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MATERIAL DE APOIO

15 MITOS
SOBRE A
TERAPIA
ABA
15 MITOS SOBRE A TERAPIA ABA

1 A Terapia ABA realmente


funciona?

Os dados de pesquisa mostram que a Terapia ABA


é a forma de terapia mais bem sucedida para
crianças diagnosticadas com autismo. Diferentes
estudos mostraram que cerca de 50% das crianças
que passaram pela Terapia ABA de modo intensivo

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atingiram o desenvolvimento típico. atingiram o
desenvolvimento típico.

Por que a Terapia ABA


funciona?

A Terapia é essencialmente educacional e as técnicas de ensino que utiliza


se mostraram eficientes com adultos, crianças típicas e com
desenvolvimento atípico. É um ensino altamente motivador, que respeita o
ritmo do estudante e constrói habilidades que ajudam a criança a aprender
por si só. As técnicas de ensino estão em constante aperfeiçoamento,
sempre se adaptando às novas descobertas científicas. Mais do que isso, a
Terapia ABA promove a integração entre a terapia em si e a escola regular,
além de incluir os pais no programa de tratamento. Essa integração
garante que todos ajudem no desenvolvimento da criança de modo mais
efetivo.
15 MITOS SOBRE A TERAPIA ABA

3 Por que tantos registros


na Terapia ABA?

O registro frequente de toda a Terapia ABA é uma de suas características


vitais e talvez a maior responsável pelo seu sucesso. Por meio dos registros,
os pais podem acompanhar minuciosamente o desempenho dos seus filhos:
se as metas estão sendo atingidas, qual a velocidade de aprendizagem da
criança, quais suas dificuldades, etc. O terapeuta, por sua vez, usa os
registros como termômetro do próprio trabalho. Mantém e amplia aquilo que
está dando certo e modifica rapidamente o que não está gerando resultados
apropriados. Em poucas palavras, a terapia muda em função do que a
criança está demonstrando. Desse modo, por meio do acompanhamento

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constante, é bastante difícil que a Terapia ABA não seja bem
sucedidaatingiram o desenvolvimento típico.

A Terapia ABA exige


muito das crianças?

N ão. Os terapeutas fazem uma avaliação cuidadosa da criança e propõem


programas e atividades pertinentes ao seu nível de compreensão. Em
nenhum momento, a criança é incentivada a demonstrar habilidades ou
realizar atividades além do seu nível ou contra a sua vontade.
15 MITOS SOBRE A TERAPIA ABA

5 A intensidade da
Terapia ABA cansa as
crianças?

Muitas vezes o cansaço é confundido


com falta de motivação. Na Terapia
ABA, fazemos um levantamento das
motivações da criança e as utilizamos
para tornar a terapia prazerosa. Além
disso, programamos tratamento de modo
que a criança intercale momentos de

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trabalho com momentos de lazer.

Quantas horas eu devo


fazer de Terapia ABA por
dia? E por quanto tempo?

A s pesquisas indicam que quanto mais horas de atividade, mais eficiente é a


terapia. No Brasil, o comum é encontrar crianças que fazem terapia de 2 a 4
horas por dia. O ideal, de acordo com a literatura, é de 40 horas por semana
(8 horas por dia). O tempo da Terapia varia de criança para criança.
Aquelas com menos comprometimento podem ter um bom avanço em apenas
dois anos. Crianças com mais dificuldades podem requerer mais de quatro
anos de terapia.
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surgiu no Brasil.
A Terapia ABA pode
ser aplicada pelos pais da


criança?
Existe o mito de que os pais não podem ser
bons aplicadores de Terapia ABA. Esse mito
muitos trabalhos
científicos que mostram que, muitas vezes, os
pais podem ser mais bem sucedidos do que

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profissionais que passam por treinamento de
curto prazo para atender as crianças.

A Terapia ABA robotiza


as crianças?

Esse é outro mito sobre a Terapia ABA. Os terapeutas ABA acreditam no


potencial das crianças para se tornarem adultos inteligentes e independentes e
jamais tratariam as crianças como robôs. Pelo contrário, os terapeutas são
carinhosos e calorosos com seus clientes. Provavelmente, o mito deriva de um
tipo de ensino bastante estruturado chamado de “Tentativa Discreta”, que é
muito funcional, mas que sem programação adequada pode ficar
descontextualizado. Sabendo disso, o bom profissional ABA ensina aos pais e
professores estratégias para tornar o conhecimento aprendido em Tentativa
Discreta em habilidades reais em contextos naturais. Além disso, existe uma
técnica ampla chamada de Ensino em Ambiente Natural, em que situações do
dia-a-dia são aproveitadas para ensinar comportamentos adequados.
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linguagem.
utilizando o
O mais
PLN
Como a Terapia ABA
desenvolve a linguagem?

