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62 PSICOLOGIA DA SAODE

CONNER, M.; NORMAl<, P. (eda.) (1998), «Special issues Social cogoition modele lo
Psychology», Psychology and Healtb, 13, pp. 179-185. COGNiÇÕES
Este número especial apresenta a investigação recente no
campo dos modelos da co
social. O editorial oferece-nos uma panorâmica deste campo.
DE DOENÇA
'

ScHwARZER, R. (1992), «Self effícaey in the adoption and maintenance of health hcha
Theoretical approaches and a new model», in R. Schwarzer (ed.), Self
Efficacy,
Control of Adi"". Washington, De, Hemisphere, pp. 217-243.
Este capitulo dá-nos uma panorâmica interessante dos diferentes modelos e .

põe em relevo o papel fundamental da auto-eficácia para predizer os compcerame


saúde. Ilustra também uma abordagem quantitativa das
crenças de saúde.
Woonroa:, Ao; SnNNER, K; INGHAM, R. .(1992), . Yonng pecple talking abone
vrn ,and
Inte retatlOns of personal risk of infection», Health Educatien Rnearcb: Theory
Precnce, 7, pp. 229-247.
Este artigo ilustra a abordagem qualitativa das é
crenças de saúde e
um bom exemplq o capitulo 2 descreveu as
crenças de saúde os modelos que vêm ser
e a
modo como os dados qualitativos devem ser apresentados.
desenvolvidos para avaliar estas a:enças e sua relação com os comporta-
mentos de saúde. No entanto, os indivíduos também têm crenças acerca
das doenças. Este capitulo analisa o que significa para as pessoas ser
«saudável. e o que significa ser «doente», examinando estes conceitos
no contexto da forma como os indivíduos representam a doença a nfvel
cognitivo (as suas cognições e as suas crenças acerca da doença).
O cap/tulo tenta situar depois estas
crenças no modelo auto-regulador
de Leventhal e discute a relação entre as cognições da doença,
a percepção dos sintomas e o
comportamento de coping. Examina
por fim as relações entre cognições de saúde e resultados de saúde.

Este capítulo incide sobre:


· O que significa ser-se saudável?
· O que significa estar doente?
· O que são cognições de doença?
· O modelo auto-regulador de Leventhal sobre
o
comportamento de doença.
A
percepção dos sintomas.
·

·
Coping
·
Cognições de saúde e resultados de saúde .

ue significa ser-se saudável?


.

a a maioria das pessoas que vivem no mundo ocidental, ser saudável é a


a
maioria das pessoas é saudável durante a maior parte do tempo.
tal, as crenças sobre o estar doente existem no contexto das crenças
o
ser saudável (por exemplo, a doença significa não estar saudável,
significa sentirmo-nos diferentes do habitual, erc.). A Organização Mun-
Saúde (1947) definiu saúde como «um estado de completo-bem-estar
mental e social .. Esta definição apresenta uma vasta visão multidimen-
de saúde que se afasta da tradicional ênfase médica apenas na saúde
Este modelo multidimensional surgiu nos últimos anos em consequência
!>sJtqJ1COGlADA SAIlDE
CoGNlÇOES DE DOENÇA 65

de vários estudos qualitativos que


fizeram a leigos a seguinte uências futuras: por exemplo, viver mais tempo.
significa estar saudável? Por exemplo, a pergunta:
partir de uma perspectiva da aIl !í5:"ciade: por exemplo, não estar doente, oenhuma doença, sem
pologia social, HeIman (1978)
ii teoria
exploroua medida em que as crenças inere mas.
humoral do século xvm sobreviveram ao lado da
medicina com'eJilt
na!, centrando-se, nomeadamente, no ditado «dá de -

9'95)afirmou que a
comer às consripaç maioria das pessoas demonstrava r:r un;'a d fini-
mata a febre à fome», e defendendo que os de saúde (não só como a ausência da doença) q e rncl mais do
construtos leigos pod
conceptualizar-se de acordo com as dimensões
factores físicos e psicológicos. Sugeriu que a samdade e o estahdo
,

Por exemplo, problemas de -quenteJfrio. e «molhado/se


pulmões seriam consideradas maioria das pessoas e representa o pano de fundo das crenças so re
(por exemplo, febre, rubor da face, «quentes e s
«frios e molhados (por exemplo,
garganta seca, tosse sem expectoração) tOs estndos psicológicos sobre as crenças dos idosos (Hall et a,
dores mnsculares). Do
frio, tremores, calafrios,
mesmo modo, os sociólogos da Medicina
mal-estar, vir " oas
P que sofrem de doença cróuica (Hays e Steward, 1990)
e.
e

d eau e t I 1998) referem que tais indivíduos tambem


também e orman a."
raram as concepções leigas de saúde. Herzlich
(1973), ,- saúde de
.

