demissão deve ser precedido de
(a) (Correta) Constitue.
justificativa abalizada.
(b) à do.
(d) No momento de decisão, muitos hesitam na
(c) cujo.
ânsia por acertar.
(d) as.
(e) Desejos de ostentação perturbam o clima
(e) se.
pacífico da reunião.
Resp.: (b). Há dois erros: a palavra “ascensão” Resp.: (a). Constitui, os verbos terminados em UIR
deve ser escrita com s na última sílaba; a palavra se conjugam com I na 3ª pessoa do singular.
“mobiliza” deve ser escrita com z, pois é formada
pelo adjetivo “móvel” + o sufixo “izar” formador de
verbo.

(5) Indique a opção (CORRETA) quanto à


ortografia. (8) Em relação ao texto abaixo, assinale a opção
(a) Fica a concretisação deste ato condicionada em que a reescrita do trecho está
(INCORRETA) para o contexto.
ao cumprimento das disposições legais.
(b) As decisões deverão obedecer à contumaz
(Quanto à sua natureza jurídica, no Brasil, o
consulta a todos os membros do grupo. orçamento público é apenas autorizativo. Isso quer
(c) Se a comissão quizer reunir-se, deverá dizer que o gestor somente pode realizar a despesa
efetuar a convocação com uma antecedência pública se essa estiver prevista na lei orçamentária,
de oito dias. mas a mera previsão no orçamento não vincula a
(d) Adotem-se novas medidas envez das execução da despesa. Ou seja, o fato de a despesa
anteriores. estar prevista na Lei Orçamentária não obriga o
Resp.: (b). Vejamos os erros: (a) concretização; governante a realizá-la. Se o governo fez a devida
(c) quiser; (d) em vez. previsão de despesa para a construção de rodovias,
poderá levar a efeito sua intenção, tendo em vista a
existência da dotação respectiva. Não está, entretanto,
(6) Marque o texto que contém (ERRO) de grafia.
obrigado proceder à empreitada, podendo desistir da
(a) Os olhos ansiosos da Europa voltam-se para obra, caso julgue oportuno e conveniente).
a Alemanha. Nunca houve tantas incertezas
em relação ao destino da economia mais (a) pública se essa estiver = caso esteja ela.
importante do velho continente. (b) mas a mera previsão no orçamento não
(b) Os vizinhos estão inquietos porque seu futuro vincula a execução da despesa=mas a
é atado ao que acontece na Alemanha. execução da despesa não está vinculada à
(c) Os europeus acusam o Banco Central mera previsão no orçamento.
alemão de manter os juros demasiadamente (c) (Correta): o fato de a despesa estar prevista
altos, e de ter assim arrastado a Europa para na Lei Orçamentária=o fato de a Lei
a recessão. Orçamentária prever a despeza.
(d) Com a desaceleração da economia europeia (d) Se o governo fez=Caso tenha sido feita pelo
e o desemprego em elevação, o imigrante, governo.
aquele sujeito de pele escura que vem do (e) caso julgue oportuno e conveniente. = se
Terceiro Mundo, ou do Sul, como se diz julgar oportuno e conveniente.
agora, passa a ser o culpado de tudo. Resp.: (c). A palavra “despesa” se escreve com
(e) (Correta) Muitos europeus dizem que a barca S.
está cheia e alguns neonasistas alemães
levam ao extremo a metáfora em voga nos (9) Está (CORRETA) a grafia de todas as palavras
anos 30. em:
Resp.: (e). Neonazistas se escreve com z. (a) (Correta): A reivindicada exumação da vítima
sequer foi analisada pelo magistrado.
(7) Em relação ao texto, assinale a opção que (b) Sem maiores preâmbulos, pôs-se a
corresponde a (ERRO) gramatical. vosciferar injúrias contra o indefeso
escrivão.
Nã o constitue surpresa a verificação de que os (c) Obsecado pelo cumprimento das leis, é
municípios com maior índice de anulação de votos têm
incapaz de considerar a falibilidade da justiça.
pontos comuns. Um deles: a taxa de analfabetismo
duas ou três vezes superior à do resto do país. Outro: a
(d) A neglijência na aplicação da lei ocorre em
localização em zonas de baixo Índice de relação aos privilegiados de sempre.
Desenvolvimento Humano (IDH) - indicador que mede
(e) A impunidade dos ricos é insultuosa diante da funciona como sujeito, porém há algumas
rigidez consernente aos pobres. gramaticais que aceitam;
Resp.: (a). Vejamos os erros: (b) vociferar; (c)  Alternativa (e) incorreta: O verbo tratar é
obcecado; (d) negligência; (e) concernente. transitivo indireto. Em trata-se de questões, o
se é indice de determinação dos sujeitos.
(10) Indique a alternativa (CORRETA):
(a) (Correta): O ladrão foi apanhado em
flagrante.
(b) Ponto é a intercessão de duas linhas.
(c) As despesas de mudança serão vultuosas.
(d) Assistimos a um violenta coalizão de
caminhões.
(e) O artigo incerto na Revista das Ciências foi
lido por todos nós.
Resp.: (a). Vejamos os erros: (b) interseção; (c)
vultosas; (d) colisão; (e) inserto.

(11) Alguns substantivos grafados com Ç são


derivados de verbos, como produção, redução, (13) Esta (CORRETA) a grafia de todos as
desaceleração, projeção. os verbos a seguir palavras da frase.
formam substantivos com a mesma grafia. a. Muitos se deixam embalar por um mixto de
(a) Admitir, agredir, intuir; torpe e desvaneios quando se entretém à
(b) Discutir, emitir, aferir; janela de ônibus;
(c) Inquirir, imprimir, perseguir; b. Tentou convencer o jovem a desligar a
(d) (Correta): Obstruir, intervir, conduzir; engenhoca, mas não obteve sucesso nessa
(e) Reduzir, omitir, extinguir. tentativa de dissuasão;
c. Que temos nos haver com o relatório que
(12) : Esta (CORRETA) a seguinte frase. deixou frusdrado aquele executivo?
a. (Correta): Ainda que a méritos pela execução d. Por que não se institui a determinação de um
do projeto não coubessem áquele engenheiro, onibus?
forma-lhe logo atribuídos, mas ele, com e. (Correta): É difícil explicar o porquê de tanta
humildade, não hesitou em recusá-los; gente sentir-se extasiado diante das
b. Pareciam haver muitas razões para que seus iniquidades de um filme violento;
estudos de meterologia não convencesse, Resp.:
mas a mais excentrica era invertar pretexto  Alternativa (a) incorreta: Misto;
inverossimeis para seus erros;  Alternativa (b) incorreta: Dissuação;
c. Devem fazer mais de seis meses que ele não  Alternativa (c) incorreta: Frustrado;
constro é nenhuma maquete, talves por  Alternativa (d) incorreta: Instituir;
estresse; por isso, muitos são a favor de que  Alternativa (e) correta: A palavra porquê é
lhe seja concedida as férias acumuladas; um substantivo e esta corretamente grafado.
d. Ele é especialista em vegetais euro-siberianos, A palavra iniquidade não leva mais trema, de
motivo das suas análises eram feitas em acordo com o novo acordo ortográfico da
extensa faixa da Europa e dele viajar tão à língua portuguesa.
vontade;
e. Ao que me disseram, tratam-se de questões (14) Estão (CORRETOS) o uso e a grafia de todas
totalmente irrelevante para o pesquisador, mas as palavras da frase:
mesmo assim, jornalistas tentam assessorá-lo a. A corrupção só extingue ou diminuem quando
na divulgação. os justos intervém para que as boas causas
Resp.: prevalecem;
 Alternativa (a) correta: b. (Correta): Os homens que usufruem de
 Alternativa (b) incorreta: Verifique a vantagens a que não fazem justiça cultivam a
ortografia: metereologia; hipocrisia de propelar discursos moralizantes;
 Alternativa (c) incorreta: O verbo fazer c. Contra tantos canalhas audases há que haver
quando indica tempo decorrido é impessoal; a reação dos que têm a probidade de como
deve fazer mais de seis meses que ele não um valor inerente ao exercício da cidadania;
constrói; d. Há uma instricável correlação entre a apatia
 Alternativa (d) incorreta: Esta- grafia, dos bons cidadãos e a desenvoltura com que
análises, o pronome dele é possessivo e não agem os foras da lei;
e. Deprende-se que houve êxito das iniciativas
dos homem de bem quando as precaridaros
sentiram cerceada sua área de atuação.
Resp:
 Alternativa (a) incorreta: Verbo diminuir na
3ª pessoa do singular do presente do
indicativo, prevalescem;
 Alternativa (b) correta:
 Alternativa (c) incorreta: Audazes;
 alternativa (d) incorreta: Inextricável fora da
lei (locução adverbial);
 Alternativa (e) incorreta: Depreender-se.

(15) Assinale a alternativa em que os vocábulos


formem o plural como interpretação e general,
respectivamente.
a. Cidadão/mal;
b. (Correta): Questões/girassol;
c. Cristão/cônsul;
d. Órfão/funil.
Resp.: As palavras interpretação e general são
pluralizados da seguinte forma: interpretação e
generais.
 Alternativa (a) incorreta: cidadão/males;
 Alternativa (b) correta: questões/girassóis;
 Alternativa (c) incorreta: cristão/cônsules;
 Alternativa (d) incorreta: órfão/funis.
Ex.: 1: (__________ chegas sempre atrasado? )
(Por que / Por quê / Porque).

 Comentários: A frase é interrogativa direta,


vem com o ponto de interrogação.
 Resposta: (Por que).

Ex.: 2: (As dificuldades _________ passamos são


muitas).
(Por que / por quê / porque).

 Comentários: Nessa frase, o “por que”


equivale a pelas quais (As dificuldades pelas
quais passamos...).
 Resposta: (por que).

Uso dos PORQUÊS: (2) (POR QUÊ): Usa-se quando este incide em fim
(1) (POR QUE): Indica a existência de duas de frase ou antes de ponto-de-interrogação.
palavras: a preposição POR e a partícula  (Ele foi embora. POR QUÊ?
QUE. Usa-se por que nas  Você não gostou do almoço, POR QUÊ?
INTERROGAÇÕES:  Ela está triste sem saber POR QUÊ.)

 (POR QUE você não estudou gramática?. Ex.: 1: (Você saiu __________?.)
 “Mas POR QUE exatamente em mim fora (Por que / por quê / porque)
repentinamente se refazer o primeiro silêncio?”.  Comentários: Agora, a frase é interrogativa e
 “POR QUE ressuscita dentro de mim essa aparece em final de período. Separado com
imagem, essa manhã?”. acento.
 “POR QUE você não me conta o que está  Resposta: (por quê).
acontecendo? Somos velhos amigos.)
(3) (PORQUE): É uma palavra única que, quando
Usa-se (POR QUE) nas FRASES precedida de pausa, equivale a pois,
AFIRMATIVAS quando pode ser substituído (por
porquanto, uma vez que, pela causa/razão de
pelo qual , por qual razão, por qual motivo) e
que, pelo fato/motivo de que.
suas variantes (pela qual, por quais razões etc.).
 (Comi muito, PORQUE estava com fome.
 (Os motivos POR QUE eles se separaram  Se não respondi à minha filha, foi PORQUE não
ninguém sabe. sabia.
 “Estão espantados: querem saber POR QUE  Ele teve um ataque de nervos, PORQUE a filha
morreram, para que morreram.” saiu.
 Não há POR QUE temer.  O pássaro deve ter fugido, PORQUE não está na
 Eis POR QUE o Brasil não vai pra frente. gaiola.
 “Mas, POR QUE é que Rubião ia deixá-los? Que  Ele não veio à festa PORQUE se esqueceu?
razão? Que negócio?).  “E isto agora serve-nos, concluiu ele, PORQUE o
governo inclina-se à paz.”)
Em títulos de livros ou de artigos de revistas e
jornais, (POR QUE) , apesar de vir sem ponto de Ex.: 1: (Faltei __________ estava com febre).
interrogação, é usado separadamente. Entende-se (por que / porque / por quê)
que esses títulos estão querendo explicar, indagar  Comentários: Nesse período, esse vocábulo
ou narrar as causas de algum fato ou fenômeno. vai funcionar como conectivo causal (Faltei por
este motivo, por esta razão). É conjunção.
(POR QUE construí Brasília.  Resposta: (porque).
POR QUE o presidente vai ao Chile.
POR QUE a cidade está um caos).
(4) (PORQUÊ) É um substantivo com o sentido de
POR QUE também é usado separadamente causa, razão ou motivo, ou pergunta,
quando pode ser substituído por PARA QUE. indagação.

 (Ninguém entendeu o PORQUÊ daquela reação.


 Todos lutaram POR QUE o país vencesse a
guerra.  Ele é uma pessoa cheia de PORQUÊS.
 Ele quer saber o PORQUÊ de tudo.)
 Ela estava ansiosa POR QUE ele voltasse.
Ex.: 1: (Não entendi o __________ de tua bronca). (a) A felicidade é tão efêmera porque?;
(por que / porque / porquê) (b) (Correta): A felicidade é alto efêmera por
 Comentários: A presença do artigo quê?;
antecedendo essa palavra tem a finalidade de (c) Porquê a felicidade é tão efêmera?
substantivá-la. (d) Não sei porque a felicidade é tão efêmera?
 Resposta: (porquê). (e) Esta é a razão porque a felicidade é tão
efêmera;
Resp.:
 Alternativa (a) incorreta:
 Alternativa (b) correta: em final de frase, usa-
se por quê;
 Alternativa (c) incorreta: por que (razão) a
felicidade é tão efêmera;
 Alternativa (d) incorreta: não sei por que
(razão) a felicidade é tão efêmera;
 Alternativa (e) incorreta: estã é a razão por
que (pela qual) a felicidade é tão efêmera.
Questões
(1) Não sei ___, até hoje, ninguém foi___desses
papeis extraviados:
(a) Por quê – atraz;
(b) (Correta): Porque – atrás;
(c) Porque – atrás;
(d) Por que – atraz;
(e) Porque – atrás.

