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2017

Origem, Fundamentos e Provas


da Ginástica Artística

Prof. Ms. Vera Assis


Universidade Santa Cecília
10/08/2017

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2 Origem, Fundamentos e Provas da Ginástica Artística

Apresentação

Falar em Ginástica Artística nos remete a pensar em uma das modalidades mais “antigas” mais,
ao mesmo tempo moderna, eclética e desafiadora da atualidade. De berço Europeu, expandiu-se pelos
quatro continentes e assumiu na modernidade um caráter inovador tanto na execução de suas
técnicas, nas composições coreográficas quanto na possibilidade de utilização de espaços alternativos.
As ginásticas (artística, rítmica, acrobática, Geral, aeróbica...) extrapolam o ambiente dos
ginásios e invadem os palcos, tablados de circo e outros ambientes. Tornou-se mais popular e
democrática, logo, proporcionou sua pratica por um número maior de pessoas.
Um conteúdo rico para ser explorado nas aulas de Educação Física Escolar. Afinal, ampliar o
repertório motor e contribui para o desenvolvimento integral do indivíduo faz parte do papel do
professor. Assim, precisamos conhecer a essência (fundamentos) das ginásticas e nos apropriarmos
dessa ferramenta que se bem trabalhada, pode ser uma prática corporal atraente e que poderá
contribuir diretamente na qualidade das nossas aulas.

Origem da Ginástica Artística

Os antigos gregos foram os primeiros a praticar a ginástica como atividade esportiva e não
apenas como forma de treinamento militar. No Império Romano e durante toda a Idade Média, os
exercícios físicos ficaram restritos à função militar, à caça e aos torneios. Só com o Renascimento os
exercícios físicos, beneficiados pela redescoberta dos valores gregos, voltaram a despertar interesse
maior.
Segundo Nunomura (2008) em 1811 na Alemanha, através da intervenção do professor
Friedrick Ludwig Jahn. Este abriu o primeiro campo de ginástica de Berlim e rapidamente a idéia
passou para outras cidades alemãs. O número de praticantes deste desporto aumentou
exponencialmente, potenciando a exportação da ginástica para outros países.
A criação da Federação Internacional de Ginástica em 1881, abriu caminho para a realização
das primeiras provas internacionais da modalidade, que foram os Jogos Olímpicos de 1896. A primeira
edição dos campeonatos mundiais realizou-se em Antuérpia em 1903. A complexidade dos aparelhos e
das modalidades foi aumentando ao longo do tempo, nomeadamente a introdução da competição
olímpica feminina em 1928 (NUNOMURA, 2008).

A Educação Física e a Ginástica Artística no Brasil

A Ginástica iniciada por Friedrich Ludwig Jahn e difundida ao mundo em virtude do “Bloqueio
Ginástico” de 1820-1842, na Alemanha, teve seu inicio no Brasil, com a colonização alemã no Rio
Grande do Sul, em 1824.
Em 1895, Jakob Alouys Friederichs liderou a fundação da Turnerchaft Von Rio Grande do Sul
(Liga de Ginástica do Rio Grande do Sul, primeira entidade desportiva com âmbito estadual instituída
no Brasil). O idioma estatutário era o alemão. Em 1930 foi fundado o pioneiro Deutscher Turnverein, e
depois Turnerbund, hoje Sogipa, verdadeiro berço da Ginástica Artística no Brasil.
3 Origem, Fundamentos e Provas da Ginástica Artística

Os alemães criaram muitas Sociedades de Ginástica, que permaneceram com suas


características próprias até 1938, ocasião em que, por força do Decreto lei nº 383, de 18 de abril de
1938, elas foram nacionalizadas.
No ano de 1948, foi fundada em São Paulo, a Federação Paulista de Halterofilismo que,
posteriormente, foi denominada como Federação Paulista de Ginástica e Halterofilismo. Em 1956, foi
criada a Federação Paulista de Ginástica que, desmembrada da FDPGH, passou a ser independente.
No ano de 1950, foi fundada no Rio de Janeiro a Federação de Ginástica.
Em 1951, com a filiação da CBD à FIG, o Brasil recebeu legalização internacional no Congresso
realizado em Florença.
Em 1978, o estatuto da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) foi aprovado pelo conselho
Nacional de Desporto (CND), e homologado pelo Ministério de Educação e Cultura (MEC).

