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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO – CENFLE


CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO CULTURA POPULAR E DESENVOLVIMENTO LOCAL
PROFESSOR: DR. JOSE REGINALDO FEIJÃO PARENTE

Bruna Gessica Oliveira

PORTFÓLIO

SOBRAL-CE
JUNHO/2022
APRESENTAÇÃO
Este trabalho tem como objetivo registrar as aulas da disciplina Educação Cultura
Popular e Desenvolvimento local ministrada pelo professor Dr. Reginaldo Parente, fazendo
parte do eixo do 8º Semestre (Pedagogo nos Espaços não formais) do Curso de Pedagogia da
Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA. No decorrer das aulas, o professor orientou para
que fizéssemos os registros das aulas como ferramenta de estudo e aquisição da nota parcial
da disciplina. No presente trabalho consta meus aprendizados e contribuições no decorrer das
discussões dos textos trabalhados em sala de aula.
A primeira aula da disciplina aconteceu no dia 16 de Março de 2022. Essa foi a
primeira aula presencial após o período de isolamento ocasionado pela pandemia. O retorno
presencial foi marcado pelo início dessa disciplina, tendo como temática esse resgate de
como fomos afetados com a pandemia, quais eram as expectativas para esse retorno e
também, apresentação da disciplina e da proposta do portfólio como dispositivo avaliativo da
disciplina.
No decorrer do trabalho, apresento os textos desenvolvidos e as aulas referente a
discussão do referido texto. Assim, torna-se mais fácil a compreensão das ideias dos textos
não ocasionando a quebra do pensamento, caso fosse organizado pelas datas das aulas. As
aulas tiveram como aporte teórico os textos: Sustentabilidade, o que é - o que não é” de
Leonardo Boff (2017); Fome de liberdade e felicidade de Sawaia (2003); Felicidade Interna
Bruta (FIB) de Lustosa e Melo (2010); A paz como se faz de Diskin e Roizman (2002) por
fim, Uma educação e uma escola afetiva operam a favor da paz e da espiritualidade com
autoria do prof. Dr. Reginaldo Parente.
LIVRO: SUSTENTABILIDADE: O QUE É - O QUE NÃO É
LEONARDO BOFF
As discussões sobre esse texto aconteceram nas aulas do dia 23/03/2022 e dia
06/04/2022. O texto fala sobre a Carta da Terra, um documento mais inspirador do século
XXI apresentando o amor à terra e a sua preservação através de atitudes conscientes e
sustentáveis. Buscando provocar uma reflexão para que possamos cuidar mais da nossa casa
(Terra), as atitudes dos seres humanos estão dizimando e destruindo o planeta.
Os desastres naturais, aquecimento global, extinção dos animais, exploração dos
recursos naturais, desmatamento,.. a Terra clama por socorro, e se quanto antes não tivermos
essa consciência, o futuro da humanidade corre sérios riscos. O professora pediu para que
fizéssemos uma síntese do texto, segue abaixo:
A Carta Terra representa um chamado sério acerca dos riscos que pesam sobre a
humanidade. Em que o objetivo é formar uma aliança global para cuidar da Terra e cuidar
um dos outros.
Os desafios atuais para a construção da sustentabilidade refletem sobre como
organizar essa aliança de cuidado com a Terra. Intensifica ainda, defender uma
sustentabilidade verdadeira, real, global e efetiva conjugada com o princípio do cuidado e
da prevenção.
A sustentabilidade significa o conjunto de ações e processos que se destinam em
manter a vitalidade e a integridade da Mãe Terra. Essa carta busca conscientizar para que
haja uma mudança nas nossas mentes e corações, pois a Mãe Terra é onde vivemos. Aponta
também, que devemos aplicar a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local,
nacional, regional e global.
Os pontos abordados pelo texto referem-se que todos nós possuímos um destino
comum, precisamos de um novo começo para modificar nossas ações para preservar nossa
“casa”, e isso só irá acontecer se modificamos a nossas mentes e a forma como pensamos,
pois da maneira que o planeta se encontra, não irá demorar para que os seres humanos
deixam de habitar a terra, é necessário que se haja o senso de responsabilidade coletiva,
pois somos seres de uma mesma espécie, ser humano.
As sínteses desenvolvidas foram utilizadas para produzir um cartaz em equipe, com o
objetivo de abordar representar no cartaz a compreensão da equipe sobre a temática. No
entanto, a primeira atividade com a equipe foi conversar entre si, compartilhando nossos
sentimentos e emoções de como estávamos. Após, foi realizada a confecção do cartaz. Segue
abaixo:

fotos autoral

MAPA MENTAL SOBRE O TEXTO: SUSTENTABILIDADE

FOME DE FELICIDADE E LIBERDADE - SAWAIA


Esse texto foi trabalhado durante os dois encontros, o primeiro da sequência (04 de
Maio de 2022) ocorreu no modelo remoto e o outro, presencial ( 11 de Maio de 2022). A aula
remota deu início com a música “Comida” do Titãs (1987), essa música como introdução
refletiu sobre que o ser humano não necessita apenas de comida, mas também de dignidade.
Após, foi realizada uma dinâmica para falarmos ``De que tenho fome? ``. A resposta foi o de
“amor”, na minha concepção o amor é o maior dos afetos, capaz de transformar as pessoas e
capaz de construir uma sociedade justa e igualitária. Citei ainda, saúde, paz, qualidade de
vida e felicidade.
Esse texto reflete sobre a necessidade de dignidade do ser humano. Principalmente,
quando nos referimos aos excluídos, sendo negado às necessidades básicas, ocasionando no
sofrimento ético-político. São exemplos: os indígenas, negros, mulher, idoso, esses em
muitos casos são discriminados pela condição de ser o que é, gerando uma violência
simbólica.
É necessário que haja a superação do sofrimento ético-político gerado por práticas
econômicas, políticas e sociais no processo de exclusão social (raça, gênero, classe e idade).
A superação desse sofrimento pode acontecer por meio da educação com afeto e inclusiva,
valorizando os afetos dos excluídos, tornando a escola um ambiente potencializador.
Utilizando o diálogo e Arte na Educação potencializador da sensibilidade e compreensão das
emoções e sentimentos dos excluídos, educar com afeto para que os seres busquem sua
autonomia.
Como representação deste texto, apresento uma música de Gonzaguinha (1983), que
reflete sobre a necessidade do ser humano de dignidade, afetos, ser reconhecido.

Um Homem Também Chora (Guerreiro Menino)


Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas

Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura

Guerreiros são pessoas


São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito

Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os torne refeitos
É triste ver um homem
Guerreiro menino
Com a barra de seu tempo
Por sobre seus ombros

