Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
da Física
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof a. Ma. Margaret Luzia Froehlich
530.07
F925f Froehlich, Margaret Luzia
Fundamentos e história da física / Margaret Luzia Froehlich. Indaial:
UNIASSELVI, 2018.
243 p. : il.
ISBN 978-85-515-0132-0
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico! Bem-vindo à disciplina de Fundamentos
e História da Física. A Física teve uma trajetória definida por uma via
tortuosa e cheia de bifurcações o que sempre caracterizou a Física, é o seu
compromisso com a verdade! Ela surge das discussões acirradas entre os
pensadores da antiguidade, da idade média, da renascença, de hoje e de
todos os tempos, entre aqueles que procuram explicações racionais para os
fenômenos observados.
III
A Física então seguiu o seu rumo, separada da filosofia e da religião,
criando padrões e utilizando uma linguagem cada vez mais precisa na
exposição dos problemas, de suas investigações e conclusões científicas,
descobrindo leis físicas, e aplicando-as em todos os setores da indústria e da
medicina num ritmo de desenvolvimento constante.
IV
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA........................................................... 3
VII
2.1 GRANDEZAS ESCALARES E SUAS UNIDADES...................................................................... 63
2.2 GRANDEZAS VETORIAIS ............................................................................................................ 64
2.2.1 Vetor no plano cartesiano....................................................................................................... 65
2.2.2 Propriedades dos vetores....................................................................................................... 67
2.3 DECOMPOSIÇÃO DE UM VETOR............................................................................................... 70
2.4 VELOCIDADE E SUAS UNIDADES............................................................................................. 72
2.4.1 Aceleração e suas unidades.................................................................................................... 74
2.4.2 Força e suas unidades............................................................................................................. 75
3 OPERAÇÕES COM GRANDEZAS VETORIAIS........................................................................... 76
4 SISTEMAS DE UNIDADE DE MEDIDA......................................................................................... 79
4.1 SISTEMA MKS, CGS E OUTROS................................................................................................... 79
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 80
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 81
VIII
3.3 ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL E ENERGIA CINÉTICA.................................. 145
3.4 CORPOS EM ÓRBITAS.................................................................................................................. 147
3.5 VELOCIDADE DE ESCAPE.......................................................................................................... 149
RESUMO DO TÓPICO 2 ..................................................................................................................... 150
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 151
TÓPICO 3 – FÍSICA MODERNA........................................................................................................ 155
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 155
2 MAX PLANCK..................................................................................................................................... 157
3 ALBERT EINSTEIN............................................................................................................................. 159
RESUMO DO TÓPICO 3 ..................................................................................................................... 162
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 163
IX
TÓPICO 4 – MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES........................................................ 215
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 215
2 MOVIMENTO EM TRÊS DIMENSÕES......................................................................................... 215
3 MOVIMENTO DE PROJÉTIL........................................................................................................... 220
4 VELOCIDADE RELATIVA................................................................................................................ 230
5 MOVIMENTO CIRCULAR............................................................................................................... 232
5.1 MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME MCU......................................................................... 232
RESUMO DO TÓPICO 4 ..................................................................................................................... 237
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 238
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está organizada em cinco tópicos. Em cada um deles você
encontrará diversas atividades que o(a) ajudarão na compreensão das
informações apresentadas.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento que foi estabelecido desde a antiguidade da Idade Média
e no início da renascença baseava-se em discussões filosóficas e experiências
empíricas. Nas palavras de Peduzzi (2015, p. 28):
As conquistas da ciência dos séculos XV e XVI preparam o espírito
científico do século XVII para uma ruptura definitiva com esquemas
conceituais ultrapassados. A física qualitativa, descritiva, compatível
com uma determinada maneira de ver o mundo, vai ser substituída
por uma física quantitativa e por novos métodos na ciência; o mundo
pré-newtoniano ainda persiste em se manter fechado, mas está para
perder a sua carapaça delimitadora e, em um primeiro momento,
transformar-se em um universo, se não infinito ao menos muito
extenso, sem limites definidos; as hierarquias do mundo aristotélico
não fazem mais sentido; à suposta dicotomia das físicas terrestre e
celeste insinua-se, cada vez mais intensamente, a ideia de uma única
Física capaz de reger os fenômenos em todos os domínios do universo;
o próprio homem é obrigado a repensar muitos dos seus valores, ao
ver iminente o seu habitat natural deixar a ilusória posição central no
cosmo para ser tão somente uma entidade entre um número infindável
de outras entidades existentes em um universo sem fim.
3
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
nos sentidos do que na razão; e quarta: o uso de palavras que não exprimem o
pensamento com exatidão. Foi na metafísica que ele buscou os argumentos para
a nova ciência. Acreditava num Deus eterno, infinito em sabedoria e grandeza,
fonte de toda a verdade e criador de todas as coisas, origem das ideias que o
homem possui, sendo que o livre arbítrio assegura a liberdade e a ação na busca
da verdade. Peduzzi (2015, p. 30) afirma:
Por certo, os homens da ciência se enganam ao formularem os
seus conhecimentos. Deus não é a causa desses erros. Eles já foram
devidamente decodificados por Descartes, e decorrem de formas
de agir equivocadas, de julgamentos incapazes de separar o que é
certo e distinto do que resulta obscuro e confuso. Não se erraria se
fossem estabelecidos juízos apenas sobre o que clara e distintamente
se apreende. A luz natural que Deus concedeu ao homem assegura
a viabilidade desse empreendimento. Devidamente utilizada, essa
faculdade permite discernir o verdadeiro do falso, e dessa forma evitar
o erro, quando ele se manifesta. Contudo, não cabe ao homem a procura
das causas finais, pois não é crível que um ser perfeito possa partilhar
com um ser imperfeito todos os desígnios de sua criação. Nestes
termos, e para um espírito puro e atento, o objeto da intuição segura
não precisa ser deduzido de nenhuma outra coisa. Ele aparece como
uma verdade inquestionável, capaz de desencadear a estruturação
e o desenvolvimento de novos conhecimentos. O substrato material
que dá suporte a esse empreendimento é a matemática aritmética e
geometria. O método é o dedutivo, a partir das consequências dos
pressupostos básicos estabelecidos a priori.
4
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO HISTÓRICA E MÉTODO CIENTÍFICO
Não foi só a física que se beneficiou desse método, mas também todas as
outras áreas do conhecimento, tais como a biologia, a química e a medicina.
5
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
A ciência não pode ser vista como algo acabado ou definitivo, pois apesar
de certas leis serem imutáveis, nem sempre todos os seus efeitos são amplamente
entendidos quando descobertos.
Você vai perceber, quando ensinar queda livre aos alunos, que existirão
alguns que vão teimar dizendo que o corpo mais massivo cai primeiro, mesmo
que as equações digam o contrário. Nesse caso, você terá que demonstrar isso a
eles para que se convençam.
Embora exista uma força de arrasto do ar, que é oposta à força da gravidade
sobre os corpos em queda, podemos considerá-la desprezível para alguns casos,
como, por exemplo, para os três corpos da Figura 1. Quando você os solta ao
mesmo tempo, verá que caem juntos e alcançam o solo ao mesmo tempo. Você
pode fazer essa demonstração para os alunos, peça para eles sentirem o peso de
cada um e depois faça a demonstração.
FONTE: A autora
6
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO HISTÓRICA E MÉTODO CIENTÍFICO
É nesse sentido que temos que ver o método científico como um aliado
dessa construção do saber científico. Para tanto, precisa-se criar uma postura
científica ao longo da vida. Essa postura científica é independente de gostos
pessoais, crenças ou inclinações filosóficas. Para Cervo (2002, p. 13), a postura
científica está relacionada a uma virtude intelectual.
7
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
8
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO HISTÓRICA E MÉTODO CIENTÍFICO
Dessa forma, era necessário criar um método que pudesse ser seguido
por todos os cientistas e que fornecesse conclusões confiáveis, podendo ser
reproduzido sempre que necessário para confirmar essas conclusões ou fornecer
novos aspectos a serem estudados. O método surgiu três séculos mais tarde com
o filósofo Francis Bacon, segundo Köche (1982, p. 50):
9
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
10
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO HISTÓRICA E MÉTODO CIENTÍFICO
sensor porque já havia percorrido dez centímetros e possuia uma velocidade inicial
diferente de zero. Pediu que eles reduzissem a distância do primeiro sensor até a
esfera e refizessem o experimento. Com os novos dados, recalcularam o valor da
aceleração da gravidade e constataram que o resultado se aproximou muito mais
do valor esperado, ou seja, reduzindo a distância entre o sensor e o eletroímã.
Assim, reduziram o erro experimental e eliminaram a velocidade inicial diferente
de zero, o que levou o resultado a um valor próximo da realidade.
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico, você viu que:
• O método científico surgiu para impor uma postura crítica durante o processo
de construção do conhecimento, e que as leis que os filósofos e cientistas
expuseram não podiam mais ser fruto de uma mera abordagem teórica,
baseada em deduções lógicas ou observações empíricas.
• O método científico possui algumas etapas que precisam ser cumpridas para
que os resultados possam ser considerados aceitáveis para a comprovação de
uma teoria.
12
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Francis Bacon.
b) ( ) Galileu Galilei.
c) ( ) Nicolau Copérnico.
d) ( ) Isaac Newton.
e) ( ) René Descartes.
13
4 Para Bacon (1620), o método científico deveria seguir os seguintes passos.
Relacione as duas colunas:
14
7 O método científico é muito importante na construção do saber científico,
para que ele funcione é necessário que o cientista tenha uma postura honesta
diante das questões que está estudando, muitas vezes os resultados aos
quais ele chega são bem diferentes do que os que ele gostaria que fossem.
Quando isso acontece. O melhor a fazer, segundo uma postura científica, é:
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Olá, futuro professor! Você está diante do desafio de iniciar no universo da
física, serei a sua mestra nesses passos iniciais. Você certamente tem consciência
de como é importante adquir os meios necessários para alcançar os seus alunos,
por isso que está fazendo agora a disciplina de física fundamental, o estudo das
unidades de medida.
Saiba que tudo que gira em torno dos fenômenos físicos está relacionado
a essas unidades, sem elas seria impossível fazer medidas, chegar a conclusões ou
simplesmente fazer uma estimativa verdadeira sobre um fenômeno observado.
Espero que você tenha o mesmo entusiasmo no estudo desse assunto que
eu tive para redigí-lo. Vamos começar esse estudo com uma pequena incursão
nas origens das unidades de medida para depois aprender a lidar com elas.
17
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
FIGURA 2 – CÔVADO
FONTE: A autora
FIGURA 3 – PALMO
18
TÓPICO 2 | MEDIDAS FÍSICAS E INSTRUMENTOS DE MEDIDA
Essa padronização foi sendo alcançada com o passar dos séculos, à medida
que as civilizações foram se aprimorando e o conhecimento foi sendo difundindo
entre elas. Os países mais desenvolvidos criaram comitês para discutirem esse
tema e fixarem valores para as unidades de medida que eram reproduzidas no
restante dos países.
Comprimento Metro m
Massa Quilograma g
Tempo Segundo s
FONTE: A autora
19
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
FIGURA 4 – JARDA
A Jarda
0,91 cm
Para medir uma distância podemos utilizar uma régua, por exemplo.
Como são medidas todas as outras quantidades físicas que conhecemos?
20
TÓPICO 2 | MEDIDAS FÍSICAS E INSTRUMENTOS DE MEDIDA
2.1 COMPRIMENTO
Para medir o comprimento de um ponto ao outro, basta esticar a trena
entre esses dois pontos, colocando a marcação zero no primeiro ponto, e anotar
o valor que a escala fornece na outra extremidade da trena, onde se localiza o
segundo ponto.
Você poderá pedir aos seus alunos para criarem uma unidade de medida
de comprimento baseada em alguma parte do corpo deles, o tamanho do dedo
indicador, por exemplo. Pedir para que cada aluno meça o seu próprio dedo e
depois adote essa unidade para medir a carteira em que está sentado, anotando
os resultados de cada um no quadro. Depois você pode comparar os valores
obtidos e mostrar para eles como os valores acabaram divergindo entre si e como
é importante ter uma padronização de unidades para que os valores sejam os
mesmos para todos.
21
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
2.2 MASSA
Segundo a definição newtoniana, ela pode ser entendida como a inércia
de um corpo, ou seja, a medida da resistência que um corpo oferece à mudança
em seu estado de movimento.
22
TÓPICO 2 | MEDIDAS FÍSICAS E INSTRUMENTOS DE MEDIDA
uma partícula a sua energia, foi a invariante escolhida para o trabalho. Para isso, a
conferência geral sobre pesos e medidas exige que h seja medida por, pelo menos,
dois métodos diferentes e os valores encontrados devem concordar em nível
suficientemente apurado.
23
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
acesso a uma balança de Watt, realizar as medições necessárias para exercitar sua
compreensão sobre o padrão do quilograma. Na Figura 7, pode-se observar um
pesquisador que trabalha em uma balança de Watt, que utiliza a força magnética
como contrapeso, em comparação com as balanças antigas.
FONTE: A autora
24
TÓPICO 2 | MEDIDAS FÍSICAS E INSTRUMENTOS DE MEDIDA
25
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
m
(equação 1)
V
SOLUÇÃO:
{
g
7,8
cm3
DADOS:
V 700cm3
m?
g m
7,8
cm 3
700cm3
g
m 7 ,8 700cm3 5640 g
cm 3
26
TÓPICO 2 | MEDIDAS FÍSICAS E INSTRUMENTOS DE MEDIDA
2.3 TEMPO
Desde o início das civilizações o homem teve que conviver com as
mudanças e com certos fenômenos naturais repetitivos. O dia virava noite escura
e a noite voltava a se tornar dia, trazendo consigo a luz.