tou 80 franceses e categorizou os por exemplo, ent uma forma multidimensional. Isto 10 dica ai guma
'"'o en e
«saúde como vazio», o
seus modelos de saúde em três dimen as perspectivas de saúde dos profissionais ( ?MS) e os
que implica ausência de
relacionada com a força física e a
doença; <reserva da saú perspectiva multidimensiooal que implica factores fíSICOS e pSICO-
resistência à doença; e <equílíbrío», o
indica a consciência plena da
reserva de saúde do indivíduo.
pediu igualmente a 9000 sujeitos Blaxter (19
que descrevessem alguém que considerass.
saudável e que ponderassem «o que o
leva a dizer que a pessoa é saudáv
e
<quando está saudável, como é? Foi feita significa estar doente?
uma análise qualitativa a
amostra desses sujeitos. Para
alguns, saúde significava simplesmente não e.l
doente. Todavia, para muitos a saúde estudo sobre as crenças dos jovens adultos, Lau (1 95) também
era olhada em termos de
vida saudável cheia de reserva, u tou: -O que significa estar doenteê» As respostas indicaram as
comportamentos de saúde, boa forma física, ter que usam para conceptnalizar a doença:
e
vitalidade, relações sociais com os Cner
outros, ser capaz de funcionar com eí
da uma expressão de bem-estar
e

forma como o conceito de saúde


psicossocial. Blaxter também
variava ao longo da vida e
examino
investigou
s: se sentir normal: por exemplo,
'i7ttómas específicos:
por exemplo,
_ ã e est u a e?tir bem ».
fislOlogJcosl S1CO OgJcos.
diferenças sexuais. Além disso,
CaInan (1987) explorou as n. "" por exemplo, cancro, consnpaçao, depressao.
_

femininas em Inglaterra e crenças de saú_ ooenças especiiicas:


f"
argumentou que os seus modelos de saúde podi 'COnsequências da doença: por exemplo, «Não consigo f
_ .

ser conceptnalizados em dois azer o que cos-


conjuntos de definições: definições positi tumo fazer'.
incluindo energético, muito exercício,
"j)imensão temporal: por exemplo, quanto tempo vao d urar
_

sentir-se em forma, comer adequa o s


sinto-
mente, ter o peso certo, ter uma visão positiva e
boa vida/casamento; e mas.
definições negativas incluíam não ter
sentir sau dá vei,I
.

tosse e constipações, só .A ausência de saúde: por exemplo, não se


vez de cama e fazer as ter estado
consultas de rotina nada de
_

A é errado.
questão de eo que saúde? também foi dimensões acerca do «que significa estar doente. têm sido descritas
explorada de um ponto de v'
psicológico, com especial incidência
nas cognições de saúde e doença. Por o das
cognições de doença (também denominadas crenças ou repre-
plo, Lau (1995) verificou que, ex de doença).
quando era pedido a adultos jovens e
que descrevessem pelas suas saudá
próprias palavras «o que significa
dável? o, as crenças de saúde para si ser s
poderiam ser compreendidas dentro
das seguin
dimensões:
e são cognições de doença?
·
Fisiológica/física: por exemplo, boa /entbaI e
·
condição física, ter energia. colaboradores (LeventbaI et ai., 1980, 1997; LeventbaI e Nerenz,
Psicológica: por exemplo, feliz,
·
enérgico, sentir-se bem psicologicament definiram cognições de doença como «crenças implícitas do enso co-
Comportamental: por exemplo, comer, .
.

dormir bem.
.. Os autores sugenram que
o paciente tem sobre as suas doenças
66 PSICOLOGIA DA SAÚDE
COGNIÇÕES DE DOENÇA 67

estas cognições proporcionavam aos pacientes apoio de um esquema


o
adultos saudáveis. As descrições da doença resultantes dessas
coping com e compreensão da sua doença e lhes dizer o
que devem ter
atenção, no caso de estarem a ficar doentes. Utilizando entrevistas geriram a existência de crenças subjacentes constituídaspelas
com s acima referidas. Leventhal afirmou que as entrevistas eram a me-
tos que sofriam de diversas doenças, Leventhal e
colaboradores identifica,' de acedermos às cognições de doença, uma vez que esta metodologia
cinco dimensões cognitivas destas crenças:
-

<;ibilidade de os sujeitos
,
ficarem de sobreaviso. Por exemplo, per-
·
Identidade: refere-se à etiqueta dada a sujeito _Até que ponto pensa nas suas doenças em termos das
uma doença (o diagnóstico
dica) e aos sintomas sentidos (por
.

exemplo, eu tenbo uma constip consequências? irá obviamente encorajá-lo a ver essas conse-
..:0 diagnóstico»,
eu nariz a pingar, «os sintomas»], nio uma dimensão importante do problema. No entanto, de acor-
,-
-

·
Causa percepcionada da doença: estas causas tha1, as entrevistas encorajam os sujeitos a expressar as suas
podem ser biol
(vírus ou lesões) ou psicossociais (stress ou l!nç'lS e não aquelas que o entrevistador desejava ouvir.
comportamentos lig
saúde). Além disso, os pacientes podem ter representações da d
que reflectem diversos modelos causais (por
exemplo: -A minba .