(2) ___você brinca? ___? ora, ___me agrada, a


experiência ___ passei, foi desagradável. depois
você saberá o___.
(a) Porque – porquê – porque – porque, por que;
(b) Por que – porquê – porque – porque –
porque;
(c) Por que – porquê – porque – porque – por
quê;
(d) Porque – porque – por quê – porque – por
que;
(e) (Correta): Porque – por quê – porque – por
que – porquê.

(3)
(Por que hei de agradar o rude sofrimento e mais rude
torná-lo, na desesperança? )

O trecho acima foi reescrito preservando-se o


sentido original e respeitando o que preceitua a
norma culta em qual alternativa?
(a) Hei de agradar o rude sofrimento e mais rude,
torná-lo, na desesperança, porquê?;
(b) Hei de agradar o rude sofrimento e mais rude,
torná-lo, na desesperança, por que?
(c) (Correta): Hei de agradar o rude sofrimento e
mais rude, torná-lo, na desesperança, por quê?
(d) Hei de agradar porquê o rude sofrimento e mais
rude torna-lo, na desesperança?

(4). Assinale a opção em que a modificação feita


na frase abaixo corresponde ao que preceitua a
gramática quanto à grafia da palavra grifada:

 Essa definição explica por que a felicidade é tão


efêmera.
ATENÇÃO: Preste atenção ao fato de que, no
primeiro, no terceiro e no sexto exemplos, má-
educação, má-criação e más-criações formam
apenas uma palavra, pois são atitudes,
diferentemente do que ocorre nos exemplos da
segunda e quarta frases. Portanto, quando for
uma atitude, caracteriza-se a composição.

Uso do “mal e mau” Uso de “há e a”


 (MAL) (antônimo de bem). Escrevemos (MAL) Usaremos (há) quando houver ideia de tempo
quando este termo for substantivo ou advérbio, passado ou com sentido de existir. Já a (a).
e, nos dois casos, puder ser substituído pelo ocorre quando aparece ideia de distância ou
antônimo (BEM). futuro.
 (Não devemos praticar o MAL (bem).
 Eles falam muito MAL (bem) de você. Ex.: 1: (Não o via __________ três semanas. (há / a).
 Perivaldo foi MAL (bem) utilizado nesta partida.  Comentários: Nessa construção, percebe-se
 Ele foi MAL (bem) criado pelos pais. a ideia de tempo passado, decorrido.
 Ele foi MAL (bem) educado pelos pais).  Resposta: (há).
 (MAL) (conjução subordinativa temporal) Ex.: 2: ( __________ muitas pessoas na sala. (Há / A).
Escrevemos (MAL) quando este termo for
 Comentários: Aqui, o sentido é de existir
conjunção subordinativa temporal e puder ser
(Existem muitas pessoas na sala).
substituído por (LOGO QUE, ASSIM QUE).  Resposta: (Há).
 (MAL (assim que) ele chegou, todos saíram.
 MAL (logo que) o Flamengo fez o gol, o Bangu
empatou). Ex.: 3: (Daqui __________ três semanas estarei
chegando. (há / a).
 (MAU) (antônimo de bom). Escrevemos  Comentários: Percebe-se, agora, que não
(MAU) quando este termo for adjetivo e puder há ideia de tempo decorrido nem de existir. O
ser substituído pelo seu antônimo (BOM.). sentido é de tempo futuro.
 (Ele é um MAU (bom) menino.  Resposta: (a).
 Hoje foi um MAU (bom) dia).
Uso do “Acerca de ou Há cerca de”
Obs.: (MAL) podendo ser substituído por (BEM) Usaremos a expressão (ACERCA DE) equivale a
poderá fazer parte de um adjetivo composto, a respeito de, sobre. (HÁ CERCA DE) indica
estando ligado a um segundo termo (adjetivo). tempo transcorrido e cerca de equivale a
Haverá hífen se este segundo termo começar por aproximadamente.
H ou por vogal.
 (Ele é muito MAL-educado. Ex.: 1: (Conversávamos __________ música).
 Ele é MAL-humorado. acerca de / há cerca de.
 Houve um MAL-entendido.  Resp.: (acerca de).
 Ele é MALcriado).
Ex.: 2: ( __________ cem alunos na sala).
Quando (MAU) podendo ser substituído por Acerca de / Há cerca de.
(BOM.) estiver ligado a um substantivo, funcionará  Resp.: (Há cerca de).
como adjetivo. A sua forma feminina é: (MÁ).
 (Ela praticou uma MÁ-educação. Ex.: 3: ( __________ cinquenta mil candidatos se
 Ele recebeu uma MÁ educação dos pais. inscreveram no concurso).
 Mariazinha fez uma MÁ-criação. (Há cerca de / Cerca de)
 A MÁ criação dos jovens é reflexo dos  Resp.: (Acerca de).
problemas econômicos dos pais.
 Ele tem um grande MAU humor.
 As MÁS-criações serão punidas). Ex.: 4: (Falamos filme.)
(Acerca de/ há cerca). A respeito de.
 Resp.: (Acerca de)

Ex.: 5: ( __________cem pessoas no estádio).


(Acerca de/ há cerca) existe aproximadamente,
aproximadamente no passado.
 Resp.: (Há cerca de)

Uso do “cerca de ou a cerca de”


 Cerca de: durante, aproximadamente.
 Ex.: 1: (Falamos cerca de dez minutos).

 A cerca de: ideia de distância.


 Ex.: 2: (Fiquei a cerca de 15 metros da
porta).

Uso do “senão ou Se não ” Uso de “CESSÃO, SESSÃO e SEÇÃO (ou


Usamos (SENÃO) como conjunção (alternativa SECÇÃO)”:
ou adversativa) e também com o valor de  (Cessão): Ato de ceder.
exceto. (SE NÃO) é conjunção condicional ou  (A cessão de terras não será feita pelo governo).
integrante se seguida de advérbio de negação.
 (Sessão): Reunião.
Ex.: 1: ( __________ houver engarrafamento, chegarei  (A sessão de cinema começará às oito horas).
na hora).
(Senão / Se não).  (Seção) ou secção:Parte, divisão:
 Comentário: Há ideia de condição (“Caso não  (Li o a noticia na seção (ou secção) de esportes).
haja engarrafamento...”).
 Resp.: (Se não), Uso do (ONDE e AONDE):
 (Onde): Significa no lugar e equivale em
Ex.: 2: (Entregue o trabalho no prazo __________ que, no/na qual.
cancelo o contrato).  (O bairro ONDE fica a editora = a editora fica no
(se não / senão). bairro).
 Comentário: a ideia é de alternância
(“Entregue o trabalho no prazo ou cancelo o  (Aonde): Significa ao lugar.
contrato”).  (A casa AONDE = iremos a casa).
 Resp.: (senão).

Ex.: 3: (Ninguém, ________ um santo, seria capaz de


tamanho sacrifício).
(se não / senão)
 Comentário: , temos o valor de exceto, a não
ser (“Ninguém, exceto/a não ser um santo...”).
 Resp.: (senão).

Uso do “Abaixo ou a baixo”


 (Abaixo): Interjeição
 Ex.: Abaixo o presidente!

 Advérbio (embaixo, em categoria inferior,


depois)
 Ex.: Abaixo de Deus, as mães.

 (A baixo): contrário a “de alto”


 Ex.: Rasgou os lençóis de alto a baixo.
4. (Tema): É o radical acrescido de vogal
temática.
 BEBEMOS = (BEB) + E (vogal temática) +
MOS (desinência verbal número plural).

5. (Afixos): Elementos de significação


secundária que aparecem agregados ao
radical. Podem ser:
a. (Prefixo): Morfemas que antepõem ao
radical:
 (Reluz, Expos);

b. (Sufixo): Morfemas que se pospõem ao


radical:
 (moraliSTA, lealDADE).

MORFOLOGIA
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
A palavra, não é a menor unidade portadora de 6. (Vogal e consoante de ligação): São
significado dentro da língua. Ela própria é formada elementos que, desprovidos de significação,
de vários elementos também dotados de valor são usados entre um morfema e outro para
significativo. A essas formas portadoras de facilitar a pronúncia.
significado damos o nome de (morfemas ou  (Gasômetro) = gás + metro – (O) é vogal de
elementos mórficos). ligação;
Ex.: (ALUNAS): ela é constituída por:  (Chaleira) = chá + eira – (L) é consoante de
 (ALUN)=morfema que é a base do significado; ligação.
 (A)= morfema que indica o gênero feminino;
 (S)= morfema que indica o número plural.

Os morfemas são classificados em:


1. (Radical): É o elemento que contém a
significação básica da palavra:
 (Livro = (LIV)-raria, (LIV)-reira).

2. (Desinência): São elementos terminais do


vocábulo, servem para marcar:
a. (desinências nominais): Gênero e número
nos nomes.
Figura 1: Estrutura das palavras.
b. (desinências verbais): Pessoa/número e
tempo/modo nos verbos. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
 MENINAS = (MENIN) + A (desinência Para criar palavras novas em português, existem,
nominal de gênero feminino) + S (desinência cinco processos diferentes.
nominal de número plural).
 AMÁVAMOS = (AMÁ) (radical) + VA
(desinência verbal modo-temporal) + MOS
(desinência verbal número pessoal).

3. (Vogal temática): É o elemento que, nos


verbos, serve para indicar a conjugação. São
três:
 (a): para verbos da 1ª conjugação: fal + A + r;
 (e): para verbos da 2ª conjugação: varr + E + r;
 (i): para verbos da 3ª conjugação: part + I + r.
A vogal temática também pode aparecer nos
nomes. Neste caso, sua função é a de preparar o
radical para receber a desinência. Figura 2: Formação das palavras.

 MARES = MAR (radical) + E (vogal temática) 1. (Derivação): Forma palavras pelo acréscimo
+ S (desinência nominal de número plural). de afixo. A derivação se divide em:
a. (Prefixal): Pela colocação de prefixo:
 (REler, INfeliz, ULTRAvioleta, SUPER-homem).
b. (Sufixal): Pela colocação de sufixo:
 (boiADA, canalIZAr, felizMENTE, artISTA).

c. (Prefixal-sufixal): Pela colocação de prefixo


e sufixo numa só palavra:
 (DESlealDADE, INfelisMENTE, DESligADO).

d. (Parassintético): Pela colocação simultânea


de prefixo e sufixo numa mesma palavra:
 (ENtardECER, ENTrisTECER, DESalmADO,
EmudECER).

e. (Regressiva): Pela redução de uma palavra


primitiva:
 Sarampão (de sarampo), pescaria (de pesca),
barracão (de barraco), boteco (de botequim).

2. (Composição): Forma palavras pela ligação


de dois ou mais radical. a composição se
divide em:
a. (Justaposição): Quando os radicais se unem
sem alterações:
 (Passatempo, girassol, guarda-comida, pé de
moleque).

b. (Aglutinação): Quando na união dos radicais


há alteração de, pelo menos, um deles:
 Fidalgo (filho + de + alguém), embora (em +
boa + hora), planalto (plano + alto).

3. (Hibridismo): Forma palavras pela união de


elementos de línguas diferentes:
 Automóvel (auto=grego + móvel=latim),
abreugrafia (Abreu=português + grafia=grego),
monocultura (mono=grego + cultura=latim).

4. (Onomatopeia): Forma palavras pela


reprodução aproximada de sons ou ruídos e
vozes de animais:
 Tique-toque; pingue-pongue, miar, zunir mugir.

5. (Abreviação): Forma palavras pela redução


de um vocábulo até o limite que não cause
dano a sua compreensão:
 Moto (por motocicleta), pneu (por pneumático),
foto (por fotografia).

6. (Sigla): É a redução das locuções substantivas


das letras ou sílabas iniciais:
 IBGE (instituto brasileiro de geografia e
estatística), MASP (museu de arte de são Paulo).
2. (Semivogais): Têm o som I e U, (apoiado
numa vogal, na mesma sílaba) são menos
tônicos (mais fracos na pronúncia) que as
vogais. São representados pela letra I, U, E,
O, M, N, W e Y.
 (PaI): A letra I representa uma semivogal,
pois está apoiada numa mesma vogal, na
mesma sílaba,
 (MoUro): A letra U representa uma
semivogal, pois está apoiada numa mesma
vogal, na mesma sílaba.
 (MãE): A letra E representa uma semivogal,
pois tem o som de I e está apoiada numa
vogal, na mesma sílaba.

