Helídio Rodrigues Cumbane

Avaliação da Implementação das Medidas de Higiene e Segurança no Trabalho na

Prevenção de Acidentes de Trabalho – Estudo de Caso Dadtco Moçambique

Licenciatura em Gestão de Recurso Humanos

Universidade Save
Maxixe
2023
 Helídio Rodrigues Cumbane

Avaliação da Implementação das Medidas de Higiene e Segurança no Trabalho na

Prevenção de Acidentes de Trabalho – Estudo de Caso Dadtco Moçambique

Monografia Científica a ser apresentada ao

Departamento de Economia e Finança, na
Universidade Save – Maxixe, para a
obtenção do Grau Académico de
Licenciatura em Gestão de Recursos
Humanos.

Universidade Save
Maxixe
2023
 Helídio Rodrigues Cumbane

Avaliação da Implementação das Medidas de Higiene e Segurança no Trabalho na Prevenção

de Acidentes de Trabalho – Estudo de Caso Dadtco Moçambique

Monografia aprovada em _____ de ______________ de 2022 como requisito parcial para

obtenção do grau de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos pelos professores:

Prof. _______________________________

(Supervisor)

Prof. _______________________________

(Arguente)

Prof. ______________________________

(Presidente)
Índice

Lista de Abreviaturas, Acrónimos e Siglas vi

Lista de Imagens vii
Lista de Gráficos viii
Declaração de Honra ix
Dedicatória x
Agradecimento xi
Resumo xii
Abstract xiii
Introdução 14
Delimitação do estudo 14
Objectivos da pesquisa 15
Objectivo geral 15
Objectivos específicos 15
Justificativa 15
Problematização 16
Hipóteses 18
CAPÍTULO I: REVISÃO DA LITERATURA 19
1.1. Definição e Discussão dos Conceitos Básicos 19
1.1.1. Segurança no Trabalho19
1.1.2. Doenças de trabalho 20
1.1.3. Acidente de Trabalho 20
1.1.4. Acidentes 21
1.1.5. Prevenção 21
1.1.6. Higiene e Segurança do Trabalho 22
1.1.7. Objectivos de HST 23
1.1.8. Doenças Profissionais 25
1.1.9. Equipamento de Protecção Individual 25
1.1.10. Importância da Segurança no Trabalho 26
1.1.11. HST na Lei de Trabalho em Moçambique 26
1.1.12. Direitos dos Trabalhadores 27
1.1.13. Direitos do Empregador 27
1.1.14. Deveres do Trabalhador 27
1.1.15. Deveres do Empregador 28
1.1.16. Deveres do Empregador e dos Trabalhadores no tange aos EPI’s 29
1.1.17. Riscos no Ambiente de Trabalho 30
1.1.18. NR 17 – Ergonomia 30
1.1.19. Levantamento, Transporte e Descarga Individual de Materiais 31
1.1.20. Condições Ambientais de Trabalho 32
CAPITULO II: METODOLOGIA 33
2.1. Tipo de pesquisa 33
2.1.1. Quanto aos objectivos 33
2.1.2. Quanto á natureza 33
2.1.3. Quanto á abordagem 33
2.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos 34
2.2. Método de Estudo 34
2.3. Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados 35
2.3.1. Observação Directa 35
2.3.2. Questionário 35
2.3.3. Entrevista 36
2.4. População e amostra da pesquisa 36
2.4.1. População ou Universo 36
2.4.2. Amostragem 36
2.4.3. Amostra de pesquisa 36
CAPITULO III: ANÁLISE, DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 38
3.1. Breve caracterização da empresa Dadtco Moçambique – Inharrime 38
3.2. Medidas de Higiene e Segurança no trabalho implementadas na Empresa Dadtco
Moçambique 39
3.3. Satisfação dos colaboradores em relação ao cumprimento das medidas de HST na
Empresa Dadtco Moçambique 41
3.4. A Higiene e Segurança no Trabalho na Empresa DADTCO Moçambique 44
3.4.1. Condições Ambientais 44
3.4.2. Movimentação de Equipamento e Cargas 44
3.4.3. Armazenamento de Cargas e Equipamento 45
3.4.4. Máquinas 45
3.4.5. Postura e posições de trabalho 45
3.4.6. Condições Psicológicas do trabalho 46
3.4.7. Identificação de Riscos 46
3.4.8. Equipamentos de Protecção Colectiva e Individual 46
3.5. Eficácia das medidas de Higiene e Segurança no Trabalho implementadas na Empresa
Dadtco Moçambique 46
Conclusão 48
Sugestões 49
Referências bibliográficas 50
Legislação 51
Apêndices 52
 vi

Lista de Abreviaturas, Acrónimos e Siglas

Art.º - Artigo

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CRM – Constituição da República de Moçambique

A DADTCO - Dutch Agriculture Development and Trading Company

EPC – Equipamento de Protecção Colectiva

EPCʼs – Equipamentos de Protecção Colectiva

EPI – Equipamento de Protecção Individual

EPIʼs – Equipamentos de Protecção Individual

HO – Higiene Ocupacional

HST – Higiene e Segurança no Trabalho

NR – Norma Regulamentar

OIT – Organização Internacional do Trabalho

SHT – Saúde e Higiene no Trabalho

SST – Saúde e Segurança no Trabalho

 vii

Lista de Imagens

Imagem 1: Trabalhadores sem EPI’s........................................................................................42

Imagem 2: Camião de Transporte de mandioca.......................................................................43
Imagem 3: Carinha para transporte manual de carga................................................................43
 viii

Lista de Gráficos

Gráfico 1: Relativo a aquisição dos EPI’s................................................................................38

Gráfico 2: Relativo a classificação do treinamento e monitoramento do uso dos EPI’s..........39

Gráfico 3: Representação da satisfação em relação ao cumprimento das medidas de HST.....40

Gráfico 4: Frequência do Uso dos EPI’s...................................................................................41

Gráfico 5: Causas do não uso dos EPI’s...................................................................................41

Gráfico 6: Gráfico de eficácia das medidas de HST implementadas na empresa....................45

Gráfico 7: Classificação do número de acidentes de trabalho ocorridos pelos colaboradores. 46

 ix

Declaração de Honra

Declaro por minha honra, que a monografia intitulada: Avaliação da implementação das
medidas de Higiene e Segurança no Trabalho na Prevenção de Acidentes de Trabalho –
estudo de caso Dadtco Moçambique, é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente citadas no texto, nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para
obtenção de qualquer grau académico.

Maxixe, Março de 2023

____________________________________

(Helídio Rodrigues Cumbane)

 x

Dedicatória

Dedico este trabalho a todos que acreditaram em mim e nunca deixaram de estar presentes,
meus pais e irmãos.
 xi

Agradecimento

Muitos foram os que contribuíram para que este trabalho fosse concretizado e eu chegasse até
aqui por isso, quero deixar o meu enorme e eterno agradecimento a Deus primeiramente por
sempre guiar-me nas minhas veredas de vida como estudante tanto como pessoa.

Um eterno e profundo agradecimento vai para os meus pais e irmãos que mesmo distantes de
mim, estiveram perto dando forças e depositaram confiança em mim.

Aos meus tios e primos em Inhambane, que de bom coração e braços abertos acolheram-me
quando eu necessitava, o meu mais eterno e sincero agradecimento.

Um especial agradecimento vai para o Eng. Bruno Comini pela supervisão, orientação,
disposição e disponibilidade demonstrada bem como pelo estímulo e apoio prestado durante
este período.

Agradeço, também, a Universidade Save – Extensão da Maxixe pelos conhecimentos,

competências, habilidades e atitudes proporcionadas a minha pessoa durante esta jornada de
aprendizagem e pelo profissionalismo dos formadores que congregam a instituição.

A todos os trabalhadores da Dadtco Moçambique - Inharrime e o seu gerente, agradeço pela

forma com que me receberam, o respeito demonstrado, a sua disponibilidade e o bom
ambiente de trabalho e de aprendizagem proporcionado.

Por último, expresso em jeito de um forte agradecimento aos meus colegas - amigos que
conheci e me acompanharam durante a minha estadia desde a antiga UP (Universidade
Pedagógica) – Maxixe até a actual UniSave (Universidade Save) – Extensão da Maxixe. Sem
as vossas palavras nos momentos oportunos, sem o vosso apoio, sem as nossas lágrimas e
gargalhadas nada disso teria sido possível.
 xii

Resumo

A presente pesquisa intitulada “Avaliação da implementação das medidas de Higiene e Segurança no

Trabalho na Prevenção de Acidentes de Trabalho – estudo de caso Dadtco Moçambique.” Surge com o
intuito de dar a conhecer os as medidas implementadas para a prevenção dos acidentes,
desenvolvendo-se através das seguintes etapas, Identificar as medidas de higiene e segurança no
trabalho implementadas na Empresa Dadtco Moçambique, Medir o nível de satisfação dos
colaboradores em relação ao cumprimento das medidas de HST na Empresa Dadtco Moçambique,
Descrever a higiene e segurança no trabalho na Empresa DADTCO Moçambique; Aferir o nível de
eficácia das medidas de higiene e segurança no trabalho implementadas na Empresa Dadtco
Moçambique, através da aplicação da pesquisa explicativa, da pesquisa bibliográfica, da pesquisa de
campo, do método indutivo e da análise de dados qualitativos e quantitativos obtidos através da
aplicação da entrevista, do questionário, do guião de observação e do registo fotográfico, aferiu-se As
medidas de higiene e segurança no trabalho instalados pela Dadtco Moçambique não foram
implementadas adequadamente para a prevenção de acidente na medida em que houve vários
acidentes de trabalho devido a negligência dos colaboradores e administração no treinamento e
monitoramento no uso dos EPI’s.
Palavras-Chave: Ambiente de Trabalho; Equipamentos de Protecção Individual; Higiene e Segurança
no Trabalho.
 xiii

Abstract

This research entitled “Assessment of the implementation of Occupational Health and Safety measures
in the Prevention of Occupational Accidents – case study Dadtco Mozambique.” arises with the aim of
making known the measures implemented for the prevention of accidents, developing through the
following steps, Identifying the hygiene and safety measures at work implemented in the Company
Dadtco Mozambique, Measuring the level of satisfaction of employees in relation to compliance with
HST measures at the Company Dadtco Mozambique, Describe hygiene and safety at work at the
Company DADTCO Mozambique; Assess the level of effectiveness of hygiene and safety measures at
work implemented in the Company Dadtco Mozambique, through the application of explanatory
research, bibliographical research, field research, inductive method and analysis of qualitative and
quantitative data obtained through the application from the interview, the questionnaire, the
observation guide and the photographic record, the hygiene and safety measures at work installed by
Dadtco Mozambique were not properly implemented for accident prevention insofar as there were
several accidents at work due to negligence of employees and management in training and monitoring
the use of PPE.
Keywords: Work Environment; Individual protection equipment; Health and safety at work.
 14

Introdução

O presente estudo, tem como título de abordagem “avaliação da implementação das medidas
de Higiene e Segurança no Trabalho na Prevenção de Acidentes de Trabalho – estudo de caso
Dadtco Moçambique”. Assim, verifica-se que a Higiene e segurança no trabalho
consubstancia-se como uma das qualidades que um colaborador deve possuir, gerando a
capacidade de se precaver, isto é, saber lidar com acidentes e situações de risco que podem
abonar actividades do colaborador.

