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Escola secundaria Pré- Universitaria Samora Moisés Machel

– beira

Trabalho de Filosófia
Tema: FALÁCIA E SOFISMO

Discentes:
Eliana Joaquim Passe- No 25
Ema Domingos Pedro - No 26
Eufranque Horacio Covalen - No 27
Evanilda Aline Carlos Aliana - No 28
Felisberto Fernando Bingala- No 29
Fernando Almeida- No 30
O Docente: Bento
Beira, Junho de 2022

Índice
1.1. Objectivos.............................................................................................................................1

1.1.1.Geral.......................................................................................................................................1

1.1.2.Especificos..............................................................................................................................1

2. FALÁCIA E SOFISMO.......................................................................................................2

2.1. Falácias.................................................................................................................................2

2.2. Tipos de Falácia....................................................................................................................2

2.2.1. Falácias formais....................................................................................................................2

2.2.2. Falacias Não-Formais...........................................................................................................3

2.2.3. Falácias Proposicionais.........................................................................................................4

2.2.4. Falácias de quantificação......................................................................................................4

2.2.5. Falácias Silogísticas formais.................................................................................................4

3. SOFISMO.............................................................................................................................5

3.1. Origem..................................................................................................................................5

3.2. A importância dos Sfistas.....................................................................................................7

3.3. Uso de Sofismas na atualidade.............................................................................................8

4. Conclusão.............................................................................................................................9

5. Referências Bibliográficas..................................................................................................10
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1. Introduação
A pesquisa sobre os sofistas conheceu importante florescimento Ao longo do século XX, e Muito
se escreveu no sentido de “reabilitar” Esses pensadores gregos contra preconceito de que foram
vítimas ao longo da história da filosofia, desde Platão. O trabalho presente de Filosofia tem
como objectivo falar de forma teorica não só acerca do Sofismo bem comoda falácia,. Para tal o
presente trabalho sera abordado sob luz de sguintes objectivos:

1.1. Objectivos

1.1.1.Geral
 Conhecer o pensamento ou a ideia principal da Falávia e Sofismo;

1.1.2.Especificos
 Descrever a importância do sofismo para a actualidade ;
 Caracterizar os tipos de Falácia;
 Relacionar a falácia do sofismos.
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2. FALÁCIA E SOFISMO

2.1. Falácias

Falácias segundo ABBAGNANO (2007), são argumentos que têm a pretensão de ser corretos e
conclusivos mas que, no entanto, possuem algum erro em sua estrutura ou seu conteúdo. São
majoritariamente encontradas em pensamentos envolvendo maus raciocínios ou ilusões que
fazem com que um mau argumento pareça adequado quando, na verdade, é frágil ou
inconsistente. Também podem ser chamadas sofismas, que são raciocínios elaborados
maliciosamente a fim de enganar o interlocutor, ou paralogismos, que são raciocínios falsos mas,
diferentemente dos sofismas, sem a intenção de enganar.

São diversos os modos de uso do termo ‘falácia’. De maneira mais geral, é utilizada para fazer
referência a qualquer falsa crença ou ideia equivocada, como quando alguém afirma que “todos
os patos são brancos. Para COPI (1974) Em filosofia, as falácias fazem parte do campo de
estudos da lógica e nesse campo são definidas, mais estrita e tecnicamente, como erro
de argumentação ou de raciocínio e são, geralmente, aplicados pelos lógicos àqueles argumentos
que, apesar de incorretos, podem parecer convincentes, de modo que apenas um exame
cuidadoso é capaz de revelar seu erro. Contudo, alguns argumentos são tão claramente falaciosos
que não são capazes de enganar a ninguém. O termo também foi utilizado por filósofos
da Escolástica para se referir à obra Refutações sofísticas, de Aristóteles, onde o autor se põe a
analisar as falácias de seu tempo.

A respeito da classificação das falácias, o matemático e lógico moderno Augustus De Morgan


afirma que “não há coisa alguma que possa ter o nome de uma classificação dos modos como os
homens chegam a um erro; e é muito duvidoso que possa haver alguma.” No entanto, conhecer e
classificar as falácias é muito útil para que as mesmas possam ser identificadas. As falácias são,
portanto, divididas em dois grupos: falácias formais e falácias não-formais.

