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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1. Introdução

O trabalho tem como tema Gestão de Risco de Resíduos Sólidos Hospitalar. Passam
anos que a ciência tem andado a procurar resolver problemas que se cumularam com o
bem-estar da população no mundo em geral.

A produção dos resíduos é inevitável, portanto, só resta reduzir a geração destes e


minimizar os seus impactos. Para isso devem ser submetidos ao tratamento prévio e
encaminhados a aterros sanitários especiais para resíduos perigosos de carácter
hospitalar.

É bastante importante referir que a nível internacional quando o assunto é o tratamento


do lixo (resíduos sólidos hospitalar), a principal opção é a incineração, mas para chegar-
se a esta prática passa-se por manuseio do mesmo cujo manuseio sem protecção
cumulam com inúmeros problemas de saúde, problemas estes que afectam
principalmente os agentes que lidam com o serviço.

O presente trabalho de pesquisa aborda sobre o tema gestão de risco de resíduos sólidos
hospitalar no centro de saúde de Nacaroa, Importa referir que o mesmo tem como
finalidade, tratar dos aspectos relacionados com o dia-a-dia dos funcionários que lidam
com esta actividade.

Sabe-se que devido a circulação do ar, há uma grande facilidade de se propagar


produtos quimicamente tóxicos e se misturar com o ar consumido pelo Homem. Assim
sendo, praticamente todo o ar fica poluído de substâncias tóxicas, que por sua vez
podem atacar os pulmões, tornando-os reservatórios de doenças e por outro lado
doenças relacionadas com objectos cortantes, do tipo seringas, lamina vidro, e Portanto,
a presente monografia contou com quatro capítulos, onde no primeiro capítulo contou
com projecto da pesquisa que vai desde a justificativa da escolha do tema, as hipóteses,
os objectivos, as metodologias de pesquisas e cronogramas de actividades.
No segundo capítulo estou com a fundamentação teórica.
No terceiro capítulo foram apresentadas as metodologias da pesquisa
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No quarto capítulo foram apresentadas as discussões dos resultados, a análise,


interpretação dos resultados as conclusões; as recomendações e a lista de bibliografia
final.
Tema: Gestão de risco de resíduos sólidos hospitalares

1.2. Delimitação do Tema:

A pesquisa vai ocorrer no centro de saúde de Nacarôa, no posto administrativo de


Nacarôa sede distrito de Nacarôa província de Nampula no período de 2011 a 2014.

1.3. Justificativa

“O processo de gerenciamento de resíduos sólidos hospitalar é reconhecido pela sua


eficácia na gestão do lixo hospitalar, uma vez que sua maior contribuição está na
preservação da salubridade humana, tornando-os estéreis e passíveis de descarte no lixo
comum”. (PRATA e OLIVEIRA, S/d).

Nos dias actuais, tem-se constatado inúmeras práticas negativas, isto no que é tangente
as formas de manuseio do lixo hospitalar, visto que a principal prática tem sido feita
sem protecção. É de salientar que esta prática tem-se feito sentir em quase toda a parte
do mundo, facto que tem culminado com inúmeros problemas de saúde por parte dos
agentes integrado nesta actividade.

Em alguns pontos do mundo esta prática tende a reduzir, mas em Moçambique em


particular, ainda é uma dolorosa realidade.

Um dos pontos que mais chamou atenção da autora em relação a esta prática, é a
província de Nampula, concretamente no distrito deNacaroa, noCentro de Saúde de
Nacaroa, onde o lixo hospitalar é manuseado sem elementos de protecção, sem que o
mesmo tenha sido tratado previamente.

O agravante nesta área, é o facto de inúmeras pessoas sofrerem de problemas


respiratórios (pneumonia química), o que se presume que seja consequência deste acto.

Em relação a este facto, que por sinal tanto aflige a população e também preocupa a
comunidade em geral, houve a necessidade por parte da autora em não ficar alheia a
situação e, procurar saber sobre as concepções da população em relação a esta prática.
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Este trabalho de pesquisa também justifica-se pelo facto de nunca ter sido feito um
estudo relacionado com as concepções dos agentes de saúde no manuseio de resíduos
sólido hospitalares, daí que a autora optou pelo tema.

1.4. Problematização

A gestão de resíduos sólidos hospitalar o seu manuseio exige atenção por parte dos
agentes que lidam com este tipo de trabalho, por causa do potencial risco a saúde
pública e é um problema que afecta os profissionais de saúde do Centro de Saúde de
Nacarôa.

Esta situação está associada a alguns compassos económicos que é: a falta de meios
para a recolha destes resíduos;
Segundo Arlindo Philippi (2005: 160), A gestão de risco de resíduos sólidos hospitalar,
o seu manejo exige atenção por causa do potencial risco a saúde pública.
Neste sentido, mediante a descrição feita a autora coloca a seguinte questão: Quais são
os factores preponderantes que concorrem para o manuseamento inadequado de
resíduos sólidos hospitalar no Centro de Saúde de Nacarôa?

1.5. Hipótese

Segundo GIOVANNI (2001: 52), ̏hipótese é um ensaio, tentativa de resposta imediata


ao problema identificado, é o enfoque a ser definido, discutido ou explicado. Neste
contexto, com relação a problemática acima levantada, avançam-se as hipóteses
seguintes:

 Provavelmente a falta de conhecimento de técnica no manuseio esta detrás do


manuseamento inadequado destes resíduos sólidos hospitalar.
 Pode-se dar o caso que os profissionais de saúde não sigam os procedimentos
para a gestão de resíduos sólidos hospitalar até ao descarte;
 O manuseio inadequado de resíduos sólidos hospitalar estejam relacionados com
a falta de recursos materiais.

1.6. Objectivo

Os objectivos tangentes ao presente trabalho de pesquisa são os seguintes:


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1.6.1. Objectivo geral

 Analisar a gestão do manuseio de resíduos sólidos hospitalar no Centro de Saúde


de Nacarôa.