tipação foi causada por um vírus»; -A minha constipação foi ção quantitativa
cau
pelo cansaço»), -

estudos usaram metodologias mais artificiais e controladas, e estes


·
Dimensão temporal: refere-se às crenças do paciente relativas- omprovaram estas dimensões cognitivas de doença. Lau e colabora-
tet;'J:0 que adoença irá durar, isto é, se é aguda (de S9) usaram uma técnica de escolha de cartões para avaliar a forma
curta duração)'
cronica (de longa duração) (por exemplo, .A minha constipação jeitos conceptualizavam a doença. Pediram a 20 sujeitos para sepa-
passar dentro de poucos dias»),
· afirmações em lotes que fizessem «sentido para eles .. As afirmações
Consequências: referem-se às percepções dos pacientes
acerca dos -º previamente dadas como resposta ao pedido de descrever a «sua
síveis efeitos da doença
nas suas vidas. Tais consequências podem,
físicas (dor, falta de mobilidade),
emocionais (perda do conta
,. ,
recente Os autores afirmaram que os grupos de categorias que
..
social, isolamento) ou uma combinação destes factores (
'
fizeram reflectiam as dimensões da identidade (diagnóstico/sinto-
-A minba c consequências (os possíveis efeitos), da dimensão temporal (quanto
tipação vai impedir-me de jogar futebol, o que obstará a que eu
est
com os meus amigos»). durar), das causas (o que causou a doença) e dacuralcontrolo (como
·
Possibilidade de cura e controlo da !li ser tratada).
doença: os pacientes tam '. -

descrevem as doenças em termos de


,
de estudos experimentais, realizados por Bishop e colaborado-
e
acreditarem, ou não, que ela p "

ser tratada e curada, e em que medida é que as


consequências
mau a existência destas dimensões. Por exemplo, Bishop e Converse
doe ça podem ser controláveis, seja pelos resentaram aos sujeitos descrições breves de seis sintomas diferentes.
próprios, seja por ou
sentidos como poderosos (por exemplo, «Se eu s foram distribuídos, aleatoriamente, por dois conjuntos de descri-
descansar, a minha
tipação desaparecerá», «Se eu tomar os medicamentos receitados
p
"tipo elevado, no qual todos os seis sintomas tinbam sido previa-
médico, a minba constipação desaparecerá»}, usiderados associados à mesma doença, e protótipo reduzido, no qual
ais dos seis sintomas tinbam sido previamente considerados associa-
doença. Os resultados demonstraram que os sujeitos colocados
a
Provas destas dlmens6es do protótipo elevado davam nome à doença com maior facilidade
ao
das crenças de saúde ão do que os sujeitos que tinbam sido colocados na condição do
'reduzido. Os autores afirmaram que estes resultados demonstravam
.

Tem sido estudado até que ponto estas


crenças de doença são constituí da do papel desempenbado pela dimensão da identidade (diagnós-
por diferentes dimensões, sendo usadas duas metodologias
principais _
"mas) das representações de doença e sugeria também que há algu-
tigação através de entrevistas e investigação sístência no conceito que as pessoas têm da identidade das doenças.
experimental.
Investigação qualitativa . so, foi pedido aos sujeitos que descrevessem pelas suas próprias pala-
que mais acha que pode estar também associado à situação dessa pes-
Leventhal e
colaboradores realizaram entrevistas com indivíduos afec Os autores afirmaram que 91 % das associações caiam nas dimen-
dos por doenças crónicas, recentemente diagnosticados como portadores '

representações de doença descritas por Leventhal e colaboradores.


68 PSICOLOGIA DA SAúDE COGNlÇOES DE DOENÇA 69

No. também que a dimensão das consequências (os 1l.jíud,J.!a perceber quaisquer sintomas em desenvolvimento. Estas
entanto,. de comportamento de
efeitos) dimensao temporal (quanto tempo irá durar) eram as menos ,d,JeliLça foram incorporadas num modelo
e a

cionadas. a relação entre a representação cognitiva de doença do


alisar
é
Existem também, noutras culturas, algumas evidências de
uma estrü (j seu consequente comportamento de coping. Este conbecido
semelbante das representações de doença. Weller (1984) analisou os InO 'fi de auto-regulação do comportamento de doença.
de doença dos americanos de
língua inglesa e dos guatemaltecos de lí
castelbana: Os resultados indicaram que a
doença era predominanten
conceptualizada em termos da possibilidade de contágio e gravidade. Lau (1 >,10 de auto-regulação
afirmou que o contágio é um elemento da dimensão causa (a doença é ca -

,órtamento
por um
)
e a gra'7dade é
uma combinação da dimensão magnitude'
onsequenC1as J?l:cepClonadas e das
e que a doença
crenças sobre a dimensão temporal (c.'
ira ectar a minha vida e quanto tempo irá durar), o que '"
pÇil de Leventhal
encontro do descrito por Leventbal e colaboradores. íncorporou a sua descrição de cognições de doença no modelo
-

ação do comportamento de doença. Este baseia-se em aborda-


ção de problemas e sugere que os indivíduos lidam com as doen-
s, da mesma forma que fazem com outros problemas (ver capítulo
Medindo as cognições de doença
O"ofinenores de outros modelos de resolução de problemas). Este
Embora tenba sido afirmado que o método preferido para analisar as lJIIie que, perante um dado problema ou uma mudança no estado
este ficará motivado para resolver o problema restabelecer
e o
é
ças de doença a entrevista, esta consome muito tempo e só pode envolver
"