3. (Consoantes): São fonemas produzidos com


FONOLOGIA interferência de um ou mais órgãos da boca.
Estuda os sons da língua. A fonética é o estudo Todas as demais letras do alfabeto
dos sons da fala. Considera a palavra sob aspecto representam os fonemas consonantais.
sonoro e trata os fonemas: Como se produzem,
classificam, agrupa e pronúncia corretamente as ENCONTROS VOCÁLICOS
palavras, da correta acentuação tônica das É o contato entre fonemas vocálicos. Há três
palavras, da figuração gráfica dos fonemas ou a tipos: (Hiato, ditongo e tritongo).
escrita das palavras.
(1) (Hiato): Ocorre quando há encontro de duas
FONEMAS vogais, que acabam ficando em sílabas
É a menor unidade sonora da fala, exerce duas separadas, porque só pode haver uma vogal
funções: Formar as palavras e distingui uma por sílaba.
palavra da outra. Articulados e combinados, os  (SA-Í-da, RA-I-nha, BA-Ús, CA-Ís-te, crU-El, jU-
fonemas formam as sílabas e a palavra, na Í-zo).
comunicação oral. C + A + S + A = CASA tem
quatro fonemas (sons) se combinarem formará (2) (Ditongo): Existem dois tipos: crescente ou
uma palavra. Se substituirmos o som S por P decrescente:
haverá uma nova palavra CAPA. a. (Crescente) SV+V: na mesma sílaba:
 F-r-u-t-a (fruta): tem cinco letras e cinco  magistérIO (oral), sérIE (oral), várzEA (oral),
fonemas; qUOta (oral), qUAtorze (oral).
 B-i-ch-o (bicho): tem cinco letras e quatro
fonemas. b. (Decrescente): V+SV: na mesma sílaba:
 itEM (nasal) amAM (nasal), sêmEN (nasal),
averiguOU (oral).
Classificação dos fonemas
Classificamos os fonemas da língua portuguesa (3) (Tritongo): É o conjunto SV+V+SV formando
em (Vogais, Semivogais e Consoantes). Na
uma só sílaba:
língua portuguesa a vogal é o elemento básico e a. Oral:
indispensável para a formação das sílabas. As
 (igUAIs, averigUEI, averigUOU, delinqÜIU).
consoantes só podem formar sílabas com o auxílio b. Nasal:
das vogais.
 (qUÃO, sagUÃO e sagUÕEs).
1. (Vogais): São fonemas produzidos livremente,
sem obstrução da passagem do ar. São mais
tônicas, têm a pronúncia mais forte que as
semivogais, podem ser orais (timbre aberto ou
fechado) ou nasais (indicado por M e N).
 A: casa (oral), cama (nasal);
 E: hélio (oral), estrada (oral, timbre fechado)
centro (nasal);
 I: amigo (oral), índio (nasal).
 O: pode (oral), olho (oral, timbre fechado)
longe (nasal);
 U: saúde (oral) untar (nasal).
 Dissílabas: Duas vogais e duas sílabas:
 (man-ga, ca-fé, lei-te, ca-ixas).

 Trissílabas: Três vogais e três sílabas:


 (man-guei-ra, jo-ga-dor, ca-be-ça, ou-vi-do).

 Polissílabas: Mais de três vogais e mais de


três sílabas:
 (man-guei-ren-se, ca-sa-men-to, a-me-ri-ca-no).

ENCONTROS CONSONANTAIS Quanto à tonicidade, há sílabas TÔNICAS (alta


É a sequência de consoantes numa palavra, intensidade na pronúncia) e ÁTONAS (baixa
existem os perfeitos e os imperfeitos intensidade na pronúncia) sempre há uma sílaba
 (Perfeitos): Inseparáveis, pois ficam na tônica por palavra. Quanto há posição da sílaba
mesma sílaba. tônica, as palavras podem ser:
 (CLi-ma, FLo-res, Du-PLo, BRa-do, re-PRe-sa, e  (Oxítonas): Ultima sílaba é tônica:
Le-Tra).  (soFÁ, aXÉ, bonGO, vintÉM, caFÉ, raPAZ,
escriTOR, maracuJÁ, ConDOR).
 (Imperfeitos): Separáveis, pois não ficam na
mesma sílaba.  (Paroxítonas): Penúltima sílaba Tônica:
 (aD-Vento, oB-Tuso, AP-To, PaC-To, suC-Ção,  (MEsa, LÁpis, MonTAnha, imensiDAde, RuBRIca,
naF-Ta e ET-Nico). silÊNcio, insenSÍvel, meloDIa).

Dígrafo  (Proparoxítonas): antepenúltima sílaba


Constituem-se duas letras representando um Tônica:
fonema. A segunda letra é diacrítica, existe para  (ÁRvore, quiLÔmetro, ÍNterim).
ajudar numa determinada pronúncia.
Ex.: Divisão silábica
 (Se dissermos CARO, o R terá um som diferente 1. (Separam-se):
de RR, em CARRO, este segundo R, em CARRO,  Os hiatos:
é uma letra diacrítica).  (va-rI-A-do, car-bA-U-ba, Pa-rA-Í-so, RU-Í-na,
cu-rI-O-so).
Há dois tipos:
1. (Consonantais):  Os dígrafos: (RR, SS, SC, SC, XC e XS):
 (Gu, Qu, Ch, Lh, Rr, Ss, Sc, Xc e Xs):  (caR-Re-i-ra, caS-Sa-ção, naS-Cer).
 (GUerreiro, QUeda, CHave, LHama, NHoque,
aRRastão, aSSado, deSCendente, CRença, O X com valor fonéticos de /cs/ junta-se à vogal
eXCitado, eXSudar). seguinte:
 (Fi-Xar, com-ple-Xo, tó-Xi-co, re-fle-Xão, o-
2. (Vocálicos ou nasais): Xi-gê-nio)
A, E, I, O e U seguidos de M ou N na
mesma sílaba:  Os encontros consonantais que não iniciam
 (cAMpo, Anta / EMpresa, ENtrada / IMbatível, imediatamente as palavras:
caINdo/OMbro, ONda/Umbigo).  (Op-ção, ab-di-car, os-ci-pi-tal, fic-ção, Et-ni-co).

SÍLABAS  A ultima consoante dos prefixos (bis, dis,


É um grupo de fonemas centrados numa vogal. sub, cis, trans, super) quando seguida de
Toda sílaba é expressa numa só emissão de voz, vogal se junta a ela:
havendo intervalos entre as sílabas. A base da  (Bi-sa-vo, di-sen-te-ri-a, su-bem-pre-go, ci-sal-
sílaba é a vogal, sem ela, não há sílaba. Na pino, tran-sa-tlân-tico, supe-res-pe-ci-al).
palavra azeite, há três sílabas: A-zei-te.
2. (Não se separam):
Classificação  Ditongo e tritongo:
Quanto ao número de sílabas, as palavras são  (a-rac-nói-de, cau-sa, dói-do, e-fei-to, pleu-ra,
classificadas em: bai-xa, cou-ro).
 Monossílabas: Uma vogal e uma sílaba:
 (Pó, luz, pão, pães, má, reis).  Dígrafos: (Lh, Nh, Ch, Qu, Gu)
 (ve-LHo, ba-NHei-ra, mar-CHa, QUei-jo).
 Encontros consonantais inseparáveis:
 (re-cla-mar, re-ple-to, pneu-moni-a).

Ex.:
 Identifique os encontros vocálicos das
seguintes palavras:
 Saguão: Sa-gUÃO = Tritongo;
 Ruim: RU-Im = Hiato;
 Séria: Sé-rIA = Ditongo crescente;
 Seria: se-rI-A = Hiato;
 Enxaguais: En-xa-gUAIS = Tritongo;
 Álcoois: Ál-cO-Ois = Hiato.

 Identifique os encontros consonantais a


seguir:
 Castro: Cas-TRo;
 Flecha: FLe-cha;
 Ritmo: RiT-Mo;
 Trabalho: TRa-ba-lho.

 Reconheça os dígrafos:
 Prorromper: proRROMper (rr/om);
 Digníssimo: digníSSimo (ss);
 Aquele: aQUele (qu);
 Triunfo: triUNfo (un);
 Quem: QUem (qu).
 (guaranÁ, guaranÁs, bonÉ, bonÉs, cipÓ,
cipÓs).

Como se vê nos exemplos, a letra (S), quando se


une a uma vogal, não altera a acentuação da
palavra. Isso não vale apenas para as regras dos
oxítonas, mas para todas as regras de
acentuação. Se a palavra tem acento, não o
perde, igualmente, se ela não é acentuada,
continua sem acento.

3. (Paroxítonas): Acentuam-se as paroxítonas


ACENTUAÇÃO GRÁFICA terminadas em ditongo crescente ou
Trata da correta colocação de sinais gráficos nas decrescente (-AO, -Ã seguida ou não de S)
palavras; baseiam-se na posição da sílaba tônica, ão(s) e ã(s), tritongo e qualquer outra
no timbre da vogal, na compreensão dos terminação (-l, -n, -um, -r, -ns, -x, -i, -is, -us, -
conceitos de encontros vocálicos. os) exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s):
 (HisTÓria, CÁries, JÓquei, ÓRgão, ÓRfã, Ímas,
ACENTO TÔNICO Água, enXÁgüem, FÁcil, GLÚton, FÓrum,
caRÁter).
Num vocábulo de duas ou mais sílabas, há
sempre uma que se destaca por ser proferida com
mais intensidade que às outras: é a sílaba tônica: 4. (Proparoxítonas):Todas são acentuadas:
 (ÁLcool, RÉquiem, MÁscaras, ZÊnite. Álibi,
chama-se (tônica) a sílaba mais forte da palavra
PlÊIde, NÁufrago, seRIÍssimo).
as outras são todas (átonas).
 (natureza). 5. (Hiatos tônicos I e U): Acentuam-se com
 Tônica: (RE). acento agudo as vogais (I e U) tônicas,
 Átonas: (NA, TU, ZA). isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba,
quando formam hiatos.
Evidentemente, apenas a sílaba tônica pode ter  (Sa-Ú-de, sa-Í-da., ba-la-ÚS-ter, fa-ÍS-ca, ba-Ú, a-
acento gráfico (agudo ou circunflexo). As sílabas ça-Í).
que não são tônicas nem subtônica chamam-se
(átonas) fracas. 6. (Ditongos abertos): Acentuam-se os ditongos
 (montanha). abertos (-ÉI, -ÉU, -ÓI) seguidos ou não de S.
 Átona: (MON, NHA);  (CÉU, mÉIs, GÓIs, coronÉIs, trofÉU, herÓIs e
 Tônica: (TA). destrÓIer).

Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras


podem ser:
 (Oxítonas): Quando a última sílaba é tônica:
 (iluSÃO, caJU, boNÉ, farOL, tamanduÁ).

 (Paroxítonas): Quando a penúltima é tônica:


 (CaMIsa, DOce, beLEza, CAsa, esCAda).

 Proparoxítonas: Quando a antepenúltima é


tônica:
 (DÉcimo, SÁtira, ÁRvore aroMÁtico, paTÉtico).

Regras de acentuação
1. (Monossílabas tônicas): Acentuam-se as
terminadas em (-A, -E, e -O).
 (mÁ, trÁs, mÊs. sÓ, pÔs).

Alguns monossílabos são átonos, ficando sem


acento. São palavras de pronúncia muito fraca,
como os artigos, os pronomes oblíquos átonos e
algumas preposições.

2. (Oxítonas): Acentuam-se as terminadas em (-


A, -E, -O. -EM e -ENS).
justificativa da 2ª vogal do hiato (I), tônica,
seguida ou não de S.
 Alternativa (c) Incorreta: paroxítonas que
dobram a vogal (O) não recebem acento. O
verbo ter, na 3ª pessoa do plural, recebe
acento circunflexo (voo).
 Alternativa (d) correta: o ditongo EI, em
palavras paroxítonas terminadas em A, não
recebem mais acento agudo. Em CARÁTER
e INADIÁVEL, temos palavras paroxítonas
terminadas em R e L.