1.6.2. Objectivos específicos

 Descrever o grau de conhecimento no manejamento de resíduos sólidos


hospitalar;
 Propor metodologia para o gerenciamento destes resíduos sólidos hospitalar.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O lixo contaminado deve sofrer procedimento de incineração em locais determinados pelos


órgãos reguladores do sistema de saúde, tendo como exigência a certificação ou
acreditação do processo pelo ministério da saúde. Ademais, o lixo hospitalar precisa passar
por procedimentos dessa natureza uma vez que suas características epidemiológicas podem
desencadear surtos de doenças que poderiam ser controladas por medidas profiláticas de
manejo e tratamento do lixo. (BRILHANTE e CALDAS, 1999).

2.1. Localização geográfica do distrito de Nacaroa

O distrito de Nacarôa está localizado na parte norte da Província de Nampula, confinando a


Norte com o distrito de Eráti, a Sul com o distrito de Monapo, a Este com os distritos de
Memba e Nacala-á-Velha e a Oeste com o distrito de Muecate.

A superfície do distrito1 é de 2.726 km2 e a sua população está estimada em 120 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 44
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 132 mil habitantes.

A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (46%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 95% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 95 do masculino) e uma matriz rural acentuada.

2.2. Clima

Climaticamente a região é dominada por climas do tipo semi-árido e sub-húmido seco. A


precipitação média anual varia de 800 a 1200 mm, enquanto a evapotranspiração potencial
de referência (ETo) está entre os 1300 e 1500 mm.

A precipitação média anual pode contudo, localmente, por vezes exceder os 1500 mm,
tornando-se o clima do tipo sub-húmido chuvoso. Em termos da temperatura média durante
o período de crescimento das culturas, há regiões cujas temperaturas excedem os 25ºC,
embora em geral a temperatura média anual varie entre os 20 e 25ºC. A zona constitui a
área de influência dos vales dos rios Mecúburi e Lúrio.

Corresponde às terras de altitudes compreendidas entre os 200 e 500 metros, de relevo


ondulado, interrompido de quando em quando pelas formações rochosas dos “inselbergs”.

1
Direcção Nacional de Terras CADASTRO NACIONAL DE TERRAS http://www.dinageca.gov.mz/dnt/
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Fisiograficamente a área é constituída por uma zona planáltica baixa que, gradualmente
passa para um relevo mais dissecado com encostas mais declivosas intermédias, da zona
sub-planáltica de transição para a zona litoral.

Os dambos (ndabo nas línguas locais) são formas especiais dos vales, depressões
hidromórficas suaves ou vales extensos, não profundos, sem escoamento de água na forma
de uma linha de drenagem ou mesmo leito de rio. O escoamento superficial é lento e difuso
para além de poder ainda beneficiar da contribuição do fluxo de água subterrânea,
principalmente nas zonas cujos depósitos apresentam texturas grosseiras e arenosa. Estas
unidades de terreno são ainda características das áreas mais planas ao longo dos divisores
de água dos rios.

A fisiografia é dominada pela alternância de interflúvios e os vales dos rios que, devido á
sua largura, profundidade e posição (em relação aos rios), poderão alternar com dambos.

Os vales dos rios são dominados por solos aluvionares (Fluvisols), escuros, profundos, de
textura pesada a média, moderadamente a mal drenados, sujeitos a inundação regular. Nos
dambos encontram-se solos hidromórficos de textura variada, desde arenosos de cores
cinzentas, arenosos sobre argila a solos argilosos estratificados, de cor escura (Mollic,
Gleyic e Dystric Gleysols, e Haplic e Luvic Phaeozems).

Os topos e encostas superiores dos interfluvios são dominados por complexos de solos
vermelhos e alaranjados (Rhodic Ferralsols, Chromic Luvisols), e amarelos (Haplic Lixisols
e Haplic Ferralsols).

A maioria dos solos apresenta texturas médias a pesada, sendo profundos, bem a
moderadamente bem drenados. Nas encostas intermédias dos interflúvios os solos variam
de cor, desde solos com cores pardo-acastanhada a castanho-amareladas, moderadamente
bem drenados, com textura argilosa.

2.3. Saúde

A rede de saúde do distrito, apesar de estar a evoluir a bom ritmo, é insuficiente,


evidenciando os seguintes índices de cobertura média:

 Uma unidade sanitária por cada 22 mil pessoas;


 Uma cama por 2.000 habitantes; e
 Um profissional técnico para cada 4.500 residentes no distrito.
A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e
B” e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a
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posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos


serviços do Sistema Nacional de Saúde.

Tabela I: Referente a indicadores de cuidados de saúde

Indicadores

Taxa de ocupação de camas 52.9%

Partos 775

Vacinação 41,859

Saúde materno-infantil 46,452

Consultas externas 71,015

Taxa de baixo peso à nascença 17.5%

Taxa de mau crescimento 10.8%

Fonte: autora, 2014

O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, pneumonia, diarreia e DTS e


SIDA que, no seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças
notificados no distrito.

2.4. Acção Social

A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza


absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, tóxico-dependentes e regressados.

Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais,


associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidade e de
direito entre homem e mulher todos aspectos de vida social e económica, e a integração,
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quando possível, no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida


escolar.

No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 5.500 órfãos (na sua
maioria órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca de 3.700 pessoas portadoras
de deficiência (94% com debilidade física e 6% com doenças mentais).

Desta feita temos que olhar nestes tipos de doenças, e ter um olhar critico em termo das
condições de trabalho dos aguentes de serviço que lidam com esta actividade de manuseio
de estes resíduos sólidos hospitalar, isto, requer muito cuidado na parte dos mesmos no que
tange a necessidade de utilização de equipamentos de protecção individual para
salvaguardar a salubridade dos mesmos.

2.5. Características do centro de saúde de Nacarôa

De acordo com a reclassificação das Unidades Sanitárias, O centro de saúde de Nacarôa


Sede é uma Unidade Sanitária do primeiro nível, isto é, do tipo 1 conta com 04 Blocos de
Intervenções ou sectores sendo um Bloco de internamento Pediátrico, Um bloco de
Internamento de adultos, um Banco de Socorros, uma Maternidade, uma Morgue sem
sistema de frio, uma sala de Esterilização de um bloco de Triagem de adultos e pediátrico,
que por sua vez integra actividades de Serviços TARV, Apoio psicossocial, Um
Laboratório, Um bloco de ELAT/TB/Lepra, Deposito Distrital de Medicamento, uma
Farmácia e Gabinete do medico chefe Distrital.