número ,de sujeitos. De modo a investigar com maior precisão' normalidade. Os modelos tradicionais descrevem a resolução de
crenças
. t do
individuaisde doença, investigadores da Nova Zelàndia e do -, ,;;;. três fases: 1) interpretação (tornar o problema compreensível);
Uni.do desenvolveram o lidar com o problema de modo a voltar ao estado de equilíbrio);
Illness Perception Questionnaire (por exem'
199 ). --,i (estimar quanto a fase de coping foi bem-sucedida]. De acordo
We et
": Este questionário pede aos sujeitos para classificá,
ser!e de açoes sobre a sua doença, afirmações essas que reflect .- .
estas três fases continuarão até
los de resolução de problemas,
de bem-sucedidas e o estado de equilíbrio seja
dimensoes da identidade (por exemplo, um conjunto de sintomascomo d ,égias coping sejam
de saúde e doença, se o ser saudável é o estado normal do
cansaço), das consequências (por exemplo, «A minha doença teve importar .termos
consequências na minha vida»), da dimensão temporal (por exemplo .A '. então qualquer início de uma doença será interpretado como um
nba doença irá durar pouco rempo»), das causas (por e o indivíduo estará motivado para restabelecer o seu estado de
exemplo, .0 ess
um factor importantíssimo para o surgimento da minha doença») e da ClI doente não é o seu estado normal).
à
Icontr lo (por exemplo, «Há muita coisa que eu posso fazer sesrio modelo de auto-regulaçãotêm sido aplicadas saúde através
para controlar' do
meus sintomas»]. Este questionário tem sido utilizado para estudar as '. ,de auto-regulaçãodo comportamento de doença seguinte modo
cr
de doenças como, por exemplo, a sindrome de fadiga .3.1).
cróuica, diabetes e a
te, e vem dar mais apoio às dimensões das cognições de doença (Welnman
Petrie, 1997). Na mesma linba, Home e colaboradores (1999) desenvolverão
um uestionário para avaliar as crenças sobre a medicina e que foi conce
íi Il'!terpretação
..
tualizado em duas dimensões: «necessidade» (para reflectir se a medicina
considerada importante) e «preocupações» (para reflectir se o ílldi.víduo pode ser confrontado com o problema de uma potencial
indivíduo'
p eocup: co os ,efeitossecundários). Os autores
argumentaram que os inç jílravés de dois canais: percepção dos sintomas (tenho uma dor no
víduos tem nao so crenças sobre a sua saúde como também sobre os medi mensagens sociais (o médico diagnosticou esta dor como sendo angi-
'

mentos que tomam ou que se lbes pede que tomem. írl). De acordo com as teorias da resolução de problemas, a partir do
e1D que, através destes canais, o indivíduo tenha recebido informa-
_. a
Em resumo, parece que os indivíduos podem ter crenças consistentes sol"
a doença,
crenças estas que podem ser usadas para atribuir sentido às SUO _" a possibilidade de ter urna doença, estará então motivado para voltar
PSICOLÕG!A DASAOoB
COGNIÇOES DE DOENÇA 71

ReprBll6lltaçOes
duas amplas categorias de coping que incorporam a multipli-
da!llllllllÇll urras estratégias: coping de aproximação (por exemplo: tomar
para li. saúde tbiS',ir ao médico, descansar, falar com amigos sobre as suas emo-

·
.-
'Causa

·
ConsequênclaB
El'llluçAo
CuralcontroIo
tllg de evitamento (por exemplo: negação, crença na realidade do
-do depara com o problema da doença, o individuo desenvolve
l!lli<l' de coping numa tentativa de voltar ao seu estado de norma-

1
lÍivel.

ponderação
emocIooaJ -' fase do modelo de auto-regulação é a ponderação. Isto envolve a
à!llllllllÇll
par8asaúda
'ividual da eficácia da estratégia de coping e a resolução de conti-
.
Medo
ou, pelo contrário, optar por uma estratégia alternativa .

.--
.
Depressão

Figura 3.1. O modelo de euto-regulaçêo do


comportamento de doença de le\Ienlhai que este modelo se denomina
Ilação?
ao s.eu estado de
normalidade «sem problemas Tudo isto
sentido ao proble . De acordo .. implica atrí ! Q"es,'!a é visto como auto-regulador porque as três componentes do
com Leventbal, pode-se dar sentido .

coping e ponderação) se inter-relacionam de modo a


blema o aceder as cognições que o ao retação,
individuo tem acerca da
tal, os sintomas e as doença. G' tus quo (isto é, regulam o self). Como tal, se o estado normal de
mensagens sociais irão contribuir para o (saúde) é perturbado (pela doença), o modelo propõe que bá
dess:," c gniç es de doença que serão desenvolvirií
mes construídas de acordo com à
para voltar ao equilíbrio, isto é, normalidade. Esta auto-regula-
seguintes dimensoes: Identidade,
causa, consequências, dimensão tempo que os três processos se inter-relacionem de um modo dinâmico e
c.un"'contro.I .
ep esentações cognitivas do «problema. dar-lhe-ão Por isso, ocorrem interacções entre as diferentes fases. Por exemplo:
tido e pe t1ráo ao mdivíduo
desenvolver e considerar as
das de copmg. estratégias adeqt
'"percepção dos sintomas pode resultar numa mudança emocional,
o entan.to, a
representação cognitiva não é a única
consequência da 'pode exacerbar essa mesma percepção (por exemplo, «Sinro uma
cepçao dos smtomas e das mensagens
sociais. A identificação do problema' 'no peito. Então fico ansioso. Agora sinto mais dor quando toda a
doença .também.resultará em
mudanças no estado emocional. Por atenção está aí focalizada. ).
exemp
percepaonar o smtoma da dor e receber a .

