Deuses estranhos não são raros

nas trevas resultantes da sombra ~Créditos~

do Demon Lord. Novas religiões
aparecem regularmente. Muitas Redação e Projeto: Steve Winter

aprendiz acabam sozinhas ou, nos casos desenvolvimento: rOBERT j. sCHWALB

mais repugnantes, seus membros Edição: KIM MOHAN
são caçados e mortos pelas pessoas que fizeram mal ou revisão: Adam Doochin
colocaram em perigo.
Direção de arte e projeto gráfico: hal mangold
O Deus Inferior é uma aventura para um grupo de per-
sonagens aprendizes. Nela, há a investigação do templo Diagramação: kara hamilton
de uma nova religião em ascensão para determinar se o Cartografia: Andy Law
deus Dúvia é uma divindade benevolente ou uma ameaça Ilustrações: Pat Loboyko e Britt Martin
contra a ordem das coisas. Os personagens completam a
aventura quando destruírem o horror desenterrado nas ~Créditos da versão nacional~
entranhas do templo. Tradução: Eduardo Elfman
diagramação: Leo Assis
versão 0.2
O Deus Inferior é ©2015 Schwalb Entertainment, LLC. Todos os direi-
tos reservados. Shadow of the Demon Lord, O Deus Inferior, Schwalb
Entertainment, e logotipos associados são marcas registradas da Schwalb
Entertainment, LLC. Pensamento Coletivo e logotipos associados são
marcas registradas da Pensamento Coletivo Editora.
PENSAMENTO

COLETIVO www.schwalbentertainment.com
www.pensamentocoletivo.com.br
 A História
Um novo deus apareceu na cidade e rapidamente vem
ganhando seguidores. Dúvia, o Divisor, o Guia das Almas
que promete levar as almas ao Submundo, sem o risco de
se desviarem ao Inferno por Diabos traiçoeiros. Os pro-
blemas atuais e o espectro sempre presente da morte têm
levado os cidadãos locais aos templos com a esperança da
promessa de salvação.
O Deus Inferior pode ocorrer em qualquer cidade gran-
de que garanta aos seus cidadãos alguma liberdade na
escolha da religião. Uma cidade de, pelo menos, dez mil
habitantes com um misto de templos competindo entre si.
Em Rûl, muitas cidades do Império são apropriadas, como
muitas entre a Confederação das Nove Cidades, como Set,
a Cidade dos Deuses. A nação específica é menos impor-
tante do que a existência de diversas religiões coexistindo
em uma mesma cidade e que a população seja grande o
suficiente (ou desesperada o suficiente) para que religiões
emergentes possam atrair seguidores.
A aventura foca em uma estrutura que foi anterior-
mente uma casa de banhos até que uma escavação, ou
um pequeno terremoto, bloqueiem as fontes termais que
alimentam os banhos. Abandonado, o lugar permaneceu
vazio por mais de um ano, até alguns meses atrás, quando
foi reaberto como o Templo de Dúvia.
O templo funciona, primordialmente, como um mortuá-
rio. Famílias enlutadas trazem os corpos de seus amados
parentes e, após uma cerimônia breve, os cultistas levam
os corpos para serem enterrados enquanto Dúvia guia
suas almas com segurança em direção ao Submundo.
Marash XII
A popularidade crescente do Templo de Dúvia não passou
despercebida pelos líderes de outros grupos religiosos da
cidade. Em particular, Marash XII, um ancião no culto do
Novo Deus, suspeitando que esta nova fé possui um lado
sombrio, e pretende descobrir sua verdadeira natureza. Ao
invés de se envolver diretamente em uma fé rival, Marash
envia lacaios para cumprir as investigações em seu nome,
e o grupo acaba por se envolver nessa história.