A área de saúde da sede possui ou serve 35.246 habitantes num raio de acção teórico em
media de 25 km, querendo dizer que em media a população mas afastada da sede do
Distrito de Nacarôa percorre 25 km para encontrar e se beneficiar da Unidade Sanitária
mais próxima.

As unidades sanitárias têm energia de Cahora Bassa desde Setembro do ano 2013. Quanto a
situação de Abastecimento de água possui uma bomba manual embora com deficiência no
seu funcionamento, mas existe uma que é canalizada.
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Fig1: referente a caracterização do centro de saúde de Nacarôa

Fonte: autora, 2014

2.6. A Produção de Resíduos nos Hospitais - Um Grave Problema Ambiental

O lixo hospitalar se configura como um problema de difícil solução, uma vez que a sua
produção é intermitente e pelo desconhecimento do tratamento apropriado que não
envolva a poluição e o despejo em locais inadequados (DEMPSEY e OPPELT, 1987).

A maior percentagem do lixo produzido nos hospitais é considerado como sendo lixo
doméstico, até a sua colecta e armazenamento, sendo considerado resíduo contaminado
quando entra em contacto com o lixo considerado hospitalar. Isso acontece quando da
colecta, em que o resíduo doméstico fica acondicionado em locais de despejo comuns e
em cómodos compartilhados com o lixo contaminado. “Desta forma, aquele que poderia
ser tratado como lixo comum perde essa propriedade e precisa ser incinerado ou passar
por processos químicos de descontaminação” (BARCELOS, 2003).

BIDONE (1999), afirma que “os resíduos produzidos nos procedimentos de saúde
devem ser catalogados em relação ao seu uso, a sua propriedade física e grau de
contaminação, sendo daí definido seu destino, tal como a queima controlada,
reciclagem, resíduo ou despejo em aterros sanitários”.
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A não queima de o lixo hospitalar evita que o problema de saúde retorne para a
sociedade, porém não implica numa eliminação de impactos ambientais, já que seu
processo raramente se atrela a práticas verdes. (BRILHANTE e CALDAS, 1999).

O comprometimento com o meio ambiente é algo que não faz parte do quotidiano
hospitalar. Isso acontece pela relação entre a percepção da sociedade sobre
sustentabilidade na saúde e as acções empresariais mantidas pelos hospitais para manter
credibilidade e imagem mercado lógica positiva para sua clientela. (CARNEIRO-
LEÃO, 1992).
2.7. Incineração

“O processo de incineração sofreu grandes modificações desde a sua concepção até a


normatização. Os equipamentos utilizados desde 1950 não tinham padronização, tendo
por objectivo apenas a redução do volume do lixo”. (MENEZES, GERLACH e
MENEZES, 2000).

Entre 1965 e 1975, as preocupações ambientais começaram a influenciar na confecção


de máquinas de incineração, sendo verificada a questão das emissões de gases e do
aquecimento, bem como a destinação e acondicionamento dos resíduos finais.
(DEMPSEY e OPPELT, 1987).

Nos anos compreendidos entre 1975 e 1990 foram enfocados princípios para o
aproveitamento energético originado pela queima, além da preocupação com a emissão
de gases e a filtragem deles, através de mecanismos que retivessem metais pesados e
neutralizassem gases ácidos.

O processo de incineração é realizado em uma central que capta todo o lixo hospitalar
gerado na cidade. Antes da incineração o hospital deve fazer a entrega do lixo
separando os orgânicos dos perfuro-cortantes. Esse processo acontece durante a
utilização dos materiais ou quando são desprezados, existindo local determinado por
diferentes formas de armazenagem.

Os resíduos perfuro-cortantes, identificados em caixas amarelas e sinalizados com a


informação de contaminação devem ser incinerados separadamente dos orgânicos, uma
vez que o tempo de permanência é diferente para cada tipo de material.
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“Após serem queimadas, as cinzas do material hospitalar são acondicionadas em


recipientes específicos e encaminhadas aos lixões e aterros sanitários”. (BIDONE e
POVINELLI, 1999).

Os resíduos incinerados representam apenas 10% do volume inicial de material, não


contendo indicativos de contaminação, quando o processo é executado dentro do
parâmetro, pelo tempo de permanência e exposição a altas temperaturas que variam de
800 a 3000°C. Esse processo gera resíduos nocivos à saúde e ao meio ambiente, esses
resíduos podem ser minimizados através do processo de filtragem que impede a
passagem de boa parte dos gases e elementos contaminantes.

PINHEIRO (1993) afirma que “somado aos precipitados ciclónicos de partículas,


precipitadores eletrostáticos e lavadores de gases, o processo pode ficar mais limpo,
porém não deixa de gerar poluição”.

A água utilizada no processo deve sofrer tratamento adequado pelo seu alto grau de
contaminação tanto dos resíduos do processo de incineração, quando da própria
natureza do material a ser incinerado, que possui colonização de microrganismos.

Segundo LIMA (1985), “embora o processo de incineração se configure como processo


sujo em termos ambientais, sua importância é relevante sob o ponto de vista da saúde,
pois reduz e tenta descontaminar os dejectos hospitalares”. “Uma alternativa para
redução de impactos da incineração é o uso dessa energia nas indústrias, aquecendo
caldeiras e movendo maquinários através do vapor, podendo ser desenvolvidas uma
série de outros tipos de utilização responsáveis para os resíduos” (PINHEIRO, 1993),
Para KEENE (1991):

Ainda que essa oportunidade seja importante em termos ambientais, as centrais de


incineração que lidam com materiais hospitalares não utilizam essa prática justificada
por cautela, já que lidam com elementos com alto grau de contaminação e que qualquer
falha no processo pode comprometer a descontaminação.

