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Instituto Federal de Alagoas – IFAL

Campus Piranhas

Disciplina: Tecnologia de Pescado


Professor(a): Simone Alves
Estudantes: Arthur Rodrigues, Felipe Pereira, Jennifer Vieira, João Pedro, Mariane Bianca, Thayná
Pereira e Susana Correia.

Visita técnica à feira livre de Piranhas

Piranhas, Alagoas, 2022


INFORMAÇÕES GERAIS
Foi realizada, no dia 05/08/22, às 7:15 h, a visita técnica à feira livre, do município de
Piranhas, Alagoas, com base na Legislação Brasileira: RIISPOA 2017, Instrução Normativa
do MAPA RELACIONADAS A PESCADO, ANVISA (LISTA DE VERIFICAÇÃO:
RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC N° 275, DE 21 DE OUTUBRO DE
2002) e (PORTARIA SVS/MS No 326, DE 30 DE JULHO DE 1997).

OBJETIVO ESPECÍFICO: Analisou-se as irregularidades presentes na comercialização


de pescado (peixe), foi identificada tais irregularidades e promovido às devidas soluções
para controlar os entraves que ocorrem no ambiente comercial de peixes, na feira livre.

DESENVOLVIMENTO
Notou-se que, no mercado de comercialização de peixes e animais de origem fluvial, da
feira livre, havia alguns fatores que implicaram no resultado final da qualidade
microbiológica do peixe, fatores estes que são: o peixe sendo descongelado em temperatura
ambiente, em que ocorre a contaminação microbiológica prejudicando, assim, a saúde do
consumidor.
Lavagem inadequada (com bucha), que além de contaminar o peixe com sujidades presentes
na bucha, não é a forma ideal para realizar essa limpeza.
Balcões inadequados (ferrugem), ocorrendo mais uma vez uma possível contaminação no
produto.
Escamador de madeira, algo totalmente incorreto para a utilização quando se remete aos
alimentos, porque a madeira é fonte de cultivo de micro-organismos, já que a condição de
proliferação se dá pela alta umidade atuante no utensílio desse material.
Faca com ferrugem em estado avançado cortando o peso. Sem haver uma limpeza após o
corte da carcaça.
Animais em trânsito contínuo (pássaros e cachorros).
Falta de EPI (Equipamento de Proteção Individual): na visita técnica, foi observado a falta
de EPI`s como: luvas de proteção, botas, vestimentas de proteção térmica, protetor auricular,
respiradores, avental e mangotes.
Contaminação cruzada (planta e carne): uso inadequado das noções básicas de higiene,
como:
- Não enxugar as mãos em panos ou em aventais antes de manusear carnes;
- Não lidar com dinheiro enquanto se trabalha com alimentos;
- Convém usar, de preferência, roupas limpas;
- Os cabelos devem estar presos ou contidos por uma rede durante o preparo das refeições;
- Evitar exposição com outros produtos como plantas.
Carcaças sem refrigeração(gelo): produto exposto em mesas em temperatura ambiente, onde
não é recomendado. O pescado deve ser armazenado a uma temperatura de (menos) – 18 °C.
Essa temperatura deve ser mantida até o consumo.
Evisceração com equipamentos irregulares como facas com uso repentino em vários peixes
e facas com ferrugem.
O cliente sem distanciamento inadequado com toques que não são permitidos, contaminando
os peixes. Observamos também algo que aconteceu no momento da visita: a falta de cuidado
com a mercadoria o peixe caiu no chão e foi colocado de volta no balcão para a venda.

SUGESTÕES PARA OS PROBLEMAS ENCONTRADOS E OBSERVAÇÕES EM


GERAL
Para obtenção de um produto de boa qualidade e para que se faça o uso das Boas Práticas de
Fabricação, é necessário que erros tão visíveis sejam corrigidos, então algumas sugestões
para correção de erros são:
- Promover um transporte adequado, em recipientes limpos e refrigerados, para garantir a
qualidade do produto.
- Uso de geladeira, ou até mesmo isopores, para controlar a temperatura em que o produto
(peixe) vai descongelar, para evitar que ele se descongele em temperatura ambiente e tenha
perdas sensoriais.
- Evitar o uso de estopas, panos sujos, ou qualquer outro tipo de tecido para limpar/secar o
peixe, pois irá contaminar de vários modos o produto.
- Utilizar-se de EPI's como, por exemplo: luva e camisas de manga longa, para não
haver a
contaminação do produto e para própria segurança do trabalhador.
- Cuidar para que haja um exposição do produto mais segura, aonde os clientes possam ver
mas não possam tocar o produto, podendo gerar assim uma contaminação do mesmo.
- Promover limpezas nas instalações do local (ventilação, iluminação, teto e etc), a fim de
evitar que animais façam seu lar naquele local de trabalho.
- Fazer a limpeza do peixe em água corrente e não na mesma água parada usada repetidas
vezes, ou usar a água que está no balde para limpar o peixe fora do balde, a fim de
economizar água.

CONCLUSÃO
A visita à feira livre do município foi bastante proveitosa. Conseguimos avaliar, como
técnicos em formação, a qualidade dos processos pelo qual o peixe passa até chegar em
nossas mesas. Infelizmente, já esperávamos encontrar tudo o que já foi citado,
anteriormente, na comercialização desse produto. Porém, só o fato de irmos à feira e
direcionar um olhar diferente a um produto que muitas pessoas consomem contribuiu
bastante para a nossa experiência acadêmica. Fazendo isso, conseguimos perceber a
importância de seguir as normas de boas práticas ensinadas nas matérias do nosso curso, e
que a garantia de qualidade de um produto deve partir principalmente do produtor. Potanto,
cabe à nós, futuros técnicos em agroindústria, sugerir melhoras e promover discussões sobre
essa pauta.

ANEXOS

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