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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

PRATICAS SEXUAIS E O RISCO DE INFEÇÃO POR HIV.

Discente: Francisca Joaquim Uarrota Código: 708205241

Curso: Português
Disciplina: Hablidades de Vida e Saúde
Ano de frequência: 2o Ano

Quelimane, Junho de 2021


Nome do estudante: Francisca Joaquim Uarrota Ano de frequência: 2° Ano
Especialização: Licenciatura em Ensino de Português Turma: D
Trabalho de: Habilidades de Vida e saúde Código do Estudante:
708205241

Dirigido ao Docente: I’medy Condelaque Número de Páginas: 10


Confirmado pelo responsável do CED Data de entrega: 08 de Junho

ASPECTOS A CONSIDERAR NA CORRECÇÃO Cotação Cotação


INTRODUÇÃO: Exposição e administração do 2,0v
Assunto em análise.
Desenvolvimento: 5,0v 10,v

Fundamentação teórica (definição de conceitos e


termos e apresentação dos pontos de vista dos
autores).
5,0v
Interligação entre teoria e prática (argumentos/ contra
Argumentos e exemplificação).

Clareza expositiva 2,0v


Citações bibliográficas (directas e indirectas) 2,0v
Conclusão 2,0v
Referências bibliográficas (normas APA) 2,0v
Cotação Total 20,0v
Assinatura do Docente
Assinatura do Assistente Pedagógico
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4

1.1. Objetivos................................................................................................................ 4

1.2. Metodologia de trabalho ............................................................................................ 4

2. Conceito do HIV/SIDA ............................................................................................. 5

3. Praticas Sexuais e o risco de infeção por HIV .......................................................... 5

3.1. Sensibilização a sociedade na prevenção do HIV/SIDA ...................................... 6

3.2. Prevenção do HIV nos Jovens ............................................................................... 7

3.3. A análise de vários estudos.................................................................................... 8

Conclusão ....................................................................................................................... 10

Referencias ..................................................................................................................... 11
Introdução
O conhecimento sobre os métodos contraceptivos e os riscos advindos de relações
sexuais desprotegidas é fundamental para que as pessoas possam vivenciar o sexo de
maneira adequada e saudável, assegurando a prevenção da gravidez indesejada e das
doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo a infecção pelo HIV e o
consequente desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (aids).
No entanto, o desenvolvimento da sexualidade nem sempre é acompanhado de um
amadurecimento afetivo e cognitivo, o que torna a adolescência uma etapa de extrema
vulnerabilidade a riscos. No presente trabalho, tem como tema: praticas sexuais e o
risco de infeção por HIV.

1.1.Objetivos
Objetivo Geral
 Dar a saber as praticas sexuais e os riscos de infeção por HIV.

Objetivos Específicos
 Conceituar o HIV;
 Mencionar quis são os riscos de infeção ao HIV;
 Demostrar a importância de prevenção do HIV.

1.2. Metodologia de trabalho


Segundo LakatoS e Marconi (192-243: 2003), Metodologia é a explicação
detalhada e exacta de toda acção desenvolvida do trabalho de pesquisa ou seja, é a
explicação do tipo de pesquisa, dos instrumentos utilizados (questionário, entrevista
etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas
de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho
de pesquisa.
Neste âmbito de ideia para a materialização deste trabalho usou-se a pesquisa
bibliográfica, artigos científicos, brochuras, manuais de diferentes autores que consta na
referência bibliográfica e internet.

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2. Conceito do HIV/SIDA
Antes de falar mos sobre o tema ‘’Praticas Sexuais e o risco de infeção por
HIV’’, primeiro temos a obrigação de conceituar o HIV/SIDA.

De acordo com (Cooper HL, 2015) A SIDA é uma doença provocada pelo Vírus da
Imunode_ciência Humana (VIH). Este vírus é transmitido por contacto com uma pessoa
infetada, contacto este que pode ser por via sexual, através de contacto com sangue
infetado, e da mãe para o lho durante a gravidez, parto ou amamentação.