Porém, uma vez a máquina de incineração estado bem ajustadas e feitas às devidas
manutenções, o processo torna-se seguro, podendo ser associado aos eventos industriais
que não estejam associados a equipamentos e produtos que entrem em contacto com
humanos na sua fabricação.
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Os motivos da não associação do processo a utilização de energia no processo produtivo


talvez estejam associados a irregularidades no processo ou por preconceito relativo ao
desconhecimento sobre o manuseio dos resíduos hospitalares, uma vez que os
equipamentos de recolha deste estejam dentro das conformidades ambientais e
operacionais, não deveriam existir riscos de escape de contaminação.

Fig2: referente a incineradora do centro de saúde de Nacarôa

Fonte: Autora, 2014.

2.8. O Controlo do Lixo e a Catástrofe Ambiental

Embora parte do lixo seja tratada e acondicionada em locais seguros, o lixo, seja ele de
qualquer natureza, é uma problemática que deve ser considerada em todos os âmbitos
(BIDONE e POVINNELI, 1999).

Além das questões já mencionadas, o lixo ainda possui uma peculiaridade bastante
importante. De acordo com SIQUEIRA (2001), “ele é considerado meio de subsistência
de muitas famílias que vivem da sua colecta para venda de matérias-primas para a
indústria e de restos descartados pela parte da população com poder aquisitivo para
consumo”.
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O lixo, que é vida para uns e morte para outros, tem função social, mas também tem
função negativa que repercute na vida miserável dos catadores. “As doenças, o
preconceito e a devastação do ambiente retornam para a sociedade, seja através das
epidemias, seja pela violência urbana ou pela contaminação do solo e leito dos rios”
(LIMA, 1991).

Assim, a catástrofe que se anuncia quando do problema do lixo é também uma


catástrofe humana, pois o que afecta o meio ambiente afecta o homem, sua
sobrevivência e sua dignidade.

O lixo ainda possui uma série de estigmas que só podem ser reduzidos quando as
políticas públicas se voltarem de facto para a tentativa de resolver essa catástrofe
anunciada.

Acções que tentam regular a produção do lixo estão sendo desenvolvidas, porém sua
eficácia ainda não pode ser constatada. A quantidade de lixo gerada por dia cresce, não
só com o aumento da população, mas também pelas políticas públicas de distribuição de
renda que estão colocando um percentual maior de pessoas consumidoras, e desta
forma, o consumo gera produção maior de lixo (LOPES, 2001).
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CAPÍTULO III: METODOLOGIA

Segundo Bruyne (1991 P 29), a metodologia é a lógica dos procedimentos científicos


em sua génese e em seu desenvolvimento, não se reduz, portanto a uma "metrologia" ou
tecnologia da medida dos factos científicos. A metodologia deve ajudar a explicar não
apenas os produtos da investigação científica, mas principalmente seu próprio processo.

O presente estudo, após da identificação da problemática ora em análise, teve como base
a pesquisa exploratória, não só, como também, serviu-se da Pesquisa Bibliográfica para
discutir teorias em torno das estratégias de gerenciamento de resíduos sólidos
hospitalares e outros assuntos afins. Com esse método construiu-se também a base de
fundamentação teórica para revestir de veracidade científica dos pronunciamentos em
torno do tema.

3.1. Procedimentos Metodológicos

Os procedimentos metodológicos que foram aplicados para esta pesquisa a fim de


alcançar os objectivos preconizados foram:

3.1.1. Pesquisa bibliográfica

O Método bibliográfico oferece um rol de bases que sustentam as possíveis soluções


dum problema. Portanto, com este método, vai se procurar bases teóricas que falam e
sustentam de alguma maneira sobre o tema em estudo. Marconi e Lakatos (2002: 88).

A autora do trabalho recolheu; seleccionou e interpretou diversas obras bibliográficas e


documentos sobre o tema pesquisado com o objectivo de ganhar um suporte teórico que
lhe permitiu desenvolver a presente pesquisa.

3.1.2. Método de observação

Segundo Marconi e Lakatos (2002: 88) “observação é uma técnica de colecta de dados
para conseguir informações e utiliza os órgãos de sentido na obtenção de determinados
aspectos da realidade”, a observação constitui um método que facilita a colecta de
dados, e ou, informações da realidade actual, e consiste em verificar, auscultar e
concluir o desejado no estudo.
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Com base neste método, a autora observou no posto de saúde para se reinteirar das reais
situações de registo de casos de gerenciamento destes resíduos sólidos hospitalar no
centro de saúde em estudo como:

3.1.3. Método documental

 Lugar onde são colocados os resíduos sólidos hospitalar;


 Tempo de permanência sob exposição dos resíduos sólidos hospitalar;
 Quem recolhe e como recolhe e se fazem o uso de equipamentos de protecção
individual (EPI).

3.2.Técnica de recolha de dados

3.2.1. Entrevista

A entrevista é um diálogo entre dois ou mais indivíduos a fim de obter informações


sobre um determinado assunto, mediante uma conversa de natureza profissional com
base nessa técnica, contactar-se-á directamente com os declarantes numa conversa
amistosa explicando a finalidade da pesquisa, seu objectivo, relevância e ressaltar a
necessidade da sua vida colaboração. (Severino, 2000)

Esta técnica permitiu entrevistar os funcionários envolvido neste trabalho em estudo, a


fim de determinar e avaliar os factores que estão por de trás do mau gerenciamento
destes de resíduos sólidos hospitalar no posto de saúde de Nacarôa em particular, Nesta
técnica usou-se os seguintes materiais: gravador, papel, esferográfica.

3.2.2. Questionário

O questionário é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma série


ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
entrevistador, (LAKATOS, 1996:88).

Esta técnica permitiu questionar os funcionários envolvidos neste trabalho em estudo,


para apurar os verdadeiros factores que concorrem para o mau gerenciamento destes
resíduos sólidos hospitalar.
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3.2.3.Pertinência da pesquisa

Sabendo-se que o mau manuseamento destes resíduos sólidos infecciosos culminara


como a quebra de alguns materiais de vidro, seringas e lâminas usadas criando desta
feita ferimento e causando doença do tipo HIV/SIDA e hepatite, nas pessoas que lidam
com este trabalho, estudos de género são pertinentes de forma a garantir a melhoria da
qualidade de vida das pessoas ou dos funcionários em particular os agentes de serviço
envolvidos nesta actividade, bem como o combate dos factores de risco desta doença.

