Conceitos de extensão

universitária

Prof. Isabel Fraga

“ O conhecimento não se estende do que se julga sabedor
até aqueles que se julga não saberem; o conhecimento se
constitui nas relações homem-mundo, relações de
transformação, e se aperfeiçoa na problematização crítica
destas relações.”( FREIRE, 2006: 36)
 EXTENSÃO??? COMO ASSIM??
DEFINIÇÃO:
 A Extensão Universitária é a ação da Universidade junto à
comunidade que possibilita o compartilhamento, com o público
externo, do conhecimento adquirido por meio do ensino e da
pesquisa desenvolvidos na instituição.

É a articulação do conhecimento científico advindo do ensino e da

pesquisa com as necessidades da comunidade onde a universidade
se insere, interagindo e transformando a realidade social.
 EXTENSÃO??? COMO ASSIM??
DEFINIÇÃO:
 A Extensão Universitária é, portanto, uma das funções sociais da
Universidade, que tem por objetivo promover o desenvolvimento
social, fomentar projetos e programas de extensão que levam em
conta os saberes e fazeres populares e garantir valores democráticos
de igualdade de direitos, respeito à pessoa e sustentabilidade
ambiental e social.
 EXTENSÃO??? COMO ASSIM??
DEFINIÇÃO:
 É, portanto, atribuição da Universidade: “ VII. promover a extensão,
aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas
e benefícios resultantes da criação cultural e das pesquisas científica
e tecnológica geradas na instituição.”
 EVOLUÇÃO
Pela analise histórica da extensão universitária vamos encontrar pelo menos
quatro momentos expressivos de sua conceituação e prática:

o modelo da transmissão vertical do conhecimento;

o voluntarismo, a ação voluntaria sócio-comunitária;
a ação sócio-comunitária
institucional;
o acadêmico institucional.

Tais momentos apresentam-se numa transitoriedade no interior de cada

universidade em razão de sua história e de seu projeto pedagógico, assim
podemos encontrar nas universidades brasileiras instituições em vários
desses momentos conceituais.
 COMO SURGIU A EXTENSÃO???

Como afirma Maria das Dores Pimentel Nogueira (2005), a Extensão Universitária
surgiu na Inglaterra, no século XIX, como “educação continuada”, destinada à
população adulta que não tinha acesso à universidade.

No Brasil, o Decreto do Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931 não

menciona a extensão como uma função da universidade, limitando-se a divulgação
de pesquisas direcionadas para uma população mais instruída.

Foi só no início da década de 1960 que a extensão como a conhecemos hoje,

indissociável do ensino e da pesquisa, tomou corpo quando surgiram ações de
compromisso com as classes populares, com a intencionalidade de conscientizá-
las sobre seus direitos.
 COMO SURGIU A EXTENSÃO???
Em consonância com os inúmeros desencadeamentos políticos e sociais ocorridos
no Brasil, como a organização de movimentos culturais e políticos, a exemplo da
União Nacional dos Estudantes (UNE) e o regime militar, o reconhecimento das
atividades de extensão obtiveram seu fortalecimento a partir da criação do Fórum
de Pró-Reitores de Extensão das Instituições Públicas de Educação Superior
Brasileira, em novembro de 1987 (FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA, 2012).
 COMO SURGIU A EXTENSÃO???
Diante disso, constitucionalmente, no artigo 207 da Constituição Federal de 1988,
está disposta a definição que as universidades “obedecerão ao princípio de
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão” (BRASIL, 1988). Logo, a
tríade ensino, pesquisa e extensão, deveriam ser trabalhadas com certa isonomia,
apesar da complexa compreensão do que se trata a extensão universitária e sua
importância no processo acadêmico e na formação cidadã.

Afinal, o que isso significa em nível formativo aos estudantes? Quais objetivos visa
alcançar a extensão no Ensino Superior?
AS PRIMEIRAS AÇÃOES DE EXTENSÃO
Há autores que consideram as primeiras escolas gregas, com suas aulas abertas
ao público, como os primeiros movimentos de uma extensão universitária,

Rocha (2001) aponta como origem da extensão as universidades européias

medievais, em especial a Universidade de Bolonha.

Mas, ou nesta ou naquela é possível identificar uma prática pedagógica

verticalizada, onde a transmissão do saber era autoritária, da universidade para
membros da sociedade e que a acessibilidade a estes conhecimentos era restrita
a poucos.

As escolas gregas apresentavam suas aulas abertas a poucos, e ainda em torno
de um conhecimento pouco transformador da realidade.

Na Inglaterra medieval, é importante destacar que os cursos ofertados atendiam

aos interesses do capital.
AS PRIMEIRAS AÇÕES DE EXTENSÃO
No diálogo com o pensamento freiriano podemos analisar estas
práticas de extensão a partir da crítica feita pelo educador ao
processo verticalizado e que “coisifica” o homem.