No que concerne a relevância, dissertar da segurança no trabalho torna-se fundamental, pois

cuidar da saúde física e psicológica dos colaboradores significa fazer a manutenção do maior
recurso que uma empresa possui para o seu funcionamento e será para a mesma uma questão
de maior rentabilidade porque estará a prevenir-se de possíveis custos com acidentes que
possam ocorrer no ambiente laboral.

Em relação a empresa "Dadtco Moçambique", denota-se que é uma empresa privada que
oferece serviços de transformação de mandioca. Pela natureza do trabalho, lida com poeiras
na execução dos trabalhos sendo que estão sujeitos a diversos riscos e que por conseguinte
executam suas tarefas com produtos químicos, havendo uma necessidade do conhecimento
das regras básicas. Assim, julga-se pertinente aferir e aprofundar a mobilização da higiene e
segurança no trabalho pois, é fulcral para o bom desempenho dos colaboradores e da empresa.

No que tange a estruturação do mesmo, estará organizado em elementos textuais, assim

ordenados:

No âmbito organizacional, a presente monografia compõe-se de elementos textuais, tais

como: a Introdução que versa sobre elementos chave da pesquisa, como é o caso do
enquadramento e o foco da pesquisa/objectivo fulcral, e de forma sintetizada espelha-se sobre
higiene e segurança no trabalho em geral, assim como de forma particularizada da empresa
Datco Moçambique, seguidamente temos o tema, problematização, hipóteses, objectivos
(geral e específicos), justificativa e por conseguinte, temos o segundo capítulo que é o
referencial teórico, seguido pelo segundo capítulo referente a metodologia de pesquisa e o
terceiro e ultimo que e a discussão de dados colhidos no campo

Delimitação do estudo

O presente estudo prende em avaliar a implementação das medidas de Higiene e Segurança no

Trabalho na Prevenção de Acidentes de Trabalho – estudo de caso Dadtco Moçambique.
 15

Centrando-se na implementação das normas que a higiene e segurança no trabalho estabelece

para a empresa DATCO Moçambique. Deste modo, a pesquisa terá foco temporal nos anos
2020 à 2021.

Objectivos da pesquisa
Objectivo geral

 Avaliar a implementação das medidas de Higiene e Segurança no Trabalho na

Prevenção de Acidentes de Trabalho na empresa Dadtco Moçambique.

Objectivos específicos

 Identificar as medidas de higiene e segurança no trabalho implementadas na Empresa

Dadtco Moçambique;
 Medir o nível de satisfação dos colaboradores em relação ao cumprimento das
medidas de HST na Empresa Dadtco Moçambique;
 Descrever a higiene e segurança no trabalho na Empresa DADTCO Mocambique;
 Aferir o nível de eficácia das medidas de higiene e segurança no trabalho
implementadas na Empresa Dadtco Moçambique;
 Propor algumas medidas de Higiene e Segurança no trabalho com vista a mitigar os
acidentes de trabalho na Empresa Dadtco Moçambique.

Justificativa

As empresas são regidas pelo princípio de maximização dos lucros e minimização dos custos.
Na prossecução desse interesse e para se manter num mercado altamente competitivo verifica-
se que, nalgumas vezes, as empresas procuram resultados altos em curto prazo com o menor
investimento possível, acabando por não considerar os aspectos ligados a higiene e segurança
e as condições de trabalho para responder a essa exigência, colocando os trabalhadores numa
situação de vulnerabilidade.Que na visão de Lakatos & Marconi (2002), a justificativa é de
suma importância, pois é o único item que expõe as respostas para o porquê de se realizar a
pesquisa.

O desenvolvimento desta pesquisa resulta do interesse pessoal em aprofundar os

conhecimentos nesta área, verificando a relação existente entre a qualidade das condições do
ambiente de trabalho e a produtividade dentro da empresa.
 16

No âmbito científico, o trabalho mostra-se pertinente na medida em que nos últimos anos tem
se registado défices trabalhos que versam sobre a temática, e o facto de existir uma grande
necessidade de explorar a área de HST nesta empresa assim como em outras tanto pelas
vantagens que possa trazer para estas no que toca ao bem-estar dos trabalhadores quanto pelo
facto de ser um componente chave para a produtividade e consequentemente para o sucesso
dos objectivos organizacionais uma vez que envolve os trabalhadores, que são a força através
da qual a empresa atinge os seus objectivos com eficiência e eficácia. O estudo poderá servir
como mais um instrumento de consulta para os pesquisadores que se interessam por adquirir
um conhecimento inerente ao capital humano.

No contexto social, espera-se que a pesquisa possa contribuir de forma positiva para o
desenvolvimento de uma mentalidade consciente no que respeita a HST nos trabalhadores e
nas empresas e, consequentemente o desenvolvimento das organizações e, deste modo, para
que a sociedade tenha organizações mais consolidadas, que sejam comprometidas em garantir
a qualidade de vida para o trabalhador.

Problematização

Segundo Marconi & Lakatos (2003), problema é uma dificuldade, teórica ou pratica, no
conhecimento de alguma coisa real importância, para a qual se deve encontrar uma solução
(p. 159).

A qualidade de vida e o bem-estar dos trabalhadores estão intimamente ligados à

produtividade e não é possível dissocia-los, por conseguinte, nos últimos tempos verifica-se,
por parte das empresas, uma grande preocupação com as condições do trabalho, tendo em
vista a salvaguarda dos direitos fundamentais do trabalhador em usufruir de uma boa e
saudável qualidade de vida, através da incorporação das boas práticas de gestão da higiene e
segurança no trabalho para a protecção dos trabalhadores contra os riscos presentes no
ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes de trabalho e doenças profissionais,
garantindo o bem-estar e a integridade física dos trabalhadores, diminuindo
consideravelmente os custos e prejuízos e aumentando a produtividade.

Os acidentes no trabalho são fenómenos socialmente determinados, ou seja, diferente de ser

obra do acaso como dá a entender a palavra “acidente”; eles são previsíveis e preveníveis e os
factores que podem desencadeá-los estão presentes na situação de trabalho (passíveis de
identificação) muito tempo antes de serem desencadeados. Morrer no exercício do trabalho,
muitas vezes em situações evitáveis, configura-se na total falência no que se refere à
 17

protecção à saúde do trabalhador; desta forma, o estabelecimento de medidas de intervenção e

controle destes agravos devem-se constituir em uma das prioridades na área da saúde do
trabalhador.

Vários acidentes têm ocorrido derivados pela falta de equipamentos de segurança de um dos
colaboradores da empresa que podem ser atingido em qualquer parte do corpo por um produto
químico, bem como pela falta de equipamentos de segurança. É notório que os trabalhadores
das empresas têm se deparado com situações adversas ligadas a falta de equipamentos de
higiene e segurança. A falta de higiene e segurança no trabalho pode afectar directamente na
produtividade da empresa, isto porque em algum momento terão contraído doenças como
lesões pulmonares, câncer, pela inalação das poeiras, devido a exposição dos riscos que
possam afectar a saúde dos trabalhadores que estão expostos a vários riscos no seu ambiente
de trabalho.

A Dadtco é uma empresa privada que oferece serviços de transformação de mandioca, pela
natureza do trabalho, lida com poeiras na execução dos trabalhos. Sendo assim, os seus
colaboradores estão sujeitos a diferentes riscos, tais como: riscos biológicos no caso de
exposição aos resíduos sólidos orgânicos, riscos físicos com a exposição as poeiras e riscos
químicos, tendo em conta que os mesmos estão em contactos constantes com produtos
químicos, havendo uma necessidade do conhecimento das regras básicas.

Durante as visitas, foi possível constatar que os colaboradores reclamavam muito a entidade
empregadora devido a falta de a EPI’s, em alguns casos EPI,s danificados ou cansados e
relatavam alguns casos de acidentes de trabalho que aconteciam dentro da empresa devido a
falta dos equipamentos de protecção colectivo e individual e algumas vezes pelo uso
incorrecto dos equipamentos por falta de conhecimento.

De acordo com Gomides (2002), a maneira mais fácil e directa de se formular um problema é
faze-lo em forma de pergunta, pois este modo permite identificar, com mais facilidade, aquilo
que se deseja pesquisar, separando o supérfluo do essencial. Nesta perspectiva coloca-se a
seguinte pergunta de partida:

 Será que são implementadas as medidas de higiene e segurança no trabalho para a

prevenção de acidentes no trabalho estabelecidas pelas normas de ergonomia na
DADTCO Moçambique?
 18

Hipóteses

Segundo Barros & Lehfeld (2007), a hipótese pode ser considerada como formulação de uma
teoria provisória, ou seja, uma pressuposição que procura tornar inteligíveis os dados de um
fenómeno. No presente trabalho, avançaremos com as seguintes hipóteses para a pesquisa:

H1: As medidas de higiene e segurança no trabalho instalados pela Dadtco Moçambique

foram bem implementadas para a prevenção de acidente na medida em que houve aquisição e
treinamentos e monitoramento no uso de EPI’s, e com isso houve poucos acidentes trabalhos.