FUNDAMENTOS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA

Autores como: Russel e Kinsman; Schembri: Carrasco: Leguet; Werner e Malmberg propuseram
fundamentos que embasaram a Ginástica Artística e até hoje servem de referência para aos
profissionais que orientam programas de iniciação da GA. Vamos conhecer alguns!

1. Os Padrões Básicos de Movimento (Russel e Kinsman)

A proposta de Russel e Kinsmam (1986), em parceria com a confederação Canadense de


Ginástica, foi elaborada há mais de 30 anos. O estudo culminou com um programa Nacional de
Formação e Certificação de Técnicos de Ginástica no Canadá. Eles fizeram uma divisão de conteúdos
da GA em seis Padrões Básicos de Movimentos (PBMs) os quais possibilitaram proporcionar subsídios
suficientes para a evolução de habilidades específicas e mais complexas da GA tanto para os iniciantes
quanto para os atletas de ponta.
Os autores agruparam os PBMs segundo os princípios mecânicos em comum que eles
apresentam.
PBM TIPOS PRINCIPIO MECÂNICO
(1) Aterrissagens Sobre os pés Utilizar mais tempo e mais partes do corpo para absorver o
Sobre as mãos momento de qualquer aterrissagem.
Com rotação
Sobre as costas
(2) Posições Apoios Relação entre o Centro de Gravidade (CG) e a Base de Apoio
estáticas Suspensões (BA)
Equilíbrios -quanto mais próximo o CG da BA, maior a estabilidade;
- o CG deve estar dentro da BA:
-Quanto maior a BA, maior a estabilidade;
- para um corpo segmentado, a estabilidade será maior
quando o CG de cada segmento estiver situado
verticalmente sobre o CG do segmento imediatamente
abaixo.

(3) Deslocamentos - sobre os pés Aplicação de força interna (contração muscular) para
- em apoio mover o CG.
- em suspensão
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(4) Rotações - no eixo longitudinal Para iniciar uma rotação, aplicar uma força que não passe
- no eixo transversal pelo CG. Quanto mais longe a força for aplicada do CG,
- no eixo ântero posterior maior o efeito da rotação.
(5) Saltos - com as duas pernas Aplicação de força interna ou externa para produzir um
- com uma perna deslocamento rápido do CG. Essa força deverá ser de
- com as mãos magnitude suficiente, na direção desejada e aplicada a
um corpo rígido.
(6) Balanços - da suspensão Na fase ascendente, o momento será diminuído. Na
- do apoio fase Descendente, o momento será aumentado. A
retomada das mãos deverá ser realizada no topo ou
ponto morto. A barra deverá segurada em forma de
gancho.
Síntese dos PBMs propostos por Russel e Kinsman (1986)

O conteúdo proposto é coerente para orientar os programas de iniciação a GA, pois abrange
todas as habilidades possíveis dessa modalidade, simplifica o conteúdo e representa os fundamentos
básicos para outras formas de ginástica, além de considerar as questões de segurança (uma vez que se
trabalha atento à progressão e a prontidão do praticante). Ressalta-se que o aprendizado desses
também possibilita ao praticante desenvolver habilidades para a vida toda e confiança para manejar seu
próprio corpo nas diversas situações de prática motora e do cotidiano (NUNOMURA & PICCOLO, 2008).

2. Os padrões de movimento (Schembri)

Schembri (1983) também dividiu os fundamentos da GA segundo os principio mecânicos. A


diferença está na nomenclatura adotada.
O autor citado recomenda que o aprendizado dos padrões de movimento seja acompanhado de
um programa de condicionamento, que deve se tornar cada vez mais específico à medida que o nível de
complexidade das habilidades básicas for aumentando. Para os níveis iniciais, o autor recomenda jogos
lúdicos, brincadeiras em grupos e em pares, a fim de desenvolver o gosto pela ginástica. Outro aspecto
importante que o autor ressalta é a atenção para os aspectos de segurança. Do ponto de vista do
conteúdo, o autor sugere a ênfase nas aterrissagens e no domínio do corpo e, a medida do possível, que
se faça pouco uso da ajuda manual, ou seja, a necessidade de muita ajuda manual significa que o
praticante ainda não está preparado para a habilidade.
Sussell, Schembri e Kinsman lançaram uma coleção que apresentam uma variedade infinita de
atividades para o aprendizado dos padrões básicos de movimentos da ginástica. A estrutura é dividida
da seguinte forma:
a. Ativação
 Atividades para aquecer o grupo e criar um bom ambiente para o ensino;
 Esta seção introduz ao tema principal da aula;
 Para crianças menores podem-se utilizar imitações de animais, objetos, máquinas: e
para crianças maiores, jogos.
b. Ensino diretivo
 Ensino formal;
 Atividades para desenvolver controle do corpo e segurança;
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 As atividades em bloco desenvolvem a confiança do praticante para que ele explore e