Marash passou muitos anos fortalecendo a sua identi-
dade como um sacerdote devoto e um membro ativo na
comunidade. Isto é tudo de fachada, é claro. Marash é
secretamente devoto a uma pintura possuída por um de-
mônio que mantem em sua casa. A pintura mostra um en-
contro de nobres se alimentando de uma mulher grávida e
ainda viva. O demônio na pintura distorce a tinta em men-
sagens que revelam, frequentemente, segredos do Vazio e
outras instruções para executar tarefas específicas. Marash
vem se reunindo com alguns aliados em quem confia e
que se uniram a ele em rituais obscenos executados diante
da pintura para agradar o demônio possessor.
Depende de você decidir porque Marash escolheu os
personagens. Ele pode estar em busca de novatos por eles
serem estranhos e sua falta não seria sentida caso a missão
falhasse. Alternativamente, os personagens podem estar
na cidade a algum tempo e ter alguma conexão com o an-
cião, neste caso, ele poderia pedir um favor ou contratá-los
diretamente.
2 O Deus Inferior
Já que Marash é uma figura conhecida na cidade, ele
escolheu o horário e o lugar para reunir o grupo pensan-
do na discrição. Caso seja descoberto que o grupo está
agindo em seu nome, O seu plano estaria completamente
comprometido. Portanto, quando encontrar os persona-
gens dos jogadores — em um canto escuro de um bordel
de alta classe ou em uma sala privativa de um restaurante
chique — ele vai escondido sob um manto pesado fala
somente em sussurros, ele também exige que os perso-
nagens façam o mesmo para que a conversa não vaze no
ambiente.
Marash XII pede para que os personagens se infiltrem
no templo de Dúvia e descubram o que realmente aconte-
ce em seu interior. Ele não se importa com os métodos —
seja se oferecendo como seguidores ou invadindo na
calada da noite. Marash oferece ao grupo 5 co, não pagan-
do mais do que a metade em adiantamento, mas exigindo
que as atividades do grupo não possam ser rastreadas até
ele ou a sua igreja. Caso confirmem que a nova religião é
realmente inofensiva, Marash manterá boas relações com
seus líderes para que possa, eventualmente, usá-la a seu
favor.
Rumores
Marash recomenda aos personagens começarem a sua
investigação perguntando aos aldeãos sobre o templo.
Caso sigam essa orientação, eles podem descobrir qual-
quer uma dessas informações entre os moradores locais.
• “São todos adoradores de demônios, nada além disso.
Eles devem ser expulsos dessa cidade.”
• “É uma organização de faixada para a nobreza; só mais
uma forma das pessoas de cima pisarem em nossas
cabeças.”
• “Muitos mascotes e outros animais desapareceram da
vizinhança ultimamente. Não estou dizendo que esses
Duvianos ou Duvistas, ou qualquer coisa que eles se
chamem, estejam por trás disso, mas é muita coincidên-
cia, não acha? (Os animais desaparecidos estão sendo
devorados por uma pequena gosma que se infiltrou na
caverna.)
• “O que eles fazem com os corpos das pessoas que eles
recebem? Eles devem jogar em uma vala coletiva. Ou
é isso ou é canibalismo. Qualquer um dos dois me
assusta.”
• “Eu ouvi por ai que os outros templos não estão felizes
com a ascensão desse novo culto. Eu me pergunto por-
que (o/a pessoa que manda na cidade) ainda não tomou
alguma atitude.”
• “Dúvia — significa ‘o deus divisor’, não é? Alguma coisa
no modo que ele divide a alma do corpo. Isso não faz
sentido nenhum, mas são bons vizinhos e não parecem
estar fazendo mal a ninguém.”
• “Eles dão um fim ao corpo. Alguém precisa fazer isso.
Tem a cantoria e a música alta... Mas se as famílias em
luto sentem algum conforto com isso, não é uma coisa
boa?”
• “Eu já viajei por toda essa região e em nenhum ou-
tro lugar eu encontrei esse culto. Pelo que parece, ele
 começou exatamente aqui. Não estou dizendo que é
algum tipo de charlatanismo, mas te dá no que pensar,
não?”