H2: As medidas de higiene e segurança no trabalho instalados pela Dadtco Moçambique não
foram implementadas adequadamente para a prevenção de acidente na medida em que houve
vários acidentes de trabalho devido a negligência dos colaboradores e administração no
treinamento e monitoramento no uso dos EPI’s.
 19

CAPÍTULO I: REVISÃO DA LITERATURA

1.1. Definição e Discussão dos Conceitos Básicos

1.1.1. Segurança no Trabalho

O termo “Segurança” deve ser entendido como sendo: “o estado de estar livre de riscos
inaceitáveis de danos”, definição convergente com as definições de Brauer (1994).

Para Chiavenato (2009), a segurança no trabalho envolve um conjunto de medidas técnicas,

educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, eliminando as
condições inseguras do ambiente ou instruindo e convencendo as pessoas da implantação e
uso de práticas preventivas.

Segurança no Trabalho pode ser definida como a ciência que, através de metodologias e
técnicas apropriadas, estuda as possíveis causas de acidentes do trabalho, objectivando a
prevenção de sua ocorrência, cujo papel é assessorar o empregador, buscando a preservação
da integridade física e mental dos trabalhadores e a continuidade do processo produtivo.
(Votorantim Metais, 2005).

A segurança visa evitar o acidente de trabalho, ou seja, aquilo que ocorre pelo exercício do
trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause
a morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Sob uma
outra visão, acidente é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou
interfere no processo normal de uma actividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões
nos trabalhadores ou danos materiais. (Votorantim Metais, 2005).

Chiavenato (2009) descreve que segurança no trabalho são medidas para prevenir acidentes e
reduzir possíveis riscos, elas podem ser técnicas, educacionais, médicas ou psicológicas. O
mesmo autor ainda menciona que o número de corporações que criam o seu próprio sistema
de segurança é cada vez maior, com a finalidade de tornar o ambiente de trabalho mais
satisfatório para seus colaboradores.

Contudo, os autores acima expostos são unânimes ao aferir que segurança no trabalho é o
estudo das possíveis causas do acidente dentro da organização e consequentemente devem
implementar medidas para evitar a ocorrências de acidentes dentro da organização.
 20

1.1.2. Doenças de trabalho

Segundo Peixoto & Ferreira (2012):

As doenças do trabalho são desencadeadas a partir das condições inadequadas de trabalho,

onde se toma necessária a comprovação do nexo causal, afirmando que foram adquiridas em
decorrência do trabalho. Podem servir como exemplos: alergias respiratórias adquiridas em
ambientes condicionados, estresse, fadiga, dores de coluna em motoristas e intoxicações
profissionais agudas (p. 35).

Para Peinado (2019) “doença do trabalho é relativa àquela adquirida ou desencadeada em

consequência de condições especiais nas quais o trabalhador se encontra exposto” (p. 194).

Deste modo, conclui-se que doenças de trabalho, são todas as que a sua origem está ligada às
condições em que as actividades são executadas.

1.1.3. Acidente de Trabalho

Para que possamos conceituar acidente do trabalho de maneira satisfatória, é necessário que
antes entendamos uma característica marcante da palavra acidente, que antes de mais nada, é
género do qual pertence a espécie acidente do trabalho. Zocchio (2001) conceitua o acidente
de trabalho como ocorrências anormais e indesejáveis no exercício do trabalho que
interrompem a actividade onde ocorrem; interferem negativamente também em outras
actividades; agridem os trabalhadores com pequenas lesões, ou até grandes mutilações e, às
vezes, com a morte; causam diversos e consideráveis prejuízos às empresas; e, contribuem
para o desequilíbrio socioeconómico do país.

De acordo com Carvalho e Nascimento (1992), a administração de recursos humanos

considera o acidente de trabalho como algo que já aconteceu, mas que não foi planejado e que
também não foi possível ter um controle sobre o mesmo para assim tentar ser evitado, depois
de ter acontecido é algo que pode estar gerando lesões físicas à vida dos empregados. Existem
dois factores que causam acidentes de trabalho, os factores pessoais que são dependentes do
próprio indivíduo e os factores materiais ou situacionais que ocorrem através das condições
inadequadas no local de trabalho, os acidentes são provocados, mas podem ser prevenidos
quando seus riscos são minimizados.

O acidente de trabalho é algo que pode acontecer por um ato inseguro, por não usar
correctamente os meios de prevenção ou por uma situação irregular no ambiente de trabalho
que pode causar acidentes ao trabalhador na organização em que o abriga. Com o passar dos
anos houve a evolução de novas tecnologias, como as máquinas e equipamentos, que
 21

passaram a facilitar o processo produtivo, fazendo as empresas produzirem mais rápido e

elevando o volume de produção, esses são factores que contribuíram para o aumento de
acidentes de trabalho e em consequência colocando em maior risco a vida do homem.

1.1.4. Acidentes

Os acidentes são causados pelos actos inseguros ou pelas condições inadequadas. Aqueles são
as acções indevidas ou inadequadas cometidas pelos empregados, podendo gerar acidentes,
enquanto as condições inadequadas são aquelas presentes no ambiente de trabalho que podem
vir a causar um acidente, podendo estar ligada directa ou indirectamente ao trabalhador, ou
seja, é uma situação em que o ambiente pode proporcionar riscos de acidentes do trabalho, ao
meio ambiente e equipamentos durante o desenvolvimento das actividades. (Diniz, 2005).

Para exemplificar o que foi exposto, pode-se citar como exemplos de actos inseguros:
negligência com as normas de segurança, falta do uso do EPI (Equipamento de Protecção
Individual), não observação das placas de segurança e actividades de risco sem análise de
risco. Por outro lado, tem-se, por exemplo, as seguintes situações de condições inadequadas:
partes móveis de equipamentos, trabalho em altura sem o equipamento adequado, falta de
inspeção de rotina em equipamentos, além de vazamentos e transbordos em tanques.

1.1.5. Prevenção

Ainda segundo António Castro Diniz (2005), a prevenção dos acidentes deve ser realizada
através de medidas gerais de comportamento, eliminação de condições inseguras e
treinamento dos empregados, devendo o uso dos EPI’s ser obrigatório, havendo fiscalização
em todas as actividades, sendo os empregados treinados quanto ao seu uso correcto. As
tarefas devem ser previamente avaliadas, os riscos e os padrões de trabalho identificados e
todos devem ser responsáveis pela segurança e prevenção dos acidentes.

Conforme Araujo e Garcia (2009) é importante conduzir os empregados para trabalhar de

forma correcta, devendo-se explicar sobre as instruções necessárias sobre como lidar com as
máquinas, equipamentos, materiais e produtos que quando são utilizados de forma errada
podem causar acidentes graves.

Quando a empresa tem a consciência em deixar seus empregados atentos e conscientes sobre
as formas correctas de se trabalhar, isso se torna um ponto positivo já que irá evitar gastos em
repor novos funcionários por funcionários afastados por acidente de trabalho. As empresas
são obrigadas por lei a proporcionar meios de segurança aos seus empregados.
 22

O programa de Segurança do Trabalho tem uma grande responsabilidade que é motivar os

gerentes, encarregados, supervisores e subordinados em todas as áreas da empresa, se os
gerentes tiverem a consciência em utilizar os EPI’s eles poderão motivar, dando exemplos aos
demais funcionários, já se o próprio gerente não tiver a consciência em usar as medidas
necessárias de protecção não poderá esperar que seus subordinados façam o contrário, quando
ele mesmo não dá o bom exemplo, por isso é importante conscientizar todos os membros da
empresa sobre as vantagens em utilizar meios para se proteger (Snell; Bohlander, 2013).

Para Marras (cit. em Casarotto; Lima & Alcantara, 2016):

Esta é a área responsável pela segurança dos trabalhadores e pela Higiene e Medicina do
Trabalho, procurando prevenir os empregados de acidentes dentro das empresas e quando for
necessário realizar estudos e acções constantes que ajudam a corrigir aspectos que representam
riscos à saúde física e mental de todos os empregados (p. 247).

Como já referenciado, a utilização dos EPI’s é de fundamental importância na prevenção dos

acidentes, pois muitas vezes, as medidas de controlo relativas ao ambiente não são suficientes
para eliminar os riscos. Usar e cuidar do equipamento de segurança faz parte do trabalho de
cada um, sendo que existe sempre um EPI apropriado à tarefa que será realizada. Em caso de
dúvida, deve-se consultar o PO (Padrão Operacional) da actividade, pois nele constam todas
as informações referentes à actividade (Votorantim Metais, 2005).

1.1.6. Higiene e Segurança do Trabalho

Com relação à gestão dos recursos humanos das organizações, a Higiene do Trabalho
corresponde a normas e procedimentos que tem a função de transformar o ambiente de
trabalho mais saudável e seguro, minimizando os riscos de acidentes relacionados às
actividades exercidas dentro da empresa, com a finalidade de proteger a saúde física e mental
dos colaboradores. As condições de trabalho é algo que gera comportamentos no empregado
levando riscos a sua vida quando for mal administrado, portanto a Higiene do Trabalho deve
buscar eliminar as causas e efeitos que geram doenças aos empregados (Carvalho;
Nascimento, 1992).

Conforme Marras (2000), esta é a área responsável pela segurança dos trabalhadores e pela
Higiene e Medicina do Trabalho, procurando prevenir os empregados de acidentes dentro das
empresas e quando for necessário realizar estudos e acções constantes que ajudam a corrigir
aspectos que representam riscos à saúde física e mental de todos os empregados. A prevenção
de acidentes tem como objectivo estar conscientizando o trabalhador a proteger não só a sua
vida, mas também a de seus companheiros de trabalho através de aspectos inseguros.
 23

Silva (2013), Caixote e Monjane (2014) são unânimes ao definirem a segurança do trabalho
como sendo a adopção de medidas técnicas, educacionais, administrativas e psicológicas para
a prevenção de acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente laboral, quer
instruindo ou convencendo as pessoas da relevância das práticas preventivas de modo a evitar
acidentes.