3.2.4. Amostragem

A amostra é uma parcela convenientemente seleccionada do universo (população); é um


subconjunto do universo. (LAKATOS 1996).

LAKATOS 1996, citando Yule e Kendall, a escolha de um indivíduo, entre uma


população, é ao acaso (aleatório), quando cada membro da população tem a mesma
probabilidade de ser escolhido.
Durante a escolha da amostragem, foi usado o método probabilístico por cota, com o
uso de escolha aleatória simples, onde foram inquiridos cerca de sete (15) funcionários,
considerando-se uma amostra representativa, neste contexto os inquiridos são os agentes
de serviço (serventes).
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CAPÍTULO IV: ANÁLISEE INTERPRETAÇÃO DE DADOS

A análise e interpretação de dados constituem o fulcro de interesse deste capítulo, a


apresentação de dados intimamente ligados ao tema. Importa referir que este espaço foi
reservado para apresentar e discutirmos dados relacionados com a concepção dos
agentes do hospital de Nacarôa sobre o impacto que advém de má gestão de resíduos
sólidos hospitalar.

Neste espaço, a autora tem como principal preocupação, a demonstração das evidências
que provam e asseguram que a questão outrora levantada constitui uma grande
preocupação para a sociedade no geral e em particular para a pesquisadora.

Para que melhor se compreenda os dados revelados, este espaço, ou seja, este capítulo
obedeceu duas dimensões de análise, isto é, a das características Sociodemográficas dos
inquiridos e a outra, que tem a ver com as informações ligadas ao estudo dessa pesquisa,
neste caso, a concepção dos funcionários do hospital de Nacarôa sobre o impacto que
advém da recolha destes resíduos sólidos hospitalar sem o uso de EPI.

Fig3: referente a manuseio de resíduos sólidos infecciosos sem protecção.

Fonte: Autora, 2014.


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4.1. Apresentação dos resultados

4.1.1. Características Sociodemográficas dos Inqueridos

Neste ponto estão apresentados as características Sociodemográficas dos inquiridos.


Fazem parte da mesma os dados demográficos destes, o género, a idade e outros
elementos relacionados.

Tendo em conta a ordem dos elementos apresentados no inquérito por questionário,


começa-se por apresentar os dados demográficos dos inqueridos, recordando que os
dados estatísticos que a seguir se apresentam são fruto de uma pesquisa que se fez com
Quinze (15) do hospital de Nacarôa.

Neste contexto, no que diz respeito ao género, ficou a se saber que dos 15 inqueridos,
10(75%) pertencem a faixa etária dos 23 aos 30 anos de idade, 5 (25%) pertencem a
faixa etária dos 30 aos 39 anos de idade,

Correlação ao género, é de salientar que 6 (38%) dos inqueridos são de sexo masculino
e, 9 (62%) são de sexo feminino. Neste caso, a maioria dos inqueridos são de sexo
feminino.

4.1.2. Percepções dos Inqueridos sobre o gerenciamento de risco de resíduos sólidos


hospitalar.

Para que se obtivesse os dados desta pesquisa, foi necessária a aplicação de um


inquérito aos moradores dos arredores do hospital de Nacarôa. Para tal, teve-se que
distribuir a ficha de inquérito para os 15 agentes de saúde, Além do inquérito, foi
aplicado também a entrevista dirigida aos mesmos.

No que tange aos inquéritos dirigidos aos agentes, importa realçar que os mesmos
visavam estudar as percepções dos agentes em relação ao processo gerenciamento de
risco de resíduos sólidos hospitalar.
Quanto ao inquérito distribuído aos 15 agentes de saúde do hospital de Nacarôa, importa
salientar que foi possível obter respostas de todos os inqueridos.

Correlação aos resultados obtidos por parte dos agentes, os mesmos estão apresentados
abaixo na forma de gráficos e tabelas.
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Gráfico I: Relativo à prática do gerenciamento de risco de resíduos sólidos


hospitalares.

Chart Title
Sim Não Sem opinião

10%

77%

12%

Fonte: Autora, 2014.


Questionados os agentes de saúde do hospital de Nacarôa sobre o que os mesmos acham
do gerenciamento de risco de resíduos sólidos hospitalar, 10 (77%) disseram que a
prática é boa, 2 (10%) disseram que a prática é má e os 3 (12%) não se pronunciaram
em relação a prática em questão. Fica bem claro que para os agentes de saúde do
hospital de Nacarôa a prática em abordagem é boa, visto que a maior percentagem das
respostas indicam isto.

Dos que disseram que a prática é boa, alegaram que a tal prática desencadeia na boa
higiene e um bom ambiente de trabalho, visto que o mau cheiro dos produtos químicos
criam o mau estar dos médicos tanto como os pacientes proporcionando desta forma
certas doenças ou problemas de saúde para quem inala o mau cheiro resultante desta
composição químicas dos produtos farmacêuticos. Segundo os mesmos,

A maioria dos que disseram sim, disse que as consequências da inalação são o
desencadeamento de doenças respiratórias como a pneumonia, a dispneia, a tuberculose,
a tosse, entre outros problemas respiratórios.

Gráfico II: Referente às opiniões dos inqueridos sobre se os mesmos conhecem as


consequências que advém da manuseio destes resíduos hospitalar sem protecção.
30

Chart Title

13%

Sim
Não
Sem opinião
51%

36%

Fonte: Autora, 2014.

Aos inqueridos foi questionado se os mesmos sabem dizer quais podem ser as
consequências advindas da inalação do fumo resultante da queima do lixo hospitalar.
Em gesto de respostas, 9 (51%) disseram que sabem, 4 (36%) disseram que não sabem e
os restantes 2 (13%) não se pronunciaram em relação ao facto.

Praticamente de acordo com os dizeres dos inqueridos, a maioria sabe dizer quais são as
consequências do manuseio destes resíduos hospitalares sem protecção, disseram que a
maioria dos casos de doenças desencadeamento de doenças respiratórias como a
pneumonia, a dispneia, a tuberculose, a tosse, e que podem também advir de ferimento
com objectos cortantes como laminas, vidro e seringas, são de carácter contagioso como
no caso de HIV, Mula Gonorreia entre outros. Segundo documentam as imagens abaixo:

Fig4: referente a resíduos sólidos infecciosos (seringas e vidros).