• “Sério, lá era uma casa de banhos. Tinham piscinas de
águas termais. Mas depois aconteceu alguma coisa e a
fonte de água natural secou. Estou contente em ver o
lugar aberto novamente.”
• “Eu senti uns cheiros estranhos saindo do lugar. Não é
um cheiro ruim, é um cheiro de fumaça e de incenso.
Me deixa meio bobo as vezes. Eu não ficaria surpreso se
tivesse mais do que incenso na mistura.”
• “Eu já estive dentro do templo, quando a minha cunha-
da morreu. O seu ’culto’ não é nada mais do que chamar
o nome de Dúvia, se balançar pra lá e para cá, e muito,
muito incenso. Tudo na sala de velório. A cerimonia se
encerra quando eles descem com o corpo, para a sala
onde ficavam as piscinas termais. Eles a chamam de
‘entrada para o Submundo.’ A família não pode acompa-
nhar, apenas os sacerdotes.”
• “Meu pai dizia que havia uma ligação entre o porão
da nossa loja e a antiga casa de banhos, mas eu nunca
cheguei a procurar essa entrada. Eu não sei nem se isso
é verdade.” (É verdade. A construção ao lado é a loja de
um oleiro. O proprietário permite que os personagens
façam uma busca em troca de algum pagamento ou de
que eles gastem alguns centavos de cobre em potes os
quais os personagens não precisem. Caso os persona-
gens fiquem uns 20 minutos empurrando caixas e barris
de um canto empoeirado do depósito do oleiro, eles
encontrarão uma porta de madeira que leva até a área 4
do templo.)
Desenvolvimento
Você pode usar algumas ou todas as cenas para adicionar
tensão e perigo durante a investigação do grupo.
Ladrões Cruéis: Um grupo de 3 bandidos (SDL 272) opor-
tunistas e sem coração atacam as famílias enlutadas no
momento em que elas saem do templo do Dúvia. Os la-
drões podem tentar roubar um ou dois personagens, ou
o grupo pode ver os ladrões durante a ação. Os ladrões
capturados podem fornecer um ou mais dos rumores
acima.
Ameaça da Gosma: Caso os personagens invadam o
templo durante a noite, a gosma (SDL 250) que vem se
alimentando de pequenos animais avista os jogadores e
ataca, se atrevendo em função de seu tamanho aumen-
tado (Tamanho 2).
Espírito Atormentado: O espírito de um humano morto
cujo corpo foi entregue ao templo assombra um beco
próximo. Esta assombração (SDL 229) se manifesta
durante a noite e vaga pelas ruas, praguejando contra
mentiras e outras abominações enquanto espreita nas
trevas. Você pode revelar alguns dos rumores sobre o
templo através desta criatura, caso os jogadores a con-
vençam a falar.
O Templo de Dúvia
A estrutura que hospeda o templo de Dúvia era incrível e
luxuosa nos dias da casa de banhos, mas estes dias ficaram
no passado. As colunas que flanqueiam a entrada estão
lascadas e sujas de fuligem, e os degraus estão desgasta-
dos por incontáveis passadas. O interior é mal iluminado
por lanternas à óleo com o objetivo tanto de criar um
ambiente sóbrio como para esconder o efeito dos anos e
da decadência que cerca impiedosamente todo o lugar. A
construção fica na lateral de uma colina rochosa, de forma
que o fundo da estrutura se encontra parcialmente abaixo
no nível do resto da construção.
Os Cultistas
Um grupo de 12 cultistas (SDL 272) mantém e vivem no
templo. Os cultistas não são necessariamente assassinos,
mas são fanaticamente leais a uma gosma semi-senciente
e carnívora — uma devoção estimulada por sua exposição
constante ao seu incenso consideravelmente inebriante.
É permitido a qualquer pessoa entrar no templo duran-
te o dia. Os visitantes são recepcionados na antecâmara
(área 1), por um par de cultistas sérios, mas amigáveis,
que respondem a todas as questões de maneira razoável.