27
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
FIGURA 10 – RELÓGIO
3 INSTRUMENTOS DE MEDIDA
Uma medida é a comparação de padrões, utiliza-se um padrão conhecido
como um metro e determinamos quantas vezes o metro cabe dentro da distância
que estamos medindo. Assim, podemos dizer que o instrumento de medida é um
dispositivo utilizado para quantificar grandezas físicas.
28
TÓPICO 2 | MEDIDAS FÍSICAS E INSTRUMENTOS DE MEDIDA
3.1 RÉGUA
A regua é utilizada para medir distâncias pequenas e para distâncias
maiores utiliza-se uma fita métrica ou uma trena, conforme mostra na Figura. Para a
mensuração de terrenos deve-se fazer uso do teodolito, que é um tipo de instrumento
óptico que leva em conta os ângulos verticais e horizontais na Figura 11.
FIGURA 11 – TEODOLITO
29
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
O paquímetro possui uma precisão muito maior que a trena, pois enquanto
a trena é utilizada para medir distâncias grandes, o paquímetro é utilizado para
medir distâncias muito pequenas.
3.2 BALANÇA
A balança é utilizada para medir a massa de sólidos e líquidos. Existem
muitos tipos de balanças dependendo da quantidade que se deseja medir, na
balança da Figura 13 a medida fica restrita para corpos que tenham massas entre
50 gramas e 10000 gramas.
FIGURA 13 – BALANÇA
30
TÓPICO 2 | MEDIDAS FÍSICAS E INSTRUMENTOS DE MEDIDA
3.3 CRONÔMETRO
O cronômetro é um instrumento criado para medir intervalos de tempo,
muito utilizado no laboratório de física, pois a maior parte dos experimentos
está associado a uma duração que precisa ser aferida para a observação de um
certo fenômeno. Trata-se de um relógio que mede os segundos durante um certo
intervalo e que pode ser iniciado ou interrompido conforme a medição que se
está efetuando na Figura 16.
FIGURA 16 – CRONÔMETRO
FONTE: A autora
31
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico, você viu que:
33
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Distância.
b) ( ) Densidade.
c) ( ) Volume.
d) ( ) Massa.
e) ( ) Força.
4 Quando uma faca está "cega" (não afiada), é necessária uma força maior
para descascar um abacaxi, do que quando ela está afiada. Por quê?
34
b) ( ) Porque a área de contato é menor e consequentemente é preciso uma
força maior para obter a mesma pressão sobre a casca.
c) ( ) Porque a área de contato é maior e consequentemente é preciso uma
força menor para obter a mesma pressão sobre a casca.
d) ( ) Porque a área de contato é menor e consequentemente é preciso uma
força menor para obter a mesma pressão sobre a casca.
e) ( ) Nenhuma das alternativas está correta.
I - Temperatura.
II - Distância.
III - Pressão.
IV - Força.
V - Tempo.
VI - Massa.
( ) Balança.
( ) Termômetro.
( ) Dinamômetro.
( ) Paquímetro.
( ) Manômetro.
( ) Cronômetro.
a) ( ) 2,33 m.
b) ( ) 2,30 m.
c) ( ) 2,3 m.
d) ( ) 2,330 m.
e) ( ) 2 m.
35
d) ( ) É um tipo de calor.
e) ( ) É uma grandeza associada ao grau de agitação das partículas do
corpo, quanto mais agitadas as partículas de um corpo, menor é a sua
temperatura.
a) ( ) 2 x 105 Pa.
b) ( ) 1,02 x 105 Pa.
c) ( ) 2,01 x 103 Pa.
d) ( ) 1,02 x 103 Pa.
e) ( ) 2,0 x 106 Pa.
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
NOTAÇÃO CIENTÍFICA
1 INTRODUÇÃO
Atualmente são realizados cálculos, tanto no ramo da tecnologia quanto
da ciência, que envolvem grandezas físicas com valores muito pequenos, relativos
às dimensões atômicas, ou muito grandes, relativos às dimensões de galáxias
(BAPTISTA, 2001).
0,00000000000000000000000000000000000000000001
37
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
Mainúsculas
Unidades α β γ δ ε ς ζ η θ
Letras
Dezenas ι κ λ µ ν ξ ο π ϙ
Centenas ρ σ υ ϕ χ ψ ω ϡ
Unidades А В Г ∆ Е ׆ Ζ H Θ
Maiúsculas
Letras
Dezenas Ι Κ Λ Μ Ν Ξ Ο Π ˁ
Centenas P Σ T Y ф X Ψ Ω m
Minúscula ֽα ֽβ ֽγ ֽδ ֽε ֽς ֽζ ֽη ֽθ
Maiúscula ӀА ӀB ӀΓ ӀΛ ӀΕ Ӏ׆ ӀΖ ӀΗ ӀΘ
38
TÓPICO 3 | NOTAÇÃO CIENTÍFICA
2 ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
Escrever um número utilizando uma potência de dez facilita a sua
visualização. Os alunos costumam encontrar alguma dificuldade ao resolver
problemas em que as grandezas têm as suas intensidades expressas em potência
de dez. Por essa razão, você, como professor de física, precisa ajudá-los a superar
essa dificuldade.
39
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
40
TÓPICO 3 | NOTAÇÃO CIENTÍFICA
Depois do algarismo duvidoso não pode haver mais nenhum número. Não
faria sentido algum escrever 34,92 ou 35,05, o quarto número que está aparecendo
depois do algarismo duvidoso não faz nenhum sentido. Só podemos presumir
um número entre as marcas da graduação e estimar um segundo número seria
um absurdo.
FIGURA 18 – TERMÔMETRO
41
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
42
TÓPICO 3 | NOTAÇÃO CIENTÍFICA
xi x
2
D
n 1
0,3008 ± 0,0020 ms
Primeiro caso: o número que você deseja eliminar do valor total é maior
que cinco.
Exemplos:
a) 34,56 = 34,6.
b) 102, 4765 = 102,5.
c) 69,0002 = 70.
d) 0,00020066 = 0,000201.
e) 4,9942100 = 5,0.
43
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
f) 7092,0037 = 7092,004.
g) 0,093506 = 0,094.
Segundo caso: o número que você deseja eliminar do valor total é menor
que cinco.
Exemplos:
a) 34,54 = 34,5.
b) 102, 4365 = 102,4.
c) 62,0002 = 60.
d) 0,000074 = 0,00007.
e) 0,002014 = 0,002.
f) 9,0032 = 9,00.
Terceiro caso: o número que você deseja eliminar do valor total é igual a cinco.
Exemplos:
a) 34,552 = 34,6.
b) 34,55 = 34,6.
c) 102, 4565 = 102,4.
d) 65,3002 = 60.
e) 75,00 = 80.
f) 0,00151 = 0,002.
g) 0,032050 = 0,0320.
44
TÓPICO 3 | NOTAÇÃO CIENTÍFICA
45
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
a) 2,000 m x 9,00 m =
(2,000m) x (9,00m) = 18,00m2
b) 14,0 m x 2,0 m2 =
(14,0m) x (2,0m2) = 28,0m3
kg . m
14, 534kg 9, 81 sm 142, 58
2
s2
a) 36,0 m3 : 2,000 m =
36 ,0m3
= 18 ,0m2
2 ,000m
46
TÓPICO 3 | NOTAÇÃO CIENTÍFICA
Um valor muito alto como 299000000 m/s ou um valor muito baixo como
0,00000000000000000031 kg são visualizados mais facilmente se escritos numa
potência de dez. O resultado fica 299 x 106 m/s para o primeiro valor e 31 . 10-20 kg.
47
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
TABELA 4 – POTÊNCIAS DE 10
Número Potência de 10
1 100
10 101
100 102
1000 103
10000 104
100000 105
1000000 106
10000000 107
100000000 108
1000000000 109
10000000000 1010
0,0000000001 10-10
0,000000001 10-9
0,00000001 10-8
0,0000001 10-7
0,000001 10-6
0,00001 10-5
0,0001 10-4
0,001 10-3
0,01 10-2
0,1 10-1
FONTE: A autora
48
TÓPICO 3 | NOTAÇÃO CIENTÍFICA
Uva 3 x 10-3
Grão de poeira 7 x 10-10
Molécula de
5 x 10-17
penicelina
Átomo de urânio 4 x 10-25
Próton 2 x 10-27
Elétron 9 x 10-31
TABELA 6 – POTÊNCIAS DE 10
FONTE: A autora
49
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
a) 4,05 µm + 0,4 mm
4,05 x 10-6 m + 0,4 x 10-3 m
0,0405 x 10-4 m + 4 x 10-4 m
4,0405 x 10-4 m
50
TÓPICO 3 | NOTAÇÃO CIENTÍFICA
a) 4,05 cm - 400,00 mm
4,05 x 10-2 m - 400 x 10-3 m
405 x 10-4 m - 4000 x 10-4
- 3595 x 10-4 m = - 3,595 x 10-1 m
51
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
a) 4,05 µm x 400,00 mm =
(4,05 x 10-6 m) x (400,00 x 10-3 m) = 1620 x 10-9 m2
52
TÓPICO 3 | NOTAÇÃO CIENTÍFICA
53
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você viu que:
54
AUTOATIVIDADE
32,53=
a) ( ) 32,5.
b) ( ) 32,6.
c) ( ) 33.
d) ( ) 33,5.
e) ( ) 32,3.
122, 3735=
a) ( ) 122,3.
b) ( ) 122,4.
c) ( ) 122,5.
d) ( ) 122,7.
e) ( ) 122.
89,300=
a) ( ) 89.
b) ( ) 90.
c) ( ) 89,3.
d) ( ) 90,0.
e) ( ) 9.
0,00220086=
a) ( ) 0,0022008.
b) ( ) 0,0022009.
c) ( ) 0,002201.
d) ( ) 0,002200.
e) ( ) 0,0022.
2,9902100=
a) ( ) 3,0.
b) ( ) 2,9.
c) ( ) 3,1.
d) ( ) 2,99.
e) ( ) 3,01.
55
7092,0033=
a) ( ) 7092,003.
b) ( ) 7092.
c) ( ) 7092,00.
d) ( ) 7092,0.
e) ( ) 7092,002.
0,082701=
a) ( ) 0,083.
b) ( ) 0,082.
c) ( ) 0,0827.
d) ( ) 0,08.
e) ( ) 0,1.
0,03 cm + 45,0 lb =
a) ( ) 45,03 cm.
b) ( ) 45,03 lb.
c) ( ) 45,0 cm lb.
d) ( ) 45,03 cm/lb.
e) ( ) Erro (não se pode somar grandezas com unidades diferentes).
0,93 cm – 0,030 cm =
a) ( ) 0,900 cm.
b) ( ) 0,090 cm.
c) ( ) 0,960 cm.
d) ( ) 0,096 cm.
e) ( ) 0,90.
56
34,22 m – 4,21 m =
a) ( ) 30,01 m.
b) ( ) 31,00 m.
c) ( ) 38,43 m.
d) ( ) 38,00 m.
e) ( ) 30,00 m.
0,402 lb – 3,4 lb =
a) ( ) 0,0076 lb.
b) ( ) 0,222 lb.
c) ( ) – 3,0 lb.
d) ( ) – 3,022 lb.
e) ( ) – 3,822 lb.
5,02 N x 10 m =
a) ( ) 50,2 Nm.
b) ( ) 50 Nm.
c) ( ) 50,2 N/m.
d) ( ) Erro (não se pode multiplicar grandezas com unidades diferentes).
e) ( ) 502 N/m.
2 m x 0,3333 m =
a) ( ) 0,6666 m2.
b) ( ) 0,6666 m.
c) ( ) 6666 m3.
d) ( ) 1 m2.
e) ( ) 2,3333 m.
0,5034 =
a) ( ) 4.
b) ( ) 5.
c) ( ) 3.
d) ( ) 2.
e) ( ) 6.
34005 =
a) ( ) 5.
b) ( ) 3.
c) ( ) 2.
d) ( ) 6.
e) ( ) 4.
57
0,0000031 =
a) ( ) 7.
b) ( ) 8.
c) ( ) 2.
d) ( ) 5.
e) ( ) 3.
1,003 =
a) ( ) 3.
b) ( ) 4.
c) ( ) 2.
d) ( ) 5.
e) ( ) 1.
0,0003001 =
a) ( ) 8.
b) ( ) 7.
c) ( ) 4.
d) ( ) 2.
e) ( ) 5.
0,03 cm + 5, 24 lb =
a) ( ) 5,27 cmlb.
b) ( ) 5,3 cmlb.
c) ( ) Erro (não se pode somar grandezas com unidades diferentes).
d) ( ) 5,27 cm/lb.
e) ( ) 5,3 cm/lb.
2,0 m x 9,00 m =
58
a) ( ) 18,0 m2.
b) ( ) 18 m2.
c) ( ) 18,00 m2.
d) ( ) 18,0 m.
e) ( ) 18 m.
14,0 m x 2,00 m2 =
a) ( ) 28,0 m3.
b) ( ) 28 m3.
c) ( ) 28,00 m3.
d) ( ) 28,0 m.
e) ( ) 28 m.
10,00 N x 24,3 m =
a) ( ) 243 Nm.
b) ( ) 243 N/m.
c) ( ) 243,0 Nm.
d) ( ) 243,0 N/m.
e) ( ) 240 Nm.