31

Fonte: Autora, 2

Fig5: referente a resíduos sólidos infecciosos.


32

Fonte: Autora, 2014.

A pneumonia química não é causada por vírus ou bactérias, mas sim pela inalação de
substâncias agressivas ao pulmão, como a fumaça, agro tóxicos ou outros produtos
químicos (http://www.minhavida.com.br/saude/temas/pneumonia-quimica). Quando
aspiradas, essas substâncias vão para os pulmões e inflamam os alvéolos - estruturas que
fazem o transporte do oxigénio para o sangue. Essas infecções dificultam as trocas
respiratórias, causando a pneumonia e a insuficiência respiratória. Os Resíduos de
Serviços de Saúde (RSS) podem produzir poluição e doenças se não forem manejados
adequadamente (https://saudesemdano.org/america-latina/temas/residuos-
hospitalares).Os resíduos biológicos e, especialmente, os perfuro cortantes representam
um risco para quem possa entrar em contacto com eles. De acordo com as estimativas
da Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% dos casos de hepatite e 12% dos casos
de AIDS no mundo, devem-se à exposição ocupacional.

Tabela II: Referente ao sofrer de alguma doença respiratória por parte dos
inqueridos.

Número total dos inqueridos (15)


Número dos inqueridos Percentagem
Sim 7 49%
33

Não 5 39%
Sem opinião 3 12%
Fonte: autora, 2014.

Questionados os inquerido se os mesmos sofrem de alguma doença respiratória, 7


(49%) disseram que sim, 5 (39%) disseram que não e, os restantes 3 (12%) não se
pronunciaram. Fica claro que a maioria dos agentes de serviço sofre de alguma doença
respiratória.

Os inqueridos que disseram sim, na sua maioria alegaram a pneumonia e tosses como
sendo as principais doenças que os mesmos sofrem. Os mesmos associam essas doenças
a inalação de substâncias com a composição químicas dos produtos farmacêuticos. Fica
evidenciado que são muitas as pessoas que sofrem de doenças respiratórias em
particular os agentes de serviço de centro de saúde de Nacarôa acham que tenha a ver
com a composição química dos produtos farmacêuticos.

Tabela III: Referente a existência ou não de pessoas que sofrem de doenças


causadas pelo manuseio de risco destes resíduos sólidos hospitalar.

Número total dos inqueridos (15)


Número dos inqueridos Percentagem
Sim 8 52%
Não 5 34%
Sem 2 14%
opinião
Fonte: autora, 2014.

Tendo em conta que o ferimento com objectos cortantes como laminas, vidro e seringas,
são de carácter contagioso resultante do manuseio de risco destes resíduos sólidos
hospitalar é prejudicial à saúde, questionou-se aos inqueridos se existem pessoas que
sofrem de doenças que julgam serem resultantes, 8 (52%) dos mesmos disseram que
sim, 5 (34%) disseram que não e 2 (14%) não se pronunciaram. Fica evidenciado que
são muitas as pessoas que sofrem de doenças de carácter contagioso que os agentes de
serviço de centro de saúde de Nacarôa acham que tenha a ver com a composição
químicas dos produtos farmacêuticos.
34

4.1.3. Resultados da Entrevista aos Agentes de Saúde do Hospital de Nacaroa

Em função da questão feita aos agentes de saúde do Hospital de Nacarôa com o intuito
de se saber o que estes pensam sobre a (1ª questão) vede no apêndice, os mesmos
tiveram a mesma linhagem de ideia, resumindo no seguinte: “a prática é prejudicial à
saúde e deve-se pensar noutros mecanismos para o gerenciamento de resíduos sólidos
hospitalar ”.

Quanto as consequências que esta prática pode trazer para os funcionários que lidam
com este trabalho nos arredores e dentro do hospital (2ª questão), os agentes de saúde
dissera que “esta prática pode causar muitos problemas do trato respiratório,
especificamente a infecção com objectos cortantes, como no caso de vidro, seringas que
por vezes pode desencadear outras doenças respiratórias”.

A maior partes dos agentes de saúde disseram que “tem se preferido por esta prática
pelo facto de ser a única opção que o hospital tem, mas não por vontade e nem por ser a
melhor”, mas alguns deles disseram que “é pelo facto da prática ser a melhor, porque a
outra não iria ajudar muito, visto que há falta de Equipamento de protecção individual”
(3ª questão).

Das doenças respiratórias diagnosticadas no hospital de Nacarôa, os agentes de saúde


disseram que “a maioria delas são causadas por esta prática, mas existem outros casos
que não tem a ver com a prática e o hospital nada faz momentaneamente para reverter o
cenário”. Os mesmos disseram isso respondendo as questões número 4 e 5.

Para o melhoramento das formas de gerenciamento de resíduos sólidos hospitalar


(questão no 6), alguns agentes de saúde são de opinião que “se seleccione alguns agentes
de serviço com inspector no controle de EPI's no stock de modo a não haver rotura e se
os funcionários que lidam com este trabalho façam o uso adequado dos mesmos no
gerenciamento destes resíduos”. Outros agentes disseram que “deve-se melhorar a
técnica de recolha: aumentando os materiais necessário para o mesmo para que se evite
estes riscos. Além disso, deve-se criar condições para que os agentes tenham um
trabalho.
35

4.3.Verificação das hipóteses:

4.3.1.primeira hipótese

 Segundo os resultados, a hipótese "Provavelmente a falta de conhecimento de


técnica no manuseio esta detrás do manuseamento inadequado destes resíduos
sólidos hospitalar. " não foi comprovada, porque os inqueridos apresentam e têm
conhecimento de técnica no manuseio resíduos sólidos hospitalares.

4.3.2. Segunda hipótese:

 O estudo comprova a hipótese"pode-se dar o caso que os profissionais de saúde


não sigam os procedimentos para a gestão de resíduos sólidos hospitalar até ao
descarte." Uma vez que os profissionais de saúde não seguem os procedimentos.