d mensagem social in dicand o que indivíduo optar por usar a negação como estratégia de coping,
I'
-

po era estar re acíonada com a


doença coronária pode resultar em .

opção pode ter como resultado uma redução na percepção dos


Co mo tal ,
.
ansi
q :"quer estratégias de coping terão de estar relacionadas tomas, uma diminuição de quaisquer emoções negativas e uma mu-
com as cogmçoes de doença tll
como com o estado emocional do
indivíduo. nça na sua cognição da doença [ «Esta dor não é muito forte. (nega-
); «Agora, sinto-me menos ansioso. (emoções); .Esta dor não vai
muito. (dimensão temporal); «Esta doença não vai ter quaisquer
Fase 2: coplng sequências graves no meu estilo de vida. (consequências)].
avaliação positiva da eficácia da estratégia de coping pode, só por
A
f seguinte o.modelo de auto-regulação é o
tifi caçao das. estratégias adequadas de
desenvolvimento e a ide
coping. O coping pode
assumir v
.
ser uma estratégia de coping (por exemplo, «Os meus sintomas
em ter diminuído com os exercícios de relaxamento», podendo
formas que irao ser posteriormente discutidas ser uma forma de negação).
"

em pormenor. No enmJI'
72 PSICOLOGIA DA SAúDE COGNIÇOES DE DOENÇA 73

.,j:/IJ.\lllJm instrução superior tempo de duração médio da sua doença


e o

anos.
Testar uma teoria lento experimental O estudo envolveu um delineamento transver-
Representações de doença , do todos os sujeitos preenchido o questionário urna vez.
Foi enviado um questionário aos sujeitos composto pelas seguin-
e
coplng dídas:

Um estudo
para analisar a relação entre as represenlaçlies Illness Perception Questionnaire. Este questionário mede as repre-
de doença, o cop/ng e a adaptação psicológica nos IndlvfdlJ .

.l!lções da doença e inclui itens referentes aos seguintes aspectos des-


com a slndmme de fadiga crónica (Moss-Morrls et ai., 1 _

!§lresentações:
Jderttidade: consiste num conjunto de 12 sintomas principais (por
Este estudo analisou a inter-relação entre
as representações de doença
coping e aadaptação psicológica, no contexto da síndrome de fadiga plo,
a dor) e de 13 sintomas
específicos da síndrome de fadiga
g6nica (por exemplo, cansaço). Foi pedido aos sujeitos
que classifi-
nica, O objectivo do estudo consisria em testar directamente os compo
,cassem cada sintoma, numa escala que ia ao «nunca» ao «sempre»,
tes do modelo de auto-regulação de Leventhal e analisar se o modo'
-

deacordo com a frequência com que o tinham sentido,


qual o individuo dá sentido à doença (a sua representação da do i!;l!o!uçào: consiste em itens relacionados com o tempo de duração
como lida com ela (as suas estratégias de coping) se relacionam com
glle os individuos previam para a doença (por exemplo, .A minha
nível de funcionamento (a medição dos resultados).
> drome de fadiga cr6uica vai durar muito tempo».
Controlo/cura: consiste em itens relacionados com o grau em que os
sujeitos acreditam que a sua doença pode ser controlada/curada (por
Antecedentes
exemplo, «Há muita coisa que eu posso fazer para controlar os meus
A síndrome da fadiga cr6uica (por
vezes, denominada encefalomie_ sintomas» ).
iÇcJnsequências: foi pedido aos sujeitos que categorizassem frases
miálgica ou de síndrome de fadiga pós-viral) vem interessando os psi res-
gos há mais de uma década, uma vez que parece não ter urna origem p, peítanres às suas percepções das possíveis consequências da doença
mente orgânica, nem ser urna perturbação psiquiátrica. Alguns dos (por exemplo, .A minha doença afectou fortemente o modo como eu
ricos actuais sugeriram que a síndrome de fadiga cr6uica poderia ser
,_
,me vejo como pessoa»),
lhor caracterizada como uma interacção entre factores psicol6gicos e Ç4usa: os sujeitos também categorizaram frases relacionadas com a
cos e as respostas cognitivas e comportamentais que fazem a medi causa da doença (por exemplo, stress foi um factor essencial para
.0
entre uma doença orgânica grave e uma síndrome cr6uica. Devido ao II'
ºaparecimento da minha doenças].
sível papel desempenhado pelas cognições na manutenção/progressão lil;iJtégias de coping: os sujeitos preencberam uma versão reduzida do
síndrome de fadiga cr6uica, Moss-Morris e colaboradores quiseram a ntário COPE (Carver et ai., 1989), destinado a medir aspectos do
sar o papel das cognições da doença e estratégias de coping no nível ing, Os autores incluíram itens relacionados com o coping focali-
funcionamento dos indivíduos. .0 no problema (por exemplo, coping activo, planeamento, supres-
o de actividades incompatíveis, procura de apoio por razões práti-
h coping focalizado nas emoções (por exemplo, reinterpretação posi-
Metodologia e.crescimento, expressão das emoções, procura de apoio emocional),
'/lg por descomprometimento comportamental (por exemplo, con-
Sujeitos Foram convidados a
fazer parte deste estudo 520 membros de substânciast6xicas como forma de distracção) e coping por
Sociedade de Encefalomielite Miálgica da Nova Zelândia e Austrália, omprometimento mental (por exemplo, crença na realidade do
quais 308 enviaram o seu consentimento, sendo-lhes posteriormente en ,'0).
,
do um questionário. No total, 233 doentes (189 mulheres e 44 homei e! de funcionamento. Os sujeitos preencheram uma escala de saúde
preencheram e enviaram o questionário, tendo sido inclnídos na aná .