40,0 m2 : 2,0 m=
a) ( ) 20 m.
b) ( ) 20,0 m.
c) ( ) 20 m3.
d) ( ) 20,0 m3.
e) ( ) 21,0 m.
4,00 N : 4 m=
a) ( ) 1 N/m.
b) ( ) 1 Nm.
c) ( ) 1,0 N/m.
d) ( ) 1,0 Nm.
e) ( ) 10 Nm.
28,4 m : 2,0 m=
a) ( ) 14,2 m2.
b) ( ) 14.
c) ( ) 14 m2.
d) ( ) 14,2.
e) ( ) Erro (não se pode dividir grandezas com a mesma unidade).
59
501,4 m : 10,0 s=
a) ( ) 50,14 m/s.
b) ( ) 50,1 m/s.
c) ( ) 50 m/s.
d) ( ) 50 ms.
e) ( ) 50,1 ms.
30 µC =
a) ( ) 30 x 106 C.
b) ( ) 30 x 10-6 C.
c) ( ) 30 x 10-3 C.
d) ( ) 30 x 103 C.
e) ( ) 30 x 109 C.
45 nm =
a) ( ) 45 x 10-9 m.
b) ( ) 45 x 109 m.
c) ( ) 45 x 10-6 m.
d) ( ) 45 x 106 m.
e) ( ) 45 x 10-3 m.
2 GJ =
a) ( ) 2 x 1010 J.
b) ( ) 2 x 109 J.
c) ( ) 2 x 10-10 J.
d) ( ) 2 x 10-9 J.
e) ( ) 2 x 106 J.
12 MW =
a) ( ) 12 x 106 W.
b) ( ) 12 x 10-6 W.
c) ( ) 12 x 109 W.
d) ( ) 12 x 10-9 W.
e) ( ) 12 x 103 W.
50 ml =
a) ( ) 50 x 10 -3 l.
b) ( ) 50 x 10 3 l.
c) ( ) 50 x 10 -9 l.
d) ( ) 50 x 10 6 l.
e) ( ) 50 x 10 -6 l.
60
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Com o passar dos séculos e a necessidade de entendimento entre diferentes
nações durante as transações comerciais e a divulgação de dados científicos, foram
criadas padronizações diferentes para as medidas físicas, e com o tempo criaram-
se sistemas de medidas que foram substituídos por outros, até que se chegasse
a um consenso no emprego das unidades, e três desses sistemas prevaleceram: o
CGS, o MKS e o SI, sendo os dois últimos praticamente iguais.
Nesse tópico você vai aprender o que são grandezas físicas e como deve
dimensioná-las. Verá que existem diferenças entre grandezas conhecidas como
escalares e grandezas conhecidas como vetoriais. ,Por fim, algumas operações
matemáticas importantes com essas grandezas.
61
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
[X] = LT-2
Generalizando, temos:
[X] = MαLβTχ
Exemplos:
62
TÓPICO 4 | GRANDEZAS FÍSICAS E SISTEMAS DE MEDIDA
GRANDEZA UNIDADES
Tempo s (segundos) min (minutos) h (hora)
Temperatura K (Kelvin) C (graus Celsius)
0 0
F (graus Fahreneit)
Volume m (metros cúbicos)
3
l (litros) Pés3
Massa kg (quilogramas) lb (libras) ton (toneladas)
Energia J (Joules) cal (calorias) kWh (quilowatt-hora)
Potência W(Watts) hp(horse power) cal/s (calorias por segundo)
Kg/ m (quilogramas
3
Lb/pés (libras por
3
lb/pol3 (libras por polegadas
Densidade
por metros cúbicos) pés cúbicos) cúbicas)
FONTE: A autora
AUTOATIVIDADE
a) 30 s + 50 s =
b) 10 l – 2 l =
c) 102 J + 5 J =
d) 45 kg – 5 kg =
a) 3 h + 30 min + 70 s =
3 3600 10800
63
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
30 60 1800
50 kg
c) 50 kg/m3 x 10 m3 = 10m3 500 kg
m3
d) 50 kg : 2kg = 25
64
TÓPICO 4 | GRANDEZAS FÍSICAS E SISTEMAS DE MEDIDA
B(5,7)
A(-5,4)
x
C(-3,-3)
D(2,-7)
FONTE: A autora
Esse sistema é chamado de sistema cartesiano porque foi criado por René
Descartes.
FONTE: A autora
→
J
→ x
i
FONTE: A autora
66
TÓPICO 4 | GRANDEZAS FÍSICAS E SISTEMAS DE MEDIDA
R v1 v2 Equação (7)
FONTE: A autora
Por exemplo:
v1 3,5m /s v2 4m /s
67
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
3,5m 4m
R 7 ,5m /s
s s
FONTE: A autora
Por exemplo:
v1 4m /s v2 2m /s
4m 2m
R 2m /s
s s
68
TÓPICO 4 | GRANDEZAS FÍSICAS E SISTEMAS DE MEDIDA
Por exemplo:
v1 3,0m /s v2 4 ,0m /s 300
2 2 2
3,0m 4 ,0m 3,0m 4 ,0m
R 2 cos30 = 45 ,785m /s
0 2 2
s s s s
R 45 ,758 6 ,8m /s
→ →
V1 R
�
→
V2
FONTE: A autora
Por exemplo:
v1 3,0m /s v2 4 ,0m /s
2 2 2
3,0m 4 ,0m
R 25m /s
2 2
s s
R 25m2 /s2 5 ,0m /s
69
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
→
v�
vy
θ
vx x
FONTE: A autora
vx v cos Equação (8)
vy v sen Equação (9)
vy
tg Equação (10)
vx
Note que as equações (8) e (9) determinam as componentes e a equação
(10) o ângulo do vetor v em relação ao eixo x positivo.
70
TÓPICO 4 | GRANDEZAS FÍSICAS E SISTEMAS DE MEDIDA
→
v�
vy
θ
vx x
FONTE: A autora
10m/s
vy
30o
vx x
Solução:
v 10m /s 300
vx v cos
vx = 10 cos300
vx = 8 ,66m /s
vy v sen
vy = 10 sen300
vy = 5 ,00m /s
71
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
Não cometa esse erro! Se o ângulo estiver entre o vetor v e o eixo y e você
o utilizar, vy passa a ser o cateto adjacente e, portanto, ele que estará associado ao
cosseno. Por isso, é melhor encontrar o ângulo θ com a direção x.
GRANDEZA UNIDADES
m/s (metros por km/h (quilômetros
Velocidade pés/s (pés por segundos)
segundos) por hora)
cm/s2 (centímetros
m/s2 (metros por
Aceleração por segundo ao pés/s (pés por segundo)
segundo ao quadrado
quadrado)
Força N (Newtons) dinas (dinas) kgf (quilogramas força)
Ib/pés2 (libras por pés ao
Pressão Pa (Pascal) atm (atmosferas)
quadrado)
N/C (Newton por V/m (Volts por
Campo Elétrico
Coulomb) metros)
Campo Magnético T (Tesla) gauss (gauss)
FONTE: A autora
72
TÓPICO 4 | GRANDEZAS FÍSICAS E SISTEMAS DE MEDIDA
FIGURA 30 – VELOCÍMETRO
40 50
30 60
20
70
10 60 80 80
40 100
20 120
0 0 140 90
MPH 160
km/h 180 100
110
120
v1 3m /s v2 4m /s
v1 3 3,6 10 ,8km /h
v2 4 3 6 14 ,4 km /h
72
= 20m /s
3,6
Se o movimento não for translação (em linha reta) e sim uma rotação (circular),
como os banquinhos da roda gigante na Figura 31, a velocidade angular ω,
ω = ∆θ / ∆t
73
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
π 0
2π
3π/2
FONTE: Disponível em: <https://pixabay.com/pt/noria-atração-céu-luz-turismo-2374432/>. Acesso
em: 25 junh. 2017.
74
TÓPICO 4 | GRANDEZAS FÍSICAS E SISTEMAS DE MEDIDA
75
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
A força é uma ação que se faz sobre a matéria e que pode ou não alterar
o estado dessa matéria, produzindo algumas vezes uma deformação e em outras
uma alteração em seu estado de movimento. As vezes a força atua apenas no
sentido de impedir a deformação ou o movimento.
Muitas vezes você terá que somar todas as forças que atuam sobre um
sistema para poder determinar se esse sistema está em equilíbrio ou não.
→ → → →
u = x1 i + y1 j + z1 k
→ → →
v = x2 i + y 2 j + z 2
u v = x1 x2 + y1 y 2 + z1 z2
u v = u v cos
76
TÓPICO 4 | GRANDEZAS FÍSICAS E SISTEMAS DE MEDIDA
→ →
F d
FONTE: A autora
W = F d Equação (11)
W = F d cos Equação (12)
Por exemplo: qual o trabalho de uma foça de 10,0 N que atua sobre uma
caixa como mostra na Figura 33, formando um ângulo de 30 º com a direção
horizontal, sabendo que ela se deslocou 2,0 m horizontalmente?
F 10 ,0 N d 2 ,0m 300
W = F d cos
W 10 ,0 N 2 ,0m cos300
W 10 ,0 N 2 ,0m 0 ,866
W = 17 ,321Nm
u v y1z2 z1 y2 i x1z2 z1x2 j x1 y2 y1x2 k
77
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
u x v u v sen
→ →
F d
θ
eixo → →
F d
FONTE: A autora
F d Equação (13)
F d sen Equação (14)
Exemplo: qual é o torque de uma foça de 10,0 N que atua sobre uma haste
como mostra na Figura 34, formando um ângulo de 30 ° com a direção definida
entre o pivo e o ponto de contato da força, sabendo que a distância em que ela
atua até o eixo de rotação é de 2,0 m?
F 10 ,0 N d 2 ,0m 300
F d sen
78
10 ,0 N 2 ,0m sen300
10 ,0 N 2 ,0m 0 ,500
10Nm
Note que nos dois casos tivemos que multiplicar força e distância, e que
dependendo do tipo de produto que você aplicar terá resultados diferentes. No
primeiro caso, utiliza-se o produto escalar e obtém-se o trabalho da força, no
segundo caso aplica-se o produto vetorial e obtém-se o torque da força.
79
RESUMO DO TÓPICO 4
• Para somar dois vetores precisa levar em conta a direção e o sentido que cada
vetor possui. Por isso, uma soma de vetores não é uma simples soma algébrica
como no caso de grandezas escalares.
80
AUTOATIVIDADE
81
4 Assinale a opção correta que apresenta exemplos apenas de grandezas
físicas vetoriais:
a) ( ) 12 m/s.
b) ( ) 10 m/s.
c) ( ) 14 m/s.
d) ( ) 8,5 m/s.
e) ( ) 1,0 m/s.
a) ( ) 12 m/s.
b) ( ) 10 m/s.
c) ( ) 14 m/s.
d) ( ) 8,5 m/s.
e) ( ) 1,0 m/s.
20m/s
vy
60o
vx x
a) ( ) vx = 10 m/s e vy = 17 m/s.
b) ( ) vx = 17 m/s e vy = 10 m/s.
c) ( ) vx = 40 m/s e vy = 23 m/s.
82
d) ( ) vx = 23 m/s e vy = 40 m/s.
e) ( ) vx = 10 m/s e vy = 23 m/s.
a) ( ) pés/s2, m/s.
b) ( ) km/h, m/s.
c) ( ) m/s2, rad/s2.
d) ( ) km/h2, Nm.
e) ( ) rad/s, Pa.
a) ( ) pés/s2, m/s.
b) ( ) km/h, m/s.
c) ( ) m/s2, rad/s2.
d) ( ) rad/s, m/s.
e) ( ) km/h2, Nm.
a) ( ) Dinâmica e estática.
b) ( ) Cinemática.
c) ( ) Temodinâmica.
d) ( ) Teoria cinética.
e) ( ) Eletricidade.
83
12 Calcule o trabalho de uma foça de 20 N que atua formando um ângulo de
20 ° com a direção do deslocamento e que produziu um deslocamento 4,0
m. Assinale a opção correta:
a) ( ) 27 J.
b) ( ) 75 J.
c) ( ) 80 J.
d) ( ) 47 J.
e) ( ) 13 J.
a) ( ) 80 Nm.
b) ( ) 75 Nm.
c) ( ) 27 Nm.
d) ( ) 75 N/m.
e) ( ) 27 N/m.
a) ( ) Pa, N, m/s.
b) ( ) mg, 0C, h.
c) ( ) g, K, s.
d) ( ) kg, m, s.
e) ( ) kg, m/s, h.
84
UNIDADE 1
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Na maior parte dos livros de física que você irá adotar para ensinar os seus
alunos, as unidades estão representadas no Sistema Internacional de Unidades (SI).
Você vai trabalhar com ele a conversão de um sistema para outro. Assim,
quando ele encontrar uma unidade no seu dia a dia poderá fazer a conversão
corretamente, porque na indústria e no comércio ainda existem muitas unidades
expressas em outros sistemas.
85
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
TABELA 9 – UNIDADES DO SI
As Unidades Fundamentais do SI
86
TÓPICO 5 | UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI)
87
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
Você precisa saber como cada unidade é formada, a melhor maneira de nunca
perder de vista, é possuir um livro consolidado internacionalmente para consulta.