Deste modo, a segurança no trabalho pode ser entendida como a adopção de práticas e
medidas preventivas a serem implementadas no seio laboral visando à preservação da
integridade física dos trabalhadores, dando a conhecer os mesmos sobre os riscos iminentes
no ambiente laboral e tendo como intuito a redução de acidentes.

1.1.7. Objectivos de HST

Em concordância com Chiavenato (2009), o objectivo principal da Segurança do Trabalho é

minimizar os riscos de acidentes no trabalho e os ricos prejudiciais à saúde do trabalhador, os
acidentes podem gerar consequências que podem ser directas ou indirectas, causando lesões
corporais, perturbação, perca total ou parcial permanente da capacidade de trabalhar e até
mesmo doenças e acidentes que podem levar o empregado a morte. Outro factor que impõe a
vida do empregado são os acidentes de trajecto que ocorrem no percurso do local da
residência ao trabalho e vice-versa, também são considerados acidentes de trabalho e podem
gerar consequências à saúde dependendo da gravidade do mesmo.

Os objectivos da Higiene e Segurança do Trabalho são de estar buscando meios de prevenção

de riscos ao indivíduo e aos bens que a empresa possui. Com relação aos bens da empresa
deve-se fazer protecção contra acidentes, fogo, roubo e avarias, devendo ser estudadas desde
o momento dos procedimentos das instalações até mesmo evitando que danifique os bens da
empresa. Já em relação às pessoas, as protecções são contra acidentes e as condições de
higiene para que os empregados trabalhem em um ambiente saudável e seguro (Toledo,
1992).

Do ponto de vista da área de RH, a saúde e segurança das pessoas constituem uma das
principais bases para a preservação da força de trabalho adequada. De modo genérico, Higiene
e Segurança do Trabalho constituem duas actividades intimamente relacionadas no sentido de
garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter o certo nível de saúde
de empregados. Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saúde, a saúde é
um estado completo de bem-estar físico, mental e social e que não consiste somente na
ausência de doença ou de enfermidade (Chiavenato, 2009, p. 334).
 24

Existem normas e procedimentos que a HST utilizam para a protecção da vida física e mental
do trabalhador, protegendo-os dos riscos no local onde são executadas as suas actividades e
buscando a prevenção de doenças ocupacionais.

Segundo Baptista (1999) apud Chiavenato (2009) higiene no trabalho a (HT) ou Higiene
Industrial tem carácter eminentemente preventivo, pois objectiva a saúde e o conforto do
trabalhador, evitando que a doença e se ausente provisória ou definitivamente no trabalho
(139). Entre os objectivos principais destacam-se os seguintes:

 Eliminação das causas das doenças profissionais;

 Redução dos efeitos prejudiciais, provocados pelo trabalhador, em pessoas doentes ou
portadoras de deficiência física;
 Prevenção do alargamento de doenças e de lesões;
 Manutenção da saúde dos funcionários e aumento da produtividade por meio de
controlo do ambiente no trabalho.

Seguindo a linha de raciocínio, esses objectivos poderão ser alcançados por meio de:

a) Educação dos funcionários, chefes e gerentes indicando os perigos existentes, e

ensinando como remediá-los ou evitá-los;

b) Constante estado de alerta contra os riscos existentes no local de trabalho;

c) Estudos e observações dos novos processos ou materiais a serem utilizados no sentido

de evitar riscos adicionais.

Para além, de proteger e promover a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, a HT tem outro
objectivo não menos importante, que é aplicação de medidas apropriadas para prevenir e
controlar os riscos em ambiente de trabalho. Ela abrange o conjunto de metodologias
necessárias à prevenção de doenças profissionais, tendo como principal campo de acção o
controlo dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos componentes materiais de
trabalho, que tem por base o estudo e controle das condições no trabalho, que são as variáveis
que influenciam o comportamento humano. O conhecimento da higiene e segurança no
trabalho é de extrema importância, na medida em que o conhecimento dos seus objectivos
levam a perceber como este deve ser aplicada e as suas implicações quando não dos diferentes
princípios definidos.
 25

1.1.8. Doenças Profissionais

Segundo Andrade (1996), a doença é um fenómeno vital, a doença é um processo, um

movimento de acção e reacção, um conflito entre a agressão e a defesa. O organismo tende
sempre a homeostasia, ao equilíbrio funcional, sendo a doença a incapacidade permanente ou
transitória da manutenção desse sistema. É um processo com início, história e conclusão. É
um ciclo contínuo que desenvolve não somente no interior do organismo, mas entre este e o
meio ambiente. Essa integração não é forçada, é uma condição que permite prolongar a vida,
atingindo a plenitude das capacidades físicas e mentais.

As doenças profissionais decorrem da exposição do trabalhador à agentes físicos, químicos,

biológicos, que agridem contínua ou intermitentemente seu organismo. Essa simples
conceituação permite imaginar a frequência e a gravidade de que se devem revestir as
referidas doenças profissionais.

1.1.9. Equipamento de Protecção Individual

O EPI (equipamento de protecção individual) é um dispositivo que deve ser usado de forma
individual pelo trabalhador, com a finalidade de protegê-lo de riscos que ameacem a sua
segurança e a sua saúde no ambiente de trabalho. Alguns exemplos de equipamentos são os
capacetes, óculos, protectores faciais, protectores auriculares, luvas, calçados, travas para
evitar quedas, entre outros. Todos os empregados devem usar os equipamentos necessários
conforme o sector em que trabalha, possibilitando o bem-estar ao trabalhador e um ambiente
onde as pessoas tenham consciência da importância de usar o EPI (Barbieri, 2014)

Na perspectiva do autor Equipamento de Protecção Individual – EPI pode ser definido como
todo equipamento de uso pessoal cuja finalidade é proteger a saúde ou a integridade física do
trabalhador da exposição a agentes físicos, químicos, mecânicos ou biológicos porventura
presentes no ambiente de trabalho.

O EPI deve ser usado por indivíduos que trabalham em ambientes que apresentam riscos que
podem danificar sua integridade física, com a finalidade de proteger todos os colaboradores
de graves acidentes de trabalho.

Portanto o empregado é o responsável pela conservação de seu EPI, caso haja qualquer
alteração ou dano do EPI, o empregado deve comunicar o empregador para realizar a
correcção ou sua troca.
 26

1.1.10. Importância da Segurança no Trabalho

A segurança no trabalho é de extrema importância, uma vez que ultimamente as taxas de

acidentes no trabalho apresentam valores muito elevados, assim tornando-se uma exigência
conjuntural a questão da segurança no trabalho.

As empresas devem procurar minimizar os riscos a que estão expostos os trabalhadores, pois
qualquer actividade envolve um certo grau de insegurança que carece de um sistema
adequado de segurança.

A Segurança no Trabalho é o conjunto de medidas adoptadas, para minimizar os acidentes no

trabalho e as doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de
trabalho do funcionário.

Além disso, é importante que se refira, que a Segurança no Trabalho possibilita a realização
de um trabalho mais organizado, e consequentemente aumenta a produção, visto que, num
ambiente mais agradável e seguro, os funcionários produzirão mais e com melhor qualidade.
Outro benefício é a melhoria no ambiente de trabalho e nas relações entre patrões e
funcionários.

1.1.11. HST na Lei de Trabalho em Moçambique

De acordo com a lei 23/2007 de 01 de Agosto, no seu art. 216.2 “o empregador deve
proporcionar aos seus trabalhadores boas condições físicas, ambientais e morais do trabalho,
informa-los sobre os riscos do seu posto de trabalho e instrui-los sobre o adequado
comprimento das regras e higiene no trabalho”. Sendo assim o empregador deve criar um
ambiente saudável, livre de riscos e advertir o trabalhador sobre os riscos existentes e como
evitar acidentes ou doenças profissionais e o cumprimento das regras existentes sobre a
higiene e segurança no trabalho.

De acordo com o código de trabalho no art. 216 “o empregador e o trabalhador são obrigados
a cumprir pontualmente e rigorosamente as normas legais e regulamentares, bem como as
directivas e instruções das entidades competentes em matéria de higiene e segurança no
trabalho”, neste contexto, o empregador e o trabalhador tem a responsabilidade de cumprir as
ordens legais para o bom funcionamento do trabalho e a não exposição aos riscos no local do
trabalho.
 27

1.1.12. Direitos dos Trabalhadores

Segundo o disposto nas alíneas g), h) e k) do artigo 54 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto, ao

trabalhador são assegurados os seguintes direitos: beneficiar de medidas apropriadas de
protecção, segurança e higiene no trabalho aptas a assegurar a sua integridade física, moral e
mental; beneficiar de assistência médica e medicamentosa e de indemnização em caso de
acidente de trabalho ou doença profissional; beneficiar das condições adequadas de
assistência em caso de incapacidade e na velhice, de acordo com a lei; respectivamente.

Ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 216 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto, todos os

trabalhadores têm direito à prestação de trabalho em condições de higiene e segurança,
incumbindo ao empregador a criação e desenvolvimento de meios adequados à protecção da
sua integridade física e mental e à constante melhoria das condições de trabalho.

O disposto no nº 1 do artigo 229 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto afirma que, todo o

trabalhador por conta de outrem tem direito à reparação, em caso de acidente de trabalho ou
doença profissional, salvo quando resulte de embriaguez, de estado de drogado ou de
intoxicação voluntária da vítima.

1.1.13. Direitos do Empregador

Ao abrigo do disposto na alínea c) do artigo 12 do Decreto n˚ 40/2008 de 26 de Novembro,

constitui um dos direitos do empregador “determinar as medidas de higiene e segurança no
trabalho e de prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais”.

1.1.14. Deveres do Trabalhador

A alínea e) do artigo 58 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto refere que o trabalhador deve

utilizar correctamente e conservar em boas condições os bens e equipamentos de trabalho que
lhe forem confiados pelo empregador.