 Alternativa (e) correta: ÓRGÃO e CABÍVEIS


Questões são paroxítonas terminadas em ditongo (ÓR-
Ex.: 1: Assinale a série que apresenta somente GÃO, CA-BÍ-VEIS). TOMARÁ, oxítono
palavras paroxítonas. terminado em A e PROVIDÊNCIA, seria
(a) Enciclopedia-página-relatório; proparoxítona em ditongo crescente.
(b) Conteúdo-brechos-catálogo;
(c) Além-lá-bonús; Ex.: 4: Com referência à ortografia oficial e às
(d) (Correta): História-enciclopédia-bônus. regras de acentuação de palavras, assinale a
Resp.: opção (INCORRETA).
 Alternativa (d) correta: Obrigatoriamente se a. Os vocábulos lágrimas e gênesis seguem a
deve separa as sílabas: mesma regra de acentuação;
 (His-tó-ria) = paroxítona terminadas em b. (Correta): As palavras oásis e lápis são
ditongo crescente; acentuados pelo mesmo motivo;
 (En-ci-clo-pé-dia) = paroxítonas terminada em c. A grafia correta do verbo correspondente à
ditongo crescente; ressurreição é ressuscitar;
 (Bô-nus) = paroxítonas terminada em US. d. Apesar de a grafia correta do verbo poetizar
exigir o uso da letra, o feminino de poeta é
Ex.: 2: Julgue o item a seguir. grafado com S;
As palavras: ótimo, vítima e britânico aplica-se a e. O vocábulo traz corresponde apenas a uma
mesma regra de acentuação gráfica. das formas do verbo trazer; a forma trás é
( ) certo ( ) errado. usada na indicação de lugar (equivale a parte
Certo: todas são proparoxítonas. posterior).
Resp.:
Ex.: 3: Assinale a frase (INCORRETA) quanto à  Alternativa (a) correta: As palavras lágrimas
acentuação gráfica. e gênesis são proparoxítonas, todas as
(a) A funcionária remeterá os formulários até o proparoxítonas, isto é, as palavras que
início do próximo mês; possuem o acento tônico na antepenúltima
(b) Ninguem poderia prever que a catástrofe traria silaba, são acentuadas;
tamanho ônus para o país;  Alternativa (b) correta: As palavras oásis e
(c) (Incorreta): Este voo está atrasado: os lápis são paroxítonas, isto é, são palavras
senhores tem que embarcar pela ponte aerea que têm o acento Tonico na penúltima silaba.
e fazer conexão no Rio para Florianópolis; acentuam-se as paroxítonas terminadas em
(d) O pronunciamento feito pelo diretor na seguido ou não de S;
assembleia revestia-se de caráter inadiável;  Alternativa (c) incorreta: Devendo ser
(e) Segundo, o regulamento em vigor, o órgão assinalada. Ressuscitar;
competente tomará as providências cabíveis.  Alternativa (d) correta: poetisa;
Resp.:  Alternativa (d) correta: O vocábulo traz
 Alternativa (a) correta: FUNCIONÁRIA, corresponde a 3ª pessoa do singular do verbo
FORMULÁRIO e INÍCIO (ditongos trazer. a palavra trás (ou atrás, detrás) é um
crescentes) estão na mesma regra das advérbio usado na indicação de lugar.
proparoxítonas. REMETERÁ e ATÉ seriam
oxítonas terminadas em A e E. A palavra Ex.: 5: Assinale a alternativa com as palavras
PRÓXIMO é acentuada por ser acentuadas segundo as regras de acentuação
proparoxítona. Em MÊS, teríamos um caso respectivamente, de intercambio e antropológico.
de monossílabo tônica terminado em ES. a. Distúrbio e acórdão;
 Alternativa (b) correta:, a palavra NÍNGUEM b. Máquina e jiló;
é acentuada por ser oxítona terminada em c. Alvará e vândalo;
(EM); CATÁSTROFE é proparoxítona ÔNUS d. (Correta): Consciência e características;
é paroxítona terminas em US e PAÍS entra na e. Órgão e órfã.
Resp.:  “Transformou essa residência , de rústico estilo
 Alternativa (d) correta: Intercâmbio e
consciência paroxítonos terminadas em colonial ,
numa espécie de castelo da
ditongo, antropofológico e características = imaginação em que passou a viver como um
proparoxítonas. príncipe.”

 “Maria, à porta da cozinha, ria o seu riso idiota e


desdentado.”

 , ,
“Mas de repente uma forte pancada de chuva
fustigou os vidros. E imediatamente bateram à
porta, com pressa.”).
PONTUAÇÃO
Pontuação é o recurso que permite expressar na  Isolar e destacar o vocativo:
língua escrita um espectro de matrizes rítmicas e
melódicas, características da língua falada, pelo  ,
(Brasileiros é chegada a hora de votar.
uso de um conjunto sistematizado de sinais  ,
“Adeus amigos”.
gráficos e não gráficos. Os sinais de pontuação
são marcações gráficas que servem para compor  “Suzi , ,
minha companheira Suzi bati uma porção
a coesão e a coerências textuais além de ressaltar ,
de vezes na porta será que você alegrou?”).
especificidade semântica e pragmática.
 Separa predicativos do sujeito deslocados:
VÍRGULA
Marca uma pausa curta; separa elementos de  ,
(Sereno e tranquilo o condenado esperava sua morte;
uma oração e orações de um período. É uma  O condenado , sereno e tranquilo , esperava sua
questão de sintaxe, período simples e período morte).
composto, e por esse motivo separamos o estudo
da vírgula em:  Separa termos (objeto direto ou indireto)
(1) Vírgula dentro da oração; deslocados de sua posição normal na oração:
(2) Vírgula entre orações.  (As explicações sobre vírgula , o professor
procurou lhes dar?).
vírgula no interior da oração
Iniciamos pela ordem direta da oração: Sujeito +
 Separa (facultativamente) as expressões
verbo + complemento verbal + adjunto adverbial (PARA MIM, PARA TU ou PARA SI) quando
ou predicativo ou complemento nominal. indicam beneficio próprio ou posse,
 (Os poetas escreveram os textos com entusiasmo).
independentemente de sua posição na frase.
 Sujeito = Os poetas;  ,
(Para mim nada é melhor que acordar depois do
 Escreveram = V.T.D; meio-dia e dormir depois da meia-noite).
 Os texto = O.D;
 Com entusiasmo = adj., adv de modo.  Separa elementos (termos) repetidos:
 ,
(Aquele aluno era esforçado esforçado.
Vírgula entre as orações
As orações, compondo um período, podem  , ,
,
“Larga! Não leva! Não pode! Não pode!”.
possuir vírgula ou não.  E as mulheres só faziam rezar, rezar, rezar...).

1. Vírgula dentro do período simples:  Separa os adjuntos adverbiais deslocados:


 Separa termos de mesma função sintática,
numa e numeração:  (A multidão foi , aos poucos , avançando para o
palácio.
 , ,
(Simplicidade clareza objetividade concisão ,
são qualidades a serem observados na relação
 ,
A esta hora todos estão dormindo.
oficial;  ,
Por enquanto não há ninguém na praia.).

 Devemos observar a simplicidade a clareza a, ,  Isolar e destacar palavras e expressões


objetividade e a concisão na relação oficial). explicativas, retificativas, conclusivas e
continuativas, como: (além disso, aliás,
 Isolar e destacar o aposto ou qualquer antes, a saber, assim, com efeito, digo,
elemento explicativo: então, isto é, ou seja, ou melhor, outrossim,
 (Aristóteles , o grande filósofo , foi o criador da
portanto, por exemplo e outras).
lógica.
 (“Os gregos em geral preferiam a idéia  a vírgula separa as orações coordenadas
,
geocêntrica à heliocêntrica isto é: não queriam assindéticas.
aceitar a hipótese de que fosse a Terra que  ( “Levantava-me , subia a ladeira Santa Cruz ,
girasse ao redor do Sol.”
percorria ruas cheias de lama , entrava numa
 , ,
“A casa com efeito tornava-se ‘agradável’.”).
,
bodega tentava conversas com os vagabundos ,
bebia aguardente.”).

 Separar elementos que exercem a mesma


função sintática (sujeito composto,  A vírgula separa orações coordenadas
complementos, adjuntos) quando não vêm sindéticas, salvo as introduzidas pela
unidos pelas conjunções e, (OU e NEM). conjunção (E).

 (“Teve um risinho , recostou-se com uma grande


 (O calor arrefeceu ,
mas todos continuaram
passando mal. Gostei muito da viagem; no
,
satisfação enrolando deliciosamente o cigarro , ,
entanto não gostaria de retornar).
regozijando-se no escândalo.”.
 Separam-se por vírgula as orações
 “O filósofo começou a rir baixinho , um riso coordenadas unidas pela conjunção (E),
convulsivo que lhe sacudia o corpo todo fazendo- , quando têm sujeito diferente.
lhe a papada tremer como gelatina.”.  ,
(Vinha a onda e lá se ia a prancha.
 ,
Os meninos chutaram e a bola caiu no poço).
 “Homem sem vaidades , generoso , dotado duma
,
coragem extraordinária tanto física como moral , Resumo:
enfrentava também o governo.”.  Toda oração e todo termo de oração de valor
meramente explicativo pronunciam-se entre
pausas; por isso, são separados por vírgulas
 “Graças à magia da memória afetiva esse ‘fóssil’ , na escrita.
dum minuto para outro pode voltar à vida , com  (Aquela professora , dona Fátima , era muito
raízes , seiva circulante, tronco, galhos, folhas, inteligente).

flores , frutos e até com os insetos e passarinhos


 Os termos essenciais e integrantes da oração
que costumavam freqüentá-lo.”) ligam-se uns aos outros sem pausa; portanto,
não podem ser separados por vírgula. Não se
Quando as conjunções e, (OU e NEM) vêm
pode, por exemplo, separar por vírgula o
repetidas, como se fizesse uma enumeração, sujeito do verbo e do complemento de uma
costuma-se separar por vírgula os elementos oração.
encadeados.  (O menino comeu a maçã).

 ,
(Eu gostava dela e a amava e a desejava com ,  Há algumas pausas bem rápidas que, no
todas as forças do meu espírito. entanto, pedem vírgula.
, ,
Por aí pelas ruas ou cidades ou campos tudo , ,  , ,
(Sim senhor. Não senhor).
faz a vida fluir.).

 nas cartas e documentos, separar o nome do


lugar e data.
 ,
(São Paulo 22 de fevereiro de 1998).

 a vírgula indica a supressão de uma palavra,


geralmente um verbo, ou de um grupo de
palavras.
 ,
(“De um lado filantropia e lucro; de outro lado ,
sede de nomeada.”
 Diante de meus olhos , uma planície imensa e
verdejante.)
 Separa as orações subordinadas adjetivas
explicativas:
 ,
(O homem que é razoável , saberá evitar uma
terceira guerra).

Vírgula dentro do período composto:  Separa as orações subordinadas adverbiais:


 Marca elipse de um verbo:  (Quando comprei o material , gostei muito.

 (O decreto regulamenta os casos gerais , a  ,


Alguns vilões assim que aparecem nas primeiras
cenas.
portaria, os particulares ;
 Não irás ter quaisquer adversidades se me amas ,
de verdade).
 ,
Em 1994 Romário ganhou a copa do mundo; em
,
2002 Ronaldo).  Separa as orações interferentes:
 (O mercado financeiro , até ontem eu não estava
 Separa orações coordenadas assindéticas:
 ,
(Levantava-se de manhã entrava no chuveiro , internado desses assuntos , deve beneficiar mais
pobres este ano).
organizava as ideias na cabeça.
 A honestidade deveria ser ordem do dia , não  Separa orações reduzidas de gerúndio,
poderia). particípio ou infinitivo com valor de oração
adverbial, de coordenada aditiva (gerúndio) ou
 Não separa as orações coordenadas de adjetivo explicativo:
sindéticas aditivas ligadas (POR e ou NEM):
 (Muitos policiais estão envolvidos em recaptação
 ,
(Chegando a carta avise-me;
e continuam a envolver-se;  Terminada a palestra , rompeu com risos e
 Aqueles policiais não estão envolvidos em aplausos;
receptação nem procuram envolver-se).
 , ,
Ele antes de ser homem foi uma criança).
 Separam as orações coordenadas sindéticas
adversativas:
 (O dono de uma empresa demitiu 60% dos
Questão
Quest.: 1: Está inteiramente (CORRETA) a
empregados , mas se arrependeu dias depois). pontuação do seguinte período:
(a) Toda vez que é pronunciado, a palavra
 Separa as orações coordenadas sindéticas
alternativas (ou... ou..., ora..., quer...,): progresso, parece abrir a porta para um
 (Ora ele procura resolver alguma situação com
mundo, mágico de prosperidade garantida.
,
paciência ora decida fazer justamente o inverso).
(b) (Correta): Por mínimas que pareçam , há
 Separa as orações coordenadas sindéticas providências inadiáveis , ações aparentemente
conclusivas: irrisórias , cuja execução cotidiana é, no
 (Os atores fizeram um grande espetáculo por , entanto, importantíssima;
isso toda a plateia os aplaudiu
entusiasmadamente). (c) O prestígio da palavra progresso, deve-se em
grande parte ao modo irrefletido, com que
 Separa as orações coordenadas sintéticas
explicativas: usamos e abusamos , dessa palavrinha magia;
 (Devo buscar mais informações , pois a vida me (d) Ainda que traga muitos benefícios , a, a teses
exige isso). ambientalistas segundo as quais , o conceito
de progresso está sujeito a uma permanente
 Separam as orações subordinadas avaliação.
substantivas deslocadas: Resp.:
 (Que vocês estudam a língua portuguesa , todos Alternativa (a) incorreta:
já sabemos).
 A 1ª vírgula está (correta): ela isola uma
oração adverbial temporal (toda vez que é
pronunciada) antecipada.
 A 2ª vírgula está (incorreta): ela separa o
sujeito (a palavra progresso) do verbo
(parece abrir).
 A 3ª vírgula, também está (incorreta): não se
separa um adjunto adnominal (mágico) do
substantivo que ele restringe (mundo).

