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CAPÍTULO 5
CAPITAL INTELECTUAL
5.1 Contextualizando
Como explicamos nos capítulos anteriores, o conhecimento é uma
excelente forma de se obter vantagem competitiva sustentável. Sabe-se que o
conhecimento reside na cabeça das pessoas e que na história da Administração
o ser humano vem tomando um papel cada vez mais importante no sucesso
organizacional.
Desta forma, ao final deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
5.2.1 Contextualizando
EXPLORANDO
Mas por que será que as organizações passaram a voltar sua atenção para
as pessoas? Será que em meio há esse cenário capitalista e da, já citada, disputa
acirrada pelo mercado, as organizações simplesmente tenham decidido dispor de
um valor maior de seu capital para tratar dos aspectos psicológicos e sociológicos
que envolvem os colaboradores, simplesmente, porque desejam ser vistas como
organizações politicamente corretas? Possivelmente sim, mas provavelmente não.
REFLEXÃO
No entanto, quando chega a hora, as ideias florescem por toda parte. Mais
ou menos nessa época, Karl-Erik Sveiby, sueco, intrigado com o comportamento
anômalo de certas empresas, intensivas em conhecimento no mercado de
ações, iniciou um trabalho de pesquisa que produziu a primeira análise sobre
a natureza do Capital Intelectual. Sveiby, seus colegas e a Affarsvarlden, a
mais antiga revista de negócios da Suécia, observaram que o modelo exclusivo
da revista para a avaliação de ofertas públicas iniciais não funcionava para
empresas de alta tecnologia. Sveiby concluiu que essas organizações possuíam
ativos que não constavam das demonstrações financeiras e tampouco eram
considerados no modelo da revista. Com alguns associados que pensavam mais
ou menos da mesma maneira, ele constituiu o Konrad Group (assim chamado,
porque em 12 de novembro, quando o grupo reuniu-se pela primeira vez, em
1987, é comemorado o dia de São Conrado, na Suécia) para desvendar quais
seriam esses ativos.
Capital
Financeiro
Valor de
mercado da
organização
a) Capital Humano
• habilidades;
• competências;
• know how;
• criatividade;
• experiências.
PRATICANDO
Por sua vez Stewart (1998), Edvinsson e Malone (1998) tratam o Capital
Humano como sendo o conhecimento, as experiências, o poder de inovação,
a criatividade, as habilidades individuais dos colaboradores e gerentes, assim,
como também os valores, a cultura e a filosofia da empresa.
b) Capital Estrutural
• tecnologias/Dados;
• publicações/Processos;
• patentes/Direitos Autorais;
• marcas;
• sistema de informação;
• cultura;
• informações de clientes;
• parcerias;
• soluções para clientes;
• sistemas de Gestão.
CONCEITO
Empowerment é um conceito de gestão associado
ao trabalho de Rosabeth Moss Kanter, professora
em Harvard e ex-editora da Harvard Business
Review. Segundo a autora, as empresas que dão
mais poder e autonomia aos trabalhadores são
as que estão mais bem posicionadas para competir a longo prazo. O
meio empresarial parece começar a levar a sério esta recomendação.
O caso clássico da aplicação radical do empowerment é o da empresa
brasileira Semco, liderada por Ricardo Semler, o autor do livro
Maverick e de um polêmico artigo publicado na Harvard Business
Review intitulado “Managing Without Managers”.
Fonte: Dicionário do RH.
Disponível em: <http://www.guiarh.com.br/dicionario2.htm> Acesso em: 14 ago. 2010.
Por fim, Cianconi (2002) concorda com as ideias de Batocchio e Biagio (1999)
quando divide o Capital estrutural em Capital estrutural ou da organização –
que para ele inclui, entre outros, a tecnologia, os sistemas e bancos de dados, a
estrutura organizacional, as normas e metodologias, os processos criativos e os
demais processos organizacionais – e Capital social ou do cliente – que para ele
seria formado por conhecimentos externos à organização, mas que sobre ela
tem forte impacto, como o do relacionamento com clientes, com fornecedores,
os processos de apoio ao usuário, a notoriedade das marcas, entre outros.