O disposto no nº 3 do artigo 216 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto refere que, os

trabalhadores devem velar pela sua própria segurança e saúde e a de outras pessoas que se
podem ver afectadas pelos seus actos e omissões no trabalho, assim como devem colaborar
com o seu empregador em matéria de higiene e segurança no trabalho, quer individualmente,
quer através da comissão de segurança no trabalho ou de outras estruturas adequadas.
 28

O nº 1 do artigo 227 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto estabelece que, a ocorrência de

qualquer acidente de trabalho ou doença profissional, bem como as suas consequências, deve
ser participada ao empregador pelo trabalhador ou interposta pessoa.

O disposto no nº 2 do artigo 228 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto afirma que, o trabalhador

sinistrado tem direito à assistência médica e medicamentosa e outros cuidados necessários,
bem como ao fornecimento e renovação normal dos aparelhos de prótese e ortopedia, de
acordo com a natureza da lesão sofrida, por conta do empregador ou instituições de seguros
contra acidentes ou doenças profissionais.

1.1.15. Deveres do Empregador

Segundo o disposto na alínea b) do artigo 59 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto cabe ao

empregador, garantir a observância das normas de higiene e segurança no trabalho, bem como
investigar as causas dos acidentes de trabalho e doenças profissionais, adoptando medidas
adequadas à sua prevenção;

De acordo com o disposto nos números 2, 4, 5 e 6 do artigo 216 da Lei nº 23/2007 de 1 de

Agosto, o empregador deve proporcionar aos seus trabalhadores boas condições físicas,
ambientais e morais de trabalho, informá-los sobre os riscos do seu posto de trabalho e
instruí-los sobre o adequado cumprimento das regras de higiene e segurança no trabalho; o
empregador deve adoptar todas as precauções adequadas para garantir que todos os postos de
trabalho assim como os seus acessos e saídas sejam seguros e estejam isentos de riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores; sempre que necessário, o empregador deve fornecer
equipamentos de protecção e roupas de trabalho apropriados com vista a prevenir os riscos de
acidentes ou efeitos prejudiciais à saúde dos trabalhadores; o empregador e os trabalhadores
são obrigados a cumprir pontual e rigorosamente as normas legais e regulamentares, bem
como as directivas e instruções das entidades competentes em matéria de higiene e segurança
no trabalho; respectivamente.

O nº 1 do artigo 217 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto assevera que, todas as empresas que
apresentem riscos excepcionais de acidentes ou doenças profissionais, são obrigadas a criar
comissões de segurança no trabalho.

Segundo o disposto nos números 1 e 2 do artigo 219 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto, as

grandes empresas são obrigadas a providenciar, directamente ou por terceiro contratado para o
efeito, um serviço para prestar os primeiros socorros, em caso de acidente, doença súbita,
 29

intoxicação ou indisposição; o disposto no número anterior é igualmente aplicável às

empresas que tenham ao seu serviço um efectivo de trabalhadores inferior e cujas actividades
sejam penosas, insalubres ou envolvam um alto grau de periculosidade a que os trabalhadores
estejam permanentemente expostos; respectivamente.

Segundo o disposto nos números 1 e 2 do artigo 216 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto, o

empregador é obrigado a adoptar medidas eficazes de prevenção de acidentes de trabalho e
doenças profissionais e a investigar as respectivas causas e formas de as superar, em estreita
colaboração com as comissões de segurança no trabalho constituídas na empresa; o
empregador, em colaboração com os sindicatos, deve informar ao órgão competente da
administração do trabalho sobre a natureza dos acidentes de trabalho ou doenças profissionais,
suas causas e consequências, logo após a realização de inquéritos e registo dos mesmos;
respectivamente.

O nº 1 do artigo 228 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto estabelece que, em caso de acidente de

trabalho ou doença profissional, o empregador deve prestar ao trabalhador sinistrado ou
doente os primeiros socorros e fornecer-lhe transporte para um centro médico ou hospitalar
onde possa ser tratado.

Segundo o artigo 231 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto, o empregador deve possuir um

seguro colectivo dos seus trabalhadores, para cobertura dos respectivos acidentes de trabalho
e doenças profissionais.

O disposto no artigo 233 da Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto refere que, para as actividades
cujas características representem particular risco profissional, as empresas devem possuir um
seguro colectivo específico para os trabalhadores expostos a esse risco.

1.1.16. Deveres do Empregador e dos Trabalhadores no tange aos EPI’s

No entender de Chambe (2017), são deveres do empregador: adquirir e fornecer gratuitamente

o EPI adequado ao risco de cada actividade; exigir o uso dos EPI’s; orientar e treinar o
trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; substituir imediatamente, quando
danificados ou extraviados, e, a higienização e manutenção periódicas. São deveres dos
trabalhadores, utilizar os EPI’s apenas para a finalidade a que se destinam; responsabilizar-se
pela guarda e conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne
impróprio, e, cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado dos EPI’s.
 30

1.1.17. Riscos no Ambiente de Trabalho

Segundo Freitas (2000. p179), alega que o estudo dos riscos ambientais assenta em três
grandes grupos que podem ser:

Riscos biológicos - representam os organismos vivos, tais como: o vírus, as bactérias, os

fungos, e os parasitas. Alguns trabalhadores estão expostos, durante o exercício das funções, a
estes vários microrganismos vivos e a substâncias ou estruturas que deles provêm. A
protecção dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes biológicos no local
de trabalho, exige uma avaliação preliminar dos riscos, com base em critérios fundados no
perigo intrínseco do agente, do risco de contaminação ligado ao tipo de actividade, assim
como ao modo epidérmico de transmissão ao homem.

Riscos físicos - representam um intercâmbio brusco de energia entre o organismo e o

ambiente, em quantidade superior àquela que o organismo é capaz de suportar, podendo
acarretar uma doença profissional, como por exemplo: as temperaturas extremas, o calor, o
frio, o ruído, as vibrações, as pressões anormais, as radiações ionizantes, entre outras.

Riscos químicos - têm a ver com as substâncias ou produtos químicos, que podem contaminar
um ambiente de trabalho, conforme as suas características físico-químicas (em gases e
vapores).

1.1.18. NR 17 – Ergonomia

Esta Norma Regulamentadora visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e

descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho, e à própria organização do trabalho.

Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos

trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonómica do trabalho, devendo a
mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma.

Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado
inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
 31

Deve ser observado tanto o peso tolerável pelo indivíduo respeitando-se características como
força física, idade, género como a movimentação dimensional com a carga, o comportamento,
sobretudo o gestual, posturas e interacções verbais de indivíduos ou grupos em situações de
manipulação de cargas.

No caso de impossibilidade de redução do risco ergonómico, prever a adopção de dispositivos

complementares para melhorar os aspectos fisiológicos durante a actividade.

Transporte manual regular de cargas designa toda actividade realizada de maneira contínua ou
que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.

1.1.19. Levantamento, Transporte e Descarga Individual de Materiais

Para efeito desta Norma Regulamentadora:

 Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é

suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a
deposição da carga.
 Transporte manual regular de cargas designa toda actividade realizada de maneira
contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
 Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior
de catorze anos.
 Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um
trabalhador cujo peso seja susceptível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
 Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as
leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de
trabalho que deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
 Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados
meios técnicos apropriados.
 Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual
de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele
admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança.
 O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tracção de vagonetes
sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser
executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível
com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
 32

 O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de acção

manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador
seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua
segurança.

1.1.20. Condições Ambientais de Trabalho

As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características

psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

Nos locais de trabalho onde são executadas actividades que exijam solicitação intelectual e
atenção constantes, tais como: salas de controlo, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projectos, dentre outros, são recomendadas as seguintes
condições de conforto:

a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152,

b) Índice de temperatura efectiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus
centígrados); c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;

c) Humidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.

 33

CAPITULO II: METODOLOGIA

Neste capítulo traremos a tona os métodos, os caminhos, procedimentos e técnicas pelos quais
se desenvolverá a pesquisa. Portanto é “na metodologia que se determina o caminho pelo qual
chegar-se-á a determinados resultados” (Lakatos & Marconi, 2008, p.40).

Para (Barreto & Honorato, 1998 apud Marconi & Lakatos, 2003:23), a metodologia de
pesquisa deve ser entendia como o conjunto detalhado e sequencial de métodos e técnicas a
serem executados ao longo da pesquisa, de tal como que se consiga atingir os objectivos
propostos e, ao mesmo tempo, atender aos critérios de menor custo, maior rapidez, maior
eficácia e mais confiabilidade da informação.

2.1. Tipo de pesquisa

2.1.1. Quanto aos objectivos

Tendo como base a nossa temática em estudo, relacionada com avaliação da implementação
das medidas de Higiene e Segurança no Trabalho na Prevenção de Acidentes de Trabalho, a
pesquisa enquadra-se na dimensão descritiva, uma vez que, busca narrar os fenómenos
sociais, ambientais e económicos em relação como tem sido o dia a dia dos trabalhadores da
empresa Dadtco Moçambique, pois, “as pesquisas deste tipo têm como objectivo primordial a
descrição das características de determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis, (Gil, 2008, p.28)”.

2.1.2. Quanto á natureza

Quanto á natureza do trabalho em estudo, a nossa pesquisa é do campo, uma vez que será feita
na empresa Dadtco Moçambique, pois, como afirma Severino (2009, pag.123) “na pesquisa
de campo, o objecto/fonte é abordado em seu meio ambiente próprio. A colecta de dados é
feita nas condições naturais em que os fenómenos ocorrem, sendo assim directamente
observados (…)”.

2.1.3. Quanto á abordagem

Quanto á abordagem a nossa pesquisa estender-se-á de forma qualiquantitativa, visto que,

busca uma interpretação de factos científicos sócias a partir de uma variedade de
colaboradores, dos gestores e, por outro lado, da comunidade local.