Alternativa (b) correta:  A vírgula NÃO pode ser usada entre o


 A 1ª vírgula está (correta): oração adverbial sujeito e logo após o seu verbo:
concessiva antecipada (por mínimos que o Todos os alunos daquele professor
pareçam). entenderam a explicação.
 A 2ª virgula está (correta): se justifica por  A vírgula NÃO pode ser usada entre o verbo
uma enumeração de termos (providências e logo após o seu complemento ou
inadiáveis e ações aparentemente irrisórias). predicativo do sujeito:
 A 3ª vírgula está (correta): que inicia uma o Os alunos entenderam (,) toda aquela
oração explicativa (cuja execução cotidiana é explicação do professor sobre a vírgula.
importantíssima) e duas outras vírgulas pelo o Os alunos precisam de uma explicação
motivo que acabei de explicar: a conjunção detalhada sobre a vírgula;
adversativa no ENTANTO veio deslocada, o Os alunos entenderam que precisam
por isso entre vírgulas. estudar bem a vírgula.
 A vírgula é facultativa entre o complemento
Alternativa (b) incorreta: Apresenta três vírgulas de um verbo e logo após um adjunto
indevidamente usadas: adverbial:
 A 1ª vírgula está (correta): separa o sujeito (o o Nossos alunos ficaram exercitando
prestígio da palavra progresso) do verbo questões de vírgula ontem à noite;
(deve-se). o Nossos alunos ficaram exercitando
 A 2ª vírgula está (incorreta): separa uma questões de vírgula, ontem à noite.
oração adversativa restritiva (com que  A vírgula NÃO pode ser usada entre um
usamos e abusamos) do seu substantivo substantivo e seu complemento nominal ou
antecedente (modo). adjunto adnominal:
 A 3ª vírgula está (incorreta): por separar o o Todos os alunos (,) daquele
verbo (abusarmos) do seu complemento professor entenderam a explicação.
(dessa palavrinha mágica).  A vírgula NÃO pode ser usada entre a
locução verbal de voz passiva e o agente da
Alternativa (c) incorreta: passiva:
 A 1ª vírgula está (correta): ela isso a oração o Todos os alunos foram convidados,
adverbial concessiva antecipada (ainda que por aquele professor para a feira.
traga muitos benefícios), entretanto,
 A 2ª vírgula está (incorreta): ela separa
sujeito (a construção de enormes represas)
do verbo (costuma trazer). as duas ultimas
vírgulas estão corretas: elas isolam o adjunto
adverbial deslocado (nem sempre).

Alternativa (e) incorreta:


 A 1ª vírgula está (incorreta): ela separa o
substantivo dúvida do seu complemento
nominal oracional (de que o auto do texto...)
ora, não se separam termos integrantes por
vírgulas (verbo de objeto nome de
complemento etc.) Observa-se outro erro na
 A 2ª vírgula está (incorreta): não faz sentido
separar o pronome relativo (as quais) do
restante da oração adjetiva.
b. Um dos alunos obteve nota suficiente para
ser apenas aprovado; o outro, apesar de
não ter a mesma capacidade de estudo,
classificou-se em segundo lugar.
c. A iniciativa segura e coerente da direção; o
esforço de alunos e professores, bem como
a participação de pais e responsáveis nas
atividades da escola dinamizaram-na e
tornaram-na uma verdadeira casa de
educação.
d. Investir em educação só traz retorno para a
nação a longo prazo; mas os resultados são,
normalmente, satisfatórios.

PONTO E VÍRGULA
É usado para marcar uma pausa maior do que e. Não há como resolver os problemas da
a da vírgula. Seu objetivo é colaborar com a educação com soluções paliativas, de pouco
clareza do texto. O ponto e vírgula servem para: alcance; há de se investir, de forma
1. Separar orações coordenadas planejada, em projetos de longo prazo que
assindéticas, normalmente entre trechos priorizem o profissional da educação.
já separados por vírgula; marcando uma Resposta:
enumeração:  Na letra (a), O ponto e a vírgula separam
 As leis, em qualquer caso, não podem ser orações coordenadas. Perceba que, se
infligidas; mesmo em casos de dúvida, houvesse necessidade de se dar uma
portanto, elas devem ser respeitadas. pausa discursiva ainda maior, ter-se-ia
 Em crianças, era um menino tímido mais optado pelo ponto, e não pelo ponto e
inteligente; quando moço, era esperto e vírgula.
alegre; agora, como homem maduro,  Na letra (b), O ponto e vírgula separa
tornou-se um tolo. itens de uma enumeração tem sido,
corretamente usado.
2. Separar vários itens de uma enumeração:  Na letra (c) resposta correta: O ponto e
Art. 1º: a república federativa do Brasil, formada vírgula separa núcleos de um sujeito
pela união indissolúvel dos estados e composto (a iniciativa..., o esforço...;
municípios e do distrito federal, constitui-se em bem como a participação...). É como se
estado democrático de direito e tem como construíssemos uma frase do tipo:
fundamento. ``João; José; Antônio chegaram´´
I. A soberania;  Na letra (d), O ponto e vírgula separa
II. A cidadania; uma oração coordenada assindética da
III. A dignidade da pessoa humana; sua oração coordenada sindética
IV. Os valores sociais do trabalho e da livre adversativa. Foi adequadamente usada.
iniciativa.  Na letra (e), Ele separa orações
3. Separa orações cujas conjunções coordenadas assindéticas.
``implícita´´ é facilmente percebida:
 Comeu muito na festa, exageradamente;
não consegui vir à aula de hoje.
 Separa orações coordenadas adversativas
e conclusivas com conectivo deslocada.
 Ficarei como está; não posso pagá-la à
vista, porém. DOIS PONTOS
 Finalmente vencemos, fiquemos; pois, Marcam uma supressão de voz em frase ainda
felizes com nossa conquista! não concluída. É usado para:
 Ou uma oração subordinada Induzir uma
Exemplo: no 6º parágrafo o autor usou o sinal citação (discurso direto).
de pontuação e vírgula de acordo com as o Assim disse Voltaire (:) devemos julgar um
normas gramaticais, frases abaixo as normas homem mais pelas suas perguntas do que
gramaticais também foram observadas no uso pelas respostas;
do ponto e vírgula, exceto em?:  Introduzir um aposto explicativo,
a. Os professores compareceram à festa de enumerativo, distributiva substantiva
formatura, trajados a rigor; os alunos, apositiva:
trajados esportivamente. o Amanda tinha conseguido finalmente
realizar seu maior propósito (:) seduzir
Pedro, que, por sua vez, amara três Seguido de reticência... feijão, arroz,
pessoas (:) Magda, Luana e, etc...
principalmente, a si mesmo.
o Em nosso meio, há bons profissionais (:) PONTO DE INTERROGAÇÃO
professores, jornalistas, médicos. Marca uma entoação ascendente com tom
 Introduzir uma explicação ou enumeração questionador. Usa-se neste caso:
após as expressões, por exemplo, isto é,  Frase interrogativa direta:
ou seja, a saber, como etc. o O que você faria se só lhe restasse um
o Adquirimos vário saberes, como (:) dia?
linguagem, filosofia, ciências...  Entre parênteses para indicar incerteza
 Marcar uma pausa entre orações sobre o que se disse:
coordenadas: o Eu disse a palavra pesemptório(?), mas
o Ele já leu muitos livros (:) pode se dizer acho que havia palavra melhor naquele
que é um homem considerado alto. contexto.
o Precisamos ousar na vida: devemos  Combinado com o ponto de exclamação
fazê-lo com cautela. para denotar surpresa, admiração etc.:
 Marcar a invocação em correspondências o Você não conseguiu chegar ao local de
o Prezados senhores (:). prova?!
 Em interrogação retórica:
Exemplo: ...graças a algumas características: o E o que tenho eu com isso?
eles possuem objetivos claros, vários modos de o Pessoas morrem de fome de 5 em 5
atingir o sucesso e Feedback rápido, ou seja, o segundos no mundo. Jogaremos comida
jogador recebe uma consequência imediata fora à toa?
após cada ação. Os dois pontos introduzem no
contexto: PONTO DE EXCLAMAÇÃO
a. Um seguimento enumerativo, com intenção É usado para marcar o fim de qualquer frase
explicativa; com entonação exclamativa, indicando
b. Um comentário pessoal, de caráter opinativo; altissonância, exaltação de espírito.
c. Uma repetição enfática para atrair atenção do 1. Normalmente exprime admiração,
leitor; surpresa, assombroso, indignação, ordem
d. Uma ressalva ao que vem sendo desenvolvido etc.:
no parágrafo;  Coitada dessa menina!
e. A retomada da ideia mais importante do texto.  Que linda mulher!
Resposta: Perceba que o que vem após o sinal  Saia daqui!
de dois-pontos é uma enumeração do que o 2. Vem após as interjeições usualmente:
autor chamou de características. Trata-se de  Nossa! Deus do céu! Como não vimos isto
uma oração apositiva, que nada mais é do que antes? Oh! Isso é fantástico!
um segmento enumerativo que tem a intenção 3. É repetido quando a intenção é marcar
de explicar um substantivo anteriormente citado. uma ênfase, uma intensidade na voz:
Resposta: (a).  Neymar driblou um, driblou dois, ficou de
cara para o gol e perdeu!!! Inacreditável
futebol clube!

PONTO
Usa-se, para indicar o fim de uma frase,
declarativa de um período simples ou composto.
 Pode substituir a vírgula quando o autor TRAVESSÃO
quer enfatizar o que vem após. É um sinal usado na narração, na descrição, na
o Posso ouvir assoprar com força. dissertação e no diálogo, portanto, figura
Derrubando tudo! repetida em qualquer prova; é um instrumento
 O ponto é usado em quase todas as eficaz em uma redação. Pode vir em dupla, se
abreviaturas: vier intercalado na frase.
o fev. =fevereiro; 1. Indica a mudança de interlocutor no
o hab. =habitante; diálogo:
o rod. =rodovia.  -que gente é aquela, seu Alberto?
 O ponto do etc. termina o período, logo  -são japoneses.
não pode haver outro ponto..., feijão,  -japoneses? E ... é gente como nós?
arroz, etc... Absurdo também é usar etc.
2. Colocam em relevo certos termos, 2. Para assinalar estrangeirismo,
expressões ou orações, substitui nestes neologismo, arcaísmo, gírias e
casos a vírgula, os dois pontos, os expressões populares ou vulgares
parênteses ou os colchetes: conotativas:
 Marlene pereira - sem ser artificial ou  Chaves, com 58 anos, é uma figura
piegas- lhe perdoou incondicionalmente. doente e fugidia, que, que hoje representa
o ``establishment´´.
PARENTESES  Não me venham com ``problemática´´,
 São usados para: Colocar em relevo certos que tenho a ``solucionática´´.
termos, expressões ou orações; substitui  Estamos no ``Hall´´ do hotel.
nestes casos a vírgula ou os travessões. 3. Para realçar uma palavra ou expressão
o Marlene pereira (sem ser artificial ou piegas) imprópria; às vezes com objetivo irônico
lhe perdoou incondicionalmente. ou malicioso.
o Os professores (amigos meus do curso  Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um
carioca) vão fazer videoula. ``não´´ sonoro.
 Inclui dados informativos sobre  Veja como ele é ``educado´´ cuspiu no
bibliografia (autor, ano, de publicação): chão!
o Maldoso câmara (1977:91) afirma que, as 4. Quando citamos nomes de mídia, livros
vezes, os preceitos da gramática e os etc.
registros dos dicionários são discutíveis:  Ouvi a noticia no ``jornal nacional´´;
Consideram erro o que já poderia ser  ``Os lusíadas´´ foi escrito no século XVI.
admitido e aceitam o que poderia, de
preferência, ser posto de lado. Exemplo: o uso das aspas em algumas
 Indicar marcações numa peça de teatro: palavras do texto: algumas são exóticas
o João – você vai onde? também no sentido de ``diferentes´´ ou
o Pedro – devo ir à praia. ``esquisítas´´ nenhuma delas é nativa do Brasil.
o João – vou com você. Tchau, mãe! (sai pela dependendo das circunstâncias, podem ser
esquerda) ``imigrantes´´ inofensivos... muitas vezes
tornam-se organismos nocivos aos
ecossistemas ``naturais´´.
a. Chama a atenção do leitor para a
importância de seu sentido no contexto;
b. Indica uso específico de termos técnicos
para esclarecer alguns conceitos;
c. Aponta para o sentido particular de certas
palavras de uso comum na gíria;
d. Mostra a inclusão de opiniões alheias, como
um novo interlocutor no contexto;
e. Atesta a participação de palavras de origem
estrangeiro no vocabulário nacional.
Resposta: Passando pelas alternativas,
percebemos que, em cada uma delas, fala-se
de uma das regras de uso das aspas, só lendo
as frases destacadas, descobriremos à
resposta. Trata-se do uso das aspas para
destacar palavras ou expressões no texto.
Evidenciar informações.
Resposta: (a).

ASPAS
São usadas comumente em citações, mas
também há outras funções. Atualmente o
negrito e o itálico vêm substituindo
frequentemente o uso das aspas. São usadas
em:
1. Antes e depois de citações textuais: RETICÊNCIAS
 A vírgula é um calo no pé de todo mundo, São usadas para:
``afirma´´ editora de opinião do jornal  Assinalar interrupção do pensamento:
correio Braziliense e especialista em o O presidente da república está ciente...
língua portuguesa ``dad squarisi´´; 64. o Uma parte, por favor...
o ...ciente do problema conceda a parte ao Existe quatro situações básicas:
nobre deputado. 1. A (preposição) + a (s) (artigo)= à(s)
 Indicar partes que são suprimidas de um  É impossível resistir à lasanha da minha
texto: mãe
o O primeiro e crucial problema de Quem nunca resiste... nunca resiste a + a
linguística geral que Saussure focaliza a (lasanha )= à (lasanha).
natureza da linguagem. Encarava-a como Mas como é que sabemos que há um artigo
um sistema de signos... Considerava a feminino antes do substantivo lasanha para a
linguística, portanto, com um aspecto de gente poder crasear o a? Para, isso basta
uma ciência mais geral, a ciência dos colocar o artigo antes do substantivo e criar uma
signos. frase hipotética, colocando-o como sujeito da
 Para sugerir o prolongamento da fala: frase:
 A lasanha da minha mãe é ótima?
A ausência do artigo tornaria a frase estranha;
 Lasanha da minha mãe é ótima?
O artigo serve para determinar, especificar a
palavra lasanha.
 Minha mãe deu à luz um bebê lindo em
1982
O verbo dar, como se sabe, é bitransitivo. Logo,
um bebê lindo é objeto direto, e à luz, o objeto
indireto.

o Para indicar hesitação suspense ou 2. A (preposição) + a (s) (pronome


expressão, normalmente com malicia, demonstrativos)= à (s)
ironia ou outro sentimento. Há dois casos em que o vocabulário a pode ser
o Ela é linda... Você sabe como...! pronome demonstrativo, equivalendo ao
pronome aquela, antes de pronome relativo que
antes de preposição de:
 A (=aquela) que chegou era minha
filha/sua filha é linda, mas a (=aquela)
dele é muito mais.
1º. Nós nos referimos à que foi primeira do
concurso para analista judiciário.
2º. Sempre procurou fazer alusão às lições de
Bechora do Celso Cunha.
 No 1º caso, que se refere, se refere, a +
a = à.
 No 2º caso, que faz alusão, faz alusão a
+ a = às.