tal de cinco itens (MHI5), como forma de aferir a adaptação psicoló-


dos dados. Os sujeitos tinham entre 18 e 81 anos; 61 % escala de vitalidade de quatro itens (Ware e Sherbourne, 1992)
eram casad
iT4 PSICOLOGIA DA SAOoE
COGNIÇOES DE DOENÇA 75

para aferir o seu bem-estar subjectivo e o


et al., 1981), como medida da
Sickness Impaa Profile lan minha doença de uma forma posi-
tentar encarar a

disfunção. Ildo
,,'
b':cias.).
Por fim, os resultados que a
demo
doença iria durar milito tempo (a representaçao d: doen )
-da com o coping, nomeadamente através da supressao de aer-
Resultados
, .

e
descomprometimento comportamental (por exemp '
ílea ::a doença
é crónica e lido com ela não tendo
outras acn-
A
.
d

}
relação entre os componentes bstãncías-), e a crença de que a doença era causada
das representações de doença relacionada
Os resultados estava
com o descomprometiment? com-
demorlStraram que uma forte identidade I
de doença '(po'
relacionada com a
crença de que esta iria ter .
rexemp 0,..: Acredito que foi o
stress que levou ao surgunento
consequências graves @epça e lido com ela bebendo álcool»),
J'

uma maior dimensão temporal crónica


a
(por exemplo, <Eu tenho m '
tomas, minha doença tem
consequências graves na minha vida e a
as repres entações de doença e o nível de funcionamento
.
que irá durar milito tempo. l. A "

duração crónica da doença


'

.' demonstraram que os compo nentes da representaçao da


_

da com estava rela


crenças mais negativas
acerca das consequências da .
à denridade da doença, às
. "

crença de esta ser menos controlável e


exemplo, <Acredíro que a
ter menos possibilidade de
minha doença durará milito
mesma,ê,
cuiit
I mesma
causas eD1OC10ruus, a contra labilidadel
às suas consequências se associavam de um .modo
e

sequências graves tempo, que têni ente com as m edidas de funcionamento. Isto sugeriu que
na minha vida e que não pode
da. l. Além disso, a ser controlada nem tiobam tido mais sintomas, que acredi que a doença
tav
crença de que a síndrome de
por factores psicológicos
crença nas consequências
fadiga crónica era ca
(por exemplo, stress) foi relacionada
graves da mesma (por exemplo,
com urna mostraram mve
: controlo,
que esta era causada pelo stress tinha onsequen-
'IS' baixos de adaptação psicológica e bem-
,

foi causada pelo

Relação entre as
stress e tem consequências
-A minha d
graves na minha vidas],
/0
entre
_ como níveis mais elevados de disfunção.

de coping e os níveis de funcion ento.


as estratégias
._
representações de doença e :,'
Os resultados as estratégias de CfJping ,

Itado. análise demonstraram que a disfunção psicológica e o


demonstraram a existência de uma
a identidade (a
representação da doença) e
correlação positiva
estratégias de coping co
'

-estar d<=:.
psicológico estavam r el aClOnados com o descomprome-
.

planeamento, exprimir emoções,


mental (por exemplo, «Eu tenho
planos de acção, falando dos
meus sintomas, utilizando
descomprometimento comportamen
muitos sintomas e lido COm eles Em
meus sentimentos, tentando
substâncias como o álcool e
abstraír-m -
, ,
d, J::m rtamental e mental e que a adaptação pSIco.lógIca
a
reinterpretação p sitiva, a p:ocura de ap l1o emocional,
Q'lliSumo de substâncias e a
nao expressao das emoçoes.
.. va

por crenças na realidade dos deixando-me


desejos»}, Os resultados também
ram a existência de demo
uma relação positiva entre as consequências (a r
sentação da doença) e
as estratégias de coping,
supressão das actividades como o planeamento
incompatíveis, a procura de apoio Itados deste estudo co nfirm am a associação esperada entre variá-
expressão das emoções e o emocion
descomprometimento mental (por
-Acredito que a minha
vida e lido com ela
doença tem vindo a afectar
fazendo planos de acção, deixando de
seriamente a
exe 'rivas (representações de doença e copmg e Ivel de funciona-
adaptação pSlcológIulca,
l';'
bem-es!:a;" e disfunção) na smdrome d e fadiga
. .
')
actividades, falando com os praticar out Além disso, os res ta d os apOIam o modelo de auto-regulação de
meus amigos sobre os
expressando as emoções e
pensando noutros assuntos.).
meus sentimen uma vez que as represen ções da doença se rela-
'Jl 1J'": :a::tados
Além disso de copmg
resultados demonstraram a
existência de uma relação positiva
trolo interno/cura (a representação da entre o có
com as estratégias
funcionamento). No entanto, deVldo a transversal do
e
co?,
a me

doença) e as
estratégias de copin
"

