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MÚSICA COMO FERRAMENTA DE ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS

Karoline DELUCA –FAG 1


Adriana BOEIRA– FAG2
Leandra FUMAGALLI – FAG 3

RESUMO: Este artigo começa analisando por que as músicas podem ser consideradas ferramentas
pedagógicas valiosas, principalmente para línguas Estrangeiras. Em particular, discutirá como as
músicas podem ajudar os alunos a melhorar sua capacidade de ouvir habilidades e pronúncia, e
como elas podem ser úteis no ensino de vocabulário e até em estruturas de frases. O autor também
discutirá como as músicas pode refletir a cultura e aumentar o prazer geral dos alunos em aprender
uma segunda língua. O autor tentará, então, mostrar, através da prática exemplos, como as músicas
podem ser usadas como tarefas de linguagem. Por fim, o artigo tem como objetivo explore como as
músicas clássicas para crianças podem ser adaptadas para se adequar a um tema específico ou
parte do currículo que um professor pode querer ensinar. As músicas desempenham um papel
importante no desenvolvimento de crianças pequenas aprendendo uma segunda língua. Uma prova
disso é a frequência com que as músicas são usadas em salas de aula de ensino de inglês em todo o
mundo.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Aprendizagem; Música; língua estrangeira ; Cultura.

INTRODUÇÃO

Com a música existindo como uma atividade coletiva ao longo da história


humana, pode-se levantar a hipótese de que a música poderia ser fundamental na
maioria dos contextos de aprendizagem da segunda língua falada.

A música, uma vez que ela é carregada de sentido, pode ser considerado um
gênero textual e possui características específicas, auxilia nas reflexões de diversos
temas e pode ser uma excelente ferramenta de ensino de língua estrangeira,
facilitando o aprendizado, possibilitando a interação com outros gêneros. Sendo
assim, o aluno memoriza melhor o vocabulário, aperfeiçoa a pronúncia e
compreende a mensagem transmitida, até porque a música é uma linguagem.
A razão pela qual foi escolhido esse estudo foi devido à facilidade com que as
mudanças no afeto do aluno podem ser observadas através da introdução da
música em uma sala de aula de aprendizagem de línguas.

1
Aluna do curso de graduação Letras Português e Inglês, Centro Universitário FAG. 7º período. E-
mail: askkarolline55@gmail.com
2
Especialista em Letras Português e Inglês, Centro Universitário FAG. E-mail:
adrianasilva@fag.edu.br.
3
Especialista em Letras Português e Inglês, Centro Universitário FAG Professora de Língua Inglesa
no Centro Universitário FAG. E-mail: Leandra.fumagalli@gmail.com
2

Uma quantidade substancial de pesquisas destaca como não apenas a


música pode adicionar na sala de aula, mas como a habilidade musical potencializa
o processo cognitivo.

E um fato é que estudantes de línguas que não tem familiaridade com uma
cultura-alvo e têm dificuldade em se expressar podem se conectar a influência
libertadora da música.

2 ANÁLISE DO CONTEXTO HISTÓRICO DA LÍNGUA INGLESA E


ESTRANGEIRAS

A diversidade de culturas que nela encontra expressão é um lembrete de que


a história do inglês é uma história de culturas em contato durante o passado 1.500
anos. Subestima-se dizer que as forças políticas, econômicas e sociais influenciam
uma língua. Essas forças moldam a linguagem em todos os aspectos, mais
obviamente em número e em extensão de seus falantes, e no que é chamado de
“sociologia da linguagem”. Mas também nos significados das palavras, nos acentos
da língua falada, e até mesmo no estruturas da gramática.

A língua inglesa de hoje reflete muitos séculos de desenvolvimento. A política


com eventos sociais que no curso da história inglesa afetou tão profundamente as
pessoas em sua vida nacional e eles geralmente tiveram um efeito reconhecível em
sua língua.

A cristianização romana da Grã-Bretanha em 597 colocou a Inglaterra em


contato com o latim e fez acréscimos significativos ao vocabulário. O escandinavo,
as invasões resultaram em uma considerável mistura dos dois povos e suas línguas.
Com Norman Conquest fez-se do inglês durante dois séculos a língua principal das
classes, enquanto os nobres e seus associados usavam o francês em quase todas
as ocasiões. E quando o inglês mais uma vez recuperou a supremacia como língua
de todos, os elementos da população, surgiu um inglês muito mudado tanto na
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forma quanto vocabulário do que havia sido em 1066. De maneira semelhante a


Guerra dos Cem Anos, a ascensão de uma importante classe média, o
Renascimento, o desenvolvimento da Inglaterra como poder marítimo, a expansão
do Império Britânico e o crescimento do comércio e indústria, da ciência e da
literatura, têm, cada uma à sua maneira, contribuído para o desenvolvimento da
linguagem. Mas foi uma verdadeira história de sociedades bastante divergentes, que
fizeram com que a linguagem mudasse e enriquecesse à medida que responde às
suas próprias necessidades especiais.

