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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Métodos de Estudo e Ética na Investigação Cientifica

Irene Xavier B. Safrão – 41220184

Xai˗Xai, Abril de 2022


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Métodos de Estudo e Ética na Investigação Cientifica

Trabalho de campo a ser submetido na


coordenação do Curso de Licenciatura
em Ensino de Biologia da Unisced
Tutor: Marcos Ballat

Irene Xavier B. Safrão – 41220184

Xai˗Xai, Abril de 2022

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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................1

1.1. Objectivos..............................................................................................................................1

1.1.1. Geral...................................................................................................................................1

1.1.2. Específicos.........................................................................................................................1

1.2. Metodologia...........................................................................................................................1

2. Métodos de Estudo e Ética na Investigação Cientifica.............................................................2

2.1. Métodos de Estudo................................................................................................................2

2.2. Ética na Pesquisa...................................................................................................................3

2.2.1. Os principais aspectos éticos.............................................................................................4

3. Considerações Finais.................................................................................................................6

4. Referencias Bibliográficas........................................................................................................7

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1. Introdução

O presente trabalho faz uma análise em torno dos métodos de estudo e ética na pesquisa
científica. Como a pesquisa científica abrange pesquisadores e pesquisados, surgiu o interesse
sobre o debate que envolve a responsabilidade ética do pesquisador e sua visão sobre as
premissas éticas que envolvidas em um processo de pesquisa. Portanto, acto de planificar uma
actividade de pesquisa é imprescindível para a manutenção da integridade moral. Os
pesquisadores devem identificar os modos como a privacidade poderia ser invadida e evitar que
isso aconteça. Portanto, uma pesquisa responsável é a que se antecipa aos possíveis problemas
éticos e não aquela que se justifica posteriormente a realização da investigação.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Analisar os métodos de estudo e Ética na investigação científica.

1.1.2. Específicos

 Identificar os métodos de estudo;


 Apontar os aspectos éticos no desenvolvimento da pesquisa;
 Descrever a importância da responsabilidade ética na pesquisa científica.

1.2. Metodologia

Para a realização do trabalho recorreu – se a pesquisa bibliográfica. Segundo Vergara (2000), a


pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído,
principalmente, de livros e artigos científicos e é importante para o levantamento de informações
básicas sobre os aspectos directa e indirectamente ligados à nossa temática.

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2. Métodos de Estudo e Ética na Investigação Cientifica

2.1. Métodos de Estudo

Segundo Ruiz (1996), o aluno que acaba de ingressar numa faculdade precisa ser informado
sobre os procedimentos necessários para tirar o maior proveito do curso que vai fazer, tendo em
vista que os conteúdos trabalhados no ensino fundamental e médio são diferentes dos conteúdos
do ensino superior. Assim, é necessário integrar-se desde o início ao ritmo desta nova etapa de
ascensão no saber, que se chama vida universitária.

Esclarece ainda o autor que, na universidade, o aluno precisa mudar, especialmente na


responsabilidade, na autodisciplina e na forma de conduzir sua vida de estudos para tirar o maior
proveito da excelente oportunidade de crescimento cultural, que a universidade lhe oferece.

É necessário que o estudante reorganize o tempo para as actividades de lazer, trabalho e estudo.
Disponibilizado tempo para estudo é necessário desenvolver técnicas para tornar o seu tempo
mais produtivo. Para Ruiz (1996, p. 23), o estudante que não conhece outros detalhes sobre
leitura, revisão e fichamento pouco ou nada produzirá, mas quem utilizar as técnicas de leitura,
revisão e fichamento, certamente lerá boas páginas em dez minutos, descobrirá e assinalará a
ideia principal, as palavras – chave e os pormenores importantes de um texto.

Já Severino (1999), afirma que não se trata de estabelecer uma detalhada divisão de horário de
estudo: o essencial é aproveitar o tempo disponível, com uma ordenação de prioridades. Também
não é necessário discutir as condições de ordem física e psíquicas que sejam melhores para o
estudo, muito dependentes das características pessoais de cada um, sendo difícil estabelecer
regras gerais que acabam caindo numa tipologia artificial.