Uma frase que parece ser bastante pertinente e que circula no mundo
da Administração é “Quem não controla não administra”. Então, sabendo
que o Capital Intelectual é um elemento importante para a competitividade
empresarial como o gerenciamento pode ser feito?
CAPITAL HUMANO
• educação formal;
• espírito empreendedor;
• conhecimento técnico;
• know-how / experiência;
• habilidade de liderança;
• espírito de time;
• estabilidade;
• habilidade de planejamento;
• satisfação / motivação;
• investimento em treinamento;
• baixa rotatividade;
• quantidade de funcionários com dedicação exclusiva.
CAPITAL ESTRUTURAL
• uso efetivo do conhecimento existente;
• mecanismos de transmissão do conhecimento;
• alinhamento do conhecimento com a estratégia;
• cultura corporativa / organizacional;
• propriedade intelectual;
• marcas e patentes;
• ativos de infraestrutura;
• filosofia da gestão;
• processos;
• situação financeira;
• sistemas de informação;
• custo do erro administrativo;
• investimento em tecnologia da informação;
• eficiência da estrutura organizacional.
CAPITAL RELACIONAL
• marcas;
• lealdade dos clientes;
• canais de Distribuição;
• parcerias;
• franquias;
• clientes;
• market share;
• faturamento;
• duração do relacionamento com clientes;
• satisfação de clientes;
• investimento em pós-venda;
• ranking de clientes;
• relacionamento com fornecedores;
• alianças estratégicas.
Quadro 3 - Elementos e Indicadores relacionados ao desenvolvimento do Capital Intelectual
Fonte: Adaptado de Pereira et al (2004, p. 7-8).
SI por vendas; lucro por custo do SI; satisfação com o serviço do SI;
taxa de implementação de novas ideias pelo total de novas ideias
geradas; número de introdução de novos produtos; introdução
de novos produtos por empregado; número de equipes de projeto
multifuncionais; proporção do lucro dos novos produtos introduzidos;
tendência do ciclo de vida dos produtos nos últimos cinco anos; tempo
médio para planejamento e desenvolvimento de produto; valor das
novas ideias (economias e ganhos em dinheiro).
EXPLORANDO
AMBIENTE
GERAL
AMBIENTE
OPERACIONAL
Componente
Componente Econômico
Social Componente
AMBIENTE Componente
internacional
fornecedor
INTERNO
Aspectos organizacionais
Aspectos de marketing
Aspectos financeiros
Aspectos pessoais
Aspectos de produção
Componente Componente
Componente
Componente mão-de-obra concorrência
Tecnológico
político
Componente
cliente
Componente
Legal
AMBIENTE
GERAL
AMBIENTE
OPERACIONAL
Componente
Componente
Social AMBIENTE Tecnológico
Componente INTELECTUAL Componente
internacional fornecedor
AMBIENTE
Capital
do cliente INTERNO
Aspectos organizacionais
Aspectos de marketing Capital
Aspectos financeiros
Humano
Aspectos pessoais
Aspectos de produção
Componente
Componente
concorrência
mão-de-obra
Capital Componente
Componente Estrutural Econômico
político
Componente
cliente
Componente
Legal
Figura 4: A organização, os níveis de seus ambientes, incluindo o ambiente intelectual e os componentes destes níveis
Fonte: Adaptada por Batocchio e Biagio (1999, p. 14).
Vamos lá?
5.5 Relembrando
Será que você conseguiu assimilar tudo o que estudou neste capítulo?
Para ter certeza disso, responda às seguintes perguntas:
Onde encontrar
BARONNI, R.; ROCHA SOUZA, R.; LOUREIRO, Rogério. Tutorial como implantar
gestão do conhecimento - Parte I. In: KMBRASIL2002, 2002, São Paulo.