Os visitantes que demonstrem interesse serão conduzidos
à sacristia e a capela (e, novamente, as perguntas razoá-
veis serão respondidas). Os 10 cultistas restantes estarão
na área 2 (1), área 3 (4), área 4 (2) e na área 7 (3). Nenhum
visitante, sob quaisquer circunstâncias, terão permissão
para entrar no Submundo através da área 4. Caso os per-
sonagens precisem invadir a força, os cultistas na área irão
gritar imediatamente por ajuda, atraindo todos os outros
cultistas até a capela, onde defenderão a entrada para o
Submundo com as suas vidas.
Em razão do templo conter pouca coisa de valor para
um gatuno, a porta da entrada principal fica fechada du-
rante a noite mas não trancada. A porta pode ser aberta
silenciosamente com um sucesso em uma jogada de de-
safio de Agilidade; esta jogada é efetuada com 1 perdição
caso o personagem que faça a jogada não esteja ciente da
existência de um gongo pendurado sobre a porta. Em caso
de falha, a porta faz o gongo soar, acordando um cultista
que investiga em algumas poucas rodadas. Este cultista
voltará a dormir caso não encontre nada suspeito.
Os personagens podem se esgueirar pela entrada secreta
através da loja do oleiro. Caso façam qualquer barulho,
um cultista acorda e começa a investigar da mesma forma
descrita acima. Caso qualquer cultista descubra os intru-
sos, ele irá gritar para alertar os outros cultistas, que che-
garão na área em 1d3 rodadas.
Durante qualquer noite, nove cultistas estarão dormin-
do enquanto três deles queimarão incensos e cantarão
para Dúvia na área 7.
Em algum momento enquanto os personagens estive-
rem investigando o templo durante a noite, eles ouvem o
soar do gongo na sacristia, seguido por vozes sonolentas
de cultistas meio despertos no dormitório entoando:
“Dúvia tem fome, saciamos a fome de Dúvia.”
Áreas Descritas
1. Antecâmara: Esta sala possui bancos próximos as pa-
redes em duas samambaias em vasos sobre a bancada
da recepção, bancada que existe desde a época do spa.
As paredes são pintadas com desenhos mal feitos de
famílias enlutadas se despedindo de seus entes queri-
dos, entes estes que estão sendo conduzidos por anjos
O Deus Inferior 3
 através dos portais para o Submundo. A sala possui um
forte odor de incenso. A menos que os personagens en-
trem furtivamente, um pequeno gongo sobre a porta na
parte interior da sala soa suavemente, mas com muita
intensidade no momento em que a porta é aberta.
2. Sacristia: Dúzias de robes negros de vários tamanhos
estão pendurados em pregos nesta sala, e bancos es-
tão encostados nas paredes. Os enlutados vestem ro-
bes de luto nesta sana antes dos ritos fúnebres serem
conduzidos.
3. Dormitório: Os cultistas se alimentam e dormem nes-
ta sala superlotada, como demonstrado pelas camas
encostadas nas paredes e a grande mesa com diversas
cadeiras. Na maior parte da noite, 9 cultistas dormem
nesta sala.
4. Capela: A característica mais marcante deste aposento é
a entrada para o Submundo. O portal em arco que leva
a área 5 possui 3 metros de altura e 3 metros de largura.
A parede ao redor foi pintada para simular uma brande
boca. Esta parece uma boca humana, mas a pintura é
primitiva e simplista, tornando difícil dizer qual foi a
real intensão do artista. Visto à meia luz e através de
olhos chorosos, a visão é impressionante.
Há um gongo pendurado sobre a entrada para o
Submundo. Este está conectado por um cabo as corren-
tes na área 7 de forma que este comece a soar quando
Dúvia se alimenta. Os cultistas explicam para as pes-
soas na capela que o gongo soa misticamente a cada
vez que Dúvia guia com segurança outra alma para o
Submundo.
