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RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL
Glaucia Janoski1 - UNICENTRO
Andréa de Paula Pires2 - UNICENTRO

Eixo– Didática
Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo

Este trabalho tem como objetivo relatar e refletir experiências desenvolvidas nas atividades do
Estágio Supervisionado na Educação Infantil, com os alunos da faixa etária de 2 anos, do
maternal II B. Sendo a proposta, do estágio obrigatório da disciplina do Curso de Licenciatura
em Pedagogia, do Campus de Prudentópolis- PR. Além do relato das experiências, buscou-se
desenvolver leituras e estudos frente a prática pedagógica do professor na Educação Infantil,
articuladas com a importância da ludicidade para interação discente. O estágio teve etapas
importantes para a formação docente, sendo a observação, participação e principalmente
atuação, cada etapa teve a duração de 20 horas. No decorrer do período da observação e
participação, percebeu-se que algumas das atividades que foram desenvolvidas com os alunos
não estavam relacionadas com a ludicidade. Sendo que as mesmas eram realizadas na maioria
das vezes, individualmente, utilizando atividades da apostila, o que ocasionou a pouca
interação dos alunos na realização das mesmas. Foi nesse momento que se refletiu sobre a
teoria que se estuda na Universidade para pôr em prática na sala de aula na etapa de atuação.
A professora regente da turma propôs, para a etapa de atuação, o trabalho com o tema
“alimentação saudável”. Sendo assim, a regência decorreu primeiramente com diálogos para
obter o conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto e as interações por meio do teatro, o
qual proporcionou aos alunos o início da perda da timidez, pois todos participaram e
interagiam entre si. Desse modo, foi possível perceber que as atividades propostas no decorrer
do estágio, na etapa de atuação, deram resultados satisfatórios e os objetivos foram
alcançados. Mas certamente esse resultado se deu por relacionar a teoria e a prática, tendo por
base autores que fundamentam a teoria e enfatizando a ludicidade para promover interação e
aprendizagem.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Interação. Ludicidade.

1
Graduanda em Pedagogia pela Unicentro Campus Extensão Prudentópolis. E-mail: glauciajanoski@gmail.com
2
Professora na Universidade Estadual do Centro-Oeste/UNICENTRO/DEPED. E-mail:
andreappires@hotmail.com

ISSN 2176-1396
19933

Introdução

O presente trabalho fundamenta-se nas experiências desenvolvidas na prática do


estágio supervisionado, o qual é necessário para conclusão do curso de Licenciatura em
Pedagogia. Neste período da formação o acadêmico realiza três etapas do estágio, iniciando
pela observação, seguindo pela participação e finalizando com a etapa da atuação.
O estágio supervisionado ocorreu num Centro Municipal de Educação Infantil
(CMEI), no município de Prudentópolis – Paraná. Tais etapas tiveram a orientação e
acompanhamento da professora da disciplina de estágio supervisionado.
De acordo com Godoy e Soares (2014), o estágio supervisionado faz parte do currículo
no curso de Licenciatura em Pedagogia, no qual o acadêmico precisa concluir, pois se trata de
uma etapa importante para sua formação, atuando como professor, assim futuramente será o
seu campo de trabalho.
Considerando a importância da relação entre teoria estudada na Universidade e a
prática em sala de aula, nas etapas de observação e participação, percebeu-se que algumas
atividades desenvolvidas pela professora regente, no período estagiado, não eram lúdicas e
estas diminuíam a interação dos alunos.
Mediante as leituras realizadas de alguns teóricos, bem como, Santos (2012), a
ludicidade é essencial para o desenvolvimento da criança, sendo que por meio desta o aluno
tem liberdade em se expressar e agir de forma espontânea, mas para isso as atividades
precisam ser descontraídas e desobrigadas.
Sendo assim, observou-se que quando havia atividades relacionadas à apostila ou
desenhos para assistir, o interesse era menor por parte dos alunos na realização das mesmas.
Percebeu-se ainda que os alunos não realizavam atividades em grupos. Com essas
constatações foi possível fazer reflexões e assim, proporcionar atividades pensando na
ludicidade para a etapa de atuação do estágio.
Conforme Santos (2012), é fundamental refletir sobre a prática do professor em sala,
ao se tratar da ludicidade e que esta é necessária para prender a atenção do aluno, fazendo
com que a aprendizagem aconteça de forma natural por meio das brincadeiras.
Portanto, este trabalho tem como objetivo geral, relatar e refletir algumas experiências
desenvolvidas no processo do Estágio Supervisionado na Educação Infantil, demonstrando a
relação da teoria estudada no âmbito acadêmico com as práticas dentro da sala de aula. Assim
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ressaltando a importância da brincadeira na educação infantil e destacando a atuação na


