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Controle Financeiro
para Eventos
Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Péricles Ewaldo Jader Pereira
Prof.a Estelamaris Reif
P436c
ISBN 978-85-515-0417-8
CDD 658
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Você já parou para pensar em quantos tipos de
eventos acontecem em nossa cidade, estado ou país? Provavelmente não,
pois quando pensamos em eventos pensamos muitas vezes somente nos
eventos de entretenimento, aqueles que tem por objetivo trazer diversão
ao público. Mas também temos os eventos corporativos, educacionais,
esportivos e sociais.
Quem vai organizar um evento, precisa ter em mente que cada evento
é único e traz uma experiência única. Nesse sentido, exige o controle dos
custos, do orçamento, além de uma gestão financeira competente para que
se evitem surpresas desagradáveis.
Ótimos estudos!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 185
UNIDADE 1 —
INTRODUÇÃO AO CONTROLE
FINANCEIRO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
ESTRUTURA FINANCEIRA
1 INTRODUÇÃO
Muitas pessoas entram em contato com o ramo de eventos quase que
por acidente, seja por envolvimento voluntário ou até mesmo por questão de
mudança de atividade profissional. É comum que qualquer pessoa que entre
para esse ramo se sinta, pelo menos no início, confuso e solitário. Isso se deve à
escassez de formação, falta de material na literatura e também pelo sentimento de
insegurança que esse ramo caracteriza.
Vamos lá!
Para Bruni (2013), só faz sentido analisar o dinheiro se a análise for feita
com base no estudo da evolução do dinheiro no tempo, variável fundamental
quando se fala em dinheiro.
Vamos supor que o preço da gasolina em 02/2019 seja R$ 3,50 por litro.
Logo, com R$ 140,00 podemos abastecer nosso carro com 40 litros da gasolina
Fórmula = 140,00/3,50 = 40 litros.
Agora, se daqui a 1 ano o preço da gasolina estiver R$ 4,00 por litro, teremos
duas opções:
FONTE: <https://calculadorajuroscompostos.com.br/o-valor-do-dinheiro-no-tempo/>.
Acesso em: 7 out. 2019.
4
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
Entendeu por que falar sobre o dinheiro no tempo é tão importante para
qualquer controle financeiro? Esperamos que sim, pois agora o próximo passo é
falarmos do planejamento financeiro.
3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Para Santos (2011), o planejamento financeiro empresarial pode ter início
em qualquer etapa do empreendimento. O mais recomendado é que seja feito
antes de iniciar a atividade do empreendimento e/ou empresa e deve levar em
consideração todos os aspectos financeiros calculados para o monitoramento.
Nesse sentido, Dorta (2015) aborda que uma má gestão financeira pode
comprometer a sua marca e seu nome no mercado, que está cada vez mais
competitivo e que faz com que cada detalhe seja decisivo.
6
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
NOTA
7
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
Watt (2007) escreve que gerar receita exige uma energia considerável,
mas por ser de extrema importância é um tempo bem empregado. O autor
aborda que, antes de iniciar o projeto de qualquer evento, é essencial garantir
que os recursos financeiros necessários estarão disponíveis e não se basear em
probabilidades. Para isso, o evento deve ter um propósito claramente definido e
amplamente aceito.
8
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
4 PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO
Você sabe o que é um orçamento financeiro? Orçamento financeiro nada
mais é que um resumo de todas as operações financeiras da empresa de eventos,
cujo propósito é demonstrar todos os números projetados e orçados para a
realização do evento (DORTA, 2015). O orçamento financeiro pode apresentar
resultados econômicos, financeiros e patrimoniais. Vejamos um exemplo simples
de orçamento financeiro.
Empresa
Meses Janeiro Fevereiro Março Totais
(1) Receitas orçadas
Inscrições do evento 10.000,00 9.000,00 16.000,00 35.000,00
Patrocínio dos expositores 5.000,00 5.000,00 5.000,00 15.000,00
Total das receitas 15.000,00 14.000,00 21.000,00 50.000,00
(2) Despesas orçadas
Propaganda do evento 8.000,00 7.000,00 10.000,00 25.000,00
Aluguel do espaço 2.000,00 2.000,00 5.000,00 9.000,00
Outras despesas 3.000,00 3.500,00 4.000,00 10.500,00
Total das despesas 13.000,00 12.500,00 19.000,00 44.500,00
Totais (1 - 2) 2.000,00 1.500,00 2.000,00 5.500,00
Por que calcular o ROI de um evento? Eventos que contem com parceiros
e patrocinadores ou que esperem algum retorno dos participantes devem manter
um registro de métricas dos resultados para avaliação. Isso fará com que em
uma próxima edição seja mais fácil consolidar novas parcerias e patrocínios ou
então convencer os gestores da empresa de que investir no evento será uma boa
estratégia para os negócios.
10
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
Viu como é simples? Mas atenção, alguns itens não tão lembrados também
merecem atenção especial no planejamento financeiro e orçamentário, e é sobre
eles que vamos falar a seguir.
11
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
12
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
ATENCAO
Cronograma 3 6
2 1 6 2 1
evento meses meses
anos ano meses meses mês
Rubrica depois depois
Estudo de viabilidade -
Assessoria profissional - -
Hospedagem 20%
Local 10% 80%
Alimentação 10% 10% 20% 90%
Publicidade 20% 30% 60%
Seguro -
Despesas de contrato -
Custos de pessoal - - - - - - - -
13
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
Cronograma do evento
Processo de orçamentação
Receitas Despesas
Contabilidade Balancete
de Lucros de Perdas
Conciliação e demonstrativo
de contas finais do evento
14
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
FONTE: Welsch (1983), Maximiano (1997) e Watt (2004 apud PAIVA; NEVES, 2008, p. 171)
5 ESTRUTURA DE CAPITAL
Entende-se por estrutura de capital a junção do capital próprio e do
capital de terceiros que está sendo utilizado em um determinado momento para
financiar os ativos de uma empresa.
15
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
Mas o que são ativos? Para entender, primeiro temos que lembrar como é
composta a estrutura do patrimônio de uma empresa. Para isso, vamos analisar
a figura a seguir:
Legenda: P.E (Passivo Exigível = Soma do Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) P.L
(Patrimônio Líquido)
FONTE: Os autores
16
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
17
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
DICAS
Ações Ordinárias (ON) são mais comuns. Donos de ações ONs têm direito a voto nas
assembleias, porém normalmente não possuem poder de veto. Já as ações preferenciais
(PN) dão preferência aos acionistas sobre o pagamento dos dividendos.
Se você quiser saber mais sobre as ações ON e PN, acesse o link https://www.youtube.com/
watch?v=dZD8QgKQjRA.
56,00/700,00 *100 = 8%
Por que deve-se saber sobre a estrutura de capital de uma empresa? Bem,
o motivo é simples, para entender vamos olhar para a figura a seguir, que mostra
a relação entre o capital próprio e o capital de terceiros.
18
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
19
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
LEITURA COMPLEMENTAR
Capital próprio ou de terceiros: qual a melhor opção? Talvez esta seja uma
das perguntas cruciais para o sucesso do negócio.
20
TÓPICO 1 — ESTRUTURA FINANCEIRA
Pode-se optar, por exemplo, por um sócio estratégico, que traga sua
experiência para ajudar a alavancar o negócio e tenha remuneração e participação
previamente estabelecidos.
21
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
FONTE: <https://jurosbaixos.com.br/conteudo/capital-proprio-ou-capital-de-terceiros-qual-a-
melhor-opcao/>. Acesso em: 7 out. 2019.