Uma abordagem científica para a linguística nos lembra que nenhuma


linguagem adquire importância, línguas tornam-se importantes por causa de eventos
que moldam o equilíbrio de poder entre as nações. Assim como Pinker diz:

“Como base nos estudos científicos, a música tem sido utilizada como
forma de comunicação e entretenimento, revelando a expressão dos
sentimentos de caráter cultural, social, político e religioso. Há que se
destacar que a música sempre esteve presente em todas as
sociedades desde os tempos mais antigos. Em razão de sua
característica subjetiva, a filosofia inclui a música entre as virtudes do
ser humano (Pinker, 2001, p. 553).

É claro que a linguagem de uma nação poderosa adquirirá importância como


um reflexo direto da política, econômica, tecnológica e militar força; assim também
as artes e ciências expressas nessa linguagem terão vantagens, incluindo as
oportunidades de propagação. É normal que uma língua adquira por vários meios,
incluindo o empréstimo de outras línguas, as palavras de que necessita.

Assim, qualquer linguagem entre as 4.000 línguas do mundo poderia ter


alcançado a posição de importância que a meia dúzia de línguas mais faladas
alcançaram se o as condições estavam certas. Inglês, francês, alemão e espanhol
são idiomas importantes pela história e influência de suas populações nos tempos
modernos; por esta razão eles são amplamente estudados fora do país de seu uso.
Às vezes, a cultura de uma nação foi em algum momento tão grande que sua língua
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permanece importante muito depois de ter deixado de representar grandeza política,


comercial ou outra.

O grego, por exemplo, é estudado em sua forma clássica por causa da grande
civilização preservado e registrado em sua literatura; mas em sua forma moderna
como falada na Grécia hoje a língua grega não serve como língua de comunicação
mais ampla.

2.1 MÚSICA COMO METODOLOGIA DE ENSINO (visão do professor)

Os professores são majoritariamente positivos quanto à incorporação da


música nas aulas de língua estrangeira (LE). Em diferentes pesquisas, os
professores mencionaram que acreditam que a música pode ser benéfica para
aquisição da linguagem, tanto para as competências linguísticas como para os
aspectos motivacionais ou culturais. Indicam também que cria um bom, ambiente
agradável, relaxante e que reduz os níveis de estresse.
Podemos apontar vantagens da música como metodologia no ensino de
línguas estrangeiras, como o estudo gramatical, compreensão auditiva, tradução,
ditado, ensino de cultura e vocabulário. Além disso, a música motiva o aprendiz por
transmitir mensagens que tocam no emocional deles, unindo, dessa maneira,
aprendizagem e motivação (GOBBI, 2001, p. 33-34). De tal maneira percebe-se o
que SANTOS e PAULUK dizem:

"Música é uma arte que interessa a todos as pessoas


promovendo, consequentemente um maior
entrosamento entre professor e alunos criando um
clima favorável a uma efetiva aprendizagem. Na
prática cotidiana os professores de Língua Inglesa
utilizam-se de canções em suas aulas visando tornar
as aulas mais prazerosas, possibilitando aos seus
alunos uma capacidade de aquisição do
conhecimento mais eficaz. (SANTOS e PAULUK,
2008, P. 09).
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Tudo isso com a ideia de que podemos usar poemas e músicas como:
materiais autênticos que trazem rimas, ritmos e suas palavras permanecem na
memória dos ouvintes também leitores.
Pode se dizer que por serem textos “reais”, ou seja, realizado para serem
declamados e ouvidos por todos, sem a preocupação com o uso de linguagem
complicada ou inserção de aspectos culturais, quando são utilizados de maneira
didática, possibilitam a união entre o espaço da sala de aula e a realidade do
estudante, fato que incentiva a aprendizagem tanto da língua Inglesa quanto da
língua Portuguesa.

2.1.1 APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESTRANGEIRA

Há muitas formas para esse aprendizado, por isso é trazido a música como
meio de ensino para se adquirir qualquer nova língua.
Na atualidade, lidamos com uma enorme diversidade musical. Há uma
“miscigenação musical” que ganha força no contexto social. Dessa forma, a música
instiga o pensamento que flui de forma intempestiva, além de ser um instrumento
valioso no processo de ensino aprendizagem, pois, contribui para o desenvolvimento
de habilidades, conceitos e vivência social das crianças (MOREIRA; SANTOS;
COELHO, 2014).

No contexto escolar a música também ensina o indivíduo a ouvir e a escutar


de maneira ativa e reflexiva. É por isso que as crianças que estão dentro do
ambiente escolar inseridas no contexto cultural-musical que lhes são propostos, a
partir daí ampliam suas habilidades de aprendizagem, haja vista que a diversidade
musical disponível contribui para tal processo. Portanto, as atividades musicais nas
escolas devem partir do que as crianças já conhecem desta forma, se desenvolve
dentro das condições e possibilidades de trabalho de cada professor (MOREIRA;
SANTOS; COELHO, 2014).
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O uso da música para a aprendizagem de línguas estrangeiras é


recomendado para uma série de razões psicoafetivas, sociais, linguísticas,
cognitivas, culturais e pedagógicas.