De acordo com Ruiz, (1991: 22), a maneira mais prática de descobrir ou fazer aparecer o tempo
consiste em tomar uma folha de papel, anotar os diversos dias da semana em linha horizontal e os
diversos afazeres em linha vertical; registar depois, na coluna de cada dia da semana, as horas
plenas e os diversos espaços.

Segundo Estanqueiro (2002:14), cada estudante tem um determinado tempo que lhe é rentável
nas suas actividades, pois, enquanto uns obtém uma boa atenção mental na assimilação dos
conteúdos nas manhãs; outros, obtém o mesmo estado nas tardes ou à meia-noite.
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2.2. Ética na Investigação Cientifica

Na tentativa de compreender, inicialmente, o tema “ética”, serão expostas algumas definições e


conceitos, alicerçados em abordagens de diversos teóricos.

Parte-se então da afirmação de Brown (1993), que propõe que a ética é um processo, ou seja, em
vez de ver a ética como um conjunto de regras ou punições, ou mesmo um código, com seus
parâmetros, delimitando espaços, o autor define a ética como o processo de decidir o que deve ser
feito.

Srour (2000), que coloca que a ética estuda as morais históricas, as relações e as condutas dos
agentes sociais. O referido autor discute então o que é a moral, ou seja, um conjunto de valores e
regras de comportamento, um código de conduta que coletividades adotam. Chaui (2006)
complementa afirmando que pode-se dizer que a ética é o estudo dos valores, e portanto que a
ética é a reflexão sobre a moral.

Já segundo Daft (2005) é difícil definir ética precisamente. De maneira geral, ética é o código de
princípios morais e valores que governam os comportamentos de uma pessoa ou grupo com
respeito ao que é certo ou errado. A ética estabelece padrões sobre o que é bom ou ruim na
conduta e na tomada de decisão.

O assunto da responsabilidade ética do cientista e as reflexões sobre o impacto da ciência e da


tecnologia sobre a vida social e sobre o ser humano não é algo moderno.

Contudo, foram os efeitos catastróficos do progresso da técnica e da ciência após a primeira


guerra mundial e no período entre ela e a segunda guerra mundial que trouxeram à tona a
importância de refletir sobre a responsabilidade do cientista. (Santos & Silva Neto, 2000).

As primeiras normas éticas formais surgiram com o Código de Nuremberg, em 1947, em


resposta às atrocidades da experimentação médica dos nazistas. Foi o primeiro documento ético
internacional contendo preceitos disciplinadores às atividades científicas, e que passou a requerer
dos pesquisadores: o consentimento livre do sujeito na pesquisa, a redução de riscos e
incômodos, a possibilidade de revogação de autorização pelo sujeito, a proporcionalidade entre
riscos e benefícios, a obrigatoriedade de pesquisa prévia em animais etc.

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Assim, tais preceitos buscaram resgatar alguns referenciais mínimos para um agir ético
marcando, portanto, o nascimento da primeira norma de ética aplicada. (Lino, 2008; Hutz, 2008).

Em 1964, foi assinada a Declaração de Helsinque, que propunha a criação e implantação de


Comitês de Ética em Pesquisa, o que foi incluído na quase totalidade dos Códigos e Normas de
Pesquisa em Saúde. A partir da Declaração de Helsinque vários órgãos oficiais dos principais
centros envolvidos em pesquisas redigiram normas e diretrizes próprias. (Greco & Mota, 1998).

Nos anos seguintes, especialmente nas décadas de 1960 e 1970, surgiram e se consolidaram
vários códigos e normas legais para pesquisa com seres humanos nos Estados Unidos, Canadá e
Europa (Hutz, 2008). Inicialmente, a preocupação ética recaia sobre as práticas de pesquisa de
experimentação com seres humanos e só depois do final dos anos sessenta e durante os anos
setenta é que surgem novas preocupações e contestações da sociedade quanto aos efeitos das
pesquisas sobre a humanidade. (Santos & Silva Neto, 2000).