22
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
23
• Ativos são todos os bens e direitos de propriedade da empresa, avaliáveis em
dinheiro, que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa.
Podem ser divididos em bens e direitos. O capital de uma empresa é constituído
do capital de terceiros, que representam os empréstimos recebidos, e capital
próprio, que são os recursos aportados pelos sócios.
24
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Gestão Financeira.
b) ( ) Matemática Financeira.
c) ( ) Economia.
d) ( ) Métodos Quantitativos.
25
9 Sobre os itens especiais que devem ser inclusos no planejamento financeiro
e orçamentário, disserte sobre o que é a taxa de câmbio.
26
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A palavra juros ou taxa de juros está presente nas mais variadas situações
do nosso cotidiano, seja quando você é o devedor (contrai uma dívida) por
empréstimo ou pagamento de contas em atraso. Até mesmo quando você é o
credor (tem dinheiro a receber) você investe seu dinheiro e recebe em troca parte
do rendimento que o tomador obteve.
NOTA
27
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
NOTA
Assim, na sua origem, o juro pode ser justificado como uma compensação
que o possuidor do capital exige pelo seu não uso durante o tempo do empréstimo,
além de um prêmio pelo risco de não receber o seu dinheiro de volta (VIEIRA
SOBRINHO, 2018).
28
TÓPICO 2 — JUROS SIMPLES, JUROS COMPOSTOS E TAXA DE JUROS
FONTE: Os autores
29
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
• TAXA NOMINAL: é aquela que possui valor de face. Imagine uma nota de
R$ 10,00. Quanto ela vale? A resposta que parece ser óbvia é que uma nota de
R$ 10 vale R$ 10. Mas será que vale mesmo? Uma nota de R$ 10 somente vale
R$ 10 porque você acredita que ela vale os R$ 10, em outras palavras, o valor é
fiduciário e mais nada.
• TAXA EFETIVA: como o nome sugere, é a taxa efetivamente paga ou recebida.
Se um investimento paga uma taxa mensal de 1% e esse é o valor final recebido;
então essa é sua taxa efetiva. Por outro lado, se a taxa fosse cotada como sendo
anual nominal teríamos 12% de taxa efetiva anual.
A taxa de juros pode ser definida também como a razão entre os juros,
cobrável ou pagável, no fim de um período e o dinheiro devido no início do
período. Habitualmente, utiliza-se o conceito de taxa de juros quando se paga
por um empréstimo, e taxa de retorno quando se recebe pelo capital emprestado.
E
IMPORTANT
Valor fiduciário advém da moeda fiduciária, que é qualquer título não conversível,
ou seja, não é lastreado a nenhum metal (ouro, prata) e não tem nenhum valor intrínseco.
Seu valor advém da confiança que as pessoas têm de quem emitiu o título. Exemplos de
moeda fiduciária: ordem de pagamento, cheques, títulos de crédito e notas promissórias.
30
TÓPICO 2 — JUROS SIMPLES, JUROS COMPOSTOS E TAXA DE JUROS
FONTE: Os autores
31
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
J=P×i×n
Em que:
J é o valor total dos juros;
P é o capital inicial;
I é a taxa de juros;
n é o prazo.
AUTOATIVIDADE
P = 10.000,00
n = 8 meses
i = 3% ao mês
J=1J=P×i×n
P = 25.000,00
J = 7.875,00
n = 7 meses
i=?
32
TÓPICO 2 — JUROS SIMPLES, JUROS COMPOSTOS E TAXA DE JUROS
Em que:
P = 1.000,00
n = 4 meses
i = 5% ao mês
S=?
Como ainda não conhecemos uma fórmula para a solução fácil e rápida
desse problema, e sabendo que a taxa de juros para cada período unitário incide
sobre o capital inicial mais os juros acumulados, vamos calcular o montante da
forma mais primária possível, em que Sᵀ é o valor do montante ao final de cada
período unitário, que em nosso exemplo é o mês.
33
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
Mês Capital do Início do Mês Juros Correspondentes ao mês Montante Final do Mês
1 1.000,00 1.000,00 × 0,05 = 50,00 1.050,00
2 1.050,00 1.050,00 × 0,05 = 52,50 1.102,50
3 1.102,50 1.102,50 × 0,05 = 55,13 1.157,63
4 1.157,63 1.157,63 × 0,05 = 57,88 1.215,51
Valor do montante no final do 4º mês é de R$ 1.215,51.
FONTE: Os autores
S = P (1 + i)n
Em que:
S é o montante;
P é o capital inicial;
1 é o Fator de Capitalização;
I é a taxa de juros;
n é o prazo.
AUTOATIVIDADE
P = 15.000,00
n = 6 meses
i= 3% ao mês
S=?
S = 200.000,00
n = 2 anos = 24 meses
i = 4% ao mês
P=?
34
TÓPICO 2 — JUROS SIMPLES, JUROS COMPOSTOS E TAXA DE JUROS
VF
Juros compostos
Juros simples
Prazo
n=1
FONTE: Bruni (2013, p. 49)
A palavra nominal diz respeito ao que está nominado, ao que está escrito.
No mundo financeiro corresponde ao valor monetário escrito em um título de
crédito ou especificado em um contrato de empréstimo ou financiamento.
36
TÓPICO 2 — JUROS SIMPLES, JUROS COMPOSTOS E TAXA DE JUROS
Assim, se uma duplicata for emitida por R$ 500,00, diz-se que o seu valor
nominal é de R$ 500,00 porque esse é o valor que está escrito no título.
37
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
Solução:
Valor nominal financiado: R$ 1.000,00.
Valor do IOF + cadastro: (2,13% + 2,00%) × R$ 1.000,00 = 41,30.
Valor efetivamente recebido pelo mutuário: R$ 1.000,00 – 41,30 = 958,70.
Valor efetivamente recebido e corrigido: 958,70 × 1,0635 = 1.019,58.
As taxas anuais são obtidas como segue.
Solução:
Valor das comissões cobradas no ato: 0,85% × 18.058,30 = 153,50.
Valor desembolsado: 18.058,30 + 153,50 = 18.211,70.
Valor do imposto de renda: (20.000,00 – 18.058,30) × 20% = 388,34.
Valor líquido resgatado: 20.000,00 – 388,34 = 19.611,66.
Valor desembolsado corrigido pela inflação do período: 18.211,70 × 1,0584 = 19.275,26.
ATENCAO
38
TÓPICO 2 — JUROS SIMPLES, JUROS COMPOSTOS E TAXA DE JUROS
Deve ser expresso na forma de taxa percentual anual (ano de 365 dias)
e inclui todas as taxas e despesas relativas à operação, isto é, engloba a taxa
contratual de juros, tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas do
cliente, definidas na data do contrato.
39
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
40
TÓPICO 2 — JUROS SIMPLES, JUROS COMPOSTOS E TAXA DE JUROS
DICAS
41
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A palavra nominal diz respeito ao que está nominado, ao que está escrito. No
mundo financeiro corresponde ao valor monetário escrito em um título de
crédito ou especificado em um contrato de empréstimo ou financiamento.
• CET – Custo Efetivo Total – é a taxa efetiva de juros cobrada em uma operação de
empréstimo ou financiamento, calculada com base no regime de capitalização
composta. Deve ser expresso na forma de taxa percentual anual (ano de 365
dias) e inclui todas as taxas e despesas relativas à operação.
42
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Dinheiro investido.
b) ( ) Capital intelectual.
c) ( ) Valor financiado.
d) ( ) Empréstimo tomado.