O VIH (Vírus da Imunode_ciência Humana) é um vírus que ataca e destrói o


sistema imunitário do nosso organismo, isto é, destrói os mecanismos de defesa que nos
protegem das doenças. Uma pessoa infetada pelo VIH revela-se progressivamente débil
e frágil, podendo contrair ou desenvolver infeções muito variadas e/ou mesmo certos
tipos de cancro. Este vírus pode permanecer “adormecido” no organismo durante muito
tempo, sem manifestar sinais e sintomas. Durante este período, a pessoa portadora do
VIH é designada de seropositiva e pode infetar outras pessoas se tiver comportamentos
de risco.

Ser seropositivo não significa que se tenha sida, mas sim que foi infetada pelo vírus
e que o seu sistema imunitário começou a produzir anticorpos, os quais são detectáveis
através da realização de uma análise de sangue especí_ca. Nos dias de hoje, existem
medicamentos que ajudam a pessoa seropositiva a retardar o aparecimento da Sida,
conseguindo uma melhor qualidade de vida.

3. Praticas Sexuais e o risco de infeção por HIV


A Organização Mundial da Saúde define como adolescentes os indivíduos com
idades entre 10 e 19 anos como a camada mais vulnerável a HIV/SIDA definição
adotada, no pais, pelo Programa de Saúde de Adolescentes do Ministério da Saúde. No
âmbito psíquico, a adolescência é a fase de definição da identidade sexual com
experimentação e variabilidade de parceiros. O pensamento abstrato, ainda incipiente
nos adolescentes, faz com que se sintam invulneráveis, expondo-se a riscos sem prever
suas consequências.

O aumento do número de casos de gravidez indesejada e de infecção pelo HIV deu


visibilidade à sexualidade juvenil. As diferentes formas de intervenção direcionadas
para o público jovem resultaram na difusão e no aumento do uso de preservativos entre

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essa parte da população. Contudo, se o uso de preservativo aumentou entre os jovens,
ele ainda não é utilizado por todos e nem em todas as relações sexuais. Também se
observam altas taxas de experimentação e consumo de drogas nesta faixa etária.
Segundo alguns estudos, existe forte relação entre o uso de álcool e outras drogas com
comportamentos sexuais de risco na adolescência. Esse fato é explicado pela
promiscuidade e variabilidade de parceiros sexuais, havendo aumento de relações
homossexuais e bissexuais, e prática de prostituição.

3.1. Sensibilização a sociedade na prevenção do HIV/SIDA


Trabalhar na linha limítrofe da vida dos indivíduos, sob a condição de todas as
formas de transformações e interferências sociais, apresenta-se como grande desafio
para os profissionais que trabalham com adolescentes, principalmente na abordagem de
atitudes positivas de prevenção das DST, do HIV e da aids.

Refletir sobre a melhor maneira de trabalhar com essa faixa etária torna-se
imprescindível e implica reconhecer o adolescer como fase de transição no processo que
envolve a vivência da infância e o seu reflexo na idade adulta. O grande avanço
cognitivo que ocorre nessa etapa da juventude é o aparecimento do pensamento
abstrato, que permite ao adolescente entender o mundo de uma forma teórica e
hipotética; e elaborar, a partir das suas percepções, questões que não dependem,
necessariamente, da sua vivência prática e do seu pensamento concreto. É o que permite
a esses jovens sonhar com o futuro, planejá-lo a longo prazo. Destacamos, aqui, o
pensamento de Ramos (2017):

"Apesar do forte componente físico-corporal presente nas transformações próprias da


adolescência, elas não são naturais ou decorrentes unicamente de um processo evolutivo
orgânico. A vida adolescente e as necessidades em saúde relacionadas são, antes de qualquer
coisa, processos produzidos no âmbito das sociedades, definindo-se e modificando-se na
interação com seus diversos componentes – econômicos, institucionais, político-éticos,
culturais, físico-ambientais."