2.2. Tipos de Falácia

2.2.1. Falácias formais


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Falácias formais são erros que dizem respeito à forma de um raciocínio, independentemente de
seu conteúdo, violando, assim, alguma regra formal das diversas que são tratadas no campo da
lógica. O seguinte exemplo apresenta uma falácia formal

 Messi é craque

 Cristiano Ronaldo é craque

 Logo, Messi é Cristiano Ronaldo

O exemplo acima é um tipo do que chamamos de inferência lógica e pode ser logicamente
apresentado da seguinte maneira:

A=B
C=B
C=A

É possível perceber a falácia desta inferência apenas pela observação de sua forma, não
importando qual é o contexto, o tema ou os elementos que são tratados na argumentação. Neste
exemplo, a falácia é encontrada na identificação de A (Messi) com C (Cristiano Ronaldo) por
meio de sua relação com B (craque). Ou seja, não é porque tanto Messi quanto Cristiano Ronaldo
são craques que Messi e Cristiano Ronaldo são o mesmo craque.

Pode-se ver que a forma acima está correta, não possui falácia formal. Contudo, há no conteúdo
da argumentação um engano provocado pelo duplo sentido da palavra ‘planta’, que pode
significar tanto uma espécie de vegetal quanto o projeto de um determinado edifício. É, portanto,
uma falácia não-formal.

2.2.2. Falacias Não-Formais

As falácias não-formais possuem uma quantidade considerável de classificações que se


acumularam no decorrer da história da lógica, de maneira a dificultar seu agrupamento em um
único campo. Aristóteles as havia dividido em dois grupos, chamados pelos escolásticos de in
dictione, quer dizer, os de acordo com o modo de se expressar, e extra dictionem, ou seja,
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aqueles que são independentes do modo de expressão (JOSEPH,1906). Estas somavam treze
diferentes classificações de falácia. Posteriormente, diversas variações das classificações de
Aristóteles foram identificadas como falácias não-formais, além de novas classificações, de
modo que os manuais de lógica ainda não estabeleceram nenhum sistema definitivo de
classificações dos tipos de falácias não-formais.

2.2.3. Falácias Proposicionais

Uma falácia proposicional é um erro que se trata de proposições compostas. Para uma
proposição composta ser verdadeira, os valores de verdade de suas partes constituintes devem ser
coerentes com os respectivos conectivos que ocorrem nela (mais comumente: [e], [ou], [não],
[somente se], [se e apenas se]). As falácias a seguir envolvem relações cujos valores de verdade
não são garantidos e, portanto, não garantem que resultam em conclusões verdadeiras.

 Afirmar uma disjunção – concluir que uma disjunção de uma disjunção lógica deve ser
falsa porque a outra disjunção é verdadeira.
 Afirmação do consequente – o antecedente em um condicional indicativo é afirmado
como verdadeiro porque o consequente é verdadeiro.
 Negação do antecedente – o consequente em um condicional indicativo é afirmado
como falso porque o antecedente é falso.
2.2.4. Falácias de quantificação

Uma falácia de quantificação é um erro na lógica onde os quantificadores das premissas são
contraditórios ao quantificador da conclusão.

 Falácia existencial – um argumento contém duas premissas universais (todos, todas)


para chegar a uma conclusão específica (alguns, algumas). (por exemplo: se TODAS as
babás tem acne, e TODAS as integrantes do clube de babás são babás, logo ALGUMAS
das integrantes do clube tem acne.)
2.2.5. Falácias Silogísticas formais
 Falácias silogísticas são falácias lógicas que ocorrem em silogismos.
 Conclusão afirmativa de uma premissa negativa (negativo incorreto) – um silogismo
categórico tem uma conclusão positiva, mas ao menos uma premissa negativa.
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 Conclusão negativa das premissas afirmativas (afirmativo incorreto) – um silogismo


categórico tem uma conclusão negativa, mas premissas afirmativas.
 Falácia de premissas exclusivas – um silogismo categórico que é inválido porque ambas
as premissas são negativas.
 Falácia do escopo modal – um nível de necessidade injustificado é posto na conclusão.
 Falácia do termo médio não distribuído – o termo do meio em um silogismo categórico
não é distribuído.
 Falácia dos quatro termos – um silogismo categórico que possui quatro termos.
 Falácia modal – confundir necessidade com suficiência.

Uma condição X é necessária para Y se X for necessária até mesmo para a possibilidade de Y. X
não conclui Y por si só, mas se não houver X, não haverá Y. (por exemplo: o oxigênio é
necessário para o fogo, mas não se pode presumir que em todos os lugares onde há oxigênio, há
fogo.)

Uma condição X é suficiente para Y se X, por si só, é suficiente para gerar Y. (por exemplo:
andar de ônibus é um meio de transporte funcional para chegar ao trabalho. Mas existem outros
meios de transporte – carro, táxi, bicicleta, caminhada – que podem ser usados.)

Ilícito maior – um silogismo categórico que é inválido porque seu termo principal não
é distribuído na premissa maior, mas na conclusão.