3. a + (preposição) + aquele(s) aquele(s),


CRASE aquela(s), aquilo (pronome
A palavra crase origina-se do grego Krasis e demonstrativos = aquele(s), àquela(s),
significa fusão, junção, mistura. Ocorre com aquilo.
vogais idêntica e o primeiro a sempre será uma
preposição. Casos obrigatórios
Locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivos e
prepositivos com núcleo feminino. A crase
ocorre porque a preposição a que inicia tais
locuções se funde com o artigo a que vem antes
do núcleo feminino. O acento grave é fixo.
 Um policial à paisana trocou tiros com
três homens que tentavam roubar um
banco.
 Cheguei ás cinco horas mais seguro;
Crase é a fusão de duas vogais idênticas. A 1ª  Einteins estava à frente de seu tempo.
vogal a é um artigo, os pronomes
demonstrativos, normalmente um verbo ou um 1. Diante da palavra moda = à moda de.
nome exige a preposição a, que se funde com  à moda de, à maneira de;
outro a, formando a crase à.
Devido à regra, o acento grave é  Irei à Salvador de Jorge Amado = vim da
obrigatoriamente usado nas locuções Salvador de Jorge Amado.
prepositivas com núcleo femininas iniciadas por
AI. 6. Diante de pronomes demonstrativos: Crase
 Os frangos eram feitos à moda da casa Diante desses pronomes sempre que o termo
imperial. regente exigir a preposição a.
As vezes, a locução, vem implícita antes de Refiro-me A aquele livro
substantivos masculinos. Preposição a + pronome demonstrativo aquele=
 Comi uma caça à espanhola anteontem; àquele.
 Ontem jantei um bacalhau à Gomes de Dediquei A aquele Aluno o meu livro
Sá;
 Hoje comerei um filé à Osvaldo Aranha. Dediquei algo A alguém
Preposição a + pronome
2. Haverá crase quando o termo regente exigir a demonstrativo aquele = à
preposição a e o termo regido admitir o artigo alguém.
a ou as.
Referi-me À autora Casos proibitivos
Referi-me a (preposição) + a (artigo) = à. 1. Antes de substantivos masculinos:
 Andou a CAVALO pela cidadezinha, mas
Ficou insensível À dor preferia ter andado a PÉ.
Insensível a algo + a (artigo) = à. 2. Antes de substantivo usado em sentido
(preposição) generalizado:
 Depois do trauma, nunca mais foi a
Chegamos Às sete horas. FESTA;
Chegamos a (preposição) + as (artigo)=às.  Não foi feita menção a MULHER, nem a
CRIANÇA, tampouco a HOMENS.
3. Casos em que sempre haverá crase: Diante 3. Antes de artigo indefinido UMA:
de palavras femininas, substitua sempre por  Iremos a UMA reunião muito importante no
uma masculina: domingo.
Sou grata à aluna. Sou grata ao aluno. 4. Antes de nomes de santa, nossa senhora
Alcool é prejudicial à Alcool é prejudicial e de mulheres celebres:
saúde. ao organismo.  Tenho devoção a SANTA Maria Madalena;
Este texto é posterior à Este texto é posterior  Muito devemos a TEREZA de Calcutá;
invenção do conto. ao invento do conto.  Dirigiu-se a SANTA Rita em oração com
fervor.
4. Nas indicações de horas: 5. Antes de pronomes pessoais, pronomes
 Acordamos às seis horas, = ao meio-dia; interrogativos, pronomes indefinidos,
 Elas chegaram às dez horas, = ao meio- pronomes demonstrativos e pronomes
dia; relativos:
 Foram dormir à meia-noite, = ao meio-dia.  Fizemos referência a vossa excelência,
não a ELA;
 A QUEM vocês se reportaram no
plenário?;
 Assisto a TODAS peça de teatro no RJ,
afinal, sou um critico.
6. Antes de numerais não determinados por
artigos:
5. Diante de nomes de lugar: Substitua o termo  O professor não conseguiu explicar o
regente por um verbo que peça preposição assunto a UMA aluna, as TRÊS não
DE. resultando na contração DA significação quiseram esperar para tirar suas dúvidas.
que esse nome de lugar aceita o artigo e  O político iniciou visita a DUAS nações
haverá crase. europeias.
 Vou à França = vim da França;
 Cheguei à Grécia = vim da Grécia; 7. Antes de verbos no infinitivo:
 Retornarei à Itália = vim da Itália.  A PARTIR de hoje serei um pai melhor,
Obs. Se especificar o nome do lugar, haverá pois VOLTEI a trabalhar.
crase: 8. Depois de outra preposição qualquer:
 Retornarei à São Paulo dos bandeirantes =  Fui PARA a Itália;
vim da São Paulo dos bandeirantes.
 A fundação casa é uma instituição que
atua em casos de extrema gravidade,
MEDIANTE a determinação judicial
9. Entre palavras repetidas que formam
uma locução:
 Quero que você fique CARA a CARA e
diga a verdade;
 Nosso DIA a DIA nunca mais foi o mesmo
após o furacão.

1. Exemplo: O uso do sinal indicativo da crase


em ``Já existia o Patronato agrícola, ligado a
secretaria de agricultura, o qual se ocupava
de tais ``questões´´ justifica-se por que o
verbo ligar exige complemento regido pela
preposição a, e a palavra ``secretaria´´ é
antecedida pelo artigo definido feminino
singular a.
 Resposta: Para justificar essa questão,
primeiro lembraremos um dos casos da
regra da crase, que é o sinal gráfico para
marcar a junção de uma preposição a +
artigo a. A palavra ``ligado´´ exige
preposição ``a´´ e a palavra ``secretaria
da agricultura´´ exige o artigo definido
``a´´. em vista disso há ocorrência dessa
fusão. Certo.

2. Exemplo: Há omissão do sinal indicativo da


crase em:
a. Os vizinhos tomaram providências a
respeito dos latidos;
b. O autor que refere a dupla de artistas
como adoráveis;
c. Agradeci a ele pelo magnífico presente;
d. Os cães continuaram a latir sem parar;
e. Ela visita a avó todos os domingos.
 Resposta: a regência do verbo ``referir-
se´´ exige uma preposição ``a´´, e a
palavra ``dupla´´ é um substantivo
antecedido de artigo, portanto deveria
ocorrer crase. alternativa (B).
 Banhou-se na cachoeira = predicado.

 (Choveu durante a noite).


 Choveu durante a noite = predicado.

Obs.: Em toda oração existe um verbou ou


locução verbal.

Na oração as palavras estão relacionadas entre


ANÁLISE SINTÁTICA si, como partes de um conjunto harmônico: elas
Examina a estrutura do período, divide e formam os termos ou as unidades sintáticas da
classifica as orações que o constituem e oração. cada termo da oração desempenha uma
reconhece a função dos termos de cada oração. função sintática.
1. (Frase): é todo enunciado capaz de transmitir,
a quem nos ouve ou lê. Quando ao sentido as 3. (Núcleo de um termo): É a palavra principal
frases podem ser: (geralmente um substantivo, pronome ou
 (Declarativa): Encerram a declaração ou verbo), que encerra a essência de sua
enunciação de um juízo a ecerca de alguém significação. Nos exemplos abaixo, as
ou e alguma coisa: palavras amigo e revestiu são o núcleo do
 (A retificação da velha estrada é uma obra sujeito e do predicado, respectivamente:
inadiável).  (O AMIGO retardatário do presidente prepara-se
para desembarcar.
 (Interrogativas): São uma pergunta, uma  A avezinha REVESTIU o interior do ninho com
interrogação: mácias plumas).
 (Por que faço eu sempre o que não queria?
 Não sabe, ao menos, o nome do pequeno?) Segundo a importância, os termos da oração se
dizem (essenciais, integrantes e acessórios).
 (Imperativas): Contêm uma ordem,
proibição, exortação ou pedido: 4. (Período): É a frase constituída de uma ou
 (Cale-se, meu filho, ande depressa! mais orações.
 Vamos, meu filho, ande depressa!)  O período é (simples) quando constituido de
uma só oração.
 (Exclamativas): Traduzem admiração,  (A ignorância do bem É a causa do mal.
surpresa, arrependimento, etc.:
 (Como eles são audaciosos!  Na esplanada do muse alongavam-se cada vez
 Não voltaram mais!) mais sobre as lajes as sombras das estátuas de
pedra de mandarim d´antanho).
 (Optativas): Exprimem um desejo:
 (Bons ventos o levem! No período simples há um verbo (ou locução
 Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios!) verbal).

 (Imprecativas): Encerram uma imprecação  O período é (composto) quando formado por


(praga, maldição): mais de uma oração:
 (Está luz me falte, se eu minto,senhor!
 Não encontres amor nas mulheres!)  (O gato não nos AFAGA, AFAGA-SE em nós.
 O líder xanana Gusmão DISSE que a língua
O que caracteriza esses tipos de frases é a portuguesa SERÁ adotada oficialmente no timor
entonação, ora ascendente ora descendente. A leste).
mesma frase pode assumir sentidos diferentes,
No período composto há mais de um verbo (ou
conforme o tôm com que a proferimos.
 (Olavo esteve aqui.
locução verbal).
 Olavo esteve aqui?
 Olavo esteve aqui!? Obs.: oração do período simples chama-se
 Olavo esteve aqui!) absoluta. Na lingua portuguesa abre-se o período
com letra maiuscula e fecha-se com ponto final,
2. (Oração): É a frase de estrutura sintática que ponto de exclamação ou interrogação e, em certos
apresenta, normalmente, sujeito e predicado casos, com dois pontos ou reticências.
e, excepcionalmente, só o predicado.
 (A menina banhou-se na cochoeira).
 A menina = sujeito;
Sujeito (EU), que se deduz da desinência do
verbo.

 (Um soldado saltou para a calçada e


aproximou-se).
O sujeito, (SOLDADO), está expresso na
primeira oração e elípitico na segunda: e (ELE)
aproximou-se.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO


São dois os termos essenciais da oração:  (Sujeito agente): Se faz a ação expressa pelo
(Sujeito e Predicado). verbo na voz ativa:
 (Pobreza não é vileza).  (O NILO fertliza o egito).
 Pobreza = sujeito.
 Não é vileza = predicado.  (Sujeito paciente): Quando sofre ou recebe
os efeitos da ação expressa pelo verbo
 (Os sertanistas capturavam os índios). passivo:
 Os sertanistas = sujeito.  (O CRIMINOSO é atormentado pelo remorso.
 Capturavam os índios = predicado.  Muitos SERTANISTAS foram mortos pelos índios.
 CONSTRUÍRAM -SE açudes).=açudes foram
 (Um vento sacudia as árvores). construídos.
 Um vento áspero = sujeito;
 Sacudia as árvores = predicado.  (Sujeito agente e paciente): Quando o sujeito
faz a ação expressa por um verbo reflexivo e
(Sujeito) é o ser do qual se diz alguma coisa; ee mesmo sofre ou recebe os efeitos dessa
(Predicado) é aquilo que se declara do sujeito, é ação:
o termo que contém a declaração, referida, em  (O OPERÁRIO feriu-se durante o trabalho
geral, ao sujeito.  REGINA trancou-se no quarto).

Sujeito  (Sujeito indeterminado): Quando não se


É constituido por um substântivo ou pronome, ou indica o agente da ação verbal:
 (Atropelaram uma senhora na esquina.)
por uma palavra ou expressão substantivada.
 (O SINO era grande; Quem atropelou a senhora? Não se diz, não se
 ELA tem uma educação fina; sabe quem a atropelou.
 VOSSA EXCELENCIA agiu com imparcialidade).  (Come-se bem naquele restaurante).