O grande objetivo para uma abordagem comunicativa é fazer com que o aluno
seja o maior privilegiado, o principal eixo dessa engrenagem, deixando para o
professor a função de orientador e mediador do conhecimento, essa abordagem
busca criar estratégias para que o aluno de língua estrangeira possa ter “uma
habilidade de fazer sentido como participante do discurso seja oral ou escrito.
(TOTIS, 1991 p. 29).

A partir de um do ponto de vista pedagógico, a música pode ser uma forma de


lançar a discussão e criar comunicação em que os alunos trocam seus pontos de
vista e interpretações.

Como muitos autores apontam, a música é divertida para os alunos e pode


criar um ambiente agradável e descontraído a atmosfera na sala de aula. Ao mesmo
tempo a música tem o poder para afetar nossas emoções e, assim, envolve o aluno.
Do ponto de vista linguístico, as canções são úteis para compreensão auditiva,
prática de pronúncia (especialmente prosódia), vocabulário aprendizagem
(especialmente expressões idiomáticas) revisão gramatical; e assim podemos ver o
que Murphey pensa sobre o papel da música: Cognitivamente, o fato de a música
"ficar nossas cabeças" sugere que desempenha um papel em nossa memória de
curto e longo prazo (Murphey 1992: 7). Destaca-se que a música atualmente é
considerada um poderoso meio de comunicação que chega a todas as classes
sociais e que além de agradar a quem ouve, agrega a seus valores os aspectos
sociais, culturais e afetivos de um povo. Assim sendo, é uma forma viva e rica da
manifestação do pensamento, da visão de mundo de certo grupo. (MURPHEY 1992,
apud HAZT e PAULUK, (p. 11). Assim GOBBI vem para apontar um fato:

“Se a música assume papel de destaque em vários


momentos da vida dos seres humanos, é importante
que ela esteja presente na educação. Se
observarmos nosso dia-a-dia, constataremos que a
música acompanha as pessoas em quase todos os
momentos de suas vidas, sejam eles momentos
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significativos de alegria ou de tristeza (GOBBI, 2001


p.09).

Esses autores provam como a música é mais do que só melodia, ela tem um
papel importante na vida de todos e está presente em todo lugar. Por isso utilizar da
música em ambiente escolar para se aprender uma nova língua é muitas vezes
motivador. Como esses autores afirmam: “As músicas são exemplos de uma
linguagem autêntica, memorável e rítmica” como defendem Ebong e Sabbadini
(2006) apud Costa e Cristóvão sobre as vantagens ao utilizar a música no ensino de
línguas. “

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O primeiro objetivo ao apresentar este artigo é apresentar um caso para o


desenvolvimento de músicas a partir de atividades em tarefas de aprendizagem de
línguas. O segundo objetivo é destacar como, com um pouco de iniciativa, os
professores podem adaptar as músicas das crianças para melhor se adequarem aos
seus objetivos de ensino. As músicas podem ser usadas como valiosa ferramenta de
ensino e aprendizagem. O uso de músicas pode ajudar os alunos a melhorar sua
audição habilidades e pronúncia; eles também podem ser úteis para ensinar
vocabulário e frases estruturas. Provavelmente, o maior benefício de usar músicas
em sala de aula é que elas são agradáveis. Infelizmente, apesar dessas vantagens,
simplesmente cantar canções não ensinará alunos como se comunicar em outra
língua. Usar músicas como tarefas pode ser uma forma de ajudando a transferir
palavras de músicas para uso e maximizar o potencial das músicas como ensino e
ferramentas de aprendizagem. Adaptar músicas infantis existentes é um método que
os professores podem usar para aumentar seu repertório de músicas, dando-lhes
assim mais oportunidades de usar músicas em seu contexto de ensino.
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REFERÊNCIAS

EBONG B., Sabbadini M.J. Developing pronunciation through songs.

GOBBI, Denise. A música enquanto estratégia de aprendizagem no ensino de língua


inglesa. 2001.

HAZT, Adriana Libera Parizotto; PAULUK, Ivete. A função social e lingüística da


música na aprendizagem da língua inglesa.

MOREIRA, A. C.; SANTOS, H.; COELHO, I.S. A música na sala de aula - a música
como recurso didático. UNISANTA Humanitas – p. 41-61; Vol. 3 nº 1, (2014).

MURPHEY, T. (1990). The song stuck in my head phenomenon: A melodic


din in the lad? System 18.1, 53-64.

MURPHEY, T. 1992. Music and song. Oxford : Oxford University Press.

PINKER, Steven 2003. The language instinct: How the mind creates language.

SANTOS, Jacinta de Fátima; PAULUK, Ivete. Proposições para o ensino de língua


estrangeira por meio de música.

TOTIS, V. P. Língua inglesa: leitura. São Paulo: Cortez, 1991.

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