Eu vejo que ele berra


Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama

O homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho

E sem o seu trabalho


Um homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se marta

Não dar pra ser feliz


Não dar pra ser feliz

Gonzaguinha, 1983

FELICIDADE INTERNA BRUTA (FIB) - INDICADOR DE


FELICIDADE DE LUSTOSA E MELO

Para a discussão desse texto, tivemos dois encontros. O primeiro dessa


sequência ocorreu no dia 25 de Maio de 2022, para introduzir a temática o professor trouxe
um teste chamado “Teste sua felicidade interna bruta”, nesse teste tinha perguntas desde ao
bem estar físico, saúde, trabalho, relação com as pessoas, natureza, relacionamento amoroso,
psicológico, sono etc, a resposta marcada para cada questionamento determinada uma
pontuação e ao final do teste teria que somar todos os pontos e determinar a pontuação e
descobrir o nível de felicidade interna bruta 0-50 (infeliz) 50-80 (feliz) 80-120 (muito feliz), a
minha pontuação foi de 98, com esse teste pude compreender que são vários aspectos que
devem ser levados em consideração quando fomos abordar a felicidade. Vale ressaltar que a
felicidade é um bem público e subjetivo, é um conjunto de fatores.
Para medir o desenvolvimento das sociedades existe o Produto Interno Bruto (PIB),
mas o PIB só mede o fator econômico e sozinho não tem condições de traduzir o ideal de
desenvolvimento. O Brasil é o 11 país mais rico do mundo, porém é extremamente desigual o
capital do país está concentrado na mão de uma pequena minoria que cada vez mais ricos,
empobrecem a grande maioria, o mais importante no PIB é o dinheiro. Quanto mais riqueza,
mais exploração! É nesse viés que o PIB funciona.
Portanto, existe o Índice de Desenvolvimento Sustentável que não mede apenas os
fatores econômicos, mas outros fatores que contribuem para o desenvolvimento como:
educação, segurança, saúde, qualidade de vida, meio ambiente, cultura etc. A felicidade vem
de fortes e abundantes conexões sociais, não é possível ser feliz em sua integridade quando o
outro sofre. Para que isso de fato aconteça, é essencial que existam políticas públicas que
promovam a felicidade coletiva, com foco nas necessidades coletivas.
A felicidade interna bruta (FIB) tem diversos indicadores, segue uma ilustração sobre
seus indicadores:

Imagem Autoral

A PAZ COMO SE FAZ? SEMEANDO CULTURA DE PAZ NA ESCOLA


DE DISKIN E ROIZMAN

A aula referente a esse texto aconteceu no dia 08 de Junho de 2022. O


texto busca refletir sobre a cultura de paz na escola, priorizando uma nova
educação, consolidando valores democráticos. A escola é um lugar privilegiado,
pois a cultura de paz começa com a educação e através dela pode e deve reduzir
a violência social. A paz tem relação com uma sociedade livre, com a
compreensão, tolerância, igualdade entre os grupos étnicos, nacionais e
religiosos. Possuindo ainda, relação com a justiça social como condicionante da
paz. Para que haja uma cultura de paz nas escolas é importante que a escola seja
composta por profissionais adeptos a esse movimento, além disso, a escola deve
ser um espaço que atenda as necessidade de seu público alvo em sua totalidade,
com recursos, materiais e ferramentas, construindo um espaço dialógico e
afetuoso.

UMA EDUCAÇÃO E UMA ESCOLA AFETIVA OPERAM A


FAVOR DA PAZ E DA ESPIRITUALIDADE
REGINALDO PARENTE
A discussão do referido texto aconteceu no dia 15 de Junho de 2022. O que pude
compreender é a violência acompanha a humanidade, sendo considerada uma patologia
social. Não estamos livre da violência o fato de sermos o que somos, muitas vezes é motivo
para sofrer violência.
A escola também produz violência, em muitas das vezes, seletivamente aos alunos das
camadas populares. A proposta do texto é a construção de uma educação afetiva com a
missão de criar esse clima favorável aos bons encontros os quais encontram na Comunicação
Não Violenta uma aliada valiosa. Relacionado à uma pedagogia tolerante.
O texto, ainda, discute sobre a espiritualidade aliada à educação. Primeiramente,
desmistificando a ideia que se tem da associação a espiritualidade à religião, sendo que a
espiritualidade faz parte da condição humana “é a necessidade psicológica constitutiva do ser
humano e consiste na busca pessoal para o existir e agir” (CARTELLA, 2017). Representa o
olhar para dentro para se compreender e só assim, compreender o mundo.

REFERÊNCIAS

BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é-o que não é. Editora Vozes Limitada, 2017.

SAWAIA, Bader Burihan; CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO,


CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIA. Fome de felicidade e liberdade. Muitos lugares
para aprender, p. 53-64, 2003.

DISKIN, Lia; ROIZMAN, Laura Gorresio. Paz: como se faz?: Semeando cultura de paz nas
escolas. Governo do Estado do Rio de Janeiro, 4º ed. 2002.

LUSTOSA, Alberto Elias; MELO, Lucelena Fátima. Felicidade Interna Bruta (FIB): índice
de desenvolvimento sustentável. Goiás: Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos. Recuperado em, v. 10, 2010.

PARENTE, J. R. F. Uma educação e uma escola afetiva operam a favor da paz e da


espiritualidade. 20

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