é nan:r= . _

tais como o coping


activo, o planeamento e a
!lento experun ental, não possível afumar se sao as representaçoes
, ,

uma relação negativa com o reinterpretação positiva;, ça que causam as mu danças nas estratégias de copmg e nos resulta-
descomprometimento comportamental ( tal como concluíram os autores, -apenas um delineamento experi_
exemplo, -Acredito que posso : '

controlar/curar a minha J prospectivo d e bl .

doença, lidar com po Vl[ a clarifi car alguns destes pro emas ..
76 PSICOLOGIA DA SAtlDE COGNIÇOES DE DOENÇA 77

Problemas da avaliação ,:!J111cLlliç:ade sintomas e não numa visão mais precisa de tais
Este processo dinâmico e
auto-regulador sugere um modelo de c
complexo. e e evidente
bom-senso, no entanto, coloca
alguns proble
que respeita as tentanvas de rntervenção e
avaliação. Por exemplo:
inlç:õBi5, ambiente e percepção de sintomas
l!n! baket (1982) tambémsugeriram que a percepção dos sinto-
1. Se os
'!llerentes componentes do modelo de auto-regulação i".1.' por factores como o humor, as cognições e o ambiente
entre SI, devenam eles ser medidos separadamente? Por
exemplo ' do humor na percepção dos sintomas é particularmente claro
ça de que uma doença não tem consequências
..

graves é uma dor, havendo mesmo auto-relatos de ansiedade crescente no


de doença ou
uma estratégia de coping? vência da dor (ver capitulo 11, para uma discussão da dor e
2. Se os
difereutes componentes do modelo de auto-regulação in ansiedade foi a explicação proposta para a redução
disso, a
os componentes poderão
ser utilizados separadamente para p de placebos, uma vez que tomar qualquer tipo de medicamento
os resultados ou deverão ser encarados
como ocorrendo em!!l:"'- mprimido de açúcar) pode reduzir a ausiedade do individuo,
n o? Por exemplo, a ponderação de
que os sintomas podem sentimento de controlo sobre a doença e resultar numa dimi-
nuzados é um resultado bem-sucedido ou uma forma de
negação er capitulo 12, para discussâo da ansiedade e uso de placebos).
estratégia de coping)?
ltivo do individuo também pode influenciar a percepção dos
Os processos é comprovado, mais uma vez, pelos efeitos placebo, uma vez
,

individuais envolvidos no modelo de


auto-.r"llulaçiiÓ tívas individuais de recuperação levam a uma redução da per-
agora examinados de forma mais
pormenorizada.
tomas (ver capitulo 12). Ruble (1977) realJzou um estudo no
pu as expectativas de mulheres em relação ao inicio da meus-
tItora fez às mulheres um «teste fisiológico de precisão» e infor-
Fase 1: interpretação Ue a menstruação estava para chegar muito brevemente, ou que
.,
pelo menos uma semana. Foi posteriormente pedido a essas
Percepção de sintomas descreverem quaisquer sintomas pré-menstruais. Os resultados
que acreditando estar prestes a meustruar (embora não o esti-
Diferenças individuais na percepção de irava o número de sintomas pré-menstruais descritos. Isto indi-
sintomas de uma associação entre o estado coguitivo e a percepção dos
Sint mas
.como febre, dor, nariz a pingar ou detecção de um ebaker também afirmou que a percepção dos sintomas está
Ic:varo indivíduo a caroço p
!",usar n possibílídade de doença. No entanto, a p tom o nível de atenção do individuo e que o aborrecimento e
çao dos sintomas nao COUSUtlu
.

um processo linear. Pennebaker (198 estímulos do ambiente podem resultar numa descrição exagera-
ou que existem diferenças individuais
no nível de atenção que as .
as, ao passo que a distracção
e o desvio da atenção
para outros
dispensam aos seus estados internos. Por de levar a subestimá-los (Penuebaker, 1983).
isso, enquanto alguns indiv
podem, por vezes, estar atentos ao seu interior e :
.

"

mais sensíveis aos sinr que vem corroborar a teoria de Pennebaker. Sessen-
do recente
utros podem estar mais atentos ao exterior e menos sensíveis às
mu ulheres hospitalizadas por parto pré-termo receberam, a1eatoria-
internas. No entanto, Pennebaker sugeriu que
estas diferenças não são ação, distracção ou nada (van Zuuren, 1998). Os resultados
tentes c m as diferenças no
grau de precisão com que os indivíduos id ..
que distracção tinha
a o efeito mais benéfico nas medidas de sinto-
cam os s tomas. um estudo que avaliava a precisão e psicológicos, o que sugere que a percepção de sintomas é influen-
na detecção de mu
ças do ritmo cardíaco, Pennebaker (1983) afirmou que os
indivíduos atençâo. Os diferentes factores que contribuem para a percepção
atentos ao estados internos
tinham tendência a sobrestimar as mudanç. são ilustrados por uma condição que denominamos: «ioença
ntrno cardíaco, quando comparados com os sujeitos
tes de Medicina», descrita por Mechanic (1962). Grande parte
c

focalizados no
Também se demoustrou que o (o,do
estar focalizado internamente estava rela . de Medicina envolve a aprendizagem dos sintomas asso-
do com a percepção de e-: a curso
uma recuperação mais lenta da doença (Miller .

