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Guimarães Rosa
Prezado(a) aluno(a):
Espero que ao final dessa aula, além de ampliar seus conhecimentos sobre Psicopatologia,
você possa repensar sua prática, acreditando na sua capacidade criativa, motivadora e
transformadora, e assim se sinta mais revigorado profissionalmente e possa contribuir com o
crescimento e o fortalecimento de outras pessoas.
Um abraço,
Elisabete
PSICOPATOLOGIA
Definição de psicopatologia: é o ramo da ciência que trata das doenças psicológicas (pathos =
sofrimento), das doenças mentais, suas mudanças estruturais, funcionais e suas formas de
manifestação.
Para a realização do diagnóstico é preciso entender o que são sinais e sintomas de cada doença e
que devem estar presentes ou não por um período de tempo determinado
O que é importante observar quando recebemos a pessoa para a realização do diagnóstico:
• FOBIA:
A fobia é um medo exagerado, sem causas aparentes, que pode restringir a pessoa de sair de casa.
É um medo circunscrito à determinada pessoa, objeto ou circunstância, que a maioria dos outros
seres humanos usualmente não manifesta e que se torna ilógico. Numa fobia autêntica o medo torna-
se desorganizador da vida de uma pessoa e, embora seja considerado (pelos outros e pelo próprio)
como ilógico, tem a particularidade de não poder ser apaziguado pelo simples raciocínio.
Possíveis tipos: •Agorafobia •Fobias sociais •Fobias específicas (isoladas)
Acompanhados de intensa ansiedade.
Ansiedade é um sentimento de apreensão difuso, altamente desagradável, acompanhado por uma ou
mais sensações físicas.
•TRANSTORNO DE PÂNICO
Figura no grupo dos transtornos da ansiedade e é definido como “ataques recorrentes de ansiedade
grave (pânico), os quais não estão restritos a qualquer situação ou conjunto de circunstâncias em
particular e que são, portanto, imprevisíveis” (CID 10). O primeiro ataque é, muitas vezes,
completamente espontâneo. Alguns dos sintomas mentais são: medo extremo, sensação de morte, já
os físicos são: taquicardia, palpitação e sudorese.
• DEPRESSÃO:
Não é uma simples tristeza. Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja a
proeminência dos sentimentos de tristeza ou vazio, nem todos relatam a sensação subjetiva de
tristeza. Muitos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas atividades em
geral e a redução do interesse pelo ambiente. Frequentemente, associa-se à sensação de fadiga ou
perda de energia, caracterizada pela queixa de cansaço exagerado.
Humor deprimido, perda de interesse.
Afastamento social, prejuízo escolar e profissional, motivação rebaixada para pôr em prática novos
projetos.
Com a evolução da nosologia psiquiátrica atual e com o advento dos modernos manuais de
classificação da Associação Psiquiátrica Americana a partir dos DSM-III e DSM-IV, o termo histeria
foi desmembrado de acordo com a localização ou a origem dos sintomas. Os sintomas histéricos de
também são responsáveis pelo aparecimento de sintomas dissociativos. Nos dois casos, admite-se a
participação de mecanismos psicológicos inconscientes, ou seja, os sintomas são involuntários.
Cabe ainda investigar se os sintomas apresentados podem ser de natureza voluntária e motivação
consciente (sintoma simulado), com objetivos externos evidentes, ou de natureza voluntária, mas com
motivação inconsciente (sintoma factício), onde não há benefício externo, mas o desejo de estar
“doente”.
Os sintomas da histeria são paralisias histéricas, anestesias e analgesias histéricas, perturbações,
perda de fala e rouquidão. Podem também ocorrer pseudocrises (semelhantes a crises epilépticas),
amnésias, ilusões e alucinações.
Essas pessoas costumam ter comportamentos afetados, exagerados e exuberantes, como se
estivesse representando um papel. A pessoa é extrovertida, dramática e eloqüente; busca sempre
chamar a atenção e seu comportamento varia de acordo com as reações das pessoas ("a plateia").
Elas costumam apresentar emoções exageradas, apresentam acessos de mau humor, choro e
acusações, quando deixam de ser o centro das atenções. No início as pessoas se encantam por esse
indivíduo, mas a necessidade de ser sempre o centro das atenções acaba minando essa admiração.
• ESQUIZOFRENIA:
Significa divisão, ruptura entre o pensamento, emoção e o comportamento.
O esquizofrênico apresenta alucinação e delírio, assim vive fora da realidade.
Existe uma dificuldade acentuada em relacionar-se e de expressar sentimentos, o vínculo com o
terapeuta é tênue.
Sintomas positivos:
alucinações, percepções irreais – ouvir, ver, saborear, cheirar ou sentir algo irreal, sendo mais
freqüente as alucinações auditivo-visuais;
pensamento e discurso desorganizado, elaborar frases sem qualquer sentido ou inventar
palavras;
alterações do comportamento, ansiedade, impulsos, agressividade.
Sintomas negativos:
resultado da perda ou diminuição das capacidades mentais,
acompanham a evolução da doença,
refletem um estado deficitário ao nível da motivação, das emoções, do discurso, do
pensamento e das relações interpessoais,
falta de vontade ou de iniciativa;
isolamento social; apatia; indiferença emocional;
pobreza do pensamento.
Delírio é um tipo de pensamento no qual o indivíduo tem uma crença inabalável em idéias falsas,
irracionais ou sem lógica. E esse é o principal sintoma apresentado pelos pacientes com Transtorno
Delirante.
Tipo grandioso:
Delírios de possuir uma grande talento, conhecimento ou ter feito uma importante descoberta
ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode tomar a forma também da
convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de uma mensagem divina.
Tipo ciumento:
Delírios de que está sendo traído pelo cônjuge.
Tipo persecutório:
Delírios de que está sendo alvo de algum prejuízo.
Tipo somático:
Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física.
Tipo misto:
Delírios acima citados misturados.
O humor do paciente é consistente com o delírio. A pessoa mostra-se desconfiada, acha que tudo
pode prejudicá-lo.
Referências Bibliográficas:
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JAPIASSU, R.O.T.V. Arteterapia. Revista Faculdade de Educação. v.24, n.2, jul./dez., p. 12-15. 1998.
MORENO, R. A.; MORENO, D. H.; RATZKE, R.. Diagnóstico, tratamento e prevenção da mania e da hipomania
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TOMMASI, S. M. B. Arteterapia e loucura: uma viagem simbólica com pacientes psiquiátricos. São
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URRUTIGARAY, M.C. Arteterapia: a transformação pessoal pelas imagens. 4 ed. Rio de Janeiro:
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http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-
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