Ilícito menor – um silogismo categórico que é inválido porque seu termo menor não é
distribuído na premissa menor, mas distribuído na conclusão.

3. SOFISMO
3.1. Origem

O termo "sofista" tem sua origem no idioma grego, a partir da palavra "sophistēs", derivada de
"sophia" e "sophos", significando "sabedoria" e "sábio" respectivamente. O termo Sophistēs foi
originalmente utilizado por Homero, para descrever alguém habilidoso em uma determinada
atividade. Com o tempo a palavra passou a designar a sabedoria nos assuntos tipicamente
humanos, em oposição aos assuntos da natureza, até chegar a designar um tipo especifico de
profissional, o sofista.
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Embora os sofistas não sejam considerados filósofos pela tradição, sua importância se dá na
medida em que estão entre os primeiros a desafiar a ideia de que a sabedoria seria recebida dos
deuses, baseando-se na hipótese de que, assim como nas atividades físicas, a prática da virtude,
por meio da retórica e da oratória, poderia melhorar os estudantes, tornando-os mais sábios e
virtuosos.

Conforme nos reporta Platão, a profissão de sofista foi criada por Protágoras, discípulo


de Demócrito. Sofistas foram um tipo especifico de professor na Grécia antiga e no império
romano, que deveriam ensinar a arete, termo grego que traduz o conceito de "excelência" ou
"virtude", aplicado a áreas como música, política, matemática e atleticismo. Entre os principais
sofistas conhecidos estão Protágoras, Górgias, Pródico, Hípias, Trasímaco, Antifonte e Crátilo
KERFERD (2003).

Embora os sofistas não sejam considerados filósofos pela tradição, sua importância se dá na
medida em que estão entre os primeiros a desafiar a ideia de que a sabedoria seria recebida dos
deuses, baseando-se na hipótese de que, assim como nas atividades físicas, a prática da virtude,
por meio da retórica e da oratória, poderia melhorar os estudantes, tornando-os mais sábios e
virtuosos.

O foco de seus ensinamentos era prático, direcionado a estratégias de argumentação e oratória,


para que os estudantes atingissem o ápice da excelência em suas atividades, independente de
quais fossem estas atividades.

Como os sofistas são conhecidos por meio das criticas de seus oponentes, alguns elementos de
suas posições são difíceis de se confirmar. Uma das principais criticas aos sofistas era a de que
sua posição baseava-se apenas em verossimilhança, quando um argumento parece verdadeiro,
mesmo que não o seja. O objetivo dos sofistas seria, pela visão de filósofos como Aristóteles,
apenas o de vencer o debate, sem preocupar-se com a busca pela verdade. Por esta razão, a
expressão "sofisma" existe hoje para identificar uma argumentação rebuscada, porém sem
fundamentação sólida. Como foi o primeiro sofista, a posição relativista atribuída a Protágoras é
normalmente identificada como a posição geral que iniciou o movimento, que se tornaria a
profissão de sofista.
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Protágoras é lembrado pela controvérsia acerca de sua afirmação "o homem é a medida de todas
as coisas", aparentemente manifestando uma forma de relativismo, o que era repudiado por
filósofos como Platão e Aristóteles, seus maiores críticos. Como aconteceu com a maioria
dos filósofos pré-socráticos, as citações de Protágoras sobreviveram sem o contexto no qual
foram apresentadas, o que mantém abertas as possibilidades de interpretações diferentes. Uma
destas interpretações possíveis para a afirmação de Protágoras é a de que o uso da palavra
"chremata", significando "coisas usadas", ao invés da palavra mais geral "onta", que significaria
"entidades", para se referir ao que é traduzido como "coisas", indica que Protágoras não falava da
realidade objetiva do mundo como um todo, mas daquelas coisas especificas dos seres humanos.

Desta forma entende-se que os sofistas não davam atenção a busca pela compreensão da
natureza, do universo e da origem dos objetos do mundo, pois concentravam seus esforços na
demonstração de que seriam capazes de tornar os estudantes melhores nas atividades humanas
que poderiam auxiliá-los a prosperar na sociedade grega.

Era comum que sofistas viajassem em grupos pelas cidades gregas e romanas, para assim
poderem realizar elaborados discursos e acalorados debates públicos, demonstrando suas
habilidades na expectativa de atrair estudantes para suas escolas. Em particular, nobres, homens
de estado e jovens que pudessem pagar pelos estudos. Os sofistas foram muito criticados por
Platão e Aristóteles por só ensinarem aos que podiam pagar pela educação.