Nunes (2015) afirma que a adolescência caracteriza-se por uma instabilidade de


humor, efeito da convulsão hormonal inerente a essa fase de transformação do corpo,
fato que provoca um certo susto em determinada ordem instituída (contra a qual ele,
justamente, tenta-se rebelar). Provavelmente, é esse movimento que leva o adolescente a
questionar valores sociais para ele ultrapassados, à prática de violência, ao abuso de

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drogas, ao uso da sua sexualidade de forma inconseqüente e a tantas outras atitudes
mais ou menos extremas. Há que se considerar que a sexualidade humana é, sobretudo,
uma construção social e cultural, organizada no interior de complexos sistemas de
significados, articulada dentro de um contexto de diferenciações e desigualdades de
ordens sociais específicas.

3.2. Prevenção do HIV nos Jovens


De acordo com a CDC, a adolescência caracteriza-se por uma instabilidade de
humor, efeito da convulsão hormonal inerente a essa fase de transformação do corpo,
fato que provoca um certo susto em determinada ordem instituída (contra a qual ele,
justamente, tenta-se rebelar). Provavelmente, é esse movimento que leva o adolescente a
questionar valores sociais para ele ultrapassados, à prática de violência, ao abuso de
drogas, ao uso da sua sexualidade de forma inconseqüente e a tantas outras atitudes
mais ou menos extremas. Há que se considerar que a sexualidade humana é, sobretudo,
uma construção social e cultural, organizada no interior de complexos sistemas de
significados, articulada dentro de um contexto de diferenciações e desigualdades de
ordens sociais específicas.

Uma primeira grande dificuldade se antepõe a qualquer tipo de trabalho com


adolescentes: sua relação truncada com o saber. O adolescente tende a rejeitar qualquer
forma de conhecimento que se lhe queiram impor ou mesmo dispor (ainda que a seu
pedido), rejeitando o saber acumulado pelos mais velhos e priorizando o seu próprio,
geralmente oriundo do grupo ao qual se integra. Mesmo que esse saber, que ele
identifica como seu, seja da ordem do prejuízo, parecer- lhe-á mais legítimo. Como,
então, transmitir-lhe ele receber e aceitar a informação que se gostaria de lhe passar?
Acolhendo e envolvendo o adolescente em uma dinâmica onde ele assimile saberes sem
se dar conta disso, favorecendo um aprendizado agradável e sem imposições, apenas
colocado à sua disposição e capacidade de seleção (Barbosa JAG,2011).

Sob essa perspectiva de análise, Ayres (2017), aponta como um dos maiores
obstáculos ao trabalho preventivo com essa população, a forma estereotipada e
naturalizada com que temos tratado os jovens nos serviços de saúde, considerando cada
adolescente como parte de um grupo de risco de relevante gravidade. Se não lhe for
possível assimilar informações sobre temas como o abuso das drogas, a gravidez
indesejada, o contagio de doenças sexualmente transmissíveis ao praticar sexo não-

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seguro, o adolescente correrá sérios riscos de ser envolvido por essas situações
(aparentemente, sem estar consciente delas) e não ser capaz de enfrentá-las
satisfatoriamente, por não corresponder aos objetivos do trabalho de informação a ele
dirigido. Temos, nesse caso, um círculo vicioso em que adolescente e profissional
acabam-se enredando.

Portanto, não basta, portanto, informá-lo. É preciso que ele tome consciência, de
fato, dos riscos que corre e do que deve fazer para evitá-los. Os métodos convencionais
de comunicação e educação em saúde (realização de palestras, distribuição de folhetos
informativos, etc.) têm-se mostrado pouco eficazes, exigindo, dos profissionais dedicados,
outra forma de abordagem e uso da linguagem mais dinâmica e lúdica , que atinja, efetivamente, esse
adolescente.

Pedro Chequer (2016) afirma que:


"na realidade, os jovens estão diretamente expostos a mensagens implícitas e/ou explícitas
sobre sexo e sexualidade e interpretam, à sua maneira, essas informações, sejam elas
educativas ou não, podendo responder, diferentemente (com negações, descrenças,
esquecimentos ou assimilação errada), à mesma mensagem."

Lima (2013), também destaca que:


"o trabalho de prevenção dessas doenças, desenvolvido em escolas e outras instituições, pode
ajudar os adolescentes a terem uma visão positiva da sexualidade".