Não obstante, pesquisa qualiquantitativa é “a pesquisa que se propõe a conhecer em maior

profundidade uma situação, um problema, um comportamento, uma opinião não de uma
 34

pessoa, mas de um grupo de pessoas. Nela o pesquisador interpreta, discute e correlaciona

dados obtidos estatisticamente, Michel (2015, p.45)”.

2.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa foi bibliográfica e de campo.

Marconi & Lakatos (2003, p. 54), a pesquisa de campo é uma forma de levantamento de
dados no próprio local onde ocorrem os fenómenos, através da observação directa e
entrevistas para buscar opiniões.

Nesta ordem de ideias, a pesquisa é de campo, pois, realizou-se na empresa Dadtco

Moçambique, a fim de obter informações e opiniões acerca da higiene e segurança no
trabalho.

A pesquisa bibliográfica segundo argumenta Rummel (1979), permite ao pesquisador

estabelecer uma base científica para a formulação das hipóteses, serve igualmente para
contribuir uma plataforma de conhecimentos e ideias existentes sobre um determinado tema e
identificar lacunas no conhecimento existente sobre o tema e identificar outros investigadores
que trabalha na mesma área de interesse.

Dessa forma, recorremos a pesquisa bibliográfica para trazer conhecimento fiável da realidade
vivida e o teórico adquirido durante o processo de aprendizagem, bem como o que consta nos
livros e manuais concernente a higiene e segurança no trabalho, visto que qualquer trabalho
científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o
que já se estudou sobre o assunto.

2.2. Método de Estudo

Num trabalho científico, a escolha de método é um aspecto crucial que não pode ser
assinalado de uma forma aleatória, mas devendo obedecer o objecto da pesquisa, pois, “o
método científico é o processo racional que se emprega na investigação. É a linha de
raciocino adoptada no processo de pesquisa”, Carvalho (2009, p.84).

Neste contexto, para a materialização do presente trabalho usamos o método indutivo, pois
como afirma Carvalho (2009, p.86) “A indução é uma operação lógica que vai do particular
ao geral, o método indutivo caminha, na aproximação aos fenómenos, para planos cada vez
mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias”.
 35

De facto, o método indutivo será um dos que métodos que aplicaremos para a busca e a
recolha de dados que possam sustentar a nossa pesquisa na empresa Dadtco Moçambique,
iniciando de uma análise lógica intrinsecamente individual.

2.3. Técnicas e Instrumentos de Recolha de Dados

Como sabemos, dentro do método indutivo, seguindo as orientações do Lakatos e Marcomi

(1999) que ditam o uso dos métodos e posteriormente auxiliados pelas técnicas que neles
insere, usarei deste modo, várias técnicas de recolha de dados como a de entrevista e de
questionário, pois me permitiram fazer o levantamento dos dados para a posterior a sua
análise.

2.3.1. Observação Directa

De acordo com Severino (2007, p.128), observação directa “ é todo procedimento que permite
acesso aos fenómenos estudados. É a etapa imprescindível em qualquer tipo ou modalidade da
pesquisa”.
Consistiu na observação das actividades de alguns profissionais no acto da realização das suas
actividades no seu local de trabalho. Esta observação foi feita no momento em que a autora da
pesquisa, para além de ter presenciado a realização das actividades, também observava se os
trabalhadores usavam os equipamentos de protecção individual, de modo a reduzir os riscos
de acidentes no trabalho.
Neste contexto da observação, procuramos verificar com bases nas evidenciais, todas as
práticas que digam respeito á higiene e segurança na Dadtco Moçambique.

2.3.2. Questionário

Esta técnica de recolha de dados (questionário) “pode-se definir como a técnica de

investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o
propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores,
interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado”, (Gil,
2008, p.121).

No entanto, o questionário foi dirigido aos colaboradores da empresa Dadtco Moçambique

sem nenhum cargo de chefia, com vista a obtenção de ideias e concepções mais clara no que
concerne ao dia a dia no desempenho das suas actividades.
 36

2.3.3. Entrevista

“Pode-se definir entrevista como a técnica em que o investigador se apresenta frente ao

investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que interessam à
investigação” (Gil, 2008, p.108).

Nesta linhagem de ideias, esta técnica de recolha de dados permitira-nos recolher informações
que as pessoas sabem, que acreditam, que fazem ou que pretendem fazê-las, bem como os
sentimentos inerentes as medidas de higiene e segurança dos trabalhadores.
Portanto, esta técnica (entrevista) foi direccionada aos gestores ou chefes da empresa Dadtco
Moçambique, com intuito de obter informações credíveis e mais clara acerca da higiene e
segurança dos trabalhadores na empresa.

2.4. População e amostra da pesquisa

2.4.1. População ou Universo

Segundo Gil (2008) “Universo ou população é um conjunto definido de elementos que

possuem determinadas características. Comummente fala-se de população como referência ao
total de habitantes de determinado lugar”. (p.89)

Neste contexto, para a recolha dos dados e a materialização da presente pesquisa tivemos
como nossa população 48 elementos, dos quais, 10 membros de direcção da empresa (Gestor
de Recursos Humanos, Director Geral da empresa, equipa técnica e maquinista), 38
colaboradores de diferentes áreas da empresa dadtco.

2.4.2. Amostragem

Segundo Richardson (1999), o termo amostragem refere-se ao processo pelo qual se obtém
uma amostra e deve ser realizada com técnicas adequadas para garantir a representatividade
da população em estudo. Nesse contexto, o trabalho recorreu a uma amostragem aleatória
simples formada por dois grupos, sendo: membros da direcção e colaboradores sem cargo de
Chefia. (p.101)

2.4.3. Amostra de pesquisa

“Amostra é o subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelecem ou

se estimam as características desse universo ou população” (Gil. 2008, p.90). A amostra da
presente pesquisa é composta por 22 colaboradores, dos quais, 02 membros da direcção, 20
colaboradores das diversas áreas. Para a selecção destes elementos recorreu-se amostragem
 37

aleatória simples que segundo Gil, (2007) consiste em atribuir a cada elemento da população
um número único para depois seleccionar alguns desses elementos de forma casual.

Tabela 1: Amostra da Pesquisa

Nº Grupo Alvo População Amostra % Instrumento de recolha de
dados

1 Colaboradores 38 20 43 Questionário

2 Direcção 10 2 40 Entrevista

Total 48 22 42

Fonte: Autor, 2023

 38

CAPITULO III: ANÁLISE, DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Neste capítulo são apresentados, analisados e discutidos os dados recolhidos a partir das
questões que dirigimos quer aos colaboradores em geral, quer aos membros da direcção, tendo
como propósito avaliar a implementação das medidas de HST, naquela empresa
multinacional.

3.1. Breve caracterização da empresa Dadtco Moçambique – Inharrime

A DADTCO (Dutch Agriculture Developmentand Trading Company) e uma empresa

multinacional com sede na Holanda. No entanto possui filiais que estão no continente africano
nomeadamente a Dadtco Moçambique, A Dadtco da Costa do Marfim e a Dadtco da África
do sul, sendo que a ultima considera-se como a sede das multinacionais africanas.
A Dadtco Mandioca Moçambique empresa registada nas conservatórias das entidades legais
sob o número 323-A, com o NUIT nº: 400342466, com sede em Nampula, Rua Filipe Samuel
Magaia, Nº 21 foi fundada no ano de 2011 tendo como primeiro ponto de actuação na mesma
província, e posteriormente em 2013, criou-se uma sucursal que se encontra na província de
Inhambane concretamente no Distrito de Inharrime.

Tabela 2: Perfil dos colaboradores

Variável Nível da variável Quantidade

Sexo Masculino 20

Feminino 2

20 à 25 anos 5

26 à 30 anos 10
Idade 31 à 35 anos 3

36 a 50 4

Médio 14
Nível académico Básico 8

1 a 2 anos 2
Tempo de serviço 3 a 4 anos 4

Mais de 5 anos 16
Fonte: Autor (2023)
 39

A tabela 2, representa o perfil dos colaboradores da Dadtco Moçambique, nas seguintes

variáveis sexo, idade, e nível académico. Conforme os dados recolhidos no campo, a maior
parte da população é adulta, possui nível médio, e tem mais homens do que mulheres, o que
demonstra desequilibro quanto ao género.

3.2. Medidas de Higiene e Segurança no trabalho implementadas na Empresa Dadtco

Moçambique

No concernente às medidas de higiene e segurança no trabalho implementadas na Empresa

Dadtco Moçambique, verificou-se que a empresa tem um plano de emergência, tem
sinalização de segurança, existe um regulamento interno referente a obrigatoriedade do uso
dos equipamentos de protecção, possui material de primeiros socorros e alguns Equipamentos
de Protecção Individual (EPI’s).

Contudo, importa referir que a empresa não possui uma planta de emergência, não possui um
mapa de riscos, não tem especialistas em matérias de higiene e segurança no trabalho, não faz
manutenção frequente das máquinas, fazendo-a apenas em caso de avarias, não possui pessoas
formadas em matéria de primeiros socorros, não possui EPC’s, não faz formações contínuas
dos trabalhadores em matérias de higiene e segurança no trabalho, e apresenta um défice nos
EPI’s.

Relativamente a aquisição dos equipamentos de protecção individual os 15 funcionários

questionados que representam a 75% responderam que houve aquisição dos equipamentos e
os outros 5 funcionários que representam a 25% afirmaram que não houve aquisição de
equipamento de protecção individual. (Ver gráfico 1)

Os membros da direcção também foram unânimes ao dizer que houve uma grande aquisição
de EPI’s devido ao novo grupo de trabalho que será constituído nesta nova temporada.
Quando questionado se houve treinamento e monitoramento do uso dos EPI’s os dirigentes
afirmaram que sim e classificaram como bom
 40

Gráfico 1: Relativo a aquisição dos EPI’s

Fonte: Autor (2023)

Relativamente a classificação do treinamento e monitoramento do uso dos EPI’s, quando

questionados 14 funcionários que representam a 70% classificaram como mau, outros 5
funcionários que representam a 25% classificaram como suficiente, entretanto 1 funcionário
que representa a 5% classificou como bom. (ver gráfico 2)

Os membros da disseram afirmam que há problemas de treinamento devido a falta de um

especialista em HST e prometem em contratar um para estancar esta realidade vivenciada
pelos funcionários da Dadtco Moçambique.