incorpore o que precisa ser aprendido;
 Desenvolver boa postura e condicionamento físico básico
c. Ensino exploratório
 Oportunidade do praticante para explorar, criar e soltar a imaginação;
 Incentivar o praticante a traduzir suas idéias em movimento;
 Oportunidade do praticante de trabalhar individualmente e em grupo;
 Introduzir o universo de variedades de movimento inspirado no trabalho de Rudolph
Laban.
- o corpo está sempre presente
- o movimento do corpo sempre acontece em um espaço
- o movimento do corpo sempre ocupa tempo e varia em esforço
- o movimento do corpo acontece em relação com outros corpos, com música, com
equipamento.
d. Repetição e reforço
 Relação com as aulas anteriores;
 Assegurar que o conteúdo é revisado e assimilado

e. Expansão
 Para grupos mais avançados
 Expansão das atividades que podem ser aplicadas quando se dispõem de mais tempo.

3. Kinastic (Malmberg)
Esse sistema de trabalho da Ginástica baseia-se no ambiente em que a prática dessa atividade
ocorre, ou seja, nas situações proporcionadas por maneiras diferentes de combinar os materiais.
De acordo com o autor (2003), o ambiente de prática pode ser alterado e manipulado para que
o aprendizado ocorra de forma eficiente. Assim, os praticantes executam a mesma tarefa em
situações diversas, visando à expansão do repertório motor bem como a “construção de
movimentos”, criando variações dos mesmos. O autor sugere a divisão em 05 categorias:
a. Rolar
Inclui os movimentos que envolvem rotação nos eixos horizontal, longitudinal ou transversal,
assim como as suas combinações.
b. Saltar
Corresponde aos movimentos que envolvem o uso das pernas e a habilidade de controlar o
corpo no ar (as aterrissagens são incluídas).
c. Equilibrar-se
Envolve atividades de equilíbrio estático e dinâmico.
d.”Vauting”
Esse termo é tradicionalmente, associado ao equipamento de salto; nessa concepção de
Ginástica, “vauting” relaciona-se à forma de se movimentar de um ponto ao outro suportando
o peso do corpo sobre as mãos.
e. Escalar e suspender-se
Suportar o peso do corpo próprio corpo numa situação estática ou dinâmica.
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O autor sugere para cada categoria:


Categorias Temas
Rolar - Quatro rolamentos básicos: longitudinal,
transversal, e diagonal (sobre os ombros).
- Rolamentos de segurança: ajudam os praticantes
a prevenir ou diminuir a incidência de lesões em
atividades fora do ambiente ginástico.
- Rolamentos para frente e para trás e sobre os
ombros.
Saltar Aterrissagens
Saltos básicos: o corpo assume formas diferentes
no ar (grupado, carpado, estrela, saltos com
giros).
Equilibrar-se Equilíbrio estático – posição em V, avião etc...
Equilíbrio dinâmico: deslocamentos, saltos e giros
sobre a trave;
Equilíbrio em posição invertida: parada de mão

Escalar e suspender-se - Pegadas na superfície utilizada (barra ou argola)


- Suspensão estática (grupada, carpada, em forma
de estrela, invertida;
- Passagem por obstáculo com afastamento das
pernas.
“Vauting” - Imitação de animais;
- rodar e estrela;
- Passagem por obstáculo com corpo pela lateral:
grupado ou estendido;
- Passagem por obstáculo passando pela posição
invertida;
- Passagem por obstáculo com afastamento das
pernas.

Temas correspondentes às categorias de habilidades (Malmberg, 2003).

Apesar de enfatizar o papel do ambiente e de suas variações, Malmberg destaca que a


existência de equipamentos de ultima geração não é necessária para aplicação de um programa
de Ginástica, sendo possível realizá-la com a utilização de materiais adaptados.