Seis bancos ocupam a capela, sendo suficiente para
aproximadamente vinte e cinco enlutados ou mais se
sentarem.
4 O Deus Inferior
As paredes possuem uma textura feita com painéis
de carvalho reentrâncias naturais na textura tornam a
passagem secreta que leva para a loja do oleiro difíceis
de discernir; para encontrar a passagem por este lado é
necessária uma busca minuciosa na parede e um suces-
so em uma jogada de desafio de Percepção feita com 2
perdições.
5. Escadaria para o Submundo: Os primeiros trinta de-
graus dentro deste corredor irregular foram escavados
na própria pedra da colina. Após estes degraus, a passa-
gem se abre em direção a área 6, alargando o túnel natu-
ral. Os degraus de pedra dão espaço para uma escadaria
em madeira que desce pelos últimos 3 metros até o chão.
6. Câmara de Banhos: Esta câmara é uma caverna natural
com paredes maciças e um teto em forma de domo. O
chão foi nivelado com pisos de pedra. O ar é parado e
com um odor forte de incenso e de decomposição. O
cheiro é mais forte próximo a entrada para a área 7. Um
zumbido suave pode ser ouvido vindo desta direção.
Qualquer um que consiga um sucesso em uma jogada
de desafio de Percepção identifica o som como sendo
um cântico vindo de mais de um mas não mais do que
cinco vozes humanas.
Em anos anteriores, esta câmara era utilizada pelos
clientes da casa de banhos para um banho frio antes ou
após os banhos termais. Ela abriga duas piscinas arti-
ficiais ladrilhadas (uma utilizada por mulheres e outra
por homens). Os ladrilhos, atualmente, estão quebrados
e tomados pelo limo.
As piscinas não contém água, mas sim guardam um
amontoado de faixas fúnebres, que são retiradas dos
corpos e descartadas nestas piscinas antes dos corpos
serem entregues a Dúvia. Os personagens que passem
pelo menos 15 minutos vasculhando entre os trapos
 descartados nas piscinas encontram outros itens descar-
tados junto com os trapos como joias ou e vestes nobres
Traição
relativamente intactas no valor de 10d6 xp. Enquanto tudo isso acontece, Marash, não tem a intenção
de honrar a sua parte do acordo. Ele teme que os perso-
7. O Poço de Dúvia: O ar nesta câmara é pesado e carre-
nagens podem vir a suspeitar de suas verdadeiras inten-
gado pela fumaça do incenso e, nem assim, o cheiro de
ções, e, ele sabe que se o seu envolvimento nas ações dos
decomposição não pode ser completamente disfarçado,
personagens vier a tona, ele estaria arruinado e os seus
ao contrário, também se nota um odor característico,
segredos provavelmente seriam expostos. Portanto, ao
que lembra uma mistura de tabaco e enxofre bastante
invés de esperar pelo resultado e instigado por sua pintura
repulsivo.
amaldiçoada, Marash (alto cultista, SDL 271) e 2 mercená-
Durante o dia ou durante a noite, não faz diferença, 3
rios (SDL 273) leais a ele e muito bem pagos, seguem para
cultistas (SDL 272) sempre estão presentes nesta câma-
o templo na calada da noite usando mantos com capuz
ra, queimando incenso e envolvidos em cânticos para
e máscaras demoníacas. Eles aguardam próximos ocul-
Dúvia em uma cantoria monótona. Eles estão imersos
tados pelas sombras, procurando ouvir qualquer som de
em sua atividade, portanto, eles fazem suas jogadas de
combate. Caso um conflito ocorra no interior do templo,
desafio de Percepção com 1 perdição até que sejam aler-
Marash e seus companheiros entram para limpar a bagun-
tados do perigo.
