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2 Origem, Fundamentos e Provas da Ginástica Artística
Apresentação
Falar em Ginástica Artística nos remete a pensar em uma das modalidades mais “antigas” mais,
ao mesmo tempo moderna, eclética e desafiadora da atualidade. De berço Europeu, expandiu-se pelos
quatro continentes e assumiu na modernidade um caráter inovador tanto na execução de suas
técnicas, nas composições coreográficas quanto na possibilidade de utilização de espaços alternativos.
As ginásticas (artística, rítmica, acrobática, Geral, aeróbica...) extrapolam o ambiente dos
ginásios e invadem os palcos, tablados de circo e outros ambientes. Tornou-se mais popular e
democrática, logo, proporcionou sua pratica por um número maior de pessoas.
Um conteúdo rico para ser explorado nas aulas de Educação Física Escolar. Afinal, ampliar o
repertório motor e contribui para o desenvolvimento integral do indivíduo faz parte do papel do
professor. Assim, precisamos conhecer a essência (fundamentos) das ginásticas e nos apropriarmos
dessa ferramenta que se bem trabalhada, pode ser uma prática corporal atraente e que poderá
contribuir diretamente na qualidade das nossas aulas.
Os antigos gregos foram os primeiros a praticar a ginástica como atividade esportiva e não
apenas como forma de treinamento militar. No Império Romano e durante toda a Idade Média, os
exercícios físicos ficaram restritos à função militar, à caça e aos torneios. Só com o Renascimento os
exercícios físicos, beneficiados pela redescoberta dos valores gregos, voltaram a despertar interesse
maior.
Segundo Nunomura (2008) em 1811 na Alemanha, através da intervenção do professor
Friedrick Ludwig Jahn. Este abriu o primeiro campo de ginástica de Berlim e rapidamente a idéia
passou para outras cidades alemãs. O número de praticantes deste desporto aumentou
exponencialmente, potenciando a exportação da ginástica para outros países.
A criação da Federação Internacional de Ginástica em 1881, abriu caminho para a realização
das primeiras provas internacionais da modalidade, que foram os Jogos Olímpicos de 1896. A primeira
edição dos campeonatos mundiais realizou-se em Antuérpia em 1903. A complexidade dos aparelhos e
das modalidades foi aumentando ao longo do tempo, nomeadamente a introdução da competição
olímpica feminina em 1928 (NUNOMURA, 2008).
A Ginástica iniciada por Friedrich Ludwig Jahn e difundida ao mundo em virtude do “Bloqueio
Ginástico” de 1820-1842, na Alemanha, teve seu inicio no Brasil, com a colonização alemã no Rio
Grande do Sul, em 1824.
Em 1895, Jakob Alouys Friederichs liderou a fundação da Turnerchaft Von Rio Grande do Sul
(Liga de Ginástica do Rio Grande do Sul, primeira entidade desportiva com âmbito estadual instituída
no Brasil). O idioma estatutário era o alemão. Em 1930 foi fundado o pioneiro Deutscher Turnverein, e
depois Turnerbund, hoje Sogipa, verdadeiro berço da Ginástica Artística no Brasil.
3 Origem, Fundamentos e Provas da Ginástica Artística
Autores como: Russel e Kinsman; Schembri: Carrasco: Leguet; Werner e Malmberg propuseram
fundamentos que embasaram a Ginástica Artística e até hoje servem de referência para aos
profissionais que orientam programas de iniciação da GA. Vamos conhecer alguns!
(3) Deslocamentos - sobre os pés Aplicação de força interna (contração muscular) para
- em apoio mover o CG.
- em suspensão
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(4) Rotações - no eixo longitudinal Para iniciar uma rotação, aplicar uma força que não passe
- no eixo transversal pelo CG. Quanto mais longe a força for aplicada do CG,
- no eixo ântero posterior maior o efeito da rotação.
(5) Saltos - com as duas pernas Aplicação de força interna ou externa para produzir um
- com uma perna deslocamento rápido do CG. Essa força deverá ser de
- com as mãos magnitude suficiente, na direção desejada e aplicada a
um corpo rígido.
(6) Balanços - da suspensão Na fase ascendente, o momento será diminuído. Na
- do apoio fase Descendente, o momento será aumentado. A
retomada das mãos deverá ser realizada no topo ou
ponto morto. A barra deverá segurada em forma de
gancho.
Síntese dos PBMs propostos por Russel e Kinsman (1986)
O conteúdo proposto é coerente para orientar os programas de iniciação a GA, pois abrange
todas as habilidades possíveis dessa modalidade, simplifica o conteúdo e representa os fundamentos
básicos para outras formas de ginástica, além de considerar as questões de segurança (uma vez que se
trabalha atento à progressão e a prontidão do praticante). Ressalta-se que o aprendizado desses
também possibilita ao praticante desenvolver habilidades para a vida toda e confiança para manejar seu
próprio corpo nas diversas situações de prática motora e do cotidiano (NUNOMURA & PICCOLO, 2008).
e. Expansão
Para grupos mais avançados
Expansão das atividades que podem ser aplicadas quando se dispõem de mais tempo.