Gráfico 2: Relativo a classificação do treinamento e monitoramento do uso dos EPI’s

Fonte: Autor (2023)

 41

3.3. Satisfação dos colaboradores em relação ao cumprimento das medidas de HST na

Empresa Dadtco Moçambique

No tocante à satisfação dos colaboradores em relação ao cumprimento das medidas de HST

na empresa, constatou-se que os trabalhadores estão insatisfeitos, o que é corroborado por
80% da nossa amostra, correspondente a 16 trabalhadores, ao referir que não estão satisfeitos
pois as medidas não são cumpridas na íntegra. Acrescentam ainda que apesar de existentes,
algumas medidas são negligenciadas, parecendo mera formalidade, e os outros 4
colaboradores que correspondem a 20% relatam que estão satisfeitos com as medidas de
higiene e segurança. (ver gráfico 3)

Apesar da existência do regulamento interno sobre a obrigatoriedade do uso dos EPI’s, muitos
funcionários negligenciam, não usando o mesmo, aliado a isso, acrescenta-se o facto de que
os EPI’s não estão em número suficiente, alguns, já estão em estado obsoleto, a empresa,
ainda não fez reposição dos mesmos. A direcção da empresa, não faz o monitoramento do uso
dos EPI’s, conforme estabelecido no regulamento.

Gráfico 3: Representação da satisfação em relação ao cumprimento das medidas de HST

Fonte: Autor (2023)

 42

Quando questionados sobre o uso dos EPI’s, 35% dos funcionários que representa a 7
funcionários relatou que utiliza durante 2 dias por semana, 4 funcionários que representa a
20% declarou que utiliza durante 4 dias por semana, 3 funcionários que representam a 15%
afirmaram que usam todos os dias da semana e os outros 6 funcionários que representam a
30% afirmaram que nunca usaram os equipamentos de protecção individual. (ver gráfico 4)

Com isso verifica-se que os trabalhadores estão muito expostos aos riscos de acidente de
trabalho devido ao não uso frequente dos equipamentos de protecção individual que a usa
actividade exige.

Gráfico 4: Frequência do Uso dos EPI’s

Fonte: Autor (2023)

Os colaboradores questionados sobre a causa do não uso dos equipamentos de protecção

individual 7 colaboradores que representam a 35% afirmaram que não usam devido ao
desconhecimento sobre a obrigatoriedade do uso, 3 funcionários que representam a 15%
declararam que não usam devido a falta de manutenção, e outros 6 funcionários que
representam a 30% afirmaram que não usam devido ao desconforto, e os restantes 4
funcionários que representam a 20% afirmaram que não usam devido a fala de capacitação
sobre o seu uso. (ver o gráfico 5)
 43

Gráfico 5: Causas do não uso dos EPI’s

Fonte: Autor (2023)

Os trabalhadores podem sentir-se desconfortáveis com os EPI’s pelo facto destes serem
apertados, dificultarem a realização eficiente de suas actividades, fomentarem elevadas
temperaturas, entretanto, nenhum dos factores destacados representa uma justificativa
plausível para o não uso dos mesmos

Portanto os colaboradores não utilizam os EPI’s devido as causas acima citadas onde o
desconhecimento da obrigatoriedade do uso e a falta de capacitação são as principais razoes
do não uso dos equipamentos de protecção individual.

Imagem 1: Trabalhadores sem EPI’s

Fonte: Imagem captada pelo autor (2023)

 44

3.4. A Higiene e Segurança no Trabalho na Empresa DADTCO Moçambique

3.4.1. Condições Ambientais

A empresa é de fácil acesso, a mesma, possui saídas de emergência, o que possibilita a

evacuação de trabalhadores em caso de algum perigo/sinistro.O Chão, na sua maioria é
composto por concreto, e nele, por conta da natureza do trabalho.

O local é bem iluminado, sendo que usa-se a luz natural. No local, constatou-se a presença de
ruídos causados pelas máquinas no processo de produção.

3.4.2. Movimentação de Equipamento e Cargas

Devido a natureza de suas actividades, a empresa trabalha com material ou equipamentos e

cargas pesadas. Para o processo de produção, a matéria-prima usada é a mandioca, que em
grandes quantidades torna-se pesada e causa transtornos para o seu transporte devido a
quantidade. Por conta disso, existem meios de transportes e equipamentos próprios para o
transporte sendo alguns camiões e carinhas de mão.

Imagem 2: Camião de Transporte de mandioca

Fonte: Imagem captada pelo autor.

 45

Imagem 3: Carinha para transporte manual de carga

Fonte: Imagem captada pelo autor.

3.4.3. Armazenamento de Cargas e Equipamento

O armazenamento de cargas e equipamentos é feito de forma organizada de acordo com a

natureza de cada elemento ou carga. Existe um armazém dedicado a matéria-prima, e outro
armazém destinado as máquinas e equipamentos móveis.

3.4.4. Máquinas

No sector de produção são usadas diversas máquinas, sendo que o trabalho pesado é realizado
pelas máquinas. Existem máquinas usadas na produção, no transporte e no armazenamento de
material e produtos.

As máquinas são usadas e armazenadas de forma específica e segura, algumas possuem

sinalização de segurança. Algumas destas produzem ruídos e vibrações.

3.4.5. Postura e posições de trabalho

No sector de produção, o trabalho geralmente é feito na posição parada (em pé), e algumas
actividades específicas na posição sentado. No sector administrativo, o trabalho na sua
maioria é feito na posição sentada.

A distância entre o trabalho feito e a vista é curta.

Com isto, conclui-se que na sua maioria o trabalho não é feito numa posição cómoda,
devendo se buscar mecanismos de ajustamento entre o tempo e a posição praticada pelo
trabalhador.
 46

3.4.6. Condições Psicológicas do trabalho

Os trabalhadores trabalham com um horário normal, sendo que entram as 08:00h e a saída as
17:00h, excepto para os operários que trabalham em regime de turnos.

3.4.7. Identificação de Riscos

Na empresa constatou-se a existência dos seguintes riscos:

 Riscos Físicos - relacionados aos ruídos e vibrações que se fazem sentir no posto de
trabalho;
 Riscos Químicos - estão ligados a poeira que se verifica no PT; e
 Riscos Ergonómicos – causados pelas posições nas quais as tarefas são
desenvolvidas.

3.4.8. Equipamentos de Protecção Colectiva e Individual

Constatou-se que os trabalhadores possuem alguns EPIs, e os mesmos são fornecidos pela
empresa. Os EPIs usados na empresa são:

 Uniforme;
 Botas;
 Luvas;
 Capacete;

Os EPIs são fornecidos pela empresa em forma de kits, sendo que cabe a cada colaborador
zelar pelo seu material/equipamento. Constatou-se também que a empresa não disponibiliza
equipamento para protecção dos olhos.

No PT notou-se uma grande negligência por parte dos trabalhadores no que concerne ao uso
de EPIs, sendo que alguns usavam e outros não. Para a protecção colectiva existem os
extintores de incêndio.

3.5. Eficácia das medidas de Higiene e Segurança no Trabalho implementadas na

Empresa Dadtco Moçambique

Relativamente a eficácia das medidas implementadas pela empresa os funcionários quando

questionados 15 funcionários que representam a 75% afirmaram como ineficazes e 5
funcionários que representam a 25% afirmaram como eficazes. (ver o gráfico 6)
 47

No que diz respeito a eficácia das medidas de HST implementadas na empresa, constatou-se
que as mesmas não são totalmente eficazes, tendo sido classificadas como parcialmente
eficazes pela nossa amostra

Gráfico 6: Gráfico de eficácia das medidas de HST implementadas na empresa

Fonte: Autor (2023).

3.6. Classificação do número de acidentes de trabalho ocorridos pelos colaboradores

De referir que no período em estudo, a empresa registou um total de 5 acidentes de trabalho,

ocorridos na relação entre o homem e a máquina, o que foi classifica como preocupante por
maior parte da nossa amostra, sendo de 18 colaboradores, o que equivale a 90%, 1
colaborador que representa a 5% declarou como grave e outro colaborador que representa a
5% declarou como normal. (ver o gráfico 7)

Questionados os administrativos sobre a ocorrência de acidentes de trabalho na empresa, estes

foram unânimes em afirmar que na empresa já ocorreram 5 acidentes de trabalho, facto que
não contraria a informação fornecida pelos trabalhadores

Gráfico 7: Classificação do número de acidentes de trabalho ocorridos pelos colaboradores

 48

Fonte: Autor (2023)

 49

Conclusão
A higiene e a segurança são duas actividades que estão intimamente relacionadas com o
objectivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos
colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.

Durante o trabalho de campo constatou-se que a empresa possui algumas medidas de HST,
nomeadamente, a empresa tem um plano de emergência, tem sinalização de segurança, existe
um regulamento interno referente a obrigatoriedade do uso dos equipamentos de protecção,
possui material de primeiros socorros e alguns Equipamentos de Protecção Individual (EPI’s).
No tocante a satisfação dos colaboradores com as medidas implementadas pela empresa, os
dados revelam que 80% da nossa amostra está insatisfeita, pois as medidas adaptadas pela
organização não são seguidas a risca, são negligenciadas pelos colaboradores, o que põe em
causa a sua eficiência.
No diagnóstico das condições de HST efectuado na empresa foi possível constatar que a
empresa segue com os requisitos básicos das condições de HST exigidas para o bom
funcionamento da empresa.

Durante o período em estudo, a empresa registou 5 acidentes de trabalho, o que foi

classificado como preocupante, pois coloca em causa o bom funcionamento da empresa e a
saúde do colaborador.