A preocupação com as questões éticas surge quanto a ciência, ou os seus pesquisadores,


extrapolam os limites da dignidade humana, principalmente nas experiências com seres humanos.

Um dos grandes princípios na pesquisa é o consentimento esclarecido dos envolvidos, dos


participantes. Tal deve ser feito com clareza e uma linguagem acessível.

Normalmente, em todas as pesquisas no momento de colecta de dados é importante ter em mãos


uma carta de apresentação (credencial). Se os informantes for menor, uma autorização expressa
do encarregado ou responsável.

É preciso ter em conta que o pesquisador ao lidar com a pessoa humana deve preservar sempre a
sua dignidade. Ademais, a ciência não é feita apenas de certezas, mas também de erros, que
quanto cometidos em humanos podem deixar sequelas graves.

2.2.1. Os principais aspectos éticos

Os principais aspectos que devem fundamentar a realização das pesquisas científicas são:

1. A legalidade: a observância das normas dos comités de ética da área científica em


referência;

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2. O profissionalismo: manifestado na verdade racional e fidelidade aos factos e na busca
de conhecimentos sólidos;
3. A confidencialidade e privacidade: que consiste na não utilização dos dados/resultados
em prejuízo das comunidades e pessoas pesquisadas;
4. A boa-fé ou confiança: manifestada no consentimento livre e esclarecido, na liberdade de
participação das pessoas sem represálias;
5. O respeito pela integridade das pessoas;
6. O retorno dos dados: assumindo-se o compromisso de que os participantes sejam
informados sobre os resultados da pesquisa;
7. O não plágio: em nenhum momento o pesquisador deve se apropriar do trabalho
intelectual de outrem com sendo seu.

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3. Considerações Finais

As atrocidades cometidas num passado não tão distante e mesmo no século 21, não podem se
repetir, posto que o ser humano não deve ser usado tão-somente como uma mercadoria ou uma
cobaia de laboratório. Todos, independentemente de cor, classe social ou etnia, devem ter seus
direitos respeitados.

Nesse contexto, surgem as primeiras normas éticas formais com o Código de Nuremberg, em
1947, em resposta às atrocidades da experimentação médica dos nazistas. Foi o primeiro
documento ético internacional contendo preceitos disciplinadores às atividades científicas, e que
passou a requerer dos pesquisadores: o consentimento livre do sujeito na pesquisa, a redução de
riscos e incômodos, a possibilidade de revogação de autorização pelo sujeito, a proporcionalidade
entre riscos e benefícios, a obrigatoriedade de pesquisa prévia em animais etc.

Assim, tais preceitos buscaram resgatar alguns referenciais mínimos para um agir ético
marcando, portanto, o nascimento da primeira norma de ética aplicada.

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4. Referencias Bibliográficas

Brown, M. T. (1993). Ética nos negócios. São Paulo: Makron Books.

Chaui, M. (2006). Convite à Filosofia (13a ed.). São Paulo: Ática.

Churchill, G. A. Jr, & Peter, J. P. (2005). Marketing: criando valor para os clientes (2a ed.).São
Paulo: Saraiva.

Cooper, D. R. & Schindler, P. S. (2003). Métodos de pesquisa em administração (7a ed.). Porto
Alegre: Bookman.

Daft, R. L. (2005) Administração (6a ed.). São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Greco, D. B., & Mota, J. A.C. (1998). A Experiência do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal de Minas Gerais (COEP/UFMG) -1997/98. Bioética, 6. Belo Horizonte,
197-201.

Hutz, C. S. Problemas Éticos na Produção do Conhecimento. Recuperado em 16 julho, 2008, de


http://www.pospsi.ufba.br/hutz.doc

RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas,
1996.

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