5 Ao converter uma taxa anual de 12% ao ano em trimestre, qual taxa teremos?
a) ( ) 12,36%.
b) ( ) 12,55%.
c) ( ) 12,68%.
d) ( ) 12,95%.
a) ( ) 210,00.
b) ( ) 20%.
c) ( ) 252,00.
d) ( ) 42,00.
a) ( ) Juro Simples.
b) ( ) Juro Composto.
43
8 A empresa Cia das Viagens financia a venda de uma viagem no valor de
R$ 16.000,00, sem entrada, para pagamento em uma única prestação de R$
22.753,61 ao final de 8 meses. Qual é a taxa mensal cobrada pela loja?
S = 22.753,61
P = 16.000,00
n = 8 meses
i=?
a) ( ) Taxa Efetiva.
b) ( ) Taxa Nominal.
c) ( ) CET – Custo Efetivo Total.
d) ( ) Equivalência entre Taxas.
a) ( ) Taxa Efetiva.
b) ( ) Taxa Nominal.
c) ( ) CET – Custo Efetivo Total.
d) ( ) Equivalência entre Taxas.
44
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Controlar de forma minuciosa todas as transações financeiras é um dos
pontos mais importantes no gerenciamento de eventos, seja no setor privado,
no qual o lucro é essencial, ou no setor público e voluntário, nos quais grandes
perdas podem ser desastrosas (WATT, 2007).
Watt (2007) escreve que um dos maiores erros, e talvez o mais comum,
é comprometer-se com a realização de um evento sem a garantia prévia dos
recursos financeiros necessários. Isso gerará um desgaste durante todo o processo
e também um evento de baixa qualidade (orçamento baixo). Na verdade, ele pode
até ser cancelado em algum momento, deixando todos com uma má impressão e
uma imagem negativa da empresa.
2 CAPITAL DE GIRO
Capital de giro nada mais é que o montante financeiro necessário para uma
empresa manter a continuidade do seu negócio, seja com o pagamento de novas
mercadorias, funcionários, matéria-prima, locação de imóvel ou campanhas de
marketing. Em outras palavras, é o capital destinado a garantir que a empresa
funcione perfeitamente até a entrada das vendas de produtos ou serviços.
45
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
NOTA
“Nem todos os eventos necessitam de uma grande soma de dinheiro para ter
sucesso, especialmente os locais” (WATT, 2007, p. 59).
46
TÓPICO 3 — CAPITAL DE GIRO E ROTINA FINANCEIRA
AC – Ativo Circulante = 35
ANC – Ativo Não Circulante = 65
PC – Passivo Circulante = 20
PNC – Passivo Não Circulante = 30
PL – Patrimônio Líquido = 50
47
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
AC – Ativo Circulante = 70
ANC – Ativo Não Circulante = 130
PC – Passivo Circulante = 110
PNC – Passivo Não Circulante = 40
PL – Patrimônio Líquido = 50
Nesse exemplo, o CCL é de 40, indicando que 40 dos 130 (ANC) são
financiados por dívidas de curto prazo. Observa-se que a empresa tem levantado
90 de recursos de longo prazo (PNC + PL). No entanto, esse montante não é
suficiente para cobrir suas aplicações permanentes de 130, sendo a diferença de
40 coberta por obrigações correntes (PC). Nesse caso, a empresa está com o capital
de giro líquido negativo (AC < PC).
AC > PC PC AC < PC PC
AVALIAÇÃO: AVALIAÇÃO:
Bom nível de Liquidez Pode denotar problema de Liquidez
48
TÓPICO 3 — CAPITAL DE GIRO E ROTINA FINANCEIRA
NOTA
CG = AC – PC
*AC = Ativo Circulante
*PC = Passivo Circulante
Mesmo que uma empresa não trabalhe com estoques, ela certamente terá
outras contas que estarão classificadas no ativo circulante (AC), como: banco,
caixa, contas a receber etc. Nesse caso, você utilizará essas informações para fins
de cálculo do capital de giro.
É importante destacar que não existe um conceito único sobre quanto você
deve ter de capital de giro, pois isso varia muito de acordo com o tipo de negócio e
merece uma análise individual de cada empresa. Agora que você já aprendeu
sobre a importância do capital de giro, vamos aprender sobre o ciclo operacional,
econômico e financeiro.
E
IMPORTANT
49
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
Ciclo Operacional: neste ciclo, cada uma das fases operacionais retratadas
na Figura 13 apresenta uma determinada duração. Compra de matérias-primas
(prazo de estocagem); fabricação (o tempo necessário para transformação da MP
em produto acabado); produtos acabados (prazo necessário para sua venda), e o
recebimento (período de cobrança das vendas realizadas a prazo) (ASSAF NETO;
SILVA, 2012).
Lembrando que esse tipo de ciclo não se aplica às empresas que não
trabalham como estoque, é mais utilizado na indústria.
50
TÓPICO 3 — CAPITAL DE GIRO E ROTINA FINANCEIRA
ATENCAO
52
TÓPICO 3 — CAPITAL DE GIRO E ROTINA FINANCEIRA
NOTA
53
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
4 FONTES DE FINANCIAMENTO
Pode-se caracterizar as fontes de financiamento como sendo um conjunto
de capitais internos e externos à organização utilizados para financiamento das
aplicações e investimentos realizados.
54
TÓPICO 3 — CAPITAL DE GIRO E ROTINA FINANCEIRA
NOTA
55
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO AO CONTROLE FINANCEIRO
◦ FFF ou 3 F’s (Family, Friends and Fools) – os três “F” são amigos, familiares
e tolos (as pessoas a quem conversar primeiro ao lançar uma ideia). Menos
de um por cento das startups aumentam o capital de risco para que os 3 F’s
sejam importantes. Confiar em amigos que estão dispostos a investir em você
e em sua família, que se sentem obrigados a investir em você, é uma ótima
maneira de começar. É por isso que os empresários passam muito tempo
cultivando sua rede social (você nunca sabe quem pode ser um potencial
financiador para sua ideia).
◦ Capital Subsidiado (subvenção) – são fontes de recursos que disponibiliza
capital ao empreendedor e que não tem o compromisso de devolver no
futuro, oferecendo algo em troca para a sociedade. O empreendedor tem
o compromisso de realizar o projeto e atingir os objetivos previamente
acordados.
◦ Parcerias Estratégicas – são ações comerciais com empresas que se relacionam
com seu negócio. O primeiro passo é identificar complementariedade (quem
mais pode se beneficiar com seu produto?) e fazer uma proposta com
diferencial para as duas empresas. Para identificar empresas potenciais para
parcerias estratégicas, basta desenhar a rede do seu negócio, identificar os
segmentos-alvo e buscar as parcerias.
56
TÓPICO 3 — CAPITAL DE GIRO E ROTINA FINANCEIRA
57
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Capital de giro nada mais é que o montante financeiro necessário para uma
empresa manter a continuidade do seu negócio, seja com o pagamento de novas
mercadorias, funcionários, matéria-prima, locação de imóvel ou campanhas de
marketing. Em outras palavras, é o capital destinado a garantir que a empresa
funcione perfeitamente até a entrada das vendas de produtos ou serviços.
• O capital de giro líquido de uma empresa pode ser positivo ou negativo, sendo
que um capital de giro positivo significa que os ativos circulantes são suficientes
para liquidar os passivos circulantes, o que caracteriza uma empresa de bom
nível de liquidez. Já um capital de giro negativo significa que a empresa tem
um nível de obrigações que superam seus bens e direitos de curto prazo, o que
pode denotar problemas de liquidez.