Com base no acima exposto, concluiu-se que as medidas de HST implementadas pela
organização não foram totalmente eficazes, ou seja, foram parcialmente eficazes, o que
comprova a nossa segunda hipótese que dá conta que as medidas de higiene e segurança no
trabalho instalados pela Dadtco Moçambique não foram implementadas adequadamente para
a prevenção de acidente na medida em que houve vários acidentes de trabalho devido a
negligência dos colaboradores e administração no treinamento e monitoramento no uso dos
EPI’s, devendo deste modo, melhorar as medidas por estes implementadas.
 50

Sugestões

Para minimização do risco de ocorrência de acidentes de trabalho, propõe-se a adopção das

seguintes medidas:

 A empresa deve contratar um técnico/supervisor de HST, ou buscar por serviços de

consultoria;
 Desenhar a planta de emergência e mapa de riscos da empresa;
 A empresa deve melhorar nos serviços de limpeza do local de trabalho;
 Deve fornecer equipamento para protecção adequada e em números adequados;
 Deve consciencializar os trabalhadores da importância do uso adequado e regular dos
EPIs;
 Supervisionar o uso dos EPI’s;
 Adoptar alguns EPC’s;
 Deve formar um especialista em matérias de primeiros socorros;
 Deve formar CIPA;
 Deve promover formações contínuas em matérias de HST;
 Fazer manutenção periódica das máquinas.
 51

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Legislação
Constituição da Republica de Moçambique – CRM
Decreto 62/2013 de 5 de Dezembro (Regulamento que Estabelece o Regime Jurídico de
Acidente de Trabalho e Doenças Profissionais).
Diploma legislativo 48/73 de 5 de Julho (Regulamento Geral de Higiene e Segurança do
Trabalho nos Estabelecimentos Industriais).
Lei 23/2007, de 1 de Agosto (Lei de Trabalho).
Apêndices
 Apêndice: A

Universidade Save – Maxixe

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Guião de Observação

O presente guião de observação tem como objectivo apurar Avaliação da implementação das
medidas de Higiene e Segurança no Trabalho na Prevenção de Acidentes de Trabalho –
estudo de caso Dadtco Moçambique, sendo arrolados no quadro abaixo os aspectos por serem
observados. Assinale com X a opção que corresponde a situação vivida na empresa, os riscos
existentes na empresa, a sinalização de segurança, bem como os equipamentos de protecção
individual.

I. Identificação dos riscos existentes na empresa

1. Riscos físicos

Riscos físicos Existentes Inexistentes

Ruídos

Vibrações

Radiações

Calor

Frio

Entre outros

2. Riscos químicos

Riscos químicos Existentes Inexistentes

Poeira

Fumos

Substâncias tóxicas

Entre outros
 3. Riscos ergonómicos

Riscos Ergonómicos Existentes Inexistentes

Postura inadequadas

Levantamento manual de pesos

Esforço físico

Jornada de trabalho prolongado

Entre outros

4. Riscos mecânicos/de acidentes

Riscos Mecânicos/ de acidentes Existentes Inexistentes

Máquinas sem protecção

Instalações eléctricas deficientes

Choque eléctrico

Armazenamento inadequado

Entre outros

II. Sinalização de segurança existente na empresa

1. Sinais de perigo

Sinalização de segurança Dispõe Não dispõe

Perigo de incêndio

Perigo de zonas quentes

Entre outros

2. Sinais de proibição

Sinais de proibição Dispõe Não dispõe

Proibido fumar

Proibido fazer fogo

Entre outros
 3. Sinais de obrigação

Sinais de obrigação Dispõe Não dispõe

Uso de máscaras

Protecção obrigatória dos olhos

Protecção das vias respiratórias

Protecção das mãos/ luvas

Entre outros

4. Sinais de emergências

Sinais de emergências Dispõe Não dispõe

Primeiros socorros

Saída de emergência

Direcção da evacuação

Entre outros

III. Equipamentos de protecção individual existentes na empresa

Equipamentos de Protecção Individual Dispõe Não Dispõe

Capacetes de segurança

Óculos de protecção

Facto Macaco

Protector auditivo

Protector respiratório/Mascara

Luvas

Botas de borrachas

Arnês de segurança

Outros
Apêndice: B

Universidade Save – Maxixe

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Questionário

Este questionário tem o objectivo de recolher dados para um trabalho de pesquisa enquadrado
nas actividades do fim de curso, para obtenção do grau de Licenciatura em Gestão de
Recursos humanos na Universidade Save – extensão da Maxixe.

Os dados são carácter estritamente académico desta pesquisa, garantindo-lhe total

confidencialidade e anonimato das suas respostas, as quais serão tratadas de forma
consolidada, sem distinção individual. Como pode verificar, o questionário não pede em
nenhum momento a identificação do inquirido pelo seu nome, justamente para lhe dar total
liberdade de resposta.

Data ____/_____/______

1. Identificação pessoal

1.1. Sexo: [ ] Masculino [ ] Feminino

1.2. Faixa etária: [ ] 18 a 25 anos [ ] 26 a 35 anos [ ] 36 a 45 anos [ ] + 50 anos

1.3. Sector de actividade: ( ) Gestão ( ) Administrativo ( ) Operacional

1.4. Grau académico

Nível básico ( ) Nível médio ( ) Nível Superior ( )

1.4. Ano de ingresso na empresa___________

2. Questões técnicas

2.1. No seu local de trabalho, a que tipo de riscos estás mais sujeito?

Vírus Bactérias ( ) Parasitas ( ) Calor/Frio ( ) Produtos Químicos ( )

ruídos ( ), Electricidade ( )
2.2. Como faz para evitar esses riscos?

a) Utiliza equipamentos de protecção individual ( )

b) Adquire formação e informação sobre riscos a que esta sujeito ( )

c) Adquire informação sobre o modo de utilização dos equipamentos ( )

d) Evita bebidas alcoólicas antes e durante o período de trabalho ( )

e) Nenhuma das alíneas anteriores ( )

2.3. Existe algum regulamento interno quanto à obrigatoriedade do uso diário e permanente
do equipamento de segurança e higiene?

Sim ( ) Não ( )

2.4. Cumpre as normas de serviço estabelecidas, comparecendo diariamente no seu Posto de

Trabalho com o equipamento?

Sim ( ) Não ( )

2.5. Acha que as regras e procedimentos em matéria de segurança são necessárias para que
haja um bom desempenho?

Sim ( ) Não ( )

2.6. As suas responsabilidades em termos de segurança no trabalho passam pelo (a):

a) Uso de equipamentos de protecção individual

b) Uso correcto dos equipamentos de trabalho

c) Dar informação as chefias da existência de alguma irregularidade

d) Conservar e manter em bom estado de conservação os equipamentos de protecção

e) Trocar impressões com os seus colegas sobre os factores de risco

2.7. De entre os equipamentos de protecção individual mencionados, qual (ais) usa

diariamente:

a) Botas/ sapatos de segurança

b) Botas de água com ou sem protecção

c) Vestuário adequado

d) Chapéu/ Touca
e) Luvas de protecção

f) Auriculares de protecção

g) Óculos de protecção

h) Máscaras de protecção

2.8. Os superiores hierárquicos apoiam na segurança da seguinte forma:

a) Procuram assegurar e sensibilizar os trabalhadores a utilizarem equipamentos de trabalho

seguros

b) Fornecem equipamentos de protecção individuais adequados para trabalho que exerce

c) Asseguram que os trabalhadores disponham de um ambiente de trabalho seguro e de

instalações cómodas, que permite um bom desempenho

d) Raramente consultam os trabalhadores e proporcionar-lhes informação e formação sobre a

segurança, higiene de trabalho.

2.8.1. As medidas de higiene e segurança implementadas pela dadtco são eficazes?

Sim ____ Não _____

2.9. Qual a sua opinião sobre em matéria de Higiene e Segurança no trabalho?

a) Muito boa

b) Boa

c) Sem opinião

d) Razoável

e) Má

3. Como classifica a sua satisfação mediante as medidas de higiene e segurança adoptada pela
entidade?

a) Muito boa

b) Boa

c) Sem opinião

d) Razoável

e) Má
Apêndice: C

Universidade Save – Maxixe

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Guião de Entrevista

Este guião de entrevista insere-se no âmbito da pesquisa sobre Avaliação da implementação

das medidas de Higiene e Segurança no Trabalho na Prevenção de Acidentes de Trabalho –
estudo de caso Dadtco Moçambique.  

Data ____/_____/______

Parte I

1. Identificação pessoal

1.1. Sexo: [ ] Masculino [ ] Feminino

1.2. Faixa etária: [ ] 18 a 25 anos [ ] 26 a 35 anos [ ] 36 a 45 anos [ ] + 50 anos

1.3. Sector de actividade: ( ) Gestão ( ) Administrativo ( ) Operacional

1.4. Grau académico

Nível básico ( ) Nível médio ( ) Nível Superior ( )

1.4. Ano de ingresso na empresa___________

Parte II

1. O que é segurança no trabalho?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2. Dispõe de alguma capacitação em matéria de higiene e segurança no trabalho?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
3. A empresa disponibiliza equipamentos de protecção individual aos trabalhadores?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
a) Que equipamentos de protecção individual a empresa disponibiliza

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
b) A empresa faz a manutenção dos equipamentos de protecção individual danificados? Sim
( ) não ( )

c) Se sim qual é a periodicidade da mesma?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
4. Acredita que os equipamentos de protecção individual disponibilizados pela empresa
garantem a segurança dos trabalhadores?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
5. Alguma vez se deparou com os trabalhadores desempenhando as suas funções sem usar os
equipamentos de protecção individual? Se sim, em que circunstância?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
a) Que factores levam os trabalhadores a não usar os equipamentos de protecção individual?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
b) O que faz quando se depara com os trabalhadores que não usam os equipamentos de
protecção individual?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
6. Alguma vez ocorreu um acidente de trabalho na empresa?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
7. Quantos acidentes de trabalho ocorreram?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
a) Quais foram as causas dos acidentes de trabalho ocorridos?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
b) Quais foram as consequências dos acidentes de trabalho ocorridos?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
8. Como avalia a implementação das medidas de higiene e segurança no trabalho?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
9. Os trabalhadores estão satisfeitos com as medidas de higiene e segurança?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Anexo