formação inicial de professores.
Este trabalho conta com a abordagem qualitativa, que, conforme Godoy (1995), se
preocupa em aprofundar o estudo que acontece na realidade da sociedade, ocorrendo o
desenvolvimento de um estudo com pessoas envolvidas, sendo que essa é uma maneira na
qual se consegue vários dados para obter um resultado de qualidade.
Este estudo apresenta relatos e reflexões acerca da experiência do estágio, nas quais,
ocorreram diferentes situações que contribuíram para a aprendizagem e formação docente.
Nas considerações finais, serão destacados os resultados, reflexões e aprendizagens
frente a importância do lúdico na Educação Infantil e ainda, a relevância do estágio para a
formação do professor.

Experiências desenvolvidas no processo do Estágio Supervisionado na Educação


Infantil.

Este trabalho fundamenta-se no relato e reflexão de experiências vivenciadas no


Estágio Supervisionado, o qual aconteceu em um Centro Municipal de Educação Infantil
(CMEI), no município de Prudentópolis. Tendo a carga de 60 horas, que foram divididas em
três etapas, sendo: observação, participação e atuação, perfazendo 20 horas cada etapa, as
quais foram desenvolvidas no primeiro semestre de 2016.
Na etapa de observação, o aluno/estagiário vai até a instituição, sendo esse o primeiro
contato com a escola, é nessa etapa que se conhece os alunos, diretor e professores.
De acordo com Godoy e Soares (2014), a observação acontece em todo o processo do
estágio, mas é fundamental que a mesma ocorra com maior ênfase na etapa de observação
para que o estagiário esteja preparado para as próximas etapas, como a participação e
principalmente a atuação.
A etapa da participação proporciona um contato maior com os alunos, porque o
acadêmico já pode ajudar a professora regente da turma nas realizações das atividades. Mas,
“é importante mostrar solicitude junto ao profissional mais experiente que está
acompanhando” (GODOY; SOARES, 2014, p.86).
A atuação é a etapa em que o estagiário passa a praticar o conhecimento que adquiriu
no CMEI, nas etapas de observação e participação, articulando com a teoria que o mesmo
aprendeu na Universidade.
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Conforme Godoy e Soares (2014), a atuação é fundamental na formação do professor


pedagogo, sendo esse o momento que se atua na realidade e assim se consegue experiências
para a sua futura profissão.
A etapa de atuação é a que se enfatiza neste trabalho. Nesta o acadêmico busca um
Centro de Educação Infantil para correlacionar a teoria e prática, ou seja, as atividades
desenvolvidas precisam ter a base teórica.
Com as etapas de observação e participação, o acadêmico, ao atuar, tem autonomia no
trabalho em sala de aula, e o mesmo precisa ter conhecimentos para construir habilidades e
facilitar o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.
Desse modo se referem Godoy e Soares (2014, p.85):

Os momentos de participação e atuação no estágio supervisionado geram grande


expectativa de aprendizagem e de ensino no estagiário, é uma etapa singular, ao
mesmo tempo em que ensina os alunos, aprende e se desenvolve como discente-
docente.