• Não existe um conceito único sobre quanto deve-se ter de capital de giro,
pois isso varia muito de acordo com o tipo de negócio e merece uma análise
individual de empresa para empresa.
58
• Gastos fixos são aqueles que não apresentam relação direta com os volumes
de produção e vendas. Já os gastos variáveis apresentam relação direta com os
volumes de produção e vendas. A soma dos gastos fixos e variáveis representa
o gasto total da empresa.
CHAMADA
59
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Ativo circulante.
b) ( ) Ativo não circulante.
c) ( ) Passivo circulante.
d) ( ) Passivo não circulante.
a) ( ) 6.000,00.
b) ( ) 8.500,00.
c) ( ) 10.500,00.
d) ( ) 13.000,00 (Fórmula: AC-PC).
60
6 Sobre o ciclo operacional, econômico e financeiro, relacione os conceitos:
1- Ciclo Operacional
2- Ciclo Econômico
3- Ciclo Financeiro
a) ( ) Certo.
b) ( ) Errado.
61
62
UNIDADE 2 —
FERRAMENTAS DE GESTÃO DE
GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E
FINANCEIRA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
63
64
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Quando falamos sobre aspectos financeiros no mundo dos eventos, a
primeira coisa a se fazer é analisar e estabelecer os custos exatos do evento em
questão. Isso porque, talvez, seja necessária a antecipação de algumas despesas, o
que exigirá um ótimo controle financeiro para que não haja prejuízos ao negócio.
65
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
• desembolso;
• investimentos;
• custos;
• despesas;
• perdas ou desperdícios.
66
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
Custos
Desembolso ligado à produção de bens ou prestação do serviço
Vinculados diretamente aos produtos e serviços
Está relacionado diretamente à atividade-fim da empresa
(Produto produzido ou serviço prestado)
FONTE: Os autores
Direto
Indireto
FONTE: Os autores
Despesas
Desembolso para administração e manutenção da empresa
Não estão atrelados diretamente à produção
Está relacionado à gestão e manutenção da empresa (Atividade-meio)
FONTE: Os autores
Fixas Variáveis
Despesas
FONTE: Os autores
Despesas fixas são aquelas que não possuem nenhuma relação com o
custo do serviço. Ou seja, independentemente das vendas mensais ou dos custos
do serviço, as despesas classificadas como fixas permanecerão a mesma.
68
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
FONTE: <https://bit.ly/2kyFg6P>.
Acesso em: 13 nov. 2019.
FONTE: Os autores
Dizemos que as despesas variáveis estão “no meio do caminho” entre ser
um custo e uma despesa. Isso porque, por não estarem atreladas diretamente à
operacionalização e nem à quantidade vendida, se comportam como despesas,
mas ainda possuem forte relação com as atividades de operacionalização
(TREASY, 2016).
69
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
FONTE: Os autores
Evento A
- O funcionário que fechou o negócio deverá ser devidamente comissionado.
- A empresa exige a presença de 5 garçons e 1 cozinheiro.
- O evento será em um local terceirizado.
- A empresa solicita que você fique responsável pelos brindes para o evento.
- O valor a ser cobrado do cliente é de 88.000,00.
- Você apurou os gastos totais no valor de 73.500,00 da seguinte forma:
70
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
Gastos R$ Gastos
Comissão do vendedor 1.000,00
Salário do Operacional 22.000,00
Materiais Utilizados no Evento 14.000,00
Salário da Administração 12.000,00
Aluguel da Empresa (Adm) 5.000,00
Aluguel do Espaço do Evento 12.000,00
Material de expediente (Adm) 500,00
Juros s/ financiamento 300,00
Brindes do Evento 2.500,00
Energia elétrica (Adm) 1.200,00
Uniformes da empresa 3.000,00
Total 73.500,00
Resposta:
71
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
• Custos diretos: são gastos que podem ser apropriados diretamente ao produto
ou ao serviço.
• Custos indiretos: são gastos que para serem incorporados aos produtos ou
aos serviços utilizam um critério de rateio, por não terem ligação direta com o
produto ou com o serviço.
• Custos fixos: são todos os gastos que não variam em função dos volumes
produzidos ou serviços prestados.
• Custos variáveis: são gastos que variam proporcionalmente aos volumes
produzidos ou serviços prestados.
NOTA
72
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
FONTE: <https://www.nomus.com.br/blog-industrial/voce-sabe-o-que-sao-custos-fixos-
variaveis-diretos-e-indiretos/>. Acesso em: 18 nov. 2019.
73
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
FONTE: Os autores
O custo direto é aquele para o qual é mais fácil atribuir um valor, ou seja,
que é mensurável sem dificuldades, sem necessidade de rateio e que é relacionado
diretamente ao produto final.
74
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
Resposta:
FONTE: Os autores
75
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Resposta:
• Direto
Evento
• Indireto
Classificação
dos Custos
Volume • Fixo
de Vendas • Variável
FONTE: Os autores
76
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
É muito importante lembrar que o custo fixo não significa que o valor é
fixo, ou seja, não significa que seja sempre o mesmo valor. Ele significa que ocorre
todo mês e isso independe da quantidade de produtos vendidos ou serviços
prestados.
Softwares Específicos
Evento 1 12.000,00
Evento 2 23.000,00
Evento 3 8.000,00
Total 43.000,00
77
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Evento 1 12.000
Evento 2 23.000
Total 35.000
78
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
FONTE: Os autores
ATENCAO
79
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
PRODUTOS E SERVIÇOS
ATENCAO
80
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
ATENCAO
81
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Esse método considera como custos para fins de análise de custos dos
serviços prestados somente aqueles gastos que são diretamente identificados
com a atividade do serviço prestado, ou seja, os objetos de custos. A empresa
prestadora possui como gastos dessa natureza mão de obra direta, materiais de
consumo aplicados na execução do serviço e outros já abordados anteriormente
(COSTA; FRAZAN, 2001).
Resposta:
82
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
Custeio Variável
Custo do Evento
Custos Variáveis 50.500,00
Custo do Serviço Vendido
Custo Variável 50.500,00
Quantidade (x) 1,00
Custo do Serviço Vendido (CSV) 50.500,00
Desmonstração do Resultado
Receita com vendas 88.000,00
(-) CSV - 50.500,00
(-) Despesas Variáveis - 1.500,00
(=) Margem de Contribuição 36.000,00
(-) Custos Fixos - 3.000,00
(-) Despesas Fixas - 18.500,00
(=) Lucro Líquido 14.500,00
83
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Efetuando o cálculo:
Para efeitos gerenciais, a alocação dos custos fixos aos serviços pode
distorcer a tomada de decisão. Isso porque os custos fixos não pertencem a este
ou àquele serviço e, sim, à empresa como um todo.
84
TÓPICO 1 — GASTOS: DESPESAS, CUSTOS E DESEMBOLSOS
E
IMPORTANT
5 RELAÇÃO CUSTO/VOLUME/LUCRO
Os fundamentos da análise de custo-volume-lucro estão intimamente
relacionados ao uso de sistemas de custo no auxílio de decisões de curto prazo,
característica do método de custeio variável.
• fabricar ou comprar;
• introdução de linhas de produto;
• determinação de preços de venda;
• dimensionamento da empresa;
• facilita a elaboração de orçamentos;
• permite a projeção de lucros;
• induz à redução de gastos;
• facilita o controle orçamentário;
• permite a realização de orçamentos flexíveis.