1km
1
1000m
1km
34000m 34 km
1000m
1000m
2 ,5km 2500m
1km
88
TÓPICO 5 | UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI)
Para ficar bem claro como aplicar o fator de conversão, vamos praticar nas
próximas seções. Se você conseguir desenvolver a habilidade de usá-lo, terá mais
segurança ao efetuar os cálculos dos problemas de física e dificilmente cometerá
erros ao fazê-los no quadro sem tê-los resolvido em casa previamente.
Conversão de comprimento
a) 100,0 km em milhas.
0 ,6214milhas
100 ,0 km 62 ,14 milhas
1km
89
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
b) 30 pés em polegadas
12 polegadas
30 pés 360 polegadas
1pé
1609m
10milhas 16090m
1milhas
Conversão de área
Área
METROS2 cm2 pés2 polegadas2
1 METRO QUADRADO = 1 104 10,76 1550
1 centímetro quadrado = 10 -1
1 1,076 x 10 -3
0,1550
1 pé quadrado = 9,290 x 10 -2
929,0 1 144
1 polegada quadrada = 6,452 x 10 -4
6,452 6,944 x 10 -3
1
1 milha quadrada = 2,788 x 10 pés = 640 acres
7 2
1 acre = 43.560 pés
1 bam = 10-28 m2 1 hectare = 104 m2 = 2,471 acres
0 ,1550 pol 2
100 ,0cm2 15 ,50 pol
2
1cm
2
90
TÓPICO 5 | UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI)
1pol 2
100 ,0cm2 15 ,499 pol
2
2
6 ,452 cm
640acres
35 ,0milhas2 2
2 ,24 104 acres
1milhas
104 m2
800 cm2 2
8 ,00 102 m2
1cm
1hectare 1m
2
Conversão de volume
91
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
Área
cm3 L pés3 polegadas3
METROS3
1 METRO CÚBICO = 1 106 1000 35,31 6,102 x 104
1 centímetro cúbico = 10-6 1 1,000 x 10-3 3,531 x 10-5 6,102 x 10-2
1 litro = 1,000 x 10-1 1000 1 3,531 x 10-2 61,02
1 pé cúbico = 2,832 x 10 -2
2,832 x 10 4
28,32 1 1728
1 polegada cúbica = 1,639 x 10 -4
16,39 1,639 x 10 -2
5,787 x 10 -4
1
1 galão americano = 4 quartos de galão americano = 8 quartilhos americanos = 128 onças fluidas
americanas = 231 polegadas3
1 galão imperial britânico = 277,4 polegadas3 = 1,201 galão americano
1,000 103 L
100 ,0cm3 0 ,1L
1cm3
1m3
20000 L 20m
3
1000 L
Conversão de massa
92
TÓPICO 5 | UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI)
Massa
As grandezas nas áreas sombreadas não são unidades de massa, mas são frequentemente usadas com tal. Assim, por
exxemplo, quando escrevemos 1 kg"m" 2,205 lb, isso significa que um quilograma é a massa que pesa 2,205 libras em um local
onde g tem o valor padrão de 9,80665 m/g2.
g QUILOGRAMAS slugs u onças libras toneladas
1 grama = 1 0,001 6,852 x 10-5 6,022 x 1023 3,527 x 10-2 2,205 x 10-3 1,102 x 10-6
1 QUILOGRAMA = 1000 1 6,852 x 10 -2
6,022 x 10 26
35,27 2,205 1,102 x 10-3
1 slug = 1,459 x 10 4
14,59 1 8,786 x 10 27
514,8 32,17 1,609 x 10-2
1 unidade de
massa atômica = 1,661 x 10-24 1,661 x 10-27 1,138 x 10-28 1 5,857 x 10-26 3,662 x 10-27 1,830 x 10-30
1 onça = 28,35 2,835 x 10-2 1,943 x 10-3 1,718 x 1025 1 6,250 x 10-7 3,125 x 10-5
1 libra = 453,6 0,4536 3,108 x 10 -2
2,732 x 10 26
16 1 0,0005
1 tonelada = 9,072 x 105 907,2 62,16 5,463 x 1029 3,2 x 104 2000 1
1 tonelada métrica = 1000 kg
a) 150,0 g em libras.
2 ,205 103 libras
150 ,0 g 0 ,3300libras
1g
b) 25000 kg em toneladas.
1102
, 106 toneladas
2500000 kg 2 ,755toneladas
1kg
1kg
70 ,54onças 2 ,000 kg
35 ,27 onçcas
Conversão de pressão
93
UNIDADE 1 | FUNDAMENTOS E HISTÓRIA DA FÍSICA
1 dina por
9,869 x 10-7 1 4,015 x 10-4 7,501 x 10-5 0,1 1,405 x 10-5 2,089 x 10-3
centímetros2
1 polegada de
2,458 x 10-3 2492 1 0,1868 249,1 3,613 x 10-2 5,202
água a 4oC
1 centimetro
de mercúrio 1,316 x 10-2 1,333 x 104 7,501 x 10-4 1 1333 0,1934 27,85
a 0oC
1 Pascal 9,869 x 10-6 10 4,015 x 10-3 7,501 x 10-4 1 1,405 x 10-4 2,089 x 10-2
1 libra por
6,805 x 10-4 6,895 x 104 27,68 5,171 6,895 x 103 1 144
polegada2
1 Libra por pé2 4,725 x 10-4 478,8 0,1922 3,591 x 10-2 47,88 6,944 x 10-3 1
1Pa
130 ,0 polegadas de água 3,238 10 Pa
4
4 ,015 10 3
polegadas de água
b) 10 atm em Pa.
1,013 105 Pa
10atm 1,013 10 Pa
6
1atm
2 ,352libras 47 ,88Pa
, 102 Pa
1126
pé 2
1libras
pé 2
94
TÓPICO 5 | UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI)
Conversão de força
Quando você ensinar sobre as leis de Newton verá que as duas unidades
mais utiizadas são Newton (N) e quilogramas-força (kgf), Tabela 16. Vamos fazer
algumas conversões entre as unidades de força para praticar:
Força
As unidades de força nas áreas sombreadas são atualmente pouco usadas. 1 grama-força (= 1 gf) é a força
da gravidade que atua sobre um objeto cuja massa é 1 grama em um local onde g possui o valor padrão de
9,80665 m/s2.
dinas NEWTONS libras poundals gf kgf
1 dina = 1 10 -5
2,248 x 10 -6
7,233 x 10 -5
1,020 x 10 -3
1,020 x 10-6
1 NEWTON = 10 5
1 0,2248 7,233 102,0 0,1020
1 libra = 4,448 x 10 5
4,448 1 32,17 453,6 0,4536
1 poundal = 1,383 x 104 0,1383 3,108 x 10-2 1 14,10 1,410 x 102
1 grama-força = 980,7 9,807 x 10-3 2,205 x 10-3 7,093 x 10-2 1 0,001
1 quilograma-força = 9,807 x 10 5
9,807 2,205 70,93 1000 1
1 tonelada = 2000 lb
a) 9807 N em kgf.
1kgf
9807 N 1000 kgf
9 ,807 N
b) 45kgf em N.
9 ,807 N
45kgf 4 ,4 10 N
2
1 kgf
c) 352 libras em N.
4 ,448N
352libras 1,57 10 N
3
1 libra
95
RESUMO DO TÓPICO 5
Nesse tópico, você viu que:
• Existe um sistema de unidades chamado SI, com o qual você vai se deparar
no seu universo de professor em que vão aparecer unidades expressas nesse
sistema na maior parte dos textos,
• É importante adotar um livro texto que possa lhe servir de consulta nos casos
mais difíceis, quando a discusão através de um livro do segundo grau não
alcança toda a plenitude que deveria.
96
AUTOATIVIDADE
a) ( ) ampère (A), segundo (s), quilograma (kg), metros por segundo (m/s).
b) ( ) kelvin (K), metros por segundo (m/s), newtons (N),
pascal (Pa).
c) ( ) mol (mol), pascal (Pa), kelvin (K), metros cúbicos (m3).
d) ( ) ampère (A), kelvin (K), mol (mol), candela (cd).
e) ( ) candela (cd), metros cúbicos (m3), mol (mol), pascal (Pa).
a) ( ) 1,372 m.
b) ( ) 21260 m.
c) ( ) 2,126 m.
d) ( ) 1372 m.
e) ( ) 2,13 m.
a) ( ) 9,294 m2.
b) ( ) 1076 m2.
c) ( ) 1100 m2.
d) ( ) 9,300 m2.
e) ( ) 10,76 m2.
97
6 Converta 81 litros em m3 e assinale a alternativa correta.
a) ( ) 1,5 x 1027 u.
b) ( ) 1,5 x 10-27 u.
c) ( ) 4,15 x 10-27 u.
d) ( ) 4,15 x 1027 u.
e) ( ) 5 x 1027 u.
a) ( ) 0,26 atm.
b) ( ) 1520 atm.
c) ( ) 3,0 atm.
d) ( ) 2,6 atm.
e) ( ) 1,5 atm.
a) ( ) 2001kgf.
b) ( ) 192290kgf.
c) ( ) 2,000kgf.
d) ( ) 192,290kgf.
e) ( ) 20,01kgf.
a) ( ) 102N.
b) ( ) 9804N.
c) ( ) 98,04N.
d) ( )1020N.
e) ( ) 9,804N.
98
UNIDADE 2
A HISTÓRIA DA FÍSICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em três tópi-
cos de conteúdos. Ao longo de cada um deles, você encontrará sugestões e di-
cas que visam potencializar os temas abordados e ao final de cada um, estão
disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas estudados.
99
100
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Estamos começando mais uma jornada rumo ao emocionante mundo da
física. Estamos cientes das dificuldades que existem no tocante às disciplinas
de Física apresentadas no decorrer do curso e de como foram abordadas no
Ensino Médio.
101
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
Outro aspecto que faz o aluno ter um baixo desempenho na resolução dos
problemas de física está relacionado à sua falta de conhecimento da matemática.
Dificuldade que, associada à sua falta de reflexão e pensamento crítico, aumenta
ainda mais o seu desinteresse pela disciplina de Física.
102
TÓPICO 1 | OS PRIMEIROS FÍSICOS DA HISTÓRIA
Podemos fazer tudo isso com os nossos celulares. Sem falar no whatsapp,
que facilitou a comunicação com muitas pessoas ao mesmo tempo.
103
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
Doenças que sequer podiam ser diagnosticadas, hoje em dia são tratadas,
e muitas vidas são salvas por meio da interação dos cientistas das áreas de saúde
com pacientes, engenheiros, físicos, químicos, graças aos avanços da ciência.
Por isso, peço a você que estude esta unidade com carinho e incentive os
seus alunos, no futuro, a questionar e investigar a verdade.
2 CIÊNCIA
O que é ciência?
104
TÓPICO 1 | OS PRIMEIROS FÍSICOS DA HISTÓRIA
As respostas a esta questão eram as mais variadas. Para Tales, era a água;
para Anaxímenes, o ar; Demócrito afirmava que era o átomo; para Empédocles,
eram os quatro elementos: terra, ar, água e fogo. Pitágoras (filósofo da Jônia)
considerava que o número era o princípio de todas as coisas. A harmonia da
natureza seria feita à imagem e harmonia dos números.
3 ARQUIMEDES DE SIRACUSA
“Dai-me um ponto de apoio e levantarei o mundo” (Arquimedes, sec. III a.C).
105
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
com filhos ou esposa. Ficou famoso pelas invenções de máquinas que foram
usadas na defesa de Siracusa durante a guerra (BARBOSA; BREITSCHAFT,
2005). Entre elas, o “Raio de Calor”, como ficou conhecida, um dispositivo
projetado com espelhos de metal polido, posicionados estrategicamente de
modo a refletir a luz do Sol sobre os navios atracados nas proximidades de
Siracusa, durante o cerco promovido pelos romanos (ocorrido em 214-212 a.
C.). Outro invento que se tornou famoso foi a “Garra de Arquimedes”, que
funcionava como um guindaste formado por uma haste, uma corda reforçada e
um gancho em sua ponta, usado para içar embarcações. O canhão à vapor, que
lançava projéteis em alta velocidade, e a besta de repetição, que se tratava de
uma evolução das bestas preexistentes pela possibilidade de armazenamento de
flechas extras, tornando a operação mais rápida, também são invenções bélicas
creditadas ao inventor grego.
Arquimedes foi morto por um soldado em 212 a.C, durante uma guerra,
enquando estava desenhando círculos na poeira do chão. Quando notou a
aproximação do soldado, teria dito a ele para não estragar as suas circunferências.
Em seu túmulo, localizado em Siracusa, há uma escultura que ilustra um de seus
teoremas, que trata da relação entre as áreas e os volumes de uma esfera (E) de
raio R contida em um cilindro (C) cuja altura corresponde a duas vezes o raio da
esfera, de modo que a razão entre os (VE/ VC) = (AE/ AC) = (2/3).
FIGURA 36 – ESFERA
106
TÓPICO 1 | OS PRIMEIROS FÍSICOS DA HISTÓRIA
4 ARISTÓTELES
“O ignorante afirma, o sábio dúvida, o sensato reflete” (Aristóteles, sec.
V a.C.).
Aristóteles viveu entre 384 a.C. e 322 a.C. na Grécia. Ele foi discípulo de
Platão, era um filósofo que se dedicava ao estudo de vários assuntos, sendo a
física um deles.
107
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
FIGURA 37 – ARISTÓTELES
108
TÓPICO 1 | OS PRIMEIROS FÍSICOS DA HISTÓRIA
Para que o corpo seja deslocado de seu lugar natural, aplica-se a ele
uma violência externa, de tal maneira que adquira um movimento
contra sua natureza, ou seja, não natural (também chamado de
violento). No entanto, assim que for cessada a causa deste movimento
violento, o corpo retornará ao seu lugar natural de acordo com seu
peso ou leveza (CAMPOS; RICARDO, 2012 , s.p.)