O estágio supervisionado também possibilita ao acadêmico reflexões sobre a


possibilidade de ser educador. Caso contrário, o mesmo poderá perceber a tempo que não é
essa a profissão que almeja e assim seguir outros caminhos. Pois é necessário gostar de
ensinar e aprender juntamente com os alunos.
Para Borssoi (2008), a ação-reflexão no processo da formação do professor contribui
na compreensão da teoria e a prática, sendo que ao refletir as práticas, se buscará a teoria para
estas reflexões.
Sabendo que a criança aprende por meio da brincadeira, cabe ao professor
proporcionar atividades que promovam experiências diversas para seus alunos, tais como:
“sentir, manipular, observar, criar, descobrir, relacionar, articular, elaborar hipóteses e
verificá-las compreender informações cada vez mais complexas” (RIBEIRO, 2001, p.112).
A criança que possui diversas experiências terá mais facilidade para desenvolver- se,
aprender conteúdos e tudo o que a cerca. Pois desta forma aumentará a interação na realização
das atividades. Mas para isso, o estagiário necessita ter “conhecimento prático e
conhecimento técnico” (BORSSOI, 2008, p.7).
Diante das reflexões expostas e de todos os conhecimentos adquiridos no curso de
Pedagogia, estes não se distanciaram da prática no estágio supervisionado, sendo que sempre
buscou-se relacionar a teoria com a prática.
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Iniciou-se o estágio conhecendo a professora e a turma de sua regência.


Posteriormente houve um encontro com a diretora, a qual proporcionou um conhecimento
maior sobre a instituição e apresentou o Projeto Político Pedagógico - PPP.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), uma
das propostas pedagógicas é garantir que a criança possa ter vários conhecimentos e
aprendizagem. Assim também, tem o direito a proteção, saúde, liberdade, confiança, respeito,
a convivência com outras crianças, adultos e principalmente o brincar, que é através deste que
a criança tem uma aprendizagem significante.
Com alguns dias de estágio já realizados, a professora regente propôs que se
trabalhasse na etapa de atuação, a temática alimentação saudável com os alunos do maternal II
B. O referido estágio foi realizado em turno matutino e vespertino. Todas as atividades
desenvolvidas foram planejadas para a faixa etária dos alunos entre 2 anos.
No decorrer da observação e participação foi possível perceber que os alunos tinham
uma rotina a seguir, sendo: o horário para o café, almoço e lanche da tarde. Tendo esse
conhecimento, no decorrer do estágio teve-se a preocupação em não alterar esta rotina.
Antes da etapa da atuação, houve um diálogo com a professora regente a respeito dos
recursos que seriam utilizados em sala, tais como: aula expositivo-dialogada, TV, fantoches,
cartolinas, figuras, papel crepom entre outros.
Conforme já exposto, a interação entre os alunos seria o motivo central para que
ocorressem reflexões no momento de planejar as atividades. E assim obter o desenvolvimento
cognitivo, afetivo e social dos alunos para possibilitar a interação através da ludicidade, sendo
que a mesma acontece quando o mediador desenvolve atividades diferentes para estimular o
desenvolvimento da criança.
Sabendo da importância em desenvolver atividades diversificadas, a regência iniciou-
se por meio de conversas com os alunos, para ter um conhecimento prévio sobre o que teriam
de conhecimento referentes a alimentação saudável. Para que os mesmos compreendessem o
tema, foi apresentado um vídeo, músicas e histórias contadas, sempre comparando o alimento
saudável com o não saudável, inclusive com os alimentos que os alunos comiam no CMEI.
Dando prosseguimento nas atividades em sala de aula, foi realizado um teatro
utilizando fantoches feitos de pano e papel, representando um menino, o tomate e a cenoura,
sendo os alimentos saudáveis e o salgadinho o alimento não saudável. O teatro ocorreu
baseando-se na história do Joãozinho, o qual havia comido o salgadinho, produto
industrializado não saudável, o que causou nele uma tremenda dor de barriga, nisso
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apareceram a cenoura e o tomate dizendo que os mesmos são os alimentos saudáveis e que o
Joãozinho deveria mudar seu hábito alimentar, (Figura 1). Após a encenação do teatro, os
alimentos saudáveis e o Joãozinho ensinaram uma musiquinha para as crianças, tendo a
seguinte letra: salgadinho se eu comer vou ficar fraquinho e a barriga vai doer, tomatinho e
cenourinha se eu comer vou ficar fortinho vou ficar saudável e crescer.
Conforme Ribeiro (2001), a música é um meio de formar o conhecimento, pois,
propicia expressões diversas que integra e envolve o movimento, imaginação e comunicação.
Figura 1 - Teatro com Joãozinho, salgadinho, tomate e cenoura.

Fonte: Acervo pessoal, Glaucia Janoski. 13-06-2016.