85
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O processo de apuração dos custos pode parecer simples, mas obter números
corretos em todos os itens que compõem um evento pode ser uma tarefa
onerosa. Todavia, é fundamental ser o mais exato possível.
• Custos diretos são gastos que podem ser apropriados diretamente ao produto
ou ao serviço.
• Custos indiretos são gastos que para serem incorporados aos produtos ou aos
serviços utilizam um critério de rateio, por não terem ligação direta com o
produto ou com o serviço.
• Custos fixos são todos os gastos que não variam em função dos volumes
produzidos ou serviços prestados.
86
• Despesas fixas são aquelas que não possuem nenhuma relação com o custo
do serviço. Ou seja, independentemente das vendas mensais ou dos custos do
serviço, as despesas classificadas como fixas permanecerão a mesma. É uma
despesa que acontecerá todo mês, faça chuva, faça sol, caso sua empresa fature
ou não. Mas isso não significa que ela terá o mesmo valor todo mês.
87
AUTOATIVIDADE
Gastos R$ Gastos
Salário do Operacional 16.000,00
Materiais Utilizados no Evento 18.700,00
Salário da Administração 12.000,00
Aluguel da Empresa (Adm) 5.000,00
Aluguel do Espaço do Evento 8.000,00
Material de expediente (Adm) 500,00
Juros s/ financiamento 300,00
Brindes do Evento 1.300,00
Energia elétrica (Adm) 1.200,00
Uniformes da empresa 3.000,00
Total 66.000,00
88
R$ Custo Custo Desp Desp
Gastos
Gastos Direto Indireto Fixa Variável
Salário do Operacional 16.000,00 16.000,00
Materiais Utilizados no Evento 18.700,00 18.700,00
Salário da Administração 12.000,00 12.000,00
Aluguel da Empresa (Adm) 5.000,00 5.000,00
Aluguel do Espaço do Evento 8.000,00 8.000,00
Material de expediente (Adm) 500,00 500,00
Juros s/ financiamento 300,00 300,00
Brindes do Evento 1.300,00 1.300,00
Energia elétrica (Adm) 1.200,00 1.200,00
Uniformes da empresa 3.000,00 3.000,00
Total 66.000,00 44.000,00 3.000,00 18.500,00 500,00
89
Custeio Variável - Evento B
Custo do Evento
Custos Variáveis 44.000,00
Custo do Serviço Vendido
Custo Variável 44.000,00
Quantidade (x) 1,00
Custo do Serviço Vendido (CSV) 44.000,00
Demonstração do Resultado
Receita com vendas 78.000,00
(-) CSV - 44.000,00
(-) Despesas Variáveis - 500,00
(=) Margem de Contribuição 33.500,00
(-) Custos Fixos - 3.000,00
(-) Despesas Fixas - 18.500,00
(=) Lucro Líquido 12.000,00
a) ( ) Ponto de Equilíbrio.
b) ( ) Ponto de Lucro.
c) ( ) Ponto de Atenção.
90
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
A globalização dos mercados, a revolução digital, as novas tecnologias, a
volatilidade e as mudanças que ocorrem no mercado ensejaram uma concorrência
acirrada, diversificada e sem fronteiras (BERNARDI, 2017).
Nesse contexto entra a precificação, que nada mais é que pensar e agir de
maneira estratégica e tática para calcular os preços de venda e serviço.
2 CONCEITO DE PREÇO
Um dos aspectos financeiros mais importantes de qualquer entidade
consiste na fixação dos preços dos produtos e serviços comercializados. Para
alguns autores, essa atividade consiste em uma verdadeira arte do negócio. O
sucesso empresarial poderia até não ser consequência direta da decisão acerca
dos preços. Todavia, um preço equivocado de um produto ou serviço certamente
causará sua ruína (BRUNI; FAMÁ, 2019).
91
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
92
TÓPICO 2 — FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
NOTA
FONTE: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/entenda-o-conceito-de-valor-percebido-
pelo-cliente/>. Acesso em: 25 nov. 2019.
94
TÓPICO 2 — FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
No quadro a seguir podemos ter uma visão melhor dos elementos que
compõem a formação do preço.
95
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
96
TÓPICO 2 — FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
97
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
4 CÁLCULO DO MARK-UP
Mark-up é um método básico e elementar no qual, com base na estrutura
de tributos, custos e despesas e do lucro desejado, aplica-se um fator, marcador ou
multiplicador, formando-se o preço (BERNARDI, 2017).
98
TÓPICO 2 — FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
G + I × P + L × P = P
Despesa fixa: isso por que é uma despesa que acontecerá todo mês,
independentemente se sua empresa faturar ou não. Lembre-se, isso não significa
que o valor será o mesmo todos os meses, significa apenas que você terá essa
despesa todos os meses.
99
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
100
TÓPICO 2 — FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
Se a empresa emitir nota fiscal no valor total recebido, mesmo que parte
desse valor tenha que ser repassado a terceiros, a empresa está obrigada a calcular
e pagar todos os impostos e contribuições devidos, pois ao emitir nota fiscal pelo
total, está reconhecendo como sua toda a receita e tomando para si os encargos
tributários. Caso não queira arcar com todos os tributos, deve apresentar ao
contratante as notas fiscais emitidas pelas empresas subcontratadas e emitir nota
fiscal apenas da parte que lhe cabe.
E
IMPORTANT
Agora que já temos uma noção básica dos valores dos impostos, vamos
continuar a calcular o mark-up.
CUSTO 65.000
𝑃𝑉 = 𝑃𝑉 = = 𝑅$ 177.256,61
𝑀𝐾𝐷 0,3667
1 1
𝑀𝐾𝑀 = 𝑀𝐾𝑀 = 𝑀𝐾𝑀 = 2,7270 …
𝑀𝐾𝐷 0,3667
102
TÓPICO 2 — FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
PV = CUSTO X MKM
PV = 65.000 X 2,7270... = 177.256,61
DICAS
103
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
LEITURA COMPLEMENTAR
Para que você saiba qual a estratégia de comissão de vendas é melhor para
você, conheça as diferentes formas de comissionamento:
FONTE: SEBRAE. Comissão de vendas: conheça as diferentes modalidades. 2018. Disponível em:
https://blog.sebrae-sc.com.br/comissao-de-vendas/. Acesso em: 19 nov. 2019.
105
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Precificação nada mais é que pensar e agir de maneira estratégica e tática para
se calcular os preços de venda e serviço. Uma precificação inadequada do
serviço impacta de forma negativa a empresa, além disso, uma estratégia de
precificação errada pode ocasionar até a falência da empresa ou limitar o seu
crescimento e desenvolvimento.
• Dessa forma, o preço cobrirá todos os custos, despesas, impostos e terá como
residual o lucro das vendas desejado. Esse método tem muita utilidade e serve
a dois propósitos: estabelecer o preço ideal (piso) e calcular a viabilidade do
preço de mercado, limite ou teto.
106
• O imposto é classificado como uma despesa fixa por que é uma despesa que
acontecerá todo mês, independentemente se a empresa faturar ou não. Porém,
isso não significa que o valor será o mesmo todo mês, significa apenas que
existirá essa despesa todo mês.
• Mark-up divisor: é a partir da obtenção deste índice que será possível chegar
ao valor de venda do produto/serviço. Sua fórmula básica é: MKD = PV-Gastos
Totais/100.