3.2. A Importância dos Sfistas

Conforme salienta Jaeger, em sua obra Paidéia, o novo sistema político, baseado na igualdade do
discurso que, por sua vez, necessita da persuasão e do convencimento, muda o foco do agon –
luta, disputa, embate – e, conseqüentemente, da areté. A força física e a destreza no campo bélico
– as bases da areté homérica –, aos poucos são substituídas pela habilidade discursiva. Ou seja,
da luta corporal passamos ao embate discursivo, algo que cedo as classes mais privilegiadas
perceberam. Os velhos aristocratas e, principalmente, os novos comerciantes passaram então a
contratar os sofistas, mestres de retórica e de oratória, para ensinar essa nova habilidade a seus
filhos, SELL (2008)

Se para a democracia cada opinião vale igualmente e, desta forma, não há uma verdade absoluta,
tal posição pode ser corroborada por aquilo de defendiam os sofistas. É por isso que, embora
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estrangeiros, os sofistas são muito importantes para a democracia ateniense. Não se pode, ainda,
deixar de destacar a grande contribuição dos sofistas para a pedagogia. Foram eles que, pela
primeira vez, sistematizam o ensino teórico na Grécia e formulam um currículo de estudos,
contemplando a gramática, a retórica e a dialética e incluindo também a aritmética, a geometria,
a astrologia e a música. Tais disciplinas, que mais tarde serão conhecidas como as sete artes
liberais, serão retomadas na Idade Média e constituirão oschamados trivim e quadrivim.
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3.3. Uso de Sofismas na Atualidade


 
O uso do sofisma é uma estratégia de manipulação comumente utilizada na atualidade,
espacialmente, para fins comerciais e políticos. Desse modo, ele pode ser observado nos
argumentos usados em anúncios publicitários e nos discursos de alguns grupos políticos. Em um
contexto no qual as pessoas são, constantemente, bombardeadas de informações sobre as quais,
muitas vezes não têm tempo ou disponibilidade para refletir, tornando essa estratégia bastante
efetiva. 

O uso de sofismo pode ser observado nas tentativas de manipulação por afeto e manipulação
cognitiva. O primeiro tipo pode se dar pela sedução da pessoa, utilização do medo, uso de figuras
de estilo que tirem a atenção do conteúdo ou pela repetição constante da mensagem. A
manipulação cognitiva, por sua vez, pode apresentar um enquadramento mentiroso, abusivo ou a
construção de conexões entre elementos que não possuem relação lógica. 
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4. Conclusão
As falácias são defeitos que enfraquecem os argumentos. Aprender a encontrá-las nos seus
próprios e nos argumentos de outros, pode fortalecer sua habilidade de avaliar os argumentos que
fará, lerá e ouvirá. É importante perceber duas coisas sobre as falácias: primeiro, os argumentos
falaciosos são muito, muito comuns e podem ser bem persuasivos, ao menos para o leitor
desavisado e descuidado.

Como nota conclusiva, o presente trabalho não só trossemos a abordagem refrente a falacia mas
tambem abordamos do Tema norteador o “Sofismo” contudo, comprendemos que os sofistas se
dedicaram a estudar linguagem e compreender seu poder sobre as almas hmanas. Com seus
estudos os sofistas obtiveram riqueaspermitindo-lhes executarem as obras públicas e prestigios
assumindo cargo publicos de destaque para o auxiliode seus cidadãos.nao eram inimigos dos
filosofos, mas seus afversarios no plano de ideias. Nisto segundo alguns fundamentadores do
sofismo chamam atencao sobre a importania se sabr o momento oportuno de falar a calar e
reflectir sobre o poder de discurso poetico.
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5. Referências Bibliográficas
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Trad. Alfredo Bosi e Ivone Castilho Benedetti.
São Paulo: Martins Fontes, 2007.

AUDI, Robert. The Cambridge Dictionary of Philosophy. New York: Cambridge University


Press, 1999.

BUNNIN, Nicholas; YU, Jiyuan. The Blackwell Dictionary of Western Philosophy. Oxford:


Blackwell Publishing, 2004.

COPI, Irving M. Introdução à Lógica. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Mestre Jou,
1974.

JOSEPH, Horace William Brindley. An Introduction to Logic. Oxford: Claredon Press, 1906.

ALBERGARIA, Bruno. Histórias do Direito: Evolução das Leis, Fatos e Pensamentos. Atlas,


2011.

Aristóteles. Metafísica. Porto Alegre: Globo, 1969.

KERFERD, G. B., O movimento sofista, trad. Margarida Oliva, Edições Loyola, São Paulo,
2003.

PLATÃO, Protágoras, trad. Carlos Alberto Nunes, Ed. UFPA, 2002.

SELL, Sérgio. História da Filosofia Antiga. Palhoça: UnisulVirtual, 2008

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