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São Paulo:
Boitempo, 2004.
E essa terra de ninguém, entre o direito público e o fato político e entre a ordem
jurídica e a vida, que a presente pesquisa se prop6e a explorar. Somente erguendo o véu
que cobre essa zona incerta poderemos chegar a compreender o que esta em jogo na
diferença – ou na suposta diferença – entre o político e o jurídico e entre o direito e o
vivente. E só então será possível, talvez, responder a pergunta que não para de ressoar
na história da política ocidental: o que significa agir politicamente?
1.2. Entre os elementos que tornam difícil uma definição do estado de exceção,
encontra-se, certamente, sua estreita relação com a guerra civil, a insurreição e a
resistência. Dado que é o oposto do estado normal, a guerra civil se situa numa zona de
indecidibilidade quanto ao estado de exceção, que e a resposta imediata do poder estatal
aos conflitos internos mais extremos (...)”.
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p. 14: “1.3.
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p. 18: 11.5. (...) estafetas [os autores que registraram a transformação dos
regimes democráticos pela expansão dos poderes executivos durante as 2 guerras
mundiais, sobretudo a 1ª Guerra, porque aparece como um laboratório de experiência e
e/ou aperfeiçoamento de mecanismos e/ou dispositivos funcionais do estado de exceção
como paradigma de governo] que anunciam o que hoje temos claramente diante dos
olhos, ou seja, que, a partir do momento em que ‘o estado de exceção [...] tornou-se a
regra’ (Benjamin, 1942, p. 697), ele não só sempre se apresenta muito mais como uma
técnica de governo do que como uma medida excepcional, mas também deixa aparecer
sua natureza de paradigma constitutivo da ordem jurídica.
Entendemos por leis de plenos poderes aquelas por meio das quais se
atribui ao executivo um poder de regulamentação excepcionalmente
amplo, em particular o poder de modificar e de anular, por decretas, as
leis em vigor. (Tingsten, 1934, p. 13)”.
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p. 20: “‘Na era at6mica em que 0 mundo agora entra, e provável que o uso dos
poderes de emergência constitucional se torne a regra e não a exceção’ (ibidem, p. 297)
(...).