O NUCLEO (palavra base) do sujeito é, um Não confundir sujeito indeterminado com sujeito
substantivo ou pronome. Em torno do núcleo oculto. Sujeito formado por pronome indefinido
podem aparecer palavras secundárias (artigos, não é indeterinado, mas expresso:
 (ALGUEM me ensinará o caminho. NINGUÉM lhe
adjetivos, locuções adjetivas etc.)
telefonou).
 (Todos os ligeiros RUMORES da mata tinham
uma voz para a selvagem filha do sertão).
Em português assinala-se a indeterminação do
 (Sujeito simples): Quando tem um só núcleo: sujeito de três modos:
 (As ROSAS te espinhos; (1) Usando-se o verbo na 3ª pessoa do plural,
 Um BANDO de galinhas d´angola atravessa a rua sem referencia a qualquer agente já expresso
em fila indiana). nas orações anteriores:
 (Na rua OLHAVAM-NO com admiração.
 (Sujeito composto): Quando tem mais de  BATERAM palmas no portãozinho da frente.
 De qualquer modo, foi uma judiação MATAREM a
um núcleo:
moça.)
 (O BURRO e o CAVALO nadavam ao lado da
CANOA).
(2) Com um verbo ativo na 3ª pessoa do singular,
 (Sujeito expresso): Quando está explicito, acompanhado do pronome (SE).
 (Aqui SE VIVE bem.
enunciado:
 Devagar SE VAI ao longe.
 (EU viajarei amanhã).
 Quando SE É jovem, a memória é mais vivaz.
 TRATA-SE de fenômenos que nem a ciência
 (Sujeito oculto ou elíptico): Quando está sabe explicar.)
implicito, isto é quando não está expresso,
mas se deduz do contexto. (3) Deixando-se o verbo no infinitivo impessoal.
 (Viajarei amanhã).  (Era penoso CARREGAR aqueles fardos
enormes.
 É triste ASSISTIR a estas cenas repulsivas).

Posição do sujeito na oração (c) (CHOVER, VENTAR, NEVAR, GEAR,


Normalmente, o sujeito antecede o predicado; RELAMPEJAR, AMANHECER,
todavia, a proposição do sujeito ao verbo é fato ANOITECER): e outros que exprimem
corriqueiro na nossa língua. fenômenos meterológicos.
 (É facílimo ESTE problema!  (CHOVIA torrencialmente;
 Vão-se OS ANÉIS, fiquem OS DEDOS.  VENTOU muito durante a noite;
 Breve desapareceram OS DOIS GUERREIROS  ANOITECEU rapidamente;
entre as árvores.  NEVOU no sul do país).
 Foi ouvida por deus A SÚPLICA DO
CONDENADO. Predicado
 Mas terás TU paciência por duas horas? Há três tipos de predicado: (nominal, verbal e
 No muro de tijolo vermelho passeavam verbo-nominal).
LAGARTIXAS.
 Para o cargo de primeiro governo do Brasil foi Predicado nominal
escolhido o FIDALGO TOMÉ DE SOUZA).
Seu núcleo significativo é um nome (substantivo,
Orações sem sujeitos adjetivo, pronome), ligado ao sujeito por um verbo
Observa-se a estrutura desta oração de ligaçao.
 Sujeito:  (As moças eram encatadoras ).
 As moças = sujeito.
-
 Eram = verbo de ligação.
-
 Encatadoras = predicativo do sujeito.
 Predicado:
 Eram encatadoras = predicado nominal.
 (Havia ratos no porão;
 Choveu durante o jogo).
Constata-se que essas oração não tem sujeito. Outros exemplos:
Constituem a enunciação pura e absoluta de um  (A terra É um planeta.
 Minha mãe FICOU feliz.
fato, através do predicado; o conteúdo verbal não  A ilha ESTÁ deserta.
é atribuído a nenhum ser. São construídas com os  O espião É aquele.
verbos impessoais, na 3ª pessoa do singular.  O tempo CONTINUA chuvoso).

São (verbos impessoais): O núcleo do predicado nominal chama-se


(a) (HAVER): no sentido de existir, acontecer, (predicativo do sujeito), porque atribui ao sujeito
realiza-se, decorrer: uma qualidade ou caracteristica. Os verbo de
 (HÁ plantas venenosas. ligação (ser, estar, parecer, etc.) funcionam como
 HAVIA quadros nas paredes?
um elo entre o sujeito e o predicado.
 HOUVE algo de anormal?
 HAVIA três noites que não dormia.
 Onde HOUVESSE festas e danças, ali estava
Predicado verbal
ele.) Seu núcleo é um verbo, seguido, ou não, de
Fora dessas acepções, o verbo HAVER não é complementos ou termos acessórios. Pode ser
impessoal. uma das seguintes estruturas básicas:
 (Os pessegueiros FLORESCERAM ).
(b) (FAZER, PASSAR, SER E ESTAR), com
referência ao tempo. (a) (Verbo intransitivo): É o que tem sentido
 (FAZ dois anos que me formei. completo, não precisa de complemento para
 FAZIA dias que o balão não aparecia na porteira formar o predicado:
do curral;  (Os pessegueiros FLORESCERAM ).
 Hoje FEZ muito calor.  Os pessegueiros = sujeito.
 ERA no mês de maio.  Floresceram = predicado verbal (verbo
 ERAM trinta de maio de 1980. intrasitivo).
 Abria a janela, se ESTAVA calor.
 Olhei o relógio: PASSAVA das cinco horas da
tarde).
(b) (Verbo transitivo direto): É o que não tem
significação completa, precisa de um
complemento para inteirar a informação. Esse
complemento chama-se (OBJETO DIRETO).
 (A família CHAMOU o médico).
 A familia = Sujeito.
 CHAMOU = verbo transitivo direto.
 O médico = objeto direto.
 CHAMOU o médico = predicado verbal.

(c) (Verbo transitivo indireto): É o que pede um


complemento regido de preposição. Esse
complemento chama-se (OBJETO
INDIRETO):
 (Os jovens GOSTAM de aventuras).
 Os jovens = sujeito.
 GOSTAM = verbo transitivo indireto.
 De aventuras = objeto indireto.
 GOSTAM de aventuras = Predicado verbal.

(d) (Verbo transitivo direto e indireto): É o que


se constrói com dois complementos (objeto
direto + objeto indireto).
 (O pintor OFERECEU o quadro a um amigo).
 O pintor = sujeito.
 OFERECEU = verbo transitivo direto e
indireto.
 O quadro = objeto direto.
 A um amigo = objeto indireto.

(e) (predicado verbo-nominal): Tem dois


núcleos significativos: um verbo e um nome.
Pode ser organizado:
 Com verbo intrasitivo + predicativo do sujeito:
(O soldado VOLTOU FERIDO = O soldado voltou
e estava ferido).

 Com verbo transitivo direto + predicativo do


sujeito:
 (O reu DEIXOU a sala ABATIDO = o réu deixou a
sala e estava abatido).

 Com verbo transitivo indireto + predicativo do


sujeito:
 (Eu ASSISTI à cena REVOLTADO = Eu assisti à
cena e estava revoltado).

 Com verbo transitivo direto + predicativo do


objeto:
 (Eu ACHO denise BONITA).
O termo BONITA refere-se ao objeto direto
(Denise): é predicativo do objeto.
TERMOS ACESSÓRIOS
São os que desempenha na oração uma função
secundária, de caracterizar um ser, determinar os
substantivos, exprimir alguma circunstância. São
três os termos acessórios da oração: (adjunto
adnominal, adjunto adverbial e aposto).

Adjunto adnominal
É o termo que caracteriza ou determina os
substantivos.
 (MEU irmão veste roupas VISTOSAS.
 MEU: determina o substantivo IRMÃO: é um
adjunto adnominal.
 VISTOSAS: Caracteriza o substantivo ROUPAS:
é um adjunto adnominal).

O adjunto adnominal pode ser expresso:


 Pelos (adjetivos):
 (Agua FRESCA, terras FÉRTEIS, animal FEROZ).

 Pelos (artigos):
 (O mundo, AS ruas, UM rapaz).

 Pelos (pronomes adjetivo):


 (NOSSO tio, ESTE lugar, POUCO sal, MUITAS
rãs, país CUJA historia conheço, QUE rua?).

 Pelos (numerais):
 (DOIS pés, QUINTO ano,capítulo SEXTO).

 Pelas (locuções ou expressões adjetivas):


Que exprimem qualidade, posse, origem, fim
ou outra especificação.
 (Presente DE REI (=régio) = qualidade;
 Livro DO MESTRE, as mão DELE = posse,
pertença;
 Água DA FONTE, filho DE FAZENDEIROS =
origem.
 Fio DE AÇO, CASA DE MADEIRA = matéria).

Adjunto adverbial
É o termo que exprime uma circunstância (de
tempo, lugar, modo, etc.). em outras palavras, que
modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou
advérbio.
 (Meninas NUMA TARDE brincavam DE RODA NA
PRAÇA).

O adjunto adverbial é expresso:


 Pelos (advérbios):
 (Cheguei CEDO.
 Ande DEVAGAR.
 Maria é MAIS alta.
 NÃO durma ao volante.
 Moramos AQUI).
 Pelas (locuções ou expressões adverbiais): Um aposto pode referir-se a outro aposto:
 (ÁS VEZES viajava de trem.  (Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares,
 Compreendo SEM ESFORÇO. FILHA DO VELHO CORONEL TAVARES,
 Sái COM MEU pai. SENHOR DE ENGENHO).
 Julio reside EM NITERÓI).
O aposto pode vir precedido das expressões
Aposto explicatvas ISTO É, A SABER, ou da preposição
É uma palavra ou expressão que explica ou acidental COMO:
exclarece, desenvolve ou resume outro termo da  Dois países sul-americanos, ISTO É, A
oração. BOLÍVIA E O PARAGUAI, não são banhados
 (Pedro 2º, IMPERADOR DO BRASIL, foi um pelo mar.
monarca sábio.  Este escritor, COMO ROMANCISTA, nunca foi
 Nicanor, ASCENSORISTA, expôs-me seu caso superado.
de consciência.
 No brasil, REGIÃO DO OURO E DOS O aposto que se refere a objeto indireto,
ESCRAVOS, encontramos a felicidade. complemento nominal ou adjunto adverbial vem
 No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, precedido de preposição.
HERÓI DE NOSSA GENTE).  O rei perdoou aos dois: AO FIDALGO E AO
CRIADO.
O núcleo do aposto é um substantivo ou pronome  Acho que adoeci disso, DE BELEZA, DA
substantivo. INTENSIDADE DAS COISAS.
 (Foramos dois, ELE E ELA.  De cobras, morcegos, bichos, DE TUDO ela
 Só não tenho um retrato: O de minha irmã. tinha medo.
 O dia amanheceu chuvoso, O que me obrigou a
ficar em casa).
Vocativo
Aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas Do latim vocare=chamar é o termo (nome, título,
frases seguintes, não há aposto, mas predicativo apelido) usado para chamar ou interpelar a
do sujeito. pessoa, o animal ou a coisa personificada a que
 (AUDACIOSOS, os dois surfistas atiraram-se às nos dirigimos.
ondas.  (ELESBÃO? ELESBÃO! Venha ajudar-nos, por
 As borboletas, LEVES e GRACIOSAS, favor!.
esvoaçavam num balé de cores).  A ordem, MEUS AMIGOS, é a base do governo.
 Corre, corre, Ó LAGRIMAS SAUDOSAS!.
Os apostos, em geral, destacam-se por pausas,  Ei-lo, o teu defensor, Ó LIBERDADE.
indicadas, por vírgulas, dois pontos ou travessões.  Vocês por aqui, MENINOS?).
Não havendo pausa, não haveria vírgula.
 (Minha irmã BEATRIZ; o escritor JOÃO RIBEIRO; Obs.: profere-se o vocativo com entoação
o romace TOIA; o rio AMAZONAS; a rua exclamativa. Na escrita é separado por vírgula.
OSVALDO CRUZ; o colégio TIRADENTES etc.).
 (Onde estariam os descendentes de amaro O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do
VAQUEIRO?). discurso, que pode ser uma pessoa, um animal,
uma coisa real ou entidade abstrata personificada.
O aposto pode preceder o termo a que se refere, Podemos antepor-lhe uma interjeição de apelo (Ó,
o qual, às vezes, está elíptico. OLÁ, EH!).
 (RAPAZ IMPULSIVO, Mário não se conteve.  (Tem compaixão de nós, Ó CRISTO!.
 MENSAGEIRA DA IDEIA, a palavra é a mais bela  Ó DR NOGUEIRA, mande-me cá o Padilha,
expressão da alma humana. amanhão!.
 IRMÃO DO MAR, DO ESPAÇO, amei as solidões  Esconde-te, Ó SOL DE MAIO, Ó ALEGRIA DO
sobre os rochedos ásperos). MUNDO!.
 EH! RAPAZES, são horas!.
O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração.  OLÁ COMPADRE, mais alto, mais alto!).
 (Nuvem escuras borravam os espaços
silenciosos, SINAL de tempestade iminente. Vocativo é um termo à parte. Não pertence à
 O espaço é incomensurável, FATO que me deixa estrutura da oração, por isso não se anexa ao
atônito. sujeito nem ao predicado.
 Simão era muito espirituoso, O que me levava a
preferir sua companhia).
PERÍODO COMPOSTO Ex.:
Formação do período composto  (Examinei a àrvore/ E constatei/ QUE nos seus
Para formação do período composto, podemos galhos havia parasitas).
usar dois processos sintáticos:
(1) A coordenação.  Examinei a árvore: oração coordenada;
(2) A subordinação.  e constatei: oração coordenada e principal;
Na (COORDENAÇÃO), as orações se sucedem  que nos seus galhos havia parasitas:
igualmente, sem que umas dependam oração subordinada.
sintaticamente das outras.
Ex.: Dos exemplos citados vê-se que num período
 (Assine as cartas/ e meti-as nos envelopes. composto podem ocorrer três tipos de orações:
 Adaptou-se às aspereza da vida,/ enfrentou a (1) Coordenadas;
diversidade,/desafiou o destino). (2) Principais;
(3) Subordinadas.
Na (SUBORDINAÇÃO): Pelo contrário, há
orações que dependem sintáticamente de outras,
isto é, que são termos (sujeitos, objeto,
complemento, etc.) de outras. O período seguinte,
por exemplo, está estruturado por subordinação,
porque a oração em destaque é objeto direto da
precedente, ou seja, completa o sentido da outra
oração:
 (Sílvia esperou/ QUE O MARIDO VOLTASSE.
=Sílvia esperou A VOLTA DO MARIDO).