109
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
5 COPÉRNICO
“Saber que sabemos o que sabemos, e saber que não sabemos o que não
sabemos, esta é a verdadeira sabedoria” (Copérnico, sec. XVI).
Nicolau Copérnico era polonês, viveu entre 1473 e 1543, marcando uma
revolução na astronomia no período conhecido como Renascença. No ano de
sua morte ele publicou o livro “Sobre a revolução das órbitas celestes”, em que
apresentou um sistema astronômico matematicamente estruturado, rivalizando
com o sistema que vinha sendo aceito por séculos. Nas palavras de Peduzzi (2015):
110
TÓPICO 1 | OS PRIMEIROS FÍSICOS DA HISTÓRIA
FIGURA 39 – COPÉRNICO
6 GALILEU GALILEI
“Não me sinto obrigado a acreditar que o mesmo Deus que nos dotou de
sentidos, razão e intelecto, pretenda que não os utilizemos” (Galileu, sec. XVI).
Galileu Galilei, físico italiano, viveu entre 1564 a 1642, foi o precursor
da física moderna, é considerado um dos fundadores do método experimental.
Publicou um livro sobre o movimento dos corpos onde criticava as ideias de
Aristóteles sobre a queda dos corpos e o movimento balístico. Estabeleceu as
bases para o princípio de inércia (foi melhorado por Isaac Newton), que se tornou
uma das suas três leis da dinâmica. Criticou os argumentos da lei de Arquimedes,
dando origem ao Paradoxo Hidrostático.
111
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
112
TÓPICO 1 | OS PRIMEIROS FÍSICOS DA HISTÓRIA
DICAS
Quando você estiver lecionando, pode construir uma luneta com os seus
alunos. Canalle ensina como fazer, em artigo no Caderno Catarinense de Ensino de Física,
Simplificando a luneta com lente de óculos.
FIGURA 40 – GALILEU
113
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
FIGURA 41 – LUNETA
Você pode pesquisar sobre outros instrumentos ópticos para ilustrar sua
aula de Física quando estiver falando sobre óptica geométrica.
FIGURA 42 – PÊNDULO
114
TÓPICO 1 | OS PRIMEIROS FÍSICOS DA HISTÓRIA
7 JOHANNES KEPLER
“As leis da Natureza nada mais são que pensamentos matemáticos de
Deus” (KEPLER, sec. XVI).
FONTE: <https://pixabay.com/pt/praga-monumento-kepler-648509/>.
Acesso em: 9 nov. 2017.
115
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
8 ISAAC NEWTON
“Posso pegar meu telescópio e ver milhões de quilômetros de distância
no espaço, mas também posso pôr meu telescópio de lado, ir para o meu quarto,
fechar a porta e, em oração fervorosa, ver mais do céu e me aproximar mais de
Deus do que quando estou equipado com todos os telescópios e instrumentos do
mundo” (Newton, sec. XVII).
Isaac Newton, cientista inglês, viveu entre 1642 e 1727. Realizou muitos
estudos sobre tópicos relacionados à física, tais como a óptica, a gravitação
universal, a dinâmica dos corpos, o movimento das marés. Construiu o primeiro
telescópio refletor e aperfeiçoou a fabricação das lentes e dos espelhos. Segundo
Carron, “aos 18 anos, ingressou no Trinity College, da Universidade de Cambrige,
onde teve contato com os princípios de filosofia de Descartes, o diálogo sobre os
dois principais sistemas do mundo, de Galileu, e os trabalhos de Kepler, entre
outros” (CARRON, 1998, p. 117).
116
TÓPICO 1 | OS PRIMEIROS FÍSICOS DA HISTÓRIA
Durante uma epidemia de peste bubônica, teve que se ausentar das aulas e
ficou na aldeia de sua família por aproximadamente dois anos. Como ele próprio
gostava de afirmar, apoiado em ombros de gigantes, provavelmente referindo-se
a Copérnico, Galileu e Kepler, desenvolveu parte das suas teorias.
117
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico, você viu que:
118
AUTOATIVIDADE
a) ( ) A água.
b) ( ) O ar.
c) ( ) O átomo.
d) ( ) Os quatro elementos (terra, água, ar e fogo).
e) ( ) O número.
a) ( ) Em perguntas e respostas.
b) ( ) Em observações.
c) ( ) Na análise de dados.
d) ( ) Em estatísticas.
e) ( ) Nos quatro elementos.
119
4 Por que as ideias de Copérnico provocaram uma revolução no
pensamento ocidental? Assinale a alternativa correta:
5 Quem foi que publicou um livro sobre o movimento dos corpos onde
criticava as ideias de Aristóteles sobre a queda dos corpos e o movimento
balístico? Assinale a alternativa correta:
a) ( ) Galileu.
b) ( ) Copérnico.
c) ( ) Kepler.
d) ( ) Newton.
e) ( ) Einstein.
120
UNIDADE 2 TÓPICO 2
FÍSICA CLÁSSICA
1 INTRODUÇÃO
Aquilo que hoje chamamos de física clássica é o condensado de anos de
desenvolvimento filosófico intelectual levado a cabo por grandes pensadores
da história, dos gregos aos romanos, passando pela Europa e estendendo-se às
colônias americanas. Apresentaremos aqui algumas das ideias que formataram o
pensamento ocidendal.
2 MECÂNICA
A mecânica é a área da física que trata do movimento dos corpos, suas
causas e consequências. Ela se divide em Cinemática, que estuda a geometria do
movimento; Dinâmica, que estuda as causas do movimento e Estática que estuda
o equilíbrio dos corpos.
121
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
n
F Fi F1 F2 F3 F4 Fn (equação 32)
i 1
F 10 N 10 N F 20 N
122
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
10 N
x
FONTE: A autora
5N
x
FONTE: A autora
F 10 N 5N F 5N
6N
x
FONTE: A autora
123
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
Solução: como as duas forças estão formando um ângulo de 900 entre elas,
podemos utilizar uma soma vetorial, em que:
5N 6 N
2 2
F
F 7 ,8102 N
Encontrando a direção:
5
tan
6
tan 0 ,833
arctan 0 ,833
39 ,8 0
30u
6N
x
FONTE: A autora
Solução: como as duas forças estão formando um ângulo de 300 entre elas,
podemos utilizar a soma de vetores, assim:
5N 6 N 2 5N 6 N cos300
2 2�
F
F 10 ,628N
124
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
2.1.3 Equilíbrio
Um corpo em movimento retilíneo uniforme está em equilíbrio dinâmico
e a resultante das forças que atuam sobre ele é nula.
Por exemplo:
F = 0 (equação 32)
125
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
Em outras palavras, é necessário que uma força atue sobre o corpo para
alterar o seu movimento. A fórmula da segunda lei de Newton, em que:
F = ma (equação 33)
Para que um foguete seja lançado é preciso que a força de empuxo exercida
devido à explosão dos propelentes e liberação dos gases seja maior do que a força
e peso sobre o foguete. Por exemplo: sabendo que um foguete tem um peso de 700
kg com o tanque completamente cheio e que o empuxo ao iniciar o lançamento é
de 8330 N, calcule a aceleração do foguete ao deixar a base de lançamento.
g 9 ,81m /s2
DADOS: m 700 kg
P mg 700 kg 9 ,81m /s 6867 N
2
Em que:
F = ma
E - P = ma
126
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
a = 2 ,09m /s2
m
E v (equação 34)
t
Forças que sempre aparecem em pares são relativas a dois corpos e não
sobre o mesmo corpo.
127
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
Quando os gases queimados saem num jato forte através dos orifícios,
geram a força de ação, o foguete é impulsionado no sentido contrário que gera a
força de reação, observe o esquema da Figura 50.
AÇÃO REÇÃO
FONTE: A autora
128
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
129
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
A lei da alavanca afirma que os corpos de pesos P1 e P2, Figura 53, apoiados
no ponto A, com seus centros de massa à distância d1 e d2 desse ponto, estão em
equilíbrio se a equação 15 for satisfeita. Esta equação também está relacionada à
igualdade dos torques nos pontos d1 e d2, uma vez que o torque T é definido como
T = Fx d.
P1
P2
FONTE: A autora
Em que:
P1 d2
= (equação 15)
P2 d1
130
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
P fluido d
FONTE: A autora
E – P = 0 (equação 16)
E = P (equação 17)
131
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
FIGURA 55 – ICEBERG
Você já deve ter notado que ao tentarmos empurrar uma bola para o
fundo de um recipiente com água, sentimos uma força no sentido oposto. Essa
força que atua de baixo para cima é chamada de empuxo (força E que definimos
nos parágrafos anteriores), é responsável por impedir um corpo de afundar.
132
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
133
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
Ao erguer uma pedra dentro da água, você sente uma facilidade maior de
fazê-lo do que se você a ergue fora da água. Isso porque o empuxo reduz a força
que você tem que fazer, criando no corpo um peso aparente. O peso aparente é
determinado subtraindo-se a força de empuxo do módulo da força peso do corpo.
P = mg
9 ,81m
P 8 ,0 kg 2 78 ,48N
s
134
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
E 103 kg /m3 0 ,004m3 9 ,81m /s2
E = 39 ,34 N
Paparente P E
P = mg
P 0 ,090909 kg 9 ,81m �/ s2 0 ,89182 N
135
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
FONTE: A autora
Depois você coloca a fruta no recipiente com a água, como na Figura 59.
Observe que o nível da água aumentou, agora está marcando aproximadamente
400 ml.
FONTE: A autora
136
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
Agora precisamos determinar o Empuxo, mas antes temos que saber qual
foi o volume de líquido deslocado.
Para isso, basta subtrair o volume medido sem a fruta do volume medido
com a fruta imersa do fluido.
1m3
100 103 l 100 10 m
6 3
1000l
E 103 kg /m3 100 106 m3 9 ,81m /s2
E = 0 ,981N
Uma dinâmica interessante que você pode fazer com os seus alunos é
comprar aqueles pacotes de 1 kg de maçãs pequeninas e dividir a massa pelo
número de maçãs dentro do pacote (normalmente elas são aproximadamente
iguais). Assim você poderá estimar a massa aproximada de cada maçã. Isso pode
dar um sabor especial para a sua aula e torná-la mais divertida.
137
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
2.1.7 Óptica
A óptica foi uma das maiores paixões de Newton. Numa época em
que se acreditava que a luz era formada de pequenos pulsos que
ocupavam o espaço em que se propagavam, ele defendia que a luz
era uma substância material e que existem infinitas cores, cada uma
correspondendo a um grau diferente de refringência (medida do
índice de refração absoluto), e que não se modificavam por reflexão ou
refração (ASSIS, 2002, p. 18).
FIGURA 60 – PRISMA
138
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
Atualmente a óptica está presente no nosso dia a dia através das lentes
dos óculos, lupas, telescópios, microscópios e câmeras fotográficas dos espelhos
planos, côncavos e convexos, sendo empregados como retrovisores de automóveis,
faróis, refletores e nas antenas de micro-ondas.
139
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
3 ASTRONOMIA
A astronomia foi um dos campos que mais se desenvolveram durante
o período histórico que tratamos aqui. Vimos anteriormente as diversas visões
do universo e como, pouco a pouco, a aquisição de informações, devido ao
monitoramento dos astros celestes, a invenção do telescópio e o deslocamento
do homem do ponto central do que conhecíamos como universo, com o
enfraquecimento do conceito de antropocentrismo, ajudou a mudar nossas
concepções de mundo e universo. Apresentamos aqui uma compilação das ideias
revolucionárias que reescreveram nossa história e como nos vemos perante o
ambiente em que vivemos.
Começando pelas três leis de Johannes Kepler para a dinâmica dos corpos
celestes. A primeira lei trata das órbitas elípticas dos planetas, já colocando o Sol
em um dos focos correspondentes, conforme Figura 63.
FONTE: A autora
Δt1 Δt2
A1 A2
FONTE: A autora
140
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
A1 A2
(equação 19)
t1 t2
FONTE: A autora
T 2 = kr 3 (equação 20)
4 2 4 2
k
G M m GM
A constante G foi medida pela primeira vez por Henry Cavendish através
de um experimento que pretendia usar para pesar a Terra, quando na verdade o
que estava medindo era o coeficiente G da lei da gravidade, obtendo o valor, G =
6,670 x 10-11 Nm2/kg2. O experimento consistia em demonstrar a força de atração
141
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
entre duas grandes esferas de chumbo, e duas esferas de chumbo menores presas
na extremidade de uma haste fixa numa fibra muito fina, chamada de fibra de
torção. Medindo a torção da fibra podia-se obter a intensidade da força entre as
esferas. Com isso pode-se determinar o valor de G (FEYNMAN, 2008).
m1m2
F =G (equação 21)
d 2
142
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
m1
m2
FONTE: A autora
A força da Terra que atrai o objeto é a mesma força que o objeto exerce,
conforme a Figura 65. Devido à enorme massa da Terra, ela não sente os efeitos
do movimento das marés, causados pela atração da Lua à Terra.
A Lua possui uma massa menor do que a Terra, por este motivo a força
gravitacional sobre os corpos é menor.
Quando o homem pousou na Lua, podia dar grandes saltos com facilidade,
justamente devido ao fato dessa força ser menor.