E com base na categorização feita por Freire em seu trabalho

“Extensão ou Comunicação” (2006), podemos apresentar este
momento inicial da extensão como um momento autoritário da
universidade, que desconhecendo a cultura e o saber popular,
apresentava-se como detentora de um saber absoluto, superior
e redentor da ignorância.
 PAPEL DA UNIVERSIDADE??
A Universidade possui um papel social importante na formação de
sujeitos com atuação nas mais diversas áreas do conhecimento, em
atividades de ensino, pesquisa e extensão, inclusive na formação de
sujeitos, principalmente quanto ao olhar crítico, reflexivo e de tomada
de decisão frente às diversas discussões que permeiam o contexto
universitário (CORRÊA, 2019)

A formação universitária visa uma transformação social, a partir das

relações que são estabelecidas com a sociedade e, nesse viés, há um
maior reconhecimento do papel da extensão pela comunidade
universitária, ainda que a distribuição de renda e conhecimento para o
desenvolvimento seja maior nos projetos dos eixos de Ensino e
Pesquisa (DEUS, 2020).
 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA

A curricularização da extensão no curso de Licenciatura em

Química prevê o:
• Atendimento às Diretrizes para a Extensão na Educação Superior
Brasileira estabelecidas pela Resolução CNE/CES nº 7 de 18 de
dezembro de 2018, que em seu artigo 4º destaca que :

“As atividades de extensão devem compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do
total da carga horária curricular estudantil dos cursos de graduação, as quais
deverão fazer parte da matriz curricular dos cursos”.
 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA

A carga horária total do curso de Licenciatura em Química do campus

Cáceres-Prof. Olegário Baldo é de 3.200 (três mil e duzentas) horas;

Portanto, a carga horária total referente à curricularização da extensão

deve ser de, no mínimo, 320 (trezentas e vinte) horas.
 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA

Na Lic. Em Química do campus Cáceres, a carga horária prevista para a

creditação da extensão será distribuída em três segmentos:

1.Componente curricular específico sobre extensão universitária;

2.Componentes curriculares com caráter extensionista;

3.Participação como membro da equipe executora em programas ou

projetos de extensão.
 CURRICULARIZAÇÃO DA
EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM
QUÍMICA
1.Componente curricular específico
sobre extensão universitária;

O curso prevê a oferta, no 2º semestre,

da disciplina “Extensão Aplicada ao
Ensino de Química” de 68 horas voltada
à extensão universitária.
 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA
2.Componentes curriculares com caráter extensionista;

 São disciplinas que objetivam a formação em práticas pedagógicas e, assim, possuem enfoque
principal nas metodologias de ensino;

 Possibilitarão que o(a) estudante tenha contato com a comunidade e possa utilizar seus
conhecimentos teóricos e práticos através de uma relação contínua;

 A carga horária mínima prevista para a curriculariação nessas disciplinas, correspondem em média,
25% da carga horária total das disciplinas e deverá ocorrer através de projetos ou programas de
extensão, devidamente registrados no campus;

 Poderão ser desenvolvidos de forma independente em cada componente curricular ou de forma

integrada com outros componentes curriculares.
 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA

2.Componentes curriculares com caráter extensionista;

C.H.
COMPONENTE CURRICULAR SEMESTRE C.H.T. EXTENSÃO

Metodologia do ensino de química 1º 68 15

Práticas pedagógicas no ensino da química geral 4º 68 15

Educação inclusiva 5º 68 15

Práticas pedagógicas em tecnologias educacionais aplicadas ao ensino 6º 51 15

de química

Práticas pedagógicas no ensino da química orgânica 6º 68 15

Práticas pedagógicas no ensino da química inorgânica 7º 51 15

Práticas pedagógicas no ensino da química analítica 7º 68 15

Práticas pedagógicas no ensino da Físico-química 8º 68 15

TOTAL 510 120

 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA

2.Componentes curriculares com caráter extensionista;

As ações extensionistas em cada componente curricular deverão ser definidas

pelo(a) docente em seu plano de ensino e registradas na coordenação de extensão
do campus através de um projeto ou programa de extensão.

Para facilitar a proposição das atividades de extensão será criada uma comissão
permanente de apoio à curricularização da extensão, a qual contará com a
coordenação do curso de Licenciatura em Química, com a coordenação de
extensão do campus e com os professores dos componentes curriculares que
preveem carga horária para curricularização da extensão.
 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA
3. Participação como membro da equipe executora em programas ou projetos
de extensão;

O curso de Licenciatura em Química prevê uma carga horária mínima de 132

(cento e trinta e duas) horas que deverão ser realizadas através da
participação do(a) estudante em projetos ou programas de extensão,
devidamente registrados no campus, em que o(a) estudante atue como
membro da equipe executora.

Nessa etapa o discente atuará como protagonista das ações sempre sob a
supervisão de um docente.
 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA
3. Participação como membro da equipe executora em programas ou projetos
de extensão;

A carga horária das atividades de extensão deverá ser comprovada por:

certificados,
declarações ou atestados.

O(a) estudante deverá entregar uma cópia de todos os documentos

comprobatórios à Coordenação de curso ou alguém por ela designada, que:
 validará os documentos,
contabilizará a carga horária
 e organizará os documentos em pastas individuais devidamente identificadas.
 CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM QUÍMICA
Os estudantes que não concluírem a carga horária prevista nesse segmento, ficarão:

IMPOSSIBILITADOS DE COLAR GRAU, devendo concluir o segmento e entregar

os documentos comprobatórios à Coordenação de curso, para então obter
autorização para a colação de grau.
DE QUE MANEIRA A LICENCIATURA EM
QUÍMICA PODE ATUAR JUNTO A
COMUNIDADE???
VAMOS CONHECER
ALGUNS PROJETOS
DE EXTENSÃO???
ATIVIDADE 1

Distribuição e Leitura dos artigos

Encontro para dúvidas e apontamentos
Apresentação do artigo (mínimo de 6 slides)
Você deverá apresentar o seu artigo para a turma e aplicar sua crítica ao
projeto (seja ela positiva ou negativa), apresentar em power point podendo
utilizar outros recursos como vídeos, imagens etc.
Apresentação individual.