Existem muitos meios de lidar com a


efetivo
(Paradigma
Linguagem Natural), no qual o interesse
deles
de
é

da criança é utilizado como incentivo para


a o desenvolvimento da fala. É uma
estratégia lúdica, que tem mostrado
resultados excelentes na emergência da
linguagem inicial. Consiste em aproveitar
as brincadeiras para criar uma situação
divertida e relaxante para a criança; no
meio das interações positivas, a criança é
requisitada a falar. Há também maneiras
mais estruturadas de trabalho, como
ensino de nomeação, de conversação
inicial (que, posteriormente, torna-se
menos estruturada) e leitura. Para
crianças que demonstram dificuldade em
responder vocalmente, utiliza-se o PECS
(Programa de Comunicação por Troca de
Figuras) como estratégia inicial de
desenvolvimento da linguagem.
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10 O uso de reforçadores
arbitrários é
realmente necessário?
Realmente, os terapeutas ABA utilizam motivadores (reforçadores – itens
desejados pela criança, carinhos, congratulações, etc) como forma de manter
a criança interessada nas atividades. No entanto, é preciso compreender
que a Terapia ABA não inventou os motivadores: eles são comuns no
cotidiano de qualquer pessoa. Sempre nos comportamentos para conseguir
algo, o tempo todo. O que se faz na Terapia ABA é programar o ambiente de
modo que o que interessa a criança seja a consequência de respostas
adequadas. Enquanto a professora do ensino regular briga com o aluno que
conversa, a Terapia ABA prefere reforçar o comportamento de ficar sentado.
A função do reforçador é a de capturar a atenção da criança e tornar o
ensino mais rápido e interessante para ela. É possível ensinar sem o
reforçador, mas é um ensino muito mais demorado e sem sentido para a
criança.
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11 A Terapia ABA deixa


a criança sem
vontade própria?
Não. Todos os programas ABA são desenvolvidos para que a criança se
torne independente. Os primeiros programas de aprendizagem são mais
estruturados do que os mais avançados, formando uma sequência ideal de
construção de conhecimento. O objetivo de programas mais estruturados
inicialmente ocorre porque as crianças geralmente não possuem os pré-
requisitos de atenção e concentração necessários para a aprendizagem. As
tarefas, no entanto, sejam estruturadas ou não, criam nas crianças a
capacidade de aprender por conta própria, de escolherem o que querem, de
comunicarem suas emoções e de realizar as atividades diárias sem ajuda.
Portanto, na verdade, o que ocorre é o oposto: um ensino para a vontade
própria.
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Idealmente, pessoas que
Quem deve aplicar
a ABA?

conheçam análise do comportamento


profundamente devem ser os responsáveis pelo planejamento da Terapia.
Esses profissionais, em sua maioria, são formados em Psicologia e possuem
especialização em Terapia Comportamental ou mestrado em Psicologia
Experimental ou em Análise do Comportamento. A aplicação em si, no
entanto, pode ser feita por qualquer pessoa que passe por um treinamento
com o profissional ABA. Pais, alunos de Pedagogia e Psicologia fazem esse
trabalho com competência. Há pesquisas mostrando que os pais,
particularmente, são muito hábeis em aplicar Terapia ABA. Infelizmente,
existe a falsa crença no Brasil de que os pais devem ficar de fora da terapia.
Isso é falso.
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13 Pode ser feito ABA


e outras terapias?

Pode, sim. Apesar de haver dados de pesquisa mostrando que a Terapia


ABA por si só é mais efetiva do que a mistura de terapias, é praticamente
impossível na cultura brasileira (e talvez mundial) que os pais optem por
apenas uma modalidade terapêutica. Não há nenhuma restrição da Terapia
ABA quanto a outras terapias. Os pais precisam, se optarem por muitas
terapias diferentes, exigir dos profissionais que cuidam dos seus filhos

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alguma forma de avaliação do andamento do processo, para que possam
avaliar a adequação de cada terapia para suas crianças.

Qual é o critério de
avaliação da eficiência
do programa de
tratamento e do
terapeuta ABA?
Os pais podem se guiar pelo registro de evolução da criança. É comum que
em três meses haja avanços nos programas de aprendizagem. Caso não
tenha havido nenhuma evolução depois de 30 dias, porém, é válido modificar
os procedimentos e verificar se elas melhoram o andamento da terapia.
Sobre a avaliação do terapeuta, os pais devem ficar atentos com o grau de
comprometimento do profissional, sua flexibilidade e sua boa relação com a
criança. O profissional deve ser acessível, interessado e se esforçar para
tornar a terapia o mais prazerosa para a criança quanto possível.
15 MITOS SOBRE A TERAPIA ABA

15 Como a Terapia ABA


afeta a rotina das
crianças?
Afeta proporcionando a ela um período diário de atividades de aprendizagem.
Mais do que as horas de terapia, porém, a Terapia ABA afeta a família toda,
que deve estar sempre pronta para ensinar uma nova palavra, uma nova
imitação, um novo nome, além de redirecionarem comportamentos
inadequados. Para funcionar em sua máxima força, todos os envolvidos
com a criança devem participar da Terapia ABA. Isso torna o cotidiano da
criança mais interessante para ela e mais desafiador: a todo momento há
algo a aprender, alguém com quem falar e algo novo a ser feito
ABA AUTISMO

riga do
Ob
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