143
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
144
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
Terra e da Lua, são distintas nos dois casos. Uma aceleração menor, sob essa ótica,
indica uma ação menos contundente da massa que gera o campo em questão.
Dessa forma, a imagem icônica de um astronauta saltando com certa leveza na
superfície lunar denota o grau de ação pontual gerado pela menor massa do
satélite e nos dá uma ideia de como um corpo se comportaria, na ausência de
um campo gravitacional. Esse prisma de observação vai ao encontro daquele,
desenvolvido mais tardiamente, por Einstein e sua relatividade geral. Na Tabela
17 encontramos a aceleração da gravidade para alguns astros do sistema solar.
145
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
mv 2 (equação 24)
K=
2
No meio da trajetória ela está com metade de sua energia potencial inicial
e metade da sua energia cinética final.
h K = 0 e U = mgh
0 K = mv2/2
solo
FONTE: A autora
146
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
m1m2
U G (equação 25)
d
Em que:
v2
ac = (equação 26)
r
ɑc
FONTE: A autora
147
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
v2
Fc = m1 (equação 27)
r
Em que:
Fc = F (equação 28)
v2 mm
m1 = G 1 2 2 (equação 29)
r r
Em que:
148
TÓPICO 2 | FÍSICA CLÁSSICA
m2 6 , 0 1024 kg
d 6 , 4 106 m
DADOS:
G 6 , 67 1011 Nm2 / kg 2
r 6 , 4 106 m 700 103 m 7 ,1 106 m
v
6, 67 10 11
Nm2 / kg 2 6 , 0 1024 kg
7 ,1 10 m
6
v 7 ,5077 103 m /s
149
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico, você viu que:
150
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Descartes.
b) ( ) Newton.
c) ( ) Racon.
d) ( ) Galileu.
e) ( ) Aristóteles.
a) ( ) Física Clássica.
b) ( ) Eletromagnetismo.
c) ( ) Óptica geométrica.
d) ( ) Estrutura da matéria.
e) ( ) Mecânica quântica.
a) ( ) 3,6 x 1012 N.
b) ( ) 4,1 x 1012 N.
c) ( ) 2,3 x 1012 N.
d) ( ) 3,6 x 1022 N.
e) ( ) 2,3 x 1022 N.
151
5 Calcule a aceleração centrípeta de um corpo de 700 kg em órbita circular a
20 mil metros de altitude com uma velocidade linear de 7600 m/s. (Dado:
o raio da Terra é de 6,4 x106 m).
a) ( ) Aproximadamente 4 m/s2.
b) ( ) Aproximadamente 9 m/s2.
c) ( ) Aproximadamente 8 m/s2.
d) ( ) Aproximadamente 6 m/s2.
e) ( ) Aproximadamente 10 m/s2.
a) ( ) Zero
b) ( ) 20 m/s2..
c) ( ) 14,14 m/s2
d) ( ) 9,8 m/s2.
e) ( )100 m/s2
a) ( ) 16,0 m/s2
b) ( ) 11,7 m/s2
c) ( ) 10,0 m/s2
d) ( ) Zero
e) ( ) 5,8 m/s2
12 Por que ao erguermos uma rocha dentro da água ela parece mais leve do
que se a erguermos no ar?
a) ( ) Devido à força de empuxo que exerce uma força da água sobre a rocha
de baixo para cima, diminuindo o efeito da força gravitacional que
atua sobre a rocha.
b) ( ) Devido à força de impacto da água com a superfície externa da rocha.
c) ( ) Devido à força da gravidade que é menor dentro da água.
d) ( ) Devido ao peso aparente que é a soma da força gravitacional com o
empuxo.
e) ( ) Não tem explicação para isso.
153
154
UNIDADE 2 TÓPICO 3
FÍSICA MODERNA
1 INTRODUÇÃO
Há um limite para as aplicações da física clássica à interpretação do mundo
real. Fenômenos foram identificados na era moderna, dos quais os pensadores
dos primórdios do desenvolvimento científico sequer tinham conhecimento. A
história da física, particularmente, começou a mudar no começo do século XX, de
modo que este ficou conhecido com o século da física. Faremos aqui uma breve
recapitulação dos fenômenos descobertos, predominantemente no século XX,
que mudaram o mundo e cujas descobertas causaram uma revolução científica
em nossas vidas.
155
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
156
TÓPICO 3 | FÍSICA MODERNA
2 MAX PLANCK
“Ambas, a religião e a ciência da natureza, envolvem, em seu exercício, a afirmação
de Deus” (Planck, sec. XX).
Max Karl Ernst Ludwig Planck, físico alemão, viveu entre 1858 e 1947.
Considerado o pai da mecânica quântica. Estudando a radiação emitida por
corpos a altas temperaturas, conhecidos como corpos negros, foi um dos primeiros
cientistas a perceber que as teorias clássicas que explicavam os espectros de
radiação, até então conhecidas, não dariam conta de esclarecer uma aberração
associada às faixas mais energéticas da radiação emitida por esses corpos, num
proceso que ficou conhecido como catástrofe do ultravioleta. Planck notou que,
segundo a teoria vigente, a intensidade da radiação ultravioleta emitida por um
corpo incandescente desse tipo tenderia ao infinito, o que claramente violava
todas as leis de conservação de energia.
157
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
Do ponto de vista físico, a luz pode ser definida como uma transmissão de
energia entre corpos materiais à distância. Como se sabe, esses efeitos encontram
uma explicação simples na teoria eletromagnética, que pode ser encarada
como uma extensão racional da mecânica clássica, extensão apropriada para
suavizar o contraste entre a ação à distância e a ação com contato direto. Nessa
teoria, a luz é descrita como oscilações elétricas e magnéticas acopladas, que
só diferem das habituais ondas eletromagnéticas da transmissão de rádio pela
maior frequência de vibração e o menor comprimento de onda. Na verdade,
a propagação praticamente retilínea da luz, na qual se baseia a localização
dos corpos pela visão direta ou através de instrumentos ópticos adequados,
depende inteiramente da pequenez do comprimento de onda, comparada às
dimensões dos corpos em questão e dos instrumentos. Ao mesmo tempo, o
caráter ondulatório da propagação da luz constitui não apenas a base de nossa
descrição dos fenômenos da cor que revelaram, na espectroscopia, informações
muito importantes sobre a constituição dos corpos materiais, mas é também
essencial para a análise refinada dos fenômenos ópticos. Como um exemplo
típico, basta mencionar as figuras de interferência que aparecem quando a
luz, proveniente de uma fonte, propaga-se até um anteparo através de dois
caminhos diferentes. Aí constatamos que os efeitos que seriam produzidos
pelos feixes luminosos separados são reforçados nos pontos do anteparo em
que as fases das duas ondas coincidem, isto é, onde as oscilações elétricas e
magnéticas dos dois feixes têm a mesma direção, ao passo que esses efeitos são
enfraquecidos, e podem até desaparecer, nos pontos em que as oscilações têm
direções opostas e onde se diz que as ondas estão fora de fase, uma em relação à
outra. Tais figuras de interferência fornecem uma prova tão rigorosa da imagem
ondulatória da propagação da luz que essa imagem não pode ser considerada
uma hipótese, no sentido usual do termo, devendo, antes, ser encarada como a
descrição adequada dos fenômenos observados. No entanto, como todos vocês
sabem, o problema da natureza da luz esteve sujeito a uma discussão renovada
nos últimos anos, em virtude da descoberta, no mecanismo da transmissão de
energia, de um aspecto essencial de atomicidade que é incompreensível do
ponto de vista da teoria eletromagnética. De fato, qualquer transferência de
energia pela luz pode remontar a processos individuais, em cada um dos quais
é trocado um chamado quantum de luz, cuja energia é igual ao produto da
frequência das oscilações eletromagnéticas pelo quantum universal de ação, ou
constante de Planck. O evidente contraste entre essa atomicidade do efeito da
luz e a transferência contínua de energia na teoria eletromagnética nos propõe
um dilema anteriormente desconhecido na física. A despeito de sua óbvia
insuficiência, não há como substituir a imagem ondulatória da propagação da
luz por outra imagem que se apoie em ideias mecânicas comuns. Em especial,
convém enfatizar que os quanta de luz não podem ser considerados como
partículas a que se possa atribuir uma trajetória bem definida, no sentido da
mecânica usual. A figura de interferência desaparece se, para nos certificar de
que a energia da luz se propaga por apenas um dos dois caminhos entre a fonte
158
TÓPICO 3 | FÍSICA MODERNA
3 ALBERT EINSTEIN
Albert Einstein, físico alemão, viveu entre 1879 e 1955. Aportou
contribuições à mecânica quântica, como a explicação teórica para o efeito
fotoelétrico, a liberação de elétrons, geralmente de uma placa metálica, quando
esta é exposta a algum tipo de radiação eletromagnética, trabalho que lhe rendeu
o Prêmio Nobel de 1922 ao demonstrar como os pacotes (quanta) de energia
são absorvidos pelos elétrons de forma discreta e não contínua, corroborando
as observações de Planck. Einstein também se tornou muito conhecido pela
sua famosa equação da energia E = mc2, ligada à teoria da relatividade e que
demonstra a relação direta entre massa e energia, e como essas duas grandezas
são manifestações distintas de uma mesma propriedade da matéria. Elaborou leis
do movimento para corpos com velocidades próximas à velocidade da luz sem a
presença de campos gravitacionais, estabelecendo uma teoria que foi chamada de
Relatividade Restrita, em 1905.
159
UNIDADE 2 | A HISTÓRIA DA FÍSICA
Aqui, mais uma vez, a teoria quântica forneceu uma pista para
elucidar a situação. Em especial, verificou-se ser possível explicar
a estabilidade atômica, bem como as leis empíricas que regem os
espectros dos elementos, presumindo que qualquer reação do átomo
que resulte numa alteração de sua energia implicava uma transição
completa entre dois chamados estados quânticos estacionários, e que,
em particular, os espectros eram emitidos por um processo abrupto,
em que cada transição era acompanhada pela emissão de um quantum
de luz monocromática, de energia exatamente igual à de um fóton de
Einstein (BOHR, 2008, p. 44).
160
TÓPICO 3 | FÍSICA MODERNA
161
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você viu que:
• Surgiram duas novas teorias para abordar esses casos, a mecânica quântica e a
relatividade geral.
162
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Einstein.
b) ( ) Bohr.
c) ( ) Newton.
d) ( ) Planck.
e) ( ) Galileu.
a) ( ) Fótons.
b) ( ) Elétrons.
c) ( ) Prótons.
d) ( ) Mésons.
e) ( ) Neutrinos.
163
5 A famosa equação da energia, E = mc2, está ligada à:
164
UNIDADE 3
CINEMÁTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Caro acadêmico! Esta unidade de estudos encontra-se dividida em quatro tó-
picos de conteúdos. Ao longo de cada um deles, você encontrará sugestões e
dicas que visam potencializar os temas abordados e ao final de cada um, estão
disponíveis resumos e autoatividades que visam fixar os temas estudados.
165
166
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Um corpo está em movimento quando sua posição varia no decorrer do
tempo. Por outro lado, o movimento é algo relativo, pois depende do referencial
que o observador adota. Assim, um corpo pode estar em movimento para um
observador enquanto está em repouso para outro. Por isso, certos conceitos
precisam estar claros antes de iniciarmos o estudo do movimento. As palavras de
Peduzzi (2009) nos esclarecem:
167
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
2.2 TRAJETÓRIA
A linha que o corpo móvel descreve ao longo do seu movimento é chamada
de trajetória. Se o movimento for em linha reta, a trajetória é dita retilínea. Se
descrever uma circunferência, é dita circular. Ao descrever uma curva, o corpo
móvel descreve parte de seu movimento em trajetória circular. Desse modo,
a trajetória do movimento de um corpo móvel pode ser composta pelas duas
trajetórias, sendo algumas partes retilíneas e outras circulares.
FIGURA 72 – TRAJETÓRIA
TRAJETÓRIA RETILÍNEA
TRAJETÓRIA
CIRCULAR
TRAJETÓRIA RETILÍNEA
FONTE: A autora
168
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO DE UM CORPO
2.3 POSIÇÃO
A partir da origem, sobre a trajetória, podemos marcar as diversas
posições que um corpo móvel ocupa ao longo do tempo. Na Figura 73, a seguir,
observe a posição x1, x2 e x3, o valor 0 marca a origem e a trajetória descreve as
posições em metros.
sentido do movimento
0 x1 x2 x3 x
FONTE: Física básica (PEDUZZI, 2009, p. 82)
169
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
x2
x1
0 t1 t2 t3 t
Δt Δt Δt
FONTE: Física básica (PEDUZZI, 2009, p. 82)
sentido do movimento
0 x1 x2 x3 x
FONTE: Física básica (PEDUZZI, 2009, p. 83)
170
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO DE UM CORPO
Agora observemos o gráfico a seguir. Note que não temos mais uma seção
de parábola, as posições anotadas geraram uma reta. Isso se deve ao fato de que
nesse movimento o corpo móvel percorreu distâncias iguais para os mesmos
intervalos de tempo.
x2
x1
0 t1 Δ t2 t3 t
Δt t
Δt
FONTE: Física básica (PEDUZZI, 2009, p. 83)
171
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
POSIÇÃO INICIAL 0
Trecho 1
Trecho 2
POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA
3m 7m
POSIÇÃO FINAL
FONTE: A autora
3.2 DESLOCAMENTO
Na Figura 79 temos a mesma situação que descrevemos no item anterior.