Durante a realização do teatro percebia-se que as crianças estavam adorando,


prestavam atenção e o mais importante é que as mesmas interagiam com os personagens e
com os colegas, pediam para realizar o teatro várias vezes. Quando finalizado o teatro, foi
disponibilizado os personagens para que os próprios alunos contassem uma história com os
personagens, a atividade ocorreu de maneira satisfatória, na qual todos queriam participar.
Tendo a participação dos alunos na realização do teatro, foi possível ver a criatividade
e a imaginação que os mesmos possuíam, nesse primeiro momento do estágio ficou evidente a
participação, alegria e interação dos alunos.
Conforme Santana (2011), o teatro é um meio de promover a relação social, com isso
aumenta a confiança das crianças, possibilitando conhecimentos de valores e trabalhos em
grupo. O teatro feito através de histórias contadas por crianças ou adultos exercitam bastante a
expressão verbal e a movimentação do corpo; o mesmo ajuda para o desenvolvimento pessoal
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e criativo, onde a criança passa a perceber e interiorizar conceitos que são levados pela vida
toda, bem como respeito e responsabilidade.
Notavelmente essa atividade possibilitou vários conhecimentos, além disso, quando o
aluno participa da história, a atividade torna-se mais significante para o mesmo, sendo ele o
sujeito de uma determinada história.
Outras atividades desenvolvidas em sala de aula foram o jogo da memória e quebra
cabeça, sendo que estes são importantes para que ocorra a ludicidade e interação no ensino-
aprendizagem. Assim contribui Santos (2012, p.4):

O lúdico consiste basicamente em satisfazer a criança, trabalhando com o real, o


concreto, tocando, deslocando, montando e desmontando. Sua finalidade é o próprio
prazer do funcionamento da brincadeira é considerado importantíssimo, pois ajuda
no desenvolvimento cognitivo e facilita a aprendizagem e a interação entre os
colegas.

A ludicidade em sala proporciona felicidade, tornando leve a rotina dos alunos, mas o
professor precisa trabalha-las pensando no conteúdo.
Dando continuidade na atuação, a aula prosseguiu com a explicação de todas as peças
do jogo da memória, questionando os alunos se conheciam aqueles alimentos saudáveis e qual
seria o nome destes, em seguida houve a demonstração de como o jogo é realizado.
Neste jogo existem regras e objetivos os quais precisam ser respeitados, sendo que
estes eram lembrados para os alunos e os mesmos tiveram que respeitar as regras existentes e
ter uma relação harmoniosa com os colegas. “O jogo de regras é um jogo de significado, em
que o desafio é superar a si mesmo e/ou ao outro” (NUNES, 2013, p.6).
Nesta atividade lúdica a aprendizagem ocorreu de várias maneiras, pois era necessário
reconhecer e associar duas peças iguais exercitando a memória e concentração. Os alunos
também aprenderam a esperar por sua vez, entender que nem sempre no jogo se ganha e
principalmente interagir com os demais alunos sem que houvesse discussões.
O jogo proporcionou a interação entre os alunos, sendo que estes foram divididos em
grupos, e nas conversas ouvia-se os comentários a respeito das preferências dos alimentos e
os quais não gostavam, havendo dessa forma a interação entre a turma toda.
Para iniciar a montagem do quebra cabeça, primeiramente foi questionado se os alunos
já sabiam como este jogo ocorre. Algumas crianças já tinham o conhecimento, sabendo disso
a explicação foi realizada para a turma como um todo. Em seguida houve explicações
individuais e cada aluno recebeu duas peças com frutas diferentes, porém cortadas ao meio
ficando quatro peças onde os alunos deveriam encaixar as frutas iguais. De início as peças
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para montar o quebra cabeça era diferente uma da outra para que houvesse um entendimento
do jogo, em seguida, foram disponibilizadas peças de diversas cores e formatos, dificultando
o quebra cabeça.
No primeiro momento os alunos confundiam-se para associar a cor e o formato das
frutas, mas, os mesmos tiveram o incentivo para não desistir, os quais, perguntavam se estaria
certo ou errado. Com as explicações expostas, cada vez mais os alunos interagiam com todos
da sala, pois um pedia ajuda para o outro, mostravam o resultado final do quebra cabeça e
trocavam as figuras.
O quebra cabeça além de proporcionar a interação, facilitou a aprendizagem das
diferentes formas e cores que os alimentos teriam e também houve paciência por parte da
turma, para poder encaixar as peças do jogo.
No que se refere a avaliação dos alunos, esta aconteceu por meio da observação direta,
conforme a participação dos mesmos em cada atividade realizada.
Conforme consta na LDB (1996), art. 31. A avaliação na modalidade de Educação
Infantil precisa acontecer por acompanhamentos e registros do desenvolvimento do aluno sem
qualquer promoção.
Para finalizar a etapa de atuação, foi desenvolvida a atividade final, tratando-se da
síntese integradora, para verificar se os alunos compreenderam o que foi desenvolvido com os
mesmos, bem como se souberam diferenciar o alimento saudável do não saudável. Nesta
atividade foi feito um cartaz dividido ao meio, contendo de um lado a carinha triste e do outro
a carinha feliz. Esse cartaz foi fixado na parede para que os alunos colassem as imagens dos
alimentos saudáveis na carinha feliz e dos não saudáveis na carinha triste, (Imagem 2).
Figura 2 – Cartaz da alimentação saudável e não saudável.