ça, alcançando a área 7 no final da terceira rodada após o
O solo no centro da câmara abre para um poço circu-
início da luta contra a gosma. Caso os personagens fujam
lar de bronze de 5 metros de diâmetro e 3 metros de pro-
do templo, eles correm na direção de Marash.
fundidade. A borda do poço está manchada de sangue,
Marash e seus mercenários matarão cada um dos cultis-
cercada de carne em decomposição e corroída por ácido.
tas que encontrem ao avançarem em direção ao conflito,
Acima do poço, várias correntes estão penduradas pelo
pois Marash não irá tolerar nenhum sobrevivente e ne-
teto, com ganchos pesados e afiados em suas extremi-
nhuma testemunha agora que deu as caras.
dades; pedaços de cadáveres humanos estão presos nas
A combinação de Marash e Dúvia pode matar um grupo
pontas de duas dessas correntes, as suas extremidades
de personagens aprendizes com facilidade, mas Dúvia
inferiores mais próximas ao poço parecem terem sido li-
passa a ignorar os personagens quando Marash e seus per-
quefeitas ou dissolvidas. Caso os personagens observem
sonagens chegarem na área do combate. Marash e a gos-
o poço por alguns minutos, eles observam um pseudó-
ma gastaram muitos de seus recursos um contra o outro, o
pode oleoso se esticando languidamente para cima do
vencedor sairá deste conflito severamente enfraquecido e
poço para envolver um cadáver, como os dedos de uma
pronto para ser finalizado pelos aventureiros.
dama sonolenta envolvendo uma uva. A carne morta
derrete ao ser tocada, até que um generoso pedaço de
carne se desprenda e caia no interior do poço, de onde
emana um chiado e uma fumaça por vários minutos an-
Consequências
Os personagens que sobreviverem a esta aventura ganha-
tes de ser completamente consumido por qualquer coisa
rão a inimizade dos membros sobreviventes do culto de
que viva no fundo desse poço.
Dúvia e de Marash e seus comparsas caso estes sobre-
Caso os cultistas se envolvam em um combate, seus
vivam. As religiões mais consolidadas na cidade podem
zumbidos aumentam para um guinchar que pode ser
assediar os personagens, oferecendo trabalhos futuros
ouvido pelos cultistas ainda vivos no templo, eles che-
para que eles desenterrem outras religiões falsas, enquan-
gam 4 rodadas depois durante o dia ou em 6 rodadas
to cultos sombrios podem começar a ver os personagens
depois durante a noite.
como inimigos potencialmente perigosos.
No momento em que os cultistas concluírem que es-
Finalmente, caso os personagens derrotem Marash, eles
tão derrotados, um deles pula no interior do poço — se
enfrentarão toda a fúria do Culto do Novo Deus, pelo me-
oferecendo como sacrifício para trazer Dúvia a ação.
nos até que os personagens possam desmascarar Marash
Dúvia é uma gosma (SDL 250 — Tamanho 3, ou
como um traidor da fé e um vil assecla das forças das tre-
Tamanho 4 caso o grupo dos jogadores incluam 5 ou
vas — um fato que pode ser provado caso os personagens
mais personagens) com Saúde 80. Ele entra no combate
encontrem a pintura na casa de Marash. Ele a mantém em
assim que algum cultista (ou qualquer outra coisa que
uma sala secreta ligada ao seu porão. Encontrar e recupe-
ele mesmo não tenha agarrado) cai no interior do poço.
rar a pintura pode ser a sua próxima aventura.
Seus pseudópodes podem alcançar qualquer lugar na
área 7 partindo de dentro do poço. Enquanto Dúvia es-
tiver no poço, caso os seus ataques excedam a Defesa do
seu alvo por 5 ou mais, o personagem precisa de um su-
cesso em uma jogada de desafio de Agilidade ou ele será
arrastado para dentro do próprio poço de Dúvia, onde o
personagem fica debilitado e lento ao ser cercado pelo
corpo macio e pegajoso da gosma.
Dúvia irá perseguir os personagens escada acima,
pelo interior do templo, e mesmo pelas ruas da cidade
caso seja necessário — mas provavelmente não chegará
a tanto.

O Deus Inferior 5