107
AUTOATIVIDADE
1 O que é precificação?
a) ( ) Verdadeiro.
b) ( ) Falso.
a) ( ) Verdadeiro.
b) ( ) Falso.
108
a) ( ) Capacidade e disponibilidade de pagar do consumidor.
b) ( ) Qualidade/tecnologia do produto em relação às necessidades do
mercado consumidor.
c) ( ) Existência de produtos substitutos a preços mais vantajosos.
d) ( ) Capacidade intelectual do consumidor.
FONTE: Os autores
109
110
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Quem nunca se deparou com uma conta atípica para pagar ou com algum
problema de última hora quando o caixa da empresa vai mal? Seja como pessoa
física (empresário) ou como pessoa jurídica (empresa), essas são situações muito
comuns dentre as empresas atuais, porém, não é nada saudável para a empresa.
Para evitar esses tipos de problemas, o ideal é que seja feita uma boa
organização do fluxo financeiro da empresa, como por exemplo, a área de contas
a pagar e receber que precisam estar bem alinhadas e com suas respectivas datas
de vencimento e valores organizados para que não haja problemas.
Porém, a entrada de recursos na empresa, por si só, não significa que ela
esteja obtendo lucro, nem a saída de recurso significa que ela esteja tendo prejuízo.
111
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
2 FLUXO FINANCEIRO
Para Hoji e Da Luz (2019), o crescimento e o desenvolvimento econômico
de um país estão diretamente ligados à capacidade empreendedora de seus
cidadãos, com a sua capacidade de organizar os fatores de produção (recursos
naturais, capital e trabalho) para a produção e distribuição de bens e serviços.
1) Operações.
2) Investimentos.
3) Financiamentos.
112
TÓPICO 3 — FLUXO DE CAIXA E ORÇAMENTOS
Os autores abordam, ainda, que o fluxo de caixa não deve ser uma
preocupação exclusiva da área financeira. Deve haver comprometimento de
todos os setores empresariais com os resultados, destacando-se:
113
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Dinheiro entrando
Dinheiro saindo
FONTE: <http://controlefinanceiro.granatum.com.br/dicas/fluxo-de-caixa-o-que-e-isso/>.
Acesso em: 19 nov. 2019.
114
TÓPICO 3 — FLUXO DE CAIXA E ORÇAMENTOS
Weston e Brigham (2000, p. 400 apud HOJI; DA LUZ, 2019, p. 400) comparam
o caixa ao “óleo que lubrifica as rodas dos negócios. Sem um óleo adequado, as
máquinas rangem até parar, e o mesmo acontecerá com uma empresa sem um
nível de caixa adequado”.
3 ORÇAMENTO
Toda empresa deveria elaborar o seu orçamento com antecedência,
anotando quais serão as receitas e os gastos dos períodos futuros. Essa
orçamentação deve ser feita com base em previsões (FREZATTI, 2009).
115
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
116
TÓPICO 3 — FLUXO DE CAIXA E ORÇAMENTOS
a) orçamento de vendas;
b) orçamento e produção;
c) orçamento de matérias-primas;
d) orçamento de mão de obra direta;
e) orçamento de custos indiretos de fabricação;
f) orçamento de custo de produção;
117
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
118
TÓPICO 3 — FLUXO DE CAIXA E ORÇAMENTOS
a) por produto;
b) por território;
c) por canal de distribuição;
d) por método de venda;
e) por organização (filial, departamentos);
f) por vendedor.
119
UNIDADE 2 — FERRAMENTAS DE GESTÃO DE GASTOS, ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
120
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Para evitar problemas com pagamentos é ideal que seja feita uma boa
organização do fluxo financeiro da empresa, como por exemplo, a área de contas
a pagar e receber que precisam estar bem alinhadas e com suas respectivas datas
de vencimento e valores organizados para que não haja problemas.
• A entrada de recursos na empresa, por si só, não significa que ela esteja obtendo
lucro, nem a saída de recurso significa que ela esteja tendo prejuízo.
• O fluxo de caixa não deve ser uma preocupação exclusiva da área financeira.
Deve haver comprometimento de todos os setores empresariais com os
resultados, destacando-se: área de produção, decisões de compras, políticas de
cobrança, área de vendas, e área financeira.
121
• O orçamento é um instrumento de natureza econômica com objetivo de
prever determinadas quantias que serão utilizadas para determinados fins.
Sua efetiva utilização apresenta uma série de vantagens, entre elas, auxiliar os
administradores na coordenação de seus esforço e otimização dos resultados
empresariais.
CHAMADA
122
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Verdadeira.
b) ( ) Falsa.
4 O fluxo de caixa não deve ser uma preocupação exclusiva da área financeira.
Deve haver comprometimento de todos os setores empresariais com os
resultados. Sobre as diversas áreas empresariais, relacione-as com suas
funções:
123
5 Toda empresa deveria elaborar o seu orçamento com antecedência, anotando
quais serão as receitas e os gastos dos períodos futuros. Essa orçamentação
deve ser feita com base em previsões. Essa afirmação é:
a) ( ) Verdadeira.
b) ( ) Falsa.
a) ( ) Verdadeira.
b) ( ) Falsa.
a) ( ) Contínuo.
b) ( ) Econômico.
c) ( ) Tendências.
d) ( ) Base zero.
124
UNIDADE 3 —
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E
INDICADORES FINANCEIROS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
125
126
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E
FINANCEIRAS
1 INTRODUÇÃO
A análise econômico-financeira tem por objetivo extrair informações das
demonstrações contábeis para ser utilizada no processo de tomada de decisão na
empresa, tornando-se um importante instrumento de gerenciamento interno e
externo (PADOVEZE; BENEDICTO, 2011).
127
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
128
TÓPICO 1 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
Além disso, a Lei n° 6.404/76, chamada de Lei das S/A, aborda que no
balanço patrimonial as contas deverão ser classificadas de acordo com os elementos
do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
129
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
BALANÇO PATRIMONIAL
PASSIVO
ATIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ativo = Ativo Circulante + Ativo
Forma com que os recursos da entidade foram aplicados
não circulante (realizável a longo
(conta corrente bancária, contas a receber, estoques, imóveis,
prazo, investimentos, imobilizado
máquinas e equipamentos etc.).
e intangível)
Recursos de terceiros que estão financiando os ativos e
Passivo = Passivo Circulante +
representados por obrigações (empréstimos bancários
Passivo não circulante (exigível
recebidos e ainda não pagos, dívidas com fornecedores,
a longo prazo)
dívidas com impostos, dívidas com funcionários etc.).
Patrimônio Líquido (PL) = Capital Recursos captados junto aos sócios (na forma de
Social + Reservas + Lucros/ integralização do capital social da entidade ou na forma de
Prejuízos Acumulados retenção de lucros apurados pela entidade).
130
TÓPICO 1 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
NOTA
FONTE: Os autores
131
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
132
TÓPICO 1 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
133
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Receitas 600
Entidade
Despesas (400)
com lucro
Lucro (200)
Receitas 600
Entidade
Despesas (700)
com prejuízo
Prejuízo (100)
4 ANÁLISE HORIZONTAL
A análise horizontal (AH) relaciona cada conta ou transação das
demonstrações contábeis (DCs) ao longo de certo período de anos ou de meses,
evidenciando aumentos ou reduções em comparação com o primeiro ano da série.
134
TÓPICO 1 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
Fórmula:
FONTE: <https://excelsolucao.com.br/wp-content/uploads/2017/04/planilha_analise_vertical_
horizontal_balanco_patrimonial2-min.jpg>. Acesso em: 20 nov. 2019.