4.3.3.terceira hipótese:

Esta hipótese, "o manuseio inadequado de resíduos sólidos hospitalar estejam


relacionados com a falta de recursos materiais " foi comprovada, uma vez que se
verifica a falta de recursos materiais ou tecnológicas para o efeito.

4.2. Conclusão

Foi feita uma análise bastante profunda sobre as inúmeras variáveis ligadas a pesquisa,
neste caso “as percepções dos agentes de serviço do centro de saúde de Nacarôa sobre
as consequências que podem advir da inalação de substâncias com a composição
químicas dos produtos farmacêuticos”, chega-se a conclusão de que os agentes de
serviço do centro de saúde de Nacarôa acha que a prática manuseio de resíduos sólidos
hospitalares é má e que a maioria dos casos de doenças que podem advir desta
actividade, são de carácter respiratório. Como resultado da falta de recursos, matérias ou
tecnologia para efeito continuando assim a três (3) hipóteses do problema formulado.
36

Na maioria dos agentes que lidam com esta actividade, actividade esta de manuseio de
resíduos sólidos hospitalares, isto contribui bastante para contrair doenças respiratórias.
Quanto as consequências que podem advir da inalação deste produto são várias,
destacando-se mais os problemas de saúde relacionada com o trato digestivo.

Ainda relacionado com a problemática em abordagem, são muitas as pessoas daquele


local de trabalho concretamente os aguentes de serviço que sofrem de doenças
respiratórias, sendo na sua maioria padecentes por conta das pneumonias de natureza
química.

Conclui-se ainda que os agentes de serviço do centro de saúde de Nacarôa acha que a
prática manuseio de resíduos sólidos hospitalares além de pensar que todos os
problemas respiratórios têm a ver com a prática de mau gerenciamento de resíduos
sólidos hospitalares, os mesmos alegam que a pneumonia química tem sido a doença
que mais se faz sentir naquele local.

4.3. Sugestões e Recomendações

Ao Ministério de Saúde, em particular ao Hospital de Nacarôa recomenda-se que:

• Proporcionem os Equipamento de Protecção Individual (EPI's) principalmente


para estes funcionários que lidam com este tipo de trabalho;

• Fazer inspenção em prol destas actividades e verificar o uso destes


equipamentos e se não se faz o uso do mesmo tomar medidas;

• Faça acompanhamento destes funcionários em termo de salubridade, tendo


direito a alimentação condigna e tratamento especial.
37

4.5. Bibliografia

BARCELOS, R.M.G. gerenciamento de riscos dos resíduos de serviços de saúde. In:


Conferências de saúde e meio ambiente – os paradigmas do controle de infecção
hospitalar, a nova legislação de saúde e o plano de gerenciamento de resíduos. São
Paulo. 2003.

BARROS, Técnicas de Elaboração e Apresentação de um Trabalho Científico, Coimbra,


Almedina, 1996.

BIDONE, F. R. A. POVINELLI, J. Conceitos básicos de resíduos sólidos. São


Carlos.1999.

BIDONE, F. R. A. POVINELLI, J. Conceitos básicos de resíduos sólidos. São Carlos.


1999.

BRILHANTE, O. M.; CALDAS, L.. A. Gestão e avaliação de risco em saúde ambiental.


Rio de Janeiro. 1999.

CARNEIRO LEÃO, E., A Ética do desenvolvimento. Rio de Janeiro. 1992.

DEMPSEY, C. R.; OPPELT, E. T. Incineração de resíduos perigosos(uma revisão


crítica actual). São Paulo. 1987.

DEMPSEY, C. R.; OPPELT, E. T. Incineração de resíduos perigosos: uma revisão


crítica actual. São Paulo. 1987.

GERARD, Dubois e EMILIO, La Rosa, como prevenir doenças cardiovasculares, 1ª


Ed., Lisboa 198, pp. 20-49

GIOVANNI, M. Metodologia de Investigação Cientifica, 3ª ed, SP. 2001.

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/pneumonia-quimica, acesso aos 01/08/2014


pelas 10:14 horas.

https://saudesemdano.org/america-latina/temas/residuos-hospitalares, Acesso aos


01/08/2014 pelas 08: 43 horas.
38

Instituto Nacional de Estatística (2009); Sinopse dos Resultados Definitivos do 3º


Recenseamento Geral da População e habitação província de Nampula.

KEENE, J. H., Medical Waste: A minimal hazard. Infection control and hospital
epidemiology, 1991.

LIMA, L. M. Q. Tratamento de lixo. 2ª Edição, Húmus Editora, São Paulo. 1991.

MENEZES, R.A.A; GERLACH, J.L. & MENEZES, M.A. Estágio actual da


incineração, Curitiba, SP. 2000.

PINHEIRO, J: S. Lixo hospitalar – proposta para classificação. Embalagem, coleta e


destino final. Santa Catarina. 1993.

PHILIPPI, Arlindo, Saneamento Saúde e Ambiente, 2005.

PRATA, Daniele Gruska Benevides e OLIVEIRA, Francisco Correia de. Poluição e


Lixo Hospitalar, S/ed, SP. S/d.

SEVERINO, António Joaquim, Metodologia de Trabalho Cientifico; 21ª ed., São Paulo;
Revista Ampliada; Cortez Editora; 2000.
39

Apêndices
40

Apêndice 1: Questionário dirigido aos agentes gestores de resíduos sólidos.

Sou Matilde José domingos Charles, estudante da universidade católica de


Moçambique, pretendo realizar uma monografia e gostaria de entrevistar sobre o
problema desta pesquisa.

O questionário que a seguir se apresenta foi elaborado pela estudante do curso de


Geografia. É de salientar que o mesmo tem por objectivo recolher dados para a
elaboração de sua monografia para a obtenção do grau de licenciatura em ensino de
Geografia.

O objectivo deste questionário é apenas académico, por isso agradecia que


colaborasse respondendo a um conjunto de questões e, que seja o mais sincero(a)
possível nas suas respostas. Este questionário é de natureza confidencial. O
tratamento do mesmo é efectuado de forma global, não sendo sujeito a uma análise
individualizada, garantindo assim o anonimato do inquerido.