O período composto por coordenação é


constituído de orações independetes. Estas ou
vêm ligadas pelas conjunções coordenativas ou
estão simplesmente justapostas, isto é, sem
conectivo que as enlace.
Ex.:
 (O guerreiro cristão atravessou a cabana/ E
sumiu-se na treva.
 Agachou-se, / apanhou uma pedra/ E atirou-a.
 A música se aviva,/ o ritmo torna-se irresistível,
frenético, alucinante).

O (período composto por subordinação)


consta de uma ou mais de uma oração principal e
de uma ou mais orações dependentes ou
subordinadas.
Ex.:
 (Malha-se o ferro/ ENQUANTO está quente).
 (MALHA-SE O FERRO): Oração principal.
 (ENQUANTO ESTÁ QUENTE): Oração
subordinada.

 (Peço-te/ QUE procedas/ COMO convém).


 Peço-te: oração principal;
 QUE procedas: oração subordinada;
 COMO convém: oração subordinada.

Combinando os dois processos, temos um


(período composto por coordenação e
subordinação), simultaneamente, ou período
misto, no qual encontramos oraçoes coordenas
independentes, orações princiais e orações
subordinadas.
SINTAXE DA CONCORDÂNCIA
É o princípio sintático segundo o qual as palavras
dependentes se harmonizam, nas suas flexões,
com as palavras de que dependem. Assim:
 Os adjetivos, pronomes, artigos e numerais
concordam em gênero e número com os
substantivos a que se referem (concordância
nominal);
 O verbo concordará com o sujeito da oração
em número e pessoa (concordância verbal).

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Concordância do adjetivo adjunto adnominal


A concordância do adjetivo, com a função de
adjunto adnominal, efetua-se de acordo com as
seguintes regras gerais:
(1) O adjetivo concorda em gênero e número
com o substantivo a que se refere.
 (O ALTO ipê cobre-se de flores AMARELAS).

(2) O adjetivo que se refere a mais de um


substantivo de gênero ou número diferente,
quando posposto, poderá concordar no
masculino plural (concordância mais
aconselhada), ou com o substantivo mais
próximo.
 No masculino plural:
 (Tinha as espáduas e o colo FEITOS de
encomenda para os vestidos decotados.
 Os arreios e as bagagens ESPALHADOS no
chão, em rodas.
 Ainda assim, apareci com o rosto e as mãos
muito MARCADAS.
 ...grande número de camareiros e camareiras
NATIVOS.
 À descoberta de rios e terras ainda
DESCONHECIDAS.
 Esperavam-nos alguns tios e tias MATEMOS,
com os quais fomos viver).

 Como substantivo mais próximo:


 (A marinha e o exército BRASILEIRO estavam
alerta.
 Músicos e bailarinas CIGANAS animavam a
festa.
 Meu primo estava saudoso dos tempos da
infância e falava dos irmão e irmãs
FALECIDAS).

(3) Anteposto aos substantivos, o adjetivo


concorda, em geral, com o mais próximo:
 (Escolhestes MAU lugar e hora.
 Acerca do POSSÍVEL ladrão ou ladrões.
 VELHAS revistas e livros enchiam as prateleiras.
 VELHOS livros e revistas enchiam as
prateleiras.)

Muitas vezes é facultativa a escolha desta ou


daquela concordância, mas em todos os casos PRONOMES
deve subordinar-se às exigências da euforia, da São palavras que substituem os substantivos ou
clareza e do bom gosto. os determinam, indicando a pessoa do discurso.
Quando dois ou mais adjetivos se referem ao (Pessoa do discurso): é a que participa ou é
mesmo substantivo determinado pelo artigo, objeto do ato da comunicação.
ocorrem dois tipos de construção, um e outro Na frase:
 Prendi TEU cachorro, mas não O maltratei.
legítimo.
 (Estudo AS LÍNGUAS inglesa e francesa.
 Estudo A LINGUA inglesa e A francesa. A palavra (O) substitui e representa o substantivo
(CACHORRO) e a palavra (TEU) o determina,
 OS DEDOS indicador e médio estavam feridos. isto é, indica que o animal pertence à 2ª pessoa
 O dedo indicador e O médio estavam ferido). do discurso (a pessoa com quem se fala).
As palavras (O) e (TEU), nessa frase, são
Os adjetivos regidos da preposição (DE), que se (PRONOMES).
referem a pronomes neutros indefinidos (NADA, Pronomes substantivos e pronomes adjetivos:
MUITO, ALGO, TANTO, QUE, Etc.), normalmente No exemplo acima, a palavra (O) é pronome
ficam no masculino singular: substantivo, porque substitui o substantivo
 (Sua vida nada tem de MISTERIOSO. (CACHORRO), ao passo que (TEU) é pronome
 Seus olhos têm algo de SEDUTOR). adjetivo, porque determina o substantivo junto do
qual se encontra.
Todavia, por atração, podem esses adjetivos
concordar com substantivo (ou pronome) sujeito: CLASSIFICAÇÃO
 (Elas nada tinha de INGÊNUAS. Há seis tipos de pronomes:
 Os edifícios da cidade nada têm de ELEGANTES. (1) Pessoais;
 Julia tinha tanto de MAGRA e SARDENTA,
(2) Possessivos;
quanto de FEIA!.
 Tanto tinha minha tia de EMPERIQUITADA
(3) Demonstrativos;
quanto minha avó de DESMAZELADA consigo (4) Indefinidos;
mesma. (5) Relativos;
 Esses números nada têm de PRECISOS). (6) Interrogativos.

Concordância do adjetivo do predicativo com o


sujeito Pronomes pessoais
A concordância do adjetivo predicativo com o Observe as palavras destacadas deste exemplo:
sujeito realiza-se consoante as seguintes normas:  (Mauro havia deitado tarde. ELE ainda dormia
quando a mãe O chamou).

As palavras (ELE e O) substituem o nome


(MAURO), que é a 3ª pessoa do discurso, ou
seja, a pessoa de quem se fala. Por isso, ELE e
O, nessa frase, são PRONOMES PESSOAIS.
 (Pronomes pessoais): são palavras que
substituem os substantivos e representam as
pessoas do discurso. As pessoas do discurso
são três:
1ª pessoa: A que fala:
 (eu, nós).

2ª pessoa: a com que se fala:


 (tu, vós).

3ª pessoa: ou coisa de que se fala:


 (ele, ela, eles, elas). (Pronomes oblíquos reflexivos): são os que se
referem ao sujeito da oração, sendo da mesma
pessoa que este.
 (Alexandre só pensa em SI.
 O operário feriu-SE ao subir no muro.
 Tu não TE enxergas?.
 Eu ME machuquei na escada.
 Nós NOS perfilamos corretamente.
 A mão trouxe as crianças CONSIGO).

Os pronomes pessoais dividem-se em (RETOS)


e (OBLÍQUOS):
1. (Pronomes retos): funcionam, em regra, como
Pronomes de tratamento
sujeito da oração.
Em pronomes pessoais incluem-se os pronomes
2. (Pronomes oblíquos): funcionam como de tratamento, também chamados (formas de
objetos ou complementos. tratamento), que se usam no trato com as
 (Eu TE convido). pessoas. Dependendo da pessoa a quem nos
 Sujeito = eu. dirigimos, do seu cargo, título, idade, dignidade, o
 (Objeto = te). tratamento será familiar ou cerimonioso.
 Verbo = convido.  Principais pronomes de tratamento:
 (VOCÊ): no tratamento familiar,informal.
 O (SENHOR (Sr.), A SENHORA (Srª): no
 (Nós O ajudamos ).
 Sujeito = nós. tratamento de respeito.
 (Objeto = o).  A (SENHORITA (Srª): a moças solteiras.
 (VOSSA SENHORIA (V.Sª): Para pessoas de
 Verbo = ajudamos.
cerimônia, principalmente na correspondência
comercial; para funcionário graduados.
 (Ela ME chamou).  (VOSSA EXCELÊNCIA (V.Exª): para altas
 Ela = sujeito.
 (Objeto = me). autoridades.
 (VOSSA REVERENDÍSSIMA (V.Revª): para
 Verbo = chamou.
sacerdotes.
 (VOSSA EMINÊNCIA (V.Emª): para cardeais.
 (Eles LHE bateram).  (VOSSA SANTIDADE (V.S.): para o Papa.
 Sujeito = eles.  (VOSSA MAJESTADE (V.M.): para reis e
 (Objeto = lhe).
rainhas.
 Verbo = bateram.  (VOSSA MAJESTADE IMPERIAL (V.M. I):
para imperadores.
Quanto à acentuação, os pronomes oblíquos  (VOSSA ALTEZA (V.A): para príncipes,
monossilábicos dividem-se em:
princesas e duques.
 Tônicos: (mim, ti, si).
 Átonos: (me, te, se, lhes, o, a, os, as, nos,
Esses pronomes são da 2ª pessoa, mas se usam
vos).
com as formas verbais e os pronomes possesivos
da 3ª pessoa.
Associados a verbos terminados em (-r, -s ou -z),
Ex.:
e à palavra (-eis), os pronomes (-o, -a, -os, -as)
Vossa majestade PODE partir tranquilo para a
assumem as antigas formas (-lo, -la, -los, -las),
SUA expedição.
caindo aquelas consoantes.
 (Mandaram prendê-LO.
 Ajudemo-LA. Referindo-se à 3ª pessoa, apresentam-se com o
 Fê-LOS entrar. possessivo SUA: SUA SENHORIA, SUA
 Ei-LO aqui!). EXCELÊNCIA, SUA MAJESTADE, etc.
Ex.:
Associados a verbos terminados em ditongo Certo manhã, SUA MAJESTADE o rei marcos 1
nasal (-am, -em, -ão, -õe), os ditos pronomes acordou ao som de tiros.
tomam as formas (-no, -na, -nos, -nas):
 (Trazem-NO.
 Ajudavam-NA.
 Dão-NOS de graça.
 Põe-NO aqui).
CLASSES GRAMÁTICAIS
Na língua portuguesa temos dez classes
gramaticais:
(1): Substantivo (2): Verbo
(3): Artigo (4): Advérbio
(5): Adjetivo (6): Preposição
(7): Numeral (8): Conjunção
(9): Pronome (10): Interjeição.

As classes (1, 2, 3, 5, 7, 9) são variáveis,


flexionam-se, sofrem alterações na forma. As (4,
6, 8 e 10) são invariáveis.

O substantivo e o verbo destacam-se como as


duas mais importantes classes de palavras,
porque constituem a base das frases, ou seja, da
comunicação. Isso pode ser facilmente percebido
no exemplo:
 (O CAPITÃO, sorridente e GARBOSO, MONTOU
no seu CAVALO branco).

As palavras da mesma classe têm características


comuns e, quando ordenadas em frases, cabe, a
cada uma, determinada função sintática. Assim,
no exemplo acima, o substantivo CAPITÃO
designa um ser, uma pessoa, admite flexões de
gênero (CAPITÃ) e número (CAPITÃES) e
funciona como sujeito da oração.
INTERJEIÇÃO
É uma palavra ou loução que exprime um estado
emotivo:
 (CARAMBA! Isto é chamado talento!
 PUXA VIDA! Outra vez! –exclamou Gumersindo,
brecando o carro).

Vozes ou exclamações vivas, as interjeições são


um recurso da linguagem afetiva ou emocional.
Podemos exprimir e registrar os mais variados
sentimentos e emoções:
 Aclamação:
 (VIVA!).
 Dor, arrependimento, lástima:
 (AI!, UI! OH! AI DE MIM! MEU DEUS! QUE PENA!
XI!)
 Advertência:
 (CUIDADO! DEVAGAR! ATENÇÃO! CALMA!
SENTIDO! ALERTA! OLHA! OLHA LÁ! VÊ BEM!.)
 Suspeita:
 (HUM! EPA!.).
 Admiração, surpresa, espanto:
 ( AH! OH! IH! PUXA! CÉUS! CARAMBA! QUÊ!
UÉ! HEM! UAI! CREDO!.).

Locuções interjetivas
É uma expressão que vale por uma interjeição:
 (MEU DEUS! MUITO BEM! ALTO LÁ! AI DE
MIM! Ó DE CASA!).
As interjeições são como que frases resumidas,
sintéticas:

 (UÉ!) = Eu não esperava por essa!


 (Perdão!) = Peço-lhe que me desculpe.

São proferidas com entoação especial, que se


representa, graficamente, com o (ponto de
exclamação). Este pode aparecer depois da
interjeição ou no fim da frase, ou mesmo ser
repetido:
 (OH! É um anjo aquela menina.
 OH!, trágicas novelas!
 ARRE! Você é teimosa!)

Não se deve confundir a interjeição de apelo Ó


com sua homônima OH!, que exprime admiração,
alegria, tristeza etc. faz-se pausa depois do OH!
Exclamativo e não a fazemos depois do Ó
vocativo.
 (Ó natureza! Ó mãe piedosa e pura!
 OH! A jornada negra!).

Você também pode gostar