135
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Mas o que isso quer dizer? A interpretação dos dados é bem simples.
Conforme comentado anteriormente, o ano-base e todos os seus valores serão
equivalentes a 100. Então, qualquer resultado superior a esse número é um
aumento e qualquer resultado inferior é considerado uma redução.
5 ANÁLISE VERTICAL
A análise vertical das contas do BP e DRE mostra a composição percentual
e a participação de cada conta em relação a um valor adotado como base (100%).
Fórmula:
136
TÓPICO 1 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
137
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Cálculo da Análise Vertical da conta caixa (ano 2015): 10.000/280.000*100 = 200% = 4%.
Cálculo da Análise Vertical da conta caixa (ano 2016): 20.000/315.000*100 = 200% = 6%.
Cálculo da Análise Vertical da conta banco (ano 2015): 35.000/280.000*100 = 200% = 13%.
Cálculo da Análise Vertical da conta banco (ano 2016): 25.000/315.000*100 = 200% = 8%.
Cálculo da Análise Vertical da conta estoque (ano 2015): 61.000/280.000*100 = 200% = 22%.
Cálculo da Análise Vertical da conta estoque (ano 2016): 75.000/315.000*100 = 200% = 24%.
Mas o que isso quer dizer? Simples! Que no nosso exemplo, a conta caixa
da sua empresa em 2015 corresponde a 4% do seu ativo e em 2016 corresponde a
6% do seu ativo. Ou seja, você teve mais dinheiro em caixa no ano de 2016 quando
comparado a 2015.
138
TÓPICO 1 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS
• O ativo circulante é constituído pelos Bens e pelos Direitos que estão em contínua
circulação no patrimônio. Ou seja, são valores já realizados (transformados em
dinheiro) ou que serão realizados até o término do exercício social seguinte.
Já no ativo não circulante são apresentadas as contas de bens e direitos com
pequena ou nenhuma circulação.
140
• Depois do Balanço Patrimonial, a DRE é a mais importante das demonstrações
contábeis. A DRE evidencia o desempenho da empresa (lucro ou prejuízo)
no período compreendido entre janeiro e dezembro de cada ano. Quando a
empresa é eficaz, terá lucro. Quando não, terá prejuízo.
141
AUTOATIVIDADE
a) ( ) BP e DRA.
b) ( ) DRE e BP.
c) ( ) BP e DMPL.
d) ( ) DRE e DFC.
FONTE: Os autores
142
6 Qual o interesse de uma instituição financeira na análise das DCs da
entidade?
9 Relacione os conceitos:
143
FONTE: os autores
Elabore a análise vertical e horizontal:
VERTICAL: quanto representa, percentualmente, cada conta em relação ao
ativo total / passivo total. Para a demonstração do resultado, considere receita
líquida 100%.
HORIZONTAL: nessa análise, indique a variação ocorrida em cada conta no
período de 20x1 a 20x2.
144
FONTE: os autores
145
146
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
INDICADORES DO NEGÓCIO
1 INTRODUÇÃO
Um dos principais instrumentos para avaliação de certos aspectos do
desempenho da empresa é a análise de índices econômico-financeiros, calculados
basicamente a partir das contas das demonstrações contábeis.
Liquidez
Endividamento
ÍNDICES
Rentabilidade
Rotatividade
147
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
2 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
É um dos principais tipos de indicadores, pois demonstra a situação
financeira da empresa e sua capacidade de saldar suas obrigações.
• liquidez geral;
• liquidez corrente;
• liquidez seca;
• liquidez imediata.
148
TÓPICO 2 — INDICADORES DO NEGÓCIO
FONTE: <https://excelsolucao.com.br/wp-content/uploads/2017/04/planilha_analise_vertical_
horizontal_balanco_patrimonial2-min.jpg>. Acesso em: 20 nov. 2019.
149
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Cálculo:
Se o LG fosse maior que 1 – por exemplo 1,2, significaria que para cada R$
1,20 aplicado no ativo realizável, a empresa captou R$ 1,00 de capital de terceiros.
A empresa opera com capital de giro próprio.
Cálculo:
Se o LC fosse menor que 1, por exemplo 0,8, significaria que, para cada R$
0,80 de direitos realizáveis a curto prazo a empresa tem R$ 1,00 de dívidas a curto
prazo. Nesse caso, o capital circulante líquido seria de terceiros.
151
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Cálculo:
152
TÓPICO 2 — INDICADORES DO NEGÓCIO
Cálculo:
Se o for LI maior que 1, por exemplo 1,2, significaria que a empresa dispõe
de R$ 1,20 de disponibilidades para cada R$ 1,00 de obrigações a curto prazo.
• Nível de Endividamento.
• Composição de Endividamento.
• Endividamento Geral.
• Imobilização do Patrimônio Líquido.
• Imobilização dos recursos não correntes.
• Endividamento de Curto Prazo.
153
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
NOTA
Cálculo:
Caso o NE fosse menor que 1, por exemplo 0,8, significaria que para cada
R$ 1,00 de capital próprio a empresa captou R$ 0,80 de capital de terceiros. A
interpretação de bom ou ruim depende do custo de captação dos recursos e do
retorno obtido na aplicação dos mesmos.
154
TÓPICO 2 — INDICADORES DO NEGÓCIO
Cálculo:
155
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Cálculo:
Cálculo:
Imobilizado 462.018,00
516.038,00
Intangível 54.020,00 1,02
Patrimônio Líquido 505.615,00 505.615,00
IPL maior que 1 – significa que para cada R$ 1,02 aplicados no imobilizado
e no intangível, R$ 1,00 foi originado do capital próprio e R$ 0,02 de terceiros,
indicando que a empresa opera com capital de giro de terceiros.
Caso o IPL fosse menor que 1, por exemplo 0,7, significaria que para cada
R$ 1,00 originado do capital próprio, R$ 0,70 estão aplicados no imobilizado e
no intangível e R$ 0,30 no ativo realizável, indicando que a empresa opera com
capital de giro próprio.
Cálculo:
Imobilizado 462.018,00
516.038,00
Intangível 54.020,00
0,54
Patrimônio Líquido 505.615,00
954.722,00
Exigível a LP 449.107,00
Caso o IRNC fosse maior que 1, por exemplo 1,2, significaria que para
cada R$ 1,20 aplicado no imobilizado e no intangível, R$ 1,00 foi originado de
capitais de longo prazo e R$ 0,20 de capitais de curto prazo, indicando que a
empresa está financiando parte de seu ativo de recuperação a longo prazo com
recursos que vencerão a curto prazo, o que não é uma boa situação.
Cálculo:
157
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
ECP menor que 1 – significa que para cada R$ 1,00 de capital próprio a
empresa captou R$ 0,52 de capital de terceiros com vencimento a curto prazo.
Caso o ECP fosse maior que 1, por exemplo 1,2, significaria que para cada
R$ 1,00 de capital próprio, a empresa captou R$ 1,20 de capital de terceiros com
vencimento a curto prazo.
4 ÍNDICES DE RENTABILIDADE
Os indicadores de rentabilidade objetivam mensurar o retorno do capital
investido e identificar os fatores da rentabilidade obtidos pelos investimentos.
• Margem Bruta.
• Margem Operacional.
• Margem Líquida.
• Giro do Ativo Total.