3. Kinastic (Malmberg)
Esse sistema de trabalho da Ginástica baseia-se no ambiente em que a prática dessa atividade
ocorre, ou seja, nas situações proporcionadas por maneiras diferentes de combinar os materiais.
De acordo com o autor (2003), o ambiente de prática pode ser alterado e manipulado para que
o aprendizado ocorra de forma eficiente. Assim, os praticantes executam a mesma tarefa em
situações diversas, visando à expansão do repertório motor bem como a “construção de
movimentos”, criando variações dos mesmos. O autor sugere a divisão em 05 categorias:
a. Rolar
Inclui os movimentos que envolvem rotação nos eixos horizontal, longitudinal ou transversal,
assim como as suas combinações.
b. Saltar
Corresponde aos movimentos que envolvem o uso das pernas e a habilidade de controlar o
corpo no ar (as aterrissagens são incluídas).
c. Equilibrar-se
Envolve atividades de equilíbrio estático e dinâmico.
d.”Vauting”
Esse termo é tradicionalmente, associado ao equipamento de salto; nessa concepção de
Ginástica, “vauting” relaciona-se à forma de se movimentar de um ponto ao outro suportando
o peso do corpo sobre as mãos.
e. Escalar e suspender-se
Suportar o peso do corpo próprio corpo numa situação estática ou dinâmica.
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devem ter a oportunidade de explorar os mais diversos movimentos com grande variabilidade
nas posições corporais. Atividade de lançar, rebater, correr, saltar, equilibrar e suas diferentes
combinações são alguns dos exemplos a serem utilizados.
Na GA as capacidades de ritmo, equilíbrio e orientação espacial se destacam dentre as
diferentes capacidades coordenativas.
Resistência aeróbia e a resistência anaeróbia podem ser classificadas: em geral e
localizada. Essa classificação está baseada na quantidade da musculatura corporal ativa durante
a atividade motora.
Embora a prática da GA envolva períodos de alta intensidade física, a resposta
metabólica geral da modalidade é caracterizada melhor como atividade prolongada de
moderada intensidade.
O ginasta comete falta ao cair do aparelho, perder o equilíbrio, manter as pernas e/ou
os braços encurvados, executar movimentos com pouca extensão ou desenvoltura, fazer uma
manobra extra para se equilibrar ou concluir subitamente um movimento.
Provas Masculinas
A ginástica masculina inclui as seguintes provas: os exercícios de solo, salto mesa, cavalo
com alças, argolas, barras paralelas e barra fixa.
A prova de solo no masculino tem duração de 70 segundos para a prova masculina e de
90 segundos para a prova feminina. O exercício de solo é realizado em um tablado plano que
tem 12 metros de largura por 12 metros de comprimento e é recoberto com material
acolchoado.
Nas competições de salto do masculino, o aparelho utilizado é uma mesa de salto que
mede 1,20 metros de comprimento por 95 centímetros de largura e 1,35 metros de altura. No
feminino, o aparelho tem medidas diferentes somente em relação à altura, que é de 1,25
metros.
O cavalo com alças é um aparelho coberto de couro, com 1,60m de comprimento, 35
cm a 37 cm de largura e 1,10 de altura, com duas alças de madeira de 12cm de altura colocadas
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a uma distância de 40cm a 45cm uma da outra. O ginasta, seguro nas alças, faz movimentos
contínuos de balanços circulares, de tesoura e com as pernas juntas (volteio).
A barra fixa é feito com aço polido, tem 2,4m de comprimento por 2,8cm de diâmetro e
fica a 2,5m de altura em relação ao solo. Diferentes exercícios são feitos de forma contínua
nesse aparelho principalmente à base de balanço (oscilação) e retomadas. As barras paralelas
são duas barras de madeira (ou fibra) com 3,50m de comprimento, colocados a uma distância
que varia de 42 cm a 52 cm uma da outra, a uma altura de 1,95m. Os exercícios nas paralelas
combinam diversos movimentos, mas principalmente largadas e balanços.
Provas Femininas
As barras assimétricas os dois aparelhos, cada um possuindo uma barra com formato
cilíndrico, são sustentados por dois postes laterais, que são equilibrados por cabos de
segurança bem fixados ao chão. Os dois aparelhos possuem barras de 2,4 metros de
comprimento e 4 centímetros de diâmetro, porém, as medidas de suas alturas variam de 2,50
metros para a mais alta e de 1,70 metros para a mais baixa.
O cavalo sem alça (Mesa) é igual ao dos homens, só que mais baixo (1,2m). O exercício
é o mesmo, mas o cavalo é colocado transversalmente. Podem-se incluir acrobacias no
trampolim antes do salto. Assim como na ginástica masculina, já se admite em competições
internacionais, uma nova plataforma de salto (Pégasus).
Os exercícios de solo se diferenciam dos masculinos por serem executados com música
e durarem de 70 a 90 segundos
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Referências bibliográficas