multiplicidade de diferentes doenças. Mais de dois terços dos


1987). Estar focalizado nos estados
internos pode resultar numa percep_ de Medicina descrevem, falsamente, que em dada altura da vida
COGNIçOES DE DOENÇA 79

()$SUllollU'S{/lJç'ª ()â estudar, Talvez este fenómeno possa séC'

J:Ijffl16p Ql! estudantes de MediCÍI1a ficam bastante


ansiosos devi e interesse demonstrado pelo modo como as pessoas lidam com os
sua carga de trabalho; esta ansiedade pode a percepçã
qÍLiíls, u,." mudanças aumentar emas,
,
incluindo as doenças, reflecte-se na literatura florescente
fisiológicas, tomando-os, assim, mais atento
estados mternos.
nto e está intimamente ligado com a investigação sobre a
forma de
. dor stress (ver capítulos 10 e 11). Esta secção vai analisar três
e o
Cognição: os estudantes de Medicina
encaram os sintomas como diferentes às teorias de coping: 1) coping com um diagnóstico;
o curso, o que pode resultar numa focalização nos próprios es
'.
m a crise de saúde; 3) adaptação à
mtemos. doença física e teoria da adapta-
.
Social: quando um estudann- Estas diferentes abordagens teóricas
têm ímplicações na compreen-
começa a
percepciollar sintomas é p
,

vel que outros colegas tllnç as entre as estratégias adaptativas e não adaptativas, de coping e
sofram modelagem do seu comporta ,e1]
a -

realidade e das ilusões no processo de coping. Como tal, elas têm


Como tal, a percepção dos sintomas influencia 'lmplicações o entendimento dos
O modo como para resultados deste processo.
jnterpreta o problema da doença.
o
indiv

Mensagens sociais com um diagnóstico


A (1975) descreveu
as fases de coping que os indivíduos atravessam
illformação sobre a
doença também nos cbega através das
soas outras gnóstico de uma doença crónica:
', sitllaç o pode assumir a forma de um diagnóstico formal vind
um tecruco de saude ou de um resultado positivo
num exame de rotina. '
ue: inicialmente, de acordo com Sbontz, depois de diagnosticada
mensagens podem ser, ou não, consequência da
percepção de sintomas, doença grave, a maioria das pessoas passa por um estado de
exemplo, diagnóstico formal pode
?"dos o s':"" ocorrer depois de terem sido perce
tomas,tendo o individuo ficado consequentemellte
me, O estado de choque caracteriza -se pelo facto de o indivíduo
r
motivado' estupefacto e desorientado, comportando-se de forma automáti-
Ir ao medico e tomar conbecimellto do diagnóstico.
No entanto, rastreí com sentimentos de indiferença em relação à situação.
,

es podem detectaruma doença


numa fase assintomãtica do seu desen
v.unellto , como tal, o facto de O illdivíduo
ter ido fazer tal exame pode nã
cç'.o de defrontar: Shontz afirmou que, após a fase de choque, se
.

SIdo motlva o pela


a
uma fase de defrontar. Esta é caracterizada por um pensamento
percepção de sillt."mas. A illformação sobre a rganizado e sentimentos de perda, luto, desamparo e desespero.
também advir de outros leIgos doença
que nao sejam profissionais de saúde. Ao aimento: é a terceira fase do processo de lidar com
com frequência, depois) de um diagnós-
consultar um profissional de saúde as . Shontz afirmou que esta era caracterizada pela negação do pro-
freque.lltementacedem à sua rede pes
social que Freidson (1970) a;elidou" ma e das implicações, e por um retraimento no self para si mesmo.
seu «sIStema leIgo de referências
.. Algo que pode assumir a forma de cole
g.os ou família e ÍI1>plicar a procura de illformação e conselhos oriundos ijies nos resultados do processo de coping
múltiplas fontes. Por exemplo, tossir
em frellte de um amigo pode
num conselho que leve o sujeito a ir falar resú1 elaborou estas fases a
partir da observação de illdivíduos hospitali-
com um outro amigo que teve "

iu que, uma vez chegados à fase de retraÍI1>ento,os mdivíduos


tosse semelhante, ou mesmo .

numa sugestão que o leve a tomar


caseir já comprovado ou um re:;m f gnóstico de doença grave podem lidar gradualmellte com a reali-

sugestao para procurar a ajuda r tar,antes, num diagnóstico


empírico ou n' diagnóstico. De acordo com Shontz, o retraimento é apellas uma
profissional de um médico. Na realidã 'ria e a negação da realidade não pode durar sempre. Como tal, a
Scambler e colaboradores (1981)
afirmaram que três quartos dos que Ui da funciona como uma plataforma de lançamento
ram parte no seu eStlldo sobre prestadores de para uma
cuidados Primários tinbam fi gradual na direcção da realidade da situação e, à medida que a
curado aconselhar-se com família e
amigos antes de
procurar ajuda profi
>

naL Estas mensagens socials irão influenciar o m,põe, o illdivíduo começa a enfrentar a doença. Por isso, este
o
modo como o mdivíduo
iIlter ing centra-se nas mudanças ÍI1>ediatas que se seguem ao diag-
«problema. da doença.
ij;lgl.rirldo que o resultado desejado de qualquer processo de coping é

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