NOTA
158
TÓPICO 2 — INDICADORES DO NEGÓCIO
Cálculo:
Cálculo:
159
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Cálculo:
Cálculo:
160
TÓPICO 2 — INDICADORES DO NEGÓCIO
5 ÍNDICES DE ROTATIVIDADE
Almeida (2019) escreve que o objetivo principal desses índices, também
denominados índices de atividades, é revelar a velocidade em que o inventário
(estoque) é renovado em um determinado período ou qual é o tempo médio de
permanência de um produto antes da venda.
161
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Legenda:
Cálculo:
162
TÓPICO 2 — INDICADORES DO NEGÓCIO
Legenda:
FP = fornecedores a pagar.
CP = compras a prazo (inclui impostos recuperáveis e não recuperáveis).
Alguns autores entendem que seria mais correto considerar somente as compras
a prazo, outros entendem que, pelo contrário, o melhor é considerar todas as
compras. Nós consideraremos apenas as compras a prazo para fins de cálculo
deste indicador.
Cálculo:
De modo geral, quanto maior for o prazo, melhor, pois a empresa tem
mais fôlego para vender e sanar suas compras. No nosso exemplo, recebemos
as vendas em dois dias e pagamos as compras em quatro dias. Esse cenário é
favorável para a empresa.
163
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Mas o que vem a ser Liquidez? O BTG Pactual (2019) aborda que liquidez
é um conceito que corresponde à facilidade e velocidade com as quais um ativo
pode ser convertido em caixa. Ou, em uma definição mais simples, é a capacidade
de transformar um ativo (bens ou investimentos) em dinheiro.
Quanto mais rápida for a conversão do ativo em dinheiro, mais líquido ele
será. Um ativo com pouca liquidez é aquele que é mais difícil de ser convertido
em dinheiro, seja pela falta de compradores ou até mesmo pelo tempo necessário
para liquidar o investimento.
164
TÓPICO 2 — INDICADORES DO NEGÓCIO
165
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Isso quer dizer que, para cada R$ 1,00 investido, a empresa obteve um
retorno de quase 3,00. Entendeu a diferença? Os indicadores de lucratividade
e rentabilidade são utilizados para analisar fatores diferentes em relação às
operações de uma empresa. Porém, eles devem ser avaliados sempre de forma
conjunta. Isso porque uma empresa pode ser rentável mesmo sem ser lucrativa
ou, ainda, ser lucrativa sem obter um retorno positivo com os investimentos.
166
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
167
• A lucratividade é utilizada para apontar o ganho de uma empresa em relação
a sua atividade. Ela indica se o negócio está justificando ou não a operação
da empresa, ou seja, se as vendas são suficientes para pagar os custos e as
despesas e ainda gerar lucro.
168
AUTOATIVIDADE
1 O que é índice?
169
170
ROB = Receita Operacional Bruta
ROL = Receita Operacional Líquida
LOB = Lucro Operacional Bruto
8 O que é liquidez?
171
172
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, chegamos ao último tópico da Unidade 3! Nos tópicos anteriores
aprendemos a importância das demonstrações contábeis e dos indicadores financeiros
para a gestão empresarial. Agora chegou a vez de abordarmos a importância do
planejamento financeiros no controle das finanças empresariais.
2 PREMISSAS BÁSICAS
Você já parou para pensar que quando um cliente contrata o serviço de
uma empresa de eventos ele não está adquirindo nada palpável, e sim apenas
uma promessa de intenção de compra que deverá acontecer da melhor forma
possível? Nessas situações, a qualidade do serviço só será percebida quando o
evento ocorrer.
Nesse caso estamos falando de produtos intangíveis (que não podem ser
tocados nem armazenados), uma das principais características do setor de serviços.
Essa característica deve ser levada em conta na hora do planejamento financeiro.
173
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
174
TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO
175
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
176
TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO
DICAS
Quer saber mais sobre taxa de câmbio nominal e real? Assista ao vídeo: Taxa
de Câmbio - Conceitos, Taxa de Câmbio Nominal, Taxa de Câmbio Real, Taxa de Câmbio
Real Efetiva. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SiZYE0pXUqs.
177
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
DICAS
178
TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO
LEITURA COMPLEMENTAR
Por isso comece definindo qual o orçamento total disponível. Essa etapa
deve levar em consideração tudo que é necessário para realmente ter todas as
peças no lugar no dia esperado. É um real planejamento financeiro para que seu
evento seja um sucesso.
179
UNIDADE 3 — DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E INDICADORES FINANCEIROS
Você pode criar um checklist com todas essas prioridades e qual o nível
de gastos máximo para cada uma delas. Mas essa escolha precisa ser sempre bem
analisada e repensada para não deixar nada importante de fora, ou faltar uma
parte do orçamento para confirmar algum componente fundamental.
Isso pode causar uma grande falha no seu fluxo de caixa, podendo causar
grandes problemas antes mesmo de chegar de fato o dia do evento. Para ter um
fluxo de caixa devidamente controlado, você pode utilizar o seu sistema de gestão
empresarial. Ele possui uma das funcionalidades mais importantes para qualquer
empresa, que é a de controle financeiro. Por isso ele se torna fundamental também
para saber onde foi utilizado cada centavo na organização do seu evento.
Seu evento será anual, sempre com uma data programada para
determinada época? Isso pode facilitar na hora de conseguir descontos com seus
fornecedores. Trabalhe para firmar uma parceria não só nesse evento específico,
mas também ao longo das próximas edições.
180
TÓPICO 3 — PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO
CHAMADA
181
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os eventos formam uma das categorias em maior crescimento e por isso cada
vez é maior a exigência por qualidade e profissionalismo na sua organização.
Nesse sentido, os eventos estão ultrapassando barreiras nacionais e por isso
torna-se necessário o conhecimento da taxa de câmbio no gerenciamento
empresarial. Um exemplo clássico de megaevento é o Rock in Rio, considerado
o maior evento de música e entretenimento do mundo. O Rock in Rio é um
evento que ultrapassa fronteiras nacionais em vários aspectos.
182
AUTOATIVIDADE
a) ( ) A curto prazo.
b) ( ) Com prazos prorrogáveis.
c) ( ) Sem determinação de prazos.
d) ( ) A longo prazo.
183
c) ( ) A qualidade pode ser mensurada apenas por meio de pesquisas de
satisfação com clientes, funcionários e fornecedores, não envolvendo o
seu processo produtivo, já que com a inovação tecnológica a produção
é muito semelhante entre as empresas.
d) ( ) Qualidade em serviços é uma obrigação das empresas, não podendo
mais alterar a composição final do preço do produto ou serviço.
184
REFERÊNCIAS
ADMINISTRADORES.COM. Falta de planejamento financeiro é um dos
principais problemas do empreendedor brasileiro. 2010. Disponível em:
https://administradores.com.br/noticias/falta-de-planejamento-financeiro-e-um-
dos-principais-problemas-do-empreendedor-brasileiro. Acesso em: 8 out. 2019.
185
BTG PACTUA DIGITAL. Liquidez, o que é e para que serve. 2019. Disponível
em: https://www.btgpactualdigital.com/blog/investimentos/o-que-e-liquidez.
Acesso em: 20 nov. 2019.
186
HOJI, M.; DA LUZ, A. E. Gestão financeira e econômica: didática, objetiva e
prática. São Paulo: Atlas, 2019.
187
OLIVEIRA, M. S. de; MOREIRA, S. C. Noções de contabilidade básica para
cursos técnicos. Brasília: IFB, 2013.
188
SEBRAE Sobrevivências das empresas no Brasil, 2016. Disponível em: https://
datasebrae.com.br/sobrevivencia-das-empresas/. Acesso em 20 out. 2019
189