AS CAPACIDADES MOTORAS ENVOLVIDAS NA GINÁSTICA ARTÍSITCA


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A GA se caracteriza por uma sucessão de esforços estáticos combinados com ações


musculares dinâmicas. As séries no solo, nas argolas, nas barras paralelas, nas barras
assimétricas e na trave de equilíbrio são alguns dos exemplos desse tipo de atividade
combinada.
Parece correto afirmar que na GA os chamados “aspectos neuromusculares” são os mais
relevantes: força e potência muscular, assim como a flexibilidade e coordenação, ocupam
posição de destaque entre as capacidades motoras fundamentais para um bom desempenho
nessa modalidade (TRICOLI & SERRAÕ, 2008).
Força e potência
Força motora é a capacidade que um músculo ou um grupo muscular tem de se opor a
uma carga ou a uma resistência externa.
Força e potência permitem ao atleta de GA a execução de movimentos complexos e a
tomada das difíceis posições corporais requeridas nos diversos aparelhos. No caso da
resistência muscular, esta é fundamental para manter a qualidade dos inúmeros elementos
executados durante as competições e os longos períodos do treinamento. Além, que sem um
grau satisfatório de desenvolvimento de força não é possível uma boa aprendizagem e um
aperfeiçoamento dos movimentos ginásticos (Araújo, 1998).
A potência muscular considera o aspecto “explosivo” da força, ou seja, a capacidade de
produzir a maior quantidade de força possível no menor intervalo de tempo. Saltos mortais
após corridas, assim como a sucessão de saltos combinada com apoio das mãos faz o
desenvolvimento da potência nos membros superiores e inferiores um fator primordial.
Flexibilidade
Pode ser definida como a amplitude de movimentos ao redor de uma articulação
(TRICOLI & SERRÃO, 2008). Fatores como a massa muscular, elasticidade muscular e do tendão,
formato da articulação, características da cápsula articular, elasticidade da pele e condições
ambientais podem afetar a flexibilidade.
Uma boa amplitude de movimentos é fundamental para a aprendizagem da maioria dos
movimentos específicos da GA e para a prática dos seus diversos exercícios educativos. Além
disso, apesar da falta de forte evidência científica, existem várias indicações de que um grau
inadequado de flexibilidade pode estar relacionado com a maior incidência de lesões.
Na GA boa parte da sessão de treinamento é dedicada ao desenvolvimento e à
manutenção da flexibilidade.
Coordenação Motora
A coordenação motora faz parte do conjunto das capacidades coordenativas. Equilíbrio,
ritmo, reação, combinação e transformação de movimentos são outros exemplos de
capacidades coordenativas. A coordenação motora é primordial para perfeita execução das
diferentes habilidades técnicas da GA durante as competições e os treinamentos, bem como
para a aprendizagem de novos movimentos e para o aperfeiçoamento de técnicas já
aprendidas.
Segundo (TRICOLI & SERRÃO, 2008) a melhor fase de desenvolvimento das capacidades
coordenativas é durante a infância (12 a 13 anos) e é exatamente neste período que as crianças
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devem ter a oportunidade de explorar os mais diversos movimentos com grande variabilidade
nas posições corporais. Atividade de lançar, rebater, correr, saltar, equilibrar e suas diferentes
combinações são alguns dos exemplos a serem utilizados.
Na GA as capacidades de ritmo, equilíbrio e orientação espacial se destacam dentre as
diferentes capacidades coordenativas.
Resistência aeróbia e a resistência anaeróbia podem ser classificadas: em geral e
localizada. Essa classificação está baseada na quantidade da musculatura corporal ativa durante
a atividade motora.
Embora a prática da GA envolva períodos de alta intensidade física, a resposta
metabólica geral da modalidade é caracterizada melhor como atividade prolongada de
moderada intensidade.

Provas da Ginástica Artística


Esta condição varia conforme com o nível de cada competição (categorias dos atletas);
geralmente, em cada prova se realizam dois conjuntos de exercícios: um chamado de
obrigatório, que é igual para todos os competidores e definido pelo órgão responsável pela
competição; e outro criado pelo atleta, chamado de livre.

O primeiro conjunto é julgado exclusivamente do ponto de vista de sua execução, ou


seja, a figura do ginasta, a fluência do desempenho e a harmonia entre as partes dos exercícios.
No segundo conjunto, avalia-se o grau de dificuldade dos movimentos, bem como a
originalidade e a beleza da composição. Cada modalidade de exercício tem regras e
regulamentos próprios para a contagem dos pontos, que são distribuídos entre as notas de
Dificuldade, Combinações/Ligações, Execução e Originalidade.

O ginasta comete falta ao cair do aparelho, perder o equilíbrio, manter as pernas e/ou
os braços encurvados, executar movimentos com pouca extensão ou desenvoltura, fazer uma
manobra extra para se equilibrar ou concluir subitamente um movimento.