O móvel passa pela posição inicial xi = 0, passa por uma posição intermediária x
= 3m e chega na posição final xf = 7 m. A menor distância entre esses dois pontos
é a diagonal marcada pela seta que vai da posição inicial até a posição final, que
chamamos deslocamento. Podemos facilmente perceber que a figura forma um
triângulo, sendo assim, a diagonal é a hipotenusa desse triângulo e vale 5 metros.
POSIÇÃO INICIAL 0
POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA
3m 7m
POSIÇÃO FINAL
FONTE: A autora
172
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO DE UM CORPO
origem xi Δx xf
x(m)
0 1 2 3
FONTE: A autora
∆x = xf - xi (Equação 1)
∆x = xf - xi
∆x = 3m – 1m = 2m
173
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
∆x = xf - xi
∆x = 2m – 1m = 1m
• Corpo extenso
• Velocidade
174
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO DE UM CORPO
• Velocidade média
xf B
A θ
xi
0
ti tf t (s)
FONTE: A autora
O móvel descreve a trajetória indicada pela curva entre os pontos A(ti, xi) e
B(tf,xf). A inclinação da reta que passa pelos pontos A e B é, numericamente, igual
à velocidade do móvel. θ É o ângulo formado entre a reta que une os pontos A e
B e a direção do eixo t.
CO
tg
CA
175
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
xf - xi
tg
tf - ti
0 t t (s)
FONTE: A autora
176
TÓPICO 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO MOVIMENTO DE UM CORPO
x dx (Equação 3)
v lim
t 0 t dt
5 ACELERAÇÃO
De modo análogo, a taxa de variação da velocidade com o tempo nos
fornece a aceleração do móvel. No gráfico a seguir, encontramos a aceleração
média dividindo o cateto oposto ao ângulo, em relação ao semi-eixo positivo, no
ponto definido como origem, que é a diferença entre as velocidades no ponto A
e no ponto B, pelo cateto adjacente, que é a diferença entre os tempos nos dois
pontos considerados.
vf B
A θ
vi
0
ti tf t (s)
FONTE: A autora
177
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
A curva entre os pontos A (ti, xi) e B (tf, xf) descreve a velocidade do móvel.
A inclinação da reta que passa pelos pontos A e B é, numericamente, igual à
aceleração do móvel. É o ângulo formado entre a reta que une os pontos A e B e
a direção do eixo t.
v
a med (Equação 4)
t
v 40 20 20
a med 10m / s 2
t 20 2
v dv (Equação 5)
a lim
t 0 t dt
178
RESUMO DO TÓPICO 1
• Falamos que o referencial pode ser inercial ou não inercial. Quando o referencial
é inercial, a primeira lei de Newton é válida.
• Ponto material ou partícula como sendo o corpo móvel que possui dimensões
pequenas se comparado à sua trajetória, e de corpo extenso como sendo o corpo
móvel cujas dimensões precisam ser consideradas na análise do movimento.
• Por fim, definimos a velocidade como sendo a taxa de variação das posições
com o tempo e a aceleração, a taxa de variação da velocidade com o tempo.
179
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 25 m.
b) ( ) 30 m.
c) ( ) 70 m.
d) ( ) 10 m.
e) ( ) 20 m.
a) ( ) 1,05 km.
b) ( ) 2,10 km.
c) ( ) 10,5 km.
d) ( ) 21,0 km.
e) ( ) 0,55 km.
180
4 Um móvel passa pela posição x1 = 50 m no instante t1 = 5 s, e pela posição
x2 = 70 m no instante t2 = 10 s. Quais são, respectivamente, os valores do
deslocamento e da velocidade média entre os instantes t1 e t2?
a) ( ) 10 m, 4 m/s.
b) ( ) 10 m, 2 m/s.
c) ( ) 20 m, 4 m/s.
d) ( ) 20 m, 2 m/s.
e) ( ) 25 m. 1 m/s.
a) ( ) 2 km.
b) ( ) 5 km.
c) ( ) 8 km.
d) ( ) 4 km.
e) ( ) 3 km.
a) ( ) 3 m/s2
b) ( ) 10 m/s2
c) ( ) 5 m/s2
d) ( ) – 2 m/s2
e) ( ) – 5 m/s2
a) ( ) 100 s.
b) ( ) 150 s.
c) ( ) 30 s.
d) ( ) 200 s.
e) ( ) 50 s.
181
8 Dado o conjunto de pontos para as coordenadas de tempo e posição, (t,x):
(0,1), (1,3), (2,5), (3,7), (4,9). Qual dos gráficos a seguir representa esses
pontos. Assinale a alternativa correta:
( ) ( )
a) b)
( ) ( )
c) d)
( )
e)
182
9 Dado o conjunto de pontos para as coordenadas de tempo e posição, (t, x):
(0,1), (1,2), (2,5), (3,10), (4,17). Qual dos gráficos a seguir, representa esses
pontos. Assinale a alternativa correta:
( ) ( )
a) b)
( ) ( )
c) d)
( )
e)
a) ( ) 10 m/s.
b) ( ) 5 m/s.
c) ( ) 20 m/s.
d) ( ) 0.
e) ( ) 30 m/s.
183
184
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Quando um ponto material está se movendo sobre uma trajetória retilínea
com velocidade constante, dizemos que ele executa um movimento retilíneo
uniforme (MRU).
x x x0
v v vt x x0 vt x0 x
t t0
Em que:
x x0 vt (Equação 6)
185
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
1 5
2 7
3 9
4 11
5 13
6 15
FONTE: A autora
x (m)
15
13
11
0 1 2 3 4 5 6 t (s)
FONTE: A autora
186
TÓPICO 2 | MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME MRU
x (m)
6
0 4 t (s)
FONTE: A autora
x 6m - 2m 4m
Vmed = 1m /s
t 4s - 0 4s
x=2+t
187
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
x (m)
6
0 4 t (s)
FONTE: A autora
x 2m - 6m
Vmed = -1m / s
t 4s - 0
x=6-t
188
TÓPICO 2 | MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME MRU
Em que:
xA = 10 + 30 t e xB= 700 - 20 t
xA = xB → 10 + 30 t = 700 - 20 t
30 t + 20 t = 700 - 10
50 t = 690 → t = 13,8 s
xA = 10 + 30 (13,8) = 424 m
A B
FONTE: A autora
189
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
A B
FONTE: A autora
A B
FONTE: A autora
190
TÓPICO 2 | MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME MRU
vr = vA vB (Equação 7)
A B
FONTE: A autora
vr = vA vB
v r 20m / s 25m / s
v r = 45m / s
191
RESUMO DO TÓPICO 2
• A função horária da posição no MRU fornece uma reta, pois a função é uma
equação de primeiro grau.
192
AUTOATIVIDADE
a) ( ) x = 3,0 + 5,5t.
b) ( ) x = 5,5 + 3,0t.
c) ( ) x = 5,5 + 1,5t.
d) ( ) x = 3,0 + 1,5t.
e) ( ) x = 1,5 + 2,25t.
I) x = 3 – 5t.
II) x = 10 + 10t.
III) x = -30t.
IV) x = 10t.
V) x = 23 + 5t.
3 Você está dirigindo do Sul para o Norte por uma estrada retilínea de duas
pistas com velocidade constante de 90 km/h. Na outra pista, um ônibus
se aproxima em sentido contrário com velocidade constante de 100 km/h.
Qual é a sua velocidade em relação ao ônibus?
a) ( ) 190 km/h.
b) ( ) 10 km/h.
c) ( ) 95 km/h.
d) ( ) 120 km/h.
e) ( ) 203 km/h.
193
4 Analise os gráficos a seguir, e classifique o movimento em retrógrado ou
progressivo:
x x
( )
t
( )
I) II)
t
x x
( )
( )
III) IV)
t t
x
( )
V)
194
5 Dada a função horária x = 10 – 5t, monte uma tabela dos
valores da posição em um intervalo de tempo de 0 até 10
s. Escolha a alternativa que apresenta a tabela que você
montou.
a) ( ) V.
b) ( ) III.
c) ( ) II.
d) ( ) IV.
e) ( ) I.
a) ( ) t = 2 s, x = 70 m.
b) ( ) t = 4 s, x = 130 m.
c) ( ) t = 1 s, x = 40 m.
d) ( ) t = 3 s, x = 100 m.
e) ( ) t = 3,5 s, x = 80 m.
a) ( ) 155 km/h.
b) ( ) 25 km/h.
c) ( ) 35 km/h.
d) ( ) 0.
e) ( ) 145 km/h.
195
8 Suponhamos que o carro A tenha velocidade VA = 90 km/h e o carro B tenha
velocidade VB = 65 km/h e que estejam se movendo no mesmo sentido.
Determine a velocidade relativa entre eles:
a) ( ) 155 km/h.
b) ( ) 25 km/h.
c) ( ) 35 km/h.
d) ( ) 0.
e) ( ) 145 km/h.
a) ( ) – 5 m, 4 m/s e 1,25 s.
b) ( ) 5 m, - 4 m/s e 0,25 s.
c) ( ) – 4 m, 5 m/s e 1,00 s.
d) ( ) 1,25 m, 4 m/s e 5 s.
e) ( ) – 5 m, - 4 m/s e 1,25 s.
a) ( ) x = -3 t.
b) ( ) x = 3 – 3 t.
c) ( ) x = -3 + 4 t.
d) ( ) x = 4 – 3 t.
e) ( ) x = -3 + t.
0 1 2 3 4 t (s)
-1
-2
-3
FONTE: A autora
196
11 Dois corpos movem-se na mesma trajetória. Observe o gráfico a seguir.
Determine o instante do encontro, a posição do encontro e a distância que
cada um percorre até o encontro.
0
1 2 3 4 t (s)
-100
FONTE: A autora
Assinale a alternativa que esteja coerente com a distância que cada um percorre
entre os instantes 3s e 6s:
197
198
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Um movimento retilíneo e com velocidade variável é chamado de
movimento retilíneo uniformemente variado, ou simplesmente MRUV. Nesse
caso a aceleração não é nula, mas possui um valor constante. Agora as nossas
equações precisam incluir o termo com a aceleração. Vejamos como devemos
escrever as novas funções. Essas equações são usadas em movimentos de queda
livre, próximos a superfície da Terra, pois a aceleração da gravidade é considerada
uma constante, e vale aproximadamente 9,81 m/s2.
v
a
t
v v0
a
t 0
v v0 + at (Equação 8)
=
199
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
Vf
Área =Δx
Vi
0 ti tf t (s)
FONTE: A autora
FONTE: A autora
200
TÓPICO 3 | MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO MRUV
v (m/s)
21
18
15
12
0 1 2 3 4 5 6 t (s)
FONTE: A autora
x área
21 3 6 3 6 72m
2
201
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
Sabemos que a média entre dois valores quaisquer é a soma desses dois
valores dividido por dois, assim:
v v0
v med
2
v0 at v0
v med
2
2 v0 at at
v med v0
2 2
at
v med v0
2
Substituindo a resultado acima na equação 6, encontramos:
x x 0 vt
at
x x 0 v0 t
2
at 2
x x 0 v0 t (Equação 9)
2
202
TÓPICO 3 | MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO MRUV
ACELERADO RETARDADO
PROGRESSIVO v>0ea>0 v>0ea<0
RETRÓGRADO v<0ea<0 v<0ea>0
v e a possuem sinais iguais v e a possuem sinais diferentes
FONTE: A autora
v 4 2 t
203
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
FONTE: A autora
x (m)
-1
1 2 3 4 5 6 t (s)
FONTE: A autora
204
TÓPICO 3 | MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO MRUV
3 EQUAÇÃO DE TORRICELLI
É possível deduzir uma expressão para a velocidade independente do
tempo. Para tanto, tomemos a equação 8 isolando t, em que:
v v0 at
v v0
t
a
at 2
x x 0 v0 t
2
v v0
2
a
v v0 a
x x 0 v0
a 2
v0 v v0 2 v 2 v0 v v0 2
x x0
a a 2a a 2a
v0 2 v 2
x x0
2a 2a
v0 2 2a x x 0 v 2
Encontramos a equação procurada, conhecida como equação de Torricelli,
em que:
205
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
v 2 v0 2 2ax
625 v0 2 600
v0 2
625 − 600 =
v0 2 = 25
=
v0 =
25 5m / s
y g
Δy
0 solo
FONTE: A autora
206
TÓPICO 3 | MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO MRUV
v v0 gt (Equação 11)
gt 2
y y0 v0 t (Equação 12)
2
v 2 v0 2 2gy
v 2 02 2 9, 81 2, 00
=v =
39, 24 6, 26m / s
v v0 gt
− 6, 26 = 0 − 9,81t → t = 0, 638s
207
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
Resposta: O ponto material toca o solo com uma velocidade de 6,26 m/s e
leva 0,638 s para chegar no chão.
v v0 gt
0 3, 00 9, 81t
t = 0, 306s
O tempo que a bola leva para voltar à posição de onde partiu é igual
ao tempo de subida até a altura máxima. Multiplicando o resultado por dois,
encontramos que o menino tem 0,612 s para deixar a posição de lançamento.