Orientações:
A participação na pesquisa não é de carácter obrigatório, mas a sua participação é
muito importante. Atendendo e considerando a importância do sigilo, não é necessário
que registre o seu nome nas em nenhuma das folhas. Peço que leia com atenção as
questões que seguem e responda com clareza.

1ª Parte: Dados Pessoais

Idade________;Sexo___________;Morada_____________;Categoria______________.
41

2ª Parte: Questionário

1. Acredito que já pôde notar ou manuseio de resíduos sólidos hospitalar a nível


do Hospital de Nacaroa sem mesmo ouvir dizer sobre o usar equipamentos de
protecção. O que achas desta prática?

Boa ( ) Má ( ). Não tenho opinião ( ). Argumente:

1. _________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
______________________________________.Na qualidade de Agente de
Saúde, o que achas da prática que tem-se feito sentir no hospital, o manuseio
manuseio de resíduos sólidos hospitalar sem usar equipamentos de protecção?

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
____________________.

2. Sabes dizer quais as consequências que esta prática pode trazer para o agente
ou funcionário em serviço?

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
___________________________.
42

3. Porquê a permanência por esta prática?

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
____________________.

4. Com relação as doenças de carácter infeccioso e respiratório que são


diagnosticadas a nível do hospital, são ou não, consequência manuseio de
resíduos sólidos hospitalares sem usar equipamentos de protecção?

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
____________________.

5. O que o hospital faz para ajudar os agentes ou funcionários envolvidos neste


trabalho demanuseio de resíduos sólidos hospitalares, isto no que se refere a
prevenção das doenças contagiosa e respiratórias?

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
____________________.

6. Alguma sugestão para o melhoramento nas formas de manuseio destes


resíduos sólidos hospitalar?

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
__________________________________.

Obrigado por ter contribuído para esta pesquisa.


43

Apêndice 2: Questionário dirigido aos agentes gestores de resíduos sólidos .

Sou Matilde jose domingos charles , estudaante da univercidade católica de


moçambique ,pretendo realisar uma monografia e gostaria de intrevistar sobre o
problema desta pesquisa.

O questionário que a seguir se apresenta foi elaborado pela estudante do curso de


Geografia. É de salientar que o mesmo tem por objectivo recolher dados para a
elaboração de sua monografia para a obtenção do grau de licenciatura em ensino de
Geografia.

O objectivo deste questionário é apenas académico, por isso agradecia que


colaborasse respondendo a um conjunto de questões e, que seja o mais sincero(a)
possível nas suas respostas. Este questionário é de natureza confidencial. O
tratamento do mesmo é efectuado de forma global, não sendo sujeito a uma análise
individualizada, garantindo assim o anonimato do inquerido.

Orientações:
A participação na pesquisa não é de carácter obrigatório, mas a sua participação é
muito importante. Atendendo e considerando a importância do sigilo, não é necessário
que registre o seu nome nas em nenhuma das folhas. Peço que leia com atenção as
questões que seguem e responda com clareza.

1ª Parte: Dados Pessoais

Idade________;Sexo___________;Morada_____________;Categoria______________.
44

Índice

LISTA DE SÍGLAS E ABREVIATURAS…………………………………………..V


INDICE DE TABELAS, FIGURAS E
GRÁFICOS………………………………..VI
DECLARAÇÃO……………………………………………………………………VII
AGRADECIMENTOS…………………………………………………………….VIII
DEDICATÓRIA……………………………………………………………………..IX
RESUMO……………………………………………………………………………..X

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO..............................................................................................11

1. Introdução..........................................................................................................................11

Tema: Gestão de risco de resíduos sólidos hospitalares.........................................................12

1.2. Delimitação do Tema:.....................................................................................................12

A pesquisa vai ocorrer no centro de saúde de Nacaroa, no posto administrativo de Nacaroa sede
distrito de Nacaroa província de Nampula no período de 2011 a 2014......................................12

1.3 Justificativa......................................................................................................................12

1.4. Problematização..............................................................................................................13

1.5. Hipótese..........................................................................................................................13

1.6. Objectivo.........................................................................................................................13

1.6.1. Objectivo geral.............................................................................................................14

1.6.2. Objectivos específicos..................................................................................................14

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................15

2.1. Localização geográfica do distrito de Nacaroa................................................................15

2.2. Clima...............................................................................................................................15

2.3. Saúde...............................................................................................................................16
45

2.4. Acção Social....................................................................................................................17

2.5. Características do centro de saúde de Nacaroa................................................................18

2.6. A Produção de Resíduos nos Hospitais - Um Grave Problema Ambiental......................19

2.7. Incineração......................................................................................................................20

2.8. O Controlo do Lixo e a Catástrofe Ambiental.................................................................22

CAPÍTULO III: METODOLOGIA........................................................................................23

3.1. Procedimentos Metodológicos........................................................................................24

3.1.1. Pesquisa bibliográfica...................................................................................................24

3.1.2. Método de observação..................................................................................................24

3.1.3. Método documental......................................................................................................25

3.2.Técnica de recolha de dados.............................................................................................25

3.2.1. Entrevista......................................................................................................................25

3.2.2. Questionário.................................................................................................................25

3.2.3. Pertinência da pesquisa.................................................................................................25

3.2.4. Amostragem.................................................................................................................26

CAPÍTULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS..........................................26

4.1. Apresentação dos resultados............................................................................................28

4.1.1. Características Sociodemográficas dos Inqueridos.......................................................28

4.1.2. Percepções dos Inqueridos sobre o gerenciamento de risco de resíduos sólidos hospitalar
...................................................................................................................................................28

4.1.3. Resultados da Entrevista aos Agentes de Saúde do Hospital de Nacaroa.....................34

4.3. Verificação das hipóteses:...............................................................................................35

4.3.1.primeira hipótese...........................................................................................................35

4.3.2. Segunda hipótese:.........................................................................................................35

4.3.3.terceira hipótese:...........................................................................................................35

4.2. Conclusão........................................................................................................................35

4.3. Sugestões e Recomendações...........................................................................................36

4.5. Bibliografia.....................................................................................................................37
46

Apêndices...............................................................................................................................40

DECLARAÇÃO…………………………………………………………………......................45

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