Provas Masculinas

A ginástica masculina inclui as seguintes provas: os exercícios de solo, salto mesa, cavalo
com alças, argolas, barras paralelas e barra fixa.
A prova de solo no masculino tem duração de 70 segundos para a prova masculina e de
90 segundos para a prova feminina. O exercício de solo é realizado em um tablado plano que
tem 12 metros de largura por 12 metros de comprimento e é recoberto com material
acolchoado.
Nas competições de salto do masculino, o aparelho utilizado é uma mesa de salto que
mede 1,20 metros de comprimento por 95 centímetros de largura e 1,35 metros de altura. No
feminino, o aparelho tem medidas diferentes somente em relação à altura, que é de 1,25
metros.
O cavalo com alças é um aparelho coberto de couro, com 1,60m de comprimento, 35
cm a 37 cm de largura e 1,10 de altura, com duas alças de madeira de 12cm de altura colocadas
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a uma distância de 40cm a 45cm uma da outra. O ginasta, seguro nas alças, faz movimentos
contínuos de balanços circulares, de tesoura e com as pernas juntas (volteio).

A barra fixa é feito com aço polido, tem 2,4m de comprimento por 2,8cm de diâmetro e
fica a 2,5m de altura em relação ao solo. Diferentes exercícios são feitos de forma contínua
nesse aparelho principalmente à base de balanço (oscilação) e retomadas. As barras paralelas
são duas barras de madeira (ou fibra) com 3,50m de comprimento, colocados a uma distância
que varia de 42 cm a 52 cm uma da outra, a uma altura de 1,95m. Os exercícios nas paralelas
combinam diversos movimentos, mas principalmente largadas e balanços.

As argolas são aros de madeira ou de fibra de vidro, com 18 cm de diâmetro externo,


suspensas por correias de uma altura de 5,5m, elas mesmas a 2,5m do solo, e 50 cm de
distância entre si. A prova combina movimentos de impulso, força e flexibilidade.

Barras paralelas, o próprio nome deste aparelho define perfeitamente a posição em


que as barras ficam. Lado a lado, a distância entre as barras é variável. São sustentadas por
duas bases em que partem apoios verticais que ficam encaixados perpendicularmente às
barras, de forma a mantê-las na horizontal. As barras ficam a uma altura de 2 metros e o
comprimento de ambas é de 3,5 metros.

Provas Femininas

A ginástica feminina envolve exercícios em trave de equilíbrio, barras assimétricas,


cavalo sem alça (mesa) e solo.

Trave de equilíbrio, a atleta pode iniciar os exercícios na trave de equilíbrio, parada ou


correndo. A trave é de madeira forrada com espuma e coberta com couro ou vinil. Tem 5m de
comprimento por 10 cm de largura e fica a 1,2m do solo. A apresentação pode durar de 70 a 90
segundos e deve incluir movimentos em toda a extensão do aparelho.

As barras assimétricas os dois aparelhos, cada um possuindo uma barra com formato
cilíndrico, são sustentados por dois postes laterais, que são equilibrados por cabos de
segurança bem fixados ao chão. Os dois aparelhos possuem barras de 2,4 metros de
comprimento e 4 centímetros de diâmetro, porém, as medidas de suas alturas variam de 2,50
metros para a mais alta e de 1,70 metros para a mais baixa.

O cavalo sem alça (Mesa) é igual ao dos homens, só que mais baixo (1,2m). O exercício
é o mesmo, mas o cavalo é colocado transversalmente. Podem-se incluir acrobacias no
trampolim antes do salto. Assim como na ginástica masculina, já se admite em competições
internacionais, uma nova plataforma de salto (Pégasus).

Os exercícios de solo se diferenciam dos masculinos por serem executados com música
e durarem de 70 a 90 segundos

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Referências bibliográficas

NUNOMURA, Myriam; PICCOLO, Vilma. Compreendendo a Ginástica Artística. São


Paulo: Phorte, 2008.

TRICOLI, Valmor; SERRÃO, Júlio. Aspectos Científicos do Treinamento Esportivo Aplicados à


Ginástica Artística In: Compreendendo a Ginástica Artística. São Paulo: Phorte, 2008.

MALMBERG, E. kiDnastic. Champaign: Human Kinetics, 2003.

Disponível em: http://www.ginasticas.com.br/ginasticas/gin_artistica_provas.html Acesso: 06


de jul de 2015.

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