Para determinar a velocidade com que a bola atinge o solo, temos que
determinar o tempo que leva para chegar ao solo, para tanto utilizaremos a
equação 12, em que:
gt 2
y y0 v0 t
2
9, 81t 2
y 0, 9 3, 00 t
2
0 0, 9 3, 00 t 4, 9 t 2
208
TÓPICO 3 | MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO MRUV
3, 00 3, 00 4 0, 9 4, 9
2
t
2 4, 9
3, 00 5,16
t
9, 81
t 0, 832s
t 0, 220s
v 3 9, 81 0, 832
v 5,16m / s
9, 81t 2
y 0, 9 3, 00 t
2
9, 81 0, 306
2
y 0, 9 3, 00 0, 306
2
y = 1, 36m
209
RESUMO DO TÓPICO 3
210
AUTOATIVIDADE
I) X = 2 + 5t + 4t2
II) Y = 5 + 4t – 4,9 t2
III) X = t + 2 t2
IV) X = - 2 - 5t + 4t2
V) X = - 3t - 2t2
a) ( ) x = 30t + 10t2
b) ( ) x = 10 + 30t + 10t2
c) ( ) x = - 10t2
d) ( ) x = 5t2
e) ( ) x = 30 + 10t2
a) ( ) v = 10 - 10t.
b) ( ) v = - 10t.
c) ( ) v = 5 + 10t.
d) ( ) v = 10t.
e) ( ) v = 10 + 5t.
a) ( ) 70 m e 20 m/s.
b) ( ) 20 m e 20 m/s.
c) ( ) – 40 m e 25 m/s.
d) ( ) 110 m e – 20m/s.
e) ( ) 100 m e – 10 m/s.
211
5 Um livro, partindo do repouso, cai de uma altura de 2,0 m do chão. Que
velocidade ele possui na iminência da colisão com o chão? Quanto tempo
passou até que ele tocasse o chão? Assinale a alternativa correta:
5 5 5
v(m/s) v(m/s)
5 5
d) ( ) 4 t(s) e) ( ) 4 t(s)
a) ( ) v = -6 + 4t.
b) ( ) v = 6 - 4t.
c) ( ) v = -6 + 2t.
d) ( ) v = 4 + 4t.
e) ( ) v = 4 - 2t.
212
8 Dada a função horária das posições x = 3t + 2t2, para o movimento de um
ponto material, em que x é dado em m e t em s. Encontre o deslocamento
desse ponto entre os instantes t1 = 1 s e t2 = 3 s. Assinale a alternativa correta:
a) ( ) 22 m.
b) ( ) 5 m.
c) ( ) 27 m.
d) ( ) 32 m.
e) ( ) 10 m.
213
214
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Até agora estudamos movimentos executados em apenas uma dimensão,
uma infinidade de movimentos é executada no espaço tridimensional, de modo
que mais dimensões precisam ser consideradas.
215
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
j
y
i k
FONTE: A autora
• Posição da partícula:
r t x t i y t j z t k (equação 14)
• Velocidade da partícula:
v 6, 9m / s 9, 2m / s
2 2
(equação 15)
• Aceleração da partícula:
a t ax t i a y t j az t k (equação 16)
216
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
Em que:
rf ri x f xi i y f yi j z f zi k
SOLUÇÃO:
a) A posição inicial e a posição final do ciclista são dadas pela equação 14, em que:
ri 50, 0m i 30, 0m j
rf 80, 0m i 70, 0m j
O módulo é:
r 30, 0m 40, 0m
2 2
r 50m
b) A direção do deslocamento é:
∆y
θ = tg −1
∆x
40
θ = tg −1
30
tg 11, 3333 530
c) O vetor aceleração é:
a 0, 5m / s 2 cos530 i 0, 5m sen53 j
0
a 0, 3m / s 2 i 0, 4m j
218
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
vx 2 5, 4m / s 2 0, 3m / s 2 30, 0m
2
vx 2 = 47,16m 2 / s 2
vx = 6, 8673m / s
v y 2 v yi 2 2a y ry
v y 2 7, 2m / s 2 0, 4m / s 2 40, 0m
2
v y 2 = 83, 84m 2 / s 2
v y = 9,1564m / s
e) O módulo, em que:
v 6, 9m / s 9, 2m / s
2 2
v = 11, 5m / s
f) O tempo decorrido é:
vx vxi ax t
6, 9m / s 5, 4m / s 0, 3m / s 2 t
t = 5s
219
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
70,0
Δr
30,0
FONTE: A autora
Resposta:
3 MOVIMENTO DE PROJÉTIL
O movimento balístico ou movimento de projétil é um movimento que pode
ser analisado como um movimento sendo executado em duas dimensões, x e y.
220
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
vx
vy
FONTE: A autora
x x 0 v0 x t
1
y y0 v0 y t gt 2
2
221
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
r
Y Y
X θ
ALVO
FONTE: A autora
gt 2
y y0 v0 y t
2
222
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
0 900m 0 t
9, 81m / s t 2 2
2
9, 81m / s t
2 2
900m
2
1800m
t2 =
9, 81m / s 2
t 13, 5s
Admitiremos apenas o valor positivo t = 13,5 s.
Em que:
x x 0 v0 x t
0 x0 102m / s 13, 5s
x0 1377 m
Supondo que o alvo esteja nas coordenadas (0,0) o avião se encontrará nas
coordenadas (-1377,900) quando liberar a carga.
Em que:
r t x t i y t j
r 1377 i 900 j
r 1377 900
2 2
r = 1645m
O ângulo será:
900
arctg
1377
33,160
223
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
Em que:
v t v0 x i v0 y gt j
v 102m / s i 0 9, 81m / s 2 13, 5s j
v 102m / s i 132m / s j
v 102m / s 132m / s
2 2
v = 167 m / s
y
hmáxima vx
vx vx
vy vy
v0y v0
θ0 vx x
v0x vy v
Alcance horizontal
FONTE: A autora
224
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
θ0 θ0
v0x
Cateto adjacente = v0x
FONTE: A autora
cateto oposto
cosθ =
hipotenusa
v0x = v0 cosθ
cateto adjacente
sen
hipotenusa
v0 y v0sen
225
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
gt 2
r t x 0 v0 cos t i y0 v0sen t j
2
Em que:
v y v0sen gt
0 v0sen gt
v0sen
t
g
Em que:
x x 0 v0 cos t
v sen
x x 0 v0 cos 2 0
g
2 v0 2 cos sen
x x0
g
226
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
5000m
400
310m
FONTE: A autora
227
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
x x 0 v0 x t
x míssil 200m / s t
x bola v0 cos 400 t
Quando os dois se encontrarem terão as mesmas coordenadas em x,
igualando as duas,
x bola = x míssil
v cos40 t 200 t
0
0
200
v0 0
cos 40
As equações em y, em que:
gt 2
y y0 v0 y t
2
y missil 5000 4, 9 t 2
200
y bola 310 0
sen 400 t 4, 9 t 2
cos 40
Igualando novamente as duas, temos:
y bola = y missil
200
310 0
sen 400 t 4, 9 t 2 5000 4, 9 t 2
cos 40
228
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
200
0
sen 400 t 5000 310
cos 40
t = 23, 45s
y missil 5000 4, 9 t 2
y missil 5000 4, 9 23, 45s
2
y missil = 2306m
v0 2sen 2
x
g
24m
v0 2sen 2 3, 000
2
9, 81m / s
24m 9, 81m / s 2
v0 2
0,10453
v0 = 47, 4m / s
229
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
4 VELOCIDADE RELATIVA
Podemos igualmente estudar a velocidade relativa entre dois móveis
do ponto de vista bidimensional. Já definimos as equações para as velocidades
relativas, então vamos aplicá-las agora em exemplos que requerem a análise em
mais de uma dimensão.
Vr
Vb Vo
FONTE: A autora
230
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
v0 6, 00m / s 12, 0m / s
2 2
v0 = 13, 4m / s
O ângulo, em que:
6
arctg
12
26, 560
Resposta: Do ponto de vista de um observador parado à margem do rio, a
velocidade do barco é de 13,4 m/s, formando com ângulo de 26,560 com a margem.
Exemplo: O piloto observa que a bússola indica que o avião está indo para
o oeste. A velocidade escalar do avião em relação ao ar é de 148 km/h. Se há um
vento de 32,0 km/h em direção ao norte, em relação ao solo, qual a velocidade do
avião em relação ao solo?
vavião solo 148km / h 32, 0km / h
2 2
vavião solo 151, 42km / h
231
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
O ângulo, em que:
32, 0
arctg
148
12, 20
5 MOVIMENTO CIRCULAR
Os movimentos circulares são muito comuns no nosso dia a dia. A
cadeirinha de uma roda gigante num parque de diversões executa uma trajetória
circular. A órbita de satélites é aproximadamente circular. Ao executar uma curva
num dado trecho do trajeto, um automóvel executa um movimento circular.
v1
t1
v2 t2
FONTE: A autora
232
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
v1
t1
v2 t2
ac
a2
FONTE: A autora
v2
ac = (equação 21)
r
No MCU o tempo que o móvel gasta para fazer uma volta completa é
denominado de período T, que é definido como sendo:
2 r
T (equação 22)
v
233
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
1
f = (equação 23)
T
v2
ac =
r
8m / s
2
ac
2
ac = 32m / s 2
2 r
T
v
2 2m
T
8m / s
T = 1, 57 s
1
f =
T
1
f =
1, 57 s
f = 0, 637 Hz
Resposta: A aceleração centrípeta é 32 m/s2, o período é de 1,57 s e a
frequência é igual a 0,637 Hz.
234
TÓPICO 4 | MOVIMENTO EM DUAS E TRÊS DIREÇÕES
at
a
ac
→ v2
r
FONTE: A autora
Em que:
a ac r at t (equação 24)
235
UNIDADE 3 | CINEMÁTICA
θ v
a
raio
FONTE: A autora
=ac 20,
= 0 cos 300 17,3m / s 2
=at 20,
= 0 sen300 10, 0m / s 2
v2
ac =
r
v2
17, 3 =
3, 00
v 2 = 51, 9
v = 7, 20m / s
Resposta: A aceleração radial (aceleração centrípeta) é igual a 17,3 m/s2,
a aceleração tangente é igual a 10,0 m/s2 e a velocidade linear é igual a 7,20 m/s.
236
RESUMO DO TÓPICO 4
• Muitos movimentos ocorrem em mais de uma dimensão, por isso, tivemos que
definir as grandezas anteriores na notação vetorial antes de trabalhar com elas.
237
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 3,0 i - 12 j – 2,0 k.
b) ( ) – 3,0 i + 12 j – 2,0 k.
c) ( ) 3,0 i – 2,0 k.
d) ( ) – 3,0 i + 12 j – 2,0 k.
e) ( ) –3,0 i - 12 j +2,0 k.
a) ( ) 16,9 m e 8,21 m.
b) ( ) 10,3 m e 34,1 m.
c) ( ) 0,90 m e 0,67 m.
d) ( ) 1,22 m e 1,43 m.
e) ( ) 3,00 m e 4,00 m
a) ( ) 58,9 m/s.
b) ( ) 29,9 m/s.
c) ( ) 9,81 m/s.
d) ( ) 20,0 m/s.
e) ( ) 80,0 m/s.
238
5 Uma bola é lançada, com velocidade inicial de 10,0 m/s formando um ângulo
de 20o abaixo da horizontal, de uma janela de 8,0 metros de altura acima do
solo. A que distância horizontal a bola atinge o chão?
a) ( ) 2,2 m.
b) ( ) 9,4 m.
c) ( ) 6,0 m.
d) ( ) 7,9 m.
e) ( ) 10 m.
7 O piloto observa que a bússola indica que o avião está indo para o oeste. A
velocidade escalar do avião em relação ao ar é de 145 km/h. Se há um vento
de 30,0 km/h em direção ao norte, qual a velocidade do avião em relação ao
solo? Assinale a alternativa correta:
a) ( ) 148 km/h com 11,70 ao norte do oeste (segundo quadrante), ou seja ,168,30
a partir do semi-eixo positivo de x.
b) ( ) 151 km/h com 12,20 ao norte do leste (primeiro quadrante), ou seja,
167,80 a partir do semi-eixo positivo de x.
c) ( ) 200 km/h com 15,10 ao norte do oeste (segundo quadrante), ou seja ,164,90
a partir do semi-eixo positivo de x.
d) ( ) 200 km/h com 15,10 ao sul do oeste (terceiro quadrante), ou seja, 164,90
a partir do semi-eixo positivo de x.
e) ( ) 210 km/h com 11,50 ao sul do leste (quarto quadrante), ou seja, 168,50 a
partir do semi-eixo positivo de x.
239
9 Um atleta gira um disco de 0,900 kg ao longo de uma trajetória circular de
raio 1,00 m. A velocidade escalar do disco é de 15,0 m/s. Determine o módulo
da aceleração centrípeta do disco. Assinale a alternativa correta:
a) ( ) 225 m/s2
b) ( ) 100 m/s2
c) ( ) 250 m/s2
d) ( ) 300 m/s2
e) ( ) 22,5 m/s2
a) ( ) 1000m.
b) ( ) 4030m.
c) ( ) 2041m.
d) ( ) 20,02m.
e) ( ) 204,1m.
240
REFERÊNCIAS
ASSIS, T. K. A.; MAGNAGHI, P. C. O método ilustrado de Aquimedes:
Utilizando a lei da alavanca para calcular áreas. ed. 1. São Paulo: Apeiron
Montreal, 2014.
241
FEYNMAN, R. P.; LEIGHTON, R. B.; SANDS, M. Lições de física. Porto Alegre:
Bookman, 2008.
HUTTER, M. L. Navegação nos séculos XVII e XVIII: rumo. São Paulo: USP, 2005.
242
______. História da física e ciências afins: Galileu, Descartes e a elaboração do
princípio da inércia. Revista Brasileira de Ensino de Física, Rio de Janeiro, n. 4,
v. 31, p. 4601, 2009.
243