Fonte: Acervo pessoal, Glaucia Janoski. 16-06-2016.


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Para realizar esta atividade houve um diálogo para que os alunos ficassem sentados e
esperassem a sua vez para pegar a figura que desejassem e colar no cartaz conforme o que
aprendeu.
No decorrer de todas as atividades foi possível perceber que aos poucos os alunos
estavam aprendendo sobre o tema proposto. Mas foi na síntese integradora, na última
atividade da atuação, que isso se confirmou, pois os métodos lúdicos utilizados
proporcionaram aprendizagem para os alunos. “Usar o lúdico na Educação Infantil é muito
prazeroso, pois facilita e auxilia o entendimento para um despertar de um novo mundo”
(SANTOS, 2012, p.6).
Ver as crianças aprendendo e interagindo, foi de suma importância na formação, pois
foi através da atuação que se conseguiu experiência e reflexão sobre a teoria e a prática para
quando for atuar como professora.
Ressalta-se que estas atividades não foram as únicas desenvolvidas no decorrer do
estágio, mas foram nestas que a interação aconteceu naturalmente e isso servirá de
experiência para a prática da futura profissão.
Foi no estágio que se conseguiu realizar reflexões referentes à teoria estudada e a
prática desenvolvida. Pois, sem estes conhecimentos e experiências, certamente não seria
possível compreender a realidade de uma sala de aula e nem haveria experiências da
profissão.

Considerações Finais

Este trabalho foi de grande relevância para a formação acadêmica, pois a teoria
estudada na Universidade foi aliada a prática em sala de aula. Houve a possibilidade de
vivenciar experiências diversas para o preparo da futura profissão. O estágio contribui de
forma significativa, porque nos coloca em contato com a realidade de futuros professores.
No estágio da Educação Infantil teve-se a certeza do quanto à ludicidade é importante,
pois a mesma proporcionou a interação dos alunos em relação às atividades desenvolvidas.
Foi por meio da ludicidade que as crianças perderam o medo, a timidez, a insegurança, e
assim, demonstravam o interesse pelas atividades trabalhadas. E isso, certamente facilitou o
desenvolvimento e a aprendizagem dessas crianças que estão iniciando seus estudos, fazendo
a base para os anos iniciais.
Para a atuação do estágio houve um preparo teórico aprofundado, além disso, a
confiança e segurança para desenvolver as aulas sempre estiveram presentes. Nas atividades
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realizadas percebeu-se um resultado satisfatório, pois os objetivos das aulas foram


alcançados, onde os alunos interagiram e aprenderam conteúdos através da ludicidade.
Assim, com essas experiências se confirma que o conhecimento presente na teoria
precisa dialogar com a prática e que a criança aprende por meio do que gosta, ou seja, a
brincadeira a qual é essencial na vida da mesma.
Tanto a etapa de observação como a de participação foram essenciais no estágio, mas
é na etapa de atuação que se adquiriu conhecimentos e experiências diversas, as quais serão
levadas como experiências positivas para quando for assumir uma turma da Educação
Infantil.

REFERÊNCIAS

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