Desenvolver estratégias que favoreçam conhecimentos, oportunidades, opções e a


imprescindível participação dos jovens na prevenção de doenças sexualmente
transmissíveis entre si e no seu contexto social constitui, cada vez mais, um desafio para
o ministério de Saúde no pais.

3.3. A análise de vários estudos


A análise de vários estudos permitiu ao ministério de saúde concluír que a
transmissão sexual do HIV pode ocorrer bidirecionalmente, significando que tanto o
homem como a mulher podem infectar ou serem infectados. Acredita-se que a
transmissão sexual seja mais eficiente do homem para a mulher, sendo a
transmissibilidade da mulher para o homem considerada baixa.O coito anal
provavelmente representa o maior risco para a transmissão ocorrer a partir do homem
para a mulher, porque a mucosa anal é mais frágil do que a vaginal, favorecendo a
ocorrência de abrasões pelo coito e consequentemente a infecção. Durante o coito anal,

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o sêmen atinge o sistema linfático e sangüíneo, como resultado de abrasões da mucosa
retal. O reto possui uma única camada de células, que não oferecem grande proteção
contra abrasões; além disso permite a absorção de antígenos ali depositados.
Encontrou-se num estudo a diferenciação entre o risco do coito anal e vaginal entre
heterossexuais, atestando que a taxa de infectividade é de 1,8 vezes maior para as
mulheres que praticam coito anal do que para as praticantes de sexo vaginal e oral
(PADIAN, WILEY; WINKELSTEIN). Cumpre ainda ressaltar que a transmissão do
HIV está associada a atividades sexuais específicas e não com orientação sexual, por
tanto coito anal não é uma prática exclusivamente de homossexual (Bolling; Voeller).
A infecção está sendo documentada, de maneira crescente, em mulheres que se
envolvem em coito anal com homens infectados. Tal prática implica em maior risco
para a mulher heterossexual do que o coito vaginal, sendo o anal receptivo de risco
muito alto também para os homens.

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Conclusão
A ocorrência de gravidez, baixa adesão ao uso de preservativo em todas as relações
sexuais, o uso de drogas e o histórico de sintomas genitais são problemas encontradas
maioritariamente nos jovens de acordo com as investigações feitas sobre a doença como
o CDC. A análise de vários estudos permitiu ao ministério de saúde concluír que a
transmissão sexual do HIV pode ocorrer bidirecionalmente, significando que tanto o
homem como a mulher podem infectar ou serem infectados. Acredita-se que a
transmissão sexual seja mais eficiente do homem para a mulher, sendo a
transmissibilidade da mulher para o homem considerada baixa. Adicionalmente, os
adolescentes apresentaram comportamentos de risco que podem aumentar a incidência
de DST, HIV e gravidez não planejada.

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Referencias

Lima M, Schraiber LB. Violence and other gender vulnerabilities and women living
with HIV/Aids. Temas Psicol. [Internet] 2013 [cited Ago 15, 2016];21(3):947-
60. Available from: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/ v21n3/v21n3a11.pdf.

Nunes BBS, Mendes PC. Reproductive health public policies: historical context and
implications to maternity in Uberlândia –MG. Caminhos Geogr. [Internet] 2015
[cited Ago 15, 2016];16(53) 81-100. Available from:http://
www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/ viewFile/28875/16436.

Barbosa JAG, Freitas, MIF. Vulnerability of women wth mental disorders to sexually
transmitted infections (STIS) and HIV/AIDS. Rev Min Enferm. [Internet]. 2011
[cited Mai 10, 2015]; 15(2):217-24. Available from: www.reme.
org.br/artigo/detalhes/28.

Cooper HL, Caruso B, Barham T, Embry V, Dauria E, Clark CD, et.al. Partner
incarceration and African-American women’s sexual relationships and risk: A
longitudinal qualitative estudy. J Urban Health. [Internet] 2015 [cited Dec 15,
2016]; 92:(3)527-